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A força do silêncio
Prefácio
I. Silêncio diante do barulho do mundo
II. Deus não fala, mas sua voz é clara
III. Silêncio, mistério e o sagrado
4. O silêncio de Deus diante do flagelo do mal
V. Como um grito no deserto O encontro na Grande
Chartreuse
Epílogo
Bibliografia
Cardeal Robert Sarah
com Nicolas Diat
A força do silêncio
Enfrentando a ditadura do ruído
Título original: La force du silêncio Por Cardeal Sarah com Nicolas Diat
© Biblioteca Arthème Fayard, 2016
© Edições Palabra, SA 2017
Paseo de la Castellana, 210 - 28046 MADRID (Espanha)
palavra@word.es
NICOLAS DIAT
Roma, 2 de setembro de 2016
EU
SILENCIO
DIANTE DO BARULHO DO MUNDO
Guilherme de Saint-Thierry,
Carta aos irmãos do Mont Dei
284. – Deus não quer o mal. Deus não quer guerra. Deus
não quer morte ou sofrimento. Deus não quer injustiça. E
ainda assim permite todos esses males da terra. Por que
esse mistério?
O Pai quer que assumamos a totalidade da nossa vida na
terra. E o mal faz parte da condição humana. Ele queria que
seu próprio filho sofresse a experiência do mal mais abjeto
pela redenção e salvação do mundo.
É
pobre criatura é algo muito bonito; É uma felicidade que
ultrapassa a nossa compreensão.
»Tínhamo-nos tornado indignos de rezar, mas Deus, pela
sua bondade, permitiu-nos falar com Ele. A nossa oração é o
incenso que mais lhe agrada.
»Meus filhos, o vosso coração é pequeno, mas a oração o
expande e o torna capaz de amar a Deus. A oração é um
gostinho antecipado do Céu, faz descer até nós uma parte
do paraíso. Nunca nos deixa sem doçura; É como o mel que
se derrama na alma e adoça tudo. Na oração feita
corretamente, as tristezas derretem como a neve diante do
sol.
É
É verdade que, diante do sofrimento desumano, pode
ocorrer uma rebelião saudável e justa. Mas, se for uma
rebelião consciente ou inconsciente contra Deus, a luta é
inútil, ilusória e ridícula. Deus não é responsável pela
miséria que os próprios homens geraram.
-Não.
-Sim.
A sua adesão a Deus reduzia-se a um assentimento
sincero repetido duas ou três vezes num contexto de
costumes bem estabelecidos. Não é esse o barro humano de
que são feitas todas as orações do homem?