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ESCOLA ESTADUAL LOTHAR SUSSMANN

DANIELE COUTINHO BARROS


3° ANO 1 - NOTURNO

TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA


CUBISMO

Gestora: Maria Marquizete

BORBA/AM
2023
ESCOLA ESTADUAL LOTHAR SUSSMANN

DANIELE COUTINHO BARROS


3° ANO 1 – NOTURNO

TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA


CUBISMO

TRABALHO DE PESQUISA
apresentado à disciplina de Língua
Portuguesa, como requisito para a
obtenção de nota, sob a gestão da
Professora Maria Marquizete.

Gestora: Maria Marquizete

BORBA/AM
2023

Cubismo: seu início e inspirações


O movimento cubista teve seu início no Século XX, mais precisamente na sua primeira
década, em 1907, com a obra "Les Demoiselles d'Avigon" de Pablo Picasso, tida como
marco do início do cubismo. Sua origem é na França, mais especificamente em Paris.
Ele surge como uma contraposição ao fauvismo, pois tinha como proposta trazer a
realidade de uma forma inovadora

O cubismo tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas,


representando as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo
passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas.

Historicamente o cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura


deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros.
Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os
objetos com todas as suas partes num mesmo plano.

Les Demoiselles d’Avigon – Pablo Picasso

Uma coisa interessante de se observar é a influência de Paul Cézanne no surgimento


do movimento, ao ponto da primeira fase cubista levar seu nome. O francês pós-
impressionista trazia já obras com forte presença de representações geométricas.
Contudo ele não foi o único a inspirar os artistas nessa primeira fase.

AS CARACTERÍSTICAS DA ARTE CUBISMO


Primeiramente vale entender o conceito básico do cubismo, que são as pinturas feitas
a partir de formas geométricas como por exemplo cubos, cilindros e esferas.
Juntamente com isso temos o abandono das técnicas que davam a noção de claro e
escuro nas telas. Outras características importantes que podemos destacar são:
Presença do tridimensionalismo, ou seja, a representação da obra em três dimensões;
Forte inspiração na revolução industrial e em cenários urbanos do início do século XX;
Busca pelos múltiplos pontos de vista;
O predomínio de cores mais sóbrias e/ou opacas. Por exemplo: branco, verde escuro,
preto, cinza, castanhos, laranja escuro, ocre, vermelho escuro, etc;
O uso de técnicas de colagem com os mais variados objetos, pois temos a presença de
recortes de jornal, madeira, objetos diversos, cacos de vidro, entre outros. A ideia era
utilizá-los para compor as mais variadas cenas retratadas;
Representação da natureza de forma mais simples;
Não comprometimento a uma representação exata de cenários, pessoas ou objeto.

O movimento cubista ficou marcado por três fases: o cubismo cézanniano (1907 -
1909), cubismo analítico (1910 – 1912) e o cubismo sintético (1913 – 1914).
Cubismo cézanniano ou Cubismo pré-analítico (1907 - 1909)
Também conhecido por “cubismo pré-analítico”, esta é considerada a fase inicial do
movimento cubista (1907 - 1909), onde a principal base era o trabalho de Cézanne,
com forte influência da arte africana e devido ao uso de formas simplificadas.
As obras de Paul Cézanne (1839 - 1906) serviram de inspiração para a consolidação do
cubismo. Embora ainda não tivessem todas as características que definem o
movimento artístico, alguns conceitos adotados por Cézanne em seus trabalhos foram
fundamentais para que Picasso e outros artistas construíssem o estilo cubista.
EXEMPLO CUBISMO CÉZZANNIANO

Autorretrato (1907), Pablo Picasso

Cubismo analítico (1909 - 1912)


É tido como o “cubismo puro” e de difícil interpretação, onde as figuras são
decompostas, através do uso de diversas formas geométricas.
Com forte influência na arte africana, as obras nesse período permeiam os tons
monocromáticos, com predominância do verde, marrom e cinza. Além disso, também
há a necessidade de expressar a natureza de modo simplificado.
Violino e Castiçal (1910), Georges Braque
Cubismo sintético (1913 - 1914)
A grande característica desta fase foi a introdução da técnica de colagem para
reconstruir as imagens que outrora eram decompostas. Por isso, esse período também
é conhecido como "cubismo de colagem".
Ao contrário do cubismo analítico, nesta etapa as imagens passam a manter a sua
fisionomia, mas de modo reduzido, apresentando apenas o que for essencial para o
seu reconhecimento.

Guitarra (1913), Pablo Picasso


O cubismo no Brasil
O movimento cubista naturalmente chegou ao Brasil, mas não em sua forma mais
“pura”. Isso porque neste período, além do modernismo, vivíamos o embrião do
manifesto antropofágico. Ou seja, os artistas brasileiros já buscavam trazer algo mais
autoral e que trouxesse também referências nacionais.
Ele ganhou muita força após a semana de arte moderna de 1922 e podemos ver as
referências do cubismo especialmente nas obras de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral,
Di Cavalcanti, Rego Monteiro, Cândido Portinari e Lasar Segall.
Um fato interessante é que até na literatura brasileira tivemos influência do cubismo.
Sua principal característica era a “destruição da sintaxe” e entre seus expoentes aqui
temos Oswald de Andrade, Raul Bopp e Érico Veríssimo.

São Paulo (1924), Tarsila do Amaral

Mas, destaca-se a importância que o cubismo teve na concepção de outros


movimentos artísticos no começo do século XX e que tiveram grande repercussão no
Brasil, como o Concretismo.
Cubismo na literatura
A vanguarda cubista também atingiu outros ramos artísticos, como a literatura.
Neste caso, o cubismo literário focava-se na ideia da “destruição” da sintaxe. Os
versos eram fragmentados e descontínuos, ou seja, não há uma linearidade na história
narrada.
Um dos principais nomes deste movimento literário foi o poeta francês Guillaume
Apollinaire (1880 – 1918).

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