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Licenciado para - Cintia Souza de Oliveira - 11122398638 - Protegido por Eduzz.

com

A FALTA DE LABORATÓRIOS E SUPRIMENTOS NUNCA MAIS SERÃO


UM PROBLEMA PARA SUAS AULAS

PRÁTICAS
DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS
PARA SE FAZER COM POUCOS RECURSOS

ANDERSON GARCIA
Licenciado para - Cintia Souza de Oliveira - 11122398638 - Protegido por Eduzz.com

Prezado(a) Leitor(a),

É com grande gratidão e satisfação que escrevo esta carta a você. Saber que você adquiriu e
completará a leitura do meu eBook "Práticas de Biologia e Ciências para se fazer com poucos
recursos" é motivo de imensa alegria.
O seu compromisso com a educação e o desejo de oferecer uma experiência de aprendizado
enriquecedora para seus alunos são admiráveis. Acreditamos firmemente que a educação é a
chave para o progresso, e é através de educadores como você que podemos moldar um futuro
melhor e mais brilhante.
Ao concluir a leitura do eBook, você não apenas irá adquirir novos conhecimentos e habilidades,
mas também demonstrará um compromisso valioso com a inovação na sala de aula. As práticas
que compartilhamos neste eBook são projetadas para inspirar, envolver e capacitar alunos de
todas as idades. A sua dedicação em aplicar essas práticas na educação é o que torna o nosso
trabalho significativo.
Lembre-se de que a jornada da educação é contínua, e estamos aqui para apoiá-lo em cada passo
do caminho. Se surgirem dúvidas, se você precisar de orientação adicional ou se desejar
compartilhar suas próprias experiências e insights, não hesite em entrar em contato comigo.
Obrigado por acreditar no poder da educação e por ser parte desta comunidade dedicada à
promoção do conhecimento e da curiosidade científica. Continue inspirando e capacitando os
futuros líderes e inovadores.

Com gratidão e admiração,

Anderson Garcia
Docente e Doutor em Biotecnologia

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SOBRE O AUTOR E SUA TRAJETÓRIA

A jornada da minha paixão pela ciência e pela educação tem sido uma aventura incrível. Desde
criança, fui impulsionado pela curiosidade. Aprendi a questionar, desmontar e explorar o mundo
ao meu redor, sempre em busca de respostas para o "porquê" das coisas.

Minha trajetória na educação começou nas escolas públicas, onde eu tinha notas excelentes e
nutria meu amor pela ciência. Ao concluir o ensino médio, tomei uma decisão: mergulhar de
cabeça no mundo da ciência e me tornar um cientista. Foi assim que me matriculei no curso de
Ciências Biológicas e, posteriormente, segui o caminho da especialização, mestrado e doutorado.
Cada etapa do meu percurso acadêmico era como um novo capítulo emocionante na minha
busca pelo conhecimento.

Minha carreira como professor teve início no ensino médio e fundamental, tanto em escolas
públicas quanto privadas. Durante esse tempo, percebi a importância das aulas práticas. Elas não
apenas complementam o aprendizado teórico, mas também são essenciais para a consolidação
do conhecimento. Foi então que descobri minha paixão por criar e conduzir experiências práticas
que inspirassem os alunos a explorar, questionar e aprender de forma ativa.

Minha última parada foi no ensino superior, onde tive a oportunidade de compartilhar minha
paixão pela biologia e pelas ciências com alunos universitários por cinco anos. No entanto, a
pandemia da COVID-19 nos apresentou um desafio inesperado: a transição para o ensino
remoto. Como um biólogo e professor dedicado, enfrentei a frustração de não poder oferecer
experiências práticas de laboratório aos meus alunos, pois não tínhamos acesso a laboratórios.

Foi nesse momento de adversidade que a criatividade e a resiliência se tornaram minhas aliadas.
Lembrei-me da minha época no ensino médio e fundamental, onde muitos professores
enfrentavam uma batalha constante de falta de verba e recursos para oferecer aulas práticas de
qualidade. Foi então que uma ideia surgiu: adaptar as práticas de laboratório para que pudessem
ser realizadas em casa, com materiais simples e de baixo custo.

Desenvolvi roteiros, adaptei as experiências e compartilhei com meus alunos, incentivando-os a


realizar as práticas em seus próprios lares. A resposta foi incrível, e logo percebi que essa
abordagem podia ser a chave para ajudar outros professores que enfrentavam desafios
semelhantes.

Assim, nasceu a ideia de reunir minhas práticas adaptadas e criar este eBook. Um guia que
capacita professores a proporcionar experiências práticas de qualidade, independentemente das
limitações de recursos. Este eBook é o resultado da minha jornada pessoal, da minha paixão pela
ciência e da minha determinação em tornar a educação acessível a todos.

Convido você a embarcar nessa jornada comigo, onde cada prática é uma etapa para fortalecer
a educação, inspirar mentes jovens e capacitar professores a fazer a diferença. Estamos juntos
nessa jornada em busca do conhecimento, da inovação e do impacto positivo na educação.
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INTRODUÇÃO

Bem-vindo a uma jornada empolgante pelo mundo da ciência e da educação. Sou um


apaixonado pela ciência desde a infância, e minha missão é tornar o aprendizado prático e
acessível a todos os educadores, independentemente das limitações de recursos. Este eBook,
"Práticas de Biologia e Ciências para se fazer com poucos recursos", é o resultado de uma jornada
repleta de curiosidade, inovação e dedicação à causa da educação.

Ao longo deste eBook, compartilharei nove práticas de Biologia e Ciências cuidadosamente


elaboradas para serem realizadas com materiais simples encontrados em casa. A inspiração para
este projeto surgiu durante a pandemia da COVID-19, quando muitos de nós enfrentaram
desafios inesperados no ensino. A transição para o ensino remoto tornou as aulas práticas em
laboratórios uma tarefa difícil, mas a criatividade prevaleceu.

Cada prática que você encontrará nestas páginas foi adaptada com carinho e atenção aos
detalhes para que os educadores possam proporcionar experiências práticas ricas mesmo com
recursos limitados. Acredito que a ciência é uma jornada de descoberta, e estas práticas são uma
ponte para permitir que alunos de todas as idades explorem, questionem e aprendam através
da experimentação.

