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Fundamentos de Engenharia

Lâmpada de Halógeneo

TP1c

Autor
Sara C. S. Neves
47714 DI

Professor: Fernando J. F. Bento


2023/2024
Contents 1 Introdução
1 Introdução 1 No domínio da iluminação artificial, as
lâmpadas de halogéneo são valorizadas
2 Contextualização Histórica 2 pela sua clareza excecional e durabilidade.
2.1 Surgimento da Técnologia das Emergindo na era dinâmica do século XX,
Lâmpadas de Halogéneo . . . 2 estes dispositivos de iluminação aproveitam
2.2 Primeiras Aplicações e Desen- a natureza reativa dos gases halogéneos
volvimentos . . . . . . . . . . 2 para amplificar o brilho do filamento de
2.3 Outras Tecnologias . . . . . . 3 tungsténio, aumentando assim a sua longevi-
dade funcional e rendimento luminoso.
3 Princípios de Funcionamento 4 A luz emitida pelas lâmpadas de halogéneo
3.1 Como Emitem Luz? . . . . . . 4 é distinta pela sua precisão cromática supe-
3.2 Ciclo de Halogéneo . . . . . . 4 rior, que se assemelha de perto ao espectro da
luz natural diurna, uma característica impre-
4 Características Técnicas 5
scindível para ambientes onde a iluminação
4.1 Fluxo Luminoso . . . . . . . . 5
é uma componente essencial da narrativa vi-
4.2 Intensidade Luminosa . . . . . 5
sual.
4.3 Rendimento Luminoso . . . . 6
Apesar da emergência de LEDs e alterna-
4.4 Índice de Reprodução de Cor 6
tivas de iluminação mais eficientes em ter-
4.5 Temperatura de Cor . . . . . 7
mos energéticos, as lâmpadas de halogéneo
4.6 Vida Útil . . . . . . . . . . . 7
mantêm a sua proeminência pela sua luz in-
5 Aplicações Práticas 7 stantânea e de espectro completo, e pela ca-
5.1 Uso Residencial e Comercial . 7 pacidade de ajustar a luminosidade de forma
5.2 Aplicações Especializadas e fluída.
Industriais . . . . . . . . . . . 8 Enquanto designer, valoriza-se a lâmpada
de halogéneo não apenas pelos seus atributos
6 Anatomia das lâmpadas de técnicos, mas também pelo seu papel na cri-
halogêneo 8 ação de ambientes que cativam os sentidos e
realçam a experiência humana.
7 Vantagens/Desvantagens 9 Este trabalho irá aprofundar as subtilezas
7.1 Benefícios da Iluminação . . . 9 da iluminação de halogéneo, explorando os
7.2 Desvantagens e Potenciais seus méritos fundamentais e técnicos, apli-
Limitações . . . . . . . . . . . 9 cações práticas e o seu estatuto no panorama
7.3 Implicações Ambientais . . . . 9 atual e futuro do design e da sustentabilidade.

8 Conclusão 10

9 Referências 10
Lâmpada de Halógeneo

2 Contextualização
Histórica
2.1 Surgimento da Técnologia
das Lâmpadas de Halogéneo
As lâmpadas de halogéneo, reconhecidas
atualmente pela sua luminosidade intensa
e longevidade acentuada, têm uma origem
histórica notável que se estende até o final do
Figure 2: Elmer Fridrich (Fonte:
século XIX. O percurso inicial desta tecnolo-
https://americanhistory.si.edu/lighting/bios/frid.htm).
gia remonta a 1882, com a primeira patente
de lâmpada utilizando gás halogéneo (cloro).
Entretanto, um avanço significativo na tec-
nologia das lâmpadas de halogéneo foi al-
cançado apenas em meados do século XX.

Figure 3: Emmet Wiley (Fonte:


https://americanhistory.si.edu/lighting/bios/frid.htm).

