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Monofásico
Covilhã
Janeiro 2024
Contents Método dos Volumes Finitos
Contents
1 Abstrato 1
2 Introdução 1
3 Transformador Ideal 2
4 Transformador Real 3
4.1 Comparação Ideal vs Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5 Descritização do Problema 5
5.1 Dimensionamento do transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.1.1 Dimensionamento com um número de chapas fixas . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.2 Dimensionamento com um número de chapas variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
6 Implementação em Matlab 7
6.1 Inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.2 Iteração sobre possíveis configurações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.2.1 Parametrização do dimensionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.2.2 Implementação da geometria no FEMM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.2.3 Ajuste da corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.2.4 Ajuste da tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.2.5 Corrente no vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.2.6 Valores de corrente nominais e indutância de fugas . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.2.7 Rendimento e perdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.2.8 Melhores resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.3 Apresentação de Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.4 Representação gráfica dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7 Resultados e Análise 14
7.1 Primeira Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7.2 Segunda Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7.3 Resultados para o dimensionamento Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7.4 Resultados para a melhor combinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7.5 Distribuição do Campo magnético através do comprimento do núcleo do transformador 21
8 Discussão de Resultados 22
9 Conclusão 22
ii
List of Figures Método dos Volumes Finitos
List of Figures
1 plano xy do trnasformador (Fonte: EIEN20 Design of Electrical Machines, IEA,
2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Campo magnético de um transformador monofásico; (Fonte: Modelação de um Trans-
formador de Corrente no FEMM). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Circuito de um Transformador monofásico ideal (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4 Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5 Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
6 Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
7 Primeira Simulação - Rendimento(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8 Primeira Simulação - Perdas no ferro(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . 15
9 Segunda Simulação - Rendimento(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
10 Segunda Simulação - Perdas no ferro(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . . 17
11 Densidade de fluxo para 180 chapas e 300 espiras (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . 18
12 Densidade de fluxo para corrente no vazio (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . . . . . 18
13 Densidade de fluxo para 350 chapas e 150 espiras (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . 19
14 Densidade de fluxo para corrente no vazio (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . . . . . 20
15 Distribuição do campo magnético do modelo inicial (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . 21
16 Distribuição do campo magnético do modelo eficiente (Fonte: FEMM). . . . . . . . 21
iii
Método dos Volumes Finitos
1 Abstrato
Este estudo apresenta uma análise detalhada e o dimensionamento de um transformador monofásico,
utilizando o método de elementos finitos para alcançar um desempenho ótimo e eficiente. Foi pro-
jetado especificamente para um "output rating" de 230/110V e 2KVA. Através da aplicação do
software Finite Element Method Magnetics (FEMM), que é altamente eficaz na resolução de prob-
lemas eletroestáticos e magnetoestáticos planares em baixas frequências, este trabalho conseguiu
precisão elevada na análise dos parâmetros críticos, como a densidade de fluxo magnético e a den-
sidade de corrente. Este trabalho evidencia a importância da simulação computacional no design e
análise de sistemas eletromecânicos, garantindo assim resultados confiáveis e de alta precisão para
o projeto em análise. [1] [5]
2 Introdução
No contexto atual, a demanda por transformadores capazes de operar em alta potência, junta-
mente com a integração de energias renováveis, requer uma abordagem inovadora que incorpore tanto
os princípios físicos fundamentais quanto os conhecimentos adquiridos nas cadeiras de eletrónica de
Potência e Industrial. Neste estudo, exploramos o uso do método de elementos finitos, através
do software FEMM, para a concepção de um transformador monofásico otimizado para 2KVA.
A relação entre a eficiência do transformador e o seu design é fundamentada com a análise das
leis eletromagnéticas consagradas pela física, de forma a compreender as complexas relações entre
corrente, campo magnético e força eletromotriz.
As equações em questão: a Lei de Faraday, a Lei de Biot-Savart e a formulação de Ampère
para circuitos magnéticos, são pilares no dimensionamento e compreensão do comportamento dos
transformadores, respetivamente:
dΦ
e = −N (2.1)
dt
Descreve como uma variação no fluxo magnético através de uma bobina induz uma força eletro-
motriz, um princípio-chave na operação de transformadores.
Idl · r̂
Z
µ0
B= (2.2)
4π r2
É fundamental para calcular o campo magnético gerado por correntes em configurações com-
plexas, impactando diretamente no design dos enrolamentos do transformador.
