Você está na página 1de 15

Seres procariantes: seres Seres eucariantes: seres formados por

Diversidade biológica formados por uma célula, sem uma ou mais células, com núcleo
núcleo organizado. delimitado por uma membrana.

Biodiversidade:
Diversidade biológica/biodiversidade – número e variedade de organismos de um determinado ambiente

Intraespecífica Interespecífica
O (da mesma espécie) (entre as espécies)

rganização biológica:
Célula → Tecido → Órgão → Sistema de órgãos → Organismo

Os organismos podem ser constituídos apenas por uma célula – seres unicelulares ou por mais do que uma célula –
seres multicelulares.

Um ecossistema é o conjunto formado por uma comunidade biótica e pelo meio físico (biótopo) que ocupa.

Interações entre os Organismos:

• Produtores – organismos que sintetizam o seu próprio alimento, usando a energia radiante. Ex.: plantas, algas.
• Consumidores Primários – organismos que se alimentam diretamente dos produtores. Ex.: herbívoros.
• Consumidores Secundários – alimentam-se dos consumidores secundários. Ex.: carnívoros.
• Decompositores – quem decompõe toda a matéria existente num ecossistema.
• Fatores Abióticos- água temperatura, luminosidade e solo
• Bioma – grandes comunidades de organismos que se distribuíram por vastas regiões cujos limites são,
principalmente, de natureza climática.

Extinção e conservação → Exploração excessiva dos recursos agrícolas,


florestais;
As espécies podem ser ameçadas ou mesmo extintas
→ Contaminação ambiental.
devido a diversas causas, destancando-se:

→ A sobreexploração;
Estratégias de conservação e recuperação de espécies
→ A introdução de predadores ou de doenças;
em risco:
→ A poluição;
→ A destrição do habitat → Gestão de habitats;
→ Controlo de perdas populacionais;
A extinção de muitas espécies pode dever-se aos
→ Criação de áreas protegidas
seguintes fatores:

→ Introdução de espécies exóticas;

1
A célula
A Teoria Celular defende que:

→ A célula é uma unidade estrutural e funcional de todos os organismos e é da atividade das células que
resultam todos os processos que ocorrem no organismo;
→ As novas células formam-se a partir de células pré-existentes;
→ A célula é a unidade de reprodução e de hereditariedade dos seres vivos.

Seres Procariontes – células procarióticas- são unicelulares (bactérias)

Seres Eucariontes – células eucarióticas- podem ser multicelulares (animais e plantas) ou unicelulares (protistas)

Células procarióticas: são mais simples e pequenas e não têm endomembranas (nem núcleo nem organitos celulares).
Apenas as bactérias são constituídas por células procarióticas.

Células eucarióticas: são mais complexas e maiores, têm endomembranas (núcleo e vários organitos celulares).
Podem distinguir-se em dois tipos:

Células eucarióticas animais: não têm cloroplastos, nem parede celular e formam os animais;

Células eucarióticas vegetais: têm cloroplastos e parede celular e formam as plantas.

Notas: Todos os tipos de células apresentam membrana plasmática e citoplasma.


Ao contrário das eucarióticas, as células procarióticas, tipicamente, não apresentam organelos envolvidos por membrana e não
possuem um núcleo .

Principais constituintes inorgânicos

água Sais Minerais


Os organismos vivos são constituídos por Funções:
70-90% de água. No organismo humano,
cerca de dois terços de água encontram-se → Estrutural;
no interior das células. → Reguladora.

Funções:

→ Solvente ideal;
→ Reguladora térmica.
Principais moléculas orgânicas

Macromoléculas – moléculas com elevadas dimensões. Ex.: proteínas.

Monómero – molécula com baixo peso molecular que pode ser ligada a outros compostos semelhantes.

Proteínas Hidratos de Carbono ou glícidos

Funções: Função:

→ Estrutural; → Energética
→ Enzimática;
Amido (H.C)
→ Reserva energética;
→ Transporte de substâncias; Funções:
→ Regulação hormonal.
→ Reserva de energia

2
Glicogénio (H.C) Lípidos
Funções: Funções:
→ Armazenamento → Reservas energéticas;
→ Estrutural.

Celulose (H.C)
MONÓMEROS (UNIDADE ELEMENTOS
POLÍMEROS
ESTRUTURAL) FUNDAMENTAIS
Funções:

- Estruturais Glícidos ou hidratos Monossacarídeos C, H, O


de carbono

Prótidos Aminoácidos C, H, O, N
Ácidos Nucleicos
Lípidos Glicerol e ácidos gordos C, H, O
DNA RNA
Ácidos nucleicos Nucleótidos C, H, O, N, P
Suporte de informação
genética
Formação:

• Pentose (açúcar com 5 carbonos)


• 1 grupo fosfato
• 1 base azotada

Condensação (ou polimerização): reação que conduz á ligação de dois monómeros ocorrendo libertação de uma
molécula de água.