Figure 1: Primeira lâmpada de halogéneo O trabalho de Fridrich e Wiley, inicial-


(Fonte: https://radianthistory.com/the-first- mente focado em lâmpadas de calor, visava
halogen-lamp/). incrementar a temperatura operacional das
lâmpadas incandescentes, minimizando si-
Em 1955, Elmer Fridrich e Emmet Wi- multaneamente o escurecimento das paredes
ley, introduziram um desenvolvimento rev- do bulbo. A incorporação de iodo resultou
olucionário na tecnologia de lâmpadas in- na produção de uma luz mais intensa e com
candescentes, implementando o uso de iodo aparência mais natural.
como gás halogéneo. Este avanço foi de fun-
damental importância, pois permitiu que as 2.2 Primeiras Aplicações e De-
lâmpadas operassem em temperaturas mais senvolvimentos
elevadas sem o problema recorrente do es-
curecimento das paredes internas do bulbo, Na década de 1960, as lâmpadas de halogé-
um fenómeno comum nas lâmpadas incandes- neo começaram a ser aplicadas em contextos
centes tradicionais da época. práticos, incluindo, por exemplo, na ilumi-
nação das pontas das asas de aeronaves. Em
1959, foi registrada a patente da lâmpada de
halogéneo de extremidade dupla, marcando o

2
2.3 Outras Tecnologias Lâmpada de Halógeneo

início de uma série de melhorias que tornar- especialmente com a introdução das lâm-
iam a tecnologia mais acessível e leve. padas LED, que são mais eficientes em termos
energéticos e emitem menos calor, suplan-
tando gradualmente as lâmpadas de halogé-
neo em muitas aplicações. Este desenvolvi-
mento sublinha a constante inovação na in-
dústria de iluminação e o movimento em di-
reção a soluções mais sustentáveis e eficientes
energeticamente.

2.3 Outras Tecnologias


Em suma as lâmpadas de halogéneo surgi-
ram como uma evolução das lâmpadas incan-
descentes tradicionais.
Comparativamente, as lâmpadas fluores-
centes, que também foram desenvolvidas no
mesmo período, utilizavam um princípio com-
pletamente diferente, baseado na excitação
de gases para produzir luz visível. Eram
mais eficientes que as incandescentes e as de
halogéneo em termos de consumo de energia e
durabilidade, mas tinham desvantagens como
a qualidade da luz e a presença de mercúrio,
um material tóxico.
Por outro lado, as tecnologias emergentes
Figure 4: Patente da lâmpada de halogéneo de LED, embora inicialmente não estivessem
de 1959, (Fonte: tão difundidas devido ao custo e limitações na
https://www.americanhistory.si.edu/lighting produção de luz branca, começaram a gan-
/history/patents/frid1.htm). har terreno devido à sua superior eficiência
energética, vida útil mais longa e menor im-
As lâmpadas de halogéneo distinguem- pacto ambiental.
se pela sua capacidade de alcançar instân- Portanto, as lâmpadas de halogéneo rep-
taneamente a plena luminosidade, além da resentaram um passo intermediário impor-
sua compactação e habilidade em emitir tante na evolução da tecnologia de ilumi-
luz com uma temperatura de cor que se nação, oferecendo melhorias em relação às
aproxima da luz solar natural, quando com- incandescentes, mas sendo gradualmente su-
paradas às lâmpadas de tungsténio stan- peradas pelas alternativas mais sustentáveis
dard. As suas primeiras aplicações práti- e eficientes.
cas abrangeram desde projetores de 8 mm
até iluminação portátil de trabalho, ilumi-
nação para produção de filmes e televisão,
bem como iluminação doméstica e comercial
interior e exterior.
Nos anos subsequentes, a evolução tec-
nológica no campo da iluminação continuou,

