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EDUCAÇÃO MÓDULO
POLÍTICA PARA
CIDADANIA

Estado Brasileiro:
estrutura e funcionamento
GABRIELLA BEZERRA
VIVIANE QUEIROZ
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
1. Introdução......................................................................... 19

A
ideia de Estado, apesar de ser uma pa- decisão seja revista; 4) finalmente, as crianças co-
2. Constituição: bases do Estado democrático........................... 20 lavra bastante presente nas conversas meçam a protestar, pois essa discussão toda esta
no nosso dia-a-dia, é pouco compreen- atrasando a diversão.
dida. Neste fascículo, nosso objetivo é Você pode argumentar que a solução neste
3. Noção formal: elementos e funções do Estado....................... 21 apresentar a estrutura do Estado brasileiro, com caso é bem simples: bastaria as pessoas se dividi-
foco em seus elementos constitutivos que per- rem e cada indivíduo ou grupo menor fazerem o
4. Definições de regime político e governo................................ 24 mitam o funcionamento da democracia. Inicial- que desejam. Assim, as pessoas que se dividiram
mente, vamos compreender o que é o Estado e inicialmente, ao ver que não concordam com os
as razões de sua centralidade na sociedade con- termos do grupo, se associariam a subgrupos,
Referências........................................................................ 30 temporânea. Em seguida, apresentaremos um com maior afinidade. Até aqui parece tudo razo-
panorama sobre a estrutura e o funcionamento ável, correto? Mas veja, o grupo 1, vamos chamar
institucional brasileiro. de amarelo, quer ligar o som, dançar na beira da
Com esse debate, esperamos incentivar você piscina e usar o dinheiro arrecadado anterior-
a desenvolver 1) uma reflexão sobre a organi- mente, para comprar luzes e adereços festivos.
zação coletiva e nossas atitudes políticas; 2) a O grupo 2, azul, decidiu por jogos de tabuleiros
associação da realidade cotidiana e os fluxos e o barulho do grupo amarelo vai impedi-los
políticos aparentemente mais distantes e 3) a de tomar a decisão que tomaram, por conta do
percepção da relação entre sua rotina cotidiana barulho da música e do dinheiro gasto para ou-
e as estruturas do Estado. tros propósitos, que não a compra dos jogos. O
Nesse sentido, esperamos esclarecer: qual é a grupo 3, rosa, queria fazer um churrasco com o
razão de o Estado ser constantemente responsabi- dinheiro e jogar conversa fora. Observando por
lizado por tantos problemas e, ao mesmo tempo, essa perspectiva, vemos que não é possível com-
um recurso de organização social tão importante? patibilizar o mesmo espaço e o mesmo dinheiro
Para iniciar nossas reflexões, precisamos visu- com decisões conflitantes. Uma nova reunião
alizar nosso modelo de organização social. Imagi- torna-se necessária e toda aquela disputa inicial
nemos a seguinte situação: em uma reunião entre não resolve ‘de fato’ os problemas. Nesse caso,
várias pessoas, quando há um desentendimento os conflitos não são intensos a ponto de impedir
entre elas ou a necessidade de definir o que elas a vida em comum. Mas podemos fazer um exer-
vão fazer, como vão fazer, algumas possibilidades cício de imaginação e pensar em como seria a
podem surgir: 1) a pessoa mais velha acredita que ampliação das disputas na nossa rua, bairro, ci-
tem mais conhecimento e autoridade para orga- dade, país, sem um poder que pudesse organizar
nizar as atividades do grupo e o restante se sente nossa vida em comum.
constrangido ou impedido de questionar suas de- Como nós já nascemos em um Estado Demo-
cisões; 2) existe uma pessoa mais jovem bastante crático e de Direito constituído, essas reflexões
carismática que começa a apresentar sugestões podem parecer muito abstratas para nossa com-
e consegue convencer a maioria a seguir por um preensão. Assim, vamos repassar alguns acon-
caminho e abandonar o outro; 3) uma minoria se tecimentos que nos permitem entender como
sentindo prejudicada com alguma decisão, co- nossa organização social e política foi construí-
meça a apresentar outros elementos para que a da. Vamos compreender como chegamos aqui?

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2 3
CONSTITUIÇÃO: BASES DO NOÇÃO FORMAL: ELEMENTOS
ESTADO DEMOCRÁTICO. E FUNÇÕES DO ESTADO.