Formação de polímeros

Hidrólise (ou despolimerização): reação em que ocorre o rompimento de ligações químicas, consumindo uma
molécula de água.
O polímero quebra ligações formando moléculas mais simples

Obtenção de matéria
Autotróficos – são capazes de sintetizar o seu alimento, realizando a fotossíntese ou a quimiossínte se;
Heterotróficos – são incapazes de sintetizar o seu alimento, alimentando-se de matéria orgânica presente no
ambiente.

As células possuem uma membrana plasmática permeável, que controla a entrada de substâncias par ao interior da
célula e impede que esta perca compostos essenciais.

Constituição da membrana:

• Proteínas
→ Proteínas Intrínsecas – quando estabelecem interações com as regiões hidrofóbicas da membrana.
→ Proteínas Extrínsecas – localizadas na periferia da membrana, estabelecendo interações com as regiões
hidrofílicas.

• Glícidos- localizados na superfície externa da membrana. Desempenham um papel importante no reconhecimento


de certas substâncias.

3
• Fosfolípidos- organizados por uma camada dupla (bicamada), com extremidades polar, hidrofílicas, formando a
face interna e externa da membrana, e extremidades apolares, hidrofóbicas, a ocuparem o interior da camada.

• Colesterol- um lípido situado entre moléculas de fosfolípidos que estabilizam a membrana, contribuindo para o
ajustamento da sua fluidez.
– A membrana plasmática é seletivamente permeável
O transporte de substâncias através das membranas plasmáticas depende essencialmente da:

» Dimensão;
» Carga elétrica do composto;
» Solubilidade do composto.

As moléculas de água movem-se através do local onde a concentração de solutos é mais baixa para o local onde a
concentração de soluto é mais elevada.

Concentração baixa – Hipotónica

Concentração elevada – Hipertónica

Contrações iguais – Isotónicas


Osmose

→ A água move-se de um meio hipotónico

(baixa concentração) para um meio hipertónico (alta concentração);

→ Sem gasto de energia.


O movimento de elevadas quantidades de água da célula para o meio extracelular provoca a plasmólise das
células vegetais e confere uma superfície enrugada às células animais, com diminuição do volume celular.

A entrada de água para a célula aumenta o seu volume e, no caso das células animais pode provocar o seu
rebentamento – lise.

Difusão Simples Difusão Facilitada


→ A favor do gradiente de concentração; → De um meio hipertónico para um
→ De um meio hipertónico para um meio hipotónico;
→ Sem gasto de energia meio hipotónico;

Transporte Ativo → Com ajuda de uma proteína (permease).

→ Contra o gradiente de concentração;


→ De um meio hipotónico para um meio hipertónico;
→ Há consumo de energia;
→ Com ajuda de uma proteína (ATP).
Transporte de elevadas dimensões

As células necessitam de transportar compostos de elevadas dimensões, num reduzido espaço de tempo, para tal
recorrem à:

• Endocitose – transporte de material do meio externo para o meio interno


por formação de invaginações na membrana plasmática.
• Exocitose – fusão de vesículas com a membrana plasmática e libertação

4
de compostos para o meio externo.

• Fagocitose – processo pelo qual partículas sólidas são englobadas pela

célula, através de invaginações da membrana plasmática, formando uma vesícula que se separa da membrana
plasmática.

• Pinocitose – processo pelo qual partículas líquidas são englobadas pela

célula, através de invaginações da membrana plasmática, formando vesículas mais pequenas.

Transporte transmembranar
e propagação do impulso nervoso
A transmissão do impulso nervoso ocorre nos neurónios, as células que constituem as unidades básicas do sistema
nervoso.

Impulso nervoso – modifica o potencial de repouso: a superfície interna da


membrana encontrar-se carregada negativamente em relação ao exterior.

