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Guia de Apoio à Execução

da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

Cofinanciado por:

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Social Europeu


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1 2016/09/06 Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10- CLDS
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 4

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................................. 4

3. OBJETIVOS DA TIPOLOGIA DE OPERAÇÕES ............................................................................................ 5

4. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL ...................................................................................................................... 5

5. AÇÕES ELEGÍVEIS .............................................................................................................................................. 6

6. PLANO DE AÇÃO ................................................................................................................................................ 7

7. ENTIDADES BENEFICIÁRIAS ......................................................................................................................... 7

7.1 Requisitos ............................................................................................................................................................ 8

7.2 Entidade Coordenadora Local da Parceria (ECLP) ............................................................................... 8

7.3 Entidades Locais Executoras das Ações (ELEA) .................................................................................... 9

8. CANDIDATURAS EM PARCERIA ................................................................................................................ 10

9. EQUIPA A AFETAR AO CLDS-3G ................................................................................................................ 12

10. LIMITES DE FINANCIAMENTO DOS CLDS-3G ....................................................................................... 13

11. ELEGIBILIDADE DAS DESPESAS ................................................................................................................ 14

11.1 Natureza e limites das despesas elegíveis ........................................................................................... 15

11.1.1 Rubrica 1 – Encargos com Pessoal ...................................................................................................... 15

11.1.2 Rubrica 2 - Encargos diretos com a aquisição de bens e serviços ........................................... 18

11.1.3 Rubrica 3 - Encargos Gerais ................................................................................................................... 19

11.2 Flexibilidade na Gestão da Dotação Aprovada ................................................................................... 20

11.3 Despesas Não Elegíveis ............................................................................................................................... 20

12. REGRAS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA ...................................................................................................... 21

13. REGRAS APLICÁVEIS À INFORMAÇÃO E PUBLICIDADE ...................................................................... 22

14. SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO ESTRATÉGICA ...................................................................................... 23

14.1 Indicadores de Realização e de Resultado........................................................................................... 23

14.2 O Formulário do/a Participante .............................................................................................................. 24

14.3 Atividades com registo obrigatório de participantes ...................................................................... 24

15. GESTÃO E ACOMPANHAMENTO DAS OPERAÇÕES ............................................................................... 26

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15.1 Comunicação do Início/reinício da operação ..................................................................................... 26

15.2 Pedidos de alteração .................................................................................................................................... 27

15.3 Pedidos de Reembolso e de Saldo ........................................................................................................... 27

16. PROCESSOS TÉCNICO E CONTABILÍSTICO ............................................................................................... 30

16.1 Organização do Processo Técnico........................................................................................................... 30

16.2 Processo Contabilístico da Operação .................................................................................................... 32

17. PAGAMENTOS, SUSPENSÕES E RECUPERAÇÕES ................................................................................... 33

17.1 Pagamentos ..................................................................................................................................................... 33

17.2 Suspensões de pagamentos ....................................................................................................................... 34

17.3 Recuperação do apoio ................................................................................................................................. 34

18. REDUÇÕES E REVOGAÇÕES........................................................................................................................... 35

18.1 Redução do apoio .......................................................................................................................................... 35

18.2 Revogação dos Apoios ................................................................................................................................. 35

19. NOTIFICAÇÕES E COMUNICAÇÕES ........................................................................................................... 36

ANEXOS
Anexo I – Minuta do Protocolo de Parceria
Anexo II – Formulário do /a Participante
Anexo III – Ficha de Indicadores da TO 3.10

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1. INTRODUÇÃO

A Autoridade de Gestão do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), doravante
designada por AG, tem por obrigação assegurar a divulgação das oportunidades de acesso ao
financiamento público oferecidas pelo Programa e transmitir aos beneficiários, potenciais e efetivos,
os seus direitos e obrigações, garantindo a boa execução das operações apoiadas e mitigando os
riscos de ocorrência de desconformidades.

Nesse alinhamento, o presente guia materializa a pretensão da AG de fornecer aos beneficiários das
operações financiadas no âmbito da tipologia de operações 3.10 – Contratos Locais de
Desenvolvimento Social (CLDS) um conjunto articulado de normas, instruções e boas práticas que
lhes permitam preparar e executar as atividades apoiadas pelo PO ISE, em estrito respeito pelas
normas legais vigentes.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

A tipologia de operações 3.10, integrada no Eixo 3 do PO ISE - Promover a inclusão social e combater
a pobreza e a discriminação - destina-se a apoiar os Contratos Locais de Desenvolvimento Social, e
encontra-se regulada na Secção II do Capítulo VII da Portaria n.º 97-A/2015, de 30 de março, alterada
pela Portaria n.º 181-C/2015, de 19 de Junho, que adota o regulamento específico do domínio da
Inclusão Social e Emprego.

As operações apoiadas pela AG respeitam ainda o disposto no Decreto-Lei n.º 137/2014, de 12 de


setembro e no Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 215/2015,
de 6 de outubro, que estabelecem, respetivamente, o modelo de governação e as regras gerais de
aplicação dos Programas Operacionais financiados pelos Fundos Europeus Estruturais e de
Investimento (FEEI), bem como na Portaria nº 60-A/2015, de 2 de março, alterada pela Portaria n.º
242/2015, de 13 de agosto e pela Portaria nº 122/2016, de 4 de maio, que consagra as normas
comuns sobre o Fundo Social Europeu (FSE).

Atualmente, encontra-se em vigor a 3.ª geração dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social,
adiante designados por Programa CLDS-3G, o qual foi criado e regulamentado pela Portaria n.º 179-
B/2015, de 17 de junho, que define as respetivas regras de implementação e execução.

Atentas as competências previstas na Portaria n.º179-B/2015, de 17 de junho, a AG decidiu delegar


no ISS, I.P. o exercício de competências administrativas e técnicas no âmbito desta tipologia de
operações, assumindo este a qualidade de Organismo Intermédio sem Subvenção Global, a quem
cabe, fundamentalmente:
 Verificar os critérios de elegibilidade dos beneficiários e das operações candidatadas, nos
termos dos artigos 13.º e 14.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual
redação, e dos critérios específicos fixados para a tipologia de operações na Portaria n.º 97-
A/2015, de 30 de março, na sua atual redação, bem como nos avisos para apresentação de
candidaturas;
 Realizar uma avaliação de mérito, suportada pela aplicação da grelha de análise, que culmina
com a emissão da competente decisão técnica sobre as candidaturas;
 Analisar eventuais contestações apresentadas pelas entidades beneficiárias, em sede de
audiência prévia, que tenham por fundamento a decisão técnica por si proferida;
 Analisar os pedidos de substituição do coordenador técnico ou de ações, bem como outras
alterações no foro técnico das operações, formalizadas pelas entidades beneficiárias através
de pedidos de alteração.

À AG do PO ISE compete, para além da decisão, assegurar a análise financeira das candidaturas e dos
pedidos de alteração, a análise dos pedidos de reembolso e de saldo, suportada por verificações
administrativas, bem como a realização de verificações no local, estas últimas a executar em parceria
com o ISS, I.P.

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Em julho de 2015, a AG abriu o primeiro concurso no âmbito desta tipologia de operações, constando
do respetivo aviso para apresentação de candidaturas, nos termos do n.º 6 do artigo 16.º do Decreto-
Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação, um conjunto de elementos reguladores,
tais como condições de atribuição de financiamento, critérios de seleção das operações, regras e
limites de elegibilidade das despesas e normas técnicas a observar pelas operações.

3. OBJETIVOS DA TIPOLOGIA DE OPERAÇÕES

Em conformidade com o definido no artigo 210.º da Portaria n.º 97-A/2015, de 30 de março, na sua
atual redação, a tipologia de operações 3.10 persegue os seguintes objetivos:
 Promover a criação de circuitos de produção, divulgação e comercialização de produtos
locais e ou regionais de modo a potenciar o território e a empregabilidade;
 Promover o desenvolvimento de instrumentos facilitadores tendo em vista a mobilidade de
pessoas a serviços públicos de utilidade pública, a nível local, reduzindo o isolamento e a
exclusão social;
 Promover o desenvolvimento de instrumentos capacitadores das instituições da economia
social promovendo a implementação de serviços partilhados, que permitam uma maior
racionalidade de recursos e a eficácia de gestão;
 Promover a inclusão social dos cidadãos, de forma multissectorial e integrada, através de
ações, a executar em parceria, que permitam contribuir para o aumento da empregabilidade,
para o combate a situações críticas de pobreza, particularmente infantil, da exclusão social
de territórios vulneráveis, envelhecidos ou fortemente atingidos por calamidades;
 Promover a concretização de medidas que promovam a inclusão ativa das pessoas com
deficiência e incapacidade, bem como a capacitação das instituições.

O Programa CLDS-3G, enquanto instrumento de intervenção de proximidade financiado através da


tipologia de operações 3.10, sai fortalecido na sua base de atuação, traduzindo um realinhamento dos
seus objetivos fundamentais e reforçando a proatividade de todos os agentes na busca de soluções
para as diferentes problemáticas dos/as cidadãos/ãs e promovendo o crescimento sustentável e
inclusivo dos territórios.

Assim, e no que toca às medidas de promoção ao emprego, somam-se às iniciativas tradicionais a


capacidade dos CLDS-3G contribuírem para potenciar as economias locais e regionais e, dessa forma,
serem gerados novos postos de trabalho sustentáveis e duradouros.

4. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL

O Programa CLDS-3G mantém o seu foco nos territórios que apresentam uma ou mais das seguintes
caraterísticas:
 Territórios especialmente afetados por desemprego;
 Territórios com situações críticas de pobreza, particularmente infantil;
 Territórios envelhecidos;
 Territórios fortemente atingidos por calamidades.

Para efeitos de financiamento no âmbito do PO ISE, são elegíveis os CLDS localizados nos territórios
definidos pelo membro do Governo responsável pela área da segurança social, divulgados em sede
de aviso para apresentação de candidaturas e inseridos nas regiões NUTII menos desenvolvidas de
Portugal - Norte, Centro e Alentejo.

Um CLDS-3G deve envolver, no máximo, um concelho, podendo, no entanto, ter abrangência infra
concelhia, compreendendo, não a totalidade do território, mas uma intervenção circunscrita a apenas
parte deste.

As candidaturas no âmbito desta tipologia de operações são apresentadas por território, tendo em
conta os âmbitos geográficos da intervenção definidos e cumprindo as regras de designação e perfis

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territoriais previstos (territórios que padecem de desemprego, envelhecimento, pobreza e afetação


por calamidades).

A título excecional, poderá coexistir mais do que um CLDS-3G no mesmo território, desde que um
deles tenha por objetivo responder aos efeitos de fortes calamidades.

5. AÇÕES ELEGÍVEIS

As ações obrigatórias previstas nos eixos de intervenção dos CLDS-3G são as seguintes:

a) Estabelecer uma estreita parceria com o Instituto do Emprego e da Formação


Profissional, I. P. (IEFP, I. P.), no sentido de favorecer os processos de integração
profissional, social e pessoal, dos desempregados. (inclui 4 atividades)
b) Sensibilizar os empresários, as instituições e as entidades empregadoras locais para
uma participação ativa na concretização de medidas ativas de emprego e em processos de
Eixo 1: inserção profissional e social;

Emprego, c) Contribuir para a sinalização, encaminhamento e orientação de alunos que abandonam


Formação e ou concluem o sistema educativo, no sentido de desenvolver ações de favorecimento da
Qualificação integração profissional;

d) Desenvolver ações que estimulem as capacidades empreendedoras dos alunos do


ensino secundário, numa perspetiva de reforço da iniciativa, da inovação, da criatividade,
do gosto pelo risco e que constituam uma primeira abordagem à atividade empresarial;
e) Promover a criação de circuitos de produção, divulgação e comercialização de produtos
locais e ou regionais de modo a potenciar o território e a empregabilidade.

a) Estratégias genericamente aplicáveis ao nível da qualificação das famílias,


designadamente informação dos seus direitos de cidadania, desenvolvimento de
competências dos respetivos elementos e aconselhamento em situação de crise;

b) Estratégias direcionadas para as crianças e jovens, promovendo estilos de vida


saudáveis e de integração social, numa perspetiva holística e de envolvimento
Eixo 2: comunitário, nomeadamente ao nível da promoção: da saúde, do desporto, da cultura e da
Intervenção educação para uma cidadania plena;
familiar e c) Estratégias direcionadas para a mediação dos conflitos familiares, particularmente no
parental, caso de famílias com crianças, em articulação com as equipas que intervêm com as
preventiva famílias e/ou as suas crianças, promovendo a capacitação das famílias e a proteção e
da pobreza promoção dos direitos das crianças e jovens.
infantil
Nos territórios envelhecidos:
a) Ações socioculturais que promovam o envelhecimento ativo e autonomia das
pessoas idosas;
b) Ações de combate à solidão e isolamento;
c) Desenvolvimento de projetos de voluntariado de proximidade.

a) Desenvolvimento de ações de apoio técnico à auto-organização dos habitantes e à


Eixo 3: criação/revitalização de associações, designadamente de moradores, temáticas ou
juvenis, através de estímulo dos grupos alvo, de acompanhamento de técnicos
Capacitação facilitadores das iniciativas, e da disponibilização de espaços para guarda de material de
da desgaste e de apoio;
comunidade
e das b) Desenvolvimento de instrumentos facilitadores tendo em vista a mobilidade de
instituições pessoas a serviços públicos de utilidade pública, a nível local, reduzindo o isolamento e
a exclusão social.

