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Sumário

10 Mandamentos para aprender língua de sinais. ................................................................ 12


A evangelização das pessoas com deficiência ....................................................................... 20
Como iniciar um ministério com surdos na igreja................................................................................... 23
A pessoa surda e o discipulado Cristão. ................................................................................ 42
Sinais eclesiásticos

Sinais de igrejas

Lugares da Bíblia

Personagens Biblicos

Novo testamento

Velho testamento

Pecados capitais

Sentimentos bíblicos

Livros Apócrifos
“Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo; ensinando-
os a guardar todas as coisas que
vos tenho ordenado.”
Mateus 28:19-20
Prefácio

Esta apostila foi elaborada com o objetivo de auxiliar o estudo da


língua de sinais junto ao uso da Bíblia para a comunidade surda, e
sua inclusão dentro das igrejas.

A mesma vem também, auxiliando a implantação de ministérios


surdos e evangelização, discipulado e consolidação de surdos.

Tenho ainda a visão que em cada igreja, cada célula, cada grupo
evangélico exista um ministério voltado a se responsabilizar por
esses. Que se curvem diante do seu chamado.

Pois como já dizia Nilton Camara: “ Não há técnica perfeita que


ultrapasse uma interpretação ungida por Deus”.

Todo este trabalho só servirá para o auxilio do seu ministério, pois


faça-o com amor, com servidão... “ Porque aquele que quiser salvar
a sua vida , a perderá, mas quem entregar a sua vida por amor a
mim, irá acha-la.” (Mateus 16:25).

Assim, faça por amor ao próximo. Seja apaixonado pelo que faz.

Ore e se prontifique a orar por seu ministério. Pois este é o meio de


alcançar de forma fácil e rápida a mente do surdo. Para que possa
também “ Ouvir a voz de Deus”... sentir sua presença através de
suas mãos.”

Não basta usar as palavras... “ a comunicação é global” e tem que


esgotar todos os recursos para fazer passar uma idéia. Aderir com
um sorriso, reagir com um gesto, prender com um olhar, comunicar
com as mãos. È preciso acionar todos os sentidos para que a
mensagem chegue(...)

Apresentação
Venho nesta nova caminhada, percebendo as dificuldades
dos surdos em se aproximar e ter um relacionamento
intenso com Deus.
E é nosso dever como cristãos apoiar e promover este
contato. Sendo a ponte segura e intermediária para este
relacionamento, visando que a intensidade e absorção do
conteúdo se devem através de uma comunhão também
forte e estável com o evangelho e com seu discipulador.
Um dos pontos que se destaca entre evangelismo e
discipulado são a união e entendimento entre as partes.
Tendo em vista que o maior mandamento seja
verdadeiramente o Amor..
Sabendo disso, temos a suma importância de entender
quão grande é o amor de Deus Pai com todos os
chamados filhos Teu. E que neste amor não há espaço
A Bíblia Sagrada nos revela em Romanos 14: 11-12: Porque
está escrito: “‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo
joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’”.
Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.

Mostrando que também é dever nosso levar a Palavra do Senhor em


qualquer circunstancia.. Pois este o dom que Deus lhe deu... Use-o a
serviço do Reino...
As promessas dEle são maravilhosas.·.

Introdução
Qual a ordem que Jesus deu aos seus apóstolos
escolhidos ao enviá-los ao mundo?
Ela apresenta a vontade dele. Embora não sejamos apóstolos, se
somos encarregados de alguma outra forma das mesmas
responsabilidades, então com certeza podemos encontrar nas ordens
que Jesus deu aos discípulos o conselho para nos orientar.
Marcos 16:15-16: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura". Jesus queria que o evangelho fosse pregado em todo
o mundo.

Lembrando que evangelizar é um ato de Amor. Nós somos a


principal ferramenta que Deus quer usar na sua obra de
evangelização.
Estudar a Bíblia e orar é o primeiro passo que devemos dar
antes de começar evangelizar, pois sem o conhecimento da
Palavra e sem orientação do Espírito Santo, não estaremos
fazendo a vontade de Deus, mas a nossa.
É necessário orar sempre, como disse Jesus aos seus
apóstolos: “e contou-lhe também uma parábola sobre o dever
de orar sempre, e nunca desfalecer...” (Lucas 18:1).

“A vossa Palavra seja sempre agradável, temperada com sal,


para que saibas com vos convém responder a cada um”.
(Colossenses 4:6).
Quando você recebeu Jesus como Senhor e Salvador da sua
vida, a Bíblia nos garante que naquele instante você nasceu de
novo e, agora, você faz parte da família de Deus (João 1:12).
Você tomou a grande decisão de viver para Cristo. A direção
inteira da sua vida e o propósito dela se acha de agora em
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diante, mudados. O céu é o lugar do seu destino. Você agora é


uma nova pessoa. Enquanto houver Deus, você viverá.
O objetivo do discipulado é ajudar os novos convertidos a nutri
o coração e ter um relacionamento íntimo com Deus. Tornar-se
um seguidor de Jesus.
E com o surdo não será diferente. E ai entra também o papel
do interprete que pode com suas mãos levar a palavra de Deus
no mais profundo dos corações. Estabelecendo aí uma ponte
do surdo com Jesus... Ensinando e fortificando sua vida cristã.

Objetivos para implantação do


ministério Surdo em igrejas
Tem desejo de implantar um ministério de libras em sua igreja, mas
são poucas as pessoas que querem se empenhar nesta área?

Temos que trazer a Igreja de volta ao primeiro amor e ajudá-la a


fazer as coisas mais importantes. AMAR!!

Se você é um chamado de Deus para ser um ministro do evangelho


na vida dos surdos. Não importa o seu grau de conhecimento nas
LIBRAS, o que importa é o quanto você está disponível para servir.
Os surdos eleitos serão atraídos pelo Espirito e ninguém que é de
Cristo se perda Jesus gastou tempo com os surdos e lhes
dispensou especial amor. Comunicou-se com eles e, ainda, lhes
ministrou a cura (Mt 11.5; Mc 7.32-37). Jesus também nos ensinou:
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc
16.15). Com certeza os surdos estavam incluídos neste grupo,
porque eles também são criaturas de Deus. Jesus os tratava de
forma tão especial e diferenciada que o “tirou-o à parte de entre a
multidão” (Mc 7.33), para ministra-lhe a cura erá. Eu creio pela
palavra (João 6.39).

Muitas vezes nós só nos questionamos sobre como evangelizar as


nações, mas quantas vezes você já se questionou sobre como
evangelizar os deficientes auditivos?

Há mais de 6 milhões de surdos brasileiros que não têm a


oportunidade de ouvir a mensagem de salvação. Eles não podem
compreender esta mensagem se não for pregada em sua língua, a
Língua Brasileira de Sinais.

"É necessário capacitar liderança formadora de discípulos,


conforme a ordem deixada por Jesus em Mateus 28.19 e 20, e levar
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o povo de Deus ao conhecimento dos surdos, de sua língua e


cultura", declara Marília.

Alcançar o surdo com Evangelho, capacitando-o para o


relacionamento com Cristo, como Salvador e Senhor.

Despertar a igreja, de uma forma geral, para assumir o


compromisso de orar e se envolver na evangelização dos surdos e
nos ministérios que têm sido desenvolvidos.
Como alcançar os objetivos:

1. Prestando atendimento ao público surdo e ouvinte


interessado na evangelização, capacitação e discipulado dos
surdos.
2. Orientando as igrejas que já atuam ou desejam
implantar o ministério com surdos.
3. Realizando cursos de Língua Brasileira de Sinais, em
igrejas e associações de igrejas e instituições ligadas à CBB,
favorecendo aprendizado da língua e cultura dos surdos. O
curso tem a duração de seis meses e é ministrado por
professores surdos nativos na língua.
4. Ministrando Clínicas de Capacitação para associações e
igrejas. Nestas clínicas trabalhamos em três frentes: na
orientação para implantação do ministério com surdos e
atualização dos intérpretes de língua de sinais com o Material
"O Clamor do Silêncio" (atualizado e revisado); na clínica para
surdos, com o objetivo de prepará-los para evangelização e
testemunho pessoal, utilizando o material Guia Prático de
Evangelização para Surdos; e no discipulado para surdos,
com base no livro “Conhecendo Deus e Fazendo a sua
Vontade” editado para surdos. As clínicas são realizadas no
final de semana, com carga horária de 08 a 12 horas, de
acordo com a necessidade do local e com agendamento
prévio.
5. Oferecendo assessoria às igrejas na implantação e
revitalização do ministério. Essa assessoria é feita através de
orientações em visitas à igreja local, por telefone, orientações
sobre literaturas e outras...
6. Organizando Congressos Regionais e Estaduais de
Evangelização e Discipulado. Estes congressos visam
capacitar os surdos cristãos para servirem como evangelistas
e discipuladores de outros surdos no Brasil, através de
ferramentas que os auxiliarão nesta tarefa; e despertar
vocações entre congressistas.
7. Realizando o projeto Alcance Surdos, que oferece a
oportunidade para voluntários, motivados pelo amor de Deus,
a alcançar os surdos brasileiros para Jesus, além de atender
os campos carentes do trabalho com surdos. A ação
evangelística se dá através de recenseamento de casas,
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realização de estudos bíblicos, cultos nas escolas e


praças, atividades para crianças e outras. O trabalho
social também é realizado através de palestras, de
acordo a necessidade local e disponibilidade dos
voluntários. O projeto será realizado anualmente no
período de 15 dias mostrando o amor de Deus aos
surdos e seus familiares.
10 Mandamentos para aprender língua de sinais.
1 “Amar” as diferenças culturais e linguísticas
presentes da língua gestual.
2 Procurar um bom curso. (Eu aprendi com um
ouvinte e tenho aperfeiçoado com surdos)
3 Investir até uma hora de estudo durante os três
primeiros meses.
4 Formar um grupo de estudos da língua. Dê
preferência aos seus colegas de curso.
5 Participar de alguma comunidade surda.
6 Depois dos três primeiros meses, ver bastante
vídeos de pessoas sinalizando, de preferência sem
áudio.
7 Criar historias ou fazer as que você já conhece em
língua de sinais.
8 Tentar traduzir os mesmos vídeos já vistos antes.
9 Filmar-se e gravar-se interpretando e traduzindo
para uma auto avaliação mais apurada e eficiente.
10 Nunca denegrir a forma de outras pessoas
sinalizarem, pois como na língua falada cada pessoa
de sua forma de se expressar na língua gestual
também.
Propósito:
Levar as pessoas surdas a um entendimento e a um relacionamentointenso
com Deus, ministrá-las através da língua de sinais fazendo uso especifico
de umaforma gráfica, mas todas direcionadas pelo poder do Espírito Santo
de Deus e buscar aomáximo sua integração e participações nas
demais áreas da igreja.

Praticando a Inclusão Social na Igreja.


Muito se tem comentado sobre a inclusão na sociedade, em nosso contexto,
e a igreja temestado a mercê de muitas decisões governamentais, mas tais
eventos sociais pouco temmotivado as igrejas a discutirem sobre inclusão.
Muitos pensam que a igreja por ter umafilosofia inclusiva, isso para
pessoas deficientes de alma e espírito, automaticamente já estápreparada
para receber portadores de necessidades especiais, mas sabe-se que isto não
éuma realidade vista no Brasil eclesiástico.Nossas igrejas pouco se
preparam e muitas falham em suas estruturas, refiro-me amaterial
direcionado, adaptações estruturais e doutrinárias. Muitas igrejas pensam
emrampas quando aparece um cadeirante, ou em interprete quando um
surdo os visita.Material em braille não é realidade em nossas livrarias,
talvez nem se fale disso na grandemaioria das igrejas outras nem sabem o
que é braille por causa da realidade brasileira.
Substituir essas imagens equivocadas por uma outra mais real não é tarefa
fácil, principalmente, porque o preconceito que existe na sociedade em
relação aos portadores
de deficiência, obviamente, também foi introjetado pelos próprios
“deficientes” que, sem
perceberem a armadilha que isso significa, assumem para si essas imagens
estereotipadase passam a adotar posturas tão injustas para si mesmos quanto
totalmente
contraproducentes para a causa das pessoas “deficientes”. Portanto, a
conscientização da
sociedade sobre quem são realmente as pessoas com deficiência tem de incluir,
necessariamente, os próprios “deficientes”.

(Ana Maria Morales Crespo).


Muitos “deficientes” têm o desejo intenso de superação, no mercado de
trabalho,
nas escolas ou universidades e até mesmo nas igrejas, mas para que isso
aconteça,necessário é que estas instituições comecem a pensar nas
melhores formas de adaptaçãopara portadores de necessidades especiais.
Algo positivo vem acontecendo no decorrer dahistória, mas ainda é
necessário ser revisto para que a palavra de nosso Senhor sejaanunciada das
mais dinâmicas formas e

Conhecendo o sofrimento de pessoas com deficiência.


O desejo de Deus dez do gênesis era não zombar dos surdos ou cegos pois
quem osfez desta forma para manifestar o meu e o seu amor foi o próprio
Deus nesta trajetóriamínima de nossa vida, mas pouco entendemos isso
através da história.Do século XVI ao XIX Pessoas com deficiências físicas
e mentais eram isoladas doresto da sociedade, em asilos, conventos e
albergues. Surgiu o primeiro hospitalpsiquiátrico na Europa, mas todas as
instituições dessa época não passavam de prisões, semtratamento
especializado e programas educacionais.Século XX Os portadores de
deficiências passaram a ser vistos como cidadãos comdireitos e deveres de
participação na sociedade, mas sob uma ótica assistencial e caritativa.A
primeira diretriz política dessa nova visão apareceu em 1948 com a
Declaração Universaldos Direitos Humanos. "Todo ser humano tem direito
à educação."Anos 60 Pais e parentes de pessoas deficientes organizam-se.
Surgem as primeirascríticas à segregação. Teóricos defendem a
normalização, ou seja, a adequação dodeficiente à sociedade para permitir
sua integração. A Educação Especial no Brasil aparecepela primeira vez na
LDB 4024, de 1961. A lei aponta que a educação dos excepcionaisdeve, no
que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação.Anos 70 Os
Estados Unidos avançam nas pesquisas e teorias de inclusão
paraproporcionar melhores condições de vida aos mutilados da Guerra do
Vietnã. A educaçãoinclusiva teve início naquele país via Lei 94142, de
1975, que estabeleceu a modificaçãodos currículos e a criação de uma rede
de informação entre escolas, bibliotecas, hospitais eclínicas, mas nada foi
dito com relação às igrejas.1978

Pela primeira vez, uma emenda à Constituição brasileira trata do direito


dapessoa deficiente: "É assegurada aos deficientes a melhoria de sua
condição social eeconômica especialmente mediante educação especial e
gratuidade".Anos 80 e 90

Declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão emlarga


escala.Em 1985, a Assembléia Geral das Nações Unidas lança o Programa
de Ação Mundial paraas Pessoas Deficientes, que recomenda: "Quando for
pedagogicamente factível, o ensino depessoas deficientes deve acontecer
dentro do sistema escolar normal".1988

No Brasil, o interesse pelo assunto é provocado pelo debate antes e depois


daConstituinte. A nova Constituição, promulgada em 1988, garante
atendimento educacionalespecializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.1989 A Lei Federal 7853, no
item da Educação, prevê a oferta obrigatória e gratuitada

Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino, crime punível


com reclusãode um a quatro anos e multa para os dirigentes de ensino
público ou particular querecusarem e suspenderem, sem justa causa,
a matrícula de um aluno.1990

A Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em março


nacidade de Jomtien, na Tailândia, prevê que as necessidades educacionais
básicas sejamoferecidas para todos (mulheres, camponeses, refugiados,
negros, índios, presos e

deficientes) pela universalização do acesso, promoção da igualdade,


ampliação dos meios econteúdos da Educação Básica e melhoria do
ambiente de estudo.

1990 O Brasil aprova o Estatuto da Criança e do Adolescente, que reitera


os direitosgarantidos na Constituição: atendimento educacional
especializado para portadores dedeficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino.1994 Em junho, dirigentes de mais de oitenta países se
reúnem na Espanha eassinam a Declaração de Salamanca, um dos mais
importantes documentos decompromisso de garantia de direitos
educacionais. Ela proclama as escolas regularesinclusivas como o meio
mais eficaz de combate a discriminação.Determina, também, que as escolas
devem acolher todas as crianças, independentemente desuas condições
físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingüísticas.1996 A Lei de
Diretrizes e Bases, n° 9394, se ajusta à legislação federal e apontaque a
educação dos portadores de necessidades especiais deve dar-se
preferencialmente narede regular de ensino, mas não fala nada sobre
igrejas. As igrejas ainda estão ausentes decobrança jurídica neste ponto.Em
nossos dias somos acometidos por muitas leis e declarações
doutrináriasdiversas, que nos lançam a um cansaço terrível, e algo dentro
de cada um de nós grita comoum grande guerreiro desejoso de entrar na
batalha. A historia tem uma trajetória demudança fantástica, mas em nossas
igrejas ainda faltam adaptações estruturais eprofissionais qualificados para
a execução de trabalhos realmente significativos, em meio àsociedade
opressora e discriminatória, em muitos casos faltam homens e mulheres de
Deusque vislumbrem a doce imagem celeste, onde todos seremos iguais e
com corpos celestesexaltaremos o senhor Jesus. Homens e mulheres que
entendam que Jesus sofreu, padeceupelos pecados de todos e foi de
encontro aos marginalizados, seu chamado é para todos ide,ide, ide e pregai
ao mundo, a toda a criatura, dizei a elas que eu as amo, mesmo que
omundo as odeie, despreze. Eu as amo.Isaias lutou contra seus valores
recebidos no palácio e pela plebe de sua época, falouem defesa dos
indigentes de seu período, usou palavras duras e vivas que precisam
ecoarem nossos dias. Isaias 29:18-
19 “naquele dia os surdos ouvirão as palavras do
livro, e, nãomais em trevas e escuridão os olhos dos cegos tornarão a ver.
Mais uma vez os humildes se
alegrarão no Senhor, e os necessitados exultarão no Santo de Israel.”
Deus inspira Isaias a levantar-se para gritar como um homem no deserto
em alta vozpara que os governantes e religiosos vissem a grande
necessidade do povo e tambémabrissem seus olhos em favor dos
desfavorecidos (deficientes), que eram totalmentedesprezados por todos e
moravam em pequenas vilas, sem acesso as cidades. Quando umdeles
desejava comprar alguma coisa ou pedir esmolas isso era visto com maus
olhos portodos. Havia sempre uma associação entre deficiência e
maldição.Nossas igrejas ainda não tem se adaptado às necessidades de
muitos portadores decuidados especiais. Faltam rampas em lugares
visíveis, banheiros com portas mais largas ecom identificações em braille,
material especifico para surdos. Um Brasil de 26 milhões depessoas
desprezadas pela sociedade onde pais ao verem suas crianças olhando para
umdeficiente dentro
dos ônibus, rapidamente exclamam “não olha pra ele menino!!!” como se
o seu filho continuasse olhando para a pessoa com deficiência fosse
sinônimo derapidamente pegar alguma doença contagiosa, que coisa
terrível, que maltrata nossoscorações, mas infelizmente é a realidade de
milhões em todo o mundo. Podemos fazer algo?

Sobre o Sistema de Classificação Conceitual.


A língua de sinais possui características próprias, para muitas pessoas
leigas e até mesmointerpretes, a um pensamento comum que ela se
processa com gestos palavras, mas é dito eé verdade que a língua de sinais
brasileira se formata a partir de gestos conceitos. Podemoscitar um
exemplo claro deste comentário, num primeiro encontro você pergunta a
umapessoa
qual o seu nome?
Para um surdo ou conceitualmente essa idéia se processa com ouso do sinal
nome
?
E juntamente com a expressão facial do usuário, transmitirá a mesmaidéia
da frase em português, mas como grafar isso? Poderíamos até colocar como
é o seunome? Porem os surdos de identidade surda, ou surdos profundos
quem geralmenteapresentam está identidade, na falta de um trabalho
adequado na sua alfabetização, não teveum aproveitamento pedagógico
bom, ele inocentemente usará os sinais de
como,

que podetransmitir neste sentido e nesta colocação idéias que contrariam a


pergunta expressa. Quesoaria em nossas mentes de ouvintes:
como assim seu nome é esse?
E teria dificuldade emaplicar o verbo é
, pois usaria o sinal
ter

e pra usar o artigo definido


o

teria mais umadificuldade gritante, pois tal uso de artigo não existe na
língua visual, muitos a fazeremuma tentativa de uso da interpretação literal
nesta forma criam um vicio difícil de seconcertar depois de um tempo de
uso, mas nossa proposta aqui se trata de uma grafia parafacilitar o
entendimento de algumas comunidades de surdos no Brasil a partir
doconhecimento da mesma o obreiro poderá facilitar o entendimento e o
aprendizado dalíngua portuguesa em função do crescimento espiritual e
pedagógico do surdos, masprocurar sempre usar duas células como no
exemplo citado antes no esquema de culto, umacélula em português outra
em S.C.C assim você alcançará surdos oralizados também, entãovamos a
noção das idéias do sistema de classificação conceitual.A

representa-se por letras maiúsculas.Exemplo: JESUS AMAR VOCÊ.B

Sinais compostos serão escritos e separados por hífen para que se entenda
que sãopalavras diferentes, mas os sinal é só um.Exemplo: MULHER-
BEIJAR-MÃO um sinal composto que transmite a idéia de mãe.Sendo que
pela facilidade do sinal de mãe você pode escrever normalmente, MÃE.
Segue-se outro exemplo, TER-NÃO com a idéias de não ter isso porque
ficaria meio confuso emsinais fazer primeiro o sinal de não depois ter no
meio de uma frase em sinais ou seja daforma visual, então como o surdo
sempre lê o sistema de classificação e também oportuguês usando sinais
sua compreensão do texto seria confusa, está idéia também seadequa a
outros usos de sinais como GOSTAR-NÃO e assim com outras formas
negativasde expressões.C

O alfabeto manual ou datilologia que é muito usado para a idéia de nomes
de pessoas,objetos que não tem sinal, ou transmissão de conceitos que não
conhecemos o sinal. Estaforma será representada letra por letra separada
por hífen.Exemplo: J-E-S-U-S e D-A-T-I-L-O-L-O-G-I-A

D

Na língua de sinais a classificação de gênero é expressa pelo sinal de
mulher e homemcomo masculino e feminino, mas para alguns sinais não há
desinências para gênero, entãoquando se escrever tal sinal usará o ícone de
arroba @.Exemplo: AMIG@, amigo ou amiga, FRAC@ fraco
ou fraca.Com relação a pronomes possessivos damos o exemplo
abaixoSE@ seu ou sua, ME@ meu ou minha, DEL@ dele ou dela segue-se
então este exemplosucessivamente.E

Os sinais de interrogação, exclamação e outros que transmitem idéias que
na língua desinais são expressas com a face ou com o corpo em
movimento, no S.C.C será utilizadocom o mesmo sentido da língua
portuguesa, para designar as idéias correspondentes a cadaexpressão
corporal ou facial.

Meditações Para Surdos


BRASIL TER VERDADE PAÍS TER MUITOPESSOA CRENTE, MAS
MUITO PESSOAS VIDADIFERENTE COPIAR-NÃO COISAS
CERTOJESUS VERDADE PROFUNDO.MUITO PESSOA SURDOS
CONHECER-NÃO SINAL JESUS ALGUNS TER CONHECERJÁ, MAS
CONHECER-NÃO PROFUNDOSIGNIFICAR SINAL JESUS PODER
SALVAR.BRASIL TER 7 MILHÕES PESSOAS TERSURDO,
PERGUNTAR QUEM PESSOA PODERAJUDAR PESSOA SURDO
CONHECER JESUS?EU VOCÊ PODER MUDAR MUNDO,
TERSURDO PERTO NÓS CASA VIZINH@, SURDOTRABALHAR
JUNTO TAMBÉM SURDODENTRO ÔNIBUS
O-U
TER ENCONTRARPESSOAS QUALQUER LUGAR VIDA NÓS.
O Brasil é um país praticamentecristão em sua totalidade, mas ainda
nãopodemos considerá-lo um país que vive aspalavras de Jesus
apaixonadamente.Muitos surdos ainda vivem semconhecer o sinal de Jesus
ou se conhecemeste sinal não conhecem seu significadomais profundo.Um
país de 7 milhões de pessoassurdas vivem no Brasil, quem pode fazer
adiferença, e levar Jesus a este país?Eu e você podemos mudar
nossarealidade, os surdos que vivem perto denossa casa nossos vizinhos, os
surdos quetrabalham conosco ou dentro dos ônibusquando encontramos
alguém em lugaresdiversos no decorrer de nossas vidas
Você sabia que existem mais de 10 milhões de deficientes auditivos em nosso
país? Muitas dessas pessoas também estão carentes do Evangelho. Pensando
nisso é que a Igreja Batista Renascer possui o Ministério de Surdos, que tem o
objetivo de evangelizar não apenas essas pessoas, como também de abraçá-
las e cuidá-las.

O Ministério de Surdos é liderado por Lud-Leides Silva, intérprete de libras há


10 anos, e conta com a ajuda de mais duas intérpretes: a Laura Lourenço e a
Meire Faria. Atualmente, a igreja atende mais de 30 surdos.

A evangelização das pessoas com deficiência


Lucas 14:21 "[...] Sai depressa petas ruas é bairros da cidade e traze aqui os
pobres os aleijados, e os mancos, e os cegos."

Segunda — 2Sm 9.10: A inclusão de um coxo à mesa do rei Davi


Terça — Mc 7.31-37: O surdo que ouviu Jesus e foi curado
Quarta — Jo 9.25: A confissão do cego que foi curado
Quinta — At 3.1-10: O paralítico que foi curado e exaltou a Deus
Sexta — Is 35.1-10: Os portadores de necessidades especiais no plano divino
Sábado — Lc 7.22: O Evangelho de Jesus ama e inclui a todos

João 5:1-9
1 - Depois disso, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
2 - Ora, em Jerusalém há, próximo à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado
em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3 - Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, coxos e paralíticos,
esperando o movimento das águas.
4 - Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque e agitava a água; e o
primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer
enfermidade que tivesse.
5 - E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
6 - E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia
muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
7 - O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a
água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro
antes de mim.
8 - Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda.
9 - Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia
era sábado.

INTRODUÇÃO
As águas de Betesda eram, de vez em quando, agitadas por um anjo de Deus.
Quando isso acontecia, o primeiro enfermo a descer ao poço era
imediatamente curado. Nessa expectativa, havia, ali, uma multidão de coxos,
mudos, surdos e cegos.
Cada uma daquelas pessoas com deficiência tinha alguém para baixá-la às
águas. Mas o enfermo, com quem Cristo falou, não tinha ninguém para ajudá-
lo. Então, o próprio Senhor tratou de incluí-lo em seu reino; salvou-lhe a alma e
curou-lhe o corpo.
Existem muitos que não podem ver, não podem falar, ouvir, andar e, às vezes,
não consegue atinar com a razão, por isso, como Igreja do Senhor, precisamos
alcançar aqueles com deficiência.

I - A SUFICIÊNCIA DE CRISTO PARA COM AS PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA

Vejamos quem é este grupo, e como era visto no Antigo e no Novo


Testamento.

