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Docente: Sinesio Júnior

Discentes: Darkson, Erica, Thales

Gênero: fanfic

Resumo do conto: A fuga

O conto descreve a história de uma mulher que, após doze anos de casamento, decide
sair de casa em busca de liberdade. Enquanto caminha pela chuva, ela enfrenta um
dilema interno sobre seu futuro. A personagem, lutando com seus medos e incertezas,
encontra-se diante de uma sensação de alívio misturada com a angústia da mudança. Ela
reflete sobre sua vida matrimonial e sua liberdade recém-descoberta, apreciando a
sensação de autonomia que há tanto tempo não experimentava. Enquanto enfrenta o
clima e seus próprios pensamentos, ela imagina um mundo sem limitações, uma
sensação de queda infinita que a liberta. Esses pensamentos libertadores contrastam
com a opressão que sentia em seu casamento, onde a presença do marido parecia
sufocar seus pensamentos e movimentos. Após decidir deixar sua casa, a mulher
percebe que, apesar da liberdade momentânea que sente, seu futuro é incerto. Ela
pondera sobre sua situação financeira limitada e as restrições sociais que enfrentaria ao
sair sozinha. No final, ela retorna para casa, para a segurança e conformidade do
casamento, mas dentro de si, ela continua a sentir uma busca por liberdade e uma
desconexão com a vida que leva. O conto é um retrato íntimo dos conflitos internos de
uma mulher presa entre a busca pela liberdade e a segurança de uma vida familiar,
expondo a complexidade emocional de uma decisão que envolve não apenas ações, mas
também os desejos mais profundos de uma alma atormentada.

Fanfic

Ela caminhava pelas ruas, mergulhada em pensamentos turbulentos, buscando um


porto seguro na tempestade que agitava seu interior. A chuva persistente não lhe trazia
desconforto, apenas um leve temor pairava, pois ainda não decidira seu destino. Os
bancos no jardim pareciam convites ao repouso, mas a estranheza nos olhares alheios a
fazia seguir adiante. Cansada e perdida, uma questão ecoava constantemente em sua
mente: "O que acontecerá agora?" Retornar para casa não era uma opção, receava ser
arrastada de volta ao ponto de partida. Então, imaginou um turbilhão, um redemoinho
que a retirasse do que conhecia, mas ao assustar-se, aguardou o momento oportuno
para afirmar a si mesma: "Você não voltará". Um alívio tomou conta dela. Decidida a
partir, um sentimento de renovação crescia. A liberdade de três horas sozinha após doze
anos de casamento a reafirmava em si mesma. Porém, além da alegria, também residia
um tanto de medo e a consciência dos doze anos passados. A beira-mar, ela contemplou
o oceano agitado. A chuva cessara, mas a água revolvia-se, escondendo o fundo. Ela
brincou de imaginar um mundo sem limites naquele mar, embora isso despertasse uma
angústia ancestral em não encontrar um ponto final. Lembrava-se de um homem que
não sentia a gravidade e caía incessantemente, uma memória que agora não a
angustiava, mas trazia uma sensação há muito esquecida de liberdade. Agora, saciada
pela chuva, faminta após doze anos, dirigiu-se a um restaurante. Ali, a simplicidade de
um pão fresco, uma sopa quente e um café aromático encantava-a. Hospedou-se num
hotel estrangeiro, desfrutando do conforto e, ao adormecer, a lua, fruto da chuva,
banhou-a em seu brilho sereno. Ao amanhecer, planejou uma viagem, mas a realidade
trouxe a falta de recursos. A consciência do peso dos doze anos e a escassez de dinheiro
guiaram sua decisão: voltar para casa. Ao chegar, encontrou o marido na cama, e, no
silêncio da noite, entre lágrimas disfarçadas e o luar a envolver, ela se acomodou, vendo
o navio se afastar cada vez mais. E assim, dentro da calmaria do quarto, encerrou-se o
ciclo tumultuado de um breve momento de liberdade, retornando ao redil dos doze anos
passados.

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