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Eixo 4:
Auxílio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afetados por
calamidades

Cada eixo de intervenção é estruturado com base num conjunto de ações obrigatórias, definidas em
função da caracterização do território a abranger pelos CLDS-3G, as quais são concretizadas através
de atividades de natureza diferenciada.

O artigo 13º da Portaria nº 179-B/2015 prevê o desenvolvimento de um Plano de Ação que inclua
um conjunto de ações obrigatórias, assim como a execução de outras ações, desde que enquadradas
no limite máximo de financiamento que vier a ser definido em aviso para apresentação de
candidaturas. Este plano poderá não conter algumas das ações obrigatórias, desde que as mesmas
sejam abrangidas e asseguradas por outros programas que desenvolvam ações idênticas ou
destinadas ao mesmo público-alvo.

6. PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação de um CLDS-3G é elaborado pelo núcleo executivo do Conselho Local de Ação Social
(CLAS), em conjunto com a Entidade Coordenadora Local de Parceria (ECLP) e o coordenador técnico
do CLDS-3G, e aprovado em plenário do CLAS do concelho que integra o território a intervencionar.

As ações de cada eixo de intervenção são organizadas através do Plano de Ação do CLDS-3G,
construído com base nos instrumentos de planeamento dos Conselhos Locais de Ação Social (CLAS),
nomeadamente no Diagnóstico Social e/ou no Plano de Desenvolvimento Social Concelhios.

O Plano de Ação é elaborado para um período máximo de 36 meses, devendo conter:


 Objetivos a atingir pelo CLDS-3G;
 Eixos de intervenção;
 As ações obrigatórias e não obrigatórias, quando existentes, bem como a sua descrição;
 A caracterização dos/as destinatários/as;
 Os indicadores de execução e de resultados esperados;
 O orçamento desagregado;
 As entidades locais executoras das ações (ELEA);
 A identificação do/a coordenador/a técnico/a do CLDS-3G, acompanhado do curriculum
vitae e da declaração da sua afetação por período normal de trabalho a tempo completo.

O Plano de Ação deve, no caso de existir outro programa destinado a públicos-alvo específicos no
mesmo território, prever formas de articulação com os projetos desses programas, não podendo
contudo incluir ações que sejam financiadas e desenvolvidas nesses projetos.
Pode ainda conter ações não financiadas pelo CLDS-3G, entendidas como importantes para a
intervenção territorial a realizar, nomeadamente, ações que mobilizem os recursos disponíveis na
comunidade, promovendo o desenvolvimento integrado do CLDS-3G em diversas áreas de
intervenção.

O montante de financiamento previsto no Plano de Ação não pode exceder o limite máximo de
financiamento estipulado no aviso para apresentação de candidaturas.

7. ENTIDADES BENEFICIÁRIAS

Cada CLAS inserido nos territórios definidos no aviso para apresentação de candidaturas com
interesse na criação de CLDS-3G deve, sob proposta do respetivo presidente, escolher a Entidade
Coordenadora Local de Parceria (ECLP).

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As ações previstas no Plano de Ação de um CLDS-3G são desenvolvidas pela própria ECLP, bem como
por outras entidades que integrem o CLAS do concelho a que pertence o território que pretende
intervencionar, na qualidade de Entidades Locais Executoras das Ações (ELEA).

Por cada CLDS-3G criado é aceite um número máximo de três ELEA.

Sendo o Plano de Ação do CLDS-3G executado com recurso a ELEA, é obrigatória a constituição de
uma parceria para o seu desenvolvimento, a qual é aprovada pelo CLAS.

Pese embora a candidatura ao PO ISE seja titulada pela ECLP, todas as entidades parceiras, são
consideradas beneficiárias.

7.1 Requisitos

As entidades beneficiárias (ECLP e ELEA) têm que reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
 Encontrar-se regularmente constituída e devidamente registada;
 Ter a situação tributária e contributiva regularizada perante a Administração Fiscal e a
Segurança Social;
 Ter situação regularizada em matéria de reposições no âmbito dos Financiamentos dos FEEI;
 Possuir contabilidade organizada, elaborada por um/a Técnico/a Oficial de Contas (TOC),
atualmente designado por contabilista certificado.

As entidades beneficiárias deverão garantir o cumprimento destes requisitos durante todo o período
de execução da operação.

7.2 Entidade Coordenadora Local da Parceria (ECLP)

A ECLP é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos, que atua na área do desenvolvimento
social, designadamente:
 Instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e equiparadas;
 Misericórdias;
 Associações de desenvolvimento local (ADL);
 Organizações não-governamentais (ONG);
 Cooperativas de solidariedade social.

De acordo com o disposto na Portaria n.º 179/2015, de 17 de junho, conjugado com Decreto-Lei n.º
159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação, com Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, na
sua atual redação e com o Decreto-lei n.º 137/2014, de 12 de setembro, e sem prejuízo do disposto
no Ponto 8 Candidaturas em Parcerias do presente Guia, a ECLP tem as seguintes
competências/obrigações:

a) Assegurar a coordenação administrativa e financeira do CLDS -3G;


b) Assegurar a função de interlocutora junto da AG do PO ISE e a respetiva articulação com as
várias entidades parceiras;
c) Dinamizar e coordenar a execução do Plano de Ação previsto no artigo 13.º, e o
correspondente orçamento;
d) Identificar as ELEA;
e) Efetuar uma estreita parceria com o IEFP, I.P., no que concerne às dimensões das ações
obrigatórias a implementar no Eixo 1 do Programa CLDS-3G;
f) Enquadrar e proceder à contratação do coordenador técnico do CLDS -3G e outros recursos
humanos de apoio ao coordenador;
g) Desenvolver a totalidade ou parte das ações previstas no Plano de Ação, em conformidade
com o aprovado em sede de candidatura (componentes física e financeira);
h) Garantir a recolha e a verificação dos comprovativos do cumprimento dos requisitos
aplicáveis às ELEA previstos no ponto 7.1 do presente Guia;

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i) Garantir a recolha de declaração de que as ELEA possuem capacidade de coordenação


técnica, administrativa e financeira para desenvolver as ações do CLDS-3G que lhe são
incumbidas;
j) Utilizar os apoios concedidos com o rigoroso respeito pela legislação aplicável;
k) Adotar comportamentos que respeitem os princípios da transparência, da concorrência e da
boa gestão dos dinheiros públicos, de modo a prevenir situações suscetíveis de configurar
conflito de interesses, designadamente nas relações estabelecidas entre os beneficiários e os
seus fornecedores ou prestadores de serviços;
l) Proceder à publicitação dos apoios, em conformidade com o explicitado no ponto 13 do
presente documento;
m) Organizar e manter atualizados os processos contabilístico e técnico do CLDS -3G;
n) Disponibilizar os processos contabilístico e técnico, a qualquer momento e de forma célere,
para consulta das entidades autorizadas a fazê-lo, para efeitos de fiscalização,
acompanhamento, controlo e avaliação das ações contratualizadas;
o) Facultar o acesso aos locais de realização das ações, bem como a outros locais onde se
encontrem os documentos que suportam a execução da operação, com vista ao
desenvolvimento de atividades de acompanhamento, controlo e avaliação por parte da AG
do PO ISE ou de outras entidades nacionais ou comunitárias com competência nestas
matérias;
p) Conservar os documentos relativos à realização da operação, sob a forma de documentos
originais ou de cópias autenticadas, em suporte digital, quando legalmente admissível, ou
em papel, durante o prazo de 3 anos, a contar da data do encerramento ou da aceitação da
Comissão Europeia sobre a declaração de encerramento do PO ISE,
q) Gerir o financiamento e transferi-lo para as restantes entidades da parceria, quando existam;
r) Proceder às reposições por inteiro a que haja lugar, sem prejuízo da responsabilidade
solidária a que todas as entidades parceiras estão obrigadas;
s) Deter um sistema contabilístico separado ou uma codificação contabilística adequada de
todas as transações relacionadas com a operação;
t) Comunicar à AG todas as alterações à operação;
u) Registar regularmente, no Balcão 2020, a execução física associada à operação aprovada pela
AG do PO ISE;
v) Colaborar com a AG do PO ISE no apuramento dos indicadores comuns para os apoios do
FSE definidos nos anexos I e II do Regulamento (UE) n.º 1304/2013, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 17 de dezembro;
w) Garantir a organização e a produção documental necessária à elaboração de relatórios de
execução e final do CLDS-3G;
x) Solicitar a convocação do plenário do CLAS para apresentação de resultados do CLDS-3G;
y) Elaborar e apresentar relatórios de monitorização ao CLAS, com uma periodicidade
semestral, e relatórios de execução anual.

Adicionalmente, não deverão as ECLP candidatar a outro Programa, financiado por fundos nacionais
ou comunitários, ações idênticas que se revistam da mesma natureza e finalidade ou se destinem ao
mesmo público-alvo que as constantes das candidaturas ao Programa CLDS-3G.

7.3 Entidades Locais Executoras das Ações (ELEA)

As ações previstas no Plano de Ação do CLDS-3G podem ser desenvolvidas por outras entidades, até
ao limite de três, que integrem o CLAS do concelho a que pertence o território a intervencionar,
nomeadamente:
 Entidades sem fins lucrativos;
 Associações empresariais;
 Associações comerciais;
 Associações industriais;
 Entidades privadas com fins lucrativos.

De acordo com o disposto na Portaria n.º 179/2015, de 17 de junho, conjugado com Decreto-Lei n.º
159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação, com Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, na
sua atual redação e com o Decreto-lei n.º 137/2014, de 12 de setembro, e sem prejuízo do disposto

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no Ponto 8 – Candidaturas em Parcerias do presente Guia, as ELEA têm as seguintes


competências/obrigações:

a) Executar diretamente a ação ou ações constantes do Plano de Ação do CLDS-3G, em


conformidade com o aprovado em sede de candidatura (componentes física e financeira);
b) Reportar à ELCP o desenvolvimento das ações;
c) Organizar e manter atualizados o processo contabilístico e processo técnico das ações que
desenvolvem;
d) Disponibilizar os processos contabilístico e técnico, a qualquer momento e de forma célere,
para consulta das entidades autorizadas a fazê-lo, para efeitos de fiscalização,
acompanhamento, controlo e avaliação das ações contratualizadas;
e) Facultar o acesso aos locais de realização das ações, bem como a outros locais onde se
encontrem os documentos que suportam a execução da operação, com vista ao
desenvolvimento de atividades de acompanhamento, controlo e avaliação por parte da AG
do PO ISE ou de outras entidades nacionais ou comunitárias com competência nestas
matérias;
f) Conservar os documentos relativos à realização da operação, sob a forma de documentos
originais ou de cópias autenticadas, em suporte digital, quando legalmente admissível, ou
em papel, durante o prazo de 3 anos, a contar da data do encerramento ou da aceitação da
Comissão Europeia sobre a declaração de encerramento do PO ISE;
g) Apresentar à ECLP declaração de que possuem capacidade de coordenação técnica,
administrativa e financeira para desenvolver as ações do CLDS-3G que lhe são incumbidas;
h) Constituir equipas de acordo com as condições específicas de implementação fixadas no
artigo 17.º da Portaria n.º 179-B/2015, de 17 de junho;
i) Utilizar os apoios concedidos com o rigoroso respeito pela legislação aplicável;
j) Adotar comportamentos que respeitem os princípios da transparência, da concorrência e da
boa gestão dos dinheiros públicos, de modo a prevenir situações suscetíveis de configurar
conflito de interesses, designadamente nas relações estabelecidas entre os beneficiários e os
seus fornecedores ou prestadores de serviços;
k) Proceder à publicitação dos apoios, em conformidade com o explicitado no ponto 11 do
presente documento;
l) Deter um sistema contabilístico separado ou uma codificação contabilística adequada de
todas as transações relacionadas com a operação;
m) Não proceder a qualquer alteração à operação de intervenção objeto de financiamento sem
prévia aprovação da ECLP e autorização/decisão da AG do PO ISE;
n) Reportar regularmente à ECLP a execução física e financeira associada às ações que lhe estão
incumbidas;
o) Colaborar com a ECLP no apuramento dos indicadores comuns para os apoios do FSE
definidos nos anexos I e II do Regulamento (UE) n.º 1304/2013, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 17 de dezembro sempre que aplicável;
p) Garantir a organização e a produção documental necessárias à interlocução com a ECLP e
desta com a AG do PO ISE e o ISS, I.P.

Adicionalmente, não deverão as entidades executoras locais da parceria candidatar a outro


Programa, financiado por fundos nacionais ou comunitários, ações idênticas que se revistam da
mesma natureza e finalidade ou se destinam ao mesmo público-alvo que as constantes das
candidaturas ao Programa CLDS-3G.

8. CANDIDATURAS EM PARCERIA

As candidaturas aos apoios do FSE podem ser realizadas em parceria, no desenvolvimento do n.º 4
do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação e nos termos das
disposições constantes do artigo 7.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 3 de março na sua atual redação.