A V
o longo da história, através de No Estado Brasileiro, descrito na nossa Isso quer dizer que essas foram modifica- amos iniciar com definições de Aquilo que “Estado” e “política” têm a política não pode extinguir, embo-
muito debate, guerras e conflitos, Constituição Federal, é possível ler alguns des- ções realizadas através dos debates legais cientistas políticos sobre o Estado. em comum (é inclusive a razão de sua ra a sociedade sem conflito seja um
a ideia de Estado foi se desenvol- ses casos, em especial, nos artigos iniciais. No e legítimos ao longo dos últimos 25 anos. Primeiro é preciso esclarecer que intercambialidade) é a referência ao antigo sonho de muitos filósofos
vendo e sua operação foi se trans- capítulo chamado Dos Direitos e Deveres Indi- Ou seja, a sociedade, por mecanismos es- o Estado passou por diversas for- fenômeno do poder. [...]. Por longa tra- políticos. A política pode simples-
formando. Na compreensão atual, quando viduais e Coletivos, encontramos, no artigo 5º, peciais, vocaliza a necessidade de alteração mas e estruturas ao longo do tempo, mas dição, o Estado é definido como por- mente "desarmar" o conflito, ca-
falamos de Estado Democrático de Direito exemplos de direitos essenciais: “é livre a loco- das regras que não são essenciais. não contaremos aqui essa história. Iremos tador do poder supremo, soberania. nalizá-lo, transformá-lo em formas
nos referimos à forma de organização insti- moção no território nacional em tempo de paz, Vejamos um desses exemplos: Em nossa diretamente à definição do Estado atual, (BOBBIO, 2017, p.100). não destrutivas para os diferentes
tucional de uma determinada comunidade, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, Constituição há a indicação de que “os parti- chamado de Estado Democrático Liberal. grupos e a coletividade em geral.
que define, através de princípios comuns nele entrar, permanecer ou dele sair com seus dos políticos têm direito a recursos do fundo Adicionalmente, para explicitarmos a defi- Para nós, a função da política é (SCHMITTER, 1965, p. 55)
e democráticos, as regras que orientam o bens” e “é livre a manifestação do pensamento”. partidário e acesso gratuito ao rádio e à te- nição de Estado, precisamos também falar a de resolver conflitos entre indiví-
comportamento de todos(as) os(as) resi- Esses são considerados, dentre outros, princí- levisão, na forma da lei”. Ao longo dos anos de política e poder, para que faça sentido. duos e grupos, sem que este confli- O conceito de Estado denomi-
dentes em um determinado território. Algu- pios fundamentais em um Estado Democrático as regras eleitorais têm sido constantemente Começaremos por aí e chegaremos à defi- to destrua um dos grupos em con- na, sobretudo, uma comunidade
mas dessas regras foram definidas ao longo de Direito. Alguns indivíduos podem questionar modificadas: um desses casos refere-se jus- nição de Estado e à especificação de seus flito. Talvez, a resolução não seja a política, organização que, dota-
da história política da comunidade e são e tentar rever essas ideias, mas serão conside- tamente à forma de financiamento dos parti- elementos e funções. melhor expressão, porque implica da de elementos fundamentais
consideradas orientadoras das regras mais rados antidemocráticos, podendo inclusive dos políticos e seu acesso às mídias de rádio (falsamente) que a atividade polí- como soberania, povo e território,
simples e, portanto, mais mutáveis. Essas responder a processos criminais, pois esses são e TV. Tais mudanças foram discutidas bus- tica põe fim ao conflito. Ao contrá- exerce seu domínio sobre um de-
regras estão abertas a questionamentos e princípios que conquistamos com muito custo cando o aperfeiçoamento e respeito ao sis- rio, existem conflitos permanentes terminado grupo de indivíduos.
transformações através das estruturas de- e, no aprendizado histórico, tornou-se impor- tema democrático, envolvendo um debate dentro de qualquer sociedade que (COELHO & VIANNA , 2021, p. 36)
mocráticas legislativas. Já as regras primei- tante defendê-los e preservá-los. público e legislativo sobre o tema. Para ficar
ras, ordenadoras, são menos suscetíveis a Ao abrir os sites oficiais onde consta o mais compreensível nossa reflexão, pense-
transformações em um curto prazo e exi- nosso texto constitucional, é possível visua- mos assim: abolir os partidos políticos seria
gem uma mudança política mais robusta. lizar vários trechos que estão cortados com considerado inconstitucional e antidemocrá-
Vamos dar um exemplo. uma linha horizontal em cima das palavras. tico, mas transformações nas formas como
eles operam podem, na verdade, significar
Para saber mais: o(a) cientista da política
um aperfeiçoamento da lei e da democracia. O(a) cientista político(a) é, em geral, um pesquisador ou pesquisadora que realizou estudos siste-
Você poderia argumentar que essa dife- máticos em Universidades ou Institutos de Pesquisa com a titulação na área de Ciências Sociais . Mas
renciação entre regras ordenadoras e orien- diversos outros(as) pesquisadores(as) pensam e analisam a política.
tadoras pode nem sempre ser tão evidente. O debate em torno da prerrogativa de análise da política foi tema, ano passado, de uma controvér-
E é verdade. Por isso mesmo, a estrutura de sia envolvendo a advogada e influencer Gabriela Prioli. Para acompanhar as reflexões leia os artigos
funcionamento do Estado é tão ampla, para na Revista Piauí, indicados a seguir:
que se assegure a preservação dos direitos 1. “Deixa a moça trabalhar: Críticas ao curso de política oferecido por Gabriela Prioli misturam
e deveres em uma determinada coletivida- corporativismo, moralismo e misoginia”
de e para que nenhum grupo possa subver- 2. “Ciência política regulamentada: Em resposta ao artigo “Deixa a moça trabalhar”, autores
ter essa lógica, em benefício próprio. A par- defendem regulamentação da profissão de cientista político”
tir de uma dinâmica de controles múltiplos,
essa estrutura opera. Vamos conhecê-los ao
longo deste fascículo!