1. Definição. Segundo a Organização Mundial de Saúde, "deficiência é o


termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura
psíquica, fisiológica ou anatômica". As pessoas com deficiência são as
que se acham privadas quer de seus sentidos, quer de seus
movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais. Nessa
definição acham-se os cegos, mudos, surdos, paraplégicos e
tetraplégicos, os autistas, os que têm a Síndrome de Down, etc.
2. A deficiência no Antigo Testamento. Se por um lado, nenhum deficiente
podia ser admitido no ofício sacerdotal, por outro, vemos um coxo ser
convidado a estar perpetuamente à mesa do rei (Lv 21.16-23; 2 Sm 4.4;
9.10). O profeta Isaías, por seu turno, consola o seu povo, prometendo-
lhe que, no porvir, todas as pessoas com deficiências serão inclusas na
restauração de Israel (Is 35.1-10).
3. A deficiência no Novo Testa-mento. Jesus Cristo, sendo a expressão
máxima do amor de Deus, veio para incluir a todos, judeus e gentios,
pobres e ricos, deficientes e não deficientes, em um só corpo (Jo 3.16;
Rm 12.5).
Sendo Ele um homem de dores e experimentado no sofrimento, jamais
se negou a receber um cego, um paralítico ou mesmo um leproso (Is
53.3; Mt 8.2; 9.6; Lc 7.21). O Filho de Deus inclui a todos em seu plano
redentor, pois o amor divino vai além de nossas deficiências ou
suficiências.
Essa tarefa, hoje, cabe a nós. Através de uma estratégia e uma didática
apropriada, podemos incluir os de necessidades especiais no Plano da
Salvação, ensinando-lhes a Palavra de Deus. Somente dessa forma,
eles poderão vir a superar todos os seus limites espirituais, emocionais e
sociais.

II — O SOM DO EVANGELHO AOS SURDOS

Para ensinar o Evangelho aos surdos, o evangelista tem de aprender, primeiro,


a comunicar-se de maneira eficiente com cada uma delas.
1. Conduzindo os surdos a Jesus. Embora Jesus soubesse como se
comunicar surdos, era necessário que alguém os levasse a Ele (Mc
7.31-37). Portanto, deve o evangelista melhorar a sua comunicação com
os deficientes auditivos, a fim de explanar-lhes o Plano da Salvação.
Antes de tudo, é preciso aprender a Língua Brasileira de Sinais,
conhecida como Libras.
2. A integração dos surdos. Além de evangelizar os surdos, é necessário
discipulá-los através de intérpretes competentes, a fim de que eles
recebam o ensino completo da Palavra de Deus. Na Escola Dominical,
recomendam-se professores especializados. Que os cultos sejam
traduzidos em Libras. Segundo pesquisas, só no Brasil existem
aproximadamente dez milhões de surdos, e a Palavra de Deus nos
manda abrir a boca em favor dos surdos-mudos (Pv 31.8).

III — A VISÃO DE CRISTO AOS CEGOS

Em nosso país, há seis milhões e meio de pessoas com alguma deficiência


visual. Trata-se, pois, de um campo missionário que exige obreiros amorosos e
especializados.

1. Conduzindo os cegos a Cristo. Havia sempre alguém disposto a


conduzir os cegos a Jesus (Mc 10.46-52). Hoje, com os programas de
inclusão, um cego é capaz de ir e vir, sozinho, a qualquer lugar. Não
obstante, precisa ser trazido pessoalmente a Jesus. Todo salvo pode
partilhar com um deficiente visual a visão do Salvador do mundo.
2. Discipulando os cegos. No discipulado das pessoas com deficiência
visual, temos de oferecer-lhes a Bíblia e livros em Braille, para que
venham a contemplar, pelo tato, a beleza da Palavra de Deus (Is 29.18).
Não se esqueça dos audiolivros. Para tanto, providencie-lhes a Bíblia e
obras cristãs mais expressivas. Para ajudar na inclusão dos cegos,
assinale a planta do templo com placas em Braille e piso tátil. Nenhum
tropeço pode estar no caminho dos que não podem ver (Dt 27.18).

IV — OS PARALÍTICOS VÃO AO ENCONTRO DE CRISTO

Certa vez, quatro homens, para fazer chegar um paralítico à presença de


Jesus, descobriram o telhado da
casa onde estava o Mestre, e baixaram o deficiente. O senhor, vendo-lhes a fé,
curou o enfermo (Mc 2.1-11).

1. Conduzindo os deficientes físicos a Cristo. Evangelizar pessoas com


deficiência física exige amor e disposição. Em algumas ocasiões te-mos
de ir até elas (At 3.1-9). Em outras, temos de trazê-las até nós (Lc 14.12)
Os deficientes também fazem parte da Grande Comissão e precisam ser
alcançados.
2. Acesso facilitado. Para recebermos as pessoas com deficiência física, é
urgente adaptarmos nossos templos às suas necessidades.
Providenciemos, pois, rampas de acesso, calçadas rebaixadas,
corrimões e banheiros adequados. Os cadeirantes precisam ter livre
acesso às dependências públicas da igreja. Na hora do culto, ficarão
num lugar privilegiado, para acompanhar atentamente os trabalhos.

CONCLUSÃO

O Evangelho de Cristo tem de ser anunciado a todos, em todo o tempo e lugar,


por todos os meios. Por essa razão, não deixaremos de fora nenhuma pessoa
com deficiência. Os integrantes desse grupo suspiram por um encontro pessoal
com Deus. Eles não podem ser deixados de fora, pois o Senhor, na cruz,
incluiu-os em seu Reino.

PARA REFLETIR

A evangelização das pessoas com deficiência, responda:


Defina as pessoas com deficiência.
Por que incluir os deficientes na evangelização?
Como evangelizar os surdos e mudos?
De que forma podemos evangelizar os cegos?
Como alcançar os paralíticos?

JUSTIFICANDO O MIISTÉRIO COM SURDOS

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Marcos 16.15 A
nossa justificação e motivação para este ministério, deve estar pautada a Palavra de Deus,
pois desejamos que as pessoas entendam a ordem de Jesus e imitem o seu exemplo, levando
a mensagem salvadora a toda criatura, também aos surdos, para vermos a promessa de Isaías
29.18,19 sendo concretizada. Que os irmãos surdos possam proclamar que crêem em Jesus.
Dessa forma, para ajudar o surdo no relacionamento com Deus e com a sociedade de modo
integral, o amor que nos impulsiona através de Jesus fará com que aceitemos as diferenças
decorrentes da surdez, preservando os valores culturais, sociais e lingüísticos, e
principalmente, resgatando o surdo à condição inicial para a qual o homem foi criado, a de ser
um filho de Deus

Como iniciar um ministério com surdos na igreja

Ultimamente, as igrejas brasileiras vêm sendo encorajadas a enxergar e alcançar


os segmentos menos evangelizados. Nesse grupo, estão os surdos que, hoje,
perfazem quase 5% da população. Porém, antes de pensar ministerialmente sobre
eles, é preciso entendê-los. Dentro do universo de 9,7 milhões de pessoas,
segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [1],
existem diferentes subgrupos, que incluem as pessoas com alguma dificuldade de
ouvir, como também aquelas com grande dificuldade de ouvir, e ainda, as que não
conseguem ouvir de modo algum. No caso dos que nada escutam, sabe-se que
somavam, em 2010, 347.481 pessoas. Geralmente, essas são usuárias da Língua
Brasileira de Sinais (Libras) como instrumento de comunicação e se entendem
como possuidoras de uma identidade cultural própria. Inclusive, há vários jovens
nesse grupo, outros com escolarização entre Ensino Médio e Superior Completos
e ainda, os que dispõem de um alto grau de engajamento social e político com
seus pares. Mas, como alcançaremos esse grupo que, hoje, tem 0,28% de crentes
em Jesus entre eles? Quais seriam os primeiros passos para começar um
ministério com surdos na igreja local?

Para evitar prescrições estritas, trago aqui dicas básicas. O primeiro deles é de
âmbito pastoral: conscientizar a igreja, por meio da Bíblia, sobre o seu papel
acolhedor da comunidade. É muito importante partir dessa premissa, porque, a
partir dela, pode-se gerar um ambiente acolhedor na igreja local para todos os
segmentos minoritários.

Em segundo lugar, dando um passo mais técnico, pode-se preparar a igreja para
o desenvolvimento do Ministério com Surdos, com orientações especializadas,
como também, por intermédio de cursos de Libras. Vale lembrar que o foco é
entender que o Surdo quer se sentir acolhido, tanto no aspecto cultural e
linguístico quanto no emocional e espiritual, assim como qualquer pessoa que
anseia conhecer mais de Deus e de Sua Palavra junto ao Seu povo.

Finalmente, um terceiro passo seria mais prático e voltado a desenvolver um


plano de ação para a igreja a fim de acolher, tanto os Surdos quanto seus
familiares, envolvendo-os desde a tradução de cultos e outras programações até o
engajamento na igreja, a partir da atuação de pessoas preparadas para esse ofício
ministerial. Vale lembrar que, como agentes de reconciliação, a igreja local pode
ser um espaço em que eles são amados como são: como surdos brasileiros. Por
isso, um plano de ação de acolhimento é fundamental!

Essas três dicas evitam “o mais do mesmo” que vem sendo feito: dedicação
exaustiva à Libras e à tradução dos cultos. Isso é necessário, mas incluir surdos
vai além. Precisamos de discipulado, formação teológica de obreiros e lideranças,
e ainda, da Bíblia 100% em Libras, bem como, de material teológico de apoio ao
serviço ministerial.

Nesse contexto, devemos ser uma Igreja que leve o surdo a reconhecer e adorar a
Deus, mas também, a servi-Lo, em Sua presença, em amor. Os surdos podem se
desenvolver integralmente em suas vocações, talentos, dons e ministérios e, não
só podem como devem ser potencializados nisso. Por outro lado, os surdos
também podem ser atendidos à medida em que se sintam à vontade para expor
suas necessidades: algum ajuste acústico para melhorar a compreensão?
Mudança de lugar para evitar microfonia no aparelho auditivo? Atendimento para
auxiliar a lidar com os efeitos do envelhecimento? Enfim, ambos os grupos têm
muito a nos dizer. O que nos resta é lhes oferecer um ambiente em que possam
nos falar à vontade.

Temos diante de nós uma nova e poderosa geração de surdos emergindo. Eles
estão estudando, se especializando, viajando pelo mundo, aprendendo outras
culturas, mas, assim como o eunuco de Atos 8, permanecem nos sinalizando,
dizendo: “como poderei entender se alguém não me conduzir ao entendimento?”.
Então, está mais do que na hora da Igreja Brasileira aprender a ouvi-los e, junto
deles, lhes anunciar Jesus, em graça e verdade.

O surdo:

Assistência: É de suma importância que a Igreja seja conscientizada de que o Surdo faz
parte do CORPO e que os mesmos cuidados destinados aos demais visitantes também
devem ser comuns aos surdos. Por isto, a responsabilidade de acolhimento dos surdos
em nossas igrejas é de todos (Corpo) e não somente do intérprete.

Local apropriado para o surdo:

Devido a sua língua ser Espaço-Visual, faz-se necessário o surdo sentar nos primeiros
bancos.

A interpretação aos surdos:

O intérprete deverá ficar em pé de frente para o surdo, se possível com dois metros de
distância dos mesmos, pois a visualização da interpretação é como uma leitura e,
quando, por exemplo, trazemos um livro para próximo dos nossos olhos, fica difícil a
leitura. OBS.: Se houver mais de três bancos de surdos e os irmãos surdos acomodados
nos bancos de trás estiverem com dificuldade de ver a interpretação, o intérprete deverá
ficar num plano mais alto, para que todos os surdos possam enxerga-lo mesmo sem
qualquer empecilho. Ninguém deverá passar entre o surdo e o intérprete durante o
período de interpretação, pois os sinais têm sentido de conexão uns com os outros e, se
o surdo perde um sinal, ele perde todo o contexto daquilo que se está dizendo. Portanto,
quando uma pessoa precisar passar para um lado oposto ao surdo, deverá fazê-lo dando
a volta por trás do intérprete, que deve facilitar dando um passo a frente, retornando em
seguida para sua posição.

Cuidado com a vida espiritual dos surdos:

Neste tocante é importante entender que da mesma forma que a Igreja precisa ser
conscientizada de que o surdo é de responsabilidade do CORPO para cuidados e
recebimento, também não cabe ao intérprete o cuidado com a vida espiritual do surdo,
pois o intérprete não tem unção para tratar de assuntos que somente o ministério poderá
fazer. Logo, o surdo precisa desde a sua chegada à igreja ser direcionado pelo intérprete
ao ministério local, para que assim o Pastor tenha total acesso à ovelha.

O trabalho com os surdos na Igreja:

Quando o Trabalho estiver num estágio mais avançado na Igreja local, é de suma
importância que os surdos tenham aulas sobre história bíblica e manuseio da palavra,
pois, por sua deficiência (a audição) muitos surdos não possuem o conhecimento da
bíblia. Por exemplo, uma criança ouvinte, mesmo que não cresça na presença do Senhor
no decorrer de sua vida, irá por diversas vezes ouvir histórias da bíblia ou ver filmes
relacionados aos seus acontecimentos. O surdo, porém, não tem esta oportunidade, pois
para a maioria deles a língua só é adquirida quase na adolescência, sendo assim
necessária a aplicação destas aulas, que se possível devem ser ministradas pelo pastor
ou responsável designado para tal. Assim, ao receberem o ensino histórico da bíblia, os
surdos terão mais facilidade para compreender os cultos quando as mensagens pregadas
citarem fatos históricos, personagens bíblicos etc.

Evangelização feita pelos Surdos.

Os surdos precisam ser conscientizados de que quando entendem o projeto de salvação


e aceitam a Jesus como Salvador, passam a ter o privilégio e o dever de compartilhar
com os demais surdos e com os ouvintes esse projeto de SALVAÇÃO.
INICIANDO O MINISTÉRIO COM SURDOS

Diante do desejo e da missão que a igreja possui, ao planejar iniciar o Ministério com
Surdos, são necessários três passos:

1 – Conscientização da Igreja: é importante saber que, para o surdo, a forma de buscar


a Deus é peculiar. É importante que cada membro entenda a responsabilidade de
evangelização, integração e discipulado do surdo, visto que, como todo ser humano, ele
também precisa da salvação oferecida por Jesus. A conscientização para essa
responsabilidade pode ser feita de várias formas:

a.Orar para que o Espírito Santo separe alguém para esta obra;

b.Orientar a todos a aceitarem as limitações mútuas na comunicação entre surdos e


ouvintes;

c.Preparar informações transparentes sobre a surdez, combatendo o preconceito;

d.Divulgar o Ministério;

e.Integrar o Ministério na vida de toda a Igreja;

f.Estar atento a todas as oportunidades de intercâmbio para troca de experiências;


g.Incentivar os irmãos a usarem a LIBRAS, tornando-a acessível à igreja e facilitando o
convívio do surdo;

h.Pregar mensagens inspirativas ou convidar um líder que já trabalhe na evangelização


de surdos para despertar a Igreja;

i.Convidar um grupo de igrejas para visitar a comunidade surda em escolas especiais,


associações, etc.

– Participação do Pastor:

como escolhido de Deus, o pastor exerce grande influência sobre a igreja na sublime tarefa de
expandir seu Reino na terra.

3 – Localização de surdos na comunidade: pesquisa sobre a realidade local

a.Procurar e localizar surdos na comunidade (praças, bares, lanchonetes, rodoviária, etc;

b.Listar organizações, entidades, escolas, associações, etc, que realizem trabalho com surdos;
c.Elaborar uma lista de nomes e endereços para descobrir os membros da Igreja que
conhecem algum surdo;

d.Pedir aos surdos endereços de amigos;

e.Fazer levantamento estatístico de quantos surdos existem na comunidade;

f.Colocar anúncios na Igreja, associações e outros locais a respeito do trabalho com surdo;

g.Cadastrar os surdos que visitam a igreja.

PREPARANDO A EQUIPE DO MINISTÉRIO COM SURDOS “O SENHOR aperfeiçoará o que


me toca; a tua benignidade, ó SENHOR, dura para sempre; não desampares as obras das tuas
mãos.” Salmos 138.8

As pessoas do Ministério devem estar preparadas para exercê-lo bem

1 – Requisitos necessários

a.Chamada de Deus para o Ministério;

b.Compromisso;

c.Participante da Igreja;

2 – Seleção e preparo da equipe

a.Aspectos técnicos: ·Ter facilidade para comunicar-se, tendo bom conhecimento da língua
portuguesa; ·

Ter boa a comunicação com o surdo; ·

Conhecer a cultura do surdo através da convivência com ele; ·

Buscar descobrir as potencialidades individuais de cada surdo e o seu aproveitamento no


Ministério;

b.Aspectos emocionais: ·

Ter alguém mais íntimo para dividir as ansiedades, dúvidas e problemas; ·

Buscar um contato real e efetivo com o surdo, para compreender o seu mundo;

·Aceitar as limitações decorrentes das diferenças linguísticas e cultural e fraqueza do ser


humano, tendo maturidade para superá-las;

Encarar com naturalidade as diversas investidas que virão: pedidos de namoro, declaração de
amor, apego demasiado, solicitação constante de ajuda, críticas ao trabalho;

·Tratar o surdo com firmeza e amor, não sendo paternalista e nem subestimando sua
capacidade;

·Trabalhar suas emoções negativas, pois são percebidas facilmente pelo surdo.

c.Aspectos espirituais: ·

Ter testemunho autêntico e comprovado de vida cristã na Igreja e fora dela;


·Orar diariamente pelo Ministério, pelos líderes e liderados, buscando sempre a orientação e a
força do Espírito Santo;

·Conhecer e manusear a Bíblia com facilidade, mantendo uma vida devocional; ·Possuir
convicções doutrinárias bem fundamentadas.

d.Outros aspectos a serem observados na interpretação:

1.Explicar ao orador que ele poderá falar em seu ritmo normal

2.Interpretar como se fosse o próprio orador, dando as ênfases necessárias, repetindo, se


possível, as entonações e dramatização do pregador ( o mesmo deve ser feito com a música);

3.Ter o controle da situação todo o tempo e mostrar segurança;

4.Manter as pernas um pouco separadas quando estiver em pé, para ter mais firmeza,
cuidando também da postura física;

5.Verificar aspecto geral: roupa, cabelo, rosto, etc, preparando-se antes da interpretação;

6.Chegar sempre antes do início da programação, e verificar se o local está preparado;

7.Providenciar os primeiros lugares para o grupo de surdos e interpretes;

8.Utilizar a própria roupa como pano de fundo para as mãos;

9.Evitar o uso de acessórios que possam causar reflexos, pois eles atraem a atenção do surdo
para o intérprete e não para a interpretação;

10.Cuidar da aparência total. Não esquecer que o corpo fala; ele é a voz e o maior instrumento
de trabalho com o surdo. A comunicação utilizada é gestual-visual;

11.Aquecer-se antes da interpretação, alongar dedos, braços, coluna, pescoço, etc, para evitar
desgaste das articulações, tendões, etc;

12.Estar sempre olhando para o grupo para o qual está interpretando, procurando não desviar
o olhar (somente quando se fizer necessário);

13.Providenciar uma estante de música para colocar o material: Bíblia, sermão, hinos, etc.
evitar púlpitos ou locais que escondam parte do corpo, dificultando a interpretação

ESTRUTURANDO O MINISTÉRIO COM SURDOS

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas


o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos.” I Coríntios 12.4-6

A estrutura do Ministério com Surdos deve ser organizada de maneira flexível para atender as
necessidades individuais de cada surdo visando ao seu crescimento espiritual, social e à
unidade do corpo de Cristo.

ORGANIZANDO O MINISTÉRIO

1.Evangelização do surdo: a evangelização é fundamental para o crescimento do Ministério;

2.Discipulado do surdo: logo na chegada do surdo à Igreja, cabe aos componentes da equipe
integrá-lo, incentivando sua participação nas atividades;
3.Educação Cristã do surdo: através da Escola Dominical, os surdos aprenderão as lições
bíblicas que serão aplicadas em sua vida cristã;

4.Atendimento à família do surdo: promover encontros individuais ou em grupo com objetivo


de ajudar a família a superar as frustrações, atuar na valorização da comunicação entre os
membros e integrar a família na Igreja.

5.Alcançando novos surdos: a equipe deve está atenta às atividades sociais da comunidade
surda local, para que na haja concorrência ou disputas dificultando o processo de
evangelização. Ao contrário, deve-se buscar um relacionamento com as associações de
surdos apoiando-as em suas atividades quando solicitado, estreitando um relacionamento
amigável, visando levar a mensagem de Cristo.

FUNÇÃO E ATITUDE DO INTÉRPRETE

A função do intérprete pode ser definida da seguinte forma:

O intérprete procura equalizar uma situação de comunicação, de modo a que as pessoas


surdas e ouvintes tenham acesso a todas as informações emitidas e possam comunicar tudo
aquilo que desejarem;

- Os intérpretes de língua gestual traduzem e interpretam os gestos da língua gestual para


língua falada e vice-versa, respeitando as normas do Código de Ética e Linhas de Conduta.

QUALIDADES DO INTÉRPRETE

Flexibilidade– o intérprete deverá poder adaptar-se às diferentes situações que lhe surgirem;

Objetividade– o intérprete deverá ter em conta que é um elo e não deverá envolver-se;
pessoalmente na sua função;

Autodisciplina– não é fácil controlar a eficiência e honestidade de um intérprete, assim ele


próprio deverá conhecer e respeitar os seus próprios limites;

Atitude Profissional– o intérprete deverá manter uma atitude correta, restringindo-se a


exercer a sua função, bem como deverá ser responsável pelo seu próprio crescimento e pelo
crescimento da profissão;

Pontualidade e Senso de Responsabilidade– é essencial que o intérprete seja pontual, pois só


é útil se estiver presente no local à hora marcada. A sua ausência poderá criar dificuldades
acrescidas aos seus clientes. Em caso de impossibilidade ou doença deverá solicitar um
substituto ou saber da possibilidade de adiamento do ato de interpretação.

CÓDIGO DE ÉTICA DOS INTÉRPRETES DE LÍNGUA DE SINAIS

1)O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e
de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair
confidências, as quais foram confiadas à ele;
2) O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação,
evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja perguntado pelo grupo a fazê-
lo.

3) O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre


transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar os limites
da sua função particular - de forma neutra - e não ir além da sua responsabilidade.

4) O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e usar prudência em aceitar
tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou profissionais, quando necessário,
especialmente em palestras técnicas.

5) O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a
dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si mesmo, durante o exercício
da função;

6) O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a providenciar


serviços de interpretação, em situações onde fundos não são disponíveis.

7) Acordos a níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de cada
estado, aprovada pela FENEIS;

8) O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou outras
em seu favor;

9) O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais.

9) Em casos legais, o intérprete deve informar à autoridade quando o nível de comunicação


da pessoa surda envolvida é tal, que a interpretação literal não é possível e o intérprete, então,
terá de parafrasear de modo crasso o que se está dizendo para a pessoa surda e o que ela está
dizendo à autoridade.

10) O intérprete deve se esforçar para reconhecer os vários tipos de assistência necessitados
pelo surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares.

11) Reconhecendo a necessidade para o seu desenvolvimento profissional, o intérprete deve


se agrupar com colegas profissionais com o propósito de dividir novos conhecimentos e
desenvolvimentos, procurar compreender as implicações da surdez e as necessidades
particulares da pessoa surda alargando sua educação e conhecimento da vida, e desenvolver
suas capacidades expressivas e receptivas em interpretação e tradução.

12) O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza da Língua de Sinais.
E também deve estar pronto para aprender e aceitar sinais novos, se isto for necessário para o
entendimento.

13) O intérprete deve esclarecer o público no que diz respeito ao surdo sempre que possível,
reconhecendo que muitos equívocos (má informação) tem surgido por causa da falta de
conhecimento do público na área da surdez e comunicação com o surdo.

POSTURA PROFISSIONAL

O intérprete é a pessoa em que o surdo mantém extrema confiança, tanto profissional como
pessoal. Devendo ser uma pessoa íntegra e cumprir somente com o seu papel de interpretar
priorizando sempre em sua prática a ética.
O intérprete independente de seus conceitos e valores pessoais deverão sem preconceito
interpretar em locais como: grupo de conscientização de homossexuais e em eventos
religiosos.

O intérprete deverá manter sigilo quando for acompanhar o surdo não devendo revelar seu
nome e o local aonde foi designado para atuar.

O intérprete por ser a voz do surdo e do ouvinte deverá manter sempre sua neutralidade
diante de qualquer situação.

O intérprete deverá sempre estar se aprimorando, se possível, frequentando cursos de


capacitação e outros eventos que venham colaborar para o seu aperfeiçoamento profissional
e na aquisição de conhecimentos sobre a cultura surda.

O intérprete precisa ter expressão facial para que o surdo possa entender melhor a situação e,
principalmente, ter postura, ou seja, não atuar de forma exagerada com o intuito de chamar a
atenção.

O intérprete durante a sua atuação deverá ter intervalo de vinte em vinte minutos de
revezamento com outro profissional em eventos de longa duração.

O intérprete precisa ser um profissional ético tanto com os surdos como com os seus colegas
de profissão.

Devendo estar sempre pronto a apoiar o próximo e estar disposto para o trabalho em equipe.

1º Confidencialidade –

o intérprete deverá guardar completo sigilo de tudo que interpretou inclusive dados, como
datas, nomes, locais ou assuntos, que aparentemente possam não ter importância, podem ser
suficientes para uma quebra de confidencialidade. Não deverá também assumir atitudes na
presença de terceiros que possam levá-los à aperceber-se de que o intérprete tem
conhecimento de assuntos confidenciais. Ao participar na formação de novos intérpretes,
revelando as suas experiências e métodos de trabalho, deverá ter sempre o cuidado de não
mencionar dados, como datas, nomes ou locais que possam levar à identificação de um caso
confidencial. O sigilo só poderá ser quebrado por convocatória judicial para prestar
depoimento.

2º Confiabilidade –

Adaptabilidade – o intérprete deverá providenciar uma interpretação fiel, respeitando o


conteúdo e espírito do orador, utilizando uma linguagem facilmente compreensível para as
pessoas para quem está a interpretar. Não deverá omitir nem inventar ou acrescentar nada ao
que foi dito. Por vezes poderão surgir situações embaraçosas ou que estejam em contradição
com o senso de bem e de mal do intérprete, mas ele deverá sempre lembrar-se de que a
responsabilidade do que é dito não é sua, e que é seu dever transmitir as informações dadas,
de uma forma precisa. Se o intérprete sentir que não é capaz de efetuar uma interpretação
fiel, deverá admiti-lo e retirar-se dessa situação. Ao interpretar para língua gestual, o
intérprete deverá comunicar da forma mais facilmente compreensível pela pessoa surda, seja
ela através da Língua Gestual Portuguesa, datilologia, oralidade, gestos, desenhos ou escrita.
Seria bom se o intérprete e a pessoa surda tivessem uns momentos de preparação para
adaptação ao modo de comunicação de cada um. Sempre que possível, o intérprete ao
interpretar para língua falada deverá utilizar a língua falada pela pessoa ouvinte, inglês,
francês, etc.

3º Imparcialidade

– enquanto durar a sua função, o intérprete não deverá aconselhar ou orientar, mantendo
uma atitude neutral e sem emitir opiniões e reações pessoais. Assim como não deve omitir
nada, o intérprete também não deve acrescentar nada, visto que como intérprete a sua
função é apenas a de facilitar a comunicação entre duas ou mais pessoas (surdas e ouvintes), e
a sua intervenção pode ter consequências imprevistas. Por vezes o intérprete pode sentir-se
tentado a assumir papel de defensor da pessoa surda, o que é humanamente louvável, no
entanto, deverá ter sempre em atenção que, durante a sua função de intérprete apenas
deverá transmitir as informações dadas por ambas às partes.

4º Discrição – deverá usar de discrição na aceitação de trabalhos no que diz respeito a


capacidades específicas da localização e pessoas que solicitam o serviço. O intérprete só
deverá aceitar trabalhos para os quais sabe que tem capacidades. No entanto na falta de um
intérprete especializado em determinada área, poderá recrutar-se um intérprete com menos
preparação desde que o intérprete e o seu cliente tenham noção dessa desvantagem e tanto
um como outro estejam dispostos a aceitar essa situação. Poderão surgir situações
desconfortáveis de ordem pessoal, social, religiosa ou política. Assim, o intérprete deverá
evitar aceitar trabalhos que à partida saiba que poderão afetar negativamente o seu trabalho
de interpretação. O intérprete deverá evitar situações em que tenha de interpretar para
membros da sua família, amigos ou colegas de trabalho, que possam de alguma forma afetar
a sua imparcialidade. Nestas circunstâncias e especificamente no campo legal é difícil para o
intérprete manter-se neutral.