Da leitura conjugada dos artigos 210.º a 212.º da Secção II do Capítulo VII da Portaria n.º 97-A/2015,
de 30 de março, na sua atual redação, que adota o regulamento específico do domínio da inclusão
social e emprego, e das normas orientadoras dos CLDS-3G consagradas na Portaria n.º 179-B/2015,

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

de 17 de junho, conclui-se que as operações a financiar, no âmbito da tipologia de operações 3.10,


são, por princípio, desenvolvidas em regime de parceria, entre a ELCP e as ELEA que, conjuntamente,
asseguram a execução do Plano de Ação aprovado pelo CLAS.

A constituição da parceria para o desenvolvimento do CLDS-3G e o respetivo Plano de Ação são


aprovados pelo CLAS.

As candidaturas desenvolvidas em parceria traduzem, assim, um envolvimento concertado de


diversas entidades na concretização do Plano de Ação do CLDS-3G, as quais se assumem como
parceiras na prossecução desse objetivo comum, tendo em vista a consolidação de sinergias no
desenvolvimento das respetivas ações que integram a operação cofinanciada.

A ECLP assume o papel de entidade coordenadora da parceria, cabendo-lhe, nos termos previstos no
n.º 5 do artigo 7.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 3 de março, na sua atual redação, a articulação, quer
com a AG, quer com as várias entidades parceiras, bem como a transferência dos montantes
atribuídos pela AG, no âmbito da parceria, e às reposições por inteiro a que haja lugar, sem prejuízo
da responsabilidade solidária a que todas as entidades parceiras estão obrigadas.

As ELEA são, por seu turno, responsáveis pela execução das ações que lhes foram atribuídas no
âmbito do Plano de Ação do CLDS-3G.

Neste alinhamento, e de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 7.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 3
de março, na sua atual redação, das candidaturas desenvolvidas em parceria devem constar,
designadamente, os seguintes elementos:
a) A indicação sobre a constituição da parceria, o instrumento de formalização e o modo do
seu funcionamento, explicitando o contributo e as obrigações de cada uma das entidades
parceiras no contexto do projeto a apoiar;
b) O orçamento afeto a cada uma das entidades parceiras e os mecanismos de articulação
adotados entre elas;
c) A indicação da entidade que assume a coordenação da parceria, à qual é atribuída a
designação de entidade coordenadora.

No caso de se registar alguma alteração da parceria e das suas funções terá de ser efectuada uma
adenda ao documento com as respectivas modificações.

Em anexo ao presente Guia (anexo I) disponibiliza-se uma minuta do Protocolo de Parceria com a
formulação mínima necessária ao cumprimento do legalmente previsto.

Todas as entidades que integram a candidatura são consideradas entidades beneficiárias, pelo que a
verificação dos impedimentos e condicionamentos previstos no artigo 14.º do Decreto-Lei n.º
159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação, bem como os critérios de elegibilidade dos
beneficiários constantes do seu artigo 13.º e as obrigações dos beneficiários previstas no artigo 24.º
do mesmo diploma, são exigíveis para a cada uma das entidades parceiras, na parte correspondente
às ações cuja execução é da sua responsabilidade.

O protocolo de parceria ou o instrumento de formalização de parceria similar deve ser atualizado


sempre que se verifiquem alterações dos termos acordados entre as várias entidades parceiras,
designadamente alteração das ações a desenvolver por cada uma delas ou das respetivas dotações
financeiras a atribuir.

Do protocolo de parceria deve ainda constar o modo de funcionamento da parceria e os mecanismos


de articulação a adotar entre a ECLP e as ELEA, em concreto prazos e formas de:

 Reporte do progresso físico da operação;


 Apresentação das listagens das despesas efetivamente incorridas e pagas, associadas aos
pedidos de reembolso e de saldo;
 Pagamento das despesas efetivamente incorridas e pagas, depois de aprovadas e pagas pela
AG do PO ISE.

11
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

A figura seguinte ilustra o quadro relacional estabelecido entre a ECLP, as ELEA, a AG do PO ISE e a
entidade pagadora.

9. EQUIPA A AFETAR AO CLDS-3G

A equipa a afetar ao CLDS-3G integra obrigatoriamente um/a Coordenador/a Técnico/a, selecionado


pelo CLAS, em articulação com ECLP, o qual exerce as suas funções a tempo completo, não podendo
acumular com outras que sejam conflituantes.

O/A Coordenador/a Técnico/a deve possuir formação académica superior ou experiência


profissional relevante para o exercício destas funções e um perfil que alie competências de gestão e
de trabalho em equipa, bem como experiência na coordenação e dinamização de parcerias e
reconhecimento por parte dos atores locais.

Compete ao/à Coordenador/a do CLDS-3G:


 Coordenar as diferentes ações do CLDS-3G, assegurar as relações interinstitucionais
dentro e fora do território a intervencionar, bem como realizar os relatórios previstos no
artigo 15.º da Portaria n.º 179-B/2015, de 17 de junho, e garantir a execução orçamental;

12
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

 Gerir os processos administrativos e financeiros de acompanhamento e de monitorização


da execução das ações;
 Implementar a recolha e difusão de toda a informação necessária à boa execução do CLDS-
3G;
 Apoiar o processo de dinamização de parcerias no âmbito do desenvolvimento do CLDS-
3G, por forma a criar as melhores condições para o cumprimento das metas fixadas no
Plano de Ação;
 Proceder à articulação com o CLAS, com vista à apresentação periódica dos resultados das
ações do CLDS-3G, bem como dos relatórios previstos, solicitando, para o efeito, a inclusão
dos assuntos a tratar nas agendas das respetivas reuniões plenárias;
 Promover a articulação das atividades do CLDS-3G com as políticas nacionais e/ou
comunitárias, na perspetiva de complementaridade das intervenções e da sustentabilidade
do CLDS-3G;
 Dinamizar processos de mediação como os/as interlocutores/as considerados/as
necessários/as à concretização dos objetivos do CLDS-3G.

O/A coordenador/a técnico/a do CLDS-3G pode ser substituído/a, desde que sejam reunidas as
condições legalmente fixadas para o respetivo perfil, em termos de habilitações académicas e
experiência profissional. Esta substituição deve, contudo, ser precedida de comunicação ao núcleo
executivo do CLAS e formalizada via Balcão 2020, através de um pedido de alteração.

O não cumprimento desta formalidade pode determinar o não financiamento da remuneração do/a
coordenador/a técnico/a do CLDS-3G.

As ELEA devem designar um/a técnico/a, que assume a responsabilidade pela execução das ações
que lhe estão incumbidas, em articulação com o/a coordenador/a técnico/a do CLDS-3G.

As equipas dos CLDS-3G devem ser constituídas nos seguintes termos:

Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação


Eixo 3 – Capacitação da Comunidade e das Instituições
•dois/duas técnicos/as licenciados/as, sendo que pelo menos um/a deles/as deverá ter
formação superior na área das ciências sociais e humanas, exceto nos territórios com
menos de 12.000 habitantes e nos territórios envelhecidos, em que só se considera
obrigatório um/a técnico/a licenciado/a.

Eixo 2 – Intervenção Familiar e Parental, Preventiva da Pobreza Infantil

•dois/duas técnicos/as licenciados/as, sendo que, pelo menos um/a deles/as deverá ter
formação superior na área das ciências sociais , exceto nos territórios com menos de
12.000 habitantes e nos territórios envelhecidos, em que só se considera obrigatório um/a
técnico/a que deverá ter formação superior na área das ciências sociais.

A seleção dos/as técnicos/as a afetar às ações deve ser efetuada pela entidade local executora das
ações e pelo coordenador/a técnico/a do CLDS- 3G.

10. LIMITES DE FINANCIAMENTO DOS CLDS-3G

Os limites máximos de financiamento público a conceder nesta tipologia de operações são definidos
em sede de aviso para apresentação de candidaturas, em função das características dos territórios
abrangidos e da duração prevista das operações. No âmbito do Aviso nº POISE-32-2015-08, os
limites foram os seguintes:

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

CLDS-3G inseridos em territórios especialmente afetados pelo desemprego


ou territórios críticos das áreas metropolitanas e com situações críticas de
pobreza, particularmente a infantil

•Montante máximo de financiamento = 450.000 €, por um período de 36 meses,


com um limite de 150.000 € por cada ano civil.

CLDS-3G inseridos em territórios envelhecidos ou em territórios fortemente


atingidos por calamidades

•Montante máximo de financiamento = 300.000 €, por um período de 36 meses,


com um limite de 100.000 € por cada ano civil.

11. ELEGIBILIDADE DAS DESPESAS

O regime jurídico específico do FSE aplicável às operações financiadas pelo PO ISE, em matéria de
elegibilidade de despesas e os custos máximos, encontra-se regulado na Portaria n.º 60-A/2015, de
2 de março, na sua atual redação, em complemento às regras gerais estabelecidas no Decreto-Lei n.º
159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação.

As despesas são consideradas elegíveis quando:

 Forem efetuadas e pagas pela ECLP e pelas ELEA, se existirem, e desde que devidamente
justificadas por documentos fiscalmente aceites;

 Tenham natureza elegível nos termos do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na


sua atual redação e da Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, na sua atual redação;

 Forem efetuadas e pagas dentro do período de elegibilidade, ou seja no período


compreendido entre os 60 dias úteis anteriores à data de apresentação da candidatura e os
45 dias úteis subsequentes à data de conclusão da operação 1, que constituem a data limite
para a apresentação do saldo final 2 (n.º 1 do artigoº 10.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 2
de março, na sua atual redação)

 Obedecerem a critérios de razoabilidade financeira assentes em princípio de boa gestão


financeira, tendo como base os preços de mercado e a relação custo/benefício;

 Obedecerem às regras da contratação pública nos termos da legislação em vigor;

 Forem respeitados os princípios da transparência, da concorrência e da boa gestão dos


dinheiros públicos, de modo a prevenir situações suscetíveis de configurar conflitos de
interesses nas relações entre a entidade beneficiária e os seus fornecedores e
prestadores/as de serviço.

1 Para efeitos de contagem do prazo de apresentação do pedido de pagamento de saldo, considera-se que a data de conclusão
da operação é a que consta do cronograma aprovado, em candidatura ou pedido de alteração, como data final para a realização
da sua última ação/atividade.
2 Quando a prorrogação do prazo de entrega do saldo seja autorizada pela AG, para além dos 45 dias subsequentes à data da

conclusão da operação, considera-se elegível a despesa realizada e paga até à nova data fixada.

14
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

11.1 Natureza e limites das despesas elegíveis

11.1.1 Rubrica 1 – Encargos com Pessoal

São elegíveis nesta rubrica todos os encargos com o pessoal que assegura as funções centrais do
CLDS, bem como outro pessoal interno afeto à operação, incluindo, para além das remunerações e
encargos sociais obrigatórios, as despesas com ajudas de custo e de transporte, quando a elas houver
lugar.

Para além do pessoal interno, podem ainda ser imputados honorários referentes a serviços prestados
por profissionais independentes, complementares à equipa técnica afeta às funções centrais do CLDS.

Saliente-se que se entende como “equipa técnica afeta às funções centrais do CLDS”, o coordenador
técnico e as equipas previstas no n.º 2, do artigo 17.º da Portaria n.º 179-B/2015, de 17 de junho.

a) Remuneração de pessoal interno

No que concerne ao pessoal interno, o valor máximo mensal a imputar à operação é calculado com
base no custo horário do/a colaborador/a, obtido a partir da fórmula que a seguir se apresenta, e no
número de horas mensal efetivamente dedicadas à operação:

Rbm x m
48 (semanas) x n

Sendo que:
 Rbm = remuneração base mensal acrescida dos encargos obrigatórios da entidade patronal,
decorrentes da lei e dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, e de outras
prestações regulares e periódicas documentalmente comprováveis e refletidas na
contabilidade da entidade patronal que integrem a remuneração;
 m = número de prestações anuais efetivamente pagas a título de remuneração base mensal
e de subsídios de férias e de Natal, quando a estes haja lugar;
 n = número de horas semanais do período normal de trabalho.

Tratando-se de pessoal não afeto a tempo completo à operação, o número de horas a imputar
mensalmente à mesma tem que estar suportado por uma timesheet assinada pelo colaborador e
validada pelo respetivo superior hierárquico, onde conste, para além da identificação do/a técnico/a,
o período a que reporta, o número de horas semanais do período normal de trabalho e as horas afetas
à operação, com o descritivo das atividades desenvolvidas.

Para efeitos de aplicação da fórmula acima apresentada, relativamente à variável “Rbm”, importa ter
em consideração as seguintes situações:
 A remuneração base mensal do colaborador não pode exceder aquela a que o mesmo tem
direito por força da sua relação laboral com a entidade empregadora, tendo como limite o
valor previsto para a remuneração base dos cargos de direção superior de 1.º grau da
Administração Pública3, cujo valor não integra, para efeitos deste limite, quaisquer valores a
título de despesas de representação;
 O valor máximo elegível diário do subsídio de alimentação a considerar na fórmula acima
mencionada corresponde ao que se encontra em vigor para os trabalhadores com vínculo de
trabalho em funções públicas que, atualmente, corresponde a 4,27€ ou ao valor que resultar
de Convenção Coletiva de Trabalho;

3Este valor corresponde ao Índice 100 da Tabela Remuneratória Única dos trabalhadores que exercem funções públicas,
constante da Portaria n.º 1553-C/2008 de 31 de dezembro (3.734,06€), ao qual deve ser aplicada a redução remuneratória
prevista na Lei do Orçamento de Estado aplicável ao período em causa.