Neste eBook, você encontrará instruções detalhadas, listas de materiais, sugestões para
discussões e adaptações. Cada prática é uma oportunidade de inspirar a curiosidade, consolidar
o conhecimento teórico e criar conexões reais com os conceitos científicos. A educação é a chave
para um futuro brilhante, e a ciência é a janela para esse futuro. Vamos embarcar juntos nesta
jornada de descoberta, aprendizado e ensino.
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Sumário

Aula 1: Extração do DNA do morango ........................................................................................... 3


PLANO DE AULA ............................................................................................................................ 3
ROTEIRO ........................................................................................................................................ 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 5
CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 6
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS ...................................................... 6
Aula 2: Identificação de carboidratos complexos ......................................................................... 7
PLANO DE AULA ............................................................................................................................ 7
ROTEIRO ........................................................................................................................................ 8
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 9
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 10
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 10
Aula 3: Identificando o pH das coisas.......................................................................................... 11
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 11
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 12
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 13
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 14
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 14
Aula 4: Observando a mudança de pH das soluções .................................................................. 15
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 15
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 16
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 17
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 17
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 17
Aula 5: Propriedade das proteínas .............................................................................................. 18
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 18
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 19
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 20
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 21
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 21
Aula 6: Aula prática enzimas – amilase salivar ............................................................................ 22
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 22
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 23

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RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 24


CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 25
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 25
Aula 7: Aula prática enzimas – proteases ................................................................................... 26
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 26
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 27
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 28
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 28
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 28
Aula 8: Preparo de meios de cultura caseiros ............................................................................. 30
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 30
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 31
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 33
Aula 9: Fermentação ................................................................................................................... 34
PLANO DE AULA .......................................................................................................................... 34
ROTEIRO ...................................................................................................................................... 35
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 36
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 36
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS .................................................... 37
REFERENCIAS ............................................................................................................................... 38

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Aula 1: Extração do DNA do morango

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia, Bioquímica e Genética
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino médio e superior
Tema da aula: Extração do DNA do morango
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos o material genético que compõe todos os
organismos vivos.
Objetivos específicos: Aprender os métodos e procedimentos de extração de DNA para
fins didáticos ou de pesquisa utilizando materiais de baixo custo utilizados em sua
própria casa. Observar o DNA extraído da célula.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
O DNA (ácido desoxirribonucleico) é a molécula que carrega todas as informações
genéticas dos seres vivos. Esta informação genética está contida nos genes, que por sua
vez estão contidos na molécula de DNA e são eles que ditam como vamos ser tanto
morfologicamente, fisiologicamente e até comportamentalmente. Desde que um zigoto
é formado, as informações genéticas, ou seja, os genes, começam a ser expressos para
começar o nosso desenvolvimento e manter nossas atividades vitais até o final da nossa
vida. A molécula de DNA é constituída por desoxirribonucleotídeos (adenina (A), timina
(T), citosina (C) e guanina (G)) ligados sequencialmente por ligação fosfodiéster
formando uma longa fita que se unirá a outra fita antiparalela através do pareamento
por pontes de hidrogênio entre as bases complementares A-T e C-G, formando uma
longa dupla hélice. Nas células eucarióticas a molécula de DNA se encontra no núcleo
da célula, nas mitocôndrias e também nos cloroplastos. Nas células procarióticas, o DNA
encontra-se ancorado à membrana plasmática em uma região específica chamada
nucleóide (lembre-se que a célula procariótica não tem núcleo) e pode também haver
um DNA extra chamado plasmídeo. Para o estudo tanto da estrutura, quanto dos genes
e processos como clonagem se torna necessário a extração da molécula de DNA e
processos específicos são empregados para este fim.

MATERIAIS

• 6 morangos frescos.
• Liquidificador.
• Detergente.
• Sal de cozinha
• 1 colher.
• 1 espetinho de madeira ou bambu
• Água.
• Álcool de posto ou anidro (armazenar no congelador até o momento do
experimento).
• Pano ou gaze.
• 3 copos de plástico ou de vidro de 500 ou 700 mL.
• 1 copo de 200 mL.

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MÉTODOS
1. lave os morangos, coloque no liquidificador e bata até ficar suco ou mais próximo
que isso.
2. Coloque todo o conteúdo do liquidificador em um copo de 500 ou 700 mL.
3. Preparar a solução de extração: em um copo de 500 ou 700 mL colocar 1 colher e
meia de sopa de sal de cozinha, adicionar duas colheres de sopa cheia de detergente
neutro. Adicionar água até quase encher o copo e mexer bem a solução com a colher.
ATENÇÃO: Não faça espuma.
4. No copo com os morangos adicione metade da solução de extração e mexa muito
bem com a colher.
5. Cubra outro copo de 500 ou 700 mL com gaze ou um pano fino e filtre o conteúdo do
copo com os morangos + solução de extração.
6. Transfira 100 mL do filtrado para um copo de 200 mL.
7. Retire o álcool do congelador, coloque em um copo de 200 mL e vá adicionando
vagarosamente o álcool pelas paredes do copo contendo os 100 mL do filtrado. Continue
adicionando até perceber a aparição de uma massa branca na superfície do filtrado.
8. Tente “pescar” essa massa e enrole a no palito para observação.
9. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao final do experimento, pôde-se observar uma massa branca que subiu vagarosamente
para a superfície do copo. Esta massa branca são as moléculas de DNA que foram
extraídas das células e separadas de todas as outras moléculas que a compõe, figura 1.

Figura 1. Resultado da extração e precipitação do DNA do morango (massa branca).

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Como o DNA encontra-se no núcleo da célula, o primeiro passo do experimento que foi
triturar o morango no liquidificador. Este passo teve o objetivo de fazer um primeiro
rompimento, o rompimento mecânico dos tecidos e das células, liberando todo o seu
conteúdo celular no suco formado. No segundo passo foi utilizada a solução de extração
que contém detergente e sal. O detergente vai romper a membrana plasmática das
células que não se romperam com o rompimento mecânico e também ajudar a
desnaturar proteínas. O sal tem a função precipitar o DNA e de desnaturar proteínas
uma vez que elas não são o alvo do nosso experimento. No suco com a solução de
extração todo conteúdo celular foi liberado no meio e precisamos separa o DNA do
restante das moléculas ali presentes. Para isto, a etapa seguinte foi adicionar etanol
gelado, o etanol leva a mudanças estruturais no DNA fazendo com que ele se agregue e
precipite para a superfície do copo separando-se do restante do conteúdo celular.

CONCLUSÃO
Com este experimento foi concluir que o método de extração obteve sucesso em extrair
a molécula de DNA e que esta, pode ser extraída com soluções caseiras como solução
de detergente e sal e precipitada com etanol gelado.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. Qual o propósito de bater ou macerar o morango para o experimento?
2. Qual a função do detergente e do sal presentes na solução de extração?
3. Por que o DNA precipita, ou seja, se separa do restante da solução quando se adiciona
etanol gelado?

