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Universidade Federal de São João del Rei

Departamento Natural de Ciências Naturais - DCNAT

Fotoquímica

 Alguns processos químicos


importantes relacionados com a
fotoquímica
O que é a Fotoquímica?
A fotoquímica é uma área da Química que estuda os efeitos químicos da
luz, ou seja, é o estudo das reações químicas provocadas pela
incidência de radiação eletromagnética.
A Fotoquímica engloba estudos:
„ De processos de criação de estados excitados.
„ Da dinâmica de relaxação e da redistribuição de energia estados
excitados da molécula.
„ Dos diversos processos de luminescência.
„ De todos os processos não radioativos que desativam o estado
excitado.
„ Dos mecanismos de transferência de energia.
„ Das transformações químicas sofridas pelo estado excitado (resultam
novas espécies químicas).

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Radiação eletromagnética
A radiação eletromagnética é um tipo de energia
transmitida sob a forma de ondas, constituída por um
componente elétrico e outro magnético.

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Radiação eletromagnética
O espectro da radiação eletromagnética engloba: luz visível, raios
gama, ondas de rádio, micro-ondas, raios x, ultravioleta e
infravermelho. Por exemplo, ao decompor a luz solar com um prisma
é possível ver um espectro contínuo de cores, como as do arco-íris.
Outras são invisíveis ao olho humano, mas são detectáveis por meio
de instrumentos.

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Reações fotoquímicas
Fotossíntese:
 Pode-se dizer que a fotossíntese é o exemplo mais comum de
reação fotoquímica que ocorre naturalmente. A fotossíntese é a
reação de conversão do gás carbônico (CO2) em oxigênio (O2) e
glicose (C6H12O6), realizada pelas plantas, e que ocorre apenas
na presença de luz.

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Reações fotoquímicas
Fotólise:
Ao contrário da fotossíntese, diz-se que ocorreu
uma fotólise quando moléculas maiores dão origem a moléculas
menores por interferência de energia luminosa. Um bom exemplo de
fotólise é a degradação do peróxido de hidrogênio, popularmente
conhecido como água oxigenada. Essa substância ao ser exposta aos
raios luminosos, se decompõe, produzindo água e oxigênio, Por ser
altamente sensível à radiação, o peróxido de hidrogênio é embalado em
frascos escuros ou opacos, pois os mesmos impedem a penetração da
luz.
Luz
H2O2 (aq)     -----------------> H2O (l) + 1/2 + O2 (g)

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Reações fotoquímicas
Materiais fotossensíveis:
A tecnologia empregada em óculos de grau com lentes que escurecem ao sol
e voltam a ficar claras em ambientes internos, consiste em dissolver sais de
prata no vidro fundido. Com a incidência da luz do sol, os íons prata são
reduzidos a átomos de prata metálica, conforme mostra a reação abaixo. Essa
reação é reversível e, quando a luz é removida, o vidro torna-se totalmente
transparente novamente.
Reação: 2 AgCl + hν  → 2 Ag(s) + Cl2(g)
Outro exemplo de materiais fotossensíveis são as resinas que endurecem sob
efeito de luz ultravioleta. Nesse caso, é adicionado à resina um catalisador,
ou seja, uma substância que acelera o processo de endurecimento da resina,
quando exposta aos raios UV. Esse tipo de resina tem sido muito utilizado na
Odontologia, em restaurações dentárias, tornando o procedimento muito
mais rápido do que o usado antigamente, à base de amálgama.

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Reações fotoquímicas
Luminescência:
É o nome dado à radiação emitida, produzida por uma reação
química ou por excitação eletrônica. Para entender esse fenômeno,
precisamos pensar em termos de átomos e elétrons, porque, nesse
caso, o processo de emissão de radiação ocorre devido a transições
energéticas sofridas pelos elétrons de determinados átomos.

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Luminescência
Bioluminescência:
A radiação eletromagnética emitida por seres vivos devido a
reações químicas que ocorrem no seu organismo, com decaimento de
elétrons de níveis energéticos excitados para níveis mais baixos, é
denominada bioluminescência.
Por exemplo, a luz do vaga-lume é produzida por uma reação
química que ocorre dentro do organismo do inseto e tem como objetivo
atrair parceiros. São substâncias químicas naturalmente presentes no
vaga-lume que reagem com o oxigênio, emitindo luz.

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Luminescência
Fluorescência:
É a radiação emitida por uma substância enquanto exposta a uma
fonte externa de radiação. Quando a fonte de radiação externa é
interrompida, a substância para de emitir radiação. Isso porque o
fenômeno da fluorescência é muito rápido.

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Luminescência
Fosforescência:
Semelhante ao fenômeno da fluorescência, na fosforescência, os
elétrons da substância são excitados pela radiação externa para níveis
mais energéticos e retornam ao estado fundamental, emitindo radiação
visível, porém, mais lentamente. Isso ocorre porque o decaimento ao
estado fundamental não acontece diretamente, mas passa por um estado
intermediário.

