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MADISON FAYE
TORTA DE CREME
Merda.
Caro leitor,
Madison
Capítulo 1
Amy
SEUS LÁBIOS ESMAGAM OS MEUS, e eu gemo ansiosamente
em sua boca enquanto suas grandes mãos deslizam sobre
minha cintura. Ele não para até encontrar o que está procu-
rando, e eu choramingo com a sensação de seu aperto forte
enquanto ele se move para agarrar minha bunda na minha
minúscula saia. Ele rosna selvagemente na minha boca, am-
bas as mãos segurando minha bunda e me abrindo por baixo
da saia, minha tanga lascivamente puxando forte entre as
minhas bochechas.
E eu estou adorando.
1
É a alteração do ritmo biológico de 24 horas consecutivas que ocorre após mudanças do fuso horário em longas
viagens de avião.
Como se estivesse lendo meus pensamentos, ou talvez
ele se sinta meu corpo endurecendo, ele se afasta do
beijo. Sua boca desliza pela minha mandíbula, me fazendo
choramingar enquanto escovam meus ouvidos.
“Com você.”
“Venha comigo.”
Oh Deus.
Puta merda...
“O que foi?”
Certo?
Certo?
Capítulo 2
Amy
EU PISCO acordada com o som do oceano e a sensação
do sol entrando pelas janelas. Estou quente, aconchegada e
contente pra caralho e, de repente, percebo o porquê.
“Merda!”
2
É uma refeição de origem britânica que combina o café da manhã com o almoço.
“É... é tarde, e eu tenho esse negócio.”
“Me expulsar?”
“É mesmo? Eu adoraria.”
Eu pisco e volto. “Você poderia?”
3
Decoração Tiki é uma arte primitiva que remonta às antigas civilizações da Polinésia Francesa que em homenagem
a Kon Tiki (o primeiro grande chefe do Tahiti considerado parente divino do povo local).
como um modelo Armani em pé bem na minha frente, e to-
talmente nu. Seus músculos ondulam, e quando meus olhos
caem, eu coro ao ver seu pau grande.
“Não sinta.”
“Desculpe, eu...”
Amy
ENVIO UMA MENSAGEM PARA Hope no caminho para verifi-
car como ela está se sentindo com o jet lag, mas ela não res-
ponde. Provavelmente ainda está dormindo, eu acho. No
bangalô de Kendall, eu bato uma vez antes de entrar.
“Tudo bem!” Ela sorri. Ela pisca. “Eu sei que você saiu
ontem à noite.”
“Sim.”
“Por?”
“Por ser ótima. Por ser a melhor filha que um cara po-
deria pedir.”
“Eu sei eu sei. Sinto muito, amigo. Fui pego esta manhã
e depois tive que controlar os danos por alguma merda no
escritório. Mas estamos bem.”
Eu congelo.
Espera aí.
Oh me fode de lado.
“Amy...”, ele resmunga, os olhos arregalados e a cor dre-
nando do rosto.
“Totalmente”, eu engasgo.
Javier
PUTA QUE ME PARIU.
Eu gemo.
4
Concierge é o profissional responsável por dar assistência aos clientes de hoteis, cruzeiros, entre outros, em qual-
quer pedido que estes tenham relativos a sua estada no estabelecimento, ou na viagem. Desempenha um papel de
ajuda a todos integrantes do hotel, fazendo tarefas quando solicitadas.
Marshall limpa a garganta e me viro para olhar para o
meu amigo.
“Está na hora!”
“Me desculpe?”
“Oh?”
“Sim, oh.”
“Olha, você acha que meu pai te mataria por, bem, eu.”
“Fácil”, eu rosno.
Eu a encaro.
“Estou brincando, obviamente. Agora vamos lá e man-
temos a boca fechada. Porque duvido que meu pai fique emo-
cionado por eu ter fodido com o secretário dele.”
“O que você disser. E eu sei que ele não ficaria feliz por
você ter tirado a m– dormido comigo.”
Eu concordo. “Exatamente.”
“O que você disser. E eu sei que ele não ficaria feliz por
você ter tirado a m– dormido comigo.”
Ela faz uma careta para mim. “O quê?” Ela pisca rapi-
damente, tirando minhas mãos do braço e virando para a
porta. Mas eu a persigo e bato minha mão contra a porta por
cima do ombro dela, parando-a. Ela gira para mim, irri-
tada. Algo frio corre através de mim.
“Antes, você disse ‘eu sei que ele não ficaria feliz por você
ter tirado a m-’.” Eu franzo a testa. “Tirado a sua o quê,
Amy?” Eu rosno baixinho.
“Amy.”
Oh merda.
Oh merda.
Capítulo 5
Amy
“OK, um pouco para a direita, por favor, padrinho?”
“Sobre?” Eu assobio
Ele rosna.
“Oh o quê? Tenho certeza que você teve uma transa de-
cente. Ambas às vezes” murmuro.
“Não é isso.”
“Eu ia dizer que sua primeira vez deveria ter sido com
alguém além de mim.”
“Por?”
“Eu não-”
Eu coro, assentindo.
Oh merda.