No entanto, em caso de emergência é aceite que o intérprete tenha que interpretar nestas
circunstâncias, devendo nesse caso, todas as partes serem informadas de que o intérprete não
poderá ser pessoalmente envolvido nos procedimentos.

5º Remuneração – o intérprete deverá lidar com este assunto de uma forma profissional e
judiciosa. A remuneração deverá ser adaptada segundo vários fatores, tais como: nível de
certificação, experiência profissional, natureza do trabalho, e índex de custo de vida local
(1.000$00/hora poderá parecer muito em determinados sítios, mas pouco noutras áreas
geográficas). Por vezes os intérpretes poderão fornecer serviços gratuitamente, mas sempre
respeitando o seu cliente, para o mesmo não se sentir alvo de caridade. Por outro lado, há que
considerar que o intérprete que exerça outra profissão pode fazer um favor a um amigo sem
lhe cobrar nada, o que não irá afetar o seu rendimento pessoal, enquanto que um intérprete
que trabalhe à hora não poderá fazer o mesmo, pois a sua profissão é essa e é desse trabalho
que depende para viver.

6º Oportunidade – o intérprete não deverá tirar vantagem pessoal de qualquer informação de


que tenha conhecimento durante o seu trabalho de interpretação.

7º Integridade – através das associações nacionais de intérpretes e surdos procurar defender


a integridade e dignificação da sua profissão, encorajando o uso de intérpretes qualificados,
de modo a que seja atingindo um bom nível de qualidade, em concordância com o código de
ética da profissão de intérprete.
8º Atualização – o intérprete deverá desenvolver as suas capacidades de interpretação e
manter-se a par das evoluções verificadas neste campo, participando em encontros
profissionais, encontrando-se com colegas e partilhando experiências, lendo literatura
informativa e participando em cursos de especialização que venham a ser efetuados.

9º Crítica – sempre que haja críticas ao modo como o intérprete conduziu o seu trabalho, as
mesmas devem ser feitas diretamente ao intérprete com conhecimento para o serviço ou
órgão que o indicou.

LINHAS DE CONDUTA

1º O intérprete deverá apresentar-se de forma precisa e concisa, mencionando o seu nome e


função – Intérprete de Língua Gestual. Deverá, se solicitado, mencionar o serviço ou órgão
que o destacou para esse trabalho de interpretação.

2º Para evitar situações dúbias ou desagradáveis, deverá esclarecer que a sua posição é a de
interpretar tudo o que for dito por todas as partes envolvidas no ato, de língua gestual para
falada e de língua falada para a gestual.

3º Não deverá emitir juízos ou opiniões pessoais, nem deverá deixar transparecer quaisquer
reações, obedecendo a todas as normas de código de ética e linhas de conduta para os
intérpretes de língua gestual.

4º No caso de o cliente surdo ou ouvinte se sentir tentado a solicitar a opinião do intérprete,


deverá de uma forma correta, mas firme, explicar e manter a sua posição de imparcialidade.

5º Os intérpretes devem apoiar-se mutuamente, não permitindo que haja tentativas de


favoritismo ou intrigas por parte de pessoas que possam não compreender a função
desempenhada pelos intérpretes.

Extraído : http://caesarlibras.com/index.html - http://members.fortunecity.com/ailgp/etica.htm


O QUE É LIBRAS

LIBRAS é a sigla da Língua Brasileira de Sinais. As Línguas de Sinais (LS) são as línguas
naturais das comunidades surdas. Ao contrário do que muitos imaginam as Línguas de Sinais
não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a
comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos
níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico. o que é denominado
de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de
sinais. O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade
visualespacial. Assim, uma pessoa que entra em contato com uma língua de sinais irá
aprender outra língua, como o Francês, Inglês etc. Os seus usuários podem discutir filosofia ou
política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais. Informações técnicas

1 - LIBRAS - a LIBRAS tem sua origem na Língua de Sinais Francesa. As Línguas de Sinais não
são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da
cultura nacional. Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de
região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.

2 - Sinais - os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos
e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos. Nas Línguas de Sinais podem
ser encontrados os seguintes parâmetros que formarão os sinais:

2.1 - Configuração das mãos: são formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto
manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou
esquerdos para os canhotos), ou pelas duas mãos. Os sinais desculpar, evitar e idade, por
exemplo, possuem a mesma configuração de mão (com a letra y). A diferença é que cada uma
é produzida em um ponto diferente no corpo.

2.2 - Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja,
local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço
neutro.

2.3 - Movimento: os sinais podem ter um movimento ou não. Por exemplo, os sinais pensar e
em - pé não tem movimento; já os sinais evitar e trabalhar possui movimento.

2.4 - Expressão facial e/ou corporal: as expressões faciais / corporais são de fundamental
importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é
feita pela expressão facial.

2.5 - Orientação/direção: os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima.
Assim, os verbos ir e vir se opõem em relação à direcional idade.

3 - Convenções das LIBRAS

3.1- A grafia: os sinais em LIBRAS, para simplificação, serão representados na língua


portuguesa em letra maiúscula. Ex.: CASA, INSTRUTOR.

3.2 - A datilologia (alfabeto manual): usada para expressar nomes de pessoas, lugares e
outras palavras que não possuem sinal, estará representada pelas palavras separadas por
hífen. Ex.: M-A-R-I-A, H-I-P-Ó-T-E-S-E.
3.3 - Os verbos: serão apresentados no infinitivo. Todas as concordâncias e conjugações são
feitas no espaço. Ex.: EU QUERER CURSO.

3.4 - As frases: obedecerão à estrutura da LIBRAS, e não à do Português. ex.: VOCÊ GOSTAR
CURSO? (você gosta do curso?)

3.5 - Os pronomes pessoais: serão representados pelo sistema de apontação. Apontar em


LIBRAS é culturalmente e gramaticalmente aceito.

3.6 – Na LIBRAS não há desinências para gênero (masculino e feminino). O sinal, representado
por palavra da língua portuguesa que possui marcas de gênero, está terminado com o símbolo
@ para reforçar a ideia de ausência e não haver confusão. Ex: AMIG@ “amigo ou amiga”,
FRI@ “frio ou fria”. Para conversar em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais de forma
solta, é necessário conhecer a sua estrutura gramatical, combinando-os em frases.

Extraído: Portal do Deficiente solidário


LEI DE LIBRAS LEI N.º 10.436 de 24 de abril de 2002

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:

Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de


Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de


comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com
estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos,
oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias
de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira
de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das
comunidades surdas do Brasil.

Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência


à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência
auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

Art. 4º O Sistema Educacional Federal e os Sistemas Educacionais Estaduais, Municipais e do


Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua
Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais -
PCNs, conforme legislação vigente. Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não
poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de abril de 2002; 181º da
Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Presidente da República

Paulo Renato Souza

Ministro da Educação
Meditações Para Surdos

BRASIL TER VERDADE PAÍS TER MUITO PESSOA CRENTE, MAS MUITO PESSOAS VIDA
DIFERENTE COPIAR-NÃO COISAS CERTO JESUS VERDADE PROFUNDO.

MUITO PESSOA SURDOS CONHECER-NÃO SINAL JESUS ALGUNS TER CONHECER JÁ, MAS
CONHECER-NÃO PROFUNDO SIGNIFICAR SINAL JESUS PODER SALVAR.

BRASIL TER 7 MILHÕES PESSOAS TER SURDO, PERGUNTAR QUEM PESSOA PODER
AJUDAR PESSOA SURDO CONHECER JESUS?

EU VOCÊ PODER MUDAR MUNDO, TER SURDO PERTO NÓS CASA VIZINH@, SURDO
TRABALHAR JUNTO TAMBÉM SURDO DENTRO ÔNIBUS O-U TER ENCONTRAR PESSOAS
QUALQUER LUGAR VIDA NÓS.
Método da Pulseira
Usa-se uma pulseira com cinco cores, em seqüência: amarelo, preto, vermelho, branco,
verde.

1. Nó – início e fim da vida

2. Amarelo – céu é a glória da qual Jesus fala através da Bíblia (João 14:2-3) você pode
perguntar se o evangelizando quer ir para o céu ou para o inferno e depois aplicar a cor
escura

3. Escuro – na Bíblia escuridão sempre representa nosso pecado, é por causa do


nosso pecado que o privilégio de morar no céu se afasta de nós (Romanos 3:23).

4. Vermelho – nos faz lembrar do sangue de Jesus que purifica o pecador (Romanos 8:8,I
Pedro 5:18).

5. Branco – representa o perdão dado por Deus através de Jesus e a purificação dos nossos
corações através do seu sangue (Is
1:18 João 1:12)

6. Verde – crescimento espiritual que deve ter uma pessoa que aceita Jesus para que
também tenha esperança de vida eterna.
A pessoa surda e o discipulado Cristão

Primeiro se faz necessário o entendimento sobre o termo


“discipulado” para algumas pessoas discipulado se resume em uma
série de ensinamentos que você passa à outra pessoa, mas
discipulado é o que Jesus faz com seus discípulos, então,
discipulado é um processo de longa caminhada de ensino e
principalmente de bons exemplos a serem seguidos.

Alguns fatores necessários para que haja um bom discipulado:

1. O discípulo surdo precisa de um discipulador que além de


conhecer o conteúdo bíblico precisa ter um bom testemunho
dentro da comunidade de fé.

2. O discipulador precisar estar disposto a caminhar com o seu


discipulando, por isso, se faz necessário o conhecimento que o
discipulador não pode discípular (pastorear) muitas pessoas, para
que seu ensino não caia na ineficiência. O ideal mesmo é que o
discipulado seja feito um a um, ou seja, discipulador e
discipulando.

3.Para o discipulado com surdos use materiais visuais dê


preferência para vídeos em língua de sinais (Veja os vídeos do
bíbliaemlibras.blogspot.com) materiais visuais a bíblia em ação da
sociedade bíblica do brasil que é uma bíblia em forma de gibi pode
ser um material bem eficiente neste sentido.

4. Você precisa de um roteiro de ensino, para que suas conversas


não caiam na armadilha do improviso. Veja o modelo a seguir e o
use apenas como modelo de inicio de conversa, não como regra
limitadora para todo o processo. Que
Deus o abençoe e o use na vida de muitas pessoas surdas.
Plano de Salvação
1. Mostrar ao homem que Deus o ama
(João 3:16)
2. Mostrar ao homem que ele é pecador
(Romanos 3:23; Romanos 3:10.)
3. Mostrar ao homem que o pecado leva a morte
(Romanos
6:23)
4. Mostrar ao homem que só há um caminho para o perdão
dos pecados (João 14:6)
5. Mostrar ao homem qual deve ser sua atitude perante
tudo isso (João 1:12)
A pessoa surda e o discipulado Cristão.
Primeiro se faz necessário o entendimento sobre o
termo “discipulado” para algumas pessoas
discipulado se resume em uma série de
ensinamentos que você passa à outra pessoa, mas
discipulado é o que Jesus faz com seus discípulos,
então, discipulado é um processo de longa
caminhada de ensino e principalmente de bons
exemplos a serem seguidos.
Alguns fatores necessários para que haja um bom
discipulado:
1. O discípulo surdo precisa de um discipulador que
além de conhecer o conteúdo bíblico precisa ter um
bom testemunho dentro dacomunidade de fé.
2. O discipulador precisar estar disposto a caminhar
com o seu discipulando, por isso, se faz necessário o
conhecimento que o discipulador não pode
discípular (pastorear) muitas pessoas, para que seu
ensino não caia na ineficiência. O ideal mesmo é
que o discipulado seja feito um a um, ou seja,
discipulador e discipulando.
3. Para o discipulado com surdos use materiais
visuais dê preferência para vídeos em língua de
sinais (Veja os vídeos do
bíbliaemlibras.blogspot.com) materiais visuais a
bíblia em ação da sociedade bíblica do brasil que é
uma bíblia em forma de gibi pode ser um material
bem eficiente neste sentido.
4. Você precisa de um roteiro de ensino, para que
suas conversas não caiam na armadilha do
improviso. Veja o modelo a seguir e o use apenas
como modelo de inicio de conversa, não como regra
limitadora para todo o processo. Que Deus o
abençoe e o use na vida de muitas pessoas surdas.

A
ABAIXO (Dic. LIBRAS) Lugar, posição ou situação inferior, em relação a outros de nível mais
elevado. Mão esquerda aberta com a palma para baixo e parada, a direita também nesta posição e em
baixo da primeira faz um movimento deslocando-se para baixo.
ABANDONAR (Dic. LIBRAS) Desprezar, largar, deixar de cuidar. Sinal: As mãos com os polegares e
maior unidos na altura dos ombros. Com um movimento para frente/esquerda os dedos se abrem.
ABANDONAR (Dic. LIBRAS) Deixar pessoa ou algum objeto, sem intenção de retomá-lo.Sinal: As
mãos com os dedos abertos na altura dos ombros. Com um movimento para frente joga a mão.
ABEL(Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em A simulando o sinal de sacrifício/Significado: Abel
oferecia sacrifícios) ou seja mão em A passa o polegar ao lado do pescoço de trás para frente.
ABENÇOAR =(Libras Cristãs) dar bênção (Sinal: as mãos em A sob o queixo em seguida
abaixar abrindo as mãos simulando o sinal de calma)
ABENCOAR quando se refere a própria pessoa (Sinal: mão direita em A sai do lado em direção à
cabeça abrindo as mãos)
ABIGAIL (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em A simulando o sinal de alegria/Significado:seu o
me significa alegria, ou seja leve as mãos em A, na altura do peito para cima uma após a outra.
ABIMELEQUE (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em A, simulando o sinal
de divino,santo/Significado:seu nome significa “O Rei Divino é meu pai” ou seja, circula a cabeça em
A iniciando e terminando no centro da testa.)
ABRAÃO(Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em A simulando o sinal
de país nação/Significado:Abraão, pai de grande nação ou seja, circula com a direita em A as costas
da esquerda duas vezes.- com o punho, a mão fica inclinada para cima)
ABRIGO - (Dic. De Libras) Proteção contra os perigos, a chuva, o frio, o calor. Sinal: as duas mãos
dobradas, saem de trás da cabeça para frente. Para abrigar, o movimento pode ser feito na mão: uma em
concha fica parada e a outra passa por cima em direção ao punho.
ACABAR (Dic. LIBRAS) Terminar; concluir; finalizar. Sinal: as duas mãos com polegares e maior
unidos, saem cada uma do seu lado e cruzam-se na frente abrindo os dedos.
ACEITAR (Dic. LIBRAS) Atender a um convite; receber uma gentileza. As mãos levemente em concha,
virada para cima fecham-se na frente do corpo.
ACESSO (Dic. LIBRAS) Ingresso; alcance; entrada. Sinal: mão inclinada apontando para frente fazer
um curso indo para frente ou mão esquerda com a palma para baixo apontando para frente a direita passa
por cima da outra inclinada apontando para frente fazendo um curso indo para frente.
ACHAR (Dic. LIBRAS) Ter uma opinião; considerar. Sinal: Encosta o dedo maior na testa.
ACONTECER – (Dic. De Libras) Ocorrer; suceder; tornar-se realidade: mão esquerda com a palma
para cima, mão direita em K. A mão em K passa pela palma da outra de fora para o punho e para o alto.
OU mão direita fechada e com o polegar e indicador esticado, os dedos se unem como um gesto de pegar
com movimento para frente. Cuidar com a expressão do rosto interrogativa. OU
ACONTECER - (Dic. De Libras) Ocorrer sem que seja esperado; tornar-se realidade; suceder: mão
direita dobrada para cima,fazer um meio giro para o alto na mão que está levemente em concha e com os
dedos afastados.
ACREDITAR - (Dic. De Libras) Dar crédito a alguém: crer; confiar.Sinal: mão direita sai da testa e
cai na palma da esquerda que a espera.
ABSALÃO (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em A em seguida abaixa-se em B, em movimento da
letra Z /Significado:seu nome significa “meu pai é paz”
ACÃ (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em A simulando o sinal de vontade/Significado:Acã cedeu
a vontade de pecar) , ou seja passe a mão em A na garganta para baixo.
ADÃO (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em A ao lado da testa .( Extraído do sinal arrepender com
o movimento ao contrário ou seja para frente)
ADORAÇÃO/ ADORAR (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos juntas na frente do corpo/Significado: ato de
adoração)
AFRICA: (Dic. LIBRAS) mão direita em A (mas com o dedo indicador um pouco mais saltado e o
polegar encosta nele) arrasta rodando na fronte. Para África do Sul acrescenta o Sul digitalizado.
AGEU(Libras Cristãs) ( Sinal:A e G)
AGRADAR/AGRADÁVEL: (Dic. LIBRAS) mão direita em aberta, palma para o peito, circula duas
vezes em cima do coração.
AGIR – (Youtube)) Mãos em Y os mindinhos se tocam duas vezes
AJUDAR: (Dic. LIBRAS) Dar apoio; prestar socorro; auxiliar. Sinal: duas mãos fechadas com
polegares esticados e com o dorso para frente da platéia, uma mão bate ns falanges da outra duas vezes
OU mão direita aberta, virada para o alto, a outra toca com o indicados no pulso da esquerda e caminham
juntas para frente.
ALEGRE: (Dic. LIBRAS) mão direita aberta, ligeiramente curvada circula o peito duas vezes.
ALEGRIA: (Dic. LIBRAS) As duas mãos abertas, espalmadas e com as palmas para o corpo, arrastam
os dedos na altura do peito em movimentos para cima. Pode ser feito na testa com movimentos para
frente alternados .

ALELUIA (Dic. LIBRAS) (Cântico de alegria ou de ação de graças.Sinal: mãos abertas com a palma
virada para cima ao lado do corpo na altura do ombro, leva as mãos para cima tremulando as mãos) ou as
mãos se encontram na frente, batem uma na outra (como palma) e depois fecham-se em A com os
polegares para cima circula duas vezes para o alto)
ALEM - (Dic. LIBRAS) Um pouco mais à frente; depois. Sinal: mão direita com a palma para o corpo,
fazer o movimento marcando um ponto junto ao corpo e outro mais a frente.
ALIANÇA – (Dic. De Libras) (Aliado: Unido a outro para uma ação comum; parceiro.) Dedos
maiores e polegares se fecham um dentro do outro formando um elo. Para aliança noivado fazer o gesto
de vestir um anel.
ALMA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos juntas na vertical, separando-se e fechando os dedos uma para
o alto e a outra para baixo (fica meio inclinado o movimento)/Significado: a alma deixa o corpo) – duas
vezes
ALTAR (Dic. LIBRAS) (Sinal: fazer o sinal de igreja, depois as mãos em A juntas no centro afastam-se
para os lados e descem com as mãos abertas, dedos lado a lado, pode ser feito em seguida o sinal
de oferecer/Significado: lugar de oferecer sacrifícios)
ALTO (Dic. LIBRAS) (estatura, crescido, nobre): mãos levemente dobradas, saem do ombro para
cima.
ALTO (Dic. LIBRAS) (grande volume, som): a mão com a palma para cima sai de baixo para o alto na
frente do corpo.
ALTO (Dic. LIBRAS) (monetário): na altura do ombro, dedo polegar e indicador unido, abre para o
alto em L.
AMAVEL – (Youtube) Sinal de amor =mão em concha fecha os dedos no coração, depois a mão se
abre e vem para o lado direito para o alto num sinal de entrega. VERIFICAR!
AMÉM (Dic. LIBRAS) (Sinal: as mãos juntas fechadas na frente do corpo)
AMOS (Libras Cristãs) ( Sinal:A e M )
ANA (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em A e o sinal de graça /Significado:seu nome significa
graça) , ou seja a mão esquerda em A a direita vem do alto em A abrindo os dedos sobre a outra
como se estivesse abençoando. .
ANANIAS (Libras Cristãs) (Sinal:as mãos em A cruzadas no peito, simulando o sinal
de defunto/Significado:morreu por causa das mentiras ) ou seja cruzar as mãos no peito e depois com a
mão direita passar na garganta, em seguida mão em C virada para baixo sai da esquerda para a direita
como se contornando uma pessoa deitada.
ANDRÉ (Libras Cristãs) (Sinal:as duas mãos em A, simulando o sinal de pedra /Significado: irmão de
Pedro), ou seja a mão em A direita, bate nas costas da esquerda. (pedra bate com o dedo maior)
ANJO: (Dic. LIBRAS) encosta as mãos em Amém e depois os polegares encostam no ombro e batem
asas com as mãos.
ANUNCIAR: As duas mãos em Y unidas no centro afastam-se para os lados. No caso de anuncio é mais
curto e tremulando.
AO ÚNICO =(Youtube) sinal de digno = uma mão agarra o dedo indicador da outra mão, na frente do
corpo.
UNÍCO (Dic. LIBRAS) Uno; só; não há outros; incomum; extraordinário.Sinal: mão direita fechada
com indicador aberto apontando para frente, costas da mão para baixo. O movimento sai de baixo para
cima até a altura do ombro até que o dedo aponte para o alto.
APOCALIPSE (Libras Cristãs) (Sinal: as mão juntas em A separando-se em P no movimento
determinar/Significado: o último livro da Bíblia) ou seja, A abre em P para os lados na frente do
peito.
APÓSTOLO: (Dic. LIBRAS) as duas mãos na frente do corpo fechadas com o polegar para cima. Uma
mão deve estar na frente da outra direcionadas para a esquerda e um pouco afastadas. O dedo indicador da
direita abre e fecha em movimentos, depois a mão direita encosta na esquerda e as duas fazem movimento
de caminhar. Para o lado esquerdo. OU
APÓSTOLO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em A, simulando o sinal de pastor terminando em
P)
APRENDER: (Dic. LIBRAS) Ficar sabendo; tomar conhecimento. Sinal: Abre e fecha a mão na
frente da testa (duas vezes e termina em A).
APREENDER: (Dic. LIBRAS) Apropriar-se judicialmente; recolher. Sinal: As duas mãos na frente
do corpo fecham-se em S.
ARÃO (Libras Cristãs) (Sinal:as mãos em A, simulando o sinal de sacerdote /Significado: Arão era um
sacerdote ) ou seja, arrasta as mãos em paralelo e em A de cima do peito e cintura direita até o
outro lado peito e cintura – um pouco inclinado para baixo..
ARCA DA ALIANÇA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em A,com os polegares se tocando/Significado:
simunlado os anjos que ficavam sobre a arca)
ARMADURA (Libras Cristãs) (Sinal: : as duas mãos na frente do corpo simulando uma armadura, em
seguida com uma das mãos fazer o sinal do capacete de soldado romano /Significado: armadura que o
soldado romano usava, também ilustra a armadura do cristão ou seja, faz o contorno de um corpo e
depois o de capacete que é virar as duas mãos com os dedos levemente dobrados como se estivesse
colocando um capacete.
ARREBATAR (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de pegar sobre a palma da mão, movendo a mão
para cima/Significado: elevar ao céu) ou seja, abre e fecha os dedos na outra mão em direção ao alto.
ARREPENDER (Dic. LIBRAS) (Sinal: uma das mãos em A vem para o lado da testa com a expressão
facial de tristeza/Significado: demonstrar a arrependimento)
ÁRVORE: (Dic. LIBRAS) Mão esquerda dobrada para cima, mão direita apoiando o cotovelo esquerdo,
mão esquerda tremula.
ASCENSÃO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em V invertido sobre a palma , elevar as mãos
/Significado: ira ao céu)
ATIRAR ALGO: mão em C puxa de baixo do lado esquerdo para cima/direito e joga de cima para
baixo e para o lado esquerdo esticando o dedo indicador.
ATOS (Libras Cristãs) ( Sinal: as duas mãos em A, simulando o sinal de trabalho/Significado: o
trabalho da igreja primitiva) ou seja, na altura do peito leva a mão em A para frente e para o peito
duas vezes alternados.
ATRAIR - (Dic. De Libras) Chamar a atenção; provocar; despertar interesse. Sinal: mãos em concha
com os dedos afastados, viradas para o rosto, fazer o movimento de trazer para si.