3
Lâmpada de Halógeneo

3 Princípios de Funciona- feito de quartzo fundido ou vidro de alto


ponto de fusão, como vidro aluminossil-
mento icato. Esta composição permite que o
bulbo suporte as elevadas pressões inter-
3.1 Como Emitem Luz? nas e as altas temperaturas necessárias
As lâmpadas de halogéneo funcionam para o funcionamento eficiente da lâm-
com base nos princípios avançados de física pada.
e química, utilizando um filamento de
tungsténio e gás halogéneo num ambiente 3.2 Ciclo de Halogéneo
controlado para produzir luz. Este mecan-
ismo pode ser descrito detalhadamente da O ciclo do halogéneo é um fenômeno in-
seguinte maneira: trínseco à química e física, demonstrando
uma complexa interação entre os compo-
• Princípio Operacional: Quando a nentes da lâmpada. Este ciclo é fundamental
lâmpada é ativada, a corrente elétrica para o aumento da eficiência e vida útil da
aquece o filamento de tungsténio até que lâmpada. Uma análise detalhada deste pro-
este atinja uma temperatura suficiente- cesso passa pelos seguintes pontos:
mente alta para emitir luz. Este processo
é análogo ao observador em lâmpadas in- • Vaporização do tungsténio (processo en-
candescentes tradicionais. dotérmico): Quando a lâmpada é lig-
ada, a energia elétrica aquece o filamento
• Ciclo do Halogéneo: abordarei mais de tungstênio, fazendo com que ele va-
detalhamente a reação química entre o porize. Isto requer absorção de energia,
tungsténio do filamento e o gás halogé- como indicado pela equação:
neo na secção 3.2 elucidando como essa
interação contribui para a redeposição do
W(S) + energy → W(g) (3.1)
tungsténio no filamento, prolongando as-
sim a vida útil do filamento e mantendo • Formação de Haletos de Tungsténio
a eficácia da lâmpada. (processo exotérmico): Os átomos de
tungsténio vaporizados reagem então
com as moléculas de gás halogêneo no in-
terior do bulbo. Esta reação liberta ener-
gia à medida que os halogenetos gasosos
de tungsténio se formam:

W(g) + X2(g) → W X2(g) + energy (3.2)

• Reposição de tungsténio (processo en-


dotérmico): Quando os halogenetos de
tungsténio entram em contacto com
Figure 5: ciclo do halogêneo, (Fonte:
as partes mais frias do filamento,
https://americanhistory.si.edu/lighting
decompõem-se novamente em tungsténio
/tech/th.htm).
e gás halogénio, que redeposita o
tungsténio no filamento. Este passo re-
• Composição do Bulbo: O bulbo de quer energia novamente:
uma lâmpada de halogéneo é geralmente

4
Lâmpada de Halógeneo

comuns comparativamente a outras lâm-


padas, baseados nas suas respetivas potên-
W X2(g) + energy → W(s) + X2(g) (3.3) cias:

Figure 6: etapas do ciclo regenerativo do


halogêneo, (Fonte:
https://americanhistory.si.edu/lighting/
tech/th.htm).

Figure 7: Equivalência de watts para


Na figura 6, encontra-se representadas as lumens, (Fonte:
seguintes fases do ciclo de halogêneo de- https://www.bespokelights.co.uk/guide-to-
scritas, sendo que nas equacões 3.2 e 3.3, lumens-i39).
o elemento W diz respeito ao tungstênio,
e o elemento X ao gás halogêneo usado,
sendo comumente iodo ou bromo. 4.2 Intensidade Luminosa
A intensidade luminosa específica de uma
lâmpada de halogéneo depende de vários fa-
4 Características Técnicas tores, incluindo a potência da lâmpada, a
eficiência do design do filamento, o tipo de
4.1 Fluxo Luminoso gás halogéneo usado, a forma e o material
O fluxo luminoso das lâmpadas de halogê- do bulbo. De um modo geral, uma lâm-
neo é medido em lumens (lm) e representa pada de halogéneo tem uma intensidade lu-
a quantidade total de luz visível emitida por minosa mais alta por watt do que uma lâm-
uma fonte de luz. Em geral, as lâmpadas de pada incandescente tradicional, devido ao ci-
halogênio têm uma eficiência luminosa maior clo do halogéneo que mantém o filamento
em comparação com as lâmpadas incandes- mais limpo e permite que a lâmpada opere
centes tradicionais, mas ainda são superadas a uma temperatura mais alta.
pelas lâmpadas LED em termos de eficiência.
Para fornecer uma referência aproximada,
na figura 7 estão alguns valores típicos de
fluxo luminoso para lâmpadas de halogênio

