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INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS

LUÍS FELIPE MARQUES LIMA

A MATEMÁTICA FINANCEIRA A PARTIR DOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO


FUNDAMENTAL. SUGESTÃO.
(Artigo Científico)

BELO HORIZONTE – MG
2023
LUÍS FELIPE MARQUES LIMA

A MATEMÁTICA FINANCEIRA A PARTIR DOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO


FUNDAMENTAL.SUGESTÃO.
(Artigo Científico)

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao INSTITUTO PEDAGÓGICO
DE MINAS GERAIS (IPEMIG) como pré-
requisito para obtenção do título de
especialista em: Formação de Professores R2
em Matemática.

BELO HORIZONTE – MG
2023
LIMA, Luís Felipe Marques. A matemática financeira a partir dos primeiros anos
do ensino fundamental. Uma sugestão. Belo Horizonte: Instituto Pedagógico de Minas Gerais
(Ipemig), 2023. Especialização em Formação de Professores R2 em Matemática.

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso, objetiva o pensamento e incentivo a relação ensino-


aprendizagem e saber da Matemática financeira, desde os primeiros anos do Ensino
Fundamental aos discentes. Através de pesquisa bibliografia pertinente ,objetiva-se de maneira
mais específica apontar os benefícios aos futuros cidadãos e a sociedade brasileira ,diante
conhecimento de ferramentas, técnicas e bases curriculares da matemática financeira desde os
anos iniciais do Ensino fundamental .Diante da inspiração e objeto de estudo do autor deste
artigo , concretizado nos resultados da pesquisa bibliográfica , é notório o quanto a população
brasileira de modo geral , possui dificuldades na gestão de seu orçamento particular , muitas
vezes chegando ao endividamento , por não conhecer como funciona o mercado financeiro
principalmente em relação ao juros excessivos cobrados pelas instituições financeiras
brasileiras. Justificando assim que os alunos desta era pós pandêmica são cada vez mais
precoces e conectados com a realidade financeira, seja através de experiencia direta familiar /
domiciliar, seja também através da maciça conectividade com que são apresentados produtos,
serviços e oportunidades financeiras.

Palavras-chave: Matemática financeira, juros, educação, endividamento.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1

2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 3

2.1 A falta de trabalhos voltados a implantação da matemática finaceira no ensino fundamental


……. ...................................................................................................................................... 7

2.2 Como implementar a matemática financeira no Ensino fundamental ............................... 8

3 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 10

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 11
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1 INTRODUÇÃO

A matemática, em especial a matemática financeira é sem dúvida uma das disciplinas


de maior uso e aplicação na vida do cidadão. Desde crianças temos relações mercadológicas
implantadas em nossa vivência seja diretamente, ou indiretamente através das ações financeiras
e orçamentárias de nossos responsáveis.
Se tratando de responsáveis e crianças, muitas vezes essa relação familiar é inclusive
conturbada e separada devido a não sabedoria e conhecimentos do correto e devido uso dos
recursos financeiros através, daqueles que tem a guarda da criança. Parte-se deste preceito que
o dinheiro é lago nocivo a relação familiar, e a criança cresce e se desenvolve criticamente de
maneira cognitiva, vendo o dinheiro e as finanças como algo prejudicial, não possuindo bases
para geri-lo quando o possui, consequentemente repetindo a história que obteve em casa.
Assim este trabalho de conclusão de curso, voltado para a formação de Professores em
Matemática R2, objetiva a sugestão da implantação e uso da Matemática financeira, como parte
indispensável no currículo acadêmico, desde os primeiros anos (2 º ano em diante) do Ensino
Fundamental. De modo a se pensar em resultados de médio a longo prazo, obtendo uma
sociedade mais familiarizada e ciente com o devido uso dos recursos financeiros, sua
aplicabilidade, gestão, consequentemente menores índices de traumas, crimes e rupturas sociais
originadas pelo mau uso do dinheiro e orçamento particular familiar.
Em relação as dificuldades encontradas m sala de aula, especificamente em trazer um
conteúdo aos alunos, de modo que os instigue e estes possam relacionar o aprendizado da sala
de aula, com a prática que obterão, a matemática financeira colabora muito para com esta
problemática. Cada vez mais, de maneira precoce, as crianças têm contato com o dinheiro e
relação mercadológica (compra e venda), e aplicação da matemática financeira é uma
ferramenta essencial ao uso direto da teoria esplanada em sala de aula. Diante disto, a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB), afirma no 2° inciso de seu primeiro artigo que “a educação escolar
deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”. Dessa forma, é essencial que os
conteúdos ministrados façam sentido para o aluno, a fim de que ele tenha uma formação
sociocultural crítica.
Na maioria dos currículos relacionados ao Ensino Fundamental, já se encontra
disciplinas voltadas para a aplicação do ensino-aprendizagem da Matemática Financeira, porém
este trabalho, recomenda maior importância e maior quantidade de conteúdos relacionados a
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esta disciplina, principalmente, mas não somente nesta fase. Se justificando pela imensa
demanda de conhecimentos econômicos, da nova sociedade, na construção de futuros cidadãos
e cidadãs com melhor gestão de seu patrimônio particular.
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2 DESENVOLVIMENTO

