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A Square Enix já expandiu a série Final Fantasy em diversas outras mídias.

Vários
animes e filmes de computação gráfica foram produzidos e são baseados em jogos
específicos ou na franquia como um todo. A primeira produção foi uma original video
animation (OVA) chamada Final Fantasy Legend of the Crystals, uma sequência de
Final Fantasy V. A história se passava no mesmo mundo do jogo, porém duzentos anos
no futuro. Ele foi produzido e lançado em 1994 no Japão como quatro episódios de
trinta minutos de duração.[45] A Square Pictures lançou em 2001 seu primeiro e
único longa-metragem nos cinemas Final Fantasy The Spirits Within. O filme se passa
na Terra no futuro durante uma invasão de uma espécie alienígena.[46] Ele foi o
primeiro filme de animação a tentar representar humanos de maneira realista através
da computação gráfica, porém acabou sendo um grande fracasso de bilheteria e
recebeu críticas mistas.[46][47][48] Ainda em 2001 foi lançado Final Fantasy
Unlimited, uma série de anime com 25 episódios transmitida pela TV Tokyo. A série é
baseada em muitos elementos da franquia, seguindo a história de dois jovens à
procura dos pais após dois monstros terem destruído sua cidade.[49][50]

Em 2005, como parte da Compilation of Final Fantasy VII, foram lançados Final
Fantasy VII Advent Children e Last Order Final Fantasy VII, respectivamente um
longa-metragem de animação e um OVA não-canônico.[51] Advent Children foi animado
pelo estúdio Visual Works, que também auxilia a Square Enix na criação das
sequências de computação gráfica dos jogos da série.[52] Diferentemente de The
Spirits Within, o filme recebeu críticas mais positivas[53][54][55] e foi um
sucesso comercial.[56] Por sua vez Last Order foi lançado no Japão diretamente em
DVD em um pacote junto com Advent Children. Ele vendeu rapidamente[57] e foi bem
recebido por críticos ocidentais,[58][59] porém a reação dos fãs foi mais mista
sobre mudanças em relação a cenas do jogo.[60]

Para o lançamento de Final Fantasy XV, a Square Enix lançou duas animações
originais relacionadas ao enredo principal do jogo. A primeira foi Brotherhood
Final Fantasy XV, um anime em seis episódios produzido pela A-1 Pictures que conta
a história da relação do protagonista Noctis com seus três melhores amigos Ignis,
Gladiolus e Prompto.[61] A segunda foi um longa-metragem de animação chamado
Kingsglaive Final Fantasy XV, que se passa paralelamente aos eventos do jogo e
mostra acontecimentos com outros personagens importantes da trama.[62]

Outras mídias
Vários jogos da série Final Fantasy foram adaptados ou tiveram spin-offs na forma
de mangás ou romances. A primeira romantização de um dos jogos foi de Final Fantasy
II em 1989,[63] sendo seguida em 1992 por uma adaptação em mangá de Final Fantasy
III.[64] A década seguinte viu o aumento do número de adaptações e spin-offs. Final
Fantasy The Spirits Within foi adaptado em um romance por Dean Wesley Smith,[65]
Final Fantasy Crystal Chronicles recebeu uma versão em mangá[66] e Final Fantasy XI
teve um mangá e um romance se passando em sua continuidade.[67][68] Sete novelas
baseadas no universo de Final Fantasy VII também foram escritas. A história de
Final Fantasy Unlimited foi parcialmente continuada após o fim de sua transmissão
por romances e um mangá.[69] Jogos mais recentes como Final Fantasy XIII e Final
Fantasy Type-0 também receberam adaptações e spin-offs na forma de contos, romances
e mangás que se passam tanto antes quanto depois de seus eventos.[70][71][72][73]