5
4.3 Rendimento Luminoso Lâmpada de Halógeneo

Analisando o gráfico da figura 9, pode-se


observar que o rendimento luminoso das lâm-
padas de halogéneo melhorou modestamente
ao longo do tempo, mas permanece significa-
tivamente menor do que outras tecnologias
de iluminação, como as lâmpadas de LED,
OLED e as fluorescentes compactas e lineares.
Figure 8: intesidade vs fluxo luminoso,
(Fonte:
4.4 Índice de Reprodução de
https://www.bespokelights.co.uk/guide-to-
lumens-i39). Cor
O índice de reprodução de cor (CRI - Color
Analisando a figura 8, a intensidade lumi- Rendering Index) de uma lâmpada de halogé-
nosa, descreve o brilho que é emitido numa neo geralmente varia de bom a excelente, tipi-
direção focada, enquanto o fluxo luminoso, camente entre 90 e 100. Este valor alto indica
representa a totalidade da luz emitida pela que as lâmpadas de halogéneo são capazes
fonte em todas as direções. Ambos são fun- de reproduzir as cores dos objetos de forma
damentais para avaliar a eficácia da ilumi- muito similar à luz natural.
nação, sendo a intensidade luminosa partic-
ularmente relevante para aplicações de ilu-
minação direcionada, como na criação de
destaques ou focos específicos.

4.3 Rendimento Luminoso


Figure 10: Influência do CRI na percepção
O rendimento luminoso, é uma medida da das cores, (Fonte:
eficiência energética de uma fonte de luz, in- https://www.westinghouselighting.com/lighting-
dicando a quantidade de luz produzida em education/color-rendering-index-cri.aspx).
relação à potência consumida.
As lâmpadas de halogênio normalmente
Como se pode observar na figura 10, a
têm um rendimento luminoso na faixa de 10
influência do Índice de Reprodução de Cor
a 20 lumens por watt.
(CRI) na percepção das cores. Com uma
temperatura de cor constante de 2700K, cada
imagem da maçã tem um CRI diferente, vari-
ando de 100 a 70. A maçã iluminada sob uma
luz com CRI 100 exibe cores vibrantes e na-
turais, enquanto a iluminação com CRI mais
baixo resulta em cores progressivamente dis-
torcidas e menos saturadas. Este exemplo vi-
sual sublinha a importância das lâmpadas de
halogêneo para aplicações onde a fidelidade
da cor é crítica.
Figure 9: Rendimento das Lâmpadas, (Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/Progress-
in-lighting-efficiency-2_fig2_271427312).

6
4.5 Temperatura de Cor Lâmpada de Halógeneo

4.5 Temperatura de Cor 4.6 Vida Útil


A temperatura de cor de uma lâmpada
de halogéneo geralmente varia entre 2700K e
3200K, o que proporciona uma luz que tende
a ser mais quente. Esta gama de tempe-
ratura de cor é ideal para criar ambientes
acolhedores com uma sensação de calor, co-
mumente utilizados em espaços residenciais
e em configurações que requerem uma ilumi-
nação mais intimista e convidativa.

Figure 12: Vida útil das lâmpadas, (Fonte:


https://greenandgrumpy.com/comparing-
energy-saving-light-
bulbs/?utm_content=cmp-true).