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

 No caso do subsídio de alimentação, considerando tratar-se de uma prestação devida apenas


nos meses de trabalho efetivo, ou seja, 11 meses, a variável “m” deverá ser ajustada em
conformidade.

No que concerne aos subsídios de férias e Natal do pessoal interno, considerando que a afetação das
remunerações deve ser feita com base na fórmula de cálculo supra e na medida em que esta
contempla 14 meses (m), significa que, mensalmente, em cada imputação da remuneração, já se
encontram incluídos os respetivos duodécimos daqueles subsídios, independentemente do momento
em que os mesmos são pagos (por duodécimos ou na totalidade).

Importa considerar que são ainda elegíveis as despesas com remunerações relativas a horas de
trabalho prestadas fora do período normal de trabalho nomeadamente a título de trabalho
extraordinário, se relacionadas com a operação, desde que observado o regime jurídico para o efeito
aplicável, no que respeita à sua autorização e limites de duração e remuneratórios e respeitado o
custo horário obtido a partir da fórmula acima apresentada.

Importa salientar que os elementos que asseguram as funções centrais do CLDS (coordenador
técnico/a e técnicos/as superiores nos Eixos 1 e 3 e técnicos/as superiores no Eixo 2), têm que
possuir obrigatoriamente um vínculo interno à ECLP ou às ELEA, quando estas existam.

As remunerações e encargos sociais obrigatórios do pessoal interno são suportados pelo respetivo
recibo de vencimento e comprovativo de pagamento associado (extrato bancário), bem como
Declaração de Remunerações para a Segurança social e Declaração de Retenções na Fonte de IRS e
comprovativos de pagamento associados (extratos bancários).

b) Ajudas de custo - despesas com alimentação e alojamento

O financiamento das ajudas de custo obedece às regras e montantes fixados para a atribuição de
idênticas despesas aos trabalhadores que exercem funções públicas com remunerações base que se
situam entre os valores dos níveis remuneratórios 18 e 9, nos termos do Decreto-Lei n.º 106/98 de
24 de abril, conjugado com o definido na Portaria n.º 1553-D/2008, de 31 de dezembro, com as
alterações previstas no Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28 de dezembro.

Atualmente, o valor máximo da ajuda de custo diária corresponde a 43,39€.

O pagamento deste tipo de despesa deve constar do recibo de vencimento e estar justificado através
do Boletim de Itinerário, ou documento equivalente, onde conste, nomeadamente, o motivo da
deslocação de forma a avaliar a relação com a operação, os dias em que foram realizados os serviços,
as horas de saída e de regresso e os valores atribuídos. Este documento deve estar assinado pelo
próprio trabalhador e validado pelo respetivo superior hierárquico.

c) Despesas com transporte

O transporte de pessoal é financiado de acordo com as regras e os montantes aplicáveis na função


pública, de acordo com o Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de abril, conjugado com o definido na Portaria
n.º 1553-D/2008, de 31 de dezembro, com as alterações previstas no Decreto-Lei n.º 137/2010, de
28 de dezembro.

No âmbito desta rubrica, são elegíveis as despesas com transporte que assumam as seguintes
modalidades:
i. Deslocações do/a colaborador/a em transportes coletivos de serviço público;
ii. Deslocações do/a colaborador/a em viaturas da entidade beneficiária;
iii. Deslocações do/a colaborador/a em viatura própria;
iv. Deslocações do/a colaborador/a em viatura de aluguer.

Recomenda-se que as entidades beneficiárias, como procedimento geral, facultem aos seus
colaboradores os veículos de serviço para efetuar as deslocações necessárias. Na falta ou
impossibilidade de recurso aos mesmos, devem utilizar-se, preferencialmente, os transportes

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

coletivos de serviço público, permitindo-se, em casos especiais, o uso de automóvel próprio do


colaborador ou o recurso ao automóvel de aluguer.

No que respeita às situações abrangidas pela alínea i., podem, nomeadamente, existir os seguintes
cenários:
 Aquisição do título de transporte pela entidade beneficiária;
 Aquisição do título de transporte pelo próprio colaborador, o qual é posteriormente
reembolsado pela entidade beneficiária.

Para este efeito, devem as despesas encontrar-se suportadas pelos seguintes documentos:
 Boletim de Itinerário ou documento equivalente, do qual conste, nomeadamente, o motivo
da deslocação de forma a avaliar a relação com a operação, os dias em que foi realizada a
deslocação, as localidades entre as quais se efetuou a deslocação, o número de quilómetros
percorridos (aplicável apenas no caso de atribuição de subsídio de transporte) e os
correspondentes valores atribuídos. Este documento deve estar assinado pelo próprio
colaborador/a e validado pelo respetivo superior hierárquico.
 Fatura e Recibo relativa à aquisição dos títulos de transporte;
 Extrato bancário que ateste o pagamento ao colaborador nos casos de reembolso da despesa
de aquisição de título de transporte e de atribuição de subsídio de transporte.

No que se refere às situações previstas na alínea ii., associadas às deslocações do/a colaborador/a
em viaturas da entidade beneficiária, consideram-se elegíveis, no âmbito da Rubrica 1 – Encargos
com pessoal4, as despesas com combustível, portagens e estacionamento, desde que suportadas pelos
respetivas faturas e recibos, bem como por mapa de deslocação da viatura que permita justificar as
deslocações ocorridas, os quilómetros percorridos e os valores imputados à operação.

Nas situações previstas na alínea iii., é atribuído ao colaborador um apoio correspondente a


0,36€/Km, com vista a compensá-lo da despesa realmente efetuada (combustível, desgaste do
automóvel, portagens). Esta despesa deve estar suportada pelos seguintes documentos:
 Boletim de Itinerário ou documento equivalente, do qual conste, nomeadamente, a
identificação da viatura do colaborador, o motivo da deslocação de forma a avaliar a relação
com a operação, os dias em que foi realizada a deslocação, as horas de saída e de regresso,
as localidades entre as quais se efetuou a deslocação, o número de quilómetros percorridos
e os valores atribuídos. Este documento deve estar assinado pelo próprio colaborador/a e
validado pelo respetivo superior hierárquico.
 Recibo de vencimento;
 Extrato bancário que ateste o pagamento ao colaborador.

Por fim, e no que concerne às situações previstas na alínea iv., relativas às deslocações em viatura
de aluguer, nomeadamente o recurso a serviço de rent-a-car pontual ou a serviço de táxi, são elegíveis
o aluguer da viatura, combustível, portagens e estacionamento, e a despesa paga pelo serviço de táxi,
respetivamente, com os limites abaixo enunciados:

 Um trabalhador - € 0,34/km;
 Trabalhadores transportados em comum:
 Dois trabalhadores - € 0,14/km;
 Três ou mais trabalhadores - € 0,11/km.

Em qualquer dos casos, estas despesas devem estar suportadas por Boletim de Itinerário ou
documento equivalente do colaborador, preenchido nos moldes anteriormente referidos, assim
como pelos respetivos documentos de despesa e pagamento.

4 As restantes despesas com as viaturas da entidade beneficiária, nomeadamente seguros, reparação/manutenção, IUC,
inspeções periódicas obrigatórias e limpeza, são elegíveis no âmbito da Rubrica 3 – Encargos gerais, conforme ponto 11.1.3
do presente Guia.

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

d) Honorários de profissionais independentes

Quando se justifique, poderão, ainda, ser considerados elegíveis os honorários referentes a serviços
prestados por profissionais independentes 5, complementares das funções exercidas pela equipa
técnica afeta às funções centrais do CLDS, aplicando-se os limites fixados no artigo 14º da Portaria
n.º 60-A/2015, de 2 de março, na sua atual redação.

O Aviso nº POISE-32-2015-08 remete para os limites máximos de elegibilidade estabelecidos a título


de custos horários com formadores, em resultado da diversidade dos serviços que podem vir a ser
prestados, nomeadamente a realização de ações de sensibilização, informação, workshops, oficinas.
Contudo não são financiadas, no âmbito da tipologia de operações 3.10, as ações de formação
inseridas no Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), regulado pelo Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31
de dezembro.

O valor padrão fixado na alínea b) do n.º 2 do artigo 14.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março,
na sua atual redação, (€ 20,00), deve ser utilizado como referencial máximo para o pagamento dos
honorários do pessoal externo que exerça funções similares às de formador, designadamente
animadores e monitores, numa lógica de boa gestão de fundos públicos.

Acresce referir que, à semelhança do mencionado para o pessoal interno, o valor mensal dos
honorários a atribuir ao pessoal externo tem como limite o montante previsto para a remuneração
base dos cargos de direção superior de 1.º grau da Administração Pública6 (cujo valor não integra,
para o efeito, quaisquer valores a título de despesas de representação).

As despesas elegíveis na Rubrica 1 – Encargos com Pessoal respeitam os seguintes referências mensais:

 10.402,38€/mês - Territórios com mais de 12 000 habitantes;


 6.687,43€/mês - Territórios com menos de 12 000 habitantes ou envelhecidos.

11.1.2 Rubrica 2 - Encargos diretos com a aquisição de bens e serviços

São elegíveis, os encargos diretamente relacionados com as atividades da operação, nomeadamente:


 Elaboração de diagnósticos;
 Elaboração de estudos;
 Divulgação da operação;
 Aquisição de livros e de documentação técnica;
 Realização de visitas desde que razoáveis, adequadas e pertinentes face à concretização dos
objetivos definidos para as atividades;
 Alugueres/amortizações de bens móveis e/ou equipamentos;
 Rendas com as instalações onde decorrem as ações CLDS-3G;
 Aquisição de serviços técnicos especializados relacionados com a avaliação das atividades.

O recurso ao arrendamento e alugueres deve cingir-se a recursos estritamente fundamentais à boa


execução da operação, devendo, em primeira linha, recorrer-se à capacidade instalada nas
entidades.

O recurso ao arrendamento/aluguer de instalações/espaços e aluguer/amortização de


equipamentos para a realização de atividades deve responder a necessidades objetivas das mesmas

5 Tratando-se de serviços prestados por empresas e não por profissionais independentes, as respetivas despesas deverão ser
imputadas nas Rubricas 2 ou 3, consoante a sua natureza.
6 Este valor corresponde ao Índice 100 da Tabela Remuneratória Única dos trabalhadores que exercem funções públicas,

constante da Portaria n.º 1553-C/2008 de 31 de dezembro (3.734,06€), ao qual deve ser aplicada a redução remuneratória
prevista na Lei do Orçamento de Estado aplicável ao período em causa.

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

e ser devidamente justificado, quer quanto à necessidade, quer quanto ao montante, tendo em conta
o princípio da capacidade instalada e da boa gestão financeira, bem como o custo e vida útil do
respetivo bem, no caso dos equipamentos.

Os encargos com amortizações estão sujeitos às regras fixadas no Decreto Regulamentar n.º
25/2009, de 14 de setembro (alterado pelo Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril).

As operações de locação financeira ou de arrendamento e aluguer de longo prazo apenas são


elegíveis, para efeitos de cofinanciamento, nos estritos termos dos n.ºs 9 e10, do artigo 15º, do
Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação.

Assim, as despesas realizadas e efetivamente pagas pelos beneficiários finais, no âmbito de


operações de locação financeira ou de arrendamento e aluguer de longo prazo, apenas são elegíveis
para cofinanciamento se forem observadas as seguintes regras:
 As prestações pagas ao locador constituem despesa elegível para cofinanciamento;
 Em caso de contrato de locação financeira que contenha uma opção de compra ou preveja um
período mínimo de locação equivalente à duração da vida útil do bem que é objeto do contrato,
o montante máximo elegível para cofinanciamento não pode exceder o valor de mercado do
bem objeto do contrato;
 Em caso de contrato de locação financeira que não contenha uma opção de compra e cuja
duração seja inferior à duração da vida útil do bem que é objeto do contrato, as prestações são
elegíveis para cofinanciamento proporcionalmente ao período da operação elegível;
 Os juros incluídos no valor das rendas não são elegíveis;
 Dos outros custos relacionados com o contrato de locação financeira ou de aluguer, apenas os
prémios de seguro podem constituir despesas elegíveis;
 O cofinanciamento é pago ao locatário em uma ou várias frações, tendo em conta as prestações
efetivamente pagas;
 Se o termo do contrato de locação financeira ou de aluguer for posterior à data final prevista
para os pagamentos ao abrigo do PO ou do PDR, só podem ser consideradas elegíveis as
despesas relacionadas com as prestações devidas e pagas pelo locatário até essa data final de
pagamento.

Em casos devidamente fundamentados, e desde que sejam consideradas indispensáveis à


concretização das atividades constantes do Plano de Ação, podem ser consideradas, a título
excecional, despesas com deslocação e estadas dos beneficiários diretos das ações 7. Estes encargos
são financiados de acordo com as regras e os montantes estabelecidos para os/as trabalhadores/as
que exercem funções públicas com remunerações base que se situam entre os valores dos níveis
remuneratórios 18 e 9, para idênticas despesas.