Potencial de repouso- quando os neurónios não estão a transmitir impulso


nervoso, há uma desigual distribuição de iões negativos e positivos de um e do
outro lado da sua membrana plasmática, verificando-se uma maior
concentração de iões positivos no meio extracelular, sobretudo iões Na +,
relativamente ao meio intracelular onde predominam os iões K + .

Potencial de ação- quando os neurónios são estimulados, o impulso nervoso é iniciado com a abertura de canais
iónicos de Na+ .

1. O transporte ativo de iões Na+ e de iões K+ mantém a diferença de potencial entre o interior e o exterior do
neurónio-potencial de repouso.
2. A abertura de canais Na+ permite a difusão deste ião para o
interior da membrana, desencadeando despolarização da
membrana e o potencial de ação.
3. O fecho dos canais de Na+ e a abertura dos canais de K + levam
à repolarização da membrana do axónio.

Sinapses
Sinapses
• A passagem do impulso nervoso de um neurónio para o outro faz-se através das sinapses.
• Conhecem-se dois tipos de sinapses: as sinapses químicas e as sinapses elétricas.
• As mais frequentes são as sinapses químicas, nas quais existe um pequeno espaço entre as
membranas de células adjacentes, designado fenda sináptica.
• Quando o impulso nervoso atinge as extremidades do axónio pré -sináptico, libertam-se para a fenda
sináptica substâncias químicas designadas neurotransmissores. Estas substâncias ligam-se a recetores
Impulsos nervosos Impulsos nervosos 3 da membrana da célula seguinte (célula pós-sináptica),
desencadeando o impulso nervoso, que assim continua a sua propagação.

5
Obtenção de matéria
Pelos seres heterotróficos
Os seres heterotróficos são capazes de sintetizar matéria orgânica, utilizando moléculas orgânicas contidas nos
alimentos que captam no meio.

Heterotróficos – seres vivos incapazes de produzir o seu Digestão- conjunto de processos que permite a transformação de
próprio alimento; moléculas complexas dos alimentos em

Ingestão- entrada dos alimentos para o organismo. moléculas mais simples.

Absorção- Passagem dos nutrientes para o meio interno

Obtenção de matéria pelos seres autotróficos

Fotossíntese
Autotróficos – seres vivos que produzem o seu próprio alimento.

A fotossíntese pode ser esquematicamente representada sob a forma de uma equação química:

6CO2 + 6H2O C6H12 O6 + 6O2

Captação da energia luminosa

Nas plantas e nas algas, a fotossíntese ocorre no interior dos cloroplastos. Estes organelos possuem pigmentos
especializados na absorção da luz.

6
A clorofila é um pigmento de cor verde, sintetizado pelas células dos seres fotossintéticos, fundamental para a
captação da energia luminosa

A Fotossíntese é um processo complexo dividido em duas grandes fases: a Fase Fotoquímica e a Fase Química.

1º Fase Fotoquímica (depende da luz) –OCORRE NOS TILACOIDES


• Oxidação da clorofila a – a clorofila a, excitada pela energia luminosa, emite eletrões, ficando

oxidada.

• Fotólise da água – em presença da luz há dissociação das moléculas de água em oxigénio, que se

liberta, e hidrogénio. A água é o dador primário de eletrões.

• Fluxo de eletrões – os eletrões passam através de cadeias de transportadores, ao longo dos quais o

seu nível energético vai baixando. As transferências de energia que ocorrem permitem a fosforilação

da molécula de ADP, que a passa a ATP por um processo denominado por fotofosforilação.

• Redução da molécula T a TH2 (NADP+ a NADPH) - os protões provenientes da fotólise da água,


juntamente com eletrões provenientes do fluxo eletrónico da cadeia de transportadores, vão reduzir

uma molécula transportadora de hidrogénio chamada NADP+ (nicotinamida adenina dinucleótico

fosfato), transformando-se em NADPH

2º Fase Química (não depende diretamente da luz) – OCORRE NO ESTROMA


• Incorporação do CO2 nas reações do ciclo de Calvin: o CO2 reage com uma molécula com 5C (RuDP),

por ação da enzima RUBISCO, origina trioses (com 3C – PGA)), que vão originar glícidos mais

complexos como a glicose.