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Aula 2: Identificação de carboidratos complexos

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino médio e superior
Tema da aula: Identificação de carboidratos complexos
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos como identificar carboidratos complexos como
o amido em amostras.
Objetivos específicos: Aplicar e ensinar os procedimentos e métodos laboratoriais para
identificação de carboidratos complexos em amostras. Identificar nas amostras quais
delas têm carboidratos complexos. Comparar e discutir resultados das diferentes
amostras.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Carboidratos, mais conhecidos como açúcares, são compostos orgânicos chamados
quimicamente de hidratos de carbono. Quanto a sua estrutura química, são uma classe
extensa de moléculas e podem ser classificados de várias formas. Uma das classificações
leva em conta a quantidade de moléculas de açúcar, ligados por ligação glicosídica, ex:
monossacarídeos, (contém uma unidade de açúcar, ex: glicose e frutose), dissacarídeos
(contém duas unidades de açucares, ex: sacarose e maltose) e polissacarídeos (contém
mais de 10 unidades, ex: amido e glicogênio). Polissacarídeos, como o amido são
formados por longas cadeias de glicose ligadas sequencialmente de maneira linear, essa
cadeia é chamada de amilose. Juntamente como a amilose, existe outra cadeia de
glicose também ligadas sequencialmente, a amilopectina, porém esta cadeia apresenta
ramificações e é mais difícil de ser digerida. No amido, as cadeiras de amilose e
amilopectina formam uma estrutura em forma de hélice. Diversos alimentos que
consumimos são constituídas por amido, como por exemplo a maisena (amido de
milho), a farinha de trigo (amido de trigo), batatas e alguns tubérculos, industrializados
como macarrão e massas em geral.

MATERIAIS

• 5 copos plásticos ou de vidro no volume de 250 mL ou mais para preparar as


soluções.
• 5 copos plásticos ou de vidro no volume de 250 mL para os experimentos.
• Açúcar refinado ou cristal.
• Maisena.
• Farinha de trigo.
• Gelatina (sabor a sua escolha).
• Água (pode ser da torneira mesmo).
• Copo caseiro de medidas para medir o volume das soluções.

MÉTODOS
1. Preparar as soluções no volume final de 200 mL.

• Água com açúcar.


• Água com maisena.
• Água com farinha de trigo.
• Água com gelatina.

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OBS: Não fazer soluções supersaturas. Pode ferver as soluções ou usar água quente para
que elas fiquem o mais homogêneas possíveis.
2. Depois de preparadas as soluções enumerem os copos e coloque as soluções até a
metade dos copos como indicados na tabela:
COPO VOLUME SOLUÇÃO
1 100 mL Água
2 100 mL Água com açúcar
3 100 mL Água com maisena
4 100 mL Água com farinha de trigo
5 100 mL Água com gelatina incolor

3. Pingar vagarosamente sobre cada copo 30 gotas de iodo e agitar.


4. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos copos 1, 2 e 5 quando adicionado o iodo não foi observado qualquer mudança
significativa na coloração das soluções, já nos copos 3 e 4 pôde-se observar a mudança
da coloração da solução para azul, figura 2.

Figura 2. Resultado do experimento quando adicionado o iodo às soluções.

O iodo quando em contato com carboidratos do tipo polissacarídeos como o amido,


exibe a coloração azul porque o iodo adentra nas hélices formadas pelas cadeias de
amilose e amilopectina interagindo com as mesmas. Com carboidratos simples como
água com açúcar de cana, ou seja, sacarose (um dissacarídeo), não nenhuma interação
e assim não há mudança de coloração. No caso da gelatina, não haverá mesmo nenhuma
interação, pois a gelatina não é um carboidrato e sim proteína.

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CONCLUSÃO
Com este experimento foi concluir que o iodo pode ser utilizado somente para
identificação de polissacarídeos, a exemplo do amido. Isto se deve porque o iodo
adentra nas hélices do amido interagindo com as mesmas. No caso de açúcares simples
como a sacarose que não têm estruturas em forma de hélice, não é possível realizar a
identificação pelo teste do iodo.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que são carboidratos e como podem ser classificados quanto a quantidade de
subunidades monoméricas que os compõe?
2. O que é o amido, onde é encontrado, qual a sua função?
3. Qual a estrutura tridimensional do amido? (questão para alunos do ensino superior)
4. Porque na presença de iodo o amido exibe a coloração azul?

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Aula 3: Identificando o pH das coisas

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia, Química e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino fundamental, médio e superior
Tema da aula: Identificando o pH das coisas
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos que todas as soluções contêm pH e que eles
podem ser identificados com suco de repolho roxo
Objetivos específicos: Aplicar e ensinar os procedimentos e métodos para identificação
do pH das soluções utilizando repolho roxo. Observar a mudança de coloração frente ao
pH da solução. Entender o porquê das mudanças na coloração. Comparar e discutir os
resultados dos pH’s das diferentes amostras.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Todas soluções aquosas e a maioria dos sólidos como por exemplo o solo, têm pH
(potencial hidrogeniônico). É ele quem diz se as soluções são ácidas, neutras ou alcalinas
(básicas). De acordo com Arrhenius, ácidos são aquelas substâncias que em meio
aquoso liberam cátion H+, soluções básicas são aquelas que em meio aquoso liberam
ânions OH-. O pH é medido através de uma escala logarítmica que tem como princípio
o produto na ionização da molécula de água, ou seja, sua capacidade de gerar H+ e OH-
. Só de observar uma solução aquosa não é possível prever o seu pH e em determinadas
circunstâncias saber o pH é essencial, pois ácidos e bases podem trazer sérios riscos à
saúde quando tocados, inalados ou ingeridos.
Então como saber o pH de uma solução?
Existem reagentes e equipamentos em laboratório que são capazes de indicar o pH de
qualquer solução, mudando sua coloração na presença de ácidos ou bases como por
exemplo azul de bromotimol, alaranjado de metila, fenolftaleína e papel tornassol e
aqueles que podem indicar o valor exato do pH como pHmetros.
Mas e em casa quando não temos disponíveis estes indicadores de pH? Há como indicar
por algum método caseiro?
Veremos agora.

MATERIAIS

• Suco de limão (espremido).


• Vinagre.
• Refrigerante de limão.
• Chá (a sua escolha).
• Leite.
• Água mineral.
• Bicarbonato de sódio.
• Sabão líquido.
• Sabão em pó.
• Água sanitária.
• Repolho roxo.
• Liquidificador.
• 10 copos plásticos ou de vidro de 200 mL.