B l 1
Hl = l=ϕ = ϕR = ϕ = N I (2.3)
µ µA P
Esta equação é crucial para projetar a geometria do núcleo e determinar as propriedades mag-
néticas necessárias para minimizar as perdas no núcleo e otimizar a eficiência do transformador.
A integração destas equações é essencial para o entendimento e desenvolvimento de transfor-
madores eficientes e de alta potência. Estes princípios físicos são cruciais para entender como as
alterações no número de chapas e espiras influenciam a densidade de fluxo do transformador, man-
tendo ou aumentando as suas perdas no ferro, o que resulta na procura de uma conceção eficiente
simultaneamente à redução do volume.
[2]
1
Método dos Volumes Finitos
3 Transformador Ideal
Para aprofundar a análise do problema proposto, investigamos o modelo de um transformador
ideal, que serve como um ponto de referência teórico para entender o comportamento eletromag-
nético sem as perdas inerentes aos sistemas reais. No transformador ideal, o acoplamento eletro-
magnético é perfeito, o que significa que não há perdas de energia ou diferenças de tensão/MMF nos
circuitos. Consequentemente, o fluxo magnético de magnetização é o único fluxo presente. [5] [4]
Figure 1: plano xy do trnasformador (Fonte: EIEN20 Design of Electrical Machines, IEA, 2016).
A força magnetomotriz (MMF) é análoga à força eletromotriz (EMF) para circuitos magnéticos,
impulsionando o fluxo magnético. As equações elétricas num transformador ideal são dadas por:
(
u1 = N1 dϕ
dt
dϕ (3.2)
u2 = N2 dt
E as relações magnéticas ideais são representadas por:
(
ϕ = P N1 i1
(3.3)
ϕ = P N2 i2
2
Método dos Volumes Finitos
No modelo ideal, a MMF primária é contrabalançada pela MMF secundária, com o fluxo mag-
nético atuando como meio de transferência de energia. A indução eletromotriz no primário é, por-
tanto, igual à tensão aplicada. A eficiência é otimizada pelo ajuste do número de espiras, conforme
o coeficiente de transformação "n", que reflete o equilíbrio de potência instantânea:
N2 i1
n= = (3.4)
N1 i2
Quando uma impedância Z2 é conectada ao secundário, a impedância refletida Z1 nos terminais
primários é:
1
Z1 = Z2 (3.5)
n2
Este comportamento ilustra a capacidade dos transformadores de adaptar impedâncias, facili-
tando a correspondência de impedância entre circuitos.
4 Transformador Real
Em condições práticas, as características de um transformador real diferem significativamente
das de um modelo ideal. Resistências de enrolamento e imperfeições na acoplagem magnética
contribuem para efeitos como a fuga magnética, que é quantificada pelo coeficiente de acoplagem k.
Este coeficiente mede a eficiência do acoplamento entre as bobinas do transformador e é crítico para
o cálculo das indutâncias de fuga e mútua, conforme demonstrado nas seguintes equações: [3] [4]
N1 N2
L1 = Lσ1 + M, L2 = Lσ2 + M (4.1)
N2 N1
Estas equações adaptam o modelo do transformador ideal para refletir as ineficiências do mundo
real, introduzindo os conceitos de indutância de fuga Lσ e indutância mútua M . O ajuste das
equações elétricas e magnéticas para acomodar estes fatores é fundamental para a análise e projeto
de transformadores eficientes e confiáveis:
(
u1 = R1 i1 + Lσ1 didt1 − M d
n dt (i1 − ni2 ), (4.2)
u2 = −R2 i2 − Lσ2 didt2 + M dtd
(i1 − ni2 ).
A compreensão destas relações permite a engenheiros e cientistas otimizar o design de trans-
formadores para aplicações específicas, garantindo que a eficiência e a funcionalidade não sejam
comprometidas pela realidade dos materiais e construção.
3
4.1 Comparação Ideal vs Real Método dos Volumes Finitos
4
Método dos Volumes Finitos
5 Descritização do Problema
O problema proposto refere-se ao dimensionamento e análise de um transformador monofásico
de 230/110V e 2kVA utilizando o método de elementos finitos no software FEMM. O transformador
é composto por chapas com 0.5mm de espessura de aço Perminvar (45% Ni - 25% Co) e os enrola-
mentos são feitos com cobre de seção circular, com diâmetros de 1.8mm no primário e de 2.6mm no
secundário. São considerados fatores de enchimento de 0.97 para as chapas e de 0.5 para o cobre.