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Introdução

Uma amostra de vaga-lume do


gênero Photuris serviu de
inspiração para o novo
revestimento eficaz LED. 

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Introdução
Como os vaga-lumes produzem luz?

REVISANDO: Bioluminescência produção e emissão de luz por um organismo vivo

O comprimento de onda da
luz emitida é de 510 a 670
A energia produzida pelo
nanômetros
luciferina oxiluciferina inseto é comumente
(cor amarelo pálido achamada
verde
de "luz fria" devido ao seu
avermelhado)
alto rendimento. 90 a 96% da
energia produzida é
convertida em luz, e somente
de 4 a 10% é convertida em
calor, o inverso de uma
lâmpada comum!

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Introdução
LEDs
O LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um
diodo emissor de luz ( LED = Light emitter diode ) que converte
sinal elétrico em luz

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Introdução
Por que esse trabalho é importante?

LED = iluminação do futuro

•Vida útil de 100.000 horas contínuas, ou aproximadamente 10 anos;

•Resistente a choques mecânicos, vibrações e a liga/desliga frequentes;

•São de 10 a 50 vezes mais econômicos, (consumo), reduzindo os custos


de operação em até 90%;

•Não emitem radiações como infravermelho (calor) ou ultravioleta.


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Introdução

FIGURA 1. (a) Vaga-lume Photuris. (b) MEV da estruturação cutícula encontrados na lanterna do vaga-
lume Photuris. (c) Modelo utilizado para simulações da propagação da luz. Período = 10 um / Altura = 3
milímetros

FIGURA 2. Mapas LEE mostrando a intensidade de luz integrada extraída em função dos
17 ângulos incidente polar/q e azimutal/f de (a) superfície plana (b) estrutura do vaga-lume.
Parte Experimental

FIGURA 3. Esboço do dispositivo em consideração teórica. A periodicidade p e a altura h


dos “telhados” tem que ser otimizado.

FIGURA 4. LEE mapas mostrando a


intensidade de luz integrada extraída
em função dos ângulos incidente
polar/q e azimutal/f da configuração de
diodo (a) superfície plana (b) estrutura
do vaga-lume.
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Resultados e Discussões

FIGURA 5. Esboço do dispositivo em consideração teórica.


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Conclusão

Extração de luz simulada levou a um ganho de 55% em


comparação com uma superfície plana.

Tal aumento de eficiência é bem-vinda : produzir fótons com


menor consumo de energia é um dos desafios sociais que
devem ser cumpridas no próximo ano

Annick Bay disse: “O aspecto mais importante desse trabalho é que ele
destaca o quanto podemos aprender por estudar a natureza.”

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Fungos
 Microrganismos eucariontes;
 Aclorofilados;
 Possuem quitina na parede celular;
 Armazenam glicogênio;
 Estima-se que exista mais de 1,5 milhão de espécies.

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Fungos bioluminescentes

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Papel ecológico da luminescência
Atrair dispersores de esporos;

Repulsão de fungívoros;

Luz como sinal de alerta da toxicidade do fungo.

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Reação bioluminescente
 Em uma reação quimiluminescente forma-se um produto
(emissor) no estado excitado. O retorno do emissor para o
estado de menor energia é acompanhado pela emissão de luz.

 Airth e Foerste evidenciaram que o processo de emissão de luz


dependia de duas enzimas, uma solúvel e dependente de
NADPH (portanto, uma redutase) e outra de membrana, com
função catalítica sobre a emissão de luz (portanto, uma
luciferase - classe de enzimas que catalisam reações
bioluminescentes).

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Proposta de reação bioluminescente

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Algumas moléculas envolvidas
(P. japonicus)

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Conclusões
Interessantes para as mais diversas investigações
multidisciplinares, tais como, estudos mecanísticos
de conversão de energia química, estrutura e função
de proteínas, evolução enzimática, fotoecologia.

As luciferases e luciferinas conhecidas hoje são


utilizadas amplamente para finalidades bioanalíticas
nas áreas médica (infecções bacterianas, virais e
câncer), biotecnológica (biossensores luminescentes)
e ambiental (bioensaios/biossensores de toxicidade).

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Referências Bibliográficas
 
1. Annick Bay, Nicolas Andre, Michael Sarrazin, Ali Belarouci, Vincent
Aimez, Laurent A. Francis and Jean Pol Vigneron. Optimal overlayer
inspired by Photuris firefly improves light-extraction efficiency of
existing light-emitting diodes (2013)

2. Wang, J.; Acc. Chem. Res., 35 (2002) 811-816.

3. Santos A.S.; Pereira A.C.; Duran N.; Kubota L.T.; Electrochim. Acta 52
(2006) 215-220.

4. Xu, L.J.; Du J.J.; Deng, Y.; Li, Z.Y.; Xu, C.X., He, N.Y. Advanced Sci
Letters 4 (2011) 104-107.

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OBRIGADO PELA
ATENÇÃO!

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