• neste ciclo de reações são utilizados ATP e TH2 produzidos na fase fotoquímica:
» oxidação de TH2 (NADPH) a T (NADP+) reduzindo os compostos orgânicos;
» fosforilação dos compostos orgânicos por cedência do P do ATP (que se transforma em ADP)

O ciclo de Calvin apresenta três fases fundamentais:

→ fixação do CO2;
→ redução e produção de compostos orgânicos;
→ regeneração da RuDP.

Fase fotoquímica: etapa em que ocorrem reações que dependem diretamente da luz nas membranas dos

tilacoides. A energia luminosa, captada pelos pigmentos fotossintéticos, permite produzir moléculas de ATP
7
e de NADPH, consumindo H2O e libertando O2.

Fase química (ou ciclo de Calvin): Etapa que ocorre no estroma do cloroplasto. As moléculas

produzidas na fase fotoquímica (ATP e NADPH), juntamente com o CO2 captado, permitem a produção de

compostos orgânicos.

Transporte nas plantas


Xilema Floema

Conduz seiva bruta, ou seiva xilémica, formada por Conduz seiva elaborada, ou seiva floémica, qua
água e sais minerais. possui, sobretudo, água e substâncias orgânicas,
como sacarose

Os vasos xilémicos são constituídos por células Os vasos floémicos são constituídos por vários tipos
mortas (e quase sem conteúdo celular) formando um de células vivas. Destacam-se as células dos Tubos
tubo continuo por onde circula a seiva bruta. Crivosos cujas paredes de contacto possuem uma
série de orifícios, que se assemelham a um crivo.

Efetua o transporte desde a raiz até aos órgãos Efetua transporte desde os locais de produção de
fotossintéticos, como as folhas- fluxo unidirecional. compostos orgânicos (folhas) até aos locais de
consumo (todas as partes da planta, em especial as
zonas de crescimento) ou desde locais de
armazenamento (principalmente raízes e caules
subterrâneos) até aos locais de consumo- fluxo
bidirecional.

Transporte no xilema
ESTOMAS: são estruturas localizadas nas folhas das plantas e em alguns caules, através das quais se efectuam as
trocas gasosas e que controla a quantidade de água que se evapora pelas folhas, num processo denominado de
TRANSPIRAÇÃO.

Hipóteses explicativas para a translocação xilémica (movimento da seiva xilémica):


Hipótese da pressão radicular

Principais etapas:
→ Esta hipótese postula que existe uma pressão formada na raiz (pressão radicular) que impele a seiva bruta para
cima.
→ A acumulação de iões nas células radiculares (por transporte ativo), faz com que a concentração de
solutos aumente pelo que a água entra na raiz por osmose.

8
→ A acumulação de água na raiz provoca então uma pressão radicular (pressão positiva da raiz) que
força a água a subir.

Hipótese da tensão- coesão- adesão

Principais etapas:

→ Há perda de água por transpiração ao nível das células do mesófilo (nas folhas) através dos estomas.
Este défice em água cria uma tensão (pressão negativa).

→ As células do mesófilo ficam, por isso, hipertónicas em relação às células do xilema. Há, então,
entrada de água por osmose, do xilema para as células do mesófilo.
→ Devido às forças de coesão entre as moléculas de água (que são polares e se unem por pontes de
hidrogénio) e de adesão entre as moléculas de água e as paredes do xilema, as moléculas de água
formam uma coluna hídrica que ascende.

→ A ascensão de água, cria um défice desta no xilema da raiz que fica, por isso, hipertónico. O que
provoca a entrada de água na planta por osmose.

Transporte no floema
Hipótese do fluxo de massa -Translocação floémica

Principais etapas:
→ Os glícidos produzidos nas folhas durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de
entrarem para o floema, para serem transportados aos locais onde são armazenados ou gastos
(flores, frutos, sementes, caules, raízes, ...)
→ A passagem da sacarose das células das folhas para as células de companhia do floema ocorre por
transporte ativo.

→ Seguidamente, a sacarose passa destas células para os elementos dos tubos crivosos, através das
ligações citoplasmáticas.
→ O aumento de sacarose nas células dos tubos crivosos provoca a entrada de água, vinda do xilema,
nestas células, que ficam túrgidas.
→ A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a deslocar-se através da placa crivosa para a
célula seguinte do tubo e assim sucessivamente, em direção a um local de consumo ou reserva.
→ No local de consumo a sacarose é removida, o que faz baixar a pressão de turgescência, e a água
volta ao xilema.