Elementos comuns
Apesar da maioria dos títulos de Final Fantasy serem histórias independentes umas
das outras, vários elementos de jogabilidade são recorrentes por toda a série.[74]
[75] A maioria dos títulos recicla nomes frequentemente inspirados nas história de
várias culturas, idiomas e mitologias, incluindo asiática, europeia e árabe.[76]
Exemplos incluem nomes como Excalibur e Masamune – tirados respectivamente da lenda
arturiana e do ferreiro japonês Masamune – além de nomes de feitiços como Sagrado,
Meteoro e Última.[75][76] A série adotou seu logotipo atual a partir de Final
Fantasy IV, que emprega a mesma fonte e um emblema desenhado pelo artista japonês
Yoshitaka Amano. A ilustração se relaciona com o enredo do respectivo jogo e
tipicamente retrata um personagem ou objeto importante da história. Recriações
posteriores dos três primeiros jogos da franquia substituíram os logos originais
com similares aos do resto da série.[75]

Enredos e temas

Final Fantasy V é um típico jogo da série em que os heróis precisam resgatar


cristais para salvar o mundo de um mal ancestral. Na imagem, o Rei Tycoon se
aproxima do Cristal do Vento, que controlas as correntes de vento e é um dos
cristais elementais ligados à criação do mundo.
O conflito central de muitos jogos Final Fantasy se foca em um grupo de personagens
enfrentando algum antagonista diabólico que aspira dominar o mundo de jogo. As
histórias frequentemente envolvem um estado soberano em rebelião, com o
protagonista participando dos conflitos. Os heróis frequentemente estão destinados
a derrotar o mal, ocasionalmente se reunindo com os outros personagens como
resultado direto das ações maliciosas do antagonista.[3][76] Outra marca da série é
a existência de dois vilões; o principal nem sempre é quem ele parece ser, já que o
antagonista inicial da história pode estar subordinado a outro personagem ou
entidade.[3] O vilão apresentado no começo do jogo não é necessariamente o final,
com os personagens precisando continuar sua aventura além do que parece ser a
batalha final.[76]

As histórias da série frequentemente enfatizam lutas internas, paixões e tragédias


dos personagens principais, com o enredo muitas vezes ficando de lado enquanto o
foco muda para suas vidas pessoais.[23][77] Os jogos também exploram as relações
entre esses personagens, indo desde o amor até a rivalidade.[3] Outras situações
recorrentes que movem o enredo incluem amnésia, um herói corrompido por uma força
maligna, confusão de identidades e sacrifício próprio.[3][78][79] Orbes e cristais
mágicos são recorrentes como itens de jogo que estão frequentemente ligados com os
temas e o enredo da história.[76] Os cristais frequentemente tem um papel central
na criação do mundo, com a maioria dos jogos Final Fantasy conectando os cristais e
as orbes com a força vital do planeta. Assim sendo, o controle desses objetos gera
o conflito principal.[76][80] Os quatro elementos também são um tema recorrente
relacionado com os heróis, vilões e itens.[76] Outros elementos comuns nos enredos
e temas incluem a hipótese de Gaia, um apocalipse e conflitos entre o avanço da
tecnologia e a natureza.[76][78][81]

Personagens
Cada jogo possui seu próprio grupo de personagens únicos, porém há alguns
recorrentes na série. Desde o lançamento de Final Fantasy II, incluindo recriações
do Final Fantasy original, um personagem chamado Cid tem aparecido de diversas
maneiras como um aliado não jogável, um membro da equipe e como vilão. Apesar da
aparência e personalidade de Cid mudarem de título para título, ele é normalmente
está relacionado com dirigíveis. Biggs e Wedge, inspirados por dois personagens
homônimos da franquia Star Wars, também aparecem em vários jogos como personagens
menores, algumas vezes como alívios cômicos.[23][75] Títulos mais recentes possuem
diversos personagens homens com características efeminadas.[82][83] Criaturas
recorrentes incluem os chocobos e os moogles.[23] Chocobos são grandes aves
galiformes que aparecem em vários jogos como um meio de transporte de longas
distâncias. Moogles, por outro lado, são pequenas criaturas brancas com asas e uma
antena e que se assemelham a ursos de pelúcia. Em cada jogo eles servem em
diferentes capacidades, incluindo carteiros, ferreiros, membros da equipe e meio de
salvar o progresso. As aparições dos chocobos e moogles são frequentemente
acompanhadas por temas musicais específicos que em cada título recebem um arranjo
diferente.[3][23][75]