A boa gestão financeira de qualquer indivídio tem impactos significativos em sua


carreira pessoal, social e profissional. Saber gerir seus recursos mesmo que escassos, é um
grande diferencial para que o cidadão obtenha uma melhor qualidade de vida. Diante da situação
em que muitos possuem vastos recursos, mas qualidade de vida não condizentes com estes
recursos, devido ao mau gerenciamento e uso de tais. Infelizmente a maioria das familias
brasileiras não gerem bem seus recursos, consequentemente os novos cidadãos vão repetindo
em teoria, os mesmos erros finaceiros de seus ascendentes. O Sistema educacional brasileiro
também não apresenta uma considerável importância ao Ensino aprendizado da matemática
financeira , deixando lacunas a uma disciplina que é extremamente necessária e utilizada na
vida de qualquer pessoa no mundo, ainda mais quando se objetiva um futuro melhor , com
melhor qualidade de vida individual as pessoas , consequentemente a nação.
Diante da preocupação na formação não somente de alunos, mas de cidadãos ativos e
protagonistas na sociedade, Escola e professores devem lançar mão de estratégias capazes de
formar cidadãos autônomos frente ao mercado de consumo. Porém, o corpo docente, de modo
geral, tem tido dificuldades em desenvolver satisfatoriamente este papel, pois na maioria dos
cursos de Licenciatura em Matemática, a disciplina de Matemática Financeira sequer compõe
a matriz curricular, tampouco é apresentada como disciplina optativa, acarretando uma
formação docente deficitária e lacunosa nesta área.
De forma alguma é negligenciado a ação do docente na sala de aula, e sua capacitação,
diante da coerente relação Ensino- aprendizagem-saber. Em muitos casos não basta exigir ou
recomendar algo no curriculo para os alunos, se os docentes não são capacitados para a
ministração de tais conteúdos. E em especial na Matemática financeira, encontra-se muita
dificuldade de entendimento, assimilação e até mesmo aspectos idelogicos , voltados a
resistência deste assunto.
Para, Skovsmose (2001), a Matemática é crítica, podendo ser usada de diversas maneiras
e acaba por auxiliar significativamente os indivíduos nas tomadas de decisões pessoais e
coletivas e, principalmente, na construção da cidadania.
De acordo com o argumentado até então, “os conteúdos clássicos da Matemática e da
Matemática Financeira são instrumentos para um processo mais amplo: a Educação Financeira”
(SANTOS, 2005, p. 139), por isso Escola , professores , e os Sistema educacional brasileiro
como um todo deve , dar a significancia e importancia devida a este assunto.
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Diante disto,a Educação Financeira, através de conteúdos pertinetes e relativos da


Matemática Financeira, torna-se essencial no currículo da Educação Básica, pois seu estudo e
compreensão configuram-se como premissas básicas para a formação de sujeitos críticos,
subsidiando suas tomadas de decisões frente ao mercado capitalista.