11.1.3 Rubrica 3 - Encargos Gerais

Nesta tipologia de despesas, serão enquadráveis despesas correntes de funcionamento,


designadamente:
 Despesas correntes com material pedagógico;
 Despesas correntes com material de escritório consumível;
 Energia;
 Água;
 Comunicações;
 Despesas gerais de manutenção;
 Outras despesas, a título excecional, e em casos devidamente fundamentados, desde
que sejam consideradas absolutamente necessárias à concretização das ações e
objetivos do CLDS-3G e sejam elegíveis no âmbito das regras do FSE.

7 Por lapso, no texto do aviso n.º POISE-32-2015-08, estas despesas foram previstas na Rubrica de Encargos com Pessoal.

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Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

A imputação das despesas comuns deve estar suportada numa chave de imputação, construída com
base em pressupostos, tecnicamente justificados e passíveis de serem evidenciados.

A chave de imputação deve ter em consideração o peso da atividade financiada, face ao total de
proveitos das entidades, bem como permitir uma leitura multidimensional, devendo,
consequentemente, suportar-se em indicadores que integrem elementos de execução física e
temporal da operação, elementos da implantação da operação no espaço físico em que se desenvolve,
ou outros, consoante a natureza dos custos.

Sempre que a chave de imputação seja construída com base em valores previstos ou estimados para
o período em causa, deverá a mesma, logo que possível, ser revista em função de valores reais que
venham a ser apurados, procedendo a entidade aos ajustamentos das imputações entretanto
efetuadas nos reembolsos, que vierem a demonstrar-se necessários.

11.2 Flexibilidade na Gestão da Dotação Aprovada

As entidades beneficiárias podem gerir com flexibilidade a dotação aprovada para o conjunto das
Rubricas 2 e 3, referidas nos pontos 11.1.2 e 11.1.3, desde que respeitado o custo total aprovado em
candidatura para o conjunto das duas rubricas.

A transferência de dotações entre a Rubrica 1 – Encargos com Pessoal e as restantes duas rubricas
assume, assim, um caráter excecional, carecendo obrigatoriamente de autorização prévia da AG do
PO ISE, a emitir na sequência da formalização de um Pedido de Alteração.

Acresce referir que, não obstante a apresentação de orçamentos por cada atividade candidatada, as
entidades beneficiárias podem, em sede de execução, gerir com flexibilidade a dotação financeira
aprovada para a totalidade da candidatura, desde que:
 Os montantes totais aprovados em candidatura para a Rubrica 1 e para o conjunto das
Rubricas 2 e 3 não sejam excedidos;
 O montante do financiamento público a atribuir por ano civil não exceda os limites máximos
definidos no aviso para apresentação de candidaturas, os quais se apresentam variáveis
consoante o perfil do território;
 O montante do financiamento público aprovado em candidatura para cada entidade seja
respeitado.

Convém sublinhar que, encontrando-se a dotação aprovada para a Rubrica 1 condicionada, em


termos máximos, ao número de meses de duração da operação previsto em candidatura, uma
eventual redução do número meses de execução resultará inevitavelmente numa redução do
montante máximo elegível aceite para a mencionada rubrica. O devido ajustamento será efetuado
pela AG do PO ISE em sede de análise do pedido de pagamento de saldo.

Sendo a aprovação da Rubrica de Encargos com Pessoal condicionada, em termos máximos, ao


número de meses previsto para a duração da operação, em sede de análise do pedido de pagamento
de saldo será efetuado o devido ajustamento em função da duração efetiva da operação.

11.3 Despesas Não Elegíveis

De acordo com o disposto no artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual
redação, conjugado com o artigo 17.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, na sua atual redação,
são consideradas não elegíveis, no âmbito do FSE, as seguintes despesas dos CLDS-3G:

 Imposto sobre o valor acrescentado (IVA) recuperável, ainda que não tenha sido ou venha a
ser efetivamente recuperado pelos beneficiários;

20
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

 Despesas pagas no âmbito dos contratos efetuados através de intermediários/as ou


consultores/as, em que o montante a pagar é expresso em percentagem do montante
cofinanciado ou das despesas elegíveis da operação;

 Os pagamentos em numerário, exceto nas situações em que se prevê ser este o meio de
pagamento mais frequente, em função da natureza das despesas, e desde que num
quantitativo unitário inferior a 250 €;

 Contratos que aumentem o custo de execução da operação sem que lhe seja acrescentado
um valor proporcional a esse custo;

 Contratos celebrados com fornecedores de bens e serviços cujo pagamento seja


condicionado à aprovação da candidatura pelo PO ISE;

 Prémios, multas, coimas, sanções financeiras, juros devedores, despesas de câmbio;

 Despesas com processos judiciais, salvo as despesas que resultem de processos de


contencioso tendente à recuperação de créditos do FSE;

 Encargos bancários com empréstimos e garantias bancárias, com exceção, neste último caso,
das exigidas pela legislação nacional relativa à aplicação do FSE e das tipologias de operações
relativas a instrumentos financeiros;

 Compensação pela caducidade do contrato de trabalho ou indemnizações por cessação do


contrato de trabalho de pessoal afeto à operação, bem como as entregas relativas ao Fundo
de Compensação do Trabalho;

 Encargos não obrigatórios com o pessoal afeto à operação;

 Quaisquer negócios jurídicos celebrados, seja a que título for, com titulares de cargos de
órgãos sociais, salvo os decorrentes de contrato de trabalho celebrado previamente à
submissão da candidatura do beneficiário;

 Aquisição de bens imóveis;

 Aquisição de bens móveis que sejam passiveis de amortização.

12. REGRAS DA CONTRATAÇÃO PÚBLICA

O CCP, publicado em anexo ao Decreto-Lei n.º 18/20088, de 29 de janeiro visa, em primeira linha,
transpor as diretivas comunitárias relativas à celebração de contratos públicos de empreitada de
obras públicas, de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços (Diretivas
2004/17/CE e 2004/18/CE, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março de 2004).

Porém, o mencionado código não se restringe aos contratos abrangidos pelas diretivas, aplicando-se
tendencialmente, a todo e qualquer contrato celebrado pelas entidades adjudicantes nele previstas,
cujo objetivo abranja prestações que estão ou poderão ser suscetíveis de estar submetidas à
concorrência de mercado (cf. n.º 2 do artigo 1º e n.º 1 do artigo 16º).

As regras da contratação pública previstas na parte II do CCP aplicam-se genericamente, entre outros,
à formação dos contratos de locação ou aquisição de bens móveis e aquisição de serviços. Os
contratos e a contratação excluída encontram-se estipulados e regulados nos artigos 4º e 5º do
referido Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro.

8Retificado pela Declaração de Retificação n.º 18-A/2008, de 28 de Março, e alterado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro,
pelo Decreto-Lei n.º 223/2009, de 11 de Setembro, pelo Decreto-Lei n.º 278/2009, de 2 de Outubro, pela Lei n.º 3/2010, de
27 de Abril, pelo Decreto-Lei n.º 131/2010, de 14 de Dezembro e pelo Decreto-Lei n.º 149/2012, de 12 de julho.

21
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

No que se refere à escolha do procedimento de contratação pública a adotar, essa matéria terá que
ser averiguada para cada um dos contratos, mediante a análise de cada caso concreto já que, de
acordo com o CCP, os mesmos podem variar em função do prazo, do montante a contratar ou do
histórico de contratação com o fornecedor.
Para este efeito, devem as entidades garantir o cumprimento estrito dos requisitos previstos no CCP
para cada procedimento. Quando, à luz das disposições previstas no CCP, a formação de um contrato
esteja sujeita à aplicação de determinado procedimento, a entidade tem que fazer prova de ter
aplicado todos os requisitos exigidos para o efeito.

A aplicação, a uma determinada entidade beneficiária, das regras de contratação pública previstas no
Código dos Contratos Públicos (CCP), bem como nos regulamentos comunitários, é uma questão a
montante dos financiamentos atribuídos pelo PO ISE, não derivando ou dependendo destes, mas sim da
integração no âmbito subjetivo desse diploma, nomeadamente na noção de “Entidade Adjudicante”
prevista no artigo 2.º do CCP.

O portal Portugal 2020, disponibiliza informação de resumo sobre esta matéria em


https://www.portugal2020.pt/Portal2020/quadro_simplificado-2. De igual forma, em
www.base.gov.pt poderá ser encontrada informação adicional.

Cumpre salientar que a elegibilidade das despesas de aquisição de bens e serviços depende da
observância das regras da contratação pública, pelo que todas as entidades beneficiárias
consideradas como entidades adjudicantes, em sede de candidatura, devem assegurar o
cumprimento de todos os procedimentos em matéria de contratação pública aos quais estão sujeitos,
em conformidade com as regras estabelecidas no CCP.

13. REGRAS APLICÁVEIS À INFORMAÇÃO E PUBLICIDADE

Em conformidade com o disposto na legislação europeia, designadamente o Anexo XII ao


Regulamento (UE) n.º 1303/2013, da Comissão, de 28 de dezembro, bem como o Regulamento de
Execução (UE) n.º 821/2014, da Comissão, de 28 de julho, todas as ações de informação e
comunicação, bem como qualquer produto desenvolvido ou documento relacionado com a operação
apoiada, devem reconhecer o apoio por fundos europeus, apresentando obrigatoriamente os
logótipos do PO ISE, do Portugal 2020, e da União Europeia com referência ao Fundo Social Europeu
(por extenso), de acordo com os respetivos manuais de normas gráficas do Portugal 2020 e do PO
ISE, disponíveis no portal do Portugal 2020 9, adotando igualmente o logótipo do Organismo
Intermédio sem Subvenção Global (ISS, I.P.), bem como o logótipo do Programa CLDS–3G.

Nestes termos, os beneficiários devem garantir que os/as destinatários/as das operações são
informados/as da respetiva fonte de financiamento.

A publicitação dos apoios deve ainda estar presente, designadamente, nos seguintes documentos:
 Anúncios publicados ou editados por qualquer meio de comunicação;
 Capas ou contra capas de materiais documentais, tais como estudos e recursos técnico-
pedagógicos e manuais;
 Seminários ou Workshops, ações de sensibilização ou outros eventos;
 Website, plataformas e serviços on-line;
 Espaços onde decorrem as atividades.

9O Manual de Normas do Portugal 2020 está disponível em:


https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Docs/COMUNICACAO/PT2020_Manual_Normas.pdf
O Manual de Normas do PO ISE está disponível em:
https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Images/Logotipo%20PO%20ISE/MANUAL%20DE%20NORMAS
%20POISE%2011JAN2016.pdf

22
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

É de salientar que o incumprimento das disposições relativas à informação e publicidade das


operações é motivo de redução dos apoios à operação, determinada em função da gravidade do
incumprimento, podendo dar lugar à suspensão de pagamentos até à regularização ou à tomada de
decisão decorrente da análise da situação que lhe deu origem.

Encontra-se também disponível no portal do Portugal 2020, o Manual de Informação e Comunicação


para Beneficiários do PO ISE, com um sumário das referidas regras10.

14. SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO ESTRATÉGICA

14.1 Indicadores de Realização e de Resultado

Os indicadores são o principal instrumento de monitorização do desempenho do PO ISE, na medida


em que permitem a apreensão de dados financeiros, dados de realização e dados de resultado. Para
tal, os indicadores têm de ser claramente definidos, diretamente correlacionados com as operações
apoiadas, suportados numa única e bem identificada unidade de medida e passíveis de mensurar com
regularidade.

No âmbito dos Programas apoiados pelo FSE é necessário garantir o reporte de um conjunto de
indicadores de natureza diversa, que permitam o acompanhamento da realização e dos resultados
que se pretendem atingir com as intervenções, quer individualmente, quer de modo agregado ao
nível da política pública cofinanciada.

Assim, e de acordo com as alíneas a) e e) do ponto 3 do termo de aceitação da decisão de aprovação


das operações, as entidades beneficiárias são obrigadas a assegurar o fornecimento dos elementos
necessários às atividades de monitorização e avaliação no quadro da implementação dos FEEI, ou
seja a recolher a informação necessária ao reporte dos indicadores de realização e de resultado
comuns definidos para o FSE11, bem como dos indicadores contratualizados em sede de aprovação
das respetivas candidaturas.

No âmbito da tipologia de operações 3.10, e conforme aviso para apresentação de candidaturas, os


indicadores de concurso contratualizados com as entidades são os seguintes:

Indicador de Realização

•Participantes nas ações do CLDS

Indicador de Resultado

•Participantes nas ações dos CLDS que se encontram abrangidos/as por medidas ativas de
emprego ou formação profissional, à data de saída da operação

Para este efeito, consideram-se “participantes as pessoas que beneficiam diretamente de uma
intervenção FSE e que podem ser identificadas pelas suas caracterísitcas e inquiridas sobre as mesmas,
e a quem as despesas específicas são destinadas" [in Regulamento (UE) n.º1304/2013, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro].

Com vista a garantir o cumprimento adequado das obrigações em matéria de monitorização, em


particular a exatidão e a confiança dos dados a reportar no âmbito dos indicadores específicos do

10 O Manual de Informação e Comunicação para Beneficiários do PO ISE encontra-se disponível em:


https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Images/Logotipo%20PO%20ISE/Manual%20InfoCom%20%20
Beneficiarios%20PO%20ISE.pdf
11
Definidos nos anexos I e II do Regulamento (UE) n.º 1304/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro.