Jogabilidade

O sistema de combate Active Time Battle em Final Fantasy VII, mostrando o jogador
selecionando uma opção de ordem para o personagem Cloud Strife.
Os jogadores comandam um grupo de personagens nos jogos Final Fantasy enquanto eles
progridem pela história ao explorar o mundo e derrotar oponentes.[3][76] Inimigos
são tipicamente encontrados randomicamente através da exploração, um traço que
mudou a partir de Final Fantasy XI e Final Fantasy XII. Os jogadores emitem ordens
como Lutar, Magia e Item para personagens individuais enquanto combatem através de
uma interface de menu. As batalhas eram organizadas em rodadas antes de Final
Fantasy XI, com os protagonistas e os antagonistas em lados diferentes do campo de
combate. Final Fantasy IV introduziu o sistema Active Time Battle que ampliou a
natureza de rodadas com um sistema de marcação de tempo perpétuo. Ele foi projetado
por Hiroyuki Ito e injetava urgência e excitação no combate ao forçar o jogador a
agir antes do inimigo atacar, sendo empregado até Final Fantasy X, que implementou
o sistema Conditional Turn-Based.[3][23][84] Esse novo sistema manteve as batalhas
em rodadas, porém adicionou nuances a fim de criar um maior desafio para os
jogadores.[19][85] Final Fantasy XI adotou um sistema de batalha em tempo real onde
os personagens agem continuamente dependendo do comando emitido.[86] Final Fantasy
XII continuou com essa jogabilidade através do sistema Active Dimension Battle.[87]
O sistema de combate de Fina Fantasy XIII foi projetado por Toshiro Tsuchida, que
também criou o sistema Conditional Turn-Based,[88] e tinha a intenção de possuir
uma maior sensação de ação e emular as sequências de batalha do filme Final Fantasy
VII Advent Children.[89]

Como outros RPGs, os títulos da série Final Fantasy usam um sistema de níveis de
experiência para o progresso dos personagens, em que pontos de experiência são
acumulados ao derrotar inimigos.[90][91][92][93] Outros temas recorrentes são
classes de personagens e trabalhos específicos que permitem habilidades únicas. As
classes foram introduzidas no primeiro jogo e desde então tem sido utilizadas de
formas diferentes em cada título. Alguns restringem o personagem em um único
trabalho para integrar a história, enquanto outros jogos empregam um sistema mais
dinâmico que permite que o jogador escolha a partir de diversas classes e as altere
no decorrer do enredo. Apesar de muito usados em vários jogos, tais sistemas tem se
tornado cada vez menos prevalentes em favor de personagens que são mais versáteis;
eles ainda se enquadram em algum arquétipo, porém são capazes de aprender
habilidades fora de suas classes.[23][75][76]

A magia é outro elemento comum de RPG presente na série. O método pelo qual os
personagens ganham a magia varia entre cada jogo, porém ela é geralmente dividida
em classes e organizada por cores magia branca se foca em feitiços que auxiliam os
colegas de equipe, magia negra se foca em ferir inimigos, magia vermelha é uma
combinação das magias branca e negra, magia azul imita os ataques dos oponentes e a
magia verde confere efeitos especiais para amigos ou inimigos.[3][75][84] Outros
tipos de magia também aparecem frequentemente, como a magia temporal que exerce
efeitos no tempo, espaço e gravidade; e a magia convocatória que conjura criaturas
lendárias a fim de prestarem ajuda na batalha, estando presente na franquia desde
Final Fantasy III. Criaturas convocáveis são chamadas por nomes como Espers e
Eidolons, sendo inspirados por culturas e mitologias como a árabe, hindu, nórdica e
grega.[75][76]

Outro traço comum de jogabilidade da série Final Fantasy é a presença de diferentes


meios de transporte para navegar pelo mapa de jogo. Os mais comuns e recorrentes
são dirigíveis ou aeronaves semelhantes para viagens de longa distância, e também
chocobos para travessias curtas, porém certos jogos também incluíram outros tipos
de transporte por terra e mar. Desenhos de veículos mais modernos e futuristas têm
aparecido nos jogos lançados após Final Fantasy VII.[76]

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