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MÉTODOS
1. Preparar 100 mL das soluções de bicarbonato de sódio, sabão líquido, sabão em pó e
suco de limão, adicionando uma pitada ou um pouco de cada em um copo separado e
adicionar 100 mL de água.
2. Preparar o suco de repolho roxo: retire algumas folhas, coloque no liquidificador com
300 mL de água e bata. Filtre e reserve.
3. Enumerar os copos e distribuir as soluções conforme descrito na tabela abaixo:
COPO VOLUME SOLUÇÃO
1 100 mL Suco de limão
2 100 mL Vinagre
3 100 mL Refrigerante de limão
4 100 mL Solução de sabão líquido
5 100 mL Chá (a sua escolha)
6 100 mL Leite
7 100 mL Água
8 100 mL Solução de bicarbonato de sódio
9 100 mL Solução de sabão em pó
10 100 mL Água sanitária

4. Adicionar suco de repolho roxo em cada copo até perceber a mudança de coloração.
5. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O repolho roxo contém antocianinas (classe dos flavonoides) que são pigmentos
responsáveis pela coloração de muitos dos vegetais como por exemplo o roxo. As
antocianinas presentes no repolho roxo mudam de coloração em contato com ácidos
(pH abaixo de 7,0), variando da cor vermelha ao róseo, roxo em pH neutro (pH = 7,0) e
de azul, verde e amarelo em pH alcalino (básico) (pH de 8,0 até 14,0).
Na figura 3 observamos os resultados do experimento quando adicionamos o suco de
repolho roxo nas soluções. É possível observar que as soluções de suco de limão, vinagre
e refrigerante de limão apresentam cor vermelha e rósea, indicando que estas soluções
são ácidas. A solução de sabão líquido apresenta uma cor quase roxa, porém ainda um
pouco avermelhada e por isso permanece como solução de pH entre 6, indicando que é
ácida, porém não tão acida quando comparada às soluções anteriores. As soluções de
chá, leite e água apresentam coloração roxa ou quase indo para a coloração azulada,
indicando que estas soluções são neutras.

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Figura 3. Resultado do experimento quando adicionado repolho roxo nas soluções.

A soluções de bicarbonato de sódio, sabão em pó e água sanitária são soluções alcalinas,


pois apresentam colorações azul, verde e amarelada.
É possível observar também na figura o valor de pH aproximado acima de cada solução,
e isso indica que soluções com valores de 0 a 6 são ácidas, soluções com valor igual a 7
são neutras e soluções com valor acima de 7 são básicas ou alcalinas.

CONCLUSÃO
Com este experimento foi possível concluir que o suco de repolho roxo é um ótimo
indicador de pH na ausência de equipamentos de medição mais precisos e que pode ser
utilizado tanto em casa quando nas aulas práticas de laboratório.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que é pH e como é a sua classificação?
2. Por que todas as soluções tem pH?
3. Por que o suco do repolho roxo é um indicador de pH?

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Aula 4: Observando a mudança de pH das soluções

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia, Química e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino fundamental, médio e superior
Tema da aula: Observando a mudança de pH das soluções
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos as mudanças de pH frente a adição de ácido ou


base em uma solução
Objetivos específicos: Observar, analisar e discutir as mudanças de pH das soluções
quando adicionados ácidos ou bases nas mesmas, bem como a importância da titulação
ácido/base na determinação das concentrações de soluções desconhecidas
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Como visto na prática anterior, todas as soluções e misturas tem pH, porém o pH pode
ser alterado pela adição de base ou de ácido ao meio. Muitas soluções básicas podem
ser neutralizadas (pH = 7,0) com a adição de ácido (e vice-versa). A prática da
observação da mudança de pH é muito aplicada para descobrir a concentração de uma
substância básica ou ácida no meio, processo este chamado de titulação ácido/base.
Neste processo, para saber o pH da substância desconhecida é adicionado um indicador
de pH (exemplo, o repolho roxo que vimos na aula anterior ou outros indicadores mais
precisos) e depois disso, uma substância ácida ou básica de concentração conhecida
acondicionada em uma bureta, é adicionada lentamente à substância de concentração
desconhecida. A adição vai até o ponto de viragem que é quando a substância muda a
sua coloração. A mudança de coloração indica a neutralização da solução onde é
formado um sal e água. A partir da quantidade de solução de concentração conhecida
utilizada na titulação é então calculada a concentração da solução desconhecida.

MATERIAIS

• 2 copos de 500 ou 700 mL.


• 1 copo de medidas.
• Ácido acético (vinagre).
• Bicarbonato de sódio.
• 1 colher.
• 200 mL de água.
• Suco de repolho roxo.

MÉTODOS
1. Preparar a solução de bicarbonato de sódio. No copo de medidas, medir 200 mL de
água, transferir para um dos copos de 500 ou 700 mL, adicionar 2 colheres de
bicarbonato de sódio e mexer bem.
2. Adicionar o suco de repolho roxo no copo com a solução de bicarbonato de sódio até
observar a mudança da coloração da solução.
3. No outro copo adicionar aproximadamente 300 mL de vinagre.
4. Adicionar bem devagar e em alíquotas o vinagre na solução de bicarbonato de sódio
e mexer (se formar espuma, pode removê-la)
5. Conforme adiciona vá observando a mudança na coloração da solução.
6. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na figura 4 estão representados os resultados antes e depois a adição de ácido acético.
Em A, temos a solução de bicarbonato de sódio com o indicador de pH repolho roxo,
indicando que a solução é básica (vide colorações das soluções na aula de indicação de
pH das soluções).

Figura 4. A) solução de bicarbonato de sódio com indicador de pH suco de repolho roxo


antes da adição de ácido acético. B) Início da adição de ácido acético. C, D e E) resultado
da coloração da solução conforme adição vagarosa de ácido acético.

É possível observar que conforme a adição vagarosa de ácido acético (C, D e E da figura
4.) as soluções vão mudando vagarosamente a coloração de azul (básico) para roxo,
indicando que a solução foi neutralizada, ou seja, saiu de um pH básico (de 8,0 a 14,0)
para um pH neutro (7,0). Em E, é possível observar que o pH baixou ainda mais tendendo
ir em direção ao pH ácido.

CONCLUSÃO
Com este experimento foi possível observar que o pH pode mudar conforme a adição
de ácido ou base em uma solução e que esta pode ser monitorada utilizando o suco de
repolho roxo como indicador de pH

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que é titulação ácido/base e qual a sua aplicação?
2. Quais produtos são formados durante a neutralização de uma solução?