Devido à curva de magnetização média do material magnético utilizado, teve-se em consideração
o valor máximo de 1.4 T para o valor de pico da densidade de fluxo magnético, assim a distorção
harmónica da corrente no vazio será minimizada. inclui-mos as interações que nos levaram ao mel-
hor número de espiras, ajuste das dimensões do transformador, determinação da corrente em vazio,
perdas no ferro, rendimento do transformador, e a indutância de fugas do primário e do secundário.
Por último a corrente nominal no primário será de 8.7A e no secundário de 17.4A, e a temperatura
de simulação de 60ºC.
Ntrans · t
Df e = (5.1)
ff
Sendo, Ntrans o número de chapas, t a espessura das chapas e f f o fator de enchimento.
Conclui-se que para o número de chapas fixo em 180, a profundidade do circuito magnético será
sempre de:
180 · 0.5
Df e = = 92.8mm
0.97
As restantes dimensões são dadas e fixas:
5
5.2 Dimensionamento com um número de chapas variável Método dos Volumes Finitos
Sendo Itrans = 192mm, If e = 64mm, Icu = 32mm. htrans = 160mm, hcu = 96mm;
6
Método dos Volumes Finitos
6 Implementação em Matlab
Nesta secção analisá-mos o código desenvolvido. Este foi projetado para correr uma vasta
dimensão de combinações de números de chapas e de espiras, para melhor compreensão da influência
das dimensões do transformador no output do mesmo.
6.1 Inicialização
clear all
clc
Dentro desta subsecção ocorre 2 loops "f or", que irão "varrer" todas as combinações possíveis
dentro dos intervalos pretendidos.
7
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos
A_cu=N_1*pi*(1.8^2);
L_cu=sqrt(A_cu/3);
H_cu=3*L_cu;
H_trans=(L_fe)+H_cu;
L_trans=(2*L_fe)+(2*L_cu);
aux=(2*D_fe)+(2*L_fe)+(2*pi*(L_cu/4));
aux2=(pi*(1.8^2))/4;
R_1=N_1*((8.96*(10^-3))/1000)*(aux/aux2);
aux3=(2*D_fe)+(2*L_fe)+(2*pi*3*(L_cu/4));
aux4=(pi*(2.6^2))/4;
R_2=N_2*((8.96*(10^-3))/1000)*(aux3/aux4);
Iniciando outro loop "f or", irá calcular os parâmetros relacionados com o dimensionamento do
transformador, imprimindo de inicio no workspace o número da interação em que se encontra o
loop, inicializa posteriormente a variável N1 , que diz respeito ao número de espiras no primário.
De seguida, calcula então com base na equação 5.1, da secção 5, a profundidade do transformador.
Seguidamente determina a profundidade do núcleo de ferro "Lf e " 6.1, o número de espiras no
enrolamento secundário "N2 " 6.2, a área da secção transversal do fio de cobre para o enrolamento
primário "Acu " 6.3, assumindo um diâmetro do fio de cobre de 1.8mm, calcula ainda a largura do
enrolamento de cobre "Lcu ", 6.4, a altura do enrolamento de cobre "Htrans 6.6 e o comprimento total
das bobinas "Ltrans " 6.7. Por fim calcula ainda as resistências do primário "R1 " 6.8 e secundário
"R2 " 6.9, com base na resistividade do material 8.96 · 10− 3 ohm-metro.
Df e
Lf e = (6.1)
1.5
N1
N2 = (6.2)
2
Lcu
!
8.96 × 10−3
2Dfe + 2Lfe + 2π
R1 = N1 π(1.8)2
4
(6.8)
1000
4
Lcu
!
