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Dimensionamento de um Transformador

Monofásico

2º Ciclo Engenharia Eletromecânica

Unidade Curricular: Eletromecânica Computacional


Módulo: Volumes Finitos em Eletrotécnia
(1 ºAno /1º Semestre)

David F. R. Alves M13932


Simão M. Lopes M13978

Covilhã
Janeiro 2024
Contents Método dos Volumes Finitos

Contents
1 Abstrato 1

2 Introdução 1

3 Transformador Ideal 2

4 Transformador Real 3
4.1 Comparação Ideal vs Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

5 Descritização do Problema 5
5.1 Dimensionamento do transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.1.1 Dimensionamento com um número de chapas fixas . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.2 Dimensionamento com um número de chapas variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

6 Implementação em Matlab 7
6.1 Inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.2 Iteração sobre possíveis configurações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.2.1 Parametrização do dimensionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6.2.2 Implementação da geometria no FEMM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.2.3 Ajuste da corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.2.4 Ajuste da tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.2.5 Corrente no vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.2.6 Valores de corrente nominais e indutância de fugas . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.2.7 Rendimento e perdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6.2.8 Melhores resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.3 Apresentação de Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.4 Representação gráfica dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

7 Resultados e Análise 14
7.1 Primeira Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7.2 Segunda Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7.3 Resultados para o dimensionamento Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7.4 Resultados para a melhor combinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7.5 Distribuição do Campo magnético através do comprimento do núcleo do transformador 21

8 Discussão de Resultados 22

9 Conclusão 22

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List of Figures Método dos Volumes Finitos

List of Figures
1 plano xy do trnasformador (Fonte: EIEN20 Design of Electrical Machines, IEA,
2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Campo magnético de um transformador monofásico; (Fonte: Modelação de um Trans-
formador de Corrente no FEMM). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Circuito de um Transformador monofásico ideal (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4 Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5 Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
6 Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical
Machines, IEA, 2016). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
7 Primeira Simulação - Rendimento(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8 Primeira Simulação - Perdas no ferro(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . 15
9 Segunda Simulação - Rendimento(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
10 Segunda Simulação - Perdas no ferro(Fonte: MATLAB). . . . . . . . . . . . . . . . . 17
11 Densidade de fluxo para 180 chapas e 300 espiras (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . 18
12 Densidade de fluxo para corrente no vazio (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . . . . . 18
13 Densidade de fluxo para 350 chapas e 150 espiras (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . 19
14 Densidade de fluxo para corrente no vazio (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . . . . . . 20
15 Distribuição do campo magnético do modelo inicial (Fonte: FEMM). . . . . . . . . . 21
16 Distribuição do campo magnético do modelo eficiente (Fonte: FEMM). . . . . . . . 21

iii
Método dos Volumes Finitos

1 Abstrato
Este estudo apresenta uma análise detalhada e o dimensionamento de um transformador monofásico,
utilizando o método de elementos finitos para alcançar um desempenho ótimo e eficiente. Foi pro-
jetado especificamente para um "output rating" de 230/110V e 2KVA. Através da aplicação do
software Finite Element Method Magnetics (FEMM), que é altamente eficaz na resolução de prob-
lemas eletroestáticos e magnetoestáticos planares em baixas frequências, este trabalho conseguiu
precisão elevada na análise dos parâmetros críticos, como a densidade de fluxo magnético e a den-
sidade de corrente. Este trabalho evidencia a importância da simulação computacional no design e
análise de sistemas eletromecânicos, garantindo assim resultados confiáveis e de alta precisão para
o projeto em análise. [1] [5]

2 Introdução
No contexto atual, a demanda por transformadores capazes de operar em alta potência, junta-
mente com a integração de energias renováveis, requer uma abordagem inovadora que incorpore tanto
os princípios físicos fundamentais quanto os conhecimentos adquiridos nas cadeiras de eletrónica de
Potência e Industrial. Neste estudo, exploramos o uso do método de elementos finitos, através
do software FEMM, para a concepção de um transformador monofásico otimizado para 2KVA.
A relação entre a eficiência do transformador e o seu design é fundamentada com a análise das
leis eletromagnéticas consagradas pela física, de forma a compreender as complexas relações entre
corrente, campo magnético e força eletromotriz.
As equações em questão: a Lei de Faraday, a Lei de Biot-Savart e a formulação de Ampère
para circuitos magnéticos, são pilares no dimensionamento e compreensão do comportamento dos
transformadores, respetivamente:


e = −N (2.1)
dt
Descreve como uma variação no fluxo magnético através de uma bobina induz uma força eletro-
motriz, um princípio-chave na operação de transformadores.

Idl · r̂
Z
µ0
B= (2.2)
4π r2
É fundamental para calcular o campo magnético gerado por correntes em configurações com-
plexas, impactando diretamente no design dos enrolamentos do transformador.