É grande a importância que essa parte da matemática tem na vida das pessoas, as
quais estão permanentemente cercadas pelos 5 problemas de sobrevivência
financeira, necessitando de clareza e autonomia para tomar decisões frente às
situações diárias e para que possam compreender as transações comerciais e
bancárias das quais se utilizam com frequência. (MARASINI, 2001, p. 10).

Borges (1999) realça a importancia da inclusão direta da Matemática Financeira no


currículo da Educação Básica, diante da precocidade da participação ativa de crianças e
adolescentes nas relações finaceiras e mercadológica domésticas envolvidas . Assim o Sistema
Educacional deve proporcionar um apoio cientifico desde os primeiro anso de escolarização,
a esta pratica direta das crianças.
Santos (2005) reforça que os conteúdos de Matemática financeira, quando abordados
adequada e significativamente pela escola configuram, para seus sujeitos, importante
arcabouço de “conhecimentos para planejar a própria vida e superar, em parte, a condição de
exploração imposta por aqueles que dominam este saber essencial”.
Portanto tem se a ciência que o sucesso do ensino aprendizagem , depende e muito de
seus agentes no ambito desta relação, sendo os professores e os alunos. De maniera algum este
trabalho tem como objetivo a crtitica aos professores , pelo contrário , este estudo objetiva
oferecer também apoio científico bibliográfico primeiramente de maneira a conscientizar a
importância e relevância da matemática financeira como disicplina fundamental para as
crianças em fase escolar , desde seus primerios anos acadêmicos, municiando assim os
professores da rede escolar fundamental 1 , de pautas e conhecimentos que inclusive os
auxiliarão no cotidiano social e financeiro , além de maiores ferramentas e arcabouço teórico
para a ministração de suas respectivas aulas.
O que é percebido no Sistema Educacional Brasileiro é uma constante cobrança sobre
o trabalho do professor e da Escola, erroneamente nos conceitos de substituição da
trasnferência de responsabilidade e educação das familias dos alunos. O professor muitas
vezes encontra crianças traumatizadas familiarmente , condições precárias de trabalho , e ainda
tem a responsabiliadade de criar uma aula que instigue e fomente a atenção e desejo dos
alunos, buscando em sua critividade ferramentas e métodos didáticos que contribuam para tal.
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Especificamente o professor de matemática precisa ter “visão do que vem a ser a matemática
em sua essencia, do que constitui a atividade matemática, a aprendizagem da matemática e do
que constitui um ambiente propício à aprendizagem da matemática” (D’AMBROSIO, 1993,
p. 41), pois só assim conseguirá fazer com que seus alunos se interessem pelos conteúdos que
está abordando.
Uma excelente alternativa na formação de professores de matemática voltada a noção
e ciência dos assuntos pertinetes a matemática financeira , é a formação continuada de
professores , e a especialização destes professores em área pertinete direta a docência , didática
e matemática finaceira . Para SANTOS E VEIGA (2012), estes cursos proporcionam, aos
professores, alternativas para expor determinados assuntos, com atividades que desenvolvam
a capacidade crítica, a auto-reflexão e a autonomia de seus alunos.
Nóvoa (1995), ressalta também , similarmente a SANTO E VEIGA , que a formação
continuada de professores objetiva colocar os professores a par das discussões teóricas atuais,
contribuindo para melhoria da ação pedagógica na escola.
Um questionamento pautável pode ser :” quais conceitos e bases realativas a
matemática finaceira , ministrar a alunso ingressantes nos pimeiros anos do Ensino
Fundamental?” Tal questionamento é pertinetnte , e diante de todo material pesquisado e
estudado , é percebido que a familiarização de conceito relacionados a matematica financeira
, já é um grande avanço para a construção de um ser a desenvolver-se duranet sua trajetória de
vida social , acadêmica e financeira . Assim a inclusão das bases relacionadas a matemática
finaceira , podem permear em concordência auxilio , no Ensino das operações básicas , como
soma , subtração, multiplicação e divisão , aproveitando e otimizando sempre a minsitração
destes conceitos , aliados a conceitos da matemática finaceira.
Diante de pesquisa bibliográfica relacionada a ao conteúdo de Matemática Financeira,
tem-se, basicamente, consciência da necessidade se considerar os seguintes conceitos: I –
Lucro; II – Desconto; III – Pagamento à vista; IV – Preços; V – Juros Simples; VI –
Rendimentos; VII – Desconto Simples; VIII – Pagamentos Parciais ou Parcelados; IX – Juros
Compostos; X – Amortizações.
Assim também referente a pesquisa a PCESP (Proposta curricular do Estado de São
Paulo), a matemática finaceira abrange os principais conhecimentos necessários para que o
aluno possa compreender as relações comerciais existentes em nossa sociedade, pois os
conhecimentos previstos com o estudo de Matemática Financeira vão desde as noções de
Porcentagem, passando pelos Juros Simples, Descontos Simples, Juros Compostos, Desconto
Composto e Amortização. As noções de Capitalização não são trazidas pela PCESP, porém os
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conceitos que a envolvem são os mesmos que os conceitos de Amortização, fazendo com que
esse conceito possa também ser trabalhado. A parte final da Proposta é bastante interessante e
importante, pois traz conceitos de valores financeiros equivalentes, que são conceitos
necessários para que os alunos se tornem independentes e autônomos nas questões de compras
parceladas e financiamentos. Pode-se agora a verificar a lista de conhecimentos apresentados
pela PCESP, no que diz respeito ao ensino de Matemática Financeira: a) Noção de
Porcentagem; b) Conceitos de Capital, Juros, Taxa de Juros, Unidade de Tempo, Prazo,
Montante; c) Modalidade de Juros: Juros Simples e Juros Compostos; d) Juros Simples; e)
Juros Compostos; f) Descontos Simples e Descontos Compostos g) Valores Financeiros
Equivalentes h) Equações de Equivalência – Anuidades. Muitos destes termos e bases são
complexas e diretamente dificeis de aplicação direta ao Ensino Fundamental 1 , porém o que
este trabalho sugere é a impalntação e familiarização destes termos de maneira gradativa e em
concordância e apoio com as bases pertinetes a faixa etária e educacional relativa.
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2.1 A falta de trabalhos voltados a implantação da matemática finaceira no ensino