B
BAAL (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em B, em seguida descer em L, simulando o sinal de
ídolo/Significado: ídolo dos cananeus) ou seja, sai em B e desce em L contornando uma figura de
pessoa.
BABEL (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em B na boca, afastar, simulando o sinal de línguas/
Significado: lugar onde houve variedade de línguas)
BABILÔNIA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em B toca na outra em O)
BAIXO: (Dic. LIBRAS) mão levemente dobrada na altura do ombro, faz movimento para baixo.
BALAÃO (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em B, simulando o sinal de curioso/Significado:era
curioso) ou seja, encosta a mão em B perto do olho e mexe várias vezes os outros dedos.
BARCO: (Dic. LIBRAS) mãos se unem viradas para frente, o polegar virado para cima (é o sinal de
casa deitado). O movimento é de ir para a frente. Se for um barco pequeno com remos, o polegar mexe.
BARNABÉ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em B, simulando o sinal de consolo,
ajuda/Significado:seu nome significa filho da consolação ) ou seja a mão em B acaricia as costas da
outra.
BARRABÁS (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em B, simulando o sinal de roubar/Significado: era
ladrão ) ou seja a mão em B encosta a outra palma da mão que está com os dedos virados para
cima,e depois mexe os dedos da que está em B um após o outro para baixo.
BARTIMEU (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em B, simulando o sinal de cego/Significado:era
cego ) ou seja a mão em B passa de cima para baixo ou do lado esquerdo para o direito em cima
dos olhos.
BARTOLOMEU(Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em B, simulando o sinal
de apóstolo/Significado:foi um dos apóstolos de Jesus) pode ser: mão em B bate em um ombro e depois
no outro (simulando pastor)
BATISTA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em B simulando o sinal de cruz) ou seja, as mãos em
B uma corta a outra = vertical e horizontal.
BATIZAR/BATISMO (Dic. LIBRAS) Administrar o batismo em alguém. (Sinal:dedos juntos virados
para baixo na frente da testa, faz o movimento da mão para cima.
BATIZAR/BATISMO: (Dic. LIBRAS) Receber o batismo. (Sinal: as mãos em positivo fazer um
pequeno movimento de mergulho para o lado/Significado: ato do batismo por imersão)
BEIJO: (Dic. LIBRAS) mão direita com os dedos juntos tocam a face.
BELÉM (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de estrela abaixando uma das mãos em B) ou seja dedos
polegares e indicadores abrem e fecham no alto e na frente do corpo/alternados e depois uma
desce em B.
BENJAMIM (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em B, simulando o sinal de último (pessoa)
/Significado:último filho de Jacó ) ou seja, a mão em B cai em cima da outra que já espera aberta
com a palma da mão para cima.
BESTA (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o número 6 três vezes na testa)
BETÂNIA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em B fazer círculos na frente do corpo)
BÍBLIA (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de livro em seguida sinal de Deus/Significado: o livro de
Deus) ou seja, mão esquerda aberta para cima, folhe com o indicador da outra e depois sobe em D
acima da cabeça.
BOAZ (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em B, fazendo um círculo no coração /Significado:tinha
bom coração )
BOM: (Dic. LIBRAS) mão direita com os dedos unidos na boca, faz o movimento de levar para frente
abrindo os dedos.
C
CAIM (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C, simulando o sinal de matar1/Significado:matou
seu irmão Abel) ou seja, passa o C cai com força para baixo.
CALEBE (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em C, fecha terminando em A)
CALMA: (Dic. LIBRAS) Tranqüilidade; sossego; serenidade: mão espalmada, movem-se para frente
duas vezes e pára com a palma virada para a platéia.
CALMA: (Dic. LIBRAS) Capacidade de se controlar, de evitar a tensão: Mão passa no peito de
cima para baixo e pode ser acrescentado parando com a mão espalmada na frente.
CALMO: (Dic. LIBRAS) Que tem ou demonstra serenidade; tranqüilo. Sinal duas mãos espalmadas
com movimento para baixo no peito.
CALMO: (Dic. LIBRAS) Situação em que há calmaria:cessação dos ventos ou da agitação de ondas.
(Sinal: duas mãos espalmadas com a palma para baixo, saem do centro em frente ao corpo para os
lados.)
CALVÁRIO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de montanha e em seguida 3 cruzes/Significado:
local onde Jesus foi crucificado) ou seja, as mãos contornam morros e depois três sinais de cruz com
os dedos indicadores. No Dicionário de Libras a cruz é somente uma e faz o contorno da
montanha,
CANAÃ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C, colocando no antebraço. Movê-la até o
dorso). Esse não seria o sinal de curso? VERIFICAR!
CANTAR: (Dic. LIBRAS) mão direita com dedos em concha abertos, circula na frente da boca duas
vezes.
CANTARES DE SALOMÃO (Libras Cristãs) ( Sinal:as mãos em C ao lado da boca, simulando o
sinal de cantar/Significado:livro dos cânticos) (Cantar é só com uma mão)
CAPA (Libras Cristãs) (roupa): mãos em A, batem juntas nos ombros e caem para frente no centro do
peito.
CAPACETE: (Dic. LIBRAS) Acessório de forma ovalada. Sinal: mãos com dedos abertos e levemente
curvados, vestem na cabeça até a altura dos olhos.
CAPÍTULO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C, passando pela palma da outra mão) do
pulso para os dedos.
CARPINTEIRO (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em C, movendo para frente/Significado: lembra o
ato de lixar a madeira)
CARTA: (Dic. LIBRAS) o polegar ou os dedos indicador e médio tocam na língua e vão em direção a
outra mão estendida na frente do corpo, as duas movem-se juntas para a frente.
CASA: (Dic. LIBRAS) mãos unidas na frente do corpo com os dedos virados para cima.
CASTELO:
CÉSAR (Libras Cristãs) (Sinal:as duas mãos em C, simulando a coroa de louros usada na época) ou
seja, as mãos em C saem do centro da testa para os lados da cabeça.
CEGO: (Youtube) mão em V arrasta de cima para baixo nos olhos. Pode ser para o lado também.
CEIA (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de pão e vinho na face/Significado: os dois elementos
servidos na ceia) ou seja, mão em A encosta perto da boca, torce e depois em V toca a face.
CEIFAR (Libras Cristãs) (Sinal: a palma da mão aberta, passando pela outra em S/ com o movimento
para frente/baixo. Significado: lembra o ato de cortar)
CÉU (Libras Cristãs) (Sinal: mãos em C no centro e na altura da cabeça, separá-las em direção as
extremidades.
CHIPRE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C sobre o dorso da outra, simulando o sinal de
ilha/Significado: era uma ilha) ou seja, C no dorso da outra mão e abre os dedos um após o outro
torcendo a mão como o sinal de ilha ( = mão em I, na altura do ombro, os outros dedos abrem-se
alternadamente como um leque ao mesmo tempo que a mão torce ficando com as costas para a
platéia em A.)
COITADO: (Dic. LIBRAS) mão direita aberta, passa duas vezes o dedo médio no peito, fazendo uma
expressão facial triste.
COLOSSENSES ( Sinal:uma das mãos em C toca na palma da outra mão aberta)
COLUNA: (Dic. LIBRAS) (de prédio): mão em C saem do alto para baixo ao lado do corpo. (Para
espinha dorsal faz com uma mão e aponta a coluna antes)
COMEÇAR: (Dic. LIBRAS) Dar ou ter início; principiar, iniciar. (Sinal: mãos abertas com as
palmas viradas para o corpo, os dedos das mãos se juntam na frente do corpo e depois as mãos se abrem
para frente em direção aos lados.)
COMEÇAR: (Dic. LIBRAS) Iniciar; fazer pela primeira vez; inaugurar.Sinal: uma mão aberta com a
palma virada para cima, a outra levemente dobrada e com o polegar para cima passa pela outra mão do
punho até alcançar a ponta dos dedos.
COMUNHÃO - (Dic. De Libras) Sacramento da igreja católica; receber o corpo e o sangue de Cristo,
segundo a liturgia católica. Sinal: mão direita com os dedos polegar e indicador unidos, fazer sinal da cruz
em frente a boca: mão direita com os dedos polegar e indicador unidos, sai da altura da testa para baixo.
Ao lado direito do corpo
COMPAIXÃO/(Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C, simulando o sinal de coitado ou seja, a
mão direita em C passa duas vezes no peito. Pode ser feito o sinal com o dedo médio como coitado.
COMPREENDER - (Dic. De Libras) Entender; captar o sentido, as intenções ou as idéias. Sinal: mão
direita, dedos indicador e polegar unido em elo. Sai da testa para baixo até o ombro.
CONFESSAR (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos no sinal de bom elevando o rosto e as mãos) fazer este
movimento para o alto
CONFIAR/ACREDITAR/FÉ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em B toca na testa, em seguida
na palma da outra mão)
CONFORME /DE ACORDO= (Youtube) duas mãos com polegares e indicador unidos, os outros
ficam abertos, saem de perto do rosto para baixo. VERIFICAR!
CONFUSÃO (Dic. LIBRAS) Balbúrdia; tumulto; desordem.: Sinal: mãos se entrelaçam na frente do
corpo e balançam duas vezes.
CONHECER - (Dic. De Libras) mão em B (direita só com o polegar fechado e os outros esticados para
cima), encostar o indicador no queixo.
CONSAGRAR = (Youtube) uma mão vai até o peito, depois sinal de vida/ser (que é feito com os
dedos direito unidos em cima do coração, faz o movimento para cima e para baixo) e depois a mão
que fez o sinal de vida repousa na palma da outra mão e vai para o alto.
CONSTRUIR: (Dic. LIBRAS) as duas mãos em L , circula uma sobre a outra ,a frente do corpo
CORREÇÃO - Thulio Moutinho (Youtube) - mão direita fechada com indicador esticado,
arrasta no braço esquerdo em direção ao punho. VERIFICAR!
CORTAR CABELO: (Youtube) é só fazer o movimento na altura do cabelo passando a mão de traz
para a frente na altura do pescoço.
CONSOLO (Dic. LIBRAS) Amenizar o sofrimento; confortar. Sinal: uma mão com
dedos apontando para frente e com o dorso para cima fica parada , a outra acaricia o dorso da outra mão
duas vezes.
CORNÉLIO (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em C, simulando o sinal de religião/Significado:era
religioso ) ou seja, a mão em C sai do ombro esquerdo para o alto em direção ao lado direito.
COROA: (Libras Cristãs) sinal de rei= mãos em C na horizontal e faz o movimento de vestir a coroa.
CRENTE - (Dic. De Libras) Adepto do protestantismo; protestante. Sinal: na frente do corpo com as
palmas viradas para cima, bater os lados da mão do dedo mindinho duas vezes.
CRER= FÉ =Mão sai da testa e bate na outra que espera na altura do peito.
CRIADOR (Libras Cristãs) (Sinal: fazer sinal de homem, em seguida sinal de criar/Significado:
homem que cria) ou seja mão no queixo com movimento para baixo, depois o sinal de criar ou fazer
que é o de fazer que é mãos em A e os dedos polegares se tocam duas vezes ou o sinal de surgir que
é mão em C formando a boca de um copo, a outra mão com os dedos juntos saem de baixo, passam
por dentro do C em direção ao alto abrindo a mão como uma flor desabrochando.
CRIAR/CRIAÇÃO (Libras Cristãs) (Sinal: o sinal de fazer, acrescido do sinal de surgir/Significado:
criar do nada) ou seja, mãos em A e os dedos polegares se tocam duas vezes + o sinal de surgir que é
mão em C formando a boca de um copo, a outra mão com os dedos juntos saem de baixo, passam
por dentro do C em direção ao alto abrindo a mão como uma flor desabrochando. Ou Criação :
(Youtube) mãos fechadas, dedo polegar bate no outro duas vezes e depois as mãos se abrem para os
lados . VERIFICAR!
CRIAR: (Dic. LIBRAS) Fazer, dar existência ou origem; fazer aparecer; gerar; inventar. Sinal
mãos fechadas em A, os polegares se tocam duas vezes ( é o sinal de fazer)
CRIAR: (Dic. LIBRAS) Fundar; estabelecer; instituir. Sinal de surgir = mão em C formando a
boca de um copo, a outra mão com os dedos juntos saem de baixo, passam por dentro do C em
direção ao alto abrindo a mão como uma flor desabrochando.
CRIAR: (Dic. LIBRAS) Imaginar; fabular; fantasiar, inventar. Sinal: mão fechada com o dedo
indicador para cima, passa no centro da testa em direção para o alto.
CRISTÃO/CRENTE (Sinal: as mãos tocam-se 2 vezes).
CRISTO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C, toca no ombro e em seguida na cintura do lado
contrário/Significado:caracterizado pelo manto que usava)
CRUZ (Libras Cristãs) (Sinal: os indicadores cruzados)
CRUCIFICAR/CRUCIFICAÇÃO - (Dic. De Libras) Submeter ao suplício da cruz; pregar na cruz.
Sinal: fazer o sinal de Jesus tocando com o indicador a palma contrária das mãos e depois abrir os braços
como se estivesse pregado na cruz.
CUIDAR DE ALGUÉM: (Dic. LIBRAS) uma das mãos na frente do corpo, deitada, dedos fechados
com o indicados esticado. A outra em V bate duas vezes no indicador esticado com o punho.
CUIDAR (Dic. LIBRAS) significando atenção para doença: mão direita fechada com indicador
esticado, toca o indicador no olho e depois abre as duas mãos na frente do corpo fazendo um movimento
circular e alternado..
CULTO (Dic. De Libras) Ritual ou cerimônia religiosa; veneração ou homenagem. Sinal : mão
esquerda fechada com indicador para cima. A esquerda em C sai de trás e circula o dedo indicador até a
frente.
CULTO - (Dic. De Libras) Aquele que tem ou revela cultura; que adquiriu, mediante leitura e estudo,
um vasto saber; erudito: Mão direita em 5 encosta os dedos indicador e maior no lado da testa
CULPA - (Dic. De Libras) Sentimento de auto-reprovação por alguma atitude; arrependimento.
Sinal: : mão esquerda com a palma para cima, mão esquerda em P. A mão em P passa pela palma da outra
de dentro para fora e para o alto.
CULPADO - (Dic. De Libras) O responsável por alguma falha ou delito. Sinal - mão direita em
concha toca a parte superior da cabeça.
CUMPRIR – igual a fazer.
CURIOSO: (Dic. LIBRAS) mão direita aberta, virada para cima, o polegar encosta perto do olho, os
outros dedos abrem e fecham várias vezes (abanando).

DALILA (Libras Cristãs) (Sinal: uma mão em D, simulando o sinal de cortar o cabelo/Significado: ela
cortou o cabelo de Sansão
DANÇAR = (Youtube) uma mão aberta com a palma para cima, a outra em V virada para baixo, dança
na palma da outra mão.
DAVI (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em D, fazendo círculos na frente do corpo para o
alto/Significado:o ato de Davi girar a funda e atirar a pedra em Golias )
DAR: (Dic. LIBRAS) mãos viradas para cima com dedos juntos, na frente do corpo se abrem para frente
DECLARAR – (Dic. De Libras) Tornar pública uma informação, oralmente ou por escrito .
anunciar; revelar. Sinal: mão em Y, o dedo polegar sai do queixo para frente.

DESCENDER (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de filho várias vezes, levando a mão para a
frente/Significado: filhos dos filhos) ou seja a mão direita abre e fecha duas vezes com movimento
para frente na altura do ventre.
DÉBORA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em D, simulando o sinal de juiz/Significado: foi a juíza do
povo de Deus ) ou seja, balança alternadamente as mãos em D na frente do corpo.
DECÁLOGO/DEZ MANDAMENTOS (Libras Cristãs) (Sinal: fazer os sinais de 1 e 0, em seguida o
sinal de mandar) ou seja um, zero e....mandar = mão fechada com o polegar esticado, passa na testa
de cima para baixo e aponta para frente. Expressão forte no rosto.
Dic. De Libras é mão em D, sai da testa para baixo que é o sinal de mandar.
DESFRUTAR
DEFUNTO: (Dic. LIBRAS) com a mão direita aberta passa na garganta, depois em C virado para baixo
sai da esquerda para a direita como se contornando uma pessoa deitada a sua frente.
DEGOLAR: movimento com a mão de cortar o pescoço, no lado e de trás para frente.
DESCULPA: (Dic. LIBRAS) mão direita em Y encosta os três dedos que estão fechados no queixo
DEUS (Libras Cristãs) (Sinal:a mão em D colocando PARA CIMA /Significado: está acima de todas
as coisas) OU R DE SENHOR.
DEUTERONÔMIO (Libras Cristãs) (Sinal: D na palma da outra mão/Significado: livro da lei)
DIABO (Libras Cristãs) (Sinal: dedos indicadores e polegar formando a letra C ao lado da testa) . O
polegar encosta na testa.
DIÁCONO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em D, simulando o sinal de pastor/Significado:
auxilia ao pastor) ou seja a mão em D toca um ombro e depois o outro.
DIGNO - (Youtube) vi no vídeo um sinal de muitas reverências, saindo da testa para o chão. Aprendi
assim: mão fechada, dedo indicador para cima. A outra mão em concha com dedos um pouco
separados fecha-se no indicador. VERIFICAR!
DISCÍPULO (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em D, simulando o sinal de seguir/Significado: aquele
que segue) ou seja, mãos em D paralelas e um pouco afastada uma da outra faz movimento para
frente, direcionado para o lado direito.
DIVINO/SANTO: talvez o sinal de santo = dedos unidos, sai da testa e circula a cabeça até chegar na
testa novamente.
DIZER = falar = mão em F sai da garganta contornando o queixo para frente.
DÍZIMO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em D e a outra em C mais fechado virado para cima, a
mão em D sai do alto e entra na mão em C como se estivesse colocando em uma urna. O dedo indicador
fica fora apontando para frente. OU mão em D deitado, simulando o sinal de OFERTA/Entrega: PARA
O ALTO.
DÓ: (Youtube) o dedo médio toca o peito 2 vezes
DOUTRINA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em D, movendo para frente duas vezes, simulando o
sinal de ensinar que neste caso é abrir e fechar os dedos jogando para frente./Significado: ensinamento)
DORCAS (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em D simulando o sinal de costura/Significado: era
costureira) ( faz o movimento de costura na outra mão)
DÚVIDA (Dic. LIBRAS) (incerteza) :a ponta do indicador deitado arrasta 1 vez no queixo com
movimento para frente e pára.
DUVIDAR: (Dic. LIBRAS) Descrer; não estar convencido; levantar dúvidas; manter sob suspeita.Sinal:
arrasta duas vezes o indicador na vertical no queixo duas vezes como se estivesse enrolando.

ECLESIASTES (Libras Cristãs) ( Sinal: sinal de olhar, atenção em E/Significado: o livro do


conselho), ou seja, a mão em E sai dos olhos.
ÉDEN (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em E, simulando o sinal de árvore/Significado:
caracterizado pela natureza) ou seja braço esquerdo dobrado para cima e com a mão em E, a outra
mão está apoiando o cotovelo, a mão em E tremula.
EDOM (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em E, simulando o sinal de vermelho/Significado: nome
dado a Esaú e significa vermelho) ou seja, a mão em E toca os lábios.
EFÉSIOS (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em E fazendo circulo sobre o dorso da outra )
EGOISTA – Aquele que só se preocupa com os próprios interesses. – (Dic. De Libras) mão em k, sai
com o dedo maior da testa para baixo
ELIAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos me E, simulando o sinal de arrebatar/Significado: Elias
‘’foi arrebatado) ou seja ou seja, a mão em E sai da outra mão em direção ao alto.
ELISEU (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em E, a outra em S, simulando o sinal de
substituir/Significado: Eliseu substituiu Elias. Ou seja, mão esquerda em E, mão direita fechada com o
indicador esticado para cima (legal), a mão em E encosta na outra.
ENFRENTAR –(Dic. De Libras) Estar frente a frente; defrontar; disputar. Sinal: mãos
fechadas com os indicadores esticados, sai da altura do ombro para baixo encontrando-se paralelamente
na frente do corpo. Cuidar com a expressão séria no rosto.
ENOQUE (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em E, simulando o sinal de transportar/Significado: Enoque
foi transportado para o céu) ou seja as mãos paralelas em E saem do lado esquerdo para o lado
direito.
ENTRA NA MINHA CASA = (Youtube) sinal de casa no coração ou seja, os dedos das mãos se
encontram na frente do corpo (amém) e depois fazer o sinal de coração que pode ser um coração
estilizado ou o correto que é mão em B , o punho toca o coração e a mão mexe para baixo e para
cima duas vezes.
ENTRONIZADO - (Youtube) fazer 3 casinhas com o cume para a platéia ao longo da testa, trazendo
para si . VERIFICAR!
ENSINAR: (Dic. LIBRAS) Transmitir conhecimentos; proporcionar aprendizagem a outra pessoa: Sinal:
mãos levemente encurvadas para baixo, dedos um pouco afastados, faz movimento de abrir e fechar os
dedos na frente do corpo.
EPÍSTOLA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em E, simulando o sinal de carta/Significado: as
cartas escritas pelos apóstolos) ou seja a mão em E, o dedo indicador toca a língua, depois cai na
outra mão, arrastando até a ponta dos dedos, as duas seguem para frente um pouco mais.
ERRAR (Dic. LIBRAS) mãos em K passa pela outra mão 2 vezes em direção ao punho.
ESAÚ (Libras Cristãs) (Sinal: simular o sinal de pêlos/Significado:Esaú possuía muitos pelos ) ou
seja os dedos de uma mão abrem e fecham no braço da outra várias vezes
ESCRIBA (Libras Cristãs) (Sinal: ? extraído do sinal lei/Significado: eram intérpretes da lei). = mão
esquerda virada para frente na vertical, a outra em E encosta na palma da mão. (Lei é com L)
ESDRAS (Libras Cristãs) (Sinal: as duas mãos em E simulando o sinal de livro./Significado:por ser
escriba, Esdras era responsável pela leitura do Livro da lei) ou seja uma mão em E fica parada e a
outra em E folheia.
ESPECIAL - (Dic. LIBRAS) As duas mãos com polegares e maior unidos na altura do ombro – abre e
fecha duas vezes.
ESPERANÇA = (Youtube) Pode ser sinal de libertação ou seja, dedos polegares e indicadores
unidos e entrelaçados abrem-se para o alto. No dicionário de LIBRAS é: duas mãos em A, a esquerda
com o braço dobrado na frente do corpo com o dorso para cima, a esquerda virada para cima encosta o
punho na mão direita duas vezes e vai para o alto em P.
ESPINHOS = (Dic. LIBRAS) uma mão na vertical a outra toca em vários pontos com o indicador
mostrando os espinhos
ESPÍRITO SANTO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de santo com o polegar e indicador unidos
circula a cabeça iniciando no lado direito da testa e repousa sobre a cabeça/Significado: ato do Espírito
Santo descer sobre os cristãos no dia de Pentecostes)
ESTÁTUA: (Dic. LIBRAS) mãos fechadas, polegares abertos: os polegares encontram-se na altura da
testa e depois se afastam tremulando para baixo.
ESTÊVÃO (Libras Cristãs) (Sinal: a mão em E, simulando o sinal de atirar alguma coisa/Significado:
lembra o sofrimento de ser apedrejado) ou seja, traz a mão em E de baixo para cima e joga para
frente.
ESTER (Libras Cristãs) (Sinal: coroa em E/Significado: Ester se tornou rainha) ou seja, veste a
cabeça em E.
ESTENTER (Dic. LIBRAS) Tomar posse; ampliar seus domínios. Sinal:Quando minha fé se
estendeu... duas mãos com C unidos juntam-se no centro e afastam-se para o alto.
ESTENTER (Dic. LIBRAS) Prolongar-se; durar mais tempo. As duas mãos com os polegares e
indicadores unidos, encontram-se na frente e afastam-se uma para o alto e outra para baixo em uma linha
inclinada.
ESTENTER (Dic. LIBRAS) Atingir; espalhar-se. Sinal: As duas mãos em A se encontram na frente e
abrem os dedos alternadamente para os lados afastando as mãos.
ESTREBARIA(Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de casa e depois manjedoura/Significado: lugar
onde se recolhiam os animais) ou seja, une os dedos das mãos na forma de um telhado e depois
entrelaçar os dedos na frente do corpo.
ESTRELA: (Dic. LIBRAS) Com as duas mãos: polegar e indicador unidos. Abrem e fecham
alternadamente na frente do corpo.
ETERNO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em D, movendo-se para a frente em círculos
/Significado: extraído da palavra sempre) = (Youtube:) parecido com o gesto de importante, só que
com o dedo indicador, rodando para o alto só que com o dedo indicador na frente do corpo.
EVA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em E toca ao lado do rosto)
EVANGELHO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de história e em seguida o sinal
de Jesus/Significado: a história de Jesus) ou seja, mão direita em V bate duas vezes na testa e depois o
dedo médio toca a palma da outra mão e vice-versa.
EVANGELISTA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em E, simulando o sinal de anunciar/Significado:
aquele que anuncia as boas novas) ou seja, As duas mãos em E unidas paralelamente no centro
afastam-se para os lados.
EXALTAR – (Dic. De Libras) Elevar; tornar alto; manter a grandeza. Sinal: mãos dobradas em
L na altura do pescoço, fazer uma volta pequena para cima e depois levar as mãos dobradas até a altura
da cabeça em uma linha reta.
EXODO (Libras Cristãs) (Sinal: E na palma da mão /Significado:o livro da lei)
EXPIAÇÃO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em E, passando sobre o dorso (costas) da outra
mão aberta/Significado: simboliza o ato de cobrir com sangue)
EZEQUIAS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em E abaixando simulando um trono/Significado: foi rei
de Judá) ou seja, : as mãos em E simulando os braços do trono.

F
FACE: (Dic. LIBRAS) mão fechada e com o indicador para cima contorna o rosto, iniciando e
terminando no alto e centro da testa.
FACE A FACE: (Dic. LIBRAS) Em frente; perante; de frente, sem ninguém no permeio.Sinal: mão
aberta toca com o dedo médio a face e depois vai ao encontro da outra mão que espera aberta e virada
para cima com a palma voltada para o rosto.
FÁCIL: (Dic. LIBRAS) O que é feito sem esforço; o oposto de difícil. Sinal: Mão direita aberta com
dedos lado a lado, passa no queixo duas vezes.
FALAR : (Dic. LIBRAS) Recomendar; dar um aviso. Sinal: mão em F sai do queixo para a frente duas
vezes.

FALAR: (Dic. LIBRAS) Recomendar; aconselhar; sugerir. Sinal : mão em Y sai do queixo para a frente
uma vezes.
FALAR: (Dic. LIBRAS) Prevenir; avisar antes que algo aconteça. Sinal mão fechada, indicador para
frente sai do queixo uma vez.
FAMÍLIA: (Dic. LIBRAS) mãos em F sai do centro do peito para fora fazendo um círculo na frente do
corpo
FARAÓ (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em X, cruzando os braços sobre o peito/Significado: lembra
as múmias do Egito) ou mão em X bate na testa duas vezes (dicionário de LIBRAS)
FARISEU (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em F, simulando o sinal de religião/Significado: era
um grupo religioso) : ou seja, a mão em F sai do ombro esquerdo para o alto direito.
FAROL (Youtube) mão fechada com o indicador para cima, a mão direita abre e fecha duas vezes sobre
ele, simulando brilho ( no Vídeo) OU (Dic. LIBRAS) mão esquerda dobrada para cima com a mão em
O, a outra mão apóia no cotovelo. A mão em O faz dois giros pisca e voltando para letra O.
FAVOR: (Dic. LIBRAS) Gentileza; obséquio; préstimo. Sinal: mãos abertas, dedos lado a lado, os
dedos das mãos se encontram na frente (casa deitada) e faz o movimento de trazer para si.
FAVOR: (Dic. LIBRAS) Determinação ou restrição, apresentada como um pedido de colaboração.
Sinal: mão direita aberta e de lado bate no peito duas vezes.
FAVOR: (Dic. LIBRAS) Condição de quem simpatiza com uma idéia; estar em defesa de uma
causa. Sinal: mão aberta sai da boca para frente.
FAZER: (Dic. LIBRAS) mão fechada ou com o mindinho para cima, os polegares se tocam duas vezes.
FÉ: (Dic. LIBRAS) a mão direita sai da testa e cai na outra que já espera com a palma virada para cima
FECHAR: (Dic. LIBRAS) Trancar; obstruir a entrada; cerrar. Sinal uma mão com os dedos para cima e
palma para a platéia a outra que está perto do ombro e de costa dá um giro virando a palma para frente e
encontra a outra no lado.
FELIZ: (Dic. LIBRAS) Afortunado; contente; alegre. Sinal: circula a mão espalmada no peito.
FELIZ: (Dic. LIBRAS) Satisfeito; contente; alegre. Sinal: as duas mãos em F saem de cima para baixo
em curvas.
FERIR: (Dic. LIBRAS) Sofrer ou provocar feridas, lesões, cortes; machucar. Sinal: braço esquerdo
voltado para baixo, a mão direita levemente dobrada passa no lado de fora perto do punho.
FICAR: (Dic. LIBRAS) Permanecer. Sinal : mãos fechadas com polegar inclinado. Os polegares se
encontram no centro e fazem um movimento para baixo afastando um pouco o resto da mão que está
fechada.
FICAR: (Dic. LIBRAS) Manter-se no mesmo local. Sinal: mão com a palma para baixo faz um único
movimento para baixo.
FICAR: (Dic. LIBRAS) de namoro. Sinal: mão em Y e o polegar encosta no queixo.
FIEL (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em F, simulando o sinal de obedecer) ou seja, mãos em F saem
dos lados da cabeça para a frente.
FILHO: (Dic. LIBRAS) mão direita simula o ato de pegar/puxar (para frente) em cima do ventre ou do
coração.
FILHO PRÓDIGO (Libras Cristãs) (Sinal: as duas mãos em P, simulando o sinal de
perder/Significado
: o filho que estava perdido) ou seja, as duas mãos espalmadas com as palmas para cima, a direita bate e
arrasta para frente na esquerda que permanece parada.
FILIPE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em F, balançando ao lado da fronte)
FILIPENSES (Libras Cristãs) (Sinal:uma das mãos em F fazendo o circulo no peito. /Significado: o
livro apresenta Jesus Cristo , nossa alegria)
FILEMON (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em F toca no queixo. Extraído do sinal de
desculpa /Significado: Paulo pede a Filemon que desculpe a Onésimo.
FINDAR: (Dic. LIBRAS) Esgotar; encerrar; concluir. Duas mãos espalmadas com as palmas viradas
para baixo, se cruzam uma sobre a outra e abrem-se para os lados rapidamente.
FLECHA - (Dic. De Libras) Sinal: As duas mãos com indicador e maior unidos no lado esquerdo, a
direita vai para trás e as duas abrem as mãos.
FLORESCER ( PODE SER PARA FLUIR) (Dic. De Libras) Enflorar; produzir flores; florir;
germinar. Sinal : mão direita em C na horizontal. A outra vem de baixo com os dedos juntos, vai
passando para o alto por dentro do C e abrindo a ao.
FOGO: (Dic. LIBRAS) mãos levemente dobradas para cima com os dedos afastados. Movimentos para
cima alternados
FONTE - (Dic. De Libras) Nascente; origem; ponto em que o rio começa. Sinal: Mão esquerda
apontando para frente/palma para baixo. A direita espalmada mexe todos os dedos na frente da boca
(polegar encosta) e passa por cima em direção aos dedos tremulando os dedos.
FORÇA = (Youtube) V sai do nariz para o alto. No (Dic. De Libras) o sinal é duas mãos em S na
frente do corpo, fazer o movimento para frente.
FUGIR - (Dic. De Libras) Sair sem ser visto; desaparecer; soltar-se; escapulir. Sinal: mão esquerda
com a palma para a frente, dedos para cima. A direita passa pela esquerda encostando palma com palma e
com movimento para frente.
FUMAÇA – Duas mãos em concha, viradas para cima, fazer movimentos longos e alternados para cima e
para baixo. Para fogo o movimento é curto.