23
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

concurso, a AG criou a Ficha de Indicadores da Tiopologia de Operações 3.10, disponibilizada em


anexo ao presente guia (anexo III), a qual sistematiza um conjunto de conceitos-chave e justificações
relevantes para a compreensão dos indicadores, bem como a metodologia de apuramento dos dados
(fórmulas de cálculo e contagem), as fontes de informação e os respetivos meios de verificação.

A informação relativa aos indicadores tem que ser obrigatoriamente registada pelas entidades
beneficiárias no SIIFSE, com base na informação recolhida junto dos participantes, a qual deve
encontrar-se obrigatoriamente suportada no Formulário do/a Participante, divulgado em anexo
(anexo II), ou em registo administrativo equivalente.

14.2 O Formulário do/a Participante

O Formulário do/a Participante destina-se, assim, ao registo e acompanhamento da situação de cada


participante em cada operação financiada pelo FSE, devendo o seu preenchimento ser efetuado por
um elemento da entidade beneficiária (ECLP ou ELEA) e validado pelo/a respetivo/a participante ou
representante. Acresce referir que existe obrigatoriedade de associar aos elementos recolhidos as
respetivas fontes, devendo os documentos de suporte constarem do dossier técnico da operação.

Da estrutura deste formulário constam duas secções distintas:


 Secção I - Caracterização do/a participante à entrada na operação (aplicável uma única vez)
 Secção II - Resultados relativos ao participante (aplicável tantas as vezes quantas as saída)

Os dados a registar na Secção I estão associados aos indicadores de realização e fazem o retrato do/a
participante à data de início da sua participação na operação. Pese embora estes dados não sejam
dinâmicos, sendo, por princípio, imutáveis, as entidades beneficiárias devem proceder à sua
retificação caso sejam detetadas desconformidades ou incorreções, devendo tais retificações ficar
identificadas e suportadas documentalmente.

Cada indivíduo só pode ser contabilizado como participante uma única vez na operação,
prevalecendo como registo de entrada a data de registo na primeira ação. Isto significa que cada
participante conta uma só vez na operação, independentemente de ter sido abrangido por uma ou
mais ações. Assim, se um/a participante abandonar a operação e regressar, a informação registada
na Secção I para os indicadores de realização não se altera.

Por seu turno, os dados da Secção II reportam a situação do/a participante à saída da operação,
devendo os mesmos ser recolhidos nas quatro semanas subsequentes ao terminus da sua
participação (que poderá corresponder à data de fim da ação quando o/a participante a conclui ou à
data da sua desistência).

Nesta senda, e embora a Secção I do Formulário do Participante se aplique uma única vez para cada
indivíduo/participante (à data da primeira entrada na operação), a recolha dos resultados deve ser
assegurada por atividade, pelo que deve a entidade beneficiária aplicar a Secção II do Formulário
do/a Participante tantas vezes quantas as ações frequentadas pelo mesmo indivíduo (ou as saídas
do/a participante da operação).

Assim, sempre que um indivíduo participa em mais do que uma ação no âmbito de uma mesma
operação, deverá ser recolhido o resultado à saída de cada atividade, prevalecendo, contudo, para
efeitos de reporte de resultado do/a participante o resultado associado à sua última saída da
operação, pelo que os dados de resultado associados à ação anterior são substituídos pelos dados do
resultado atinentes à última reentrada na operação.

A AG admite, no entanto, uma exceção a esta regra, autorizada para os casos em que o indivíduo se
encontra, à data de terminus da sua participação numa determinada ação, a frequentar já uma outra
ação no âmbito da mesma operação. Nestas situações, a entidade beneficiária pode considerar-se
dispensada de aplicar a Secção II à saída do participante no âmbito da ação terminada.

14.3 Atividades com registo obrigatório de participantes

24
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

No âmbito das 17 atividades elegíveis do Programa CLDS-3G poderão ser desenvolvidas ações muito
diferenciadas, algumas das quais, pela sua natureza, estruturação ou reduzida duração, não são
suscetíveis de permitir a identificação completa dos/as respetivos/as destinatários/as, os/as quais
não poderão, por esse motivo, ser contabilizados/as como participantes para efeitos de reporte de
indicadores.

Neste alinhamento, e analisados os tipos de ações desenvolvidas nos diversos eixos de intervenção
do Programa CLDS-3G, determina-se que os destinatários das atividades identificadas no quadro
infra devem ser obrigatoriamente considerados como “participantes”:

Eixo Atividade

Apoiar o enquadramento de projetos de autoemprego e de empreendedorismo nos diferentes


programas e instrumentos de apoio, promovendo o encaminhamento dos interessados para o apoio
técnico.
Capacitar e ajudar a desenvolver atitudes de procura ativa de emprego.
Eixo 1 Contribuir para a sinalização, encaminhamento e orientação de alunos que abandonam ou concluem
o sistema educativo, no sentido de desenvolver ações de favorecimento da integração profissional.
Desenvolver ações que estimulem as capacidades empreendedoras dos alunos do ensino
secundário, numa perspetiva de reforço da iniciativa, da inovação, da criatividade, do gosto pelo
risco e que constituam uma primeira abordagem à atividade empresarial.
Ações de combate a solidão e isolamento
Estratégias direcionadas para a mediação dos conflitos familiares, particularmente no caso de
famílias com crianças.
Eixo 2
Estratégias direcionadas para as crianças e jovens, promovendo estilos de vida saudáveis e de
integração social, numa perspetiva holística e de envolvimento comunitário.
Estratégias genericamente aplicáveis ao nível da qualificação das famílias.

Nas demais atividades, a recolha do participante não é de carácter obrigatório. Contudo, sendo
possível a aplicação do Formulário do/a Participante, deve o/a participante ser reportado/a no
SIIFSE.

O registo de informação deve permitir rastrear e contactar o/a participante


(identificação, morada, telefone e endereço eletrónico).

Os registos e reporte dos participantes referem-se a operações total ou parcialmente executadas,


pelo que as entidades beneficiárias devem garantir a permanente atualização dos dados sobre os/as
participantes. O momento do registo da informação dos/as participantes no SIIFSE deve ser o mais
aproximado à data de início da sua participação, recomendando-se que a atualização da execução
física seja permanente e regular, não excedendo, em caso algum, uma periodicidade bimestral.

A informação no âmbito do processo de monitorização do PO ISE é recolhida, armazenada e agregada


no módulo de execução física do SIIFSE, e no módulo de monitorização de resultados do Sistema de
Informação do Portugal 2020 (Balcão 2020).

Refira-se, por último, que, nos termos do n.º 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de
outubro, na sua atual redação, o grau de cumprimento e de incumprimento dos resultados acordados
no âmbito de uma candidatura releva como critério de determinação do montante de apoio
financeiro a conceder na candidatura em causa e em sede de pedido de pagamento do saldo final,
constituindo ainda fator de ponderação no procedimento de seleção de candidaturas subsequentes
dos mesmos beneficiários.

25
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

15. GESTÃO E ACOMPANHAMENTO DAS OPERAÇÕES

Neste subponto pretende-se fazer uma descrição dos procedimentos envolvidos na fase de gestão e
acompanhamento das operações aprovadas, os quais se organizam em torno das seguintes áreas-
chave:
 Comunicação de início das operações;
 Alteração às operações selecionadas (pedidos de alteração);
 Acompanhamento da execução física e financeira das operações (pedidos de reembolso e
pedidos de pagamento de saldo final);

No Balcão 2020 o acesso aos Dados de Execução por parte dos beneficiários efetua-se mediante a
consulta da Ficha de Operação, a qual concentra a informação relativa à Comunicação de Início,
Execução e Pedidos de Reembolso.

15.1 Comunicação do Início/reinício da operação

Em conformidade com o disposto no n.º 6, do artigo 25º, do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de


outubro na sua atual redação, conjugado com o Regulamento Específico do domínio da Inclusão
Social e Emprego, aprovado através da Portaria n.º 97-A/2015, de 30 de março, na sua atual redação,
é processado um adiantamento, até ao montante de 15% do financiamento público aprovado para
cada ano civil, logo que a operação se inicia.

Excecionalmente, em virtude dos atrasos na operacionalização do SIIFSE, a Comissão


Interministerial de Coordenação (CIC) Portugal 2020 aprovou um sistema de financiamento
específico para o concurso abrangido pelo aviso n.º POISE-32-2015-08, que se traduz na concessão
de adiantamento(s) na ordem dos 65% do financiamento público aprovado para os anos de 2015 e
2016.

A data de início da operação a comunicar no Balcão 2020 deverá corresponder à data de início
da primeira atividade iniciada.

O registo da “Comunicação de Início” ou “Reinício” da Operação deve ser efetuado no Balcão 2020,
no Sistema de Informação Integrado do Fundo Social Europeu (SIIFSE), na respetiva funcionalidade
(“Execução”/”Comunicação de Início”).

Neste contexto, e com vista à sua validação pela AG do PO ISE, deverão as ECLP registar o número
da atividade à qual está associado o início da operação, sendo que, sempre que solicitado, deverão
ainda remeter, via correio eletrónico, uma evidência fáctica relacionada com essa atividade que
comprove o seu arranque (por exemplo: ata de reunião com parceiros institucionais, fichas de
registo de participantes/listas de presenças, fotografias, notícias, etc.).

A AG do PO ISE concederá aos beneficiários um prazo máximo de 90 dias úteis para iniciarem as
respetivas operações, o qual conta a partir da data de início prevista na candidatura ou da data de
conhecimento da respetiva decisão de aprovação. Excedido esse prazo, os beneficiários são instados
pela AG a apresentar o seu pedido de desistência ou a submeter um pedido de alteração, sendo
concedido, para esse efeito, um prazo de 10 dias úteis.

Na falta de resposta por parte dos beneficiários, dentro do prazo concedido, será proposta a
revogação da decisão de aprovação da operação, nos termos previstos na alínea g), do n.º 3, do artigo
23.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação.

A comunicação e validação da comunicação de início/reinício da operação é condição essencial para


garantir o pagamento aos beneficiários do primeiro adiantamento previsto para cada ano civil.

26
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

15.2 Pedidos de alteração

Face à necessidade de proceder a uma alteração à decisão de aprovação da operação, o beneficiário


deve formalizar a mesma, via Balcão 2020, através da submissão de um pedido de alteração, em
formulário próprio.

As alterações devem concentrar-se num único pedido de alteração, por ano civil, devendo o pedido
de alteração relativo ao último ano ser apresentado, pelo menos, 90 dias antes do final da operação,
salvo em situações excecionais, devidamente fundamentadas e aceites pela AG do PO ISE. O pedido
de alteração deve ser sempre acompanhado pelo parecer do CLAS.

Carecem de decisão expressa da AG do PO ISE as seguintes alterações 12:


 Alteração da data de início quando superior a 90 dias úteis após a data prevista de início
aprovada em candidatura, ou a data da receção do Termo de Aceitação, no caso desta última
se revelar posterior;
 Alteração do ano de início e fim aprovado em candidatura;
 Eliminação, alteração e substituição de atividades;
 Alteração da estrutura de custos aprovada por rubrica, sem prejuízo do previsto no ponto
11.2, relativamente à flexibilidade da dotação financeira aprovadas para o conjunto das
Rubricas 2 e 3;
 Substituição de ELEA;
 Alteração do financiamento aprovado para cada uma das ELEA no âmbito do CLDS-3G;
 Substituição do/a coordenador/a do CLDS.
 Alteraçao da equipa de projecto.

Destaca-se que, nas candidaturas plurianuais, quando o financiamento aprovado para o ano civil
não seja integralmente executado, as verbas não executadas transitam automaticamente para o ano
civil seguinte, não se admitindo, em caso algum, a aprovação, em sede de pedido de reembolso
intermédio, de um financiamento público por ano civil superior aos limites máximos de
financiamento anuais previstos em sede de aviso de abertura de candidaturas.

15.3 Pedidos de Reembolso e de Saldo

Os pedidos de reembolso são efetuados à AG do PO ISE com uma periodicidade mínima bimestral,
devendo a ECLP submeter eletronicamente, no Balcão 2020, os dados físicos e financeiros
requeridos pelo sistema de informação, com base nos elementos relativos à sua própria execução,
bem como nos elementos fornecidos pela(s) ELEA

Cada pedido de reembolso deve reportar-se ao último dia de um dado mês de execução, por
princípio do mês anterior, sendo que, relativamente ao último mês de execução da operação, não
pode haver nenhum pedido de reembolso, já que a despesa deverá integrar o pedido de pagamento
de saldo final.

Tratando-se de operações plurianuais, não existem pedidos de reembolso reportados ao mês de


dezembro nos anos de execução intercalar, sendo estes substituídos pelos designados pedidos de
reembolso intermédios, os quais são submetidos até 31 de março de cada ano, nos termos do
disposto na alínea b), do artigo 25.º, do Decreto-lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual
redação.

Uma vez concluída a operação, o beneficiário dispõe de 45 dias úteis, a contar da data da conclusão
da operação, para formalizar o pedido de pagamento de saldo final, em formulário próprio, no
Balcão 2020, referente ao período que medeia entre o último pedido de reembolso apresentado e o
pedido de pagamento de saldo final.