9
Transporte nos animais
Os sistemas de transporte nos animais, ou sistemas circulatórios, podem ser bastantes distintos, mas em
todos eles existem três componentes: um líquido circulante, vasos de transporte e um sistema muscular de
bombeamento.
Ausente nos animais simples, em que todas as células estão próximas da superfície corporal;
Presente nos animais mais complexos, onde podem ser:
• Abertos: o fluído de transporte (hemolinfa) abandona os vasos e passa pelos espaços intercelulares,
regressando depois aos vasos Ex: Insetos
• Fechados: o fluído (sangue) nunca abandona os vasos por onde circula, distinguindo-se claramente
do fluido que preenche os espaços intercelulares (a linfa). Ex: Anelídeos e Vertebrados

10
Fluidos Circulantes
• Sangue: contém elementos celulares (hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhos – transporte de dióxido de
carbono e oxigénio; leucócitos/glóbulos brancos – defesa do organismo; plaquetas – coagulação).
• Linfa intersticial: O sangue circula dentro dos vasos sanguíneos, por esse motivo, não é o sangue que está em
contacto direto com as células, no corpo humano, mas sim, a linfa intersticial. A linfa intersticial difere do plasma
sanguíneo pelo facto de não possuir hemácias (glóbulos vermelhos) e ter poucas proteínas (são macromoléculas
que não conseguem atravessar a parede dos capilares).
• Linfa Circulante: Parte da linfa intersticial regressa ao capilar sanguíneo outra parte é re colhida por outros vasos,
os capilares linfáticos, passando a designar-se linfa circulante. A linfa é de extrema importância, pois é neste fluido
que as células lançam os produtos tóxicos do seu metabolismo, e apresenta também importantes funções de
defesa, uma vez que os leucócitos são dos seus principais constituintes.

Sistema circulatório humano

11
Tipos de circulação Representação esquemática Aspetos estruturais e funcionais Influência no metabolismo

• Coração com duas cavidades:


uma aurícula e um ventrículo.
• A aurícula recebe o sangue A chegada de nutrientes e
venoso que passa para o oxigénio às células e a remoção
Simples- ex.: peixe
ventrículo. de resíduos são pouco eficientes,
uma vez que o sangue flui com
O sangue efetua um único • O ventrículo impulsiona o
trajeto, passando uma vez baixa velocidade e pressão para as
sangue para as brânquias, onde
pelo coração sob forma de células dos tecidos e órgãos. Esta
ocorrem as trocas gasosas.
diminuição de pressão deve-se à
sangue venoso • Dos capilares branquiais o
passagem do sangue pelos
sangue segue para os tecidos e
capilares branquiais.
órgãos, com baixa velocidade e
pressão.

Incompleta (ex.: anfíbios e repteis) • Coração com três cavidades: O sangue, bombeado diretamente
duas aurículas e um ventrículo. do coração para os capilares dos
• A aurícula direita recebe o diferentes órgãos, chega com
sangue venoso e a esquerda, o maior velocidade e pressão aos
Dupla- O sangue percorre
sangue arterial. tecidos, o que aumenta eficácia
dois trajetos distintos:
• O ventrículo recebe sangue das trocas de materiais com o
• circulação pulmonar- o venoso e sangue arterial. liquido intersticial.
sangue sai do ventrículo • A circulação pulonar e a
Possui a desvantagem de ocorrer
único ou do ventrículo circulação sistémica não são
uma mistura parcial dos dois tipos
direito para a artéria independentes, ocorrendo
de sangue no ventrículo, o que
pulmonar, que se ramifica mistura parcial de sangue venoso
afeta a concentração de oxigénio
para os órgãos onde é e arterial no ventrículo.
no sangue arterial.
oxigenado, regressando à
aurícula esquerda pelas veias
pulmonares;
Completa (ex.: mamífero e ave) • Coração com quatro cavidades:
• Circulação sistemática- o duas aurículas e dois ventrículos.
sangue sai do ventrículo Esta circulação garante um maior
único ou do ventrículo • No lado direito do coração, aporte de oxigénio às células do
esquerdo para a artéria aorta circula apenas sangue venoso e, organismo, o que permite taxas
em direção aos tecidos, no lado esquerdo circula apenas metabólicas superiores, com
regressando à aurícula sangue arterial. maior produção de energia.
direita pelas veias cavas.
• A circulação pulmonar e a Este aumento reflete-se numa
circulação sistémica são maior capacidade de produção de
independentes, não ocorrendo calor, permitindo manter
mistura de sangue no coração. constante a temperatura corporal.