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Aula 5: Propriedade das proteínas

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino fundamental, médio e superior
Tema da aula: Propriedade das proteínas
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos as propriedades físicas e químicas das proteínas
Objetivos específicos: Identificar quais interferentes interferem na estrutura das
proteínas. Analisar as mudanças que ocorrem na estrutura da proteína frente a estes
interferentes. Comparar os resultados obtidos com os diferentes interferentes e
proteínas utilizadas no experimento.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Proteínas, depois da molécula de água, são as moléculas que mais estão presentes nos
organismos vivos e desempenham as mais diversas funções como suporte estrutural e
proteção (cabelos, unhas, pelos e músculos), proteção contra ataques ao organismo
(anticorpos), transporte (oxigênio e dióxido de carbono), catalisam reações (enzimas),
contração muscular e dentro outras funções. Proteínas são formadas pela união de
aminoácidos e podem adquirir várias estruturas tridimensionais que são importantes
para que possam desempenhar sua função. Para que todas as proteínas exerçam
corretamente a sua atividade, alguns parâmetros têm de estar de acordo, como por
exemplo; temperatura, pH, concentração de sais e solventes orgânicos. Quaisquer
mudanças nestes quesitos podem levar uma proteína a não exercer seu trabalho
corretamente e consequentemente algum processo vital será interrompido levando à
problemas no organismo.

MATERIAIS

• Ácido acético (vinagre).


• 2 copos de 500 ou 700 mL.
• 8 copos de 200 mL.
• 1 copinho de plástico de café.
• Acetona.
• 2 claras de ovo para fazer a solução de clara de ovo.
• 400 mL de solução fisiológica.
• 1 ovo cozido
• Água fervente.
• Gaze.
• Leite.

MÉTODOS
1. Preparar 350 mL de solução de clara de ovo. Quebre os dois ovos e separe a clara da
gema e reserve as gemas em um copo de 500 ou 700 mL. Adicione ao copo da clara 350
mL de solução fisiológica e mexa bem (não deixe fazer espuma). Em outro copo filtre
com gaze esta solução e reserve para utilizar no experimento.

2. Prepare os copos dos experimentos de acordo com a tabela abaixo e adicione os


reagentes.

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COPO VOLUME SOLUÇÃO ADICIONAR (APROXIMADAMENTE)


1 100 mL Água 100 mL de acetona
2 100 mL Água 100 mL de vinagre
3 100 mL Água 100 mL de água fervente
4 100 mL Solução de clara de ovo 100 mL de acetona
5 100 mL Solução de clara de ovo 100 mL de vinagre
6 100 mL Solução de clara de ovo Cozinhar ou utilizar um ovo cozido
para o resultado
7 100 mL Leite 100 mL de acetona
8 100 mL Leite 100 mL de vinagre

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na figura 5 é possível observar a ação dos interferentes (acetona, ácido acético e água
quente) na estrutura das proteínas. A clara de ovo é composta pela proteína
ovoalbumina e está sendo utilizada nos copos de 4 a 6. É possível observar em B) que a
acetona (solvente orgânico), adicionada no copo 4, causa o turvamento da solução,
indicando que ela interfere na estrutura da ovoalbumina, deixando-a insolúvel. No copo
5 foi adicionado ácido acético, mas ele não interferiu na estrutura, uma vez que a
solução não turvou ou houve precipitação da proteína. No copo 5 é possível observar
que a temperatura interfere na estrutura da proteína, uma vez que ela se torna
totalmente desnaturada (perca de sua estrutura), o que é possível observar pelo aspecto
endurecido do ovo ou solução de clara de ovo cozida.

Figura 5. Resultado do experimento antes (A) e depois da adição dos interferentes (B).
Nos copos 7 e 8, foi observado a ação dos mesmos interferentes, exceto da temperatura,
pois submeter o leite à fervura ou adicionar água fervente já é sabido que não altera em
nada a composição da proteína que o compõe, a caseína. No copo 7 foi adicionado
acetona e é possível observar que não houve nenhuma mudança na estrutura da
caseína, uma vez que não se observa nenhuma agregação no leite. No copo 8 é possível
observar uma agregação da caseína quando adicionado o ácido acético.
Nos copos 1, 2 e 3 foi adicionado água e os interferentes, porém nada foi observado
porque a água não é uma proteína, portanto serviu somente como controle do
experimento para demonstrar que em água estes interferentes não interferem em nada.

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Comparando os dois experimentos observamos que para a ovoalbumina a acetona


interferiu na estrutura e para a caseína não houve nenhuma alteração e na adição de
ácido acético, a ovoalbumina não sofreu alteração e a caseína sofreu.

CONCLUSÃO
Com este experimento foi possível concluir que solventes orgânicos, ácidos e
temperatura alteram a estrutura das proteínas, porém cada proteína tem sua estrutura
em particular, onde algumas delas podem resistir a alguns interferentes e outras não,
mas de uma maneira geral, elas são susceptíveis a estes interferentes.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que são proteínas?
2. Qual a importância das proteínas para os organismos vivos?
3. Quais são os interferentes que interferem na atividade das proteínas?
4. O que acontece quando uma proteína não exerce plenamente sua atividade?

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Aula 6: Aula prática enzimas – amilase salivar

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino fundamental, médio e superior
Tema da aula: Enzimas – amilase salivar
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos a ação das enzimas sobre seus substratos.
Objetivos específicos: Observar, analisar e discutir a ação da enzima ao degradar seu
substrato.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Enzimas são moléculas com atividade catalítica, ou seja, moléculas com capacidade de
acelerar as reações químicas no nosso organismo que sem elas demorariam muito para
acontecer ou simplesmente nunca aconteceriam. Enzimas, em termos estruturais em
sua maioria são proteínas, mas também há enzimas de RNA (ácido ribonucleico)
chamadas ribozimas. Todas as reações químicas que ocorrem nos organismos vivos são
mediadas por enzimas. Elas catalisam uma infinidade de reações químicas e são
classificadas de acordo com as reações que elas catalisam. Um exemplo da importância
das enzimas para o nosso organismo pode ser exemplificado pela intolerância à lactose.
Pessoas com este tipo de intolerância não conseguem digerir a lactose, que é o açúcar
do leite e isso lhes trazem consequências ou desconfortos como cólicas abdominais,
distensão abdominal e diarreia. Elas não conseguem digerir a lactose porque lhes falta
uma enzima chamada lactase, que em pessoas saudáveis faz a quebra da lactose, um
dissacarídeo, em suas subunidades simples, a galactose e a glicose para serem
absorvidas pelos intestinos.
A amilase é uma enzima que faz a quebra do amido, um polissacarídeo presente na
maioria dos alimentos a base de massas como pães, bolos e macarrão, em suas
subunidades constituintes, a glicose para que possa ser absorvida pelos intestinos. No
nosso organismo podem ser encontradas dois tipos de amilase, a salivar e a pancreática.
A amilase salivar está presente na saliva, pois a digestão dos carboidratos começa na
boca. A amilase pancreática é liberada no suco pancreático no intestino delgado para
terminar a digestão do amido para que a glicose possa ser absorvida.
A amilase salivar é uma enzima proteica, e assim como as proteínas, necessita de
condições ótimas para funcionamento e pode ter sua atividade influenciada por
temperatura e pH.

