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18/04/2021 Malícias e Delícias - (21) 21 - P.O.R.N.O.

Malícias e Delícias
Autor(es): Quinn Fabray

Sinopse
CUIDADO: Esta história de amor pode matar você de tanto rir. Ah, e está escandalosamente lotada
de porres homéricos e, hummm, sexo da melhor qualidade!

Rachel é uma espirituosa jovem de vinte e poucos anos que trabalha num bar (não era esse o plano,
mas...) e, muito a contragosto, resolveu ajudar a melhor amiga (uma expert em malícias) a vender
brinquedos eróticos bem safadinhos.
Na verdade, seu sonho é viver de delícias, ou melhor, abrir uma confeitaria dedicada exclusivamente
a doces, cookies e bolos feitos com muuuito chocolate.

Quando Quinn, uma moça que conheceu numa festa de faculdade e com quem passou uma única
noite (o suficiente para mudar sua vida para sempre!), reaparece na cidade sem demonstrar
reconhecê-la, a não ser pelo profundo aroma de chocolate que Rachel exala no ar, ela se mostra
determinada – aaaai que loucura! – a fazê-la nunca mais se esquecer dela.

Só que existe uma terceira pessoa na relação (divertidíssimo, porém desbocado e inconveniente).
Alguém que Quinn desconhece e que, das duas uma: ou a obrigará a comprar uma passagem só de
ida para o Polo Norte ou a fará a mulher mais feliz do mundo!!!

Notas da história
Glee não me pertencem
História G!p, se não gosta não leia!
Adaptação

(Cap. 21) 21 - P.O.R.N.O.

Notas do capítulo
Agora vai...

— Papai, pare com isso, sim? Quinn, vocês não foram formalmente apresentados. Este é
meu pai, Hiram.

Quinn estendeu a mão.


É
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— É um prazer conhecê-lo, sen…

— Dispenso essa M-E-R-D-A – reagiu papai, interrompendo-a.

Não parecia tão ameaçador quando era obrigado a soletrar tudo. Talvez aquilo desse certo
quando Charlie estivesse por perto.

— Tô de olho em você, frutinha. Combati no Vietnã e ainda tenho estilhaços de granada nos
músculos! Você curte o cheiro de napalm logo cedo, coxinha?

— PAPAI! Já chega! – reclamei. Inclinei-me e dei um beijo na bochecha de Charlie. – A


gente se vê mais tarde, filhote. Comporte-se, está bem? Mamãe te ama.

Com uma rapidez desconcertante, ele esticou o bracinho, tentou erguer a minha blusa e
pediu:

— Quero ver peito!

Agarrei sua mão antes que ele oferecesse a todos um strip grátis e lancei um olhar de ódio
para o meu pai, que mal se aguentava em pé de tanto rir.

— Olha, eu não ensinei nada disso a ele, viu? O que eu posso fazer se ele curte um peito?

Quinn riu alto, mas parou quando papai olhou para ela e perguntou, com ar ameaçador:

— Você curte um peito, Quinn?

— Eu… ahn… bem… Não, senhor.

Girei os olhos para papai e resgatei Quinn das garras dele.

— Diga até logo para Quinn, Charlie.

— Até logo, Quinn! – obedeceu Charlie com um sorriso largo e um aceno feliz quando meu
pai se virou e saiu da cozinha.

— Papa, o que é Vietnã? É um parque? Podemos ir lá? – ouvi Charlie perguntando quando
eles saíram pela porta da frente. Suspirei fundo e me virei para Quinn.

— Desculpe por tudo isso – pedi, envergonhada. – Vou compreender perfeitamente se você
me der as costas agora mesmo e sair correndo para muito, muito longe daqui. Sério mesmo, não vou
ficar magoada.

— Rachel…

Parei de torcer a ponta do avental de nervoso e fixei os olhos nos dela.

— Não diga mais nada – pediu ela, com um sorriso.

Depois que meu pai e Charlie saíram, Quinn me ajudou a limpar a cozinha e guardar todos
os utensílios. Conversamos mais abertamente do que quando nos falávamos por telefone, pois agora
eu não estava tão preocupada em dar alguma bandeira.

Depois de tantos anos, descobri que Quinn tinha entrado de penetra naquela festa e nem
mesmo frequentara a Universidade de Ohio. Ela se sentiu péssima ao saber do tempo que
eu, San e Britt passamos à sua procura; eu me senti culpada mais uma vez por tê-la deixado
dormindo sozinha na manhã seguinte. Ainda mais agora, que ela estava sendo tão simpática,
generosa e compreensiva a respeito de tudo.

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Por enquanto, Quinn me garantiu que iria permanecer por perto, mas eu não apostava muito
nisso. Ela disse que queria passar algum tempo conosco e fazer a coisa certa, mas a verdade é que
ainda não tinha passado nenhum período sozinha com Charlie.