fundamental.

Embora nas pesquisas realizadas para este trabalho, tenha-se encontrado um número
razoável de artigos relacionados a disicplina da matamática financeira, não há evidências e
sugestões relativas em quantidade quanto a incrementação dos conceitos de matemática
financeira no Ensino Fundamental.
Diante disto, especificamente é necessário conceituar o que é a matemática financeira
em si . Para Silva (2008, p. 11) “a matemática financeira é um conjunto de técnicas e
formulações matemáticas com o objetivo de analisar situações financeiras envolvendo o valor
do dinheiro no tempo.”
Saito (2007), por exemplo, aponta para a existência de uma lacuna ao dizer: “... não há
especificamente trabalhos sobre a implantação da Educação em Finanças Pessoais nos
currículos nacionais” (SAITO, 2007, p. 7). Segundo ele, a maior parte dos trabalhos brasileiros
relacionados ao tema está voltada para a discussão da gestão do patrimônio, havendo
necessidade de uma análise do ponto de vista de educadores.
O Projeto de Lei nº 3401, de 2004, é citado no trabalho de Saito (2007) e também por
Muniz Jr. (2010). Ele propõe a criação da disciplina Educação Financeira nos currículos das
quatro séries finais do Ensino Fundamental e também no Ensino Médio. Após alterações, a
proposta é que a Educação Financeira seja inserida no conteúdo de Matemática.Porém em
averiguação a situação de tal projeto , foi detectado que este não foi aprovado.
Corroborando com esta ideia, Leite, ao discutir a Educação Financeira em nosso país,
sinaliza que: “Apesar da importância do tema, no Brasil não existem programas educacionais
preocupados com o processo de socialização econômica” (LEITE, 2009, p. 69).
Araújo compartilha desta visão. Segundo a autora, o Brasil não tem contemplado, via
sistema de ensino, a Educação Econômica das crianças e jovens. Ela diz que: “O tema não tem
sido tratado com destaque pelos documentos oficiais nacionais, que estabelecem as políticas
educativas no Brasil, dentre eles as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e os
Parâmetros Curriculares Nacionais” (ARAÚJO, 2009, p. 75).
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2.2 Como implementar a matemática financeira no Ensino fundamental