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caso provocou grande comoção nacional e Mas precisamos ter em mente que o que, quando esses desvios de ação do
internacional, inclusive com sequência de funcionamento ideal e totalmente respon- Estado se intensificam, os indivíduos co-
Vamos de dica de leitura? protestos de rua. Nesses casos, o próprio sável nunca será possível. O comporta- meçam a questionar a sua autoridade e
IMPORTANTE! Estado deve buscar corrigir os desvios pra- mento humano é falho e o Estado funciona podem buscar não a sua correção, mas um
Para se aprofundar sobre a história da emergência do Estado, indicamos o livro ticados pelos seus funcionários(as) e revi- por meio da ação dos indivíduos, de carne outro Estado ou nenhum, como no caso de
“Estado e Democracia: uma introdução ao estudo da política”, escrito pelos profes- sar suas práticas. e osso, por assim dizer. É preciso lembrar grupos anarquistas.
sores André Singer, Cícero Araújo e Leonardo Benilli e publicado em 2021. Ele conta
com seis capítulos, e ‘viajam’ desde a Antiguidade Clássica até as crises políticas
dos nossos dias, em linguagem acessível para diversos públicos.

Você sabia?
Na história das ideias políticas, ou seja, das concepções que os indivíduos carre-
Apresentadas as conceituações de tamos anteriormente e que seguiremos de- ameaça um cidadão desarmado, resultan- gam e compartilham sobre as decisões e a organização social, existe o anarquismo.
Estado, retornemos ao exemplo da intro- talhando neste fascículo. Ou seja, o Estado do até mesmo em mortes durante aborda- Confundido com várias concepções que não refletem o ideário, e apesar de diferen-
dução. Como vimos, a divergência entre produz as normas e também faz com que gens criminosas e desastrosas. Por exem- ciações entre diversos anarquistas, em geral, a concepção indica o desejo de uma
os grupos era aparentemente pacífica e a sejam cumpridas, e quando não são, ele plo, você deve ter acompanhado o caso sociedade que não seja organizada pelo Estado.
solução poderia ter sido encontrada atra- também é o responsável por coibir as irre- George Floyd. Em uma abordagem policial, Em um documentário chamado “Os Anarquistas”, gravado ao longo de seis anos
vés de um diálogo, votação ou sorteio. Mas gularidades e punir os crimes. George foi pressionado no pescoço por um nos Estados Unidos e México, é possível visualizar a dificuldade da resolução de
consideremos que também poderia ter se Esse uso da violência pelo Estado é to- agente público. Essa pressão começou a conflitos, especialmente os violentos e financeiros, sem o auxílio de um poder co-
desenrolado para formas mais conflituo- lerado, desde que seja para o propósito de sufocá-lo. Mesmo com o seu aviso de que letivo e institucional, ou seja, sem o Estado. Infelizmente, a história tem desdobra-
sas e violentas, com ameaças discretas ou cumprir as regras acordadas. Mas sabe- estava ficando sem ar e com o protesto dos mentos trágicos.
diretas por algum dos grupos: amarelo, mos que em algumas situações esse uso que viam e gravavam a cena, pedindo para Para que se conheça o que significa o termo, indicamos podcasts para iniciar a