B l 1
Hl = l=ϕ = ϕR = ϕ = N I (2.3)
µ µA P
Esta equação é crucial para projetar a geometria do núcleo e determinar as propriedades mag-
néticas necessárias para minimizar as perdas no núcleo e otimizar a eficiência do transformador.
A integração destas equações é essencial para o entendimento e desenvolvimento de transfor-
madores eficientes e de alta potência. Estes princípios físicos são cruciais para entender como as
alterações no número de chapas e espiras influenciam a densidade de fluxo do transformador, man-
tendo ou aumentando as suas perdas no ferro, o que resulta na procura de uma conceção eficiente
simultaneamente à redução do volume.
[2]

1
Método dos Volumes Finitos

3 Transformador Ideal
Para aprofundar a análise do problema proposto, investigamos o modelo de um transformador
ideal, que serve como um ponto de referência teórico para entender o comportamento eletromag-
nético sem as perdas inerentes aos sistemas reais. No transformador ideal, o acoplamento eletro-
magnético é perfeito, o que significa que não há perdas de energia ou diferenças de tensão/MMF nos
circuitos. Consequentemente, o fluxo magnético de magnetização é o único fluxo presente. [5] [4]

ϕ = ϕ12 = ϕ21 (3.1)

Figure 1: plano xy do trnasformador (Fonte: EIEN20 Design of Electrical Machines, IEA, 2016).

A força magnetomotriz (MMF) é análoga à força eletromotriz (EMF) para circuitos magnéticos,
impulsionando o fluxo magnético. As equações elétricas num transformador ideal são dadas por:
(
u1 = N1 dϕ
dt
dϕ (3.2)
u2 = N2 dt
E as relações magnéticas ideais são representadas por:
(
ϕ = P N1 i1
(3.3)
ϕ = P N2 i2

2
Método dos Volumes Finitos

Figure 2: Campo magnético de um transformador monofásico; (Fonte: Modelação de um


Transformador de Corrente no FEMM).

No modelo ideal, a MMF primária é contrabalançada pela MMF secundária, com o fluxo mag-
nético atuando como meio de transferência de energia. A indução eletromotriz no primário é, por-
tanto, igual à tensão aplicada. A eficiência é otimizada pelo ajuste do número de espiras, conforme
o coeficiente de transformação "n", que reflete o equilíbrio de potência instantânea:

N2 i1
n= = (3.4)
N1 i2
Quando uma impedância Z2 é conectada ao secundário, a impedância refletida Z1 nos terminais
primários é:
1
Z1 = Z2 (3.5)
n2
Este comportamento ilustra a capacidade dos transformadores de adaptar impedâncias, facili-
tando a correspondência de impedância entre circuitos.

4 Transformador Real
Em condições práticas, as características de um transformador real diferem significativamente
das de um modelo ideal. Resistências de enrolamento e imperfeições na acoplagem magnética
contribuem para efeitos como a fuga magnética, que é quantificada pelo coeficiente de acoplagem k.
Este coeficiente mede a eficiência do acoplamento entre as bobinas do transformador e é crítico para
o cálculo das indutâncias de fuga e mútua, conforme demonstrado nas seguintes equações: [3] [4]

N1 N2
L1 = Lσ1 + M, L2 = Lσ2 + M (4.1)
N2 N1
Estas equações adaptam o modelo do transformador ideal para refletir as ineficiências do mundo
real, introduzindo os conceitos de indutância de fuga Lσ e indutância mútua M . O ajuste das
equações elétricas e magnéticas para acomodar estes fatores é fundamental para a análise e projeto
de transformadores eficientes e confiáveis:
(
u1 = R1 i1 + Lσ1 didt1 − M d
n dt (i1 − ni2 ), (4.2)
u2 = −R2 i2 − Lσ2 didt2 + M dtd
(i1 − ni2 ).
A compreensão destas relações permite a engenheiros e cientistas otimizar o design de trans-
formadores para aplicações específicas, garantindo que a eficiência e a funcionalidade não sejam
comprometidas pela realidade dos materiais e construção.

3
4.1 Comparação Ideal vs Real Método dos Volumes Finitos

4.1 Comparação Ideal vs Real

Figure 3: Circuito de um Transformador monofásico ideal (Fonte: EIEN20 Design of Electrical


Machines, IEA, 2016).

Figure 4: Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical


Machines, IEA, 2016).

Os dois diagramas representam modelos de transformadores, sendo um ideal e outro real. No


primeiro circuito (ideal), a simplicidade é evidente: só existem as indutâncias de dispersão Lσ1
2 Lσ2 , resistências R1 e R2 , e uma indutância M , dividida pelo quadrado do número de espiras
"n". Este modelo ignora elementos como resistências do núcleo ou capacitâncias, focando apenas
no acoplamento ideal entre as bobinas.
No segundo circuito (real), a complexidade é maior. Além das resistências e indutâncias de
dispersão, incorpora-se um circuito magnético paralelo com uma resistência RC e uma indutância
magnética Lm , representando as perdas no núcleo e a indutância de magnetização. Adicionalmente,
incluem-se as capacitâncias de acoplamento C1 e C2 para representar o efeito das capacitâncias
entre as espiras das bobinas.