12
Respiração aeróbia
Na presença de oxigénio diversos organismos realizam respiração aeróbica. Este processo permite obter um elevado
rendimento energético, uma vez que ocorre oxidação completa da glicose.

Etapas da respiração aeróbica


1. Glicólise (no hialoplasma)
2. Oxidação do piruvato (ou formação de Acetil Coenzima A) - matriz mitocondrial
3. Ciclo de Krebs (matriz mitocondrial)
4. Cadeia respiratória (crista ou membrana mitocondrial)

Glicólise
Durante a glicólise, a molécula de glicose é oxidada, dando origem a 2 moléculas de ácido pirúvico (ou piruvato).
Assim, a glicólise pode ser dividida em duas fases:
→ Fase de investimento na qual:
– são consumidas 2 moléculas de ATP
– ocorre desdobramento da glicose em duas moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL)
→ Fase de rendimento na qual:
– o PGAL é oxidado, perdendo 2 hidrogénios, os quais são utilizados para reduzir a molécula de NAD + a NADH + H+
– formam-se 2 moléculas de ácido pirúvico
Assim no final da glicólise resultam:
• 2 moléculas de NADH
• 2 moléculas de ácido pirúvico
• 2 moléculas de ATP

Formação de Acetil Coenzima A


Na presença de oxigénio, o ácido pirúvico entra na mitocôndria, através de uma proteína transportadora,
onde é descarboxilado (perde uma molécula de CO2) e oxidado (perde um hidrogénio, que é usado para
reduzir o NAD+ , formando NADH).
O composto formado por dois átomos de carbono (grupo acetil) liga-se à coenzima A, formando-se acetil
coenzima A.

Ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico é um conjunto de reações que permite completar a oxidação da
glicose.

13
Assim, por cada molécula de glicose degrada, forma-se no ciclo de Krebs:
• 6 moléculas de NADH
• 2 moléculas de FADH2 (que tem um papel semelhante ao NADH)
• 2 moléculas de ATP
• 4 moléculas de CO2
Fosforilação oxidativa ou cadeia respiratória
• As moléculas de NADH e FADH2 formadas durante as etapas anteriores da respiração transportam
eletrões que vão que vão, agora, percorrer uma série de complexos proteicos, até serem captadas por um aceitador
final- o oxigénio.

• Estas moléculas aceitadoras de eletrões constituem a cadeia transportadora de eletrões ou cadeia


respiratória e encontram-se distribuídas na membrana interna das mitocôndrias.

• À semelhança do que acontece nos cloroplastos, a membrana interna das mitocôndrias possui ATP
sintases, que utilizam energia fornecida pelo gradiente de protões (H + ), gerado pela cadeia
transportadora de eletrões, para fosforilar o ADP, formando ATP.
• Como a síntese de ATP está associada a reações de oxidação-redução, este processo é designado
fosforilação oxidativo.

Fermentação
A fermentação é um processo de obtenção de energia que não requer presença de oxigénio, podendo por isso ser
realizada em condições de anaerobiose.
Neste caso, a oxidação da glicose é incompleta, pelo que o rendimento energético é muito mais baixo do que o da
respiração aeróbia.
Etapas:

• Glicólise
• Redução do ácido pirúvico

Tipos de fermentação: fermentação lática e fermentação alcoólica.

Por cada molécula de glicose que sofre glicólise obtêm-se 2 moléculas de ATP, duas moléculas de NADH e duas
moléculas de ácido pirúvico.

Na fermentação lática, o ácido pirúvico é usado como aceitador final de eletrões, dando origem ácido lático.

Na fermentação alcoólica, o ácido pirúvico é descarboxilado a acetaldeído que é usado como aceitador final de
eletrões, dando origem a etanol.

14
→ A fermentação lática é efetuada por diversos organismos.
→ Em caso de exercício físico intenso, as células musculares humanas, por não receberem oxigénio em quantidade
suficiente, podem realizar fermentação lática, além da respiração aeróbia. Desta forma, conseguem sintetizar
uma quantidade suplementar de moléculas de ATP. O ácido lático, assim formado, é rapidamente metabolizado
no fígado, sob pena de se tornar tóxico para o nosso organismo.
→ A fermentação alcoólica é realizada por leveduras e por outros organismos

15

Você também pode gostar