Em condições normais de uso, a vida útil


típica de uma lâmpada de halogênio varia en-
tre 1.000 e 3.000 horas. No entanto, algu-
mas lâmpadas de halogênio de alta qualidade
podem atingir até 4.000 horas ou mais. A
Figure 11: Temperatura da cor, (Fonte: vida útil é muitas vezes afetada por fatores
https://warisanlighting.com/halogen-lamp- como o manuseio da lâmpada, a qualidade
spectrum.html). da fonte de alimentação e a estabilidade da
tensão elétrica.
A imagem 11 ilustra a escala de tempe-
ratura de cor para várias fontes de luz, me- 5 Aplicações Práticas
dida em Kelvin (K). As lâmpadas de halogé-
neo estão geralmente no espectro mais quente 5.1 Uso Residencial e Comercial
similar à do nascer do sol ou da luz de velas.
Isso contrasta com fontes de luz mais frias, As lâmpadas de halogéneo, devido à sua
como a luz diurna que exibem temperaturas emissão de luz de espectro próximo ao so-
de cor significativamente mais altas e apare- lar, são extensivamente empregadas em ambi-
cem mais azuladas. entes domésticos e empresariais para propor-
cionar uma reprodução cromática superior.
Elas são apropriadas para aplicações de ilumi-
nação focal, como acentuar obras de arte ou
engendrar ambientes convidativos em salas de
estar. A funcionalidade dimável destas lâm-
padas permite a modulação precisa da lumi-
nosidade, adaptando-se assim a uma panó-
plia de contextos e eventos. Adicionalmente,
a versatilidade na regulação da intensidade
luminosa possibilita a criação de ambientes

7
5.2 Aplicações Especializadas e Industriais Lâmpada de Halógeneo

reminiscentes da luz de velas ou lareiras, pro- cia prolongada dos clientes, potencializando
movendo o conforto sensorial. a experiência do consumidor e, consequente-
mente, impulsionando o consumo.

Figure 14: Aplicação especializada, (Fonte:


https://www.flamelesscandles.com/blogs/
inspiration-corner/restaurant-lighting-hacks-
proven-to-boost-sales).

6 Anatomia das lâmpadas


de halogêneo

Figure 13: Aplicação residencial, (Fonte:


https://todayshomeowner.com/electrical/guides
/understanding-watts-vs-lumens-for-home-
lighting/).

5.2 Aplicações Especializadas e


Industriais
No contexto industrial, as lâmpadas de
halogéneo são apreciadas pela sua capacidade
de emitir luz intensa e precisa. Tais lâmpadas
são empregadas numa variedade de aplicações Figure 15: Anatomia da lâmpada de
especializadas, como dispositivos de projeção, halogêneo, (Fonte: https://zeiss-
iluminação cênica e em equipamentos de pre- campus.magnet.fsu.edu/print/lightsources
cisão médica, onde a autenticidade da cor é /tungstenhalogen-print.html).
primordial. Devido à sua robustez, encon-
tram uso na iluminação automóvel e sistemas Como podemos observar na figura 16, a
de segurança, locais onde se demanda ilumi- anatomia de uma lâmpada de halogéneo é
nação de alta confiabilidade. No setor da composta por várias partes chave. Temos o
restauração, a iluminação de halogéneo tem filamento de tungsténio, que é o componente
sido adotada estrategicamente, com estudos que aquece e emite luz. O bulbo, normal-
indicando que sua luz incentiva a permanên- mente de vidro de quartzo, que contém o gás

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Lâmpada de Halógeneo

halogéneo. O ’pinch seal’ no fundo do bulbo é para uma maior geração de resíduos e cus-
onde os fios de ligação são selados, e os termi- tos de manutenção. Estas limitações são par-
nais, muitas vezes feitos de molibdénio, são os ticularmente relevantes numa era em que a
pontos de contacto elétrico. A ’tip-off blem- sustentabilidade e eficiência energética são
ish’ é o ponto onde o bulbo foi finalizado e o procuradas.
gás foi inserido. A anatomia detalhada tam-
bém inclui as dimensões específicas, como a 7.3 Implicações Ambientais
altura e a largura do filamento, e a distância
do filamento ao centro ótico da lâmpada. As lâmpadas de halogéneo, apesar das
suas vantagens em termos de luminosidade e
eficiência sobre as lâmpadas incandescentes
7 Vantagens/Desvantagens tradicionais, apresentam várias implicações
ambientais:
7.1 Benefícios da Iluminação
• Consumo de Energia: Embora mais efi-
As lâmpadas de halogéneo distinguem-se
cientes do que as lâmpadas incandes-
pela sua superior reprodução cromática e in-
centes, as lâmpadas de halogéneo ainda
tensidade luminosa imediata, qualidades que
consomem mais energia do que as LED
contribuem positivamente para o ciclo circa-
e fluorescentes, resultando numa maior
diano humano, potenciando o bem-estar e o
emissão de carbono.
desempenho cognitivo. Com um IRC elevado,
as cores sob esta iluminação são vivas e natu- • Vida Útil: Elas têm uma vida útil mais
rais, uma propriedade valorizada em contex- curta em comparação com as lâmpadas
tos que requerem uma apreciação acurada das LED, o que significa maior frequência de
cores, como galerias de arte. A capacidade de substituição e, consequentemente, mais
dimmerização destas lâmpadas facilita a cri- resíduos.
ação de ambientes com atmosferas variáveis,
desde o estímulo à produtividade até à in- • Materiais Perigosos: Contêm elementos
dução de um ambiente romântico, alinhando como o bromo ou iodo, que são prejudi-
a iluminação com as necessidades emocionais ciais ao meio ambiente caso não descar-
e psicológicas dos indivíduos. tados corretamente.