G
GABRIEL (Libras Cristãs) (Sinal: faz o sinal de anjo e depois as mãos em G, simulando balançam
para frente na altura do ombro.
GÁLATAS (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em G na altura do ombro abaixando em L
/Significado:o livro que exorta a fé)
GALARDÃO(Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em G, simulando o sinal de dar/Significado:
recompensa, retribuição) ou seja, movimenta as mãos em G para frente.
GAMALIEL (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em G, simulando o sinal de ensinar/Significado: foi o
instrutor de Paulo), ou seja, as duas mãos em G fazem impulso para frente duas vezes.
GÊNESIS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em G, simulando o sinal de começar/Significado: o
começo de tudo) ou seja, : mãos em G com as palmas viradas para o corpo, os dedos indicadores das
mãos se juntam na frente do corpo e depois as mãos se abrem para frente em direção aos lados.) OU
uma mão aberta com a palma virada para cima, a outra em G passa cima passa pela outra mão até
alcançar os dedos.

GIDEÃO (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em G, simulando o sinal de juiz/Significado: foi juiz de
Israel) ou seja, balança alternadamente para cima e para baixo as mãos em G na frente do corpo.
GIGANTE (Libras Cristãs) (Sinal: uma mão em G, simulando o sinal de alto) ou seja, a mão em G
sai do ombro para cima.
GLÓRIA = (Youtube) palmas das mãos viradas para frente, cruzadas, abrem-se tremulando os dedos
para os lados.

GOLIAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em G bate no centro da testa empurrando um pouco a
cabeça para trás/Significado: foi vencido por Davi com uma pedra atirada na testa)
GOVERNO: (Dic. LIBRAS) mão direita aberta no ombro esquerdo arrasta para a cintura no lado
direito.
GRAÇA (Libras Cristãs) (Sinal: os dedos juntos sobre a cabeça, em seguida abrir a mão/Significado:
Deus derramando a sua graça sobre nós) – OU as mãos viradas para frente em direção à platéia.
GRAÇA DE ENGRAÇADO: (Dic. LIBRAS) dedo polegar e indicador unido, os outros fechados,sai do
queixo para frente abrindo em L
GRÁVIDA: (Dic. LIBRAS) dedo indicador para cima, o indicador da outra mão desenha uma
barriguinha na frente do indicador inclinado.
GUIAR: (Dic. LIBRAS) a mão esquerda aberta com as costas para frente e polegar para o alto, a outra
com os dedos juntos encostam e pára no dorso na altura das falanges, simular um movimento de caminho
levando as mãos juntas para a esquerda.

H
HAGAR (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em H, simulando o sinal de servir/Significado: era serva de
Sara) ou seja : duas mãos em H com as palmas para cima, faz o movimento de entrega, para frente.
HAMÃ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em H, simulando o sinal de orgulho/Significado: era
orgulhoso) ou seja mão direita em H, arrasta com o movimento da letra H de baixo para cima ao
lado do corpo, mais ou menos na direção do seio e quando chega no alto os dedos estão com o dorso
para frente..
HEBREUS (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em H e em seguida em B. Extraído do sinal de
pastor) ou seja H em um ombro e B no outro.
HERODES (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em H, simulando a cora de louro usada na época)
ou seja o H sai da testa na altura da fonte para trás
HERODIAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em H simulando o sinal de degolar/Significado:
pediu a cabeça de João Batista) ou seja, movimento com a mão em H de cortar o pescoço, no lado e
de trás para frente.
HISTÓRIA: (Dic. LIBRAS) mão direita em V bate duas vezes na testa.
HOLOCAUSTO (Libras Cristãs) (Sinal: o dedo indicador e médio juntos, simulando o sinal de
sacrifício /Significado: sacrifício) ou seja, faz o sinal da cruz com o indicador e médio juntos na
frente do queixo.
HOMEM: (Dic. LIBRAS) mão em concha segura o queixo vem para baixo fechando.
HUMANO (Youtube) Mão direita em C deitado e virado para a platéia. Sai da altura do pescoço para
baixo. VERIFICAR!
HUMILHAR – (Dic. LIBRAS) Tratar com desprezo; rebaixar; desconsiderar.- As palmas
das mãos com dedos espalmados se encontram uma sobre a outra na frente do corpo
na horizontal e depois a direita circula sobre a esquerda.
(Youtube no sentido de prostrar) mãos em P saem da testa para baixo VERIFICAR!
HUMILHADO- (Dic. LIBRAS) Menosprezado; desrespeitado; aviltado Sinal: mãos direita
dobrada em L passa na face da boca para cima . Expressão no rosto: infla as bochechas.
HONRAR - (Dic. De Libras) Dignificar; tratar com respeito; fazer reverência. Sinal: Duas mãos
levemente dobradas sai da testa para frente.

I
IDADE (Dic. LIBRAS) mão direita em Y, passa duas vezes o mindinho no peito.
ÍDOLO/IMAGEM (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em I, simulando o sinal de estátua = os mindinhos
encontram-se na altura da testa e depois se afastam tremulando para baixo em pequenas curvas.
IGREJA: (Dic. LIBRAS) sinal de casa e cruz com os indicadores.
ILHA: (Dic. LIBRAS) mão em I, na altura do ombro, os outros dedos abrem-se alternadamente como
um leque ao mesmo tempo que a mão torce ficando com as costas para a platéia em A.
IMPÉRIO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de rei, em seguida a mão em I, simulando o sinal
de governo) ou seja, mãos em C veste a coroa e depois a mão em I sai do ombro e vai para a cintura
oposta.
IMPOSSÍVEL –(Dic. De Libras) Irrealizável; inatingível; o que não pode acontecer. Sinal: mãos em
S, cruzadas na frente do corpo abrem-se para os lados na altura dos ombros.
INFERNO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em D aponta para baixo, sem seguida simulando o
sinal de fogo) (fogo= tremula os dedos virados para cima)
INTERIOR: (Dic. LIBRAS) O que está do lado de dentro; interno. Sinal: mão esquerda em C fazendo
um copinho, a outra entra no C.
INVISÍVEL = (Youtube) passa a mão na frente da face.
ISABEL (Sinal: uma das mãos em D e a outra em I, simulando o sinal de grávida/Significado: sendo
estéril e de idade avançada, recebeu o milagre de engravidar) ou seja, a mão em I faz a barriguinha na
mão em D.
ISAÍAS (Libras Cristãs) ( Sinal:I e S )
ISAQUE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em I, simulando o sinal de sorrir/Significado: seu
nome significa alegria) ou seja, tremula a mão em I na frente da boca.
ISMAEL (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em I, simulando o sinal de ouvir/Significado: seu
nome significa Deus ouve) ou seja, leva a mão em I no ouvido .
ISRAEL (Libras Cristãs) (Sinal: os polegares e indicadores juntos no peito, movendo para
baixo/Significado: representa a estrela de Davi na bandeira)

J
JEREMIAS (Libras Cristãs) ( Sinal J e R)
JERICÓ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J em seguida fazer o sinal de castelo/Significado:
representa as torres de vigias das muralhas de Jericó)
JESURALÉM (Libras Cristãs) (Sinal: fazer a letra J no dorso da mão)
JEZABEL (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em J abaixando em E, simulando o sinal de
ídolo/Significado: ela prestava culto aos ídolos). Ou seja depois de fazer o J desce em E ao lado do
corpo.
JESSÉ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J e E no movimento do sinal de Davi/Significado: era
pai de Davi) ou seja depois de fazer o J fazer o E e movimento de espiral para cima como se
rodopiando uma pedra para ser atirada.
JESUS (Libras Cristãs) (Sinal: os dedos médios de uma das mãos toca a palma da outra/Significado:
lembra os pregos nas mãos)
JESUS CRISTO: (Libras Cristãs) fazer o movimento de Jesus e de Cristo (Cristo é o C no ombro e
desce para cintura oposta.)
JÓ (Libras Cristãs) (Sinal: J e o sinal de sofrer/Significado: sofredor) ou seja J e bate com o
mindinho na cintura.
JOÃO (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em J no coração/Significado: João, apóstolo.
JOEL (Libras Cristãs) ( Sinal: J e L)
JONAS (Libras Cristãs) ( Sinal: J e N)
JÔNATAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J mais o sinal de dar/Significado: deu seus
pertences a Davi) ou seja J levado para frente.
JORDÃO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J sobre o outro braço, simulando as margens do
rio/Significado: rio da Palestina) ou seja faz o J e depois em dirige-se para o braço esquerdo fazendo
curvas sinuosas.
JOSÉ (ESPOSO DE MARIA) (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J desenhando-se a letra na
palma da outra mão.
JOSÉ DE ARIMATÉIA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J, simulando o sinal
de ajudar/Significado: ajudou Jesus ou seja, mão direita aberta, virada para o alto, a outra toca com o
mindinho no pulso da direita e caminha para frente.
JOSUÉ (Libras Cristãs) (Sinal: J e guiar/Significado: Josué guia o povo) ou seja Fazer o sinal J e
depois encostar no dorso da mão esquerda que está aberta com as costas para platéia e o polegar
para cima (deitada), simular um movimento de caminho levando as mãos juntas para a esquerda.
JUDÁ/JUDÉIA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em W, cruzando na frente do corpo)
JUDAS (Libras Cristãs) ( Sinal do livro de: uma das mãos em J na testa/Significado:o livro da
meditação)
JUDAS ESCARIOTES (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em J, fazendo o sinal
de beijar/Significado: traiu Jesus com um beijo) ) ou seja, o J encosta na face.
JUDEU: (Dic. LIBRAS) Israelita; judeu; natural da Judéia; aquele que segue o judaísmo.Sinal: As
duas mãos em W cruzam duas vezes na frente do corpo (movimento rápido)
JULGAR: (Dic. LIBRAS) dedos polegar e médio unidos balança para cima e para baixo. Ou
JUIZ: (Dic. LIBRAS) mão levemente dobrada, bate na altura do pescoço (no lado)
JUÍZES Livro da Bíblia (Libras Cristãs) (Sinal: simular o sinal de justiça/Significado: história dos
juízes) Seria com o J balançando para baixo e para cima
JUSTIÇA: (Dic. LIBRAS) bate com dos dedos da mão direita no lado do pescoço 2 x, depois une os
polegares e indicadores das mãos e faz o movimento de cima para baixo, alternados 3 movimentos. OU
JUSTIÇA/JUIZ/JUSTO (Libras Cristãs) (Sinal: as duas mãos com o polegar e indicador juntos,
balançar as mãos para cima e para baixo alternadamente /Significado: lembra a balança do símbolo da
justiça)
JUSTIFICAÇÃO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de justiça, em seguida o sinal
de limpo/Significado: tornar limpo) ) ou seja, unir os polegares e indicadores, balançar
alternadamente na frente do corpo e depois mãos abertas na frente do corpo, em movimento para
baixo, os dedos vão fechando até ficar somente o polegar esticado e voltado para cima.

L
LADRÃO: mão esquerda inclinada para cima, a mão direita também na vertical toca com o polegar
esticado no centro da palma da mão esquerda e mexe os dedos alternadamente para baixo.
LAMENTAÇÕES (Libras Cristãs) ( Sinal: L e M)
LÁZARO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em L, simulando o sinal de levantar/Significado:
voltou a viver) ou seja, : mão em L , vem de baixo para o alto e declina batendo na outra palma da
mão (desenha um arco)
LEI (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em L, encosta na palma da outra) = mão esquerda virada
para frente na vertical, a outra em L encosta na palma da mão.
LEVANTAR DA CAMA, ACORDAR (Dic. LIBRAS): mão em V bate na outra palma da mão.
LEVANTAR (Dic. LIBRAS) (erguer o corpo): uma mão levemente dobrada e apontando para a
plateia, fazer movimento rápido para a frente duas vezes e depois gira a mão e saindo de baixo abre a
mão e dirige para o alto.
LEVANTAR (Dic. LIBRAS) ( não desanimar): ergue com a mão a cabeça.
LEVITAS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em L, balançando na frente do corpo)
LEVÍTICO (Libras Cristãs) (Sinal: L na palma da mão virada para cima/Significado: livro da lei)
LIBERAR (liberados) = libertar =dedos indicadores e polegares unidos e entrelaçados, libertam-se para
os lados.
LIMPO: (Dic. LIBRAS) mãos abertas na frente do corpo, em movimento para baixo, os dedos vão
fechando até ficar somente o polegar esticado e voltado para cima.
LÍNGUA ESTRANGEIRA: (Dic. LIBRAS) Qualquer idioma diverso do que é usado como meio de
comunicação entre os membros de uma comunidade lingüística. Sinal: dedos indicador e médio
tremulam na frente da língua que também tremula. O polegar fica aberto também e os demais fechados.
LIVRO: (Dic. LIBRAS) mão esquerda aberta para cima, a outra faz o movimento de folhear com o
indicador.
LÓ (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em L, simulando o sinal de capa/Significado: vestiu uma capa
antes
de sair de Sodoma) ou seja traz as duas mãos em L dos ombros cruzando-as no ombro contrário..
LONGE:
LOUVAR (Youtube) (Sinal: bater com uma palma 2 vezes na outra parada e na altura do rosto)
LUCAS (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos direita em L tocando a outra em X. Extraído do sinal
de médico/Significado: Lucas era médico) ou seja, bate com a mão direita em L, no indicador
esquerdo (parado e dobrado para baixo) entre as duas falanges.

MACEDÔNIA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em C, simulando o desenho de colunas/Significado:


representa as colunas da Grécia) ou seja, as mãos em C deitado saem do alto em direção à cintura
mais ou menos ao lado do corpo.
MAGO (Dic. LIBRAS) (Sinal: as mãos em M, cruzando na testa com movimento para baixo parando no
fim do rosto/Significado: caracterizando os turbantes usados na época)
MALAQUIAS (Libras Cristãs) ( Sinal: M e L)
MANÁ (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em M, abaixá-las tremulando os dedos/Significado: o alimento
que desceu do céu)
MANDAR E MANDAMENTOS: (Dic. LIBRAS) mão fechada com o polegar esticado, passa na testa
de cima para baixo e aponta para frente. Expressão forte no rosto.
MANÉ (Youtube) mão em S bate no centro da testa.
MANTER – (Youtube) Sustentar; conservar. Sinal: mão em V para a platéia, sacode duas vezes.
MANJEDOURA (Dic. LIBRAS) (Sinal: entrelaçar os dedos na frente do corpo)
MAJESTADE (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos fazem o sinal de trono, em seguida com uma das mãos
fazer o sinal de rei) ou seja, com as mãos em C desenhar os braços de um trono e depois desenha o
ato de vestir uma coroa. VERIFICAR!
MARAVILHOSO (Dic. LIBRAS) Muito belo; encantador; admirável. Sinal: sinal de bonito na face (
mão direita aberta, com a palma para o rosto circula a mão na frente) e depois as duas mãos com as
palmas para a platéia, dedos polegares e indicadores unidos e os outros espalmados fazendo o
movimento de vai e vem para o centro e para fora (são dois movimentos). No (Youtube)As duas
mãos espalmadas com as palmas para cima balançam alternadamente com movimentos
longos. VERIFICAR!
MARCOS(Libras Cristãs) ( Sinal: M simulando o sinal de servo/Significado:o livro apresenta Jesus
Cristo como o servo de Deus) ou seja, com as mãos em M fazer o movimento para o alto.
MARIA (MÃE DE JESUS) (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos sai do lado direito e vai para
o lado esquerdo do ombro, simulando o véu)
MARIA (IRMÃ DE LÁZARO) (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em M, simulando o sinal de
meditar, aprender/Significado:preocupou-se em aprender os ensinamentos de Jesus) ou seja, fazer com a
letra M e bate duas vezes na testa.
MARTA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em M, simulando o sinal de ocupado/Significado: em
todo tempo que Jesus estava em sua casa, ficou ocupada em muitos serviços) ou seja, bate com a mão
em M na garganta (na frente).
MATAR 1: (Dic. LIBRAS) mão em S faz o movimento para baixo com força ou
MATAR 2: (Dic. LIBRAS) mão em X faz o movimento para frente e para traz como um gatilho.
MATEUS (Libras Cristãs) ( Sinal:M no peito, simulando o sinal de salário/Significado:pelo faro de
cobrar impostos, Mateus mexia com o salário das pessoas ) ou seja, mãos em M, voltados para baixo,
faz o movimento de vai e vem para baixo e para cima alternadamente perto do coração.
MEDICO: (Dic. LIBRAS) mão direita fechada, indicador esticado, bate com o indicador direito, no
indicador esquerdo (parado e dobrado para baixo) entre as duas falanges.
MEDITAR: (Dic. LIBRAS) as duas mãos na frente do corpo com os polegares e indicadores unidos,
respectivamente.A mão esquerda fica parada e a direita vai até a boca com a mão esticada, encosta o
indicador nos lábios (como um L).
ME ENSINA A TER SANTIDADE = (Youtube) me+ ensina + sinal de digno ou seja, toca com
indicador no peito, ensina duas mãos com dedos unidos abrir e fechar 3 vezes, sinal de digno , mão
esquerda fechada com indicador para cima e a outra mão em concha pega o dedo indicador da
esquerda.
MELHOR/Maior com o mesmo significado (Youtube) = Aquele que é preferível, que tem melhor
qualidade em relação a todos os outros. Sinal: mão direita fechada com o polegar para cima, sai da altura
do peito para cima OU pode ser feito o sinal de de importante I circulando para cima em espiral.
MAIOR (Dic. LIBRAS) Mais amplo; espaço cujas dimensões superam as dos outros. Sinal: mãos com
as palmas espalmadas levemente em concha, encontram-se paralelamente na vertical e no centro e
afastam-se para os lados.
MENTIR - (Dic. De Libras) Afirmar algo contrário à verdade; dizer mentiras; enganar. Sinal: mão
direita fechada,indicador para cima dobrado, passar na frente do nariz três vezes.
MESOPOTÂMIA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em M, simulando o sinal derio/Significado:
ficava entre rios) ou seja, simula o curso de um rio em curvas sinuosas.
MESSIAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em M, simulando o sinal de governo) ou seja, a mão
em M sai do ombro e arrasta-se para a cintura oposta.
MIGUEL (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em M, simulando o sinal de anjo/Significado:
caracterizando) ou seja, tremula as mãos em M nos ombros.
MILAGRE: duas mãos em O, na frente e no centro do corpo encostam-se e depois abrem-se as mãos
para os lados.
MINISTRAR = (Youtube) uma mão fica na vertical e a outra fechada com o indicador estendido para o
alto arrasta a palma da mão para baixo. VERIFICAR!
MIQUÉIAS (Libras Cristãs) ( Sinal:M e Q)
MIRIAM (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em M, simulando o sinal
de cuidar,ajudar/Significado: ajudou Moisés) ou seja, uma das mãos na frente do corpo, deitada,
dedos fechados com o indicados esticado para a platéia. A outra em M curvado para a plateia bate
duas vezes com o indicador esticado na altura do punho da que está em M OU se for no sentido de
ajudar é só encostar o indicador no punho e movimentar para frente.
MIRRA(Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em Y, sobre a palma da outra mão, movendo-se para
frente /Significado: ato dos magos oferecendo perfume a Jesus)
MISERICÓRDIA (Youtube) (Sinal: o dedo médio toca o peito 2 vezes. /Significado: dó, compaixão)
MISSIONÁRIO: (Dic. LIBRAS) Pregador de missões, que irradia a fé cristã. Sinal: mão direita em W
(polegar e mindinho unidos) virado para esquerda e em cima do coração, circula duas vezes.
MOISÉS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em S colocadas ao lado do rosto, simulando o sinal de
resplandecer terminando em M/Significado: a glória de Deus resplandeceu no seu rosto). No vídeo mostra
assim mãos fechadas no s lados da cabeça, polegares encostam nas frontes, abrem-se os dedos médio e
indicador e depois fecham-se, abrem-se novamente com mais os dedos anulares.VERIFICAR!
MONTANHA: (Dic. LIBRAS) as mãos fazem o desenho de morros na frente do corpo.
MONTE = montanha
MONTE SINAI (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em S, simulando o sinal de monte/Significado:
monte onde Moisés recebeu as tábuas da lei) ou seja, desenhando morros.
MOVER (Dic. LIBRAS) Colocar em movimento; realizar movimentos. Sinal: mão direita em d
(fechada com indicador esticado para cima) sai do lado direito para o esquerdo.
MOVER (Dic.Libras) Colocar em movimento; realizar movimentos.Mão direita fechada, indicador
estendido para o alto, fazer o movimento da direita para esquerda.
MOVER de Deus (Youtube) – duas mãos com as palmas para baixo encontram-se e afastam-se bem
rápido. VERIFICAR!

NABUCODONOSOR (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em N, simulando o sinal


de ídolo, imagem/Significado: mandou fazer uma imagem de ouro) ou seja, as mãos em N virado para
cima (U) encontram-se em paralelo na altura da testa e depois se afastam tremulando para baixo
em pequenas curvas.
NÃO PODER – (Dic. LIBRAS) Mão direita em V bate no fim do pescoço/frente.
NAZIREU (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em N, simulando o sinal de santo/Significado: fazia
voto de consagração de Vida ou seja, a mão em N sai do centro da testa e contorna a cabeça até
voltar ao centro.
NAUM ( Sinal:N e A)
NEEMIAS (Libras Cristãs) (Sinal: sinal de construir em N/Significado: construiu os muros de
Jerusalém) ou seja, as duas mãos em N , circula uma sobre a outra ,a frente do corpo.
NICODEMOS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em N, simulando o sinal de religião/Significado: era
religioso ou seja, a s mão em N sai do ombro esquerdo para o alto.
NÍNIVE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em N simulando o sinal de pecado/Significado: foi
ameaçada de ser destruída por causa do pecado) ou seja, a mãos em N toca perto do coração.
NOÉ (Libras Cristãs) (Sinal: as mão em N, simulando o sinal de barco/Significado: construiu a arca)
ou seja, as mãos em N unidas pelos dedos e os punhos afastados caminham para a frente fazendo
pequenas ondas.
NOEMI (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em N no peito/Significado: seu nome significa
agradável/missionário: ou seja, mão direita em N virado para esquerda e em cima do coração, circula
duas vezes.
NOVO: (Dic. LIBRAS) Recente; chegado há pouco tempo; de pouco uso; que acaba de ser feito ou
adquirido. mão direita com dedos unidos em concha, abre os dedos jogando para a esquerda.
NOVO (Dic. LIBRAS) Jovem; de pouca idade; moço.= as duas mãos viradas para o lado esquerdo, faz
o movimento de abrir e fechar, parecido com vem, vem.
NOVO TESTAMENTO – (Libras Cristãs) fazer sinal de novo e em seguida o sinal de testamento ou
seja, mão direita com dedos unidos em concha, abre os dedos jogando para a esquerda e depois
mão em S passa na outra se arrastando para frente (testamento).
NÚMEROS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em N toca a outra mão em S/Significado:extraído
do sinal de números) VERIFICAR!

O
OBADIAS (Libras Cristãs) ( Sinal: O e B)
OBEDECER: (Dic. LIBRAS) mãos levemente dobradas, saem dos lados da cabeça para a frente.
OBSERVAR/OBSERVAÇÃO (Dic. LIBRAS) Quando a pessoa com quem se fala precisa prestar
atenção, verificar, dar conta de algo. Sinal: Mão direita em V, sai do lado do nariz para o lado
esquerdo/para baixo. OU no significado: Quando outra pessoa olha alguém ou algo com atenção. Sinal:
mão direita com os dedos esticados menos o polegar que fica encostado na palma da mão. Bater com o
dedo indicador no lado do nariz.
OBSERVAÇÃO: (Youtube) as mãos saem do centro da testa pra trás nos lados da
cabeça.VERIFICAR!
OBSERVAÇÃO PARA JESUS: (Youtube) movimento de observação + para Jesus movimento
de prego nas mãos quando se referir a Jesus. Jesus Cristo se faz os dois movimentos.
OBSERVAÇÃO PARA JUDAS: (Youtube) movimento de observação + para a pessoa de Judas faz o
sinal de beijo também= dedos unidos encostam na face.
OBSERVAR: (Dic.Libras) Quando outra pessoa olha alguém ou algo com atenção.Mão direita
espalmada, polegar fechado, encosta o a ponta do indicador no nariz duas vezes. Quando a pessoa com
quem se fala precisa prestar atenção, verificar, dar conta de algo. Mão direita em V sai do nariz para
o lado esquerdo.
OCUPADO: (Dic. LIBRAS) mão em V bate na frente da garganta
OFERECER: (Dic. LIBRAS) mãos na frente do corpo, levemente dobrada abrem para frente. Para Deus
o movimento é para o alto.
OFERTA (= entregar) Dedos das duas mãos unidos e lado a lado. As mãos vão para a frente abrindo os
dedos ( ou para o alto no caso de Deus)
OLHAR: (Dic. LIBRAS) mão em V ou só com o indicador, sai do olho para frente.
ÓLEO:
OLEOSA - (Youtube) Que tem óleo; gorduroso; untoso. = mão aberta, o dedo mindinho da
outra circula a palma da mão.
ORAR/ORAÇÃO(Dic. LIBRAS) (Sinal: as mãos juntas na frente do corpo em seguida uma fecha na
palma da outra e juntam – se novamente)
ORDENAR – (Dic. De Libras) Determinar; dar a ordem. Sinal: mão direita fechada, indicador
esticado, sai da testa para baixo com expressão séria no rosto.
ORGULHO: (Dic. LIBRAS) (altivez) mão direita em Y, arrasta o mindinho de baixo para cima ao lado
do corpo, mais ou menos na direção do seio. Para o significado de amor próprio exagerado, faz o
movimento mais reto.
No vídeo está assim: mão fechada com indicador para cima mindinho de baixo para cima ao lado do
corpo, mais ou menos na direção do seio.
OSÉIAS (Libras Cristãs) ( Sinal: O e S)
OUVIR: (Dic. LIBRAS) mão levemente dobrada com dedos abertos. Faz o movimento de fechar ao
lado do ouvido.
OVELHA: (Dic. LIBRAS) mãos em R roda no lado das orelhas para trás.
P
PÃO: (Dic. LIBRAS) fecha a mão em A, torce no canto da boca com o polegar encostado.
PAZ (Dic. LIBRAS) (Sinal: as mãos em P, desenham a letra Z, ou soletrar a palavra PAZ)
PASTOR: (Dic. LIBRAS) mão direita em P bate no peito, perto do ombro da esquerda e depois para a
direita.
PAULO: (Libras Cristãs) Mão direita em P circula no coração duas vezes
PECADO(Libras Cristãs) (Sinal: os dedos juntos simulando o sinal de beijo tocando o coração)
PECADOR (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos faz o sinal de homem, em seguida o sinal de
pecado ou seja, uma das mãos passa no queixo para baixo unindo os dedos e tocam o coração.
PAÍS: (Dic. LIBRAS) mão esquerda virada para baixo, a direita em P circula as costas da outra com o
dedo maior.
PEDRA: mão esquerda curvada com os dedos abertos e virados para baixo, o dedo maior da outra mão
bate nas costas da esquerda
PEGAR: (Dic. LIBRAS) Recolher; agarrar; prender; segurar. Sinal : a mão direita abre e fecha em S na
frente com movimento curto de trazer para si.
PEGAR: (Dic. LIBRAS) Ser contaminado; ficar doente.: os dedos abrem e fecham na frente do corpo,
trazendo para si até o peito.
PEGAR: (Dic. LIBRAS) Tomar a condução; entrar em veículo. Sinal as duas mãos abrem e fecham
com movimento até os ombros.
PELOS: (Dic. LIBRAS) mão levemente curvada para baixo, dedos abertos fazem movimento de abrir e
fechar no antebraço da outra mão.
PENTATEUCO (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em P, simulando o desenrolar do pergaminho
/Significado: relacionado com os livros ainda na forma de rolo)
PENTECOSTES (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em P sobre a cabeça)
PERDER= (Dic. LIBRAS) não saber destino, ficar sem algo as duas mãos espalmadas com as palmas
para cima, a direita bate e arrasta para frente na palma esquerda que permanece parada.
PERDIDO= (Dic. LIBRAS) sem orientação: as duas mãos espalmadas com as palmas para cima, a
direita bate para frente na palma esquerda que permanece parada. Depois r movimentos leves circulares
das mãos os dedos mais afastados. Expressão de tristeza no rosto
PERDIDOS – (Youtube) três palmas vindas de baixo. VERIFICAR!
PERDOAR (Dic. LIBRAS) sinal de desculpa: mão em Y, encosta os dedos do centro que estão
fechados no queixo
PERFEITO - O que reúne todas as qualidades possíveis ou desejadas; sem defeito; bem-acabado.
Sinal: Mão direita com o indicador e polegar unidos, os outros abertos, fazer movimento para o peito
duas vezes na frente do corpo. (Youtube) As duas mãos com polegar e indicador unidos na frente do
corpo, em e cima do outro em paralelo, tremula girando um pouco um no sentido horário e outro anti-
horário. VERIFICAR!
PESSOA: (Dic. LIBRAS) mão em P e passa na testa da esquerda para direita.
PILATOS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em P, simulando a coroa usada pelos reis e governadores
ou seja, do centro da testa para trás)
PODER (Dic. LIBRAS) Ter mais capacidade para decidir, deliberar, agir, mandar. Sinal: mãos em
S fazer dois movimentos mais longos para baixo na frente do corpo.
PODER (Dic. LIBRAS) Ter condição pessoal de atender a uma exigência ou necessidade..Sinal:
mãos em S fazer dois movimentos mais longos para baixo na frente do corpo um pouco mais devagar.
PODEROSO (Dic. LIBRAS) O detentor do poder; o que tem mais poder. Sinal; mãos em S, fazer um
único movimento curtinho e rápido na frente do peito.
POTIFAR (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em P na testa/Significado: era capitão da guarda de
Faraó)
POSSÍVEL - (Dic. De Libras) O que apresenta condições de existir, ocorrer, ser realizado.Sinal:
mãos com dedos polegares encostados nos indicadores que estão levemente dobrados sobre eles. Os
outros dedos ficam fechados. Fazer o movimento das mãos para baixo e centro do corpo, saindo da altura
dos ombros.
PREGADOR (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de homem e depois as mãos em P, simulando o
sinal de anunciar/Significado: homem que prega) ou seja, uma das mãos passa no queixo unindo os
dedos abaixo do queixo e depois as duas mãos em P unidas no centro afastam-se para os lados.
PREGAR/PREGAÇÃO (Libras Cristãs) (Sinal: as duas mãos em P simulando o sinal
de anunciar/Significado: anunciar as boas novas) ou seja as duas mãos em P unidas no centro
afastam-se para os lados.
PRESENÇA : (Dic. LIBRAS) dedos unidos, virados para cima faz o movimento para cima e para baixo
UM POUCO MAIS cima do coração(Estar na tua presença: PARECIDO COM VIDA, TALVEZ DEVA-
SE FAZER O SINAL DE FACE A FACE).
PRISCILA (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em P, abrir as mãos simulando o sinal de calma) ou seja
as mãos em P em movimento para baixo na frente do corpo e depois pára no centro do corpo.
I, II CORÍNTIOS (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em C passa pela outra em L. Extraído do
sinal de problema/Significado:a igreja problemática) ou seja, mão esquerda em L deitado e com o
polegar para cima, indicador virado para frente e parado, a direita em C passa no indicador da
outra mão duas vezes para frente.
I, II CRÔNICAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C encosta na outra palma aberta. Virar as
duas mãos para o lado simulando o sinal de livro/Significado: livro das Crônicas)
I, II, II JOÃO (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em J no coração/Significado:João , o apóstolo do
amor)
I, II PEDRO (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em A e a outra em P simulando o sinal de
pedra /Significado: seu nome significa pedra) ou seja, P toca nas costas da outra mão em A.
I, II REIS (Libras Cristãs) (Sinal: rei/Significado: história dos reis) ou seja, mão em C ao lado da
cabeça veste a coroa.
I, II TESALONICENSES (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em T simulando o sinal de
arrebatar/Significado: o livro apresenta o arrebatamento da igreja) ou seja, a mão em T sai das costas
da outra mão em direção ao alto.
I, II TIMÓTEO (Libras Cristãs) ( Sinal:uma das mãos em T e a outra em D fazendo a cruz extraída do
sinal de igreja /Significado: o livro dá uma descrição da igreja e declara o propósito dela)
I, II SAMUEL (Libras Cristãs) (Sinal: S no sinal de pastor) ou seja, S em um ombro e no outro.
PROBLEMA: (Dic. LIBRAS) mão esquerda em L deitado, indicador virado para frente e parado e
polegar para cima, o indicador direito passa no indicador da outra mão duas vezes.
PROFETA (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de homem e depois simular o sinal de profetizarem
P/Significado: homem que profetiza) ) ou seja, uma das mãos passa no queixo para baixo unindo os
dedos e depois profetizar.
PROFECIA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em P, movendo para a frente/Significado:
relaciona-se com o futuro)
PROMESSA: (Dic.Libras)=Prometer – A mão na altura do ombro, mergulha para frente e sobe
parando na altura do ombro (palmas para frente)
PROSTITUTA: (Dic. LIBRAS) o mais usado é esfregar os dedos no nariz ( com a mão aberta).
PROSTITUTA MULHER =(Yutube) mãos fechadas, indicadores para cima, uma encosta na outra
duas vezes. VERIFICAR!
PROVÉRBIO(Libras Cristãs) ( Sinal:extraído do sinal de saber e terminando em P/Significado: o
livro da sabedoria) ou seja saber= mão direita levemente dobrada bate com os dedos na lateral da testa e
fecha em P.
PUBLICANO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em P toca a outra simulando o sinal de
pegar/Significado: cobrador de impostos) ou seja, toca a outra mão e volta para trás.

