Você está na página 1de 17

A revolução das telecomunicações

As telecomunicações são os transportes da informação (rádio, a televisão, o telemóvel, a internet).

A revolução das telecomunicações e a sua crescente importância nas sociedades modernas levou á generalização de
termo “sociedade da informação”.

Ciberespaço (expressão usada para descrever o espaço não físico criado por redes de computadores, espaço virtual)

Aproxima pessoas culturas, ideias, Aldeia global “globalização”


etc

As telecomunicações assumem uma importância fundamental na sociedade moderna, uma vez que permitem o
acesso e a transmissão de informação cada vez mais rápidos.

Estas tecnologias são fundamentais na transmissão dos fluxos de informação, o que as torna vitais para a sociedade
digital em que vivemos e para as diversas atividades económicas, financeiras, administrativas e culturais.

As TIC, que integram as telecomunicações, são cruciais, por exemplo para:

• permitir a comunicação em tempo real com qualquer parte do mundo;


• promover o desenvolvimento económico social, cultural e científico;
• promover progressos na medicina e a melhoria da assistência médica;
• dinamizar a cultura e o intercâmbio cultural;
• aumentar a produtividade das empresas e promover a redução dos custos de produção;
• melhorar a educação, o ensino e a formação profissional;
• diminuir distâncias-relativas entre os lugares;
• reduzir as assimetrias socioeconómicas regionais, na medida em que permitem um contacto rápido e eficaz
como outras áreas mais isoladas e periféricas;

Os sistemas de informação geográfica (SIG) são fundamentais para as telecomunicações, desde o planeamento e
desenvolvimento das redes á manutenção e às operações diárias. O recurso aos SIG poderá, por exemplo, ajudar as
empresas/organizações das telecomunicações a:

• aumentar o acesso e a fiabilidade dos dados sobre as infraestruturas;

1
• disponibilizar uma base de dados geográfica e permanentemente atualizada das redes de telecomunicações,
sem restrições de atributos associados;

• diminuir os custos operacionais;


• simplificar o planeamento de redes futuras;
• melhorar o tempo de respostas face a problemas das redes.

SIG (sistema de informação geográfica): sistema que integra tecnologia informática, pessoas e informação
geográfica, cuja principal função é adquirir, analisar, armazenar, editar, visualizar e representar dados espaciais, com
o objetivo de planear, administrar e monitorizar o ambiente natural e socioeconómico e de solucionar problemas
complexos. Um SIG decompõe a realidade em várias camadas, em que cada uma representa um tema.

As comunicações são asseguradas por redes de cabos de fibra ótica e via satélite.

Satélites
A primeira revolução nas telecomunicações ocorreu na década de 1960, com o aparecimento dos primeiros satélites
artificiais.

Os satélites de telecomunicações possibilitam a criação de um canal de comunicação sem fios.

Oferecem tecnologia complementar á dos cabos submarinos.

Os satélites foram importantes para o desenvolvimento das TIC, pois permitem ultrapassar obstáculos impostos ás
comunicações terrestres.

Vantagens:

• possui uma cobertura global;


• permite aceder a locais remotos, de baixa densidade populacional e orografia complexa;
• quebra os efeitos insularidade;
• antenas cada vez mais eficientes e menor dimensão;

O projeto Galileo…

A EU desenvolveu um sistema global de navegação por satélite denominado Galileo, concebido como um projeto
civil.

Trata-se de um sistema que fornece informação exata de geolocalização e de cronometria. Este sistema tem por
objetivo garantir a independência da Europa em relação aos demais sistemas de navegação por satélite a sua
autonomia estratégica em matéria de navegação por satélite.

A autonomia da Europa neste setor irá impulsionar o mercado de trabalho europeu.

Fibra ótica
O aparecimento dos cabos de fibra ótica constituiu uma segunda revolução no domínio das telecomunicações.

Vantagens:

• grande velocidade;
2
• grande capacidade de armazenamento;
• maior segurança e fiabilidade;
• melhor qualidade de som e imagem;

Atualmente, a rede de cabos terrestres e submarinos é densa.

