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Cubismo

4.1- Nome (origem do nome);


4.2- conceito de arte- proposta para a arte;
4.3- contexto histórico;
4.4- características estilísticas/formais- principais expoentes;
4.5- AO- Análise de obra

4.1-
O termo “cubismo” veio da figura geométrica de um cubo. Do seu nome
surgiu a caracterização através da incorporação do imaginário urbano industrial em
suas produções.
Alguns dos principais artistas do Cubismo:

- Pablo Picasso;
- Juan Gris;
- Fernand Léger;
- Francis Picabia;
- Georges Braque;
- Tarsila do Amaral;
- Diego Rivera

4.2-
O principal objetivo do Cubismo foi romper os modelos estéticos que
priorizavam a perfeição em suas formas. Por isso, tal vanguarda é marcada pelo
uso de formas geométricas, enfatizando assim as cúbicas.
O estilo cubista contradizia o realismo das imagens que eram representadas
durante o Renascimento, por exemplo. O artista nessa época focava na
simplificação do mundo em suas pinturas, utilizando assim de cubos, cones,
cilindros e outras formas geométricas com linhas retas e simples.
4.3-
Para começarmos a descrever esse tópico, é importante entender o que foi o
cubismo. Assim como os outros, pode ser considerado um movimento artístico de
vanguarda, com origem no início do século XX, na França, mais especificamente em
Paris. As pinturas produzidas a partir de representações geométricas, como cubos,
cilindros e esferas, é a característica mais marcante e presente nessa vanguarda.
Isso faz com que haja diferentes perspectivas e algo incomum na representação de
objetos e pessoas.
O cubismo claramente acabou trazendo as pinturas e algo a mais, que foi a
literatura, grandes representações da industrialização e da urbanização das
cidades, revelando a transformação social típica do início do século XX.
A época em que o mesmo surgiu, era de tremendo conflito entre países
imperialistas europeus que disputavam a exploração de países na Ásia e na África.
Isso, consequentemente, acabou resultando na Primeira Guerra Mundial.
Simultaneamente, acabavam surgindo novidades tecnológicas, como o
surgimento do telégrafo sem fio e da aviação. E também, a arte cubista estava se
desenvolvendo, explorando e abordando todos os acontecimentos econômicos,
históricos, sociais e tecnológicos da época. Aqui cabe falar de Sigmund Freud e
Albert Einstein, ambos divulgaram através de seus trabalhos, um novo jeito de
pensar e olhar para a humanidade tanto pela própria teoria da relatividade, de
Einstein, quanto pelas descobertas de Freud a respeito do pensamento humano,
dividido em dois tópicos: consciente e inconsciente.
Tendo esses argumentos em vista, pode-se concluir que o cubismo surgiu em
meio a toda essa transformação de perspectiva, sendo o próprio uma nova
concepção artística, capaz de provocar epifanias e sensações, além de prender a
atenção do observador.
Surgiu contrariando o fauvismo, um dos movimentos artísticos do século XX,
explorando fortemente cores e traços realistas, mostrava a realidade de uma forma
lúdica.
O Cubismo é dividido em três fases: Analítico (em 1910), Sintético (em 1911)
e Cezannista (em 1909) . O Cubismo analítico foca mais na decomposição de
objetos retratados. Pensava em apresentar vários ângulos fragmentados de um
mesmo objeto, visando uma representação conceitual. Tamanha exaltação na
distorção dessas formas, acabou tornando muitas vezes impossível reconhecer
algumas figuras nos quadros da época. Georges Braque e Pablo Picasso marcaram
essa fase.
Já no sintético aconteceu de ter uma certa redução no fracionamento dos
objetos, ficando as figuras assim novamente nítidas. Nessa fase surge a técnica da
colagem, materiais como: pedaços de jornal, madeira, vidro, passaram a fazer parte
da pintura. O foco do cubismo sintético passou a trazer novos estímulos para a
pintura, que fossem além do visual, incluindo, portanto, elementos táteis. Utilizando
cores mais vivas e marcantes, a fim de retratar formas decorativas
Por fim, na fase cezannista, temos o início do movimento cubista, totalmente
influenciado pelas obras do artista Paul Cézanne. As pinturas neste período eram
feitas com formas de cunho mais simples e utilizando diversos ângulos sobrepostos
do mesmo objeto, com o intuito de criar uma obra conceitual e inovadora.