QUEBRANTA-ME – (Youtube) mãos em S na frente do corpo movimentam-se para baixo como se


estivesse partindo algo
QUERER (Dic. Libras) Mão direita virada para cima em concha e com dedos afastados, fazer o
movimento de trazer para si.

R
RAABE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em R, simulando o sinal de prostituta/Significado: era
prostituta) ou seja, passa o R no nariz duas vezes com movimento para cima.
RAQUEL(Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em R na altura do ouvido, simulando o sinal de
ovelha/Significado: era pastora de ovelhas) ou seja, circula o R na altura da orelha para trás.
REBECA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em R toca nos lados da boca alternadamente,
simulando o véu que as mulheres usavam na boca)
RELIGIÃO (Dic. LIBRAS) (Sinal: uma das mãos em R no peito esquerdo , sobe para o outro lado do
corpo para o alto).
RELIGIOSO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de homem, em seguida de religião) ou seja, uma
das mãos passa no queixo para baixo unindo-se e depois uma das mãos em R no peito esquerdo ,
sobe para o outro lado do corpo para o alto.
REI: (Dic. LIBRAS) mão em C na horizontal, faz o movimento de vestir na cabeça como se estivesse
colocando a coroa.
REINO: (Dic. LIBRAS) Regime monárquico; monarquia. Sinal: igual o de coroa: mão em C veste a
cabeça.
REIVINDICAR - (Dic. De Libras) Reclamar ou exigir direitos, condições de trabalho, salário, bom
atendimento. Sinal: mãos fechadas com indicador para cima, saem da boca para o alto. Cuidar com a
expressão no rosto= de reclamação.
RENASCER = (Youtube) sinal de vida com as duas mãos, abrem-se para o alto e depois os indicadores
saem do queixo, contornando a face como um sorriso. ou seja, dedos unidos, virados para cima faz o
movimento para cima e para baixo em cima do coração, depois abrem-se para o alto e em seguida
os indicadores saem do queixo. Contornando a face como um sorriso.
RENDEMOS/RENDER = (Youtube) une os polegares na frente do corpo e faz reverência para o chão
RESPIRAR Prender e soltar o ar - (Dic. De Libras) Mão direita em S perto do nariz, fazer o
movimento para baixo e para ci,a duas vezes abrindo e fechando a mão.
RESTAURAR =(Dic. LIBRAS) Restabelecer; restituir a beleza e o esplendor. Sinal: mãos em S
cruzam-se duas vezes na frente do corpo.
RESSUSCITAR/RESSUREIÇÃO/ RESSURGIR (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de levantar,
em seguida levantar as duas Mãos/Significado: tornar a viver e ir ao céu) ou seja mão em V virado para
baixo, bate na outra palma da mão e depois as duas seguem juntas para o alto.
REVELAR/REVELAÇÃO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos com dedos unidos na forma de
beijo na frente do rosto, aproxima-se abrindo os dedos /Significado: receber a revelação de Deus)
RIO: (Dic. LIBRAS) com as duas mãos desenha o curso de um rio para frente e em curvas sinuosas
ROMANOS (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em B simulando um capacete/Significado: o
capacete do exército romano)ou seja, mãos em B, vestem na cabeça até a altura dos olhos.
ROUBAR: (Dic. LIBRAS) mão esquerda aberta na frente do corpo, virada para o lado direito e com os
dedos para cima. O polegar da outra mão encosta no centro da mão esquerda e os outro dedos fazem o
movimento de rodar para baixo, abrindo alternadamente os dedos.
RUTE (Libras Cristãs) (Sinal: R no coração/Significado: era amorosa)

SABEDORIA: (Dic. LIBRAS) mão direita em 5 (une os dedos menos os indicador e maior que ficam
levemente dobrados, bate com os dois dedos no lado da testa e traz para frente Para sábio alonga mais.
SABER: (Dic. LIBRAS) mão direita levemente dobrada bate com os dedos na lateral da testa e fecha
um pouco a mão afastando a mão para a direita.
SARCEDOTE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em S na frente do corpo, toca o peito acima e
abaixo) .
SACRIFÍCIO: (Libras Cristãs) mão direita fechada e polegar aberto, faz o sinal da cruz com o
polegar na frente do queixo
SADUCEU (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em S, simulando o sinal de religião/Significado: era
um grupo religioso ou seja, S para cima saindo do ombro.
SAFIRA(Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em S cruzando no peito, simulando o sinal de defunto/
Significado: morreu por causa da mentira)
SALÁRIO: (Dic. LIBRAS) mão direita com dedos unidos, voltados para baixo, faz o movimento de vai
e vem para baixo em cima do coração.
SALMOS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em S ao lado da boca, simulando o sinal
de cantar/Significado:livro dos cânticos) ou seja, circula o S das mãos na frente da boca duas vezes.
SALOMÃO (Libras Cristãs) (Sinal: sabedoria finalizando em S/Significado: pediu a Deus
sabedoria) ou seja, mão levemente dobrado, bate com os dedos no lado da testa mais sobre a cabeça
e depois leva para frente terminando em S.
SALVAR (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos aberta na frente do corpo move-se para o peito
fechando em A/Significado: o ato de buscar, trazer para si).
SALVADOR (Libras Cristãs) (Sinal: fazer sinal de homem em seguida de salvação) ou de Salvar:mão
direita levemente dobrada com dedos abertos, bate no peito duas vezes.
SALVAR: (Dic. LIBRAS) Escapar; evitar um risco ou perigo. Sinal: mão direita aberta com dedos
espalmados, sai da direita para esquerda fechando os dedos até fechar a mão deixando o polegar esticado
para cima.
SAMARIA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em S, simulando o sinal de véu) ou seja. A mão em
S sai de um lado da testa para o outro por cima da cabeça.
SAMARITANO (Libras Cristãs) (Sinal: sinal de homem, simular o sinal de véu em S) ) ou seja. a
mão direita passa pelo queixo unindo-se em baixo e depois em S sai de um lado da testa para o
outro por cima da cabeça.
SANSÃO (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em S, afastando-se para os lados do corpo/Significado:
destruiu as colunas do templo de Dagon – fazer um giro com as mãos de forma que o dorso da mão fique
virado para a plateia)
SANTIFICAR (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de santo em seguida o sinal de limpo) ou
seja,: uma das mãos fechada com indicador esticado sai do lado direito da testa fazendo um círculo
sobre a cabeça até chegar novamente no ponto de partida/Significado: simulando uma aureola
e depois limpo= as mãos abertas na altura do peito com dedos espalmados, saem do alto para baixo
fechando os dedos até fechar aa mãos deixando os polegares esticados para cima.
SANTO (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos fechada com indicador esticado sai do lado direito da
testa fazendo um círculo sobre a cabeça até chegar novamente no ponto de partida /Significado:
simulando uma aureola)
SANTUÁRIO (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de casa em seguida o sinal de santo/Significado:
lugar santo)
SARA (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em S sobre a cabeça. Extraído do sinal de graça)
SAUL (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em S, simulando o sinal de alto/Significado: era alto)ou
seja, o S sai do ombro para o alto em giros.
SEGUIR: (Dic. LIBRAS) as duas mãos fechadas com os polegares esticados para cima, encostam-se e
seguem para a frente tremulando.
SEGREDO = (Youtube) braço esquerdo dobrado para cima, a outra mão em L, virada para baixo,
arrasta o punho duas vezes.
SEMPRE: (Dic.Libras) mão em V deitado, tremula em movimento para frente. Dedos apontando para a
platéia
SILAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em “positivo” a outra em S, simulando o sinal de
seguir /Significado: foi seguidor de Paulo) ou seja, faz o movimento para o lado esquerdo juntos um
após o outro..
SILÊNCIO: (Dic. LIBRAS) indicador nos lábios.
SENHOR (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em R toca a fronte e eleva-se para o alto)
SERVIR: (Libras Cristãs) duas mãos abertas com as palmas para cima, faz o movimento de entrega,
para frente. Servir a Deus faz o movimento para o alto.
SINAGOGA (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal de igreja em seguida o sinal de judeu/Significado:
igreja dos judeus) ou seja, sinal de casa unindo os dedos das mãos + cruz com os indicadores + judeu
= mãos em W cruzam-se na frente do corpo duas vezes.
SODOMA E GOMORRA (Libras Cristãs) (Sinal: fazer o sinal das letras S e G no antebraço)
SOFRER: (Dic. LIBRAS) direita em Y bate duas vezes na altura da cintura com o polegar.
SOLDADO: (Libras Cristãs) mão bate continência na testa.
SONDAS = (Youtube) mão em V circula em posição para baixo o dedo indicador da outra mão
SORRIR: (Dic. LIBRAS) mão em L tremula na frente do queixo.
SUBSTITUIR/SUBSTITUTO: (Dic. LIBRAS) as duas mãos fechadas com os polegares esticados, a
esquerda para cima parada, a direita com o polegar voltado para direita vem em direção da outra e
encosta.
SURGIR: (Dic. LIBRAS) Aparecer; irromper; incluir-se no campo de visão: é mão em C deitado
formando a boca de um copo, a outra mão com os dedos juntos saem de baixo, passam por dentro do C
em direção ao alto abrindo a mão como uma flor desabrochando.

T-
TEMPESTADE = (Youtube) mexer as mãos soltas no ar e depois entrelaçar mexendo as mãos unidas=
sinal de confusão.
TENTAR/TENTAÇÃO (Libras Cristãs) (Sinal: as duas mãos em A movendo –se para a
frente/Significado: ato de incitar acometer um erro) ou
TENTAÇÃO: (Dic. LIBRAS) mãos fechadas em A com o dedo indicador um pouco para cima, faz três
movimentos para o lado com um pouco de força.
TENTADOR(Libras Cristãs) (Sinal: fazer sinal de homem, em seguida o sinal de tentação) ou seja,
mão direita passa no queixo para baixo unindo-se e depois o sinal de tentação.
TERMINAR: (Dic. LIBRAS) dedos polegares e maior unidos, depois cruzam-se na frente abrindo as
mãos para os latos
TESTAMENTO: (Libras Cristãs) mão em S passa na outra se arrastando para frente. Na palma ou no
dorso? VERIFICAR!
TIAGO (Libras Cristãs) ( Sinal: uma das mãos em A e a outra em T simulando o sinal
de pedra/Significado: irmão de Pedro) ou seja, a mão em T cai sobre as costas de A.
TITO (Libras Cristãs) ( Sinal: as duas mãos em T simulando o sinal de servo/Significado: Paulo, autor
do livro, apresenta-se com o servo de Jesus Cristo) ou seja, mãos em T para o alto.
TOMÉ (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em T, ao lado da fronte, simulando o sinal
de dúvida/Significado: duvidou de Jesus) ou seja, mãos em T simulando dúvida passando o T em
baixo do queixo para frente.
TOTAL: (Dic. LIBRAS) Que forma um todo; completo; inteiro.Sinal: : As mãos em concha saem do
lado do corpo e fecham-se na frente do peito.
TOTALMENTE/ (Youtube) As mãos ficam cada uma ao lado da cabeça em A, os dedos caem
abrindo-se.
TRABALHO: (Dic. LIBRAS) mãos em L, balança na frente do peito para traz e para frente. Se for
trabalhador, faz antes o sinal de pessoa que é a mão em P e passa na testa da esquerda para direita.
TREMER: Estremecer ou agitar o corpo com sacudidelas curtas e rápidas, por frio, medo ou
susto. Braços dobrados para cima, mãos em S ao lado do corpo na altura do peito. Tremular as mãos.
Pode ser feito com as mãos espalmadas (tremular). A boca tremula junto.
TREMULAR: Tremer com temor; agitar-se; mexer-se tremendo. Mãos espalmadas ao lado do corpo
(polegares para cima e os outros para a platéia) na altura do peito. Tremular as mãos. A boca não tremula
e sim puxa a respiração para dentro como se estivesse com medo ou frio.
TRANSPORTAR: (Dic. LIBRAS) as duas mãos abertas, com os dedos bem afastados, na vertical,
paralelas e um pouco afastadas. Deslocam juntas da esquerda para a direita.
TREVAS (Dic. Libras) Escuridão completa; privação ou ausência de luz. Sinal: As mãos saem do
lado do ombro abertas e fecham-se na frente do rosto com expressão: olhos fechados e testa franzida.
TRIBO (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em T simulando o sinal de família terminando em R) ou seja,
saem em T do centro do peito fazendo um circulo para frente, elas se encontram no outro ponto
central oposto ao do peito em R.
TRINDADE (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em C passando pela outra mão em W, subindo em
D/Significado: as 3 pessoas da Trindade)
TRONO (Sinal: as mãos em C simulando os braços do trono)
TUDO (Dic. Libras) A totalidade; sem restrições. Mão direita em concha para baixo, movimento de
círculo por duas vezes. Todos os artigos e mercadorias. Mão esquerda na frente do corpo com a palma
virada para o lado direito. A mão direita levemente dobrada faz um meio círculo saindo de trás para a
frente. (desenhando uma barriguinha)
TÚMULO (DO TEMPO DE JESUS) (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos aberta passando em
frente da outra em C (simulando uma porta) com a palma para baixo (como uma toca) /Significado: a
pedra que fechava o túmulo na época)

U - Mão direita com os dedos fechados menos o indicador e maior que permanecem lado a lado
ÚLTIMO (Dic. LIBRAS) ( pessoa): mão direita levemente dobrada, dedos encostados um ao lado do
outro, esta mão vem de cima e cai em direção a palma da mão da outra que espera aberta.
ÚLTIMO (Dic. LIBRAS) ( derradeiro): dedo polegar e médio unidos, na altura do rosto caem para
baixo abrindo a mão.
UNÇÃO = (Dic.Libras) sinal da cruz com o polegar na testa, bem no centro.
UNÇÂO (Youtube) = mão em Y o mindinho circula a cabeça. VERIFICAR!
UNGIDO/UNGIR (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos em Y sobre a cabeça, simulando o sinal
de óleo/Significado: ungindo com óleo)
URIAS (Libras Cristãs) (Sinal: uma das mãos e U, simulando o sinal de soldado/Significado: era
soldado de Davi) ou seja, bater continência.
USADO: (Dic. LIBRAS) O que não é novo; já utilizado por outros. Sinal: mão em U (fechada com
indicador e médio esticado para cima) circula duas vezes na frente do corpo (palma da mão para frente)
USA-ME – (Youtube) mão em U circula duas vezes na frente do corpo com movimento para cima
UZIAS (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em U, simulando o sinal de trono), ou seja contorna em U os
braços de um trono.

V – Mão direita com os dedos fechados menos o indicador e maior que permanecem afastados.

VAI – (Dic.Libras) Acontecimento futuro – V na frente do nariz, parte para a frente em Y.


VAIDOSO - (Dic.Libras) O que tem vaidade; gosta de se apresentar bem. As duas mãos com os
dedos polegares e indicador unidos e os outros espalmados. As mãos circulam entre si alternadamente
duas vezes. O que é presunçoso, convencido. Mão direita em Y (somente o polegar e indicador
estendido),O mindinho sai do lado esquerdo e arrasta no corpo até a altura do ombro direito. O rosto com
expressão de superioridade.
VALENTE (Dic. LIBRAS) Corajoso; bravo, destemido.Sinal: mão direita com dedos esticados menos
o polegar, apontados para a esquerda, fazer movimento de dois giros.
VÁRIOS (Dic. LIBRAS) De diversos tipos; inúmeros.As mãos se encontram no centro e com os dedos
mindinho e anular fechados, os outros abertos. Os dedos indicador e maior tremulam enquanto as mãos se
afastam para os lados
VÁRIOS (Dic. LIBRAS) Diversas; várias opções. Mão esquerda com a palma para cima, a outra com
os dedos mindinho e anular fechados, os outros abertos virada para a esquerda tremula os dedos indicador
e maior enquanto passa por cima
VASO (Dic. LIBRAS) Peça de barro, metal. Sinal: Mãos levemente em concha uma virada para
outra, sai de baixo fazendo o contorno de um vaso afunilando em cima.
VASTI (Libras Cristãs) (Sinal: as mãos em V, simulando a coroa/Significado: era rainha) ou seja, as
mãos em V ao lado da cabeça com movimento de cima para baixo até a altura do ouvido.
VELHO DE USADO: (Libras Cristãs) mão em S, passa duas vezes na frente do queixo para baixo.
VELHO DE HOMEM (Libras Cristãs) é mão em S, duas vezes encosta no queixo.
VELHO TESTAMENTO – (Libras Cristãs) - fazer sinal de velho (usado = mão em U (fechada com
indicador e médio esticado para cima) circula duas vezes na frente do corpo (palma da mão para frente)
em seguida de testamento (mão em S passa na outra se arrastando para frente)
VENCER (Dic. LIBRAS) Conseguir a vitória; obter o resultado favorável. Mão esquerda fechada
com dedo indicador apontando para frente. A outra em V passa pelo indicador da outra e fecha na frente.
OU uma mão fica com a palma para baixo e a outra toca com o punho na primeira.
VENTO (Dic. LIBRAS) Duas mãos em V para cima fazendo movimentos alternados
VENTRE (Dic. LIBRAS) Mão direita encosta no ventre e depois circula acariciando.
VERDADE - (Dic. Libras) mão direita com o polegar e maior unidos e os outros esticados.Bate com
os dedos direito que estão unidos (vindo de cima) na palma da mão esquerda
VERGONHA (Dic. LIBRAS) Mão direita com os dedos fechados menos o indicador e maior que ficam
levemente dobrados (parecido com o X) , passa na face de baixo para cima.
VERSÍCULO (Libras Cristãs - Sinal: passa o polegar e indicador na palma da outra mão fazendo uma
linha horizontal. para frente.
VERMELHO: (Dic. LIBRAS) indicador toca os lábios.
VÉU: as duas mãos levemente dobradas saem de trás da cabeça para a frente, como se estivesse
cobrindo ou de um lado da fonte até o outro lado por cima da cabeça.
VEZ (Dic. LIBRAS) A hora certa; momento que compete a cada um. Mão direita fechada,
indicador estendido. O dedo faz o movimento saindo do peito para a frente, mas fazendo um giro da
mão. Ensejo; época; ocasião; circunstância determinada. Mão esquerda virada para a frente ( o
polegar fica posicionado para o alto). A mão direita com os dedos fechados e o polegar estendido, passa
o polegar na palma da outra para cima.
VIDA: (Dic. LIBRAS) dedos unidos, virados para cima faz o movimento para cima e para baixo em
cima do coração..
VESTIR (Dic. LIBRAS) Mãos em A em paralelo, fazer o movimento de cima para baixo na frente e
encostado no corpo.
VINHO: (Dic. LIBRAS) mão em V bate na face
VISTA : (Dic. LIBRAS) Panorama; paisagem. Mão direita em V sai do olho para baixo. Em seguida as
duas mãos espalmadas se encontram no centro uma sobre a outra. A direita tremula um pouquinho e as
duas vão cada uma para um lado .
VITÓRIA (Dic. LIBRAS) Triunfo; ação ou efeito de vencer o adversário em uma competição. Mão em
L, passa ao lado do nariz para frente.
VOAR: (Dic. LIBRAS) com as mãos na altura dos ombros bate as mãos e vai levando as mãos para
cima.
VONTADE: (Dic. LIBRAS) dedos fechados, indicador para frente, passa o dedo indicador na garganta
em movimento de cima para baixo.

X – mão fechada, menos o dedo indicador que permanece levemente dobrado , trazer para si.
XINGAR - (Dic. LIBRAS) - Mão em A sai de trás para frente em L.

Z – Desenha o Z com o indicador


ZACARIAS (Libras Cristãs) - Sinal: uma das mãos em D fazendo o sinal de silêncio e a letra
Z/Significado: ficou mudo) (Silêncio é encostar indicador nos lábios, neste caso mão em D)
ZANGADO (Dic.Libras) Aquele que se zangou; aborrecido; irritado. Mão direita em concha, passa
no centro do peito duas vezes (cima/baixo). Expressão de irritado no rosto.
ZAQUEU (Libras Cristãs - Sinal: uma das mãos em Z, baixar simulando o sinal debaixo/Significado:
era de baixa estatura)
ZOMBAR (Dic. LIBRAS) Fazer zombaria em relação a algo ou a alguém. Sinal: duas mãos em L
apontam para frente com três movimentos (rosto com sorriso)
FONTES:
YOUTUBE (vídeos)
Dicionário de Libras = http://www.acessobrasil.org.br/libras/
Libras Cristãs http://www.scribd.com/doc/6720591/Evangelico-Apostila-de-Libras-lingua-Dos-
Surdos-Com-Sinais-Biblicos-e-Orientacao-Para-Mini

O papel de agentes religiosos na surdez: considerações sobre a constituição


da cultura surda

Histórico da Pesquisa

Quando estava na graduação do curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo,


realizado entre os anos de 1998 e 2003, um fato foi determinante para a minha aproximação
com a surdez. No ano de 2001, entrei por um acaso em um bar, no bairro do Tatuapé, na
cidade de São Paulo, ao lado de um Shopping Center, e deparei com uma centena de surdos
dividida em várias rodas que conversavam efusivamente com as mãos. Tal evento causou-me
espanto e estranhamento, nunca tinha visto tantas pessoas reunidas conversando em língua
de sinais. Por estar acostumado a realizar pesquisas de campo para as disciplinas de
Antropologia da graduação, esse foi o primeiro momento em que eu decidi fazer uma
etnografia a respeito dessa questão.

A intenção de realizar uma pesquisa sobre surdez efetivou-se nesse mesmo semestre de 2001,
ao cursar a disciplina Pesquisa de Campo em Antropologia ministrada pelo professor Dr. José
Guilherme Cantor Magnani.
Tendo escolhido a surdez como tema de pesquisa, o meu primeiro passo antes mesmo de
elaborar o necessário projeto foi contratar um professor surdo para ensinar-me a língua de
sinais 1. Além disso, passei a realizar pesquisa de campo em locais de sociabilidade de surdos,
como bares e praças de alimentação de Shopping Center. Além do Shopping Metrô Tatuapé,
descobri que o Shopping ABC Plaza e Santa Cruz também reuniam grupos de surdos. Embora
aquele curso de língua de sinais com o professor Gaspar tenha sido rápido e somente
introdutório, foi útil para a minha pesquisa, pois por meio dele tomei conhecimento da 1ª
Conferência dos Direitos e Cidadania dos Surdos do Estado de São Paulo (Condicisur),
realizada em 21 de abril de 2001 no Centro de Convenções Rebouças, tendo sido este o meu
primeiro objeto de pesquisa na surdez.

A Condicisur foi organizada por instituições e associações de surdos 2 para reivindicar direitos.
Ela tinha por objetivo debater os problemas vividos em decorrência da surdez e, por fim,
produzir um texto exigindo do Poder Público direitos específicos para que surdos tenham, em
relação aos ouvintes, igualdade de oportunidades. Foram convidados para essa conferência
chefes do poder executivo e membros do poder legislativo, profissionais que pesquisam e/ou
trabalham com surdos, parentes e amigos de surdos e surdos em geral. Importante considerar
que tal evento é anterior à lei de Libras 3.

