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Há diversas maneiras de qualificar o que há na experiência do tempo.

A descrição do fascínio e
violência são componentes de nossa reação à condição temporal que nos define e aflige.

O fascínio exercido pelo tempo provém de nossa dificuldade para representar a


contradição entre o “ser” e o “não ser” e, de alguma forma, vive-se nesta impossibilidade
nova: O paradoxo de pensar aquilo que não podemos e não devemos.
O tempo não traz como dificuldade intrínseca a possibilidade de sua representação o fato de
que ela não se funda no que há de apreensível na realidade, mas sim naquilo em que ela nos
escapa, isto é, não no seu aparecimento, mas no seu desaparecimento – O tempo se funda em
seu desaparecimento, no que falta?

Esse jogo mortal da transitoriedade, em que o tempo aparece como grande devorador
torna essa relação de fascinação algo violento em que ao mesmo tempo que parece ser
insuportável, é o traço essencial da consciência de si, que é o reconhecimento da mortalidade.

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