azul ou rosa. E como sabemos, a violência é desvirtuado e existem desvios. Acontece, que ele o imobilizasse de uma maneira consulta: História em meia hora - Episódio: “Anarquismo” , como também o Pod-
foi e é um recurso utilizado em momentos por exemplo, no estado norte-americano, não perigosa, o policial ignorou os apelos castdelas, Cala a boca, Bárbara, episódio 16 – “O que é Anarquismo?” .
de discordância, sendo, ao mesmo tempo, quando a Polícia abusa de seu poder e e George morreu por asfixia mecânica. O
um recurso desprezado pela maioria das
pessoas, como solução que não deveria
ser usada.
A história nos conta como a violência
como recurso de poder levou a genocídios Mesmo quando não se chega a essa si- reclamações extremadas e desrespeitam a cas e vai observar se as regras estão sendo
e guerras sangrentas. O aprendizado e me- tuação extrema de lutar pela extinção do opinião coletiva, querendo fazer sobrepor cumpridas, por indivíduos, grupos ou em-
mória constante desses fatos têm nos leva- Estado, quando ele não cumpre suas fun- a sua opinião política às demais. Por isso, presas. Essas seriam as funções principais
do a preferir que a violência seja o último ções, as revoltas podem se intensificar e fiquemos atentos(as) aos protestos, inda- do Estado. E agora você poderia pergun-
recurso na busca de solução em uma situ- gerar movimentos de rua, protestos, refor- gando sobre a sua legitimidade - ou seja, tar: mas quem, de fato, vai fazer tudo isso?
ação onde há discordância entre os grupos mas e até mesmo, situação de violência, se fazem queixas justas e buscam melhorar Você já sabe que parte dessa tarefa cabe
sociais e políticos. E, temos concordado, guerras civis ou golpes de Estado. Ou seja, a democracia e reformar o Estado ou se são aos funcionários(as) públicos(as), mas não
com algumas divergências, que uma ins- tentativas de pôr fim ao regime que organi- violentos e de caráter autoritários. apenas a eles(as). Fazem parte da tarefa
tituição destinada a esse propósito seria za a sociedade, estabelecendo um modelo Por esse debate, já podemos descrever também grupos políticos que assumem
mais justa e eficiente do que a liberdade autoritário. Em situações de crise política também as funções do Estado. Em primei- o poder do Estado, após a vitória eleitoral
individual no uso da violência física. Por- intensa, alguns cidadãos(ãs) podem se des- ro lugar, destacamos seu papel na organi- e buscam organizar a “casa” a seu modo,
tanto, a prioridade neste uso passou a ser gostar do Estado democrático e de sua ine- zação da vida coletiva em um determinado respeitando os limites das legislações, que
exclusiva das forças estatais, destinadas a ficiência a ponto de saudar ou vangloriar território; em seguida, destacamos seu pa- não variam com a mudança dos grupos po-
esse propósito, com o objetivo de garantir governo autoritários, ditaduras ou mesmo pel na produção da legislação mais justa líticos. Chegamos neste momento do texto
o cumprimento das leis que foram acorda- se manifestar em prol de golpes de Estado. para produzir essa organização; para tal, ele à necessária compreensão sobre regime e
das pelas instituições de Estado, a partir de Em alguns casos, esses movimentos fazem também vai colocar essas regras em práti- governo político.
amplo processo democrático, que comen-