Como procuraram dar conta da totalidade dos problemas vividos pelos surdos, os direitos
exigidos eram bastante heterogêneo 4, Para uma breve ilustração do que foi a Condicisur cito
algumas reivindicações: reconhecimento legal da Libras como a língua oficial da comunidade
surda no Brasil; direito à exposição das crianças surdas à língua de sinais e o direito a serem
educa das nessa língua; implementar uma lei que torne obrigatório o diagnóstico da surdez
nos primeiros dias de vida da criança por meio do teste BERA, notificar a FENEIS (Federação
Nacional de Educação e Integração de Surdos) quando o resultado for positivo e garantir
orientação e ensino de língua de sinais para a família e a criança; garantir a presença de
intérpretes de língua de sinais gratuitamente em instituições públicas, hospitais,
universidades, comércio, etc; realizar uma reforma educacional em que os surdos não sejam
vistos nas escolas como deficientes, mas como membros de uma comunidade com cultura e
língua próprias; colocaram-se contra a denominação de surdos-mudos ou deficientes
auditivos, exigiram ser chamados de surdos; tornar obrigatório o ensino de língua de sinais e
noções de cultura surda para os ouvintes em cursos universitários que habilitam em
licenciatura e principalmente para os curso de medicina, fonoaudiologia e pedagogia;
realização de políticas públicas conscientizando a sociedade ouvinte sobre as diferenças e
necessidades dos surdos.

Para a avaliação na referida disciplina, Pesquisa de Campo em Antropologia, na ocasião


elaborei um relatório no qual conclui que nessa conferência ativistas políticos surdos
reivindicaram um espaço social de atuação contra o apagamento a que foram historicamente
submetidos. Elaboraram um discurso sobre si, criando uma identidade surda homogênea a
despeito de suas diferenças internas (de classe, credo, cor, grau de surdez) em oposição a uma
identidade ouvinte. Colocaram-se contra a concepção patológica da surdez em que ela é uma
deficiência ou uma doença a ser tratada e adotaram uma concepção sócio-antropológica em
que ela é uma diferença cultural. O lema da conferência foi Viva a sua diferença. Ou seja, esse
evento político somou-se a um processo reivindicatório, já em curso em anos anteriores,
contribuindo para desenhar claramente reclamos que se traduziriam em normatividade
jurídica posteriormente.

Nesse mesmo ano, 2001, o professor Dr. Leland Mc-Cleary do Departamento de Letras
Modernas da USP convidou o professor Dr. José Guilherme Magnani, do Departamento de
Antropologia, para se incorporar a uma pesquisa multidisciplinar sobre a comunidade surda
na cidade de São Paulo. O projeto intitulado Estudos da Comunidade Surda: Língua, Cultura e
História contava com a contribuição da Linguística, preocupada com o estatuto e
propriedades das línguas de sinais, da História, preocupada em realizar história de vida dos
surdos e da Antropologia, preocupada em explicar a sociabilidade e dinâmica cultural na
surdez. A partir daquele momento, com apoío/apoiado/oríentado pelo/indicado/ com a
mediação/por intervenção do professor Dr. Magnaní, eu passei a fazer parte de tal grupo de
pesquisa.

No ano seguinte, 2004, iniciei a escrita do meu projeto de mestrado, sob orientação do
professor Dr. José Guilherme Magnani. Desde a graduação, paulatinamente, a minha atenção
voltou-se para as instituições religiosas, sobretudo Igreja Batista e Testemunhas de Jeová. É
necessário demonstrar com precisão como se processou essa mudança de foco para os
agentes religiosos. Quando realizei pesquisas de campo em espaços de sociabilidade de
surdos como bares e shoppíngs, identifiquei que os poucos ouvintes presentes nessas rodas
possuíam trajetória protestante. Mais do que isso, aos poucos fui percebendo a recorrência da
Igreja Batista como agência fundamental de formação técnica de intérpretes. Além disso,
naquele momento, o intérprete de língua de sinais na televisão estava presente
exclusivamente em missas católicas na TV Canção Nova da Renovação Carismática Católica e
nos cultos neopentecostais da Igreja Internacional da Graça de Deus do Missionário R.R.
Soares.

Além disso, no grupo de pesquisa recém fundando na USP, Estudos da comunidade surda:
língua, cultura e história, identifiquei que alguns dos intelectuais interessados no tema da
surdez e língua de sinais possuíam trajetória religiosa protestante. Ademais, em uma reunião
para a fundação de uma associação de intérpretes de língua de sinais, o que posteriormente
tornou-se a Associação dos Profissionais Intérpretes e Guiaintérpretes do Estado de São Paulo
(APILSBESP), dos quatorze intérpretes presentes, doze possuíam trajetória protestantes.
Desse modo, como recorte empírico para a minha pesquisa de mestrado recortei o universo
das instituições religiosas, Igrejas Batistas e Testemunhas de [eová, e coloquei como questão
investigar como essas instituições desempenham um papel fundamental como espaços de
sociabilidade entre surdos e locais de aquisição de língua de sinais. O título de meu projeto
inicial foi Interpretando a cultura surda: estudo de grupos de surdos no contexto religioso,
posteriormente alterado para Efatá: missão cristã, surdez e cultura. Após a passagem para o
doutorado direito / pelo doutorado em Direito? inclui a Igreja Católica em meu universo
empírico de análise. Com o decorrer da pesquisa, a centralidade das instituições religiosas na
surdez ainda se revelará muito maior do que eu poderia supor.

Formulação da Questao: A Surdez como OUTROS ARTIGOS DESTE


laboração discursiva histórica e o papel de AUTOR
agentes religiosos
 Publicado em 2014
É importante considerar que pelo menos dois A constituição da
debates importantes influenciaram fortemente os língua brasileira de
rumos de minha reflexão e pesquisa empírica com sinais: considerações
relação à surdez: i) estudos pós-foucaultianos sobre a missão
sobre marcadores de diferenças na sexualidade, protestante com
gênero e corpo e o ii) o debate sobre o papel surdos
histórico das agências missionárias cristãs.
 Publicado em 2012
Em grande medida, como está desenvolvido em Igreja Católica e
Assis Silva (2011), a minha análise tratou da surdez: Território,
compreensão do processo histórico de associação e
constituição da surdez afirmada, performatizada e representação
normatizada como particularidade étnico- política
linguística. Partiu-se da hipótese de que a surdez
 Publicado em 2011
mais do que um dado da natureza, em verdade é o
As congregações em
efeito de configurações discursivas de saber-
Língua de Sinais das
poder. A intenção foi compreender o modo com
Testemunhas de
agentes, saberes, práticas, disciplinas e categorias
Jeová: A
emergiram para regular corpos surdos. Assim, a
Universalidade do
investigação foi influenciada pela obra de Michel
Governo do Reino de
Foucault (e reflexões de outros autores, pós-
Deus e a
foucaultíanos, sobre sexo, gênero e corpo). A
formação da surdez enquanto particularidade Particularidade das
étnico-linguística é bastante recente, algo que se Línguas
desenha após os anos 1980. O modo como analisei
 Publicado em 2011
as categorias de nomeação do grupo e da língua,
Entre a deficiência e
as disciplinas que elas carregam, a circulação que
a cultura: Análise
se reforça entre saber e poder tendo o corpo como
etnográfica de
objeto, o social como intrinsecamente díscursívo,
atividades
entre outros elementos, têm por base essas
missionárias com
referências. Assim, o que procurei explicitar foi o
surdos
processo de emergência de um novo discurso que
cruza muitas instâncias, colocando em evidência o  Publicado em 2010
papel de determinados agentes como mediadores Morar com
nessa formulação. Além disso, é importante dignidade, viver na
considerar que as configurações de saber-poder comunidade
que produzem a surdez como particularidade
étnico-linguística são em grande medida
conformadas por agentes religiosos. O que já
informa em grande medida o outro debate que
conformou a minha reflexão sobre surdez.

O debate sobre o papel histórico das agências


missionárias cristãs, do século XVI ao mundo
contemporâneo, passou a informar em grande
medida a minha reflexão sobre surdez, como está
publicado no livro Deus na aldeia: missionários,
índios e mediação cultural, organizado por Paula
Montero (2006). De acordo com os autores do
livro, historicamente, desde o século XVI, o
domínio do religioso se constituiu como a
linguagem privilegiada do Ocidente para pensar o
outro. Por operar como uma ponta de lança na
produção da alteridade, e, por conta disso, para
poder realizar a tradução do cristianismo, a missão
cristã sempre teve que se haver em um plano
prático comunicativo com a
sistematização/produção da cosmologia e da
língua do outro. Por conta disso, as atividades
missionárias cristãs, em suas experiências de
longa duração, em um processo, acabaram por
influenciar as ciências sociais nascentes no final do
século XIX que refletem sobre o outro, o que
explicaria o fato de categorias como religião e
cultura travarem relações de equivalência ou
mesmo de sinonímia. A maneira como a
Antropologia clássica concebeu a cultura, como
um conjunto de valores, crenças e rituais, é, em
certa medida, devedora das primeiras
sistematizações missionárias sobre populações
desconhecidas. Ou seja, há uma relação não
devidamente explicitada entre a nossa usual
concepção de cultura e práticas missionárias de
sistematização do outro. Contudo, também de
acordo com os autores de Deus na aldeia, o
trânsito de categorias, temas e problemas não é
unidirecional, da religião-missão cristã para a
ciência. Os conceitos que as ciências sociais
desenvolveram, como exemplo, cultura, religião,
tradição, povo, etnia, entre outros, são
apropriados tecnicamente pelas atividades
míssionárias, assim como, mais recentemente, por
movimentos políticos de autoafirmação indígena.
Tal formulação sobre a circulação entre missão
cristã com índios, produção científica
antropológica e movimento social indígena
causou impacto no modo como passei a analisar o
meu universo empírico: a surdez.

Desse modo, a investigação da emergência dessa


forma de regulação da surdez, na qual ela é
afirmada como vinculada a uma língua, povo e
cultura, considerou um amplo universo empírico
composto por dados da Igreja Católica, das Igrejas
Batistas, das Testemunhas de [eová e, em menor
grau, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil.
Dado o escopo desse texto, vou centrar a minha
exposição unicamente nos papéis das Igrejas
Católica, Luterana e Batista na formulação dessa
surdez.

A proeminência de religiosos na questão da


surdez afirmada como particularidade étnico-
linguística

Desde 2002, no Núcleo de Antropologia Urbana


da USP (NAU-USP) sob a coordenação do
professor Dr. José Guilherme Cantor Magnani,
tem sido realizada uma ampla etnografia em um
circuito" relativo à surdez, formado, sobretudo,
por escolas especiais, associações de surdos,
pontos de encontros, instituições religiosas e
eventos acadêmicos e políticos". Em diversas
pesquisas de campo, logo foi identificada uma
forte presença de agentes religiosos na surdez,
atuando em muitas instâncias, a saber, em escolas
especiais, no movimento social surdo
(representado, sobretudo pela FENEIS), em
instituições universitárias, eventos políticos,
política partidária e também atuando em um
mercado que se consolidou após o
reconhecimento jurídico da Libras como língua, o
mercado da Libras, onde atuam professores e
intérpretes dessa língua, consultores e
intermediadores para colocação de profissional
surdos/deficientes auditivos em empresas (para o
preenchimento de cotas), bem como para a
colocação profissional de professores e intérpretes
dessa língua.

Essa forte presença de agentes com trajetória


religiosa também se apresenta na mídia televísiva,
como já foi afirmado. Desde 1999, as missas da TV
Canção Nova, vinculadas à Renovação Carismática
Católica, apresentam o intérprete de Libras no
canto inferior da televisão. A partir de 2000, o
mesmo passou a ser realizado pela Igreja
Internacional da Graça de Deus, do Missionário
R.R. Soares, comumente classificada como
neopentecostal (Assis Silva & Teixeira, 2008).
Após a regulamentação da Libras, os agentes com
trajetória religiosa já presentes no mercado de
diversas maneiras, também passaram a atuar na
televisão interpretando as comunicações oficiais
do Estado, propagandas de partidos políticos e
avisos sobre recomendação de faixa etária de
audiência.

Agentes de trajetória protestante e testemunha


de Jeová estão bastantes presentes no mercado
da Libras, atuando sobretudo como intérpretes e
professores de Libras. De outro modo, a Igreja
Católica está relacionada a outros domínios,
sobretudo na constituição da educação especial
relativa à surdez. A relação entre Igreja Católica e
a surdez é uma história de longa duração que
remonta ao século XVI, com o padre Ponce de
Léon, educador de surdos-mudos (como eram
referidos) nobres, na Espanha, e o século XVIII,
com o abade de I'Épée, na França, o primeiro
educador a utilizar sinais para a educação, como já
foi afirmado. No Brasil, ao longo de século
XX,foram fundadas, por congregações católicas
diversas, que possuem carisma para o cuidado e a
catequese de pessoas com surdez, escolas
especiais. Agentes católicos estão diretamente
vinculados a constituições de territórios nos quais
pessoas com surdez associam-se, de onde
puderam emergir formas de comunicação
sinalizada.

Os agentes religiosos também estão muito


presentes na organização de publicações que
desempenham funções de dicionários de língua de
sinais, antes mesmo de ela ter sido reconhecida
com língua natural. A Igreja Católica produziu em
1969, o dicionário Linguagem das mãos, de padre
Eugênio Oates. Em 1983, luteranos juntamente
com católicos, publicaram o livro Linguagem de
sinais do Brasil, que traz também uma coleção de
sinais, livro que inaugura a afirmação da surdez
como particularidade linguística. A Igreja Batista,
em 1987, publicou o dicionário Comunicando com
as mãos e, em 1991, o dicionário de sinais bíblicos
O clamor do silêncio. A instituição religiosa
Testemunhas de Jeová, em 1992, produziu o
dicionário Linguagem de sinais, reeditado em
2008. Recentemente, a Igreja Católica publicou
um novo dicionário de sinais religiosos, em
formato virtual". Além disso, agentes com
trajetória protestante, em âmbitos laicos, em
escolas e universidades, também produziram
dicionários laicos, como exemplo, Capovilla e
Raphael (2001) e Ronice Piantá (1990).

Outro ponto importante a ser considerado é a


circulação de agentes com trajetória religiosa e
sua atuação em instâncias como instituições
universitárias, publicações acadêmicas,
movimentos social, política partidária e mercado
da Libras. Em grande medida, são protestantes
que ocuparam posição de dominância nesses
campos com relação à surdez e, em grande
medida, são os agentes reguladores da surdez
afirmada e perforrnatizada como particularidade
étníco-línguístíca.

O que há de mais persistente na história de longa


duração da surdez é um ideal apropriado do
milagre bíblico do effata descrito no evangelho de
Marcos (7.31-37). Em tal passagem, após Cristo
pronunciar tal palavra, abriram-se os ouvidos e
soltou-se a língua do surdo-mudo. Tal ideal de
abertura mágica ainda ecoa desenhando todas as
práticas disciplinares produtoras da surdez. A
emergência de congregações católicas, as quais
posteriormente fundaram institutos para o
cuidado, educação e catequese de surdos-mudos,
estão nesse registro. Todas as grandes etapas de
educação de surdos oralismo, comunicação total e
bilinguísmo, foram formuladas como meio de
operacionalizar a abertura do corpo surdo para o
mundo. As técnicas de reabilitação como a
oralização, o aproveitamento de resíduos
auditivos por meio de tecnologias, o ensino da
leitura labial são práticas provenientes de
territórios católicos que, em um processo histórico
de longa duração, tornaram-se técnicas seculares,
fundamentadas na ciência. O implante coclear é a
prática médica mais recente que teatraliza em
novos termos, com manipulação biológica do
corpo, o milagre cristão. Ainda no contexto
religioso, o pentecostalismo não cessa de encenar
a cura do surdo-mudo em suas congregações, a
exemplo da Igreja Internacional da Graça de Deus,
na qual em culto televisionado, o missionário
R.R.Soares proclamou ter realizado a cura do
surdo por meio de sua saliva, tal como Cristo.
Assim, a surdez é múltipla e histórica na exata
medida em que o effata o é. Cabe considerar
brevemente como as instituições religiosas
consideradas formularam recentemente a surdez
como particularidade étnico-linguística.

Igreja Católica na Surdez: Referência de base e


paradoxos

Énecessário iniciar pela instituição que está na


base de todo o processo histórico em questão, a
Igreja Católica. Nenhuma outra instituição social
ocupa uma posição tão basilar na surdez. O
alfabeto manual utilizado no Brasil - popularizado
por uma canção da apresentadora infantil Xuxa
Meneghel no início dos anos 1980 e, também, pela
venda de santinhos em troca de esmoIas em
conduções - possui a sua origem em mosteiros
beneditinos da Idade Média (Reily, 2007). Tal
alfabeto, com pequenas modificações, migrou
para muitos países do Ocidente cristão. Apesar de
ele não ser propriamente a língua de sinais, suas
configurações de mãos constituem parte
fundamental do processo de constituição dos
sinais.

A história da surdez é propriamente a história da


educação de surdos. Além disso, essa história, em
verdade, é o próprio modo como a Igreja Católica
atuou nessa questão. Em qualquer breve narrativa
histórica sobre a educação de surdos, os nomes de
Ponce de Léon, no século XVIespanhol, ou de
abade de I'Épée, no século XVIIIfrancês, surgem
como referências obrigatórias. Ademais, em
verdade, a relação da Igreja Católica com a
educação de surdos é bem mais plural do que essa
narrativa linear canônica faz supor. É importante
considerar que a Igreja Católica guarda uma
relação de longa duração com o que atualmente
se denomina deficiência e educação especial.
Historicamente, ela não está apenas vinculada ao
cuidado, educação e catequese de pessoas com
surdez, mas também de leprosos, paralíticos,
cegos, alienados, entre uma série de outros
sujeitos tidos como anormais (CNBB,2005). Na
Europa, o século XIXfoi profícuo para a fundação
de congregações católicas especializadas no
cuidado, catequese e educação de surdos-mudos.
Posteriormente, ao longo do século XX, e
atualmente no Brasil, pelos menos sete
congregações católicas atuam de maneira
sistemática na educação de surdos, estando
presentes em todo o território nacional, a saber, a
Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do
Calvário, Gualadianos da Pequena Missão para
Surdos, Irmãs Salesianas do Sagrado Coração,
Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa
Senhora Aparecida, Congregação Sociedade das
Filhas do Coração de Maria, Filhas da Providência
para Surdos Mudos e Associação das Obras
Pavonianas de Assistência. Algumas delas vieram
da Europa e atuam também em outros países da
América Latina, bem como África e Ásia. Além
disso, historicamente, religiosos católicos
diocesanos e de outras congregações atuaram
também nessa questão, vinculados direta ou
indiretamente com a educação, como foram os
exemplos dos padres Eugênio Oates (redentorista
norte-americano) e Vicente de Paulo Penido
Burnier (diocesano) (Pastoral dos Surdos, 2006).

É importante considerar que a Igreja Católica está


mesmo na base do que se tornou a educação
oralista. O objetivo de tal educação era prover os
bens de salvação da Igreja por meio dos
sacramentos, das orações e da liturgia da missa ao
surdo-mudo, todos esses bens intrinsecamente
orais. Considerando especificamente o caso das
escolas no Brasil - mesmo instituições atualmente
laicas, como o Instituto Nacional de Educação de
Surdos, no Rio de Janeiro, bem como as escolas
especiais municipais -, historicamente, elas não
prescindiram da atuação de agentes católicos em
seus domínios. Em grande medida, foram
fundadas tendo a escola especial católica para
surdos-mudos como modelo. Assim, importante
considerar que, devido ao fato de geralmente
pessoas com surdez nascerem em famílias em que
todos ouvem e, portanto, separados, a Igreja
Católica por meio de escolas é a instituição que
está na base de todo processo associativo
primário na surdez no Brasil.

Essa posição de relação de longa duração com a


surdez e, portanto, de base não é sem efeito. O
mais notável a ser considerado é que por associar
no sentido mais primário, de garantir sociabilidade
entre pares, o processo posterior de associação
civil e política está também vinculado à Igreja
Católica. Apesar de o processo político de
constituição das associações de surdos-mudos
(posteriormente de deficientes auditivos ou de
surdos) a partir dos anos 1950 não estar descrito,
identificou-se uma relação de plena continuidade
entre a Igreja Católica e essas associações.
Portanto, é necessário retomar alguns elementos
que explicitam a relação primordial entre
associações e Igreja Católica.

Primeiramente, é necessário considerar que


geralmente as posições de poder das associações
são ocupadas por agentes relacionados à Igreja
Católica. A exemplo disso, um nome católico
destaca-se como grande ícone e articulista político
da questão, o padre Vicente de Paulo Penido
Burnier. Ele foi presidente por 17 anos da
Associação Alvorada Congregadora de Surdos, a
primeira associação de surdos-mudos do Brasil,
fundada em 1953, no Rio de Janeiro. É tal padre
referido como um grande unificador das
comunidades de surdos do Brasil, em grande
medida entendidas como sendo as paróquias nas
quais há surdos. Além disso, tal padre estampa o
folder de divulgação da Associação de Surdos de
São Paulo, juntamente com o padre Volmir
Francisco Guisso, ambos ora referidos como
surdos, ora como deficientes auditivos.

Há outros elementos que também explicitam a


relação da Igreja Católica com as associações.
Como exemplo, os frequentadores da Associação
de Surdos de São Paulo, bem como os do Clube
dos Surdos de Jundiaí, são os mesmos que estão
vinculados às paróquias católicas. Além disso,
símbolos religiosos, como imagens de santos, e
práticas católicas, como orações e missas,
compõem a agenda comemorativa de tais
associações, como identifiquei em Iundíaí, São
Paulo e Porto Alegre. O uso do próprio território
da Igreja para a sede da associação ou mesmo o
apoio de agentes católicos também são narrativas
comum ente presentes. Essa relação da Igreja
Católica com as associações também se expressa
no modo como tais instituições manipulam de
maneira intercambiável as categorias surdo e
deficiente auditivo, bem como surdez e deficiência
auditiva. Ademais, o uso do português sinalizado
como um meio de comunicação legítimo também
se apresenta em ambas as instituições.

As associações de surdos possuem um caráter


mais recreativo do que político, apesar de, em
alguns momentos, também se posicionarem em
controvérsias sociais. Contudo, nenhuma outra
instituição no Brasil possui a mesma posição
representativa política que a Federação Nacional
de Educação e Integração de Surdos (FENEIS).Tal
instituição emergiu a partir da dissolução da
Federação Nacional de Educação e Integração de
Deficientes Auditivos (FENEIDA).O padre Burnier,
juntamente com outras instituições, inclusive
escolas católicas, esteve vinculado à fundação da
FENEIDA, em 1977. Na fundação da FENEIS,em
1987, estiveram presentes agentes religiosos da
Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do
Calvário, Gualadianos da Pequena Missão para
Surdos e Associação das Obras Pavonianas de
Assistência. Contudo, importante considerar, essa
relação entre Igreja Católica e FENEIS está
bastante esquecida, plenamente soterrada pela
afirmação da agência do grupo os surdos como os
fundadores da FENEIS e os protagonistas da
história. Desse modo, esses elementos
evidenciam o papel chave da Igreja Católica para
fomentar o associativismo civil na surdez.

Assim, argumento que uma rede bastante


complexa - formada por paróquias, escolas
especiais, congregações e associações - de onde
pode emergir, no Brasil, o léxico que compõe o
que atualmente se denomina Libras, está
intrinsecamente vinculada à Igreja Católica. Além
disso, apesar de nada pesquisado, o esporte é
outro elemento importante para garantir
conexões desses territórios mais diretamente
vinculados à Igreja Católica com outros
possivelmente mais laicos, como as escolas
especiais municipais. Essa rede logo extrapolou o
âmbito propriamente institucional
complexificando-se em termos de sociabilidade e
circulação. Contudo, como o território católico é
anterior e, geralmente, vinculado a camadas
médias e altas da sociedade, ele acaba por explicar
o estabelecimento de hierarquias no que os
agentes sob análise chamam de comunidade
surda. Assim, é possível afirmar que o vínculo com
escolas católicas constitui um organizador da
distribuição de capital social e político nessa rede.
Quanto mais próximos delas, mais bem
posicionados estão os sujeitos na rede sob análise.

Em determinados momentos, o poder do


território católico como o mais associativo impõe-
se. Festas juninas em instituições católicas e
missas comemorativas são exemplares da grande
capacidade de tal instituição para associar
gerações pessoas com surdez que se classificam
de modos diferentes, para além de surdos, além
de demonstrarem manejos diferenciados de
sinais, alguns próximos e outros mais distantes da
oralidade. Nesse caso, na cidade de São Paulo, o
Instituto Santa Teresinha, escola das calvarianas,
é exemplar desse processo. Além disso, em tais
territórios católicos, sobretudo em momentos
festivos, reúnem-se parentes e amigos de pessoas
com surdez, profissionais da área, intelectuais de
diferentes campos, bem como pessoas com
trajetória protestante, intérpretes e pastores. Ou
seja, de certo modo, não há equivalentes, em
termos de poder associativo, nos territórios
protestantes e de testemunhas de Jeová.
Para concluir o modo como a Igreja Católica ocupa
uma posição de base nessa história, é importante
considerar as publicações pioneiras do padre
redentorista norte-americano Eugênio Oates,
produzidas com o auxílio do padre Penido Burnier.
Oates afirma que a partir de uma vasta pesquisa
em todo o território nacional, sistematizou as
mímicas (ou gestos) da linguagem das mãos,
categorias utilizadas para nomear essa forma de
comunicação (OATES [1969] 1988). Essa
publicação possui um enorme efeito de
cristalização do léxico do que, atualmente, se
denomina Libras, algo que não foi ainda
devidamente considerado. Em grande medida, as
demais experiências missionárias constituídas no
Brasil, no final dos anos 1970 e começo dos anos
1980, apropriaram-se dessa publicação para a
evangelização e para a produção de novos
dicionários.

É digno de nota que em hipótese alguma as


publicações de Oates postulam o estatuto de
língua da linguagem das mãos. Do mesmo modo,
em momento algum o padre recomendou o uso
das mímicas desvinculado do português. Em outra
publicação, No silêncio da fé, de 1961, livro que
traz as principais orações católicas na linguagem
das mãos, o mesmo apresentou os gestos
utilizados em estrita concordância com o dito em
português. Ou seja, a sinalização não se constituía
como algo independente do português, mas como
complementar, os sinais estavam postos a serviço
da oralidade canônica das orações e sacramentos
da Igreja Católica.

Essa relação de longa duração da Igreja Católica


com a surdez, bem como a sua posição de base,
evidencia-se com notável clareza em suas práticas
rituais contemporâneas. Por um lado ela esteve,
há muito tempo certamente, vinculada à provisão
de bens de salvação pela oralidade. Em um
segundo momento, certamente após os anos
1960, a provisão de bens de salvação também
passou a se dar pelo o que hoje se denomina
português sinalizado, a exemplo das publicações
de Oates. Contudo, mais recentemente, o discurso
da Libras, o uso dos sinais em separado do
português, e dos surdos, como um povo com
língua e cultura, também estão presentes em sua
instituição. Por conta disso, seus agentes de
poder, a saber, padres, ministros, catequistas e
intérpretes, estão, de algum modo, vinculados a
todos esses modelos históricos, o que explica o
fato de alguns manejarem os sinais mais próximos
da oralidade, outros mais distantes, gerando
tensões em determinadas paróquias.

Além disso, importante considerar que na Igreja


Católica as categorias surdos-mudos, deficientes
auditivos e surdos, para além de classificar
pessoas, historicamente nomearam escolas,
congregações e pastorais, ou seja, domínios da
própria instituição, de modo que por vezes essa
heterogeneidade de categorias também emerge
em suas práticas de maneira conflituosa,
atualmente estando presente sobretudo na tensão
entre surdo versus deficiente auditivo e surdez
versus deficiência auditiva. Apesar de a Pastoral
dos Surdos do Brasil eleger a categoria surdo
como legítima, desautorizando o uso de deficiente
auditivo, com a Campanha da Fraternidade de
2006, na qual a Igreja Católica assumiu o seu
compromisso social com a evangelização de
pessoas com deficiência, a categoria deficiência
em geral, mas também deficiência auditiva, são
repostas como legítimas. O que tem gerado
tensão, nos domínios da Igreja Católica,
curiosamente, análoga à tensão interna aos
domínios do Estado entre a surdez como
particularidade étnico-linguística e a deficiência
em geral.