Diante de toda abordagem exposta até aqui, na sugestão plausível pautada sobre
argumentação teórica bibliográfica, diretamente ligada a aplicação dos conceitos da matemática
financeira desde os primeiros anos do Ensino fundamental, como grade curricular, não é o
objetivo deste trabalho, exigir que crianças do 1º ao 4 º ano tenham noções e saberes profundos
de conceitos e aplicações de juros compostos, investimentos e afins. E sim que os conceitos da
matemática financeira atuem como complemento a aplicação da matemática junto as operações
básicas, onde tais conceitos, passa desde o Ensino fundamental a serem disseminados e
construídos de maneira a longo prazo, na mentalidade e caráter dos alunos.
Para o renomado e respeitado psiquiatra e autor do livro: Pais Brilhantes, Professores
fascinantes, Dr. Augusto Cury, a aprendizagem é construida levando também em consideração
os aspectos emocionais e cotidianos dos alunos, para que assim haja uma identificação por parte
ds alunos ao conteúdo e ao professor, gerando assim motivação e interesse pelas aulas.
Há uma estreita relação da Matemática finaceira com o cotidiano dos alunos , e isto
constitui em uma importante abordagem da educação crítica. Sobre isso, Simon e Blume (2004,
p. 21) ressaltam:
Durante os últimos 30 anos, a matemática emergiu como a “linguagem da economia”.
Hoje em dia, os economistas veem a matemática como uma ferramenta inestimável
em todos os níveis de estudo, abrangendo desde a expressão estatística de tendência
do mundo real até o desenvolvimento de sistemas econômicos completamente
abstratos.

A matemática financeira pode ser implantada na observância e até na implantação de


estudos de caso relacionados a ações cotidianas , como por exemplo , os descontos encontrados
nos anuncios de lojas de brinquedos , cinemas, shoppings centers, supermercados , ou seja ,
todos estes ramos mercadológicos ligados cada vez mais diretemente a vida e convívio das
crianças.
Dentre as estratégias possiveis e aplicáveis ,está a tematização. Onde é buscado um
problema de relevância para os alunos, ligado às suas experiências. Assim, como afirma
Skovsmose (2006, p. 18) “o engajamento dos estudantes na situação-problema e no processo
de resolução deveria servir como base para um engajamento político e social (posterior)”.
A utilização de jogos , e ilustrações referentes a itens tecnólogicos é algo que faz parte
do cotidiano dos alunos atuais, totalmente interessados por jogos , celulares e tecnologia. Os
jogos identificads como um material didático pautado nos objetivos de desenvlvimento dos
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alunos, baseado na busca da resolução de problemas , é algo extremamente bem aceito pelos
alunos e de vasta eficiência . Desta maneira, o jogo aproxima-se da matemática via
desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas ( Moura, 1991 ), e ainda, permite
trabalhar os conteúdos culturais inerentes ao próprio jogo.
Uma base considerável para a inserção dos jogos voltados a matemática em sala de aula,
é também o conhecimento e aptidão dos professores . Pois como relata Wang (2006), a maioria
dos professores não joga videogame, pois são da geração dos “imigrantes digitais”. Já os
estudantes sim, e tal fato causa grande desconexão e dificulta o uso, a escolha e avaliação destes
recursos na educação.
Moita (2006), afirma que os jogos eletrônicos estão proporcionando uma nova forma de
alfabetização. É uma alfabetização com “domínios semióticos”: imagens, diagramas, gráficos
e outros símbolos visuais, bem diferentes dos moldes a que os adultos estão acostumados, e um
letramento que está muito além da concepção de alfabetização que se tem hoje.
Gladcheff, Zuffi e Silva (2001), afirmam que, no contexto da matemática a utilização
do computador pode ter várias finalidades, tais como: fonte de informação, auxiliador no
processo 7 de construção do conhecimento e serve ainda como meio para desenvolver
autonomia através de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar soluções.
Porém existe a preocupação quanto ao us dos jogos em sala de aula, Diante da oferta
estrutural das Escolas , e ecolha correta e direção dos jogos pelo professor . Diante disto, Seara
(2011), supõe que ao iniciar uma atividade como jogos em sala de aula é preciso que se
contemplem algumas etapas que são fundamentais para o sucesso da atividade, como por
exemplo: a apresentação do jogo para os alunos, a compreensão da lógica do jogo, a
aprendizagem das regras que pode ser feita de várias maneiras, seja jogando uma partida e
simultaneamente falando as regras ou ir questionando os alunos quais as regras que já conhecem
daquele jogo.
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3 CONCLUSÃO