“Eu acho que é isso! Você sabe, sua amiga estava certa”
ela sorri, piscando para mim. “Vocês também ficam fofos
juntos.”
“Ela tem dezoito anos”, Javier resmunga.
“Faça um esforço.”
Javier
“QUE PORRA, CARA?”
Jesus merda.
Sim.
6
As Terras Altas (em inglês Highlands ) são a zona montanhosa do norte da Escócia.
poderosos e ricos da cidade, e um amigo como esse puxa al-
gumas cartas sérias. Não demorou muito para que toda a
história de Jackie desmoronasse, e seu plano de me apre-
sentar acusações de ‘abusá-la’ e ir embora com um maço de
dinheiro caiu.
Cadela.
Foda-se não.
Eu ri. “Idiota.”
7
Um fundo fiduciário estereotipado é considerado como um salário para os filhos dos ricos. Em outras palavras,
Javier aqui está tirando o cara de riquinho.
para perto e balança os quadris ao ritmo de dança do DJ. Ao
meu lado, Marshall rosna.
Ele ri. “Obrigado pelo apoio. Mas eu não vou ser esse
cara. Ela tem dezoito anos, Javier.”
Graças a Deus.
“Dançando.”
“Você é nojento.”
Eu sorrio
“Porra, Amy...”
“Sim, exatamente.”
Eu concordo.
8
Um gêiser é uma nascente termal que entra em erupção periodicamente.
“Mais como interessado em viver mais um dia ou dois”,
eu rosno.
“Provavelmente.”
Amy
O SORRISO SE ESTENDE pelo meu rosto quando aceno
para Kendall e meu pai. Já passou a recepção do coquetel e
o jantar, incluindo meu discurso esperançosamente não
muito embaraçoso para os dois. Já passaram muitas taças
de champanhe e bolo, e algumas danças, e o meu coração
está transbordando quando as duas pessoas que eu mais
amo neste mundo inteiro entram na limusine para dirigir
para sua suíte de recém-casados.
Quase.
E lindo.
E pecaminosamente quente.
Eu sorrio “Mesmo?”
9
Hope faz um trocadilho com torta de creme que em inglês pode ser uma gíria para quando um cara goza dentro
sem camisinha.
Ela ri alto. “Você que disse isso!”
Quero que você me sinta lá. Quero que você sinta minha
porra escorrendo de sua pequena boceta e vazando na sua
calcinha.
“Você acha?”
“Ou talvez ele possa lhe dar uma torta de creme”, eu pro-
voco. Ela faz uma careta e eu rio. “Oh, qual é,
Hope! Quem não está procurando uma boa, quente, cre-
mosa...”
“Isso aí garota.”
“Novamente?”
“Sim.”
“Significa isso.”
“Então é isso?”
Ele sorri. “Bem, como eu disse, acho que vamos ver, não
vamos?”
Não.
É o Javier.
“Eu... eu pensei que você não era 'aquele cara' que vem
para o quarto...”
“Sim, eu menti.”
Ele entra no quarto, e eu choramingo quando a bandeja
desliza sobre a mesa lateral, a porta bate atrás dele e seus
lábios esmagam os meus.
Capítulo 8
Javier
O FOGO RUGE ATRAVÉS DE MIM, e uma luxúria pura e crua
que eu nunca senti antes inflama meu núcleo quando eu
chuto a porta atrás de mim e a sigo. Meus braços deslizam
ao redor dela, puxando-a para mim, e quando meus lábios
batem nos dela, eu sei que estou fodidamente acabado.
Eu faço uma careta. “Eu não vim aqui para falar sobre
seu pai.”
“Isso.”
E então, eu continuo.
Porra inferno.
Eu sorrio maliciosamente.
“Por favor?”
Eu rolo meus quadris, deixando a parte de baixo do meu
eixo grosso empurrar através de seu clitóris. Amy chora-
minga, mordendo o lábio novamente tão sedutoramente e ar-
queando seus quadris para encontrar os meus.
“Mas, garotas boas e doces não fazem o que você fez on-
tem à noite, fazem?” Eu ronrono. Seu rosto floresce com ca-
lor e luxúria, e nossos olhos se prendem, o fogo balançando
entre eles. Ela sabe o que estou fazendo, e eu sei que esta
ansiedade está deixando ela mais molhada do que nunca.
“E quem disse que eu não sou uma boa garota?” Ela diz
com voz rouca.
“Diga”, eu resmungo.
Eu sei que isso está errado. Eu sei que isso está ferrado.
Amy
MEU CORPO INTEIRO vibra como se houvesse um raio on-
dulando através de mim. Minha pele queima ardentemente
com o toque dele, e há uma bola de, eu não sei, fogo derre-
tido, ou algo dentro de mim.
Não tem como o sexo ser sempre assim. Isso tem que ser
algo especial ou algo diferente. Se for sempre assim, não ha-
via como alguém no mundo fazer algo além disso.
“Sim”, eu sussurro.
“Sim!” Eu assobio.
“Boa menina.”
“Ok?”
“Porra bebê”, ele rosna. “Você está tão linda com os lá-
bios em volta do meu pau assim.”
“O quê?”
