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Mistanásia, termo provido da etimologia grega mys = infeliz e thanathos = morte,

também conhecido como “Morte social”, se dá pela ocorrência de mortes trágicas, precoces e
evitáveis. Um termo não tão popular, mas recorrente quando o assunto são as diversas
violências físicas, psicológicas, sociais e governamentais ligadas ao preconceito contra
minorias.

Há 14 anos consecutivos o Brasil permanece em primeira posição como país que mais
mata pessoas trans. Segundo dados, foram registradas aproximadamente 131 mortes de
pessoas transexuais assassinadas no último ano, 130 delas de mulheres trans ou travestis, 76%
das vítimas eram negras e estima-se que 42% da população trans já tentou suicídio.

No Brasil, a estimativa de vida de uma pessoa trans é de 35 anos. Essa estimativa tão
inquietante advém de toda uma morte social que essas pessoas sofrem, tendo sua identidade e
existência anuladas diante da mistanásia recorrente em toda sua vida.

Diante disso, é de extrema necessidade a visibilização dessas pessoas e a garantia de


que todos os seus direitos sejam-lhes dados e suas vidas valorizadas.

Com base nas conjunturas apresentadas, este trabalho tem como objetivo visibilizar a
mistanásia sofrida por pessoas transexuais, apresentando suas intersecções com outras formas
de marginalização e os impactos em suas vidas.

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