A posição geográfica do nosso país reúne as condições necessárias para que, no território nacional, estejam
localizadas estações terrestres de passagem de cabos submarinos, quer os que se destinam á América do Norte, á
América Latina, a áfrica, ou os que atravessam o Mediterrâneo com destino á asia.

O anel CAM (Continente, Açores, Madeira), assegura as ligações entre:

• continente e Açores- Ramo doméstico do Columbus III (sistema internacional)


• continente e Madeira- Ramo doméstico de Atlantis2 (sistema internacional)

O cabo EllaLink liga Portugal aos continentes americano e africano. Desta forma, reafirma o papel de Portugal como
porta da Europa.

O serviço telefónico fixo


→ Em 2020, o serviço telefónico fixo com acesso direto aumentou 2,3% face ao ano anterior, registando 4,2
milhões de clientes.

→ O tráfego de com origem na rede fixa registou uma redução para 1,1 mil milhões ao número de chamadas
realizadas, mas aumentou o número de minutos de conversação.

→ A nível regional, observam-se contrates assinaláveis no que respeita ao número de telefones fixos por mil
habitantes.

O maior número de telefones fixos por mil habitantes


registou-se nas NUTS III:

• Algarve
• AML
• Beira Baixa
• Alentejo Litoral O menor número de telefones fixos por mil habitantes
• Alentejo Central registou-se nas NUTS III:

• Tâmega e Sousa
• Ave
• Cávado
• Douro
• Viseu Dão Lafões

3
O serviço telefónico móvel

→ Ao longo dos anos, o número de equipamentos de serviço móvel registou um considerável aumento. Em 2020, o
número de acessos móveis ativos e com utilização efetiva atingiu quase 33,6 milhões de acessos.

O serviço de acesso á internet

Nas últimas décadas, registou-se um aumento bastante significativo do número de assinantes do acesso á internet,
em 2020, cerca de 3,8 milhões de assinantes.

4
O maior número de telefonacessos á internet de
banda larga em local fixo por 100 alojamentos
clássicos, regsistou-se nas NUTS III:

• AMP
• AML

O menor número de acessos á internet de banda larga em


local fixo por 100 alojamentos clássicos observou-se:

• Alto Tâmega;
• Terras de Trás-os-Montes;
• Douro;
• Beiras e Serra da Estrela;
• Beira Baixa,

A maior parte dos utilizadores de internet eram sobretudo jovens e adultos jovens e possuíam habilitações
académicas ao nível do ensino superior. (Gráficos pág. 226)

O serviço de televisão por subscrição

Em 2020 o número de assinantes do serviço de televisão por subscrição aumentou em relação a 2019, atingindo 4,2
milhões de assinantes.

O serviço com tecnologia de fibra ótica foi o mais significativo, representando 51,6% do total, com 22 milhões de
assinantes:

5
O teletrabalho…
• Nas últimas décadas, a evolução tecnológica ocorrida no domínio das TIC, a necessidade de muitas empresas
reduzirem os custos de produção e de aumentarem a produtividade, bem como, mais recentemente, a crise
pandémica provocada pela Covid-19, impuseram a revisão dos sistemas organizacionais da sociedade.

• Surgiram, assim, novas abordagens do emprego e ovas formas de organização laboral, caracterizadas,
essencialmente, pelo recurso às tecnologias digitais e pela possibilidade de o trabalho poder ser prestado á
distância a partir de qualquer lugar- teletrabalho.

Teletrabalho

Vantagens Desvantagens

• Proporciona uma maior flexibilidade horária,


permitindo uma maior conciliação entre a • Promove o aumento do sedentarismo e o
vida profissional e familiar; aumento dos problemas físicos, como dores
• Elimina os custos de deslocação casa- nas costas;
trabalho;
• Reduz as relações interpessoais;
• Reduz as despesas empresariais (por
exemplo, ao minimizar o espaço dos
escritórios);
• Incrementa as assimetrias sociais, ao
• Contribui para a redução de poluição, na
existirem desigualdades no acesso às TIC.
medida em que há menores deslocações de
automóveis e de transportes públicos;
• Sumenta o risco de as pessoas trabalharem
• Favorece o descongestionamento das vias de
mais horas que as habituais.
circulação.