12Considerando que não se encontram ainda definidos os requisitos do módulo relativo aos pedidos de alteração, poderá o
rol de situações que requerem nova decisão da AG do PO ISE vir a ser futuramente ajustado.

27
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

Para efeitos de contagem do prazo de apresentação do pedido de pagamento do saldo, considera-


se que a data de conclusão da operação é a que consta do cronograma aprovado, em candidatura
ou pedido de alteração, como data final para a realização da sua última atividade/ação.

O sistema de informação proporciona uma conexão entre a funcionalidade do pedido de reembolso


ou de saldo final e o registo da execução física da operação. O primeiro pedido de reembolso só pode
ser submetido se existir, pelo menos, uma atividade no estado “em execução” e o pedido de
pagamento de saldo quando todas as atividades se encontrarem no estado “Concluída”, “Cancelada”
ou “Anulada”.

A formalização dos pedidos de reembolso e de saldo passa pela submissão do formulário no Balcão
2020/SIIFSE, através da qual a ECLP regista e submete a execução física e financeira reportada ao
período do reembolso, associada à intervenção das diversas entidades parceiras, incluindo:

 A listagem de despesas pagas, a qual compreende, entre outros, os seguintes campos de


preenchimento obrigatório para cada despesa:
 Rubrica de despesa;
 N.º de lançamento na contabilidade geral,
 N.º da conta da contabilidade geral;
 NIF da Parceira (caso se trate de despesas realizadas e pagas pela(s) parceira(s));
 N.º do documento comprovativo de despesa;
 Data do documento comprovativo de despesa;
 N.º do documento comprovativo de pagamento;
 Data do documento comprovativo de pagamento;
 NIF do fornecedor;
 Designação do fornecedor;
 Identificação do contrato associado, quando aplicável;
 Descrição da despesa,
 Valor do documento;
 Valor imputado.

 A listagem de receitas;

 A lista dos contratos celebrados, associados à despesa apresentada no pedido, a qual


identifica: o número, a data e a designação do contrato, tipo de procedimento, data de
lançamento do procedimento, data da adjudicação, fornecedor (NIF e denominação social),
data de assinatura do contato, rubrica do investimento aprovado, valor total do contrato e
respetivo valor elegível, valor executado por contrato acumulado (valores com e sem IVA);

 Informação relativa aos indicadores de realização física e de resultado devidamente


atualizado.

No módulo de execução física das operações é registada no SIIFSE a informação relativa aos
recursos humanos envolvidos, às atividades e aos respetivos participantes.

Para cada uma das atividades aprovadas em candidatura será recolhida a informação
relativa à respetiva execução, nomeadamente a situação da mesma (a iniciar, em execução,
concluída, cancelada, anulada ou adiada), as datas efetivas de início e fim, número total de
destinatários e a informação relativa ao progresso da execução.

Já ao nível dos recursos humanos, são registadas informações relativas aos elementos da
equipa técnica, quer da ECLP, quer das ELEA’s. Assim, e partindo da(s) lista(s) aprovada(s)
em candidatura é recolhida a identificação de cada um dos elementos (nome, documento de
identificação, NIF e NISS), bem como a situação perante a operação (ativo/inativo) e
respetivas datas de afetação.

28
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

Aquando da submissão de cada pedido de reembolso ou de saldo, os beneficiários são instados a


apresentar os documentos de suporte de uma amostra aleatória de 30 linhas de despesa,
selecionadas automaticamente pelo SIIFSE, devendo disponibilizar, para o efeito, todos os
elementos que permitam sustentar a conformidade e legalidade da despesa declarada.

A ECLP deverá, assim, apresentar à AG do PO ISE cópia dos documentos justificativos da despesa e
do pagamento (v.g. fatura ou documento equivalente, recibo, cheque, transferência bancária,
extratos bancários, timesheet relativo aos elementos da equipa técnica, guias de entrega, contratos,
procedimentos de contratação pública, relatórios de progresso, documentos justificativos dos
critérios de imputação de despesas, etc.), relativos à amostra aleatória selecionada para verificação.

Em sede de análise dos pedidos de reembolso e de saldo a AG do PO ISE pode, ainda, solicitar uma
amostra complementar dirigida.

Funcionando a candidatura no regime de parceria, cada uma das ELEA assume a obrigação de
apresentar à ECLP as listagens de despesas pagas relativas ao período de referência, validadas pelo
respetivo contabilista certificado (anteriormente intitulado por técnico oficial de contas), devendo
para o efeito utilizar o template da listagem de despesas existente no SIIFSE. À ECLP cabe, por seu
turno, preparar a listagem de despesas pagas agregada a submeter à AG do PO ISE, que contemplará
os custos que efetivamente incorreu e pagou, bem como os custos incorridos, pagos e reportados
pelas diversas entidades parceiras.

Antes de proceder à submissão de um pedido de reembolso ou de saldo, a ECLP deve verificar se


todas as entidades parcerias têm a sua situação contributiva e tributária regularizada perante a
Segurança Social e a Autoridade Tributária e Aduaneira, uma vez que, a ser confirmada por parte da
AG, após emissão da decisão de aprovação, a situação de dívida de qualquer uma das entidades
parceiras perante os mencionados organismos, o pagamento do apoio ficará suspenso até à
respetiva regularização.

Uma vez concluída a submissão do pedido de reembolso ou de saldo, o sistema de informação


impede o beneficiário de alterar a listagem de despesas pagas, não permitindo, nessa fase, a remoção
do pedido de reembolso nem a sua alteração.

Quando se verifique a não realização total ou parcial de uma ou mais atividades aprovadas em
candidatura, o valor a aprovar em saldo poderá ser ajustado, tendo em conta o orçamento aprovado
para a(s) respetiva(s) atividade(s).

Consideram-se cumpridas as metas contratualizadas em sede de aprovação da candidatura e


constantes do termo de aceitação, quando a percentagem de cumprimento for de pelo menos 90%
do contratualizado, sendo que abaixo desse limiar será aplicada uma correção financeira
proporcional à percentagem do incumprimento da meta, a incidir, para cada um dos indicadores,
sobre 10% do montante a aprovar em saldo, conforme simulador disponível em anexo ao aviso de
abertura de candidatura dos CLDS-3G.

Os beneficiários tem direito ao reembolso das despesas efetuadas e pagas, desde que a soma dos
adiantamentos e dos pedidos de reembolso não exceda cumulativamente as seguintes condições:
85% da despesa total aprovada e 100% da despesa pública total aprovada no ano civil em causa.

Em sede de aprovação do pedido de reembolso intermédio é efetuado o acerto de contas relativa ao


ano de reporte, o qual corresponde ao diferencial entre a despesa aprovada para esse ano e a
totalidade dos pagamentos efetuados.

Apurando-se, em sede de saldo final, que os montantes pagos aos beneficiários, a título de
adiantamento, não foram integralmente utilizados nos prazos e condições fixados pelo Programa,
os mesmos são objeto de recuperação.

Convém salientar que todos os pagamentos, no âmbito da operação, são efetuados à ECLP, que deve
proceder às respetivas transferências para as ELEA, num prazo máximo de 15 dias após a

29
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

transferência efetuada pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I.P. (Agência, I.P.) ou,
excecionalmente durante o ano 2016, pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.
(IGFSS, I.P.), até estarem reunidas as condições de implementação da solução definitiva.

16. PROCESSOS TÉCNICO E CONTABILÍSTICO

Nos termos do artigo 140.º do Regulamento (UE) n.º 1303/2013, de 17 de dezembro, e do artigo
24.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de Outubro, na sua atual redação, as entidades beneficiárias
são obrigadas, para cada operação aprovada, a conservar toda a documentação técnica,
contabilística, financeira e das auditorias, que comprove a sua realização física e financeira e o seu
financiamento.

De acordo com a alínea c) do n.º 1 do artigo 24º do Decreto-Lei n.º 159/2014, na sua atual redação,
os documentos devem ser conservados durante o prazo de três anos, a contar da data de
encerramento ou da aceitação da Comissão Europeia sobre a declaração de encerramento do PO,
consoante a fase em que o encerramento da operação tenha sido incluído.

De acordo com o n.º 3 do artigo 140.º do Regulamento (UE) 1303/2013 e a alínea c) do artigo 24.º
do Decreto-Lei 159/2014, na sua atual redação, os documentos deverão ser conservados na sua
forma original ou sobre a forma de cópias autenticadas dos documentos originais, ou através da
utilização de suportes de dados normalmente aceites, incluindo as versões eletrónicas de
documentos originais ou documentos existentes apenas em versão eletrónica. No caso dos
documentos que existem apenas em versão eletrónica, acresce o n.º 6 do referido artigo 140.º que o
sistema informático utilizado deve estar em conformidade com as normas de segurança aceites, que
assegurem que os documentos conservados satisfazem os requisitos legais nacionais e são válidos
para efeitos de auditoria.

Os documentos do dossier da operação podem constar sob a forma de cópias simples, desde que
contenham a indicação da localização dos originais, de modo a que possam ser apresentados,
quando solicitados.

16.1 Organização do Processo Técnico

A ECLP fica obrigada a constituir, manter atualizado e disponível, na sede do CLDS, um arquivo de
documentos relativo às responsabilidades inerentes à coordenação da parceria, bem como à
execução das atividades que lhe estão diretamente incumbidas.

No sentido de promover uma uniformização do dossier técnico da operação, para uma melhor
organização e agilização da sua verificação, sugere-se que o mesmo siga a seguinte estrutura:

Separador Conteúdo
Candidatura 1. Plano de Ação (acompanhado de cópia do Diagnóstico Social e/ou Plano de
Desenvolvimento Social, pareceres do CLAS, currículo do/a
coordenador/a técnico/a e declaração de afetação deste/a a tempo
completo);
2. Cópia do Pacto Social, Estatutos ou documento equivalente publicado em
Diário da República;
3. Documento relativo à formalização da parceria (Protocolo de parceria) e
respetivas reformulações, entre a ECLP e as ELEA;
4. Declaração que atesta a capacidade de coordenação técnica,
administrativa e financeira por parte das ELEA relativamente às ações que
lhes estão incumbidas no âmbito da operação;

Decisão 1. Termo Aceitação;


2. Alterações à decisão de aprovação;

30
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

3. Toda a troca de informações com a Autoridade de Gestão e /ou Organismo


Intermédio (ISS, I.P.);

Organização da 1. Programa das ações/atividades;


Operação 2. Cronograma da operação;
3. Equipa afeta ao CLDS 3G:
a) Listagem nominativa, com descrição das funções desenvolvidas no
âmbito da operação;
b) Contratos de trabalho e de prestação de serviços;
c) Cópia dos certificados de habilitação dos colaboradores que
asseguram funções centrais no CLDS-3G;
d) Timesheet do pessoal, quando não afeto a tempo completo à operação,
que permita evidenciar a afetação horária à operação financiada. No
documento deve constar, para além da identificação do/a técnico/a, o
período a que respeita, número de horas semanais do período normal
de trabalho, as horas afetas à operação, com descritivo das atividades
desenvolvidas. Esta timesheet deve ser datada e assinada quer pelo/a
técnico/a, quer pelo/a respetivo/a superior hierárquico;
e) Assiduidade da equipa técnica;
f) Documento comprovativo do horário de trabalho;
4. Comprovativo do início da operação;
5. Registos da preparação das atividades;

Execução da Evidências do progresso e realização das atividades, organizado por atividade


Operação e contendo:

1. Descrição da atividade;
2. Cronograma;
3. Programa e/ou conteúdos;
4. Registo de presenças dos/as destinatários/as, quando aplicável;
5. Identificação/relação dos/as destinatários/as, quando aplicável;
6. Produtos finais (diagnósticos, estudos e outras publicações, e outros);
7. Relatórios das atividades realizadas;
8. Atas de reunião ou outros documentos que evidenciem as atividades
realizadas;
9. Outros recursos (Manuais, Textos de Apoio e Meios Audiovisuais
utilizados, etc.);
10. Registos fotográficos;
11. Outros.

Participantes na 1. Formulário do/a Participante e documentos de suporte que evidenciem as


operação respetivas fontes de informação.

Acompanhamento 1. Cópia dos relatórios de acompanhamento, nos termos do artigo 16º da


da Operação Portaria nº 179-B/2015, de 17 de junho;
2. Evidências do reporte à ECLP do desenvolvimento das atividades
realizadas pelas entidades parceiras;
3. Cópia dos relatórios de monitorização remetidos ao CLAS;

Publicidade Originais de toda a publicidade e informação produzidos para divulgação das


ações/atividades;

31
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

Contratação Documentação relativa aos procedimentos de contratação pública.


Pública
Outros Neste separador devem ser arquivados todos os elementos que não tenham
Documentos enquadramento nos separadores definidos.

As ELEA ficam, igualmente, obrigadas a constituir, manter atualizado e disponível, na sua sede, um
arquivo dos documentos relativos à execução das atividades da sua responsabilidade, com os
conteúdos acima descritos e com as devidas adaptações.