Javier
EU ESTOU SORRINDO. Merda, estou sorrindo como se não
sorrisse há anos. Quero dizer, você pode me culpar?
Porra.
Ele não está errado. Claro, estou com o casaco por cima
do ombro, a gravata enfiada no bolso e a camisa meio desa-
botoada. Mas é bem óbvio pra caralho que eu não vou ape-
nas dar um passeio matinal no café da manhã.
Max sorri.
Ele faz uma careta. “Não. Bem...”, ele franze a testa no-
vamente. “Não exatamente.”
“O quê?”
“O que foi?”
Porra.
Amy.
Tudo o que consigo pensar é aquele olhar nos olhos dela
quando ela gozou depois de mim. Tudo o que posso provar é
ela na minha língua. Tudo o que posso sentir é o jeito que ela
se agarrou a mim com tanta força e se moveu comigo. A ou-
tra noite não foi algo que eu faço, a coisa toda de uma
noite. Mas eu sabia, mesmo antes de saber quem ela era, que
a garota que eu vi naquele bar era apenas... merda, eu não
sei. Algo diferente. Algo real.
Calma, amigo.
“Jackie”, murmuro.
Como o inferno.
“Sério.”
Amy.
Amy
DO LADO DE FORA DA JANELA, as palmeiras e as barracas
de comida do lado da rua e depois a praia passam por nós. O
Range Rover com ar-condicionado ressoa ao sair da estrada
principal, descendo por outro bosque de palmeiras até o ae-
roporto privado, onde voltaremos para casa da Tailândia com
uma rápida parada para reabastecimento no Havaí.
“Amy.”
“Hã?”
“Bem, quero dizer que você não pode culpar uma garota
por se apaixonar por seu pai total.”
Ele e Max andam com suas malas até o avião, mas Ja-
vier se aproxima do nosso carro. Nossos olhos se encontram
novamente, brilhando com fogo, e ele limpa a garganta.
Javier sorri.
“Uh...”
“Damas as primeiro.”
Dane-se isso.
Eu sorrio
Apenas novecentas?
Eu atiro de volta.
Com ciúmes?
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Grupo de pessoas que já fizeram sexo em um avião durante o voo.
Eu não sou, pelo que vale a pena.
Eu estava brincando.
Oh merda.
Porra sim.
“Javier...”
“Sim”
Amy
DESNECESSÁRIO DIZER QUE o voo da Tailândia de volta
para Nova York é muito, muito longo. E eu nem quero dizer
figurativamente, quero dizer é literalmente tão longo. O que
não ajuda é que toda vez que olho para Javier do outro lado
do corredor, eu o quero. Como, literalmente, toda vez. Mas
em nenhum outro momento da nossa viagem de volta temos
a oportunidade perfeita novamente de todos dormindo, en-
tão, infelizmente, não há mais sessões do Clube das Milhas
Aéreas.
“Ei, você quer ir com a gente, cara?” Ele acena para Ja-
vier.
“E aí?”
“Claro!”
Eu engulo, empalidecendo.
“Oh espere. Eu sei quem você é!” Ela sorri para mim, es-
treitando os olhos e seu sorriso pensando em uma linha
dura.
“Eu sei que meu Javier tem um grande apetite, sua pu-
tinha. Quando estivermos casados, essa merda vai acabar,
mas, bem, ele tem seus namoros agora.” Seus olhos quei-
mam em mim, e aquele sorriso fino e maligno volta.
Oh Deus.
Oh meu Deus...
“Amy.”
“Não.”
A palavra cai dos meus lábios em um sussurro, minha
cabeça balançando lentamente para frente e para trás.
“Amy, me escute.”
“Não”, eu assobio.
“Amy.”
Javier
O PRIMEIRO GOLPE DÓI.
Muito.
“Não.”
“Papai!”
“Espere lá fora!”
“Bebê!”
Balanço a cabeça.
“Você tem três segundos para sair pela porta antes que
eu o expulse e chame a polícia. Um-”
“Dois.”
“Marshall”
“Espertinha.”
Eu concordo.
“Papai...”
“Não se preocupe.”
“Escute, Marshall...”
“Nós vamos ficar bem, Javier. Provavelmente, pelo me-
nos. Apenas me dê um pouco para processar tudo isso.”
“Kendall.”
Marshall suspira.
“Eu sei.”
“Sim?”
“Que foi?”
Para sempre.
Epílogo
Amy
“NÓS VAMOS NOS ATRASAR”, eu gemo enquanto seus lá-
bios percorrem minha espinha.
Foi o que fez por ele. Ele viu o quanto Javier e eu nos
amávamos, e ele estava a bordo.
Cadela sorrateira.
Aquela noite foi a última vez que a vimos, ou a veremos,
no entanto. Javier e meu pai se esforçaram com suas equi-
pes jurídicas, arquivando uma tonelada de ordens restritivas
e ameaçando ações legais suficientes para que seus próprios
advogados basicamente implorassem para que ela sumisse
do mapa. Javier tem pessoas que ficam de olho nela, mas
pela última vez que ouvimos, ela está morando com um velho
rico tentando enganar seu caminho para a herança dele.
Max.
Hope.
Fim