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DEFINIÇÕES DE REGIME COMO O PODER PÚBLICO BRASILEIRO SE ORGANIZA

POLÍTICO E GOVERNO O órgão representante de cada poder em cada esfera

N
ovamente, trazemos abaixo Portanto, para que a estrutura das das regras é o interesse popular, ou seja,
organizações do Estado funcione,
PODER EXECUTIVO PODER LEGISLATIVO PODER JUDICIÁRIO
algumas definições de regi- o povo. Já quando falamos do tipo de go-
me político e governo feita por faz-se necessário um conjunto de verno, existem os modelos parlamentaris-
estudiosos(as) da área: indivíduos instituídos de certo po- tas e presidencialistas . No primeiro caso, Congresso Nacional STF, CNJ, tribunais superiores e justiça
der para manejar suas instituições Esfera Federal Presidente da República
a escolha do(a) representante do poder (Câmara dos Deputados + Senado Federal) especializada (Trabalho, Eleitoral e Militar)
“Por regime político se entende o
políticas. Logo, fica claro que o Go- Executivo é feita pelo poder Legislativo. Já
conjunto das instituições que regu-
verno deve ser institucionalizado, no caso presidencialista, que é o brasilei-
lam a luta pelo poder e o seu exer-
isto é, possuir instituições políticas ro, a escolha dos(as) representantes dos Esfera Estadual Governadores dos Estados Assembléias Legislativas Tribunais de Justiça e Juízes de Direito
cício, bem como a prática dos va-
que funcionem e sejam aceitas por poderes Executivo e Legislativo é feita por
lores que animam tais instituições”
todos os cidadãos que compõem voto popular por todos os(as) cidadãos(ãs)
(BOBBIO, 1998).
esse Estado. Essas instituições são habilitados(as) ao voto.
organizadas, normalmente, na for- O Jornal Folha de São Paulo, em seu Câmaras municipais de
Numa primeira aproximação, Esfera Municipal Prefeitos municipais -
ma dos famosos três poderes (Exe- blog chamado Direto ao ponto, preparou e vereadores
e com base num dos significados cutivo, Legislativo e Judiciário) e em publicou uma imagem que ajuda a enten-
que o termo tem na linguagem po- diferentes níveis de governo, que po- der a divisão dos poderes e suas funções.
lítica corrente, pode-se definir Go- dem ser mais centralizados ou mais Confira a seguir ou acesse o QRcode:
verno como o conjunto de pessoas desconcentrados, de acordo com As funções de cada um dos poderes Entretanto, há situações em que as funções desses poderes se misturam.
que exercem o poder político e que a organização interna de cada país. Exemplos:
determinam a orientação política (COELHO & VIANA, 2021, p. 41) PODER EXECUTIVO
de uma determinada sociedade. É Executar e administrar, colo- PODER EXECUTIVO
preciso, porém, acrescentar que o Voltando novamente ao exemplo da car as leis em prática. Também pode editar leis. É o caso das MPs (Medidas Provisórias), ato do presiden-
poder de Governo, sendo habitual- primeira parte do fascículo, na busca da so- te da República e com força de lei.
mente institucionalizado, sobretudo lução entre os grupos amarelo, rosa e azul,
na sociedade moderna, está normal- podemos indagar que tipo de regra os in- PODER LEGISLATIVO PODER LEGISLATIVO
mente associado à noção de Estado. divíduos pactuaram para tomar a decisão Legislar, criar leis, estabelecer Pode julgar indivíduos em algumas situações específicas, como no processo de
Por consequência, pela expressão e, depois, analisar como a decisão final foi normas de funcionamento. impeachment do presidente.
"governantes" se entende o conjun- escolhida. Ou seja, temos as regras que or-
to de pessoas que governam o Esta- ganizam esse “jogo” (a disputa, a competi- PODER JUDICIÁRIO
do e pela de "governados", o grupo ção) e as partidas do jogo, que se sucedem PODER JUDICIÁRIO Atua como um legislador no controle de constitucionalidade, ao promover direitos
de pessoas que estão sujeitas ao no tempo e podem ter diferentes vitoriosos Julgar, decidir frente a casos sociais, pode ser acusado de ativismo judicial.
poder de Governo na esfera estatal. e, consequentemente, perdedores. controvertidos.
(BOBBIO, 1998) O regime político são as orientações ge-
rais sobre a forma que uma sociedade irá
Logo, não existe Estado sem organizar seus “jogos” ou seja, sua disputa
Governo. O poder do governo se- política. Os regimes políticos democráti-
ria então a resultante das disputas cos, podem ser republicanos ou monár-
internas dessas pessoas e das ins- quicos. O regime brasileiro é republicano.
tituições políticas criadas por elas. Nele, o princípio que orienta a organização

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O poder Executivo contempla a figu- presidência da república, o nível estadual,
ra do(a) Presidente(a) e seu conjunto de pela governadoria do estado e o nível mu-
assessores(as) e ministros(as) de Estado. nicipal, encabeçado pela prefeitura. Para
Nele também encontramos parte dos(as) ilustrar e ajudar a visualizar, indicamos os
funcionários(as) públicos(as) concursados(as) organogramas publicados no Anuário do
ou contratados(as), chamados(as) também de Ceará, que apresentam as estruturas orga-
burocracia de Estado. nizacionais do Governo do Estado do Ceará
Nós temos três níveis do poder Exe- e da Prefeitura de Fortaleza. Para melhor vi-
cutivo: o nível federal, encabeçado pela sualização, acesse o QRcode:

PREFEITO

VICE-PREFEITO

GABPREF
PODER EXECUTIVO
ART 1ª PROTEÇÃO
ESTADO DO CEARÁ GABVICE SEGOV COPIFOR
POLITICA INFÂNCIA ANIMAL
CPDROGAS

DESCONCENTRAÇÃO

Administração Superior
ORGANOGRAMA CGM PGM
ÓRGÃOS AUXILIARES DE ASSESSORAMENTO

ADMNISTRAÇÃO DIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA

GOVERNADORIA
12
SEFIN SEPOG SESEC SMS SME SEINF SECEL SCSP SEUMA SDHDS SETFOR SECULTFOR SDE HABITAFOR SEJUV SEGER
REGIONAIS
SUPERIOR

CONTROLADORIA E
OUVIDORIA-GERAL DO ESTADO ASSESSORIA ESPECIAL
DA VICE-GOVERNADORIA

Subordinados
PROCURADORIA- GMF
GERAL DO ESTADO PROCON CLFOR
CASA CIVIL
CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO
INSTRUMENTAL

Autarquias
Especiais
instrumental

Autarquias
Secretaria Secretaria do IPLANFOR AGEFIS
da Fazenda Planejamento

ADMNISTRAÇÃO INDIRETA
e Gestão
EGP
SECRETARIA

IPM IJF AMC IPEM ACFOR URBFOR

DESCENTRALIZAÇÃO
Secretaria do Sec.de Controladoria Secretaria Secretaria do
Secretaria Secretaria da Secretaria da Secretaria do Secretaria da Secretaria Secretaria
Secretaria Secretaria Secretaria Denvolvimento Proteção Geral de dos Recursos Desenvolvimento Sec. da
do Esporte e Segurança Pública Administração Meio Ambiente Infraestrutura do Turismo da Educação
das Cidades da Saúde da Cultura Econômico e Social, Disciplina Hídricos Agrário Ciência,
Juventude e Defesa Social Penitenciária

Fundações
SUBSTANTIVA

Especiais
Trabalho
substantiva

Justiça, Tecnologia

Fundações
Cidadania, e Educação
CITINOVA
Mulheres Superior
PMCE PEFOCE SUPESP e Direitos
Humanos
PCCE CBMCE AESP-CE
IMPARH FAGIFOR FUNCI
SEAS
AUTARQUIA
autarquia

Econ. Mista
ARCE ESP-CE SOP ADAGRI ISSEC IPECE SEMACE DETRAN SOHIDRA IDACE NUTEC
ETUFOR
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

24 órgãos da Administração Direta 13 órgãos da Administração Indireta


FUNDAÇÃO
fundação

FUNSAÚDE FUNTELC 21 Administração 5 Coordenadorias 8 Autarquias 4 Fundações 1 Sociedade de


CEARAPREV CE-PREVCOM FUNCEME FUNCAP UVA URCA FUNECE 3 Subordinados
Superior Especiais (2 Especiais) (1 Especial) Economia Mista
EMPRESA
PÚBLICA
empresa
pública

ETICE EMATERCE

Legenda
ECONOMIA
economia

ADECE CIPP S.A. CODECE


MISTA
mista

CAGECE CEARAPAR COHAB Extinção autorizada por lei


METROFOR CEGÁS COGERH CEASA-CE
ZPECEARÁ Em extinção
LEI 16.710 - 27.12.2018 ALTERADO PELA LEI 16.863 - 19.04.2019 E POSTERIORES.