Assim, desenhou-se um paradoxo exemplar na


relação da Igreja Católica com a surdez e língua de
sinais. Por um lado, a Igreja Católica está na base
da surdez e do processo associativo por meio de
congregações, paróquias, escolas especiais,
associações, sistematização do alfabeto manual,
produção de dicionário, entre outros elementos.
Apesar disso, a elaboração da afirmação e
performatização da surdez como particularidade
étnico-linguística na qual os surdos são um povo
com língua, cultura e história é algo que lhe é
exterior. Anormatividade que a categoria surdo
implica - a saber, uma descontinuidade em relação
à categoria ouvinte em termos de língua e cultura,
bem como o uso dos sinais como algo
independente do português (o que se impõe como
a Libras) - é algo incorporado pela Igreja Católica
na digestão de formulações científicas e
protestantes, o que tem redefinindo a fala pública
de poder em sua instituição. Assim, ainda é
necessário retomar a absoluta descontinuidade
que a entrada do protestantismo nessa questão
implicou, para que fiquem claras as razões dessa
tensão na Igreja Católica.

A entrada de protestantes luteranos e a batista


na Surdez: redefinindo a questão

O final dos anos 1970 e os primeiros anos da


década de 1980 é um momento de redefinições no
âmbito da surdez. A influência norte-americana já
se fazia sentir com a atuação- do padre
redentorista Eugênio Oates, desde os anos 1940
no Brasil. Tal influência foi intensificada com a
multiplicação da atuação missionária voltada para
a surdez de outras vertentes do cristianismo,
notadamente a Igreja Evangélica Luterana do
Brasil, as Igrejas Batistas da Convenção Batista
Brasileira e as Testemunhas de [eová. Apesar de
essas atividades terem se iniciado paralelamente e
de modo independente, logo elas vão estabelecer
trocas, sobretudo as experiências luteranas e
batistas.

A Igreja Evangélica Luterana do Brasil, mais


especificamente a sua congregação vinculada à
Escola Especial Concórdia, em Porto Alegre -
RS,ocupou a posição de dobradiça exemplar nessa
história. Por um lado, tal como a Igreja Católica,
ela também possui escola especial vinculada à
surdez, bem como atuou, de 1966 a 1980, na
educação oralista. Além disso, estava de fato
integrada a uma rede nacional católica que vincula
as escolas especiais relativas à surdez, o que está
bem expresso na elaboração do livro Linguagem
de Sinais do Brasil, de 1983, editado pelos
luteranos Harry e Shirley Hoemann e pelo citado
padre católico redentorista Eugênio Oates. Os
demais autores do livro também são católicos e
luteranos. Por outro lado, é essa a instituição que
também estabelece mais claramente
descontinuidades com a Igreja Católica nessa
questão, o que vai bem caracterizar a entrada do
protestantismo na surdez.
Desde os anos 1980, e mais intensamente a partir
da publicação de Linguagem de Sinais do Brasil
em 1983, luteranos lançaram as bases para uma
nova elaboração discursiva da surdez, que se dá a
um só tempo em uma linguagem científica,
religiosa e pedagógica. Um elemento inovador
garantiu um crescente distanciamento da Igreja
Católica, os religiosos luteranos da questão são
intelectuais formados em universidades brasileiras
e norte-americanas - são teólogos, psicólogos,
pedagogos e linguistas - e apropriaram-se de
maneira inovadora de uma bibliografia norte-
americana que já postulava o estatuto de língua
natural da American Sign Language (ASL), bem
como a afirmação da comunidade surda como
detentora de cultura particular. Em consonância
com tais teóricos, luteranos inauguram a
afirmação do estatuto de língua do que então
chamaram de Linguagem de Sinais do Brasil 8. Em
tal publicação, autores luteranos afirmam ser essa
língua a herança cultural da comunidade de surdos
e, além disso, realizam uma crítica à política
pedagógica denominada oralismo. Para tanto, em
sua formulação teológica, luteranos postulam,
inspirados na máxima paulína, na qual se afirma a
necessidade de ser fraco para com fracos, a
necessidade de ser surdo para com surdos. É no
bojo dessa elaboração científica e religiosa, que
luteranos formulam a comunicação total no Brasil,
afirmando que a surdez deve ser vista como
diferença: particularidade linguística e não
deficiência.

No novo modelo pedagógico que se elabora,


denominado comunicação total, o objetivo da
educação deixa de ser o ensino da oralidade e
passa a ser o ensino do conteúdo escolar. Para
tanto, todos os modos possíveis de comunicação
são utilizados, a saber, a fala, a leitura labial, o
aproveitamento de resíduos auditivos, a escrita, o
desenho, o teatro, a mímica e, também, a língua
de sinais. Assim, no contexto luterano, a língua de
sinais torna-se um meio legitimo de instrução e
comunicação no âmbito escolar. Importante
considerar que, contudo, na disciplina
conformadora da comunicação total, apesar de os
sinais serem afirmados como língua, eles não
eram manejados em separado do português, pois
eram utilizados de maneira complementar à fala.

Outro ponto importante a ser considerado com


relação a luteranos, é que desse meio emergem
intelectuais de notável notoriedade na surdez,
como exemplo, a linguista Ronice Quadros,
Lodenir Karnopp, Madalena Kleín, Ottmar Teske,
intelectuais que circulam ao redor de Quadros e
no grupo de estudos de Carlos Skliar, quando
professor da UFRGS. Além disso, outro nome de
suma importância impõe-se, o pastor luterano e
pedagogo Ricardo Ernani Sander, um divulgador
da comunicação total em nível nacional, ativista
político atuante na FENEIS e pioneiro na
performance da interpretação. Dada a
centralidade de luteranos nesse processo, o poder
nessa rede perde a centralidade do Rio de Janeiro
e desloca-se, parcialmente, primeiramente para
Porto Alegre - RS e, posteriormente, para
Florianópolis - Se.

Certamente luteranos são importantes para o


desenho dessa nova surdez. Contudo, tal
instituição não possui ampla inserção nacional,
estando bastante restrita ao Sul do país e algumas
cidades dos estados do Espírito Santo e Mato
Grosso. É outra instituição que disseminou de fato
essa concepção de surdez para todo o território
nacional, a Igreja Batista da Convenção Batista
Brasileira, a qual possui ampla inserção em
grandes e médias cidades de todo o país. Por um
lado, batistas dão continuidade ao processo
desencadeado por luteranos, por outro, produzem
uma disciplina bastante particular.

De acordo com relatos de informantes, batistas


estão nessa questão desde o final dos anos 1970,
com a vinda de missionários norte-americanos
para a região de Campinas, no estado de São
Paulo. Ainda nos anos 1980, eles se apropriaram
do livro católico de Eugênio Oates para aprender
os gestos necessários à evangelização de surdos.
Além disso, também incorporaram muitos dos
argumentos luteranos. Como exemplo, suas
primeiras publicações, o dicionário Comunicando
com as mãos (1987) e O clamor do silêncio (1991),
expressam que operavam na comunicação total,
ou seja, os sinais eram o meio de comunicação
privilegiado para evangelizar os surdos, embora
não fosse único. Além disso, concebiam a missão
com surdos inspirados na máxima paulina,
buscando ser surdo para com surdos, tal como
luteranos elaboraram em Linguagem de sinais do
Brasil.

Tal como realizaram luteranos, batistas também


progressivamente se apropriaram da produção
científica sobre surdez e língua de sinais. As
fundamentais instâncias divulgadoras de tal
missão batista, a saber, o Ministério com Surdos
da Junta das Missões Nacionais e as oficinas de
formação de intérpretes de língua de sinais do
pastor Marco Antonio Arriens, sistematicamente
absorvem a produção nacional da linguística e da
pedagogia sobre língua de sinais e surdez. Não
menos importantes, teorias do teatro, pela
mediação de Arriens, compõem também o seu
projeto missionário, bem como a lógica da missão
transcultural, na qual um povo é considerado
alcançado a partir da tradução da bíblia e da
conversão para o cristianismo de pelo um
autóctone (Almeida, 2006). Em síntese, as
congregações batistas produziram um amálgama
discursivo muito amplo, com elementos da Igreja
Católica (o léxico de Oates), a elaboração da
comunicação total da Igreja Evangélica Luterana,
as produções científicas sobre surdez e língua de
sinais, teorias do teatro, a lógica da missão
transcultural, produzindo, por fim, um projeto
missionário no qual surdos são um povo não
alcançado pela missão cristã, com língua, cultura e
história particulares.

Importante considerar que é no meio batista onde


de maneira mais acabada elaborou-se um
personagem fundamental dessa história: o
intérprete de língua de sinais - sendo ele
primeiramente o missionário com surdos e
posteriormente o técnico profissional com ampla
atuação no mercado laico. Historicamente
ausente no meio católico, timidamente presente
no meio luterano (com as notáveis exceções de
Ricardo Sander, Ronice Quadros e Ely Prieto), o
intérprete em verdade é o cerne absoluto da
missão batista com surdos. As publicações da
Junta das Missões Nacionais, bem como a atuação
de Arriens, formulam em grande medida o
missionário com surdos como o intérprete de
língua de sinais, sendo a sua atuação a maneira
mais produtiva possível de garantir que o
cristianismo alcance o povo surdo. Como a língua
de sinais não possui escrita, a multiplicação desses
agentes em todas as congregações da nação
tornou-se a possibilidade do alcance. Importante
considerar que esse é um movimento de leigos e,
portanto, não se iniciou da alta hierarquia das
congregações. Assim, ele foi disseminado e
produzido a partir das agências de jovens batistas
que argumentaram e pleitearam a fundação de
tais ministérios em suas congregações locais. O
que somente se produziu na medida em que o
missionário intérprete convenceu pastores e
congregação quanto à necessidade de fundar um
ministério para salvar os surdos, afirmados como
um povo não alcançado, o que demandou recursos
financeiros e espaço nas congregações, em
eventos missionários e no palco durante o culto.
Ademais, coube também ao intérprete apropriar-
se de saberes sobre os surdos e, portanto, não
raro, apropriou-se da produção científica sobre
surdez e língua de sinais. Foi função também do
intérprete, evidentemente, a busca de surdos na
comunidade para a efetivação do ministério.
Assim, o intérprete tornou-se a um só tempo o
agente mediador, por excelência, com muito
poder na congregação local, ao mesmo tempo
também um especialista em língua de sinais e
cultura surda e, portanto, agente chave na
elaboração e rotinização da surdez afirmada como
particularidade étnico-linguística nas
congregações protestantes.

Importante considerar que a invenção do


intérprete batista institui uma disciplina muito
específica. Diferentemente da missa católica, o
culto protestante é exclusivamente oral, pois suas
partes constitutivas são oração, louvor, pregação,
leitura e testemunho. De modo que o culto pode
ser plenamente experimentado de olhos fechados.
Contudo, para garantir a inserção de surdos, tudo
passou a ser mediado pelo intérprete. Assim,
desenhou-se uma disciplina espacial e corporal, na
qual as pessoas na congregação dividiram-se entre
surdos e ouvintes, forjando-se assim um jogo de
espelho gerador, no qual e somente a partir do
qual, qualquer traço atribuído ao surdo (ou ao
ouvinte) fosse indicializado à categoria cultura
surda (ou cultura ouvinte). A Libras, a
gestualidade, a corporalidade, a imagem, a
expressão facial, entre outros elementos são
referidas aos surdos. Inversamente, o português, a
oralidade, a palavra, a música, o tom de voz, a
intensidade, a prosódia oral, entre outros
elementos são referidas aos ouvintes. Para além
dessas marcações mais evidentes, uma série de
outras começam a compor a carne e o sangue do
discurso da cultura surda, em verdade traços
particulares plenamente aplicáveis à natureza dos
ouvintes, contudo, plausíveis de serem referidos
exclusivamente aos surdos, o que instituiu
definitivamente uma concepção culturalista na
surdez, algo disseminado no senso prático dos
agentes sob análise.

A passagem da comunicação total para o


bílínguismo está bem expressa no controle sobre o
próprio corpo do intérprete batista. Na publicação
do primeiro O clamor do silêncio, de 1991,
recomenda-se que o intérprete faça uso da
articulação, sem vocalização, bem como deveria
realizar cursos sobre a comunicação total, o
oralísmo e saber aproveitar os resíduos auditivos
dos surdos. Com a incorporação de trabalhos
científicos que pleiteiam o bílínguísmo, o que está
expresso na segunda edição de O clamor do
silêncio, de 2002, o intérprete passou por um novo
processo de regulação. A partir de então, ele teve
que unicamente basear sua atividade prática na
tradução do que passou a ser visto como dois
sistemas linguísticos independentes, o português
e a Libras. Tornou-se tabu o uso dos sinais colados
na sintaxe do português, bem com o uso da
articulação, práticas estas que podem corromper a
carreira de um intérprete e causar a completa
desvalorização financeira de sua atuação
profissional. Assim, de fato, protestantes batistas
performatizaram ritualmente - se não diariamente
certamente semanalmente - os surdos como um
povo com língua e cultura. Fez parte desse
processo a máxima estetização da Libras,
condição para que a sinalização vista,
historicamente, como macaquice, pudesse ocupar
o palco, o centro do culto dominical, tornando-se
um bem religioso, um meio de adoração, louvor e
pregação.

Se historicamente no contexto católico são dois


padres os nomes bastante referidos no processo
analisado - padres Eugênio Oates e Vicente de
Paulo Penido Burnier - no contexto protestante os
nomes de Ricardo Ernani Sander e Marco Antonio
Arriens destacam-se. Em grande medida, os dois
atuaram como agentes fundamentais para a
formulação da performance do intérprete. Sander
é o pioneiro modelo, que ainda nos anos 1980
atuou sistematicamente em diversas instâncias da
sociedade brasileira disseminando a comunicação
total na qual os sinais são elementos importantes.
Tornou-se famoso por sua interpretação pioneira
do hino nacional. É o tradutor do código de ética
dos intérpretes, originário dos Estados Unidos da
América, posteriormente publicado no site da
FENEIS, em O clamor do silêncio de 2002, na
apostila de formação de Arriens e em Quadros
(2004). Mais recentemente, foi o grande articulista
político para a fundação de associações estaduais
de intérpretes e a fundação da federação nacional
(FEBRAPILS) da qual é presidente, esta filiada à
Federação Mundial dos Intérpretes de Língua de
Sinais, processo de filiação em que foi mediador
chave. Além disso, foi um militante fervoroso e
vitorioso no reconhecimento jurídico da
profissão 9. De outro modo, o pastor Arriens é o
grande formador técnico dos intérpretes no país,
tendo atuado praticamente em todos os estados
da nação, bem como em outros países. É o
exemplo mais bem acabado do amálgama
discursivo batista que sintetiza produções
científicas dessa nova surdez, teorias do teatro e a
lógica da missão transcultural. Assim, pela
mediação desses dois agentes, Sander e Arriens, e
posteriormente pela atuação de seus milhares de
discípulos, o intérprete - primeiramente um
agente missionário e posteriormente um
profissionallaico - é de fato e direito uma produção
protestante.

Por fim, é importante considerar que é do meio


batista que tal teologia-prática - a performance da
interpretação e um projeto missiológico no qual
surdos são um povo com língua e cultura -
irradiou-se para todo o campo religioso brasileiro,
para demais protestantes históricos, pentecostais,
neopentecostais e fez retornar os s!nais em uma
nova roupagem para a Igreja Católica. E
precisamente essa nova disciplina protestante,
fundamentada na ciência, que migrou. Não menos
importante, cabe considerar que não apenas o
protestantismo luterano é um celeiro de
intelectuais da surdez. Diversos intelectuais e
intérpretes que ocupam posições chaves em
instituições universitárias, também são
provenientes do meio batista.

Considerações Finais

Minha análise em grande medida centrou-se na


revelação de um trânsito na surdez que a produz
como particularidade étnico-linguística. Por um
lado, a Igreja Católica, por meio de suas
congregações especializadas em surdez, que
remontam o século XVII e XVIII europeu, são as
produtoras de institutos e escolas - introduzidos
no Brasil ao longo do século XX-, onde
historicamente os ditos surdos-mudos foram
oralízados e associados, rede na qual pode
emergir os sinais. Por outro, a produção efetiva
dos sinais como língua independente do
português deu-se, sobretudo em domínios
protestantes (Iuteranos e batistas). É por meio de
agentes protestantes que se evidencia o trânsito
missão cristã, ciência e movimento social. Por um
lado, luteranos e batistas apropriam-se de estudos
científicos norte-americanos que afirmam o
estatuto de língua das línguas de sinais e, assim,
produzem um missão na qual os surdos são vistos
como um povo não alcançado pelo cristianismo,
com língua, cultura e história. Por outro, os
próprios protestantes passam a produzir ciência,
ocupando posições em instituições universitárias e
legitimando tal língua e cultura, tornando-se os
estados da região Sul um núcleo importante,
devido à proeminência de luteranos dessa
questão. Além disso, intelectuais protestantes,
intelectuais não protestantes e protestantes não
intelectuais (intérpretes de língua de sinais,
sobretudo) passaram a cruzar o movimento social
surdo, bem caracterizado nesse caso pela
Federação Nacional de Educação .e Integração de
Surdos (FENEIS), fazendo com que as produções
teológicas e científicas da língua de sinais e cultura
surda tornem-se reivindicações políticas.

Por fim, importante considerar que tal formulação


da surdez como particularidade étnico-linguística
traduziu-se em normatividade jurídica, por meio
da Lei federal 10.436/2002, regulamentada pelo
Decreto Federal 5626/2005, coroando o processo
histórico analisado. O estabelecimento de uma
fronteira simbólica entre pessoas que se
diferenciam pela audição pôde definitivamente se
dar de maneira legítima em termos de língua e
cultura, de acordo com a formulação dos agentes
sob análise. Pessoa surda passou a ser aquela que
expressa sua cultura por meio da Libras, sendo
esta, uma língua legítima dotada de gramática
própria. Tal formulação, progressivamente, a
partir do desenho institucional imposto pela
referida jurisdição, se traduz em realidade
sociológica.

Olá !
Reparámos que é a primeira vez que usa a
funcionalidade de marcador de texto neste site.
Siga este pequeno tutorial para ficar saber tudo o
que pode fazer com ela.

Xseguinte

Notas

1 O nome desse professor é Roberto Gaspar. Ele


foi a pessoa que me batizou com o meu primeiro
sinal, que consistia em tocar com o polegar e o
dedo indicador a extremidade direita da
sobrancelha direita. Provavelmente a minha
sobrancelha, grossa, chamou a atenção de meu
professor, o que fez com que meu sinal estivesse
relacionado a essa característica física. Contudo
esse não foi o sinal que pegou, posteriormente fui
rebatizado em uma Igreja Batista, sendo o meu
atual sinal a configuração de mão em C
balançando ao lado da orelha direita.

2 FENEIS (Federação Nacional de Educação e


Integração dos Surdos), ASSP (Associação dos
Surdos de São Paulo, CBDS (Confederação
Brasileira de Desportos dos Surdos) e COPAVI
(Cooperativa Padre Vícente de Paulo Penido
Burnier).
3 Lei Federal 10.436 de 24/04/2002, reconhecida
pelo Decreto Federal 5626, de 22/12/2005.

4 Cada grupo de debate possuía um tema, a saber:


1) LÍngua de sinais e Instrutores; 2) Educação; 3)
Família e Saúde; 4) Cultura Surda; 5) Direitos e
Deveres; 6) Associações e Movimento Surdo; 7)
Esporte; 8) Trabalho e 9) Comunicação.

5 Na definição de Magnani o circuito "une


estabelecimentos, espaços e equipamentos
caracterizados pelo exercício de determinada
prática ou oferta de determinado serviço, porém
não contíguos na paisagem urbana" (2000:45).

6 Resultados parciais desta pesquisa podem ser


vistos em Magnani (2003, 2007, 2008), Magnani et
ai (2008), Assis Silva & Teixeira (2008) e Assis Silva
(2008).

7 Disponível em:
<http://www.surdosonline.com.br/> Acesso em:
03 mar. 2010.

8 lmportante considerar que a linguista Lucinda


Ferreira Brito da UFR) paralelamente também
elaborou no início dos anos 1980 a afirmação do
estatuto de língua do que posteriormente chamou
de língua de sinais dos centros urbanos. Na
elaboração das pesquisas para esta reflexão não
foram identificadas as motivações que
aproximaram tal autora da língua de sinais e
surdez. Mas de acordo com informantes, essa
pesquisadora logo passou a circular em eventos da
região Sul, aproximando-se do contexto luterano.
Ao longo de sua carreira, teve por público fiel de
suas palestras e cursos agentes com trajetória
religiosa, protestantes em geral e testemunhas de
Jeová.

9 Lei Federal 12.319j2010.

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Recusando a deficiência: a surdez como identidade étnico-linguística

Este livro apresenta uma instigante análise sobre o complexo processo de constituição da
surdez como particularidade étnico-linguística, com base no pressuposto de que "a surdez é
um efeito de configurações discursivas de saber-poder" (p. 38). Participam desse processo
agentes ativistas, intelectuais e religiosos. O papel dos últimos é particularmente abordado. O
autor destaca um caso exemplar no início de sua análise: a presença de uma personagem
surda em uma novela gerou uma controvérsia pública entre representantes da Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial e membros do Grupo de Trabalho
Linguagem e Surdez da Associação Nacional e Pós-graduação e Pesquisa em Letras e
Linguística, assim como outros especialistas em línguas de sinais. Os primeiros alegavam que
o uso da língua de sinais seria um retrocesso diante do procedimento cirúrgico. Defendiam a
intervenção no corpo, por meio de tratamento e colocação de implante coclear, realizado por
especialistas do campo médico e previsto nas políticas públicas. Aqui a noção de "deficiência"
se apresentava como conceito e motor para a mudança de estado, de surdo a ouvinte. O outro
lado do embate advogava o reconhecimento da comunidade surda como possuidora de uma
cultura e língua próprias, sendo a libras, como capital simbólico, o marco de sua identidade.
Língua essa legalmente reconhecida, pela Lei de Libras (Lei nº 10.436/2002).

Em ambos os lados se encontram agentes que atuam nos processos de legitimação das
distintas vertentes, que se manifestam, também, curiosamente, em políticas de Estado. Os
agentes integram diferentes redes, que fazem circular categorias, conceitos e valores, que são
incorporados nos discursos. Logo, duas concepções contrastivas de surdez emergem em um
contexto controverso, com referências aos registros universalista hierárquico e particularista
igualitário, respectivamente. O último constitui o principal interesse da análise empreendia.
Para Silva, a controvérsia entre implante coclear e libras se relaciona à disputa entre
"processos de disciplinamento de corpos de crianças surdas". Nem sempre são apartados, e
podem significar "modos de abertura de corpos surdos para o mundo, o que se daria pela
provisão de oralidade ou sinalização" (p. 38). É nesse aspecto que a religião entra com sua
potência. A referência a um milagre bíblico, no qual Cristo cura um surdo-mudo, ao dizer
effata(abra-te) fundamenta a maneira de lidar com a surdez, com distintas disciplinas
corporais, que não se restringem às instituições religiosas nem às práticas médico-
terapêuticas. Na abordagem proposta, no entanto, a ênfase é na rede de agentes religiosos,
em particular o campo cristão (católico e protestante), considerando especificidades e
estratégias institucionais para alcançar o "povo surdo", além dos ouvintes.

As instituições escolhidas pela importância que evidenciam na questão abordada no livro -


Igreja Católica, Igreja Batista e Testemunhas de Jeová - possuem ações voltadas à
"comunidade surda", com especificidades históricas e doutrinárias particulares.

A Igreja Católica se caracteriza pela heterogeneidade de ações em relação à surdez,


evidenciada em "missas para surdos e missas com surdos", assim como pela atuação de duas
Pastorais: dos Deficientes Auditivos e dos Surdos, cada uma, identificada a um modelo de
normatividade em relação à surdez (deficiência e particularidade linguística,
respectivamente).

Nesse mesmo movimento, sobressai o reconhecimento jurídico da libras, promovendo a


inclusão desse saber nas diferentes instituições sociais. Há necessidade de formação, e
emerge a centralidade de um grupo de especialistas, detentor da expertise: os intérpretes. O
chamado "mercado da libras" coloca em movimento, então, as trajetórias das instituições e
dos agentes envolvidos na constituição da surdez como particularidade linguística. Há uma
série de transformações que possibilita esse processo: a institucionalização do intérprete
como profissão, pela realização de cursos, em muitos casos ministrados em contexto
protestante, a circulação de materiais (vídeos, livros, dicionários) e a visibilidade deles na
mídia religiosa.

A trajetória dos agentes protestantes no processo de constituição da "comunidade surda"


como cultura particular é amplamente evidenciada na obra. Aqui também se apresenta como
relevante a combinação entre agente religioso e acadêmico, especialmente no que se refere
ao papel singular da Igreja Luterana, que assim como a Igreja Católica, está ligada à educação
de surdos. A produção conjunta, elaborada no início dos anos 1980, lança crítica ao oralismo,
tendo como base uma literatura norte-americana, defendendo que a surdez deveria ser
entendida como diferença, e não como deficiência. Contudo, a disseminação dessa diretriz
parece estar associada à Igreja Batista. A produção O Clamor do Silêncio, de 1990, é apontada
como relevante. Os documentos produzidos desde então foram revistos com base em
referências científicas, marcadamente da linguística e pedagogia. No processo de revisão,
algumas categorias foram extintas e o bilinguismo foi consolidado, com a identificação da
libras como língua dos surdos. Dessa maneira, está em consonância também com a norma
jurídica. Vale referir que a circulação de intérpretes protestantes e de Testemunhas de Jeová
vem influenciando as práticas da Igreja Católica, conforme indica a pesquisa.

Em relação aos Testemunhas de Jeová e sua importância para o processo de legitimação da


surdez como particularidade linguística, algumas características que lhes são peculiares foram
destacadas, como a fundação de congregações específicas para o associado surdo, diluindo a
centralidade do intérprete. Destaca-se também o "metódico cuidado de si", que conjuga
pureza mental, espiritual, moral e física, combinação que regula a vida do membro como um
todo. A caracterização dos Testemunhas de Jeová está bem realizada, em suas similaridades e
distinções em relação às demais.

Nota-se que em paralelo ganha espaço o processo político que imprime distinção entre
deficiência e surdez. Há participação de agentes relacionados às instituições acadêmicas e ao
movimento social. Tal dinâmica está inserida no fluxo das transformações sociais mais
amplas, com a emergência de novos movimentos sociais reivindicativos, em especial no
cenário político brasileiro dos anos 1980. Como o autor conclui, o protestantismo se
caracteriza como um celeiro de intelectuais vinculados à surdez sob a ótica da particularidade
linguística, mas incorpora, na mesma medida, trabalhos acadêmicos sobre o tema. Ressalta
que não foram somente as instituições religiosas que compuseram o quadro de agentes que
conformaram o processo de consolidação da surdez como particularidade étnico-linguística,
inclusive em termos jurídicos. Caso exemplar é a Feneis (Federação Nacional de Educação e
Integração dos Surdos), instituição laica que marca também a inflexão semântica e identitária:
de deficiente auditivo para surdo. É mediadora atuante na dinâmica das reivindicações da
comunidade surda direcionadas ao Estado e no estabelecimento de uma norma jurídica
específica.
A análise empreendida por Silva é bem sucedida, contribuindo para a compreensão das
controvérsias em torno da surdez e ao seu estabelecimento como particularidade étnico-
linguística. A passagem do estigma produzido pela noção de deficiência, para a conquista de
reconhecimento e legitimação de uma identidade própria à denominada comunidade surda
pode interessar não apenas aos leitores vinculados ao campo da saúde, como para aqueles de
distintas áreas de conhecimento.

Edlaine de Campos Gomes Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Brasil.

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