O telecomércio…
• Para além do trabalho á distância, o uso cada vez mais da internet permitiu às empresas definir novos modelos
de negócios e captar um número crescente de consumidores, dado que é já possível comprar qualquer hora e
em qualquer lugar, utilizando apenas um computador, um smartphone ou um tablet.

• O comércio eletrónico tem, pois, aumentado nos últimos anos, atraindo um número cada vez maior de
computadores, prevendo-se que seja uma tendência para o futuro.

• Atualmente são várias as plataformas online disponíveis para empresas e consumidores, como lojas online,
redes sociais, etc.

6
Vantagens Desvantagens

• Oferta de uma gama mais ampla de


• Receio por parte de muitos consumidores
produtos e serviços;
em utilizar a internet para transações
• Maior celeridade no processo de compra e
financeiras, por questões de segurança;
venda;
• Períodos que podem ser relativamente
• Menores custos de produção para as
longos para a entrega de bens físicos.;
empresas;
• Impossibilidade de se aferir algumas
• Eliminação de limites geográficos, dado que
características de certos produtos (ex:
permite que uma empresa ou indivíduo
produtos alimentares etc.);
aceda ao mercado global;
• Morosidade no processo de reembolso de
• Possibilidade de se realizarem transações
um produto, no caso de insatisfação face ao
comerciais 24 horas por dia, incluindo
mesmo.
feriados e fins de semana.

Quais os impactes das telecomunicações na qualidade de vida das


populações?

Positivos:

• Desenvolvimento de atividades á distância, como a telemedicina, o teletrabalho e o telecomércio.


• Diminuição das distâncias-relativas entre pessoas e lugares.
• Maior acesso às inovações e ás descobertas científicas.
• Promoção do intercâmbio cultural.
• Redução das assimetrias socioeconómicas regionais.
• Melhoria da organização do tecido produtivo.
• Maiores oportunidades de trabalho para cidadãos com necessidades especiais.

Negativos:

• Incremento das assimetrias sociais, ao existirem desigualdades no acesso ás TIC.


• Possibilidade de os conflitos regionais se estenderem á escala global.
• Perigo de fraude nas transações financeiras.
• Possibilidade de a recolha de dados sobre os utilizadores e a sua divulgação serem bastantes invasivas.
• Diminuição das relações interpessoais.
• Aumento do desemprego.
• Maior isolamento e incremento do sedentarismo.
• Perigos para a saúde, como a dependência psicológica e a emissão das radiações.

Como promover o uso ético das telecomunicações?


Nas últimas décadas, o processo de globalização tem-se intensificado.

7
Os avanços tecnológicos e a integração da internet no nosso quotidiano levaram á utilização de grandes quantidades
de informação, assim, a ética, é fundamental para garantir a segurança das atividades que se realizam ao utilizar a
informação e os equipamentos tecnológicos.

O uso ético das telecomunicações passa, assim, por:

• Evitar a violação de sistemas protegidos com o objetivo de obter informação relevante ou com objetivo de
bloquear sistemas vitais para o funcionamento de uma empresa ou organização (pirataria informática);

• Promover uma cultura de transparência e responsabilidade por parte das entidades prestadoras de serviços,
dos profissionais da área e dos próprios cidadãos.

• Garantir a confidencialidade dos dados dos utilizadores;

• Garantir que os produtos são fornecidos e cobrados conforme anunciado nas plataformas online, no cado do
comércio eletrónico;

Neste sentido foi criada a Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço que visa:

• Aumentar a segurança das redes e dos sistemas de informação;


• Promover uma utilização livre, segura e eficiente do ciberespaço, por parte de todos os cidadãos e das
entidades públicas e privadas;

A inserção de Portugal na economia digital e na sociedade de informação implica que empresas e cidadãos tenham
acesso a serviços de comunicações de elevada qualidade a preços consonância com o mercado europeu, sendo, por
isso, fundamental tirar partido da inserção do país nas Redes Transeuropeias de Telecomunicações (RTE-Telecom):

Estas têm como objetivos fundamentais:

• Eliminar as barreiras digitas que dificultam a concretização do mercado único digital;


• Cumprir os objetivos da UE deligar todos os agregados familiares europeus á internet;
• Desenvolver serviços eletrónicos baseados nas redes de telecomunicações, com grande destaque para os
serviços públicos.