MATERIAIS

• Sal de frutas.
• 1 copo de 200 mL.
• 1 copinho de café de 50 mL para fazer a solução de sal de fruta.
• 4 copinhos de café de 50 mL para os experimentos.
• 2 colheres.
• Amido de milho (maisena)

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MÉTODOS
1. Preparar a solução de amido de milho adicionando uma pitada de maisena no copo
de 200 mL, adicionar aproximadamente 150 mL de água e mexer.
2. Enumerar os copos e distribuir as soluções por igual nos copos de 50 mL e depois
adicionar os reagentes como representado na tabela.

• Antes de adicionar os reagentes e saliva, adicionar de 20 a 30 gotas de iodo em


cada um dos copinhos e mexer.
• OBS: coloque os copinhos, exceto o 2 diretamente na boca e coloque o máximo
de saliva sem espuma que puder, principalmente no copinho 3.
COPO VOLUME SOLUÇÃO ADICIONAR
1 1/3 do copo Água Saliva
2 1/3 do copo Água com maisena Não adicionar nada
3 1/3 do copo Água com maisena Saliva
4 1/3 do copo Água com maisena Saliva + 1 pitada de sal de frutas

3. Depois de adicionados os reagentes nas soluções agite com cuidado os copinhos e


reserve em um lugar seguro por 4 a 5 horas. Lembre-se de sempre agitar os copinhos
(sempre que puder ou a cada meia hora). Esta etapa é muito importante, pois a maisena
tende a sedimentar no fundo do copo e assim o contato com a enzima fica restrito e leva
ao não funcionamento do experimento.
4. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
No primeiro copo havia somente água com saliva e nenhum carboidrato foi adicionado,
sendo assim, não houve nenhuma alteração na coloração para azul quando adicionado
o iodo, figura 6.

Figura 6. Resultado do experimento. A) Início do experimento. B) Passado de 4 a 5 horas


após o experimento.
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No copo 2 houve uma alteração na coloração da solução para azul porque o iodo
interage com a maisena, que é composta por amido (vide explicação aula identificação
de carboidratos complexos). No copo 3 houve alteração na coloração, de azul para
incolor depois de passado o tempo do experimento porque foi adicionado a saliva e esta
por sua vez contém a enzima amilase salivar que degradou o amido em carboidratos de
cadeias menores ou em subunidades de glicose, sendo assim não há mais amido e desta
maneira o iodo não consegue mais interagir para manter a coloração azul. No copo 4 a
coloração azul também mudou para incolor (ou róseo que foi a cor do sal de frutas que
usei) porque a mudança de pH quando adicionado o sal de frutas não impediu a enzima
de realizar a sua atividade, uma vez que certas enzimas não funcionam quando há
mudanças de pH.

CONCLUSÃO
Este experimento conseguiu demonstrar com sucesso a ação da amilase salivar em
degradar o amido e que esta enzima não sofre ação de interferentes com a alteração na
mudança de pH.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que são enzimas e como elas agem?
2. Qual a importância das enzimas para os organismos vivos e para a indústria?
3. Qual a função da enzima amilase salivar e pancreática no nosso organismo?

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Aula 7: Aula prática enzimas – proteases

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino fundamental, médio e superior
Tema da aula: Enzimas – proteases
Carga horária: 1 hora

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos a ação das enzimas sobre seus substratos.
Objetivos específicos: Observar, analisar e discutir a ação da enzima ao degradar seu
substrato.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Proteases, também chamadas enzimas proteolíticas ou proteases, são enzimas que
degradam, ou seja, quebram as proteínas em peptídeos ou em suas subunidades, os
aminoácidos. Quando ingerimos proteínas como, carnes, ovos ou qualquer outro
alimento proteico, no estômago são secretadas enzimas chamadas pepsinas que
juntamente com o ácido estomacal vão ajudar a quebrar estas proteínas em peptídeos
e polipeptídeos. O pâncreas também secreta enzimas proteolíticas, a tripsina e a
quimotripsina, que no intestino delgado vão terminar a digestão das proteínas
começada no estômago, liberando seus aminoácidos para serem absorvidos.
Microrganismos como bactérias e fungos também secretam proteases para digerir os
alimentos proteicos no meio e depois absorvê-los. Plantas também contém enzimas
proteolíticas, como por exemplo a bromelina do abacaxi e a papaína do mamão. A
papaína é utilizada na área da saúde associada a curativos para acelerar o processo de
cicatrização e no tratamento de úlceras de decúbito. Na culinária é utilizada como
amaciante de carnes.

MATERIAIS

• 3 ovos cozidos.
• 1 mamão verde pequeno.
• Água.
• 4 copinhos de café.

MÉTODOS
1. Enumere os copinhos de 1 a 3.
2. Corte a parte da ponta superior dos ovos e coloque cada um em um copo de café com
a parte do corte para cima.
3. No copinho 1 coloque 2 ou 3 gotas de água sobre o ovo.
4. Faça um pequeno corte no mamão e deixe pingar de 8 a 10 gotas de leite no ovo do
copinho 2.
5. Faça outro corte no mamão e deixe pingar no copinho de café que não tem o ovo e
adicione o mesmo tanto em gotas de água e mexa bem. Esta é a enzima diluída.
6. No copinho 3, adicione de 8 a 10 gotas da enzima diluída sobre o ovo.
7. Cubra os copinhos e reserve por 3 dias ou mais.
8. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
No primeiro copo como havia somente água, não foi observado nenhuma mudança. No
segundo copo com a enzima (papaína) ou o leite “bruto”, depois de 3 dias foi possível
observar que onde a enzima foi pingada houve degradação da albumina pela papaína,
deixando assim uma marca um pouco profunda, figura 7 B) enzima bruta.

Figura 7. Resultado do experimento. A) Início do experimento, já com a água e a enzima


sobre o ovo. B) Passado 3 dias após o experimento.
No experimento com a enzima diluída, no copo 3, foi possível observar que a papaína
degradou bastante a albumina do ovo, uma vez que o ovo se espedaçou e apresentou
aspecto amolecido quando comparado aos outros copos do experimento.

CONCLUSÃO
Este experimento conseguiu demonstrar que a enzima papaína do mamão foi eficiente
em degradar a albumina do ovo e que a enzima diluída, por apresentar um conteúdo
maior de água, uma vez que a água é importante para que ocorra as reações bioquímicas
foi muito mais eficaz em degradar a albumina em comparação com a papaína bruta, ou
seja, sem diluir.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que são proteases e qual a sua importância para o nosso organismo?