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É preciso destacar que essas estruturas nicipais, posto de saúde, limpeza urbana,
não são todas fixas e se alteram. Por isso, transporte público e manutenção de alguns
observe a data dos documentos consul- espaços públicos, como praças e parques. DIVISÃO DAS REGIONAIS
tados para verificar se ainda estão ativas. O poder municipal de Fortaleza se orga- Artigo 13 da lei Complementar nº 0278/2019
Decreto nº 14.590/2020
Tais mudanças fazem parte do aprendiza- niza em regionais e utilizamos essa lingua-
SR1 - Barra do Ceará, Vila Velha, Jardim Guanabara,
do de gestão como também, da mudança gem no nosso cotidiano para indicar nossos Barra do
Ceará Cristo
Redentor
Cristo Redentor, Pirambu, Carlito Pamplona, Jacare-
SR1 canga, Jardim Iracema, Álvaro Weyne e Floresta
dos quadros políticos do governo. No caso deslocamentos, nosso acesso aos postos Vila
Velha
Jardim
Álvaro
Pirambu
Carlito
Weyne Pamplona
Cais do
Porto SR2 - Aldeota, Meireles, Papicu, Varjota, De Lourdes,
brasileiro, para o poder Executivo, essas de saúde, a relação com a educação no en-
Iracema
Jacarecanga Moura
Jardim
Guanabara Floresta Ellery Monte
Brasil
Praia de
Iracema Vincent Pinzón, Cais do Porto, Mucuripe, Tauape, Jo-
Castelo Mucuripe aquim Távora e Dionísio Torres
mudanças ocorrem de quatro em quatro sino fundamental, além de outros serviços
Quintino Olavo
Presidente São Centro Meireles Vincente N
Cunha Oliveira Pinzon
Kennedy Gerardo Farias SR12 Varjota SR3 – Antônio Bezerra, Olavo Oliveira, Quintino
SR3 Padre Parque Brito SR2
Araxá
Cunha, Padre Andrade, Presidente Kennedy, Ellery,
anos ou de oito em oito anos, caso o(a) assim organizados. Utilizamos essa divisão
Andrade Parquelândia José Aldeota Praia do
Antônio Bonifácio Papicu Futuro I O L
CAUCAIA Bezerra Amadeu Rodolfo
Furtado Teófilo Benfica Joaquim
De
Lourdes Monte Castelo, Farias Brito, São Gerardo, Amadeu
Presidente(a), Governador(a), Prefeito(a) para conhecer os programas culturais, os
Távora
Pici
Bela Jardim Fátima
Dionísio
Torres
Cocó
Cidade
Furtado, Rodolfo Teófilo, Parquelândia e Parque
Autran
Nunes Dom SR11 Vista
Damas América
2000 S Araxá
consigam a reeleição. CUCAS, a programação do Carnaval e São Genibaú Lustosa Panamericano Manuel
Demócrito Couto
Bom
Futuro Parreão
Tauape Dias
Branco Praia do SR4 – Benfica, Fátima, José Bonifácio, Montese, Da-
Conjunto
Henrique Rocha Fernandes
SR4 Salinas Guararapes
Futuro II
mas, Jardim América, Bom Futuro, Parangaba, Vila
O poder legislativo também possui João, dentre outros.
Jorge Montese Alto da
Ceará I Jóquei Vila Balança
Clube União
Conjunto
João
XXIII Itaoca
Peri, Itaoca, Aeroporto, Vila União e Parreão
três níveis de atuação e o poder judiciário, Em 2020, o jornal “O Povo” divulgou o SR5 – Bom Jardin, Bonsucesso, Siqueira, Granja
Ceará II Engenheiro
Aerolândia
Parangaba Aeroporto Luciano Edson SR7
Granja
Bonsucesso
Jardim das
Cavalcante Queiroz
Portugal e Granja Lisboa
dois: federal e estadual. Você poderia nos processo de recomposição da divisão ad- Granja
Lisboa
Portugal
Vila
Peri
Serrinha Dias
Oliveiras
SR6 – Aerolândia, Alto da Balança, Cidade dos
LEGENDA
Itaperi Macêdo
Parque Funcionários, Jardim das Oliveiras, Parque Mani-
perguntar: por que essa divisão acontece? ministrativa do município, que saltou de 5, SR5
Bom
Jardim
Parque
São José Manoel
Maraponga Cidade dos Manibura
Funcionários Sapiranga/
Coité Sabiaguaba bura, Messejana, Cambeba, Parque Iracema, Lagoa
Sátiro Jardim Dendê Boa Vista/
Chamamos essa forma de organizar o po- depois para 7, e agora para 12 regionais. No Siqueira Novo
Mondubim
Cearense
SR8
Castelão
Parque
Cajazeiras Iracema
Regional 1 Redonda, Curió, Guajeru, José de Alencar, Paupina,
São Bento e Coaçu
José de
der em diferentes níveis, os entes territo- site da prefeitura é possível navegar pela Conjunto
Canindezinho Esperança
SR10
Parque Passaré
Cambeba Alencar
Regional 2 SR7 – Praia do Futuro I, Praia do Futuro II, Cocó, Ci-
Parque Mondubim Dois Irmãos
dade 2000, Manoel Dias Branco, Salinas, Guararapes,
riais, de Federalismo: sua estrutura institucional e suas regionais. Santa Rosa
Parque
Presidente
Barroso
Curió
SR6
Lagoa
Regional 3
Luciano Cavalcante, Edson Queiroz, Sapiranga/Coité
Messejana
Segue o link . Te convidamos ainda a co- Vargas
Aracapé SR9
Redonda
Regional 4 e Sabiaguaba
“O federalismo é caracteriza- Planalto
Ayrton Prefeito
Guajeru
Regional 5
SR8 – Serrinha, Itaperi, Dendê, Parque Dois Irmãos,
nhecer melhor um material sobre a cidade,
Senna José
Walter Dias Macêdo, Boa Vista, Passaré, Prefeito José Walter
do pela dupla autonomia terri-
Jangurussu
Coaçu
Regional 6 e Planalto Ayrton Senna
produzido pela Fundação Demócrito Rocha, Conjunto
SR9 – Barroso, Cajazeiras, Conjunto Palmeiras, Jan-
torial, ou seja, por uma divisão Palmeiras Parque
Santa
Paupina
Regional 7 gurussu, Ancuri, Pedras e Parque Santa Maria
intitulado “Nossos Bairros. Nossa Fortaleza - MARACANAÚ Maria