Em 2017, os Estados-membros anuíram em estabelecer uma rede transeuropeia de corredores transfronteiriços 5G.
Através da implantação destes grandes corredores transfronteiriços a EU visa contribuir para uma economia mais
verde e para a transição digital a nível económico e social.

A mobilidade conectada e automatizada habilitada para 5G visa melhorar a


segurança rodoviária, otimizar o tráfego rodoviário, reduzir as emissões de
CO2 e aumentar a competitividade industrial do setor da mobilidade dos
transportes.

O apoio financeiro para a implantação em larga escala destes corredores 5G


será assegurado pelo programa digital Connecting Europe Facility (CEF)

8
A integração de Portugal na União Europeia:
novos desafios, novas oportunidades

A União Europeia (UE) é uma comunidade económica e política, com características únicas, entre países europeus,
conhecidos por Estados-Membros (EM).

Quais os alargamentos da União Europeia?


A história da União Europeia está associada ao processo de adesão de novos países, que se designa de alargamento.

Até 2022, a União Europeia passou por sete alargamentos, dado origem ao redesenhar do mapa europeu, devido às
suas sucessivas alterações das suas fronteiras.

27 Estados-membros

União Europeia 5 países candidatos


(2022)

2 países potencias
candidatos

Marcos históricos:

1950- Declaração de Schuman: Robert Schuman apresenta um plano de cooperação para os Estados europeus.
Propõe que a França e a República Federal da Alemanha ponham em comum os seus recursos de carvão e aço, numa
organização aberta a outros países da Europa. Este plano levou á criação do Tratado de Paris.

1951- Assinatura do Tratado de Paris.

1957- Assinatura do Tratado de Roma

1968- União Aduaneira: permitiu o comércio livre entre os seis países da CEE (Comunidade Económica Europeia).
Foram aplicados os mesmos direitos aduaneiros aos produtos importados dos outros países membros. Suprimira-se
os direitos aduaneiros entre os seis primeiros Estados-membros, criando-se, pela primeira vez condições para o
comércio livre.

1968- Ato único europeu: assinado no Luxemburgo, teve como objetivo abolir as barreiras físicas, técnicas e fiscais
que ainda se colocavam á livre circulação. Visou proceder á reforma das instituições europeias e preparar a adesão
de Portugal e Espanha.

1992- Assinatura do Tratado de Maastricht.

1997- Assinatura do Tratado de Amesterdão.

1999- Moeda única-Euro: lançamento do Euro como moeda virtual.

2001- Assinatura do Tratado de Nice

9
2002- Entrada em circulação física da moeda única, Euro, a 1 de janeiro.

2007- Assinatura do Tratado de Lisboa

Os sete alargamentos da UE…

1958: Países fundadores Área euro Espaço Schengen

Ex-República Federal da
Alemanha (RFA) (Capital: Bona),
Países Baixos (Capital:
Membros desde 1999 Membros desde 1995
Amesterdão), Bélgica (Capital:
Bruxelas), Luxemburgo (Capital:
Luxemburgo) e França (Capital:
Paris)

Itália (Capital: Roma) Membro desde 1999 Membro desde 1997

1973: 1º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Irlanda Não faz parte


Membro desde 1999
(Capital: Dublin)

Reino Unido Deixou de ser em janeiro de 2020


(Capital: Londres)

Dinamarca Não integra Membro desde 2001


(Capital: Copenhaga)

1981: 2º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Grécia Membro desde 2001 Membro desde 2000


(Capital: Atenas)

1986: 3º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Portugal
Membro desde 1999 Membro desde 1995
(Capital: Lisboa)

Espanha Membro desde 1995


Membro desde 1999
(Capital: Madrid)

10
1995: 4º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Áustria
Membro desde 1999 Membro desde 1997
(Capital: Viena)

Finlândia Membro desde 2001


Membro desde 1999
(Capital: Helsínquia)

Suécia
Não integra Membro desde 2001
(Capital: Estocolmo)

2004: 5º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Chéquia Membro desde 2008 Membro desde 2007


(Capital: Praga)

Chipre Membro desde 2008 Em processo de adesão


(Capital: Nicósia)