Vivemos em uma nova sociedade , quanto as exigências e demandas de sobrevivênvia.


A sociedade moderna é estreitamente ligada a reultados rápidos e eficazes , e muito destas
características, ocorrem em função de vivermos em tempos de globalização contínua,
principalmente com o uso e avanço da internet.
Pensando assim como futuro professor de matemática , tenho o anseio de que este
trabalho de conclusão de curso , também possa contribuir como uma sugestão aos responsáveis
pelo Sistema de Educação , seja nas esferas municipais, estaduais e federais, como um norte de
perspectiva e ação , pensando no future do brasileiro e do Brasil como nação.
Vivemos em uma sociedade moderna quanto as tendências tecnológicas, porém ainda
com muitas dificuldades financeiras , o que em muitos casos no Brasil , gera endividamento e
grandes problemas sociais em virtude disto.
Foi percebibo durante a execução deste trabalho , que uma excelente solução para esta
problemática de sabedoria e conhecimentos para o devido uso do dinheiro, e talvez a mais
eficaz mesmo que a longo prazo , seja a educação. Estreitamente o uso de conceitos da
Matemática financeira introduzidos desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, como um
apoiador e material complementar a disciplina de Matemática.
O objetivo deste trabalho não se permeia que de início no Ensino Fundamental , ocorra
a introdução de conceitos complexos da matemática financeira, mas sim , conceitos auxiliaries
porém pertinetes , que contribuam ao estudo das operações básicas, agindo de forma construtiva
na aprendizagem dos alunos. Aliando sempre com a direção do professor, tais conceitos
finaceiros, com ações , práticas e situações do cotdiano dos alunos e seus familiares, como
preços, descontos, prazos.
Uma excelente e bem aceita alternativa para a execução desta metodologia proposta, é
a introdução de tecnologias e estudos de caso modelo Design Thinking , nas aulas.
Principalmente com a utilização de jogos eletrônicos , onde esta metodologia e uso, traz ainda
o benefício de uma atração e motivação por parte dos alunos quanto ao conteúdo e as aulas,
contribuindo assim significativamente para o sucesso da relação ensino-aprendizagem-saber.
Deixo bem claro que minha itenção na escolha e abordagem do tema Matemática
financeira, não partiu de nenhuma relação ideológica quanto aos pensamentos capitalistas ou
não, e sim somente quanto a decisão de contribuir de certa forma com a sociedade brsileira,
especificamente da futura sociedade que será formada, por cidadãos ativos econicamente que
hoje são nossas crianças, amanhã nosso futuro.
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REFERÊNCIAS

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