4
Método dos Volumes Finitos

A comparação mostra que o modelo real tenta capturar as não-idealidades de um transformador


que não estão presentes no modelo ideal, como as perdas no núcleo e os efeitos capacitivos, que
podem afetar significativamente o desempenho do transformador em operações reais. [6] [7]

5 Descritização do Problema
O problema proposto refere-se ao dimensionamento e análise de um transformador monofásico
de 230/110V e 2kVA utilizando o método de elementos finitos no software FEMM. O transformador
é composto por chapas com 0.5mm de espessura de aço Perminvar (45% Ni - 25% Co) e os enrola-
mentos são feitos com cobre de seção circular, com diâmetros de 1.8mm no primário e de 2.6mm no
secundário. São considerados fatores de enchimento de 0.97 para as chapas e de 0.5 para o cobre.
Devido à curva de magnetização média do material magnético utilizado, teve-se em consideração
o valor máximo de 1.4 T para o valor de pico da densidade de fluxo magnético, assim a distorção
harmónica da corrente no vazio será minimizada. inclui-mos as interações que nos levaram ao mel-
hor número de espiras, ajuste das dimensões do transformador, determinação da corrente em vazio,
perdas no ferro, rendimento do transformador, e a indutância de fugas do primário e do secundário.
Por último a corrente nominal no primário será de 8.7A e no secundário de 17.4A, e a temperatura
de simulação de 60ºC.

5.1 Dimensionamento do transformador


Nesta secção, procedemos ao dimensionamento do transformador, considerando a proposta inicial
que prevê o uso de 180 chapas. Avaliamos também uma configuração alternativa, na qual o número
de chapas é variável, com o objetivo de otimizar a eficiência do transformador. Esta análise permite-
nos compreender detalhadamente como as dimensões do transformador afetam as perdas no ferro e as
indutâncias de fuga, tanto no primário quanto no secundário, contribuindo para o aperfeiçoamento
do design e performance do sistema.

5.1.1 Dimensionamento com um número de chapas fixas


Tendo na presente secção em conta um número de chapas fixas, recorremos à seguinte equação
para o calculo da profundidade do circuito magnético:

Ntrans · t
Df e = (5.1)
ff
Sendo, Ntrans o número de chapas, t a espessura das chapas e f f o fator de enchimento.
Conclui-se que para o número de chapas fixo em 180, a profundidade do circuito magnético será
sempre de:
180 · 0.5
Df e = = 92.8mm
0.97
As restantes dimensões são dadas e fixas:

5
5.2 Dimensionamento com um número de chapas variável Método dos Volumes Finitos

Figure 5: Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical


Machines, IEA, 2016).

Figure 6: Circuito de um Transformador monofásico real (Fonte: EIEN20 Design of Electrical


Machines, IEA, 2016).

Sendo Itrans = 192mm, If e = 64mm, Icu = 32mm. htrans = 160mm, hcu = 96mm;

5.2 Dimensionamento com um número de chapas variável


Em suma, é do nosso interesse estudar a melhor combinação possível do número de chapas e
espiras em procura do melhor rendimento do transformador, assim Desenvolve-mos o script em
MATLAB 6.2.1, para implementar isso mesmo. Podendo assim analisar mais aprofundadamente
gráficos tridimensionais presentes na secção 7 e perceber como o rendimento se comporta.

6
Método dos Volumes Finitos

6 Implementação em Matlab
Nesta secção analisá-mos o código desenvolvido. Este foi projetado para correr uma vasta
dimensão de combinações de números de chapas e de espiras, para melhor compreensão da influência
das dimensões do transformador no output do mesmo.

6.1 Inicialização
clear all
clc

% Define ranges for N_trans and N_1


N_trans_range = 180:10:300;
N_1_range = 300:10:500;

% Initialize variables to store the best results


best_N_trans = 0;
best_N_1 = 0;
min_iron_losses = Inf;
best_efficiency = 0;

efficiency_results = zeros(length(N_trans_range), length(N_1_range));


iron_losses_results = zeros(length(N_trans_range), length(N_1_range));

Focá-mos o desenvolvimento do programa na procura dos melhores resultados possíveis, assim


sendo, ao iniciar o programa definimos os valores de chapas e espiras como um intervalo, o número
de chapas a variar entre 180 e 300, e o número de espiras no primário entre 300 e 500. De forma a
diminuir a computação do script, esse intervalo terá saltos de 10 unidades. Inicia-mos também, 4
variáveis de interesse a analisar: o mínimo de perdas no ferro, a maior eficiência e para que valores
de chapas e espiras essas situações acontecem.