8.96 × 10−3 2Dfe + 2Lfe + 2π · 3
R2 = N2 π(2.6)2
4
(6.9)
1000
4
8
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos
% geometria
%ar
mi_drawrectangle(0,0,(L_trans/2)+L_cu,(H_trans/2)+L_cu)
%transformador
mi_drawrectangle(0,0,(L_trans/2),(H_trans/2))
mi_drawrectangle((L_fe/2),0,(L_fe/2)+L_cu,(H_cu/2))
mi_addnode((L_fe/2)+(L_cu/2),0)
mi_addnode((L_fe/2)+(L_cu/2),(H_cu/2))
mi_addsegment((L_fe/2)+(L_cu/2),0,(L_fe/2)+(L_cu/2),(H_cu/2))
% fronteiras e materiais
mi_selectsegment(0,(L_fe/2)+(H_cu/2)+L_cu-2);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();
mi_selectsegment(0,2);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();
mi_selectsegment(4,(L_fe/2)+(H_cu/2)+L_cu-1);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();
mi_selectsegment((L_trans/2)+L_cu,4);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();
mi_addblocklabel((L_fe/4),(H_trans/2)+(L_cu/2));
mi_selectlabel((L_fe/4),(H_trans/2)+(L_cu/2));
mi_setblockprop(’Air’,1,0.1,’<None>’,0,0,0);
mi_clearselected();
mi_addblocklabel((L_fe/4),(H_trans/4));
mi_selectlabel((L_fe/4),(H_trans/4));
mi_setblockprop(’Perminvar (45% Ni - 25% Co)’,1,0.1,’<None>’,0,0,0);
mi_clearselected();
mi_addblocklabel((L_fe/2)+(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_selectlabel((L_fe/2)+(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_setblockprop(’1.8mm’,1,0.1,’primario’,0,0,N_1/2);
9
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos
mi_clearselected();
mi_addblocklabel((L_fe/2)+3*(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_selectlabel((L_fe/2)+3*(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_setblockprop(’2.6mm’,1,0.1,’secundario’,0,0,N_2/2);
mi_clearselected();
X0=mo_getpointvalues(0,0);
B=abs(X0(3));
if B>1.4
I_1=0.98*I_1;
elseif B<1.36
I_1=1.01*I_1;
elseif 1.36<B<1.4
break
end
Este loop executa ajustes de simulação iterativos dentro do FEMM para afinar a corrente na
bobina primária de um transformador, visando alcançar uma densidade de fluxo magnético es-
pecífica, isto é entre 1.36T e 1.4T num determinado ponto. Este processo espelha o princípio
eletromagnético fundamental descrito pela Lei de Biot-Savart 2.2.
10
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos
X2=mo_getcircuitproperties(’secundario’);
U2=4*X2(2);
Psi2=4*abs(X2(3));
V1=sqrt((imag(U1)^2)+((R_1*I_1)^2));
O script realiza ajustes na tensão primária do transformador e no número de espiras para manter
a tensão dentro de um intervalo específico. Utiliza propriedades do circuito para calcular a tensão
com base na parte imaginária da tensão induzida, resistência e corrente. Dependendo do valor
calculado da tensão, o script ajusta iterativamente o número de espiras no transformador e na
bobina primária, aumentando ou diminuindo conforme necessário para alcançar uma tensão alvo
entre valores pré-definidos, considerando se o número da iteração é par ou ímpar.
Aqui calcula e exibe a corrente no vazio e as perdas no ferro do transformador quando operado
sem carga. Primeiro, imprime o valor da corrente no vazio. Em seguida, define o modo de edição
para ’área’, seleciona a área correspondente ao núcleo de ferro do transformador usando coordenadas
específicas, e calcula as perdas no ferro multiplicando por 4 o resultado da integral de bloco, que é
uma medida das perdas energéticas naquela área selecionada. Finalmente, exibe as perdas no ferro
no vazio em watts.
11
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos
I_2=17.4;
X1=mo_getcircuitproperties(’primario’);
12
6.3 Apresentação de Resultados Método dos Volumes Finitos
U1=4*X1(2);
V1=sqrt((imag(U1)^2)+((R_1*I_1)^2));
Psi1=4*abs(X1(3));
X2=mo_getcircuitproperties(’secundario’);
U2=4*X2(2);
V2=sqrt((imag(U2)^2)+((R_2*I_2)^2));
Psi2=4*abs(X2(3));
perdas1=R_1*(I_1^2);
perdas2=R_2*(I_2^2);
rendimento=(V2*I_2)/((V2*I_2)+(perdas1+perdas2+Perdas_no_ferro));
efficiency_results(N_trans_index, N_1_index) = rendimento;
iron_losses_results(N_trans_index, N_1_index) = Perdas_no_ferro;
13
6.4 Representação gráfica dos resultados Método dos Volumes Finitos
subplot(1, 2, 2);
surf(N_1_range, N_trans_range, iron_losses_results);
xlabel(’Number of Turns (N_1)’);
ylabel(’Number of Sheets (N_trans)’);
zlabel(’Iron Losses’);
title(’Iron Losses vs Number of Turns and Sheets’);
Por fim, são criados duas representações gráficas dos resultados, tanto da eficiência do transfor-
mador como das perdas no ferro, isto em função do número de espiras e de chapas.
7 Resultados e Análise
7.1 Primeira Simulação
Na primeira simulação começámos por seguir com o sugerido, isto é, começar num número de
180 chapas e 300 espiras, no entanto usámos intervalos de chapas entre 180 e 300, e para as espiras
entre 300 e 500, para ter uma melhor noção de como se comportava o transformador.