• Impacto na Reciclagem: A complexidade


7.2 Desvantagens e Potenciais na separação dos componentes das lâm-
Limitações padas de halogéneo pode dificultar a re-
ciclagem.
As lâmpadas de halogéneo, apesar de pro-
porcionarem uma luz de alta qualidade, en- • Desafios na Sustentabilidade: A necessi-
frentam limitações significativas. A sua ine- dade de desenvolver soluções mais sus-
ficiência energética, resultante de um con- tentáveis está pressionando a indústria a
sumo elevado para produzir luz, traduz-se migrar para alternativas mais ecológicas
num maior custo operacional e impacto am- como LEDs, que oferecem maior eficiên-
biental. A elevada emissão de calor pode ser cia energética e menor impacto ambien-
uma desvantagem em termos de segurança tal.
e conforto térmico em espaços fechados. A
vida útil limitada das lâmpadas de halogéneo
implica trocas mais frequentes, contribuindo

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Lâmpada de Halógeneo

• https://edisontechcenter.org/halogen.html

• https://sciencestruck.com/halogen-
cycle-explained

• https://zeiss-
campus.magnet.fsu.edu/print/lightsources
/tungstenhalogen-print.html

• https://www.flamelesscandles.com/blogs/
inspiration-corner/restaurant-lighting-
hacks-proven-to-boost-sales

• https://todayshomeowner.com/electrical/guides
/understanding-watts-vs-lumens-for-
home-lighting/

Figure 16: Impacto Ambiental, (Fonte: • https://greenandgrumpy.com/comparing-


https://www.lampamania.pt/artigos/casa- energy-saving-light-
ecologica/). bulbs/?utmcontent=cmp-true

• https://www.westinghouselighting.com/lighting-
8 Conclusão education/color-rendering-index-
cri.aspx
Em conclusão, este trabalho aborda de
• https://warisanlighting.com/halogen-
maneira abrangente as lâmpadas de halogé-
lamp- spectrum.html
neo, explorando sua evolução histórica,
princípios de funcionamento, características • https://www.researchgate.net/figure/Progress-
técnicas, aplicações práticas e aspectos am- in-lighting-efficiency-2fig2271427312
bientais. As lâmpadas de halogéneo repre-
sentam um avanço significativo em relação • https://www.bespokelights.co.uk/guide-
às lâmpadas incandescentes, oferecendo me- to- lumens-i39
lhor reprodução de cor e eficiência energética,
• https://americanhistory.si.edu/lighting/tech/th.htm
mas enfrentam desafios de sustentabilidade
quando comparadas com tecnologias mais re- • https://www.americanhistory.si.edu/lighting
centes como LEDs. Este estudo destaca a /history/patents/frid1.htm
importância de inovações contínuas no campo
da iluminação, visando soluções mais susten-
táveis e eficientes.

9 Referências
• https://edisontechcenter.org/halogen.html
• https://radianthistory.com/the-first-
halogen-lamp/
• https://www.americanhistory.si.edu/lighting/history/patents/frid1.htm

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