6.2 Iteração sobre possíveis configurações


for N_trans_index = 1:length(N_trans_range)
N_trans = N_trans_range(N_trans_index);
for N_1_index = 1:length(N_1_range)
N_1 = N_1_range(N_1_index);

Dentro desta subsecção ocorre 2 loops "f or", que irão "varrer" todas as combinações possíveis
dentro dos intervalos pretendidos.

6.2.1 Parametrização do dimensionamento


for i=1:100
fprintf(’teste nº%d\n’,i)
I_1=1;
D_fe=(N_trans*0.5)/0.97;
L_fe=D_fe/1.5;
N_2=N_1/2;

7
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos

A_cu=N_1*pi*(1.8^2);
L_cu=sqrt(A_cu/3);
H_cu=3*L_cu;

H_trans=(L_fe)+H_cu;
L_trans=(2*L_fe)+(2*L_cu);

aux=(2*D_fe)+(2*L_fe)+(2*pi*(L_cu/4));
aux2=(pi*(1.8^2))/4;
R_1=N_1*((8.96*(10^-3))/1000)*(aux/aux2);

aux3=(2*D_fe)+(2*L_fe)+(2*pi*3*(L_cu/4));
aux4=(pi*(2.6^2))/4;
R_2=N_2*((8.96*(10^-3))/1000)*(aux3/aux4);

Iniciando outro loop "f or", irá calcular os parâmetros relacionados com o dimensionamento do
transformador, imprimindo de inicio no workspace o número da interação em que se encontra o
loop, inicializa posteriormente a variável N1 , que diz respeito ao número de espiras no primário.
De seguida, calcula então com base na equação 5.1, da secção 5, a profundidade do transformador.
Seguidamente determina a profundidade do núcleo de ferro "Lf e " 6.1, o número de espiras no
enrolamento secundário "N2 " 6.2, a área da secção transversal do fio de cobre para o enrolamento
primário "Acu " 6.3, assumindo um diâmetro do fio de cobre de 1.8mm, calcula ainda a largura do
enrolamento de cobre "Lcu ", 6.4, a altura do enrolamento de cobre "Htrans 6.6 e o comprimento total
das bobinas "Ltrans " 6.7. Por fim calcula ainda as resistências do primário "R1 " 6.8 e secundário
"R2 " 6.9, com base na resistividade do material 8.96 · 10− 3 ohm-metro.

Df e
Lf e = (6.1)
1.5
N1
N2 = (6.2)
2

Acu = N1 · pi · (1.82 ) (6.3)


r
Ac u
Lcu = (6.4)
3

Hcu = 3 · Lcu (6.5)

Htrans = Lf e + Hcu (6.6)

Ltrans = 2Lf e + 2Lcu (6.7)

Lcu
!
8.96 × 10−3
 
2Dfe + 2Lfe + 2π
R1 = N1 π(1.8)2
4
(6.8)
1000
4
Lcu
!
8.96 × 10−3 2Dfe + 2Lfe + 2π · 3
 
R2 = N2 π(2.6)2
4
(6.9)
1000
4

8
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos

6.2.2 Implementação da geometria no FEMM


addpath(’C:\path\to\femm42\mfiles’);
opendocument(’TESTE.FEM’)
mi_selectgroup(0);
mi_deleteselected;
mi_probdef(50,’millimeters’,’planar’,1E-8,D_fe,30);

% geometria

%ar
mi_drawrectangle(0,0,(L_trans/2)+L_cu,(H_trans/2)+L_cu)
%transformador
mi_drawrectangle(0,0,(L_trans/2),(H_trans/2))
mi_drawrectangle((L_fe/2),0,(L_fe/2)+L_cu,(H_cu/2))
mi_addnode((L_fe/2)+(L_cu/2),0)
mi_addnode((L_fe/2)+(L_cu/2),(H_cu/2))
mi_addsegment((L_fe/2)+(L_cu/2),0,(L_fe/2)+(L_cu/2),(H_cu/2))

% fronteiras e materiais
mi_selectsegment(0,(L_fe/2)+(H_cu/2)+L_cu-2);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();

mi_selectsegment(0,2);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();

mi_selectsegment(4,(L_fe/2)+(H_cu/2)+L_cu-1);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();

mi_selectsegment((L_trans/2)+L_cu,4);
mi_setsegmentprop(’Vertical’,0,0,0,0);
mi_clearselected();

mi_addblocklabel((L_fe/4),(H_trans/2)+(L_cu/2));
mi_selectlabel((L_fe/4),(H_trans/2)+(L_cu/2));
mi_setblockprop(’Air’,1,0.1,’<None>’,0,0,0);
mi_clearselected();

mi_addblocklabel((L_fe/4),(H_trans/4));
mi_selectlabel((L_fe/4),(H_trans/4));
mi_setblockprop(’Perminvar (45% Ni - 25% Co)’,1,0.1,’<None>’,0,0,0);
mi_clearselected();

mi_addblocklabel((L_fe/2)+(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_selectlabel((L_fe/2)+(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_setblockprop(’1.8mm’,1,0.1,’primario’,0,0,N_1/2);