Eslováquia Membro desde 2009 Membro desde 2007


(Capital: Bratislava)

Estónia Membro desde 2011 Membro desde 2007


(Capital: Tallinn)

Letónia Membro desde 2014 Membro desde 2007


(Capital: Riga)

Lituânia Membro desde2015 Membro desde 2007


(Capital: Vilnius)

Hungria Membro desde 2007 Membro desde 2007


(Capital: Budapeste)

Malta Membro desde 2008 Membro desde 2007


(Capital: Valeta)

Polónia Não integra Membro desde 2001


(Capital: Varsóvia)

Eslovénia Membro desde 2007 Membro desde 2001


(Capital: Liubliana)

2007: 6º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Bulgária Não integra Não faz parte


(Capital: Sófia)

Roménia Não integra Não faz parte


(Capital: Bucareste)

2013: 7º Alargamento Área euro Espaço Schengen

Croácia Não integra Não faz parte


(Capital: Zagreb)
11
Quais as oportunidades e os desafios
dos últimos alargamentos para Portugal?

Oportunidades:

• Novas oportunidades para as empresas e para grupos económicos e financeiros, o que permitirá o aumento
do investimento português nos potenciais EM, que constituem economias emergentes.

• Aumento da mobilidade da população, o que lhes alargará o leque de países para trabalhar e estudar.

• Aumento da diversidade cultural e de novas ideias/conhecimentos.

Desafios:

• Aumento da concorrência comercial.

• Desvio do fluxo de investimento para os potenciais EM (Estados-membros), diminuindo o investimento


nacional e estrangeiro em Portugal.

• Redução do volume dos fundos estruturais e de coesão atribuídos a Portugal.

• Maior produtividade laboral de alguns potenciais EM.

• Perda de competitividade, devido aos maiores custos de instrução e de produção e de mão de obra, que
apresenta níveis de instrução e qualificação inferiores.

• Aumento da perificidade de Portugal, visto que a Eu se tem alargado cada vez mais para leste.

Qual a relação entre IPS-EU e


os objetivos de desenvolvimento sustentável?

Ninguém fica para trás é o lema associado aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), que:

• Representam as prioridades globais para a Agenda 2030, assinada por mais de 190 países;

• Definem as prioridades e aspirações globais para 2030 e requerem uma ação +a escala mundial de governos,
empresas e sociedade civil para erradicara pobreza a criar uma vida com dignidade e oportunidades para
todos, dentro dos limites do planeta;

• Totalizam 17 objetivos, em áreas que afetam a qualidade de vida de todos os cidadãos do mundo e das
gerações futuras.

12
Os ODS e as cinco áreas de importância

13
Todos os ODS estão implícitos no índice global de progresso social, sobretudo os:

• ODS 3- Garantir o acesso á saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;
• ODS 5- Alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas;
• ODS 16- Promover sociedades pacificas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o
acesso á justiça para todos e contruir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis.

A necessidade de reduzir os desequilíbrios no espaço intraeuropeu e de promover e coesão económica, social e


territorial, visando um crescimento mais inteligente, sustentável e inclusivo, foram preconizados na Estratégia
Europa 2020.

A política de coesão visa reduzir os desequilíbrios económicos, sociais e territoriais intracomunitários e constituiu a
principal política de investimento da União Europeia, proporcionando:

• Benefícios a todas as regiões e cidades da UE;


• O crescimento económico, a criação de emprego, a competitividade das empresas, o desenvolvimento
sustentável e a proteção do ambiente.

Uma parte considerável das atividades e do orçamento da UE é consagrada á redução das disparidades entre as
regiões, nomeadamente:

• As áreas rurais;
• As áreas afetadas pela transição industrial;
• As regiões com limitações naturais ou demográficas graves e permanentes;

A política de coesão 2021-2027…

A política de coesão europeia é a principal política de investimento e uma das expressões mais concretas de
solidariedade da EU.

A política de coesão para 2021-2027, tem como principais objetivos simplificar os procedimentos e aumentar a
eficácia dos investimentos da EU. Assim, os onze objetivos temáticos utilizados na política de coesão para o período
2014-2020 foram substituídos por cinco objetivos políticos: (CONSULTAR PÁG 264)

14
A União Europeia apoia, então, a realização destes objetivos através dos Fundos Europeus Estruturais e de
Investimento (FEEI).