14
7.1 Primeira Simulação Método dos Volumes Finitos
15
7.2 Segunda Simulação Método dos Volumes Finitos
16
7.2 Segunda Simulação Método dos Volumes Finitos
Comparando com os gráficos anteriores, a tendência geral parece ser consistente: a eficiência
aumenta até um certo ponto com o diminuição de espiras e aumento das chapas, enquanto as perdas
no ferro também aumentam com o número de chapas. No entanto, a subida e a descida da eficiência
entre as espiras 100 e 150 podem ser devidas a vários fatores. Uma possível explicação poderia ser
a saturação magnética do núcleo do transformador, ao aumentar o número de espiras, inicialmente
pode-se ter um aumento na eficiência devido a uma melhor capacidade de indução até que o núcleo
atinja a sua saturação magnética. Após esse ponto, adicionar mais espiras pode não resultar num
aumento significativo da indução magnética e, de fato, pode começar a reduzir a eficiência devido a
perdas adicionais, como perdas por corrente parasita ou histerese no núcleo de ferro.
17
7.3 Resultados para o dimensionamento Inicial Método dos Volumes Finitos
Figure 11: Densidade de fluxo para 180 chapas e 300 espiras (Fonte: FEMM).
18
7.4 Resultados para a melhor combinação Método dos Volumes Finitos
O mapa de densidade de fluxo magnético 11 representa a operação normal, com linhas de fluxo
densas e uniformes no núcleo, correspondendo a uma operação sob condições nominais com uma
distribuição equilibrada de fluxo magnético. o mapa 12, mostra a condição de corrente no vazio, tem
linhas de fluxo significativamente menos densas, que indicam menor magnetização do núcleo. Isto
é esperado, pois no vazio o transformador tem menor corrente a circular, levando a uma densidade
de fluxo magnético reduzida.
Adicionalmente foram retirados os seguintes dados obtidos pelo script: Com os valores da cor-
rente no vazio:
1. Corrente no vazio: 1.321291e+00 A
2. Perdas no ferro no vazio: 1.147763e+01 W
3. Indutancia de fugas no primário: 2.187042e-03 H
4. Indutancia de fuga no secundário: 3.798736e-04 H
Com os valores nominais das correntes:
1. Tensão no primário: 4.642028e+02 V
2. Fluxo no Primário: 1.477617e+00 Wb
3. Tensão no secundário: 2.296341e+02 V
4. Fluxo no secundário: 7.309525e-01 Wb
5. Rendimento do transformador: 9.891572e+01
Figure 13: Densidade de fluxo para 350 chapas e 150 espiras (Fonte: FEMM).
19
7.4 Resultados para a melhor combinação Método dos Volumes Finitos
20
7.5 Distribuição do Campo magnético através do comprimento Método
do núcleo dos
do transformador
Volumes Finitos
Analisando a distribuição dos campos magnéticos de ambos os modelos, podemos retirar que na
caso do modelo da figura 15, apresenta dois picos ao lonog de todo o comprimento do núcleo do
transformador. Já no modelo eficiente 16, apresenta uma distribuição mais uniforme com dois picos
proeminentes, podendo se afirmar como uma configuração de design mais constante.
21
Método dos Volumes Finitos
8 Discussão de Resultados
Os resultados da simulação indicam que, em regime de corrente no vazio, o modelo otimizado
para eficiência exibe indutâncias de fugas reduzidas tanto no primário quanto no secundário, apesar
de um ligeiro aumento nas perdas no ferro. Quando operando com correntes nominais, o mesmo
modelo demonstra melhor performance, evidenciada por tensões e fluxos mais favoráveis e um
rendimento aprimorado. Este comportamento reforça a importância de um equilíbrio entre a mini-
mização de indutâncias de fugas e o manejo adequado de perdas no ferro para otimizar o rendimento
do transformador.
9 Conclusão
Este trabalho constitui uma análise detalhada na otimização de um transformador monofásico
através de simulações de elementos finitos, focando-se no desempenho e em aspectos críticos como a
densidade de fluxo e as perdas no núcleo. Destacou-se a busca por um ponto ótimo entre o número
de chapas e espiras para maximizar a eficiência, reduzindo as perdas. As simulações, apesar de
limitadas pelo tempo computacional, resultaram num rendimento impressionante de 99.19% e um
entendimento mais profundo das operações e da otimização de transformadores. O projeto atingiu
os seus objetivos delineados, confirmando a eficácia do design e da metodologia implementada.
22
References
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