9
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos

mi_clearselected();

mi_addblocklabel((L_fe/2)+3*(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_selectlabel((L_fe/2)+3*(L_cu/4),(H_cu/4));
mi_setblockprop(’2.6mm’,1,0.1,’secundario’,0,0,N_2/2);
mi_clearselected();

Nesta secção, apresenta-se o script para o desenvolvimento da geometria do transformador no


ambiente do Método dos Elementos Finitos Magnéticos (FEMM). Inicialmente, configura-se o espaço
de trabalho para operar a uma frequência de 50 Hz, com dimensões especificadas em milímetros,
e o problema é definido como planar, indicando uma análise bidimensional. A precisão requerida
para a simulação é estabelecida, juntamente com a profundidade, que é variável e dependente do
número de chapas e espiras incorporados no design.
Subsequentemente, a geometria do transformador é meticulosamente construída com base nas
dimensões derivadas na Secção 6.2.1. Isto inclui a delimitação detalhada das fronteiras e a especi-
ficação dos materiais envolvidos. Esta abordagem sistemática assegura a representação precisa da
estrutura física do transformador e das suas propriedades eletromagnéticas, facilitando uma análise
abrangente do seu desempenho no âmbito do FEMM.

6.2.3 Ajuste da corrente


% Ajuste da corrente
for z=1:100
mi_modifycircprop(’primario’,1,I_1);
mi_modifycircprop(’secundario’,1,0);
mi_analyze(1)
mi_loadsolution()

X0=mo_getpointvalues(0,0);
B=abs(X0(3));

if B>1.4
I_1=0.98*I_1;
elseif B<1.36
I_1=1.01*I_1;
elseif 1.36<B<1.4
break
end

Este loop executa ajustes de simulação iterativos dentro do FEMM para afinar a corrente na
bobina primária de um transformador, visando alcançar uma densidade de fluxo magnético es-
pecífica, isto é entre 1.36T e 1.4T num determinado ponto. Este processo espelha o princípio
eletromagnético fundamental descrito pela Lei de Biot-Savart 2.2.

6.2.4 Ajuste da tensão


% Ajuste da tensão
X1=mo_getcircuitproperties(’primario’);
U1=4*X1(2);
Psi1=4*abs(X1(3));

10
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos

X2=mo_getcircuitproperties(’secundario’);
U2=4*X2(2);
Psi2=4*abs(X2(3));

V1=sqrt((imag(U1)^2)+((R_1*I_1)^2));

if V1>(sqrt(2)*240) && mod(i,2)~=0


N_trans=N_trans-2;
elseif V1>(sqrt(2)*240) && mod(i,2)==0
N_1=N_1-2;
elseif V1<(sqrt(2)*230) && mod(i,2)~=0
N_trans=N_trans+1;
elseif V1<(sqrt(2)*230) && mod(i,2)==0
N_1=N_1+1;
elseif (sqrt(2)*230)<V1<(sqrt(2)*240)
break
end
end

O script realiza ajustes na tensão primária do transformador e no número de espiras para manter
a tensão dentro de um intervalo específico. Utiliza propriedades do circuito para calcular a tensão
com base na parte imaginária da tensão induzida, resistência e corrente. Dependendo do valor
calculado da tensão, o script ajusta iterativamente o número de espiras no transformador e na
bobina primária, aumentando ou diminuindo conforme necessário para alcançar uma tensão alvo
entre valores pré-definidos, considerando se o número da iteração é par ou ímpar.

6.2.5 Corrente no vazio


%corrente no vazio
fprintf(’Corrente no vazio: %d A\n’,I_1)
%perdas no ferro no vazio
mo_seteditmode(’area’);
mo_selectblock((L_fe/4),(H_trans/4));
Perdas_no_ferro=4*mo_blockintegral(6);
mo_selectblock((L_fe/4),(H_trans/4));
fprintf(’Perdas no ferro no vazio: %d W\n’,Perdas_no_ferro)

Aqui calcula e exibe a corrente no vazio e as perdas no ferro do transformador quando operado
sem carga. Primeiro, imprime o valor da corrente no vazio. Em seguida, define o modo de edição
para ’área’, seleciona a área correspondente ao núcleo de ferro do transformador usando coordenadas
específicas, e calcula as perdas no ferro multiplicando por 4 o resultado da integral de bloco, que é
uma medida das perdas energéticas naquela área selecionada. Finalmente, exibe as perdas no ferro
no vazio em watts.