Como meu filho descrevera com tanta simplicidade, eu tinha que servir cerveja para as
pessoas à noite.

Depois de terminarmos a limpeza, Quinn desceu a rua comigo até o bar, para podermos
conversar mais um pouco. Foi então que me lembrei do quanto tinha sido fácil interagir com ela
cinco anos antes e do quanto ela era capaz de compreender a mim e ao meu senso de humor, façanha
que mais ninguém conseguia. Ela tinha me deixado à vontade e me fez rir muito.

Tudo isso também acontecia nas nossas conversas por telefone. Para certas pessoas, porém,
era difícil manter o mesmo nível de espontaneidade cara a cara. Mas vou ser totalmente honesta:
parecia ainda mais fácil estar com ela lado a lado agora e sacar suas reações e expressões faciais
quando eu lhe contava algo sobre Charlie.

De repente, senti vontade de ter feito tudo de forma diferente. Fiquei triste por ela ter
perdido os primeiros anos de Charlie. Agora Quinn o via como um menino que andava com
desenvoltura, era muito agitado, tagarela e desbocado.

Mas não tinha curtido as melhores partes, os detalhes que fizeram dele um rapazinho de
personalidade forte, seus ataques de raiva engraçados e seus maus hábitos valerem muito a pena: o
primeiro sorriso, as primeiras palavras, os primeiros passos, o primeiro abraço apertado, o primeiro
“eu te amo”. Eram essas e outras coisas que me impediam, semana após semana, de vender meu
filho para um brechó, e Quinn tinha perdido tudo isso.

Fiquei preocupada com a possibilidade de suas expectativas serem elevadas demais. E se ela
não conseguisse estabelecer uma ligação materna com Charlie? Eu me sentia ligada a Quinn de um
jeito que nunca vivenciara com mais ninguém, até então.

Ela me fazia sentir coisas que eu imaginava que só pudessem existir em sonhos, e nos
melhores. Mas eu não podia mais pensar apenas em mim. Também tinha que pensar no meu filho e
em como tudo aquilo poderia afetá-lo. Por enquanto, acho que precisava deixar Quinn participar de
nossas vidas e esperar para ver aonde isso nos levaria.

Quando chegamos ao bar, troquei de roupa rapidamente e vesti o short preto e a camiseta
do Fosters Bar & Grill. Quando voltei do banheiro, fiquei surpresa ao ver que Quinn tinha se
colocado totalmente à vontade, sentada junto do balcão.

Entrei atrás do balcão pela lateral do bar, fui até onde ela estava e parei, em silêncio.

— Pensei que você fosse voltar para casa – falei, me apoiando com os cotovelos sobre o
balcão.

Ela deu de ombros, sorriu e declarou: – Fiquei pensando comigo mesma… Por que voltar
para uma casa vazia quando posso ficar aqui e admirar uma tesuda a noite toda?

Percebi que tinha enrubescido e cortei pela raiz a risadinha que tive vontade de dar.

— Você está sem sorte. Hoje só tem eu aqui no bar.

Não, eu não estava jogando verde para colher elogios, longe de mim uma coisa dessas.

— Maravilha! A mulher mais sexy e gostosa que eu já vi na vida é mais que o bastante.

Ora, vejam só… Elogios, elogios e mais elogios.

Inclinei-me mais um pouco sobre o balcão para chegar pertinho dela, e Quinn fez o mesmo.
Eu não me importava de estar trabalhando, pois queria beijá-la. Além do mais, havia poucos clientes
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porque ainda era cedo.

Passei a língua nos lábios enquanto fixava os olhos em sua boca e a ouvi gemer baixinho.
Mais alguns centímetros e conseguiria passar a língua no seu lábio superior.

— Ai!…

Recuei de repente e soltei um gritinho de dor, bem alto, ao sentir algo bater na parte de trás
da minha cabeça. Esfregando a área dolorida eu me virei e vi Sam com os dois braços no ar, fazendo
uma dancinha de vitória.

— Acertei na mosca, Berry! E o primeiro ponto da noite vai para mim! – gritou, correndo
para um quadro-negro que ficava atrás do bar, na ponta oposta à que eu estava, onde marcou um
ponto sob o seu nome.

— Filho da puta! – murmurei, virando-me para Quinn.

— Humm… Que maluquice foi essa que acabou de acontecer? – quis saber ela, com uma
risada.

Antes de eu ter a chance de lhe contar que Sam estava apenas sendo o babaca de costume,
ele veio correndo, parou ao meu lado e colocou uma bolinha de pingue-pongue sobre o balcão, com
um soco, diante de Quinn.

— Isso, minha coleguinha, é um joguinho que batizamos de P.O.R.N.O.

— Uau, sua noção de pornografia e a minha são ligeiramente diferentes – ironizou Quinn,
pegando a bolinha e girando-a entre os dedos.