4.4-
Listando e aprofundando um pouco mais sobre as características estilísticas
e formais do Cubismo. Podemos notar:
- A valorização das formas geométricas e fragmentadas: como o próprio
nome do movimento aborda, o Cubismo tem como principal característica o uso de
formas da geometria como componente de principal foco nas obras.
- O uso de "rimas plásticas": O que chamamos de "rima plástica" consiste em
uma técnica aplicada por alguns artistas cubistas, onde cada forma geométrica dava
continuidade a outra, resultando assim em um efeito harmonioso na obra.
- Uso da colagem como técnica de reconstrução da imagem: o propósito da
colagem seria transportar a interação entre o observador e a obra para além do
campo visual, despertando também sensações táteis nas pessoas.
- Predominância de cores monocromáticas e opacas: A palheta de cores era
muito limitada, tanto que em alguns trabalhos a diferença estava apenas entre as
diferentes tonalidades de uma mesma cor. Vale lembrar aqui que a inspiração para
o uso dessa seleção restrita de cores veio da arte africana, que influenciou os
trabalhos de Cézanne e Picasso (os principais precursores do Cubismo).
Além de outras características que podemos listar como:
- Renúncia à perspectiva;
- Obra como um "exercício mental";
- Retratação do primitivo;
- Representações tridimensionais;
- Uso de múltiplos pontos de vista;
- Abolição total da cópia e da arte mimética; incentivo à criação do novo;
- Não se compromete com a representação fiel das coisas.

4.5-

Guernica (1937), de Picasso

O contexto histórico é uma boa forma de começar a interpretação dessa


obra. Na época do quadro a Espanha vivia um conflito entre as forças Republicanas
e os Nacionalistas, liderados pelo General Francisco Franco.

Os Nacionalistas priorizaram o apoio do exército nazista e autorizaram o


bombardeio de Guernica pelos alemães, para testarem as novas armas e táticas de
guerra, que viriam a ser usadas mais tarde na Segunda Guerra Mundial. Na época
do ataque, Pablo Picasso morava na França porque estava trabalhando numa obra
para apresentar numa exibição em Paris a pedido do Governo Republicano
Espanhol. No entanto, quando ficou sabendo do acontecimento, decidiu no mesmo
momento abandonar a sua ideia original para criar uma obra relacionada com o
ataque em Guernica.

Falando sobre as cores, o preto, cinza, branco e tons azulados foram


escolhidos pelo artista para intensificar a sensação de drama causada pelo
bombardeio. A paleta monocromática está relacionada às fotografias da guerra em
preto e branco, veiculadas pelos jornais da época.

Sobre o olhar do observador (levando em consideração o mesmo ângulo da


perspectiva do mesmo):

No canto inferior esquerdo, nota-se a presença de uma pessoa caída no


chão, com as mãos abertas, como se fosse um pedido de ajuda. Logo em cima, há
uma mãe chorando pela morte de seu filho com o mesmo em seus braços, fazendo
uma alusão à imagem de Maria com Jesus morto em seu colo, assim como na obra
de Pietá.

No canto superior direito, vemos uma figura em desespero, consumida pelas


chamas. Refletindo o poder destruidor do fogo, que se originou pelo bombardeio.
Abaixo disso, uma mulher é retratada com a perna ferida, pensando que a mesma
estava tentando fugir do caos da guerra. Quase ao centro, mais para o lado direito
ainda, vemos uma mulher com um lampião, parecendo iluminar o resto da cena.
Esse elemento retrata o símbolo da esperança em meio a todo o horror. Por fim,
podemos concluir que a espada quebrada lembra a derrota do povo, ao mesmo
tempo em que os edifícios em chamas indicam o extermínio não apenas em
Guernica, mas sim a destruição causada pela Guerra Civil.
Bibliografia:
https://concursosnobrasil.com/escola/artes/cubismo.html
https://www.todamateria.com.br/cubismo/
https://www.significados.com.br/caracteristicas-do-cubismo/
https://www.culturagenial.com/quadro-guernica-de-pablo-picasso/
https://youtu.be/LZdeljd_0BA
Herbert Read “História da Pintura Moderna”

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