6.2.6 Valores de corrente nominais e indutância de fugas


%Aplica-se os valores nominais
I_1=8.7;

11
6.2 Iteração sobre possíveis configurações Método dos Volumes Finitos

I_2=17.4;

% indutancia de fugas primário


mi_setcurrent(’primario’,I_1);
mi_setcurrent(’secundario’,0);
mi_analyze(1)
mi_loadsolution()
X1=mo_getcircuitproperties(’primario’);
Psil=4*abs(X1(3));
X2=mo_getcircuitproperties(’secundario’);
Psi2=4*abs(X2(3));
aux1=Psil/N_1;
aux2=Psi2/N_2;
aux3=abs(aux1-aux2);
Lf_1=(aux3*N_1)/I_1;
fprintf(’Indutancia de fugas no primário: %d H\n’,Lf_1)

% indutancia de fugas secundário


mi_setcurrent(’primario’,0);
mi_setcurrent(’secundario’,I_2);
mi_analyze(1)
mi_loadsolution()
X1=mo_getcircuitproperties(’primario’);
Psil=4*abs(X1(3));
X2=mo_getcircuitproperties(’secundario’);
Psi2=4*abs(X2(3));
aux1=Psil/N_1;
aux2=Psi2/N_2;
aux3=abs(aux1-aux2);
Lf_2=(aux3*N_2)/I_2;
fprintf(’Indutancia fugas no secundário: %d H\n’,Lf_2)

Este script calcula a indutância de fugas no primário e no secundário de um transformador


aplicando correntes nominais. Primeiro, aplica-se a corrente nominal ao primário I1 ) e zero ao
secundário, executa a análise magnética, e calcula a indutância de fugas primária Lf1 baseando-
se nas propriedades do circuito. Em seguida, aplica-se a corrente nominal ao secundário I2 , com
zero no primário, executa novamente a análise, e calcula a indutância de fugas secundária Lf2 .
A indutância de fugas é calculada usando a diferença absoluta das fluxoligações por espira entre
primário e secundário, ajustada pela contagem de espiras e corrente aplicada.

6.2.7 Rendimento e perdas


%rendimento
mi_modifycircprop(’primario’,1,I_1);
mi_modifycircprop(’secundario’,1,I_2);
mi_analyze(1)
mi_loadsolution()

X1=mo_getcircuitproperties(’primario’);

12
6.3 Apresentação de Resultados Método dos Volumes Finitos

U1=4*X1(2);
V1=sqrt((imag(U1)^2)+((R_1*I_1)^2));
Psi1=4*abs(X1(3));
X2=mo_getcircuitproperties(’secundario’);
U2=4*X2(2);
V2=sqrt((imag(U2)^2)+((R_2*I_2)^2));
Psi2=4*abs(X2(3));

perdas1=R_1*(I_1^2);
perdas2=R_2*(I_2^2);
rendimento=(V2*I_2)/((V2*I_2)+(perdas1+perdas2+Perdas_no_ferro));
efficiency_results(N_trans_index, N_1_index) = rendimento;
iron_losses_results(N_trans_index, N_1_index) = Perdas_no_ferro;

Calcula o rendimento do transformador aplicando correntes nominais ao primário e ao se-


cundário, fazendo uma análise magnética, e avaliando as perdas e a tensão em ambos as espiras.
Calcula-se o rendimento como a razão entre a potência útil no secundário e a potência total fornecida
ao primário, considerando as perdas por resistência elétrica em ambos as espiras e as perdas no ferro.
Os resultados do rendimento e das perdas no ferro são armazenados em matrizes para análise pos-
terior, permitindo a avaliação do desempenho do transformador sob diferentes configurações de
espiras.

6.2.8 Melhores resultados


if Perdas_no_ferro < min_iron_losses || (Perdas_no_ferro == min_iron_losses && rendimento >
best_N_trans = N_trans;
best_N_1 = N_1;
min_iron_losses = Perdas_no_ferro;
best_efficiency = rendimento;
% Store the results from the best case
best_V1 = V1;
best_Psi1 = Psi1;
best_V2 = V2;
best_Psi2 = Psi2;

Este script compara as perdas no ferro e o rendimento do transformador em diferentes configurações


de espiras. Se as perdas no ferro forem menores que o mínimo registrado anteriormente ou se forem
iguais mas com um rendimento melhor, o script atualiza os melhores valores.

6.3 Apresentação de Resultados


% Display the best overall results
fprintf(’\nBest Results:\n’);
fprintf(’Best N_trans: %d\n’, best_N_trans);
fprintf(’Best N_1: %d\n’, best_N_1);
fprintf(’Minimum Iron Losses: %d W\n’, min_iron_losses);
fprintf(’Best Efficiency: %d%%\n’, 100*best_efficiency);
fprintf(’Best Tensão no primário: %d V\n’, best_V1);
fprintf(’Best Fluxo no primário: %d Wb\n’, best_Psi1);
fprintf(’Best Tensão no secundário: %d V\n’, best_V2);

13
6.4 Representação gráfica dos resultados Método dos Volumes Finitos

fprintf(’Best Fluxo no secundário: %d Wb\n’, best_Psi2);

Nesta secção apresenta os melhores resultados obtidos.