— Não, não, não, nada de pornografia. Estou falando de P-O-R-N-O. – soletrou Sam.

Quinn olhou para mim com cara de descanso de tela.

— É um joguinho que inventamos para os dias de pouco movimento – expliquei.

Sam pousou uma das mãos no balcão e manteve a outra no quadril.

— Rachel, não subestime a grandiosidade do P.O.R.N.O. Você está desvalorizando a única


coisa que impede que eu cometa suicídio todas as vezes que venho para o trabalho. Um pouco mais
de respeito pelo P.O.R.N.O., por favor. – Sam se virou para Quinn e continuou: – Foi Rachel quem
inventou as regras – explicou, muito empolgado, pegando um pedaço de papel debaixo do balcão.

— Regras, como assim? – quis saber Quinn. – Vocês simplesmente não pegam a bolinha e
tacam em alguém?

Sam entregou o papel a Quinn, incentivando-a a ler tudo com atenção enquanto explicava: –
Au contraire, minha amiga. É muito importante haver regras no P.O.R.N.O. Se não for assim, um
joga a bolinha, o outro joga a bolinha de volta, todos vão sair jogando bolinhas uns nos outros e se
instalará a anarquia completa!

— Muito bem, Clube dos cinco, afaste-se de mim antes que eu quebre a regra de respeitar a
mínima de três metros e taque essa bolinha na sua cara agora mesmo – ameacei.

Sam se afastou um pouco e Quinn riu ao começar a ler as regras em voz alta.

— Regra número um: P.O.R.N.O. é mais divertido em companhia de amigos. Convide-os, se


não, você vai se tornar uma figura patética, dedicando-se ao P.O.R.N.O. sozinho.

Regra número dois: Objetos pontiagudos nunca deverão ser usados para jogar P.O.R.N.O.,
afinal furar o olho do adversário pode estragar a brincadeira.
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Regra número três: Ataques surpresa e entradas inesperadas pelos fundos deverão ser
previamente combinados ou ter a aprovação de todos os participantes.

Regra número quatro: Apenas duas bolas poderão estar em ação em cada investida, para
evitar confusão de bolas, a não ser quando houver anuência em contrário por parte dos juízes.

Regra número cinco: A sessão de P.O.R.N.O. estará encerrada quando o outro jogador ou
jogadores resolverem parar com a brincadeira. Caso contrário, alguém acabará segurando bolas
inúteis.

Sim, às vezes eu me comporto como um menino de doze anos, podem zoar à vontade.

— Mas, afinal de contas, o que significam, exatamente, as letras P.O.R.N.O. e como eu faço
para participar da brincadeira? – quis saber Quinn, erguendo as sobrancelhas várias vezes com
rapidez.

— Ora, esse é o título do jogo. “Pongue, Organização, Regras e Notificações Oficiais.” Às


vezes resumimos a brincadeira como “atirar várias merdas uns nos outros”. Para ser franca, não sei
se você aguentaria uma partida inteira de P.O.R.N.O., Quinn. É um jogo intenso que exige
habilidade, determinação e muita manha – expliquei com um sorriso maroto, pegando a bola das
mãos dela, virando-me com uma rapidez fantástica, tacando-a com toda a força vários metros
adiante e acertando em cheio a bunda de Sam, que se inclinara para frente e limpava uma das
mesas.

— SACANAGEM! – reclamou Sam.

— Basta ter talento com as mãos – expliquei, girando o corpo novamente e me colocando de
frente para Quinn.

Não faço ideia de onde aquela cara de pau tinha surgido. Parecia que eu estava
incorporando San.

— Não se preocupe, Rachel, sou muito boa com as mãos. Tenho o palpite de que serei uma
excelente jogadora de P.O.R.N.O. Tudo tem a ver com o ângulo dos dedos e a força que você usa no
impulso quando… ahn… atira a bolinha. Às vezes é preciso ir devagar, com sutileza, mas outras
vezes é necessário força e rapidez.

Santas indiretas, Batman.

— A que horas você sai?

Em dez segundos, se você quiser.

— Só uma da manhã. Hoje é meu dia de fechar o bar – informei, esfregando as coxas uma
na outra e imaginando os dedos dela me acariciando entre as pernas, forçando a entrada cada vez
mais, com suavidade até que… caraca!

— Posso esperar aqui enquanto você trabalha? Posso te ajudar a fechar o bar e depois
podemos jogar conversa fora ou… sei lá – sugeriu, olhando para meus lábios.

SIM! Puta madrasta do todo-poderoso SIM! Sim, sim, porra, mil vezes sim!

— É, pode ser – disfarcei, dando de ombros e indo colocar as cervejas no freezer, o que foi
uma boa chance de deixar minha vagina ser envolta pelo vapor gélido, para ver se ela parava de
expelir lava!

Notas finais do capítulo


Comentem...

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