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2. Além dos seres humanos, quais outros organismos contêm proteases e qual a
importância desta enzima para eles?
3. Qual a aplicação da papaína na saúde e indústria alimentícia?

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Aula 8: Preparo de meios de cultura caseiros

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia e Microbiologia
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino médio e superior
Tema da aula: Enzimas – proteases
Carga horária: 2 horas

Objetivo geral: Ensinar aos alunos como preparar meios de cultura caseiros para
observar o crescimento de microrganismos
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Os microrganismos são capazes de crescer em toda extensão do globo terrestre, desde
os climas mais frios como geleiras polares, até os lugares mais quentes como fontes
termais ou gêiseres. Estão presente em todos os lugares, inclusive no nosso organismo,
seja como agentes patogênicos (causadores de doenças) ou simbiontes benéficos (ex:
lactobacilos intestinais). Assim como todos os organismos, os microrganismos também
se alimentam e necessitam de energia para se multiplicar, realizar suas atividades vitais
e repor suas biomoléculas. Sendo assim os microrganismos retiram seu alimento do
meio ao qual estão. Por exemplo, os microrganismos decompositores como os fungos,
degradam matéria morta como madeira, frutas e até outros organismos para obterem
seu alimento e assim contribuem para o ciclo de nutrientes como o ciclo do carbono,
assim como muitas bactérias simbiontes também contribuem para o ciclo do nitrogênio
e fósforo. Os microrganismos contribuem muito para a ciência, como citado aqui o
exemplo dos fungos decompositores, há um grande interesse neles, porque eles para
quebrar o alimento do meio necessitam secretar enzimas que quebram proteínas,
carboidratos e gorduras em subunidades menores para serem absorvidos. Estas enzimas
produzidas por estes fungos são de grande importância econômica, pois são utilizadas
nas industrias farmacêutica, de alimentos e bebidas. Outro exemplo, é a identificação
de uma bactéria patogênica em um processo de infecção. Não há como identifica-la
dentro do nosso organismo, é necessário isolá-la do nosso organismo para saber dentre
os milhões ou bilhões de bactérias existentes, qual é a que está nos atacando.
Para ambos os exemplos, estudar os organismos fora do ambiente em que vivem e isolá-
los, necessitamos “simular” o ambiente em que vivem em laboratório, dando as
condições mínimas para que eles possam se desenvolver e para que assim possamos
estuda-los. Para isto foram desenvolvidos meios de cultura. Os meios de cultura
fornecem em laboratório as exigências nutricionais mínimas para eles se
desenvolverem. Hoje existem diversos tipos de meios de cultura adaptado as
necessidades nutricionais de cada microrganismo. Os meios de cultura podem ser
divididos em meios simples e complexos e cada microrganismo pode exigir um tipo de
meio ou suplementação nutricional para que possa sobreviver. Meios de cultura podem
ser também divididos sem meios sólidos, semissólidos e líquidos, sendo cada qual para
uma finalidade diferente.
Nesta aula aprendemos como fazer um meio de cultura simples, tanto líquido quando
sólido utilizando a água da batata como fonte de carbono para que o organismo possa
se desenvolver. A água de batata contém carboidratos que servirá como fonte de
energia e fonte de carbono para que ele possa se multiplicar e sintetizar suas
biomoléculas necessárias para seu crescimento. A gelatina contém proteína que irá

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fornecer aminoácidos e nitrogênio. Aqui quando cito crescimento me referindo a


proliferação, ou seja, a multiplicação do organismo.

MATERIAIS

• 2 frascos de vidro de 200 ou 300 mL com tampa de ferro.


• 2 batatas descascadas e cortadas.
• 1 Panela de pressão grande.
• Papel alumínio.
• Ágar (encontra em casa de produtos naturais).
• 4 potes tipo podes de bolo de pote transparente e com tampa.
• Gelatina
• Álcool 70%.
• 1 vela.

MÉTODOS

1. Preparo do meio líquido:

• Cozinhe as batatas com 600 mL de água e coloque a água do cozimento até a


metade de um dos frascos de vidro, tampe e reserve.
2. Preparo do meio sólido.

• Em uma panela pequena adicione 400 mL de água do cozimento das batatas e


adicione 3 colheres de ágar e duas de gelatina. Deixe dissolver bem sem levantar
fervura.
• Depois de dissolvido bem, coloque até quase encher outro frasco de vidro, deixe
apenas uns dois dedos sem o meio no frasco e tampe.
3. Esterilizar os meios de cultura.

• Cubra a tampa dos frascos de vidro com os meios de cultura com papel alumínio
e coloque em uma panela de pressão grande.
• Coloque água até mais da metade da altura dos potes. Tampe e coloque no fogo
por aproximadamente 50 minutos. Observar sempre se a água da panela não irá
secar. Aconselho depois de 15 minutos colocar em fogo médio.
• Depois de passado os 50 minutos, espere sair a pressão da panela, destampe e
com um pano retire os frascos de vidro e deixe esfriar o pote com o meio líquido.
• Deixe esfriar um pouco o meio sólido, mas não a ponto de solidificar e já vá para
a instrução 4.

4. Preparar os potes com os meios de cultura líquido.

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• Limpe bem o local de trabalho com álcool 70%


• Acenda uma vela
• pegue quatro potes de bolo de pote, esterilize bem com álcool 70% e coloque
atrás da chama da vela fechados. Assim que o pote com meio de cultura sólido
estiver um pouco mais frio para manusear abra ele atrás da chama da vela, passe
sua boca na chama, abra os potes de bolo de pote e coloque mais ou menos um
dedo de meio sólido em cada um ou faça a divisão por igual.
5. Guardar todos os meios de cultura na geladeira
6. Utilizar os meios no dia seguinte para as próximas aulas que serão a 11 e 12.

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que são meios de cultura e qual a sua aplicação?
2. Quais são os requisitos nutricionais que os microrganismos necessitam para crescer?
3. Qual a importância de crescer e estudar os microrganismos em laboratório?