6.4 Representação gráfica dos resultados


subplot(1, 2, 1);
surf(N_1_range, N_trans_range, efficiency_results);
xlabel(’Number of Turns (N_1)’);
ylabel(’Number of Sheets (N_trans)’);
zlabel(’Efficiency’);
title(’Efficiency vs Number of Turns and Sheets’);

subplot(1, 2, 2);
surf(N_1_range, N_trans_range, iron_losses_results);
xlabel(’Number of Turns (N_1)’);
ylabel(’Number of Sheets (N_trans)’);
zlabel(’Iron Losses’);
title(’Iron Losses vs Number of Turns and Sheets’);

Por fim, são criados duas representações gráficas dos resultados, tanto da eficiência do transfor-
mador como das perdas no ferro, isto em função do número de espiras e de chapas.

7 Resultados e Análise
7.1 Primeira Simulação
Na primeira simulação começámos por seguir com o sugerido, isto é, começar num número de
180 chapas e 300 espiras, no entanto usámos intervalos de chapas entre 180 e 300, e para as espiras
entre 300 e 500, para ter uma melhor noção de como se comportava o transformador.

14
7.1 Primeira Simulação Método dos Volumes Finitos

Figure 7: Primeira Simulação - Rendimento(Fonte: MATLAB).

Figure 8: Primeira Simulação - Perdas no ferro(Fonte: MATLAB).

15
7.2 Segunda Simulação Método dos Volumes Finitos

Os dois gráficos apresentam a eficiência e as perdas no ferro do transformador na primeira


simulação em relação ao número de espiras e de chapas. No gráfico da eficiência, observa-se que a
eficiência aumenta com o número de espiras e de chapas até certo ponto, após o qual o ganho de
eficiência se estabiliza ou cresce mais lentamente. No gráfico de perdas no ferro, há uma subida
acentuada à medida que o número de chapas aumenta, indicando que mais chapas de ferro estão
associadas a uma maior histerese e perdas por correntes parasitas, o que diminui a eficiência global.
Esta subida abrupta nas perdas no ferro implica que há um ponto ótimo de compromisso entre a
quantidade de material do núcleo (chapas) e a eficiência, onde adicionar mais chapas não resulta
em melhorias significativas de eficiência e, de fato, pode resultar em perdas excessivas de energia.

7.2 Segunda Simulação


Assim sendo, tentámos procurar mais uma vez com outros intervalos, tendo em conta que a
eficiência subia para um número maior de chapas, expandimos o intervalo até 350, e como adicionar
espiras apenas resultava em perder rendimento, invertemos o intervalo para compreender até que
ponto iria influenciar, assim sendo na segunda simulação decorrerá com um valor de espiras entre
100 e 300.

Figure 9: Segunda Simulação - Rendimento(Fonte: MATLAB).

16
7.2 Segunda Simulação Método dos Volumes Finitos

Figure 10: Segunda Simulação - Perdas no ferro(Fonte: MATLAB).

Comparando com os gráficos anteriores, a tendência geral parece ser consistente: a eficiência
aumenta até um certo ponto com o diminuição de espiras e aumento das chapas, enquanto as perdas
no ferro também aumentam com o número de chapas. No entanto, a subida e a descida da eficiência
entre as espiras 100 e 150 podem ser devidas a vários fatores. Uma possível explicação poderia ser
a saturação magnética do núcleo do transformador, ao aumentar o número de espiras, inicialmente
pode-se ter um aumento na eficiência devido a uma melhor capacidade de indução até que o núcleo
atinja a sua saturação magnética. Após esse ponto, adicionar mais espiras pode não resultar num
aumento significativo da indução magnética e, de fato, pode começar a reduzir a eficiência devido a
perdas adicionais, como perdas por corrente parasita ou histerese no núcleo de ferro.

17
7.3 Resultados para o dimensionamento Inicial Método dos Volumes Finitos

7.3 Resultados para o dimensionamento Inicial

Figure 11: Densidade de fluxo para 180 chapas e 300 espiras (Fonte: FEMM).

Figure 12: Densidade de fluxo para corrente no vazio (Fonte: FEMM).