mais igualitária do poder políti- São Bento


Regional 8 SR10 – Canindezinho, Parque Santa Rosa, Parque
Mapeamento estatístico e afetivo da cidade”
Ancuri
Presidente Vargas, Conjunto Esperança, Parque São
co entre o governo central e as Regional 9 José, Novo Mondubim, Aracapé, Maraponga, Manoel
. Sátiro, Jardim Cearense e Mondubim
subunidades nacionais, combi- Pedras EUSÉBIO
Regional 10
SR11 – Bela Vista, Couto Fernandes, Demócrito Ro-
nando centralização e descen- PACATUBA
Regional 11 cha, Panamericano, Pici, Autran Nunes, Dom Lusto-
sa, Henrique Jorge, João XXIII, Jóquei Clube, Geni-
tralização na distribuição interna Regional 12 baú, Conjunto Ceará I e Conjunto Ceará II
ITAITINGA
SR12 – Centro, Moura Brasil e Praia de Iracema
do poder no Estado Nacional.”
(MENDONÇA & CUNHA, 2018, p. 174)

Isso significa dizer que os entes federa-


dos se combinam para promover as funções
do Estado. Por exemplo, a organização de Encerramos esse fascículo, retomando
nosso percurso até aqui: conhecemos a
política educacional envolve os três entes.
estrutura do Estado brasileiro e seus ele-
Do que falamos neste Fascículo…
O governo federal promove seu financia-
mento e regulação, o governo estadual deve mentos que permitem o funcionamento
promover a educação de ensino médio e o da democracia. Além de refletirmos sobre - Definições e funções.
Estado
governo municipal, a educação infantil. Nes- o papel da Constituição Federal na organi- - Poder e política.
te link você encontra informações comple- zação de nossa vida social e política, con-
templando as noções sobre divisão entre - Regras majoritárias e leis ordinárias na
mentares sobre a divisão das funções.
poderes, federalismo e a esfera municipal Estrutura e Funcionamento Constituição.
Para finalizar este fascículo, vamos falar
de governo. Esperamos que esse panora- - O caso brasileiro.
sobre o Governo Municipal .
Esse ente federal é de suma importân- ma te auxilie a compreender melhor e re-
cia porque é o mais próximo da realidade lacionar sua rotina com as estruturas do - Divisão de competência entre os poderes.
cotidiana. Afinal, vivemos em cidades e nos Estado. Governo - Federalismo.
relacionamos com elas, suas ruas, bairros e - O governo municipal.
histórias. Algumas funções do Executivo Mu-
nicipal você já deve conhecer: escolas mu-

28 Fundação Demócrito Rocha | Universidade Aberta do Nordeste EDUCAÇÃO POLÍTICA PARA CIDADANIA 29
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tual: DEIXA A MOÇA TRABALHAR. Críticas
-de--fortaleza.html
ao curso de política oferecido por Gabriela

30 Fundação Demócrito Rocha | Universidade Aberta do Nordeste EDUCAÇÃO POLÍTICA PARA CIDADANIA 31
AUTORES:
Gabriella Bezerra
Olá! Eu sou Gabriella Bezerra e escrevi esse fascículo em parceria com Viviane
Queiroz. Sou cientista política, com doutorado na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul e sou professora do curso de bacharelado em Ciências Sociais e
mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal Rural de Pernambuco, na
cidade do Recife. Participo do Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (LEPEM-U-
FC) da Universidade Federal do Ceará. Para acompanhar nossas atividades, você
pode nos seguir no instagram @lepemufc. Atualmente, estou no estágio de pós-
-doutoramento do Programa Internacional de Pós-Doutorado (IPP) do Centro
Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), em São Paulo. Também escreve
colunas mensais para o jornal O Povo.
Escrevi em parceria com Viviane Queiroz que é pedagoga, professora do ensino
infantil e ensino fundamental e escritora. Seu livro “O menino que queria dan-
çar”, foi publicado pela Editora Sol Literário, em 2020.

Viviane Queiroz
Escritora, Educadora e Professora do Ensino Infantil e Fundamental.

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