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Aula 9: Fermentação

PLANO DE AULA
Instituição de ensino: (Preencher)
Disciplina: Biologia e Bioquímica
Professor: (Preencher)
Turma: Ensino médio e superior
Tema da aula: Fermentação
Carga horária: 2 horas

Objetivo geral: Demonstrar aos alunos o processo fermentativo através da fermentação


da garapa por leveduras.
Objetivos específicos: Analisar, avaliar e discutir as diferentes situações do
experimento, levando em conta os conhecimentos prévios obtidos em fermentação.
Desenvolvimento da aula / metodologia: A aula será prática utilizando o roteiro anexo
(anexar roteiro na aula) neste plano seguido de discussão dos resultados e conclusão
sobre o experimento.
Recursos didáticos: Aqueles listados no roteiro e eventualmente lousa e giz.
Avaliação: Durante a prática, ao aluno será avaliado quando a sua conduta e
participação durante o experimento. Posterior a prática, será avaliado pelo relatório de
aula prática entregue juntamente com as respostas das questões levantadas no mesmo.
Referências: As listadas no roteiro de aula prática anexo neste plano de ensino. OBS:
todas as referências se encontram listadas no capítulo referencias deste e-book.

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ROTEIRO

INTRODUÇÃO AO TEMA
Todos os organismos vivos necessitam de energia para sobreviver. Com base na fonte
utilizada para transformar matéria em energia classificamos de modo simples os
organismos em dois grandes grupos; os autotróficos, que são aqueles que transformam
a matéria e energia solar em moléculas com alto valor energético para assim ser
utilizado para gerar sua energia e os heterotróficos que muitas das vezes utilizam das
moléculas energéticas produzidas pelos autotróficos para gerar sua energia ou retiram
essas moléculas do meio. O processo de geração de energia, ou seja, ATP (trifosfato de
adenosina) pode ocorrer de duas maneiras; através da respiração celular, onde a
molécula altamente energética, geralmente açúcares como a glicose ou sacarose são
oxidados na presença de oxigênio e a fermentação que ocorre na ausência de oxigênio.
A fermentação é mais comum em microrganismos como bactérias e leveduras que são
anaeróbios facultativos (podem ou não sobreviver na presença de oxigênio) e em
anaeróbios estritos (não sobrevivem na presença de oxigênio). No processo
fermentativo que ocorre na ausência de oxigênio, açúcares fermentescíveis como
glicose e sacarose são transformados em ATP e em alguns subprodutos como ácido
láctico (fermentação láctica), etanol (fermentação alcóolica), dióxido de carbono (CO2)
e água. A fermentação é muito importante para a produção de alimentos, produtos
químicos, produtos farmacêuticos e suplementos. Na alimentação, por exemplo,
leveduras são utilizadas para a fabricação de pães, cerveja, cachaça, vinho, iogurte e
leite fermentado.

MATERIAIS

• 3 tubos de plástico.
• 3 copos de plástico do tamanho do tubo ou suporte para tubos.
• 3 bexigas pequenas.
• Garapa (caldo de cana).
• Fermento biológico.
• Água.

MÉTODOS
1. Enumere os tubos de 1 a 3.
2. No tudo 1 adicione água até a metade da capacidade do tubo, coloque um pouco de
fermento biológico e mexa bem. Coloque a bexiga na ponta do tudo e coloque no copo
ou suporte.

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3. No tudo 2 adicione garapa até a metade da capacidade do tubo, coloque a bexiga na


ponta do tubo e coloque no copo ou suporte.
4. No tudo 3 adicione garapa até a metade da capacidade do tubo, coloque um pouco
de fermento biológico e mexa bem. Coloque a bexiga na ponta do tudo e coloque no
copo ou suporte.
5. Aguardar por 4 horas ou mais para observar os resultados.
6. Anotar os resultados, fazer a discussão e conclusão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tanto no processo de respiração celular quanto no processo de fermentação realizado
pelos organismos vivos, um açúcar é consumido para ser transformado em energia
utilizável pela célula (ATP), liberando dióxido de carbono (CO2) e água. Já na
fermentação, além de liberar CO2 e água é também liberado etanol ou ácido láctico
dependendo do tipo de fermentação. O fermento biológico aqui utilizado é uma
levedura, a Saccharomyces Cerevisiae, ela na ausência de oxigênio realiza a fermentação
alcóolica, consumindo a sacarose da garapa e liberando CO2, água e etanol.

Figura 9. Resultado do experimento. A) Início do experimento. B) Passado 4 horas após


o experimento.
No copo 1 (figura 9 A e B), foi adicionado somente água e fermento biológico, como não
havia sacarose, não houve fermentação, fato evidenciado pela bexiga estar murcha. No
copo 2, foi colocado somente a garapa sem o fermento e desta maneira também não
houve fermentação. No copo 3 foi adicionado garapa e fermento e desta maneira a
levedura fermentou a sacarose presente na garapa liberando CO2, fato evidenciado pelo
gás que encheu a bexiga, água e etanol (figura 9 B).

CONCLUSÃO
Com este experimento é possível concluir que o fermento biológico fermentou a garapa,
liberando CO2, água e etanol e para haver fermentação é necessário de um organismo
que realize fermentação e um açúcar fermentescível.

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QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA PARA OS ALUNOS


Lembre-se que todas as respostas já foram comentadas nos resultados e discussões.
1. O que é a fermentação e como ocorre?
2. Quais são os organismos que realizam a fermentação e quais os tipos de fermentação?
3. Quais as aplicações da fermentação para os seres humanos?

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REFERENCIAS

CISTERNAS, J. R.; VARGA, J.; MONTE, O. Fundamentos de Bioquímica experimental. 2.


Ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 275p.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. Ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014. 1298p.
TORTORA G.J.; FUNKE B.R.; CASE C.L. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
934 p.

MICHELACCI, Y. M.; OLIVA, M. L. V. Manual de Práticas e Estudos Dirigidos: química,


bioquímica e biologia molecular. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2014. 156p.
DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2011. 216 p.

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Caro(a) Leitor(a)

É com grande apreço e gratidão que lhe parabenizo. Ao ter concluído a leitura do nosso eBook
"Práticas de Biologia e Ciências para se fazer com poucos recursos", você demonstrou
comprometimento e dedicação ao conhecimento que é verdadeiramente inspirador.
A jornada de leitura de um livro pode ser desafiadora, mas também é uma aventura
emocionante. Saber que você investiu seu tempo e energia na exploração das práticas e ideias
contidas neste eBook é um testemunho de seu compromisso com a educação e seu desejo de
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sua perspectiva sobre o ensino da Biologia e das Ciências, oferecendo maneiras acessíveis e
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que você está fazendo uma diferença valiosa nas vidas de muitos.
Por favor, esteja à vontade para entrar em contato conosco a qualquer momento para
compartilhar suas experiências, fazer perguntas ou oferecer sugestões. Estamos aqui para apoiá-
lo em sua jornada contínua na educação.
Mais uma vez, obrigado por confiar em nosso eBook como fonte de conhecimento. Desejamos-
lhe todo o sucesso e inspiração contínuos em sua jornada educacional.

Com sincero agradecimento,

Anderson Garcia
Docente e Doutor em Biotecnologia

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