18
7.4 Resultados para a melhor combinação Método dos Volumes Finitos

O mapa de densidade de fluxo magnético 11 representa a operação normal, com linhas de fluxo
densas e uniformes no núcleo, correspondendo a uma operação sob condições nominais com uma
distribuição equilibrada de fluxo magnético. o mapa 12, mostra a condição de corrente no vazio, tem
linhas de fluxo significativamente menos densas, que indicam menor magnetização do núcleo. Isto
é esperado, pois no vazio o transformador tem menor corrente a circular, levando a uma densidade
de fluxo magnético reduzida.
Adicionalmente foram retirados os seguintes dados obtidos pelo script: Com os valores da cor-
rente no vazio:
1. Corrente no vazio: 1.321291e+00 A
2. Perdas no ferro no vazio: 1.147763e+01 W
3. Indutancia de fugas no primário: 2.187042e-03 H
4. Indutancia de fuga no secundário: 3.798736e-04 H
Com os valores nominais das correntes:
1. Tensão no primário: 4.642028e+02 V
2. Fluxo no Primário: 1.477617e+00 Wb
3. Tensão no secundário: 2.296341e+02 V
4. Fluxo no secundário: 7.309525e-01 Wb
5. Rendimento do transformador: 9.891572e+01

7.4 Resultados para a melhor combinação

Figure 13: Densidade de fluxo para 350 chapas e 150 espiras (Fonte: FEMM).

19
7.4 Resultados para a melhor combinação Método dos Volumes Finitos

Figure 14: Densidade de fluxo para corrente no vazio (Fonte: FEMM).

Os mapas de densidade de fluxo otimizados para um maior rendimento mostram as linhas


de densidade no caso da figura 13 uma concentração altíssima em torno do núcleo, diminuindo
residualmente em ambos os cantos, o que seria de esperar devido à secção transversal das espiras, j+a
na figura 14, em comparação ao mapa de fluxo no vazio da figura 12, apresenta uma densidade muito
mais fraca, sugerindo que o núcleo não se encontra saturado magneticamente e consequentemente
não produzindo perdas tão significativas.

1. Corrente no vazio: 2.704814e+00 A

2. Perdas no ferro no vazio: 2.510114e+01 W

3. Indutancia de fugas no primário: 6.600221e-05 H

4. Indutancia de fuga no secundário: 1.672284e-05 H

Com os valores nominais das correntes:

1. Tensão no primário: 5.932815e+02 V

2. Fluxo no Primário: 1.888787e+00 Wb

3. Tensão no secundário: 2.966423e+02 V

4. Fluxo no secundário: 9.443981e-01 Wb

5. Rendimento do transformador: 9.918765e+01

20
7.5 Distribuição do Campo magnético através do comprimento Método
do núcleo dos
do transformador
Volumes Finitos

7.5 Distribuição do Campo magnético através do comprimento do núcleo do


transformador

Figure 15: Distribuição do campo magnético do modelo inicial (Fonte: FEMM).

Figure 16: Distribuição do campo magnético do modelo eficiente (Fonte: FEMM).

Analisando a distribuição dos campos magnéticos de ambos os modelos, podemos retirar que na
caso do modelo da figura 15, apresenta dois picos ao lonog de todo o comprimento do núcleo do
transformador. Já no modelo eficiente 16, apresenta uma distribuição mais uniforme com dois picos
proeminentes, podendo se afirmar como uma configuração de design mais constante.

21
Método dos Volumes Finitos

8 Discussão de Resultados
Os resultados da simulação indicam que, em regime de corrente no vazio, o modelo otimizado
para eficiência exibe indutâncias de fugas reduzidas tanto no primário quanto no secundário, apesar
de um ligeiro aumento nas perdas no ferro. Quando operando com correntes nominais, o mesmo
modelo demonstra melhor performance, evidenciada por tensões e fluxos mais favoráveis e um
rendimento aprimorado. Este comportamento reforça a importância de um equilíbrio entre a mini-
mização de indutâncias de fugas e o manejo adequado de perdas no ferro para otimizar o rendimento
do transformador.

9 Conclusão
Este trabalho constitui uma análise detalhada na otimização de um transformador monofásico
através de simulações de elementos finitos, focando-se no desempenho e em aspectos críticos como a
densidade de fluxo e as perdas no núcleo. Destacou-se a busca por um ponto ótimo entre o número
de chapas e espiras para maximizar a eficiência, reduzindo as perdas. As simulações, apesar de
limitadas pelo tempo computacional, resultaram num rendimento impressionante de 99.19% e um
entendimento mais profundo das operações e da otimização de transformadores. O projeto atingiu
os seus objetivos delineados, confirmando a eficácia do design e da metodologia implementada.

22
References
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[2] Morteza Mikhak Beyranvand, Jawad Faiz, Afshin Rezaei-Zare, and Behrooz Rezaeealam. Elec-
tromagnetic and thermal behavior of a single-phase transformer during ferroresonance consid-
ering hysteresis model of core. International Journal of Electrical Power Energy Systems,
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[3] Morteza Mikhak-Beyranvand, Jawad Faiz, Afshin Rezaei-Zare, and Behrooz Rezaeealam. Elec-
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phase distribution transformer two-dimensional representation with finite element method. 05
2010.

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creation of a transformer spice model using a scripting language. 04 2023.

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