O financiamento da política de coesão centra-se:

• No investimento no crescimento e no emprego, com vista a consolidar o mercado laboral e as economias


regionais;
• Na cooperação territorial europeia, a fim de apoiar a coesão da UE através da cooperação ao nível
transfronteiriço, transnacional e inter-regional.

Quais os fundos europeus estruturais e de investimento?

Os fundos europeus são instrumentos de financiamento aprovados por legislação da União Europeia, que suportam
ações europeias, nacionais, regionais, locais e até internacionais, para atingir objetivos de desenvolvimento.

Os fundos europeus adquirem a designação de Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) quando se
tornam instrumentos da política regional da EU.

A política de coesão é, então, financiada por fundos específicos como:

• Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).


• Fundo Social Europeu Mais (FSE+)
• Fundo de Coesão (FCoesão)
• Fundo para uma transição Justa (FTJ) (desde 2021)

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)


É um dos principais instrumentos financeiros da política de coesão da UE.

Visa fortalecer a coesão económica, social e territorial na União Europeia, corrigindo desequilíbrios entre as suas
regiões.

Concede, pois, por exemplo:

• Ao desenvolvimento social e económico de todas as regiões e cidades da EU;


• Ao desenvolvimento e ajustamento estrutural das regiões menos desenvolvidas,
• Á reconversão das regiões indústrias em declínio;

O FEDER mantém a concentração temática para as duas principais prioridades:

• Apoio á inovação, á economia digita e ás PME, através de uma estratégia de especialização inteligente
(objetivo político 1);
• Uma economia mais verde, hipocarbónica e circular (objetivo político 2).

15
Prioridades de investimentos:

Construção de uma Europa mais inteligente, verde, mais conectada mais social, por forma a estar mais próxima de
seus cidadãos.

Fundo Social Europeu Mais (FSE+)


Principal instrumento da UE que presta apoio a medidas destinadas a:

• Prevenir e combater o desemprego;


• Desenvolver os recursos humanos;
• Promover a integração social no mercado de trabalho;

O Fundo Social Europeu financia iniciativas que promovem um elevado nível de emprego, a igualdade de
oportunidades para homens e mulheres, o desenvolvimento sustentável e a coesão económica e social.

Fundo de Coesão
Foi criado para reforçar a coesão económica, social e territorial e investir no ambiente e transportes nos países
menos prósperos da UE.

Apenas têm acesso a este fundo os Estados-Membros cujo rendimento nacional bruto por habitante seja inferior a
90% da média da UE. Como a Bulgária, Chéquia, Estónia, Grécia, Croácia, Chipre, Lituânia, Hungria, Malta, Polónia,
Portugal, Roménia, Eslováquia e Eslovénia

O Fundo de Coesão apoiará dois objetivos específicos de nova política de coesão:

• Uma economia mais ecológica, hipocarbónica e circular (Objetivo político 2)


• Uma Europa mais conectada (objetivo político 3)

Apoia:

• Investimentos no ambiente, nomeadamente em domínios relacionados com o desenvolvimento sustentável


e a energia que apresentam benefícios para o ambiente;

• Redes de transeuropeia no domínio das infraestruturas de transportes (RTE-T);

• Projetos no âmbito de “Investimentos no Crescimento e no Emprego”, principalmente para projetos


ambientais e de infraestruturas de transportes, incluído as RTE-T.

Fundo para uma Transição Justa (FTJ)


• Facilitará a aplicação do Pacto Ecológico Europeu, cujo objetivo é a consecução da neutralidade climática da UE
até 2050;

• Novo instrumento da Política de Coesão, como primeiro pilar do Mecanismo de Transição Justa no contexto do
Acordo Verde Europeu, com o objetivo de alcançar a neutralidade climática da UE até 2050.

16
Instrumento Fundamental para apoiar os territórios mais afetados pela transição para uma economia com mais
impacto neutro do clima e prevenir o aumento das disparidades regionais;

Principal objetivo: redução do impacto da transição, através: do financiamento da diversificação e da modernização


da economia local; da atenuação das repercussões negativas sobre o emprego.

17

Você também pode gostar