16.2 Processo Contabilístico da Operação

A ECLP deve organizar um processo contabilístico que garante o respeito pelas seguintes obrigações:
 Deter um sistema contabilístico separado ou uma codificação contabilística adequada de
todas as transações relacionadas com a operação;
 Contabilizar adequadamente a comparticipação nacional e comunitária;
 Declarar e contabilizar adequadamente as receitas, quando a elas houver lugar;
 Organizar o arquivo de forma a garantir o acesso célere aos originais dos documentos de
suporte aos lançamentos;
 Registar nos documentos originais de suporte das despesas incorridas a seguinte
informação:
 Menção ao financiamento FSE;
 Designação do Programa Operacional;
 Código da operação;
 Número de lançamento na contabilidade;
 Valor do documento;
 Valor imputado;
 Taxa de imputação;
 Coordenadas de pagamentos.
Esta informação poderá ser vertida em carimbo, nos termos da Circular Normativa nº
4/UC/2016 de 01/04/2016 da AG e disponibilizada no seu site e no site do Portugal2020.
 Garantir que a aquisição de bens e serviços se encontra justificada através de fatura ou
documento equivalentes fiscalmente aceites, nos termos do art.º 36.º do C.I.V.A;
 Garantir que as faturas, os recibos ou os documentos equivalentes fiscalmente aceites, bem
como os documentos de suporte à imputação de custos comuns, identifiquem claramente o
respetivo bem ou serviço em causa;
 No caso de custos comuns, identificar, para cada operação, a chave de imputação e os seus
pressupostos;
 Suportar as amortizações por documento adequado e de acordo com as taxas e período de
vida útil fiscalmente aceites;
 Cumprir as suas obrigações fiscais e contribuições:
 IRS;
 IRC;
 IVA;
 Imposto de selo;
 Segurança Social/ADSE/CGA;
 Garantir que os contratos celebrados no âmbito da operação:
 Se encontram reduzidos a escrito e devidamente datados a assinados;
 Contêm indicação detalhada dos serviços a prestar;
 Indicam o montante contratualizado total e por serviço a prestar;
 Não evidenciam situações de conflitos de interesse, nomeadamente, no que
concerne ao exposto na alínea h), do n.º 17.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de
março, na sua atual redação;
 Elaborar e submeter ao PO ISE a listagem de todas as despesas pagas por si e pelas ELEA,
por rubrica, do pedido de reembolso e de pagamento de saldo final, de acordo com o modelo
definido pelo Programa;
 Submeter à apreciação e validação por um/a Contabilista Certificado/a os pedidos de
reembolso e de saldo final, o qual atesta a regularidade das operações contabilísticas, sem
prejuízo da responsabilidade do/a Contabilista Certificado/a das ELEA nesta matéria.

32
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

 Deter comprovativos das transferências da ECLP para as ELEA das ações, bem como
elementos auxiliares que permitam a conciliação entre os valores pagos e as despesas
reportadas;

Saliente-se que as obrigações relativas ao processo contabilístico abrangem também as ELEA, na


medida das suas atribuições e no âmbito das atividades que desenvolvem.

17. PAGAMENTOS, SUSPENSÕES E RECUPERAÇÕES

17.1 Pagamentos

Os momentos dos pagamentos aos beneficiários das operações apoiadas acompanham o circuito de
financiamento das operações nas seguintes principais etapas do seu ciclo de vida:

 Um adiantamento, logo que a operação se inicia e o beneficiário comunica a data de início no


SIIFSE, até ao montante de 15 % do valor total aprovado, no caso de candidaturas anuais, ou do
valor aprovado para cada ano civil no caso de candidaturas plurianuais. O cálculo do valor anual
do adiantamento, ventilado por componente de financiamento, decorre de algoritmo inscrito no
SIIFSE.

Saliente-se que, tal como o referido no ponto 15.1, para os anos de 2015 e 2016, a CIC Portugal
2020, excecionalmente, aprovou um sistema de financiamento específico para o concurso
abrangido pelo aviso n.º POISE-32-2015-08, que se traduz na concessão de adiantamento(s) na
ordem dos 65% do financiamento público aprovado para os anos de 2015 e 2016.

 Reembolso das despesas efetuadas e pagas, nas modalidades de custos reais e de custos
simplificados com base em taxa fixa, desde que a soma do adiantamento e dos pagamentos inter-
médios de reembolso não exceda cumulativamente as duas seguintes condições: 85% da despesa
pública total aprovada; e 100% da despesa pública total aprovada no ano civil em causa. O cálculo
do pagamento dos reembolsos, distribuído por componente de financiamento, decorre de
algoritmo inscrito no SIIFSE;

 Reembolso do saldo final, quando a este haja lugar, pelo valor acumulado da despesa pública
validada pela AG, deduzido de todos os pagamentos efetuados a título de adiantamento e de
reembolso. Se em sede de saldo final se verificar que os montantes pagos aos beneficiários a título
de adiantamento, não foram integralmente utilizados nos prazos e condições fixados pela AG, os
mesmos são objeto de recuperação. Ambos os procedimentos (reembolso do saldo final ou
recuperação em saldo final) afiançam a equação elementar da atribuição dos apoios comunitários:
a execução validada é igual aos pagamentos efetuados, garantido total conformidade entre
financiamento e pagamentos. O cálculo do pagamento ou da recuperação do saldo final,
distribuído por componente de financiamento, decorre de algoritmo inscrito no SIIFSE.

De acordo com o n.º 1 do artigo 70.º do Decreto-Lei n.º 137/2014, de 12 de setembro e o nº 1 do


artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação, compete à Agência,
I.P. efetuar os pagamentos aos beneficiários, tendo-lhe sido atribuída a função de entidade pagadora
(EP) dos fundos da política de coesão.

No entanto, durante o período de contingência do Portugal 2020, que se prevê até ao final do ano
2016, o circuito dos pagamentos FSE segue o estabelecido no QREN, tendo sido, para o efeito,
celebrado um protocolo tripartido entre a Agência, I.P., o Instituto de Gestão Financeira da
Segurança Social, I.P. (IGFSS, I.P) e a AG do PO ISE, com o objetivo da primeira delegar no segundo a
competência para efetuar pagamentos diretamente aos beneficiários dos apoios FSE, até estarem
reunidas as condições de implementação da solução definitiva.

Uma vez emitida a autorização de pagamento pelo PO ISE, com base em pedidos de pagamento, a
título de adiantamentos, reembolso e saldos, os pagamentos ao beneficiário são efetuados pela
Agência, I.P. ou pelo IGFSS, I.P., excecionalmente para o ano 2016.

33
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

O pagamento do saldo ao beneficiário é integralmente efetuado no prazo máximo de 45 dias úteis, a


contar da data da apresentação do pedido de reembolso ou de saldo pelo beneficiário em SIIFSE,
não sendo suscetível de arresto, de penhora ou de cessão de créditos, sendo que a Agência, I.P., ou
IGFSS, I.P. no período de contingência, dispõe de 6 dias úteis para executar os pagamentos.

O prazo de pagamento e o montante efetivo do pagamento depende ainda do resultado das seguintes
verificações: situação perante a Fazenda Pública e a Segurança Social regularizada, situação perante
os FEEI regularizada e não existência de constrangimentos ao nível da suspensão de pagamentos,
condições que se aplicam a todas as entidades parceiras.

17.2 Suspensões de pagamentos

Em conformidade com o disposto no n.º 10, do artigo 25º do Decreto-Lei n.º159/2014, de 27 de


outubro, na sua atual redação, os pagamentos poderão ser suspensos pela AG do PO ISE pelos
seguintes fundamentos, até à regularização ou à tomada de decisão subjacente:

 Superveniência ou falta de comprovação de situação regularizada perante a administração


fiscal e a segurança social, bem como de restituição no âmbito dos financiamentos,
relativamente à ECLP ou às ELEA;

 Existência de deficiências no processo comprovativo da execução da operação,


designadamente de natureza financeira ou técnica;

 Não envio, no prazo determinado, de elementos solicitados, salvo se for aceite a justificação
que venha, eventualmente a ser apresentada pelo beneficiário;

 Mudança de conta bancária da ECLP, sem comunicação prévia à AG do PO ISE;

 Superveniência das situações previstas no artigo 14º do referido Decreto-Lei, ou


decorrentes de averiguações promovidas por autoridades administrativas sustentadas em
factos cuja gravidade indicie ilicitude criminal, envolvendo a utilização indevida dos apoios
concedidos ou o desvirtuamento da candidatura, sem prejuízo do disposto no n.º 2, do
mesmo artigo, quanto à necessidade de prestação de garantia idónea.

17.3 Recuperação do apoio

Nos termos do artigo 26º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação, os
montantes indevidamente recebidos, designadamente por incumprimento das obrigações legais ou
contratuais, pela ocorrência de qualquer irregularidade, bem como a inexistência ou perda de
qualquer requisito de concessão do apoio, constituem dívida das entidades que dele beneficiaram.

Nestes termos, a AG do PO ISE notifica o beneficiário do montante da dívida e da respetiva


fundamentação, nos termos do Código do Procedimento Administrativo, sendo que o prazo de
reposição é de 30 dias úteis, a contar da data da receção da notificação. Em caso de mora, ao valor
da dívida acrescem juros, os quais, na falta de disposição de legislação europeia especial, são
contabilizados à taxa legal fixada nos termos do n.º 1 do artigo 559º do Código Civil, desde o termo
do prazo para pagamento voluntário até ao efetivo e integral reembolso do montante devido.

A recuperação é feita primeiramente por compensação de créditos sobre os valores já apurados,


devidos ao beneficiário no Programa, ou, não sendo concretizável esta compensação, no âmbito de
outro programa com base em montantes devidos ao beneficiário objeto de pedidos que tenham já
sido submetidos à entidade pagadora (Agência, I.P.).

A ECLP e as ELEA são solidariamente responsáveis pela restituição do financiamento. No entanto,


as ELEA são responsáveis pela restituição dos financiamentos relativos exclusivamente à(s)
ação(ões) da sua competência.

34
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

18. REDUÇÕES E REVOGAÇÕES

18.1 Redução do apoio

Nos termos do n.º 2, do artigo 23º, do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual
redação, constituem fundamentos suscetíveis de determinar a redução do apoio:

 O incumprimento, total ou parcial, das obrigações do beneficiário, incluindo os resultados


contratualizados em sede de aprovação da candidatura;

 Não justificação de despesas ou imputação de valores superiores aos permitidos e


aprovados ou não elegíveis;

 A não consideração de receitas provenientes das ações, no montante imputável a estas;

 A imputação de despesas não relacionadas com a execução da operação ou não justificadas


através de faturas, ou de documentos equivalentes fiscalmente aceites, bem como de
despesas não relevadas na contabilidade;

 O incumprimento das normas relativas a informação e publicidade inerentes a


iniciativas/produtos de informação e divulgação elaborados no âmbito das ações, sendo a
redução determinada em função da gravidade do incumprimento;

 O desrespeito pelo disposto na legislação europeia e nacional aplicável e na regulamentação


específica do domínio da Inclusão Social e Emprego, nomeadamente em matéria de
contratação pública, devendo neste caso, aplicar-se uma redução proporcional à gravidade
do incumprimento, sem prejuízo no disposto na legislação europeia aplicável,
designadamente na tabela de correções financeiras aprovada pela Comissão Europeia.

18.2 Revogação dos Apoios

Nos termos do n.º 3, do artigo 23º, do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual
redação, constituem fundamentos suscetíveis de determinar a revogação do apoio à operação:
 O incumprimento dos objetivos essenciais previstos em candidatura;
 A inexecução integral da candidatura nos termos em que foi aprovada;
 A inexistência de alterações aos elementos determinantes da decisão de aprovação que
ponham em causa o mérito da operação ou a sua razoabilidade financeira, salvo aceitação
expressa pela AG do PO ISE;
 A não apresentação atempada dos formulários relativos à execução e aos pedidos de saldo,
salvo se o atraso for aceite pela AG do PO ISE, mantendo-se, neste caso, como período
elegível para consideração das despesas, o definido como prazo de entrega do pedido de
saldo;
 A interrupção não autorizada da operação por período superior a 90 dias úteis;
 A apresentação dos mesmos custos a mais de um Programa, sem aplicação de critérios de
imputação devidamente fundamentados, ou a outras entidades responsáveis por
financiamentos públicos;
 A inexistência ou a falta de regularização das deficiências de organização do processo
relativo à realização da operação e o não envio de elementos solicitados pela AG do PO ISE,
nos prazos por ela fixados;
 A recusa, por parte dos beneficiários, da submissão ao controlo e auditoria a que estão
legalmente sujeitos;
 A falta de apresentação da garantia idónea, quando exigida;
 A prestação de falsas declarações sobre o beneficiário sobre a realização da operação ou
sobre os custos incorridos, que afetem, de modo substancial, a justificação dos apoios
recebidos ou a receber.

35
Guia de Apoio à Execução da Tipologia de Operações 3.10 - CLDS

19. NOTIFICAÇÕES E COMUNICAÇÕES

As notificações e comunicações entre a AG do PO ISE e os beneficiários são escritas, podendo ser


efetuadas através de correio eletrónico ou de outro meio de transmissão escrita e eletrónica de
dados ou, em casos especiais, por via postal, por meio de carta registada ou de carta registada com
aviso de receção (cf. n.º 1 do artigo 29.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual
redação, diploma que estabelece as regras gerais de aplicação dos programas operacionais
financiados pelos FEEI.

Para efeitos de notificações e comunicações, os beneficiários e a Autoridade de Gestão do PO ISE


devem disponibilizar as informações de contacto, respetivamente, dos seus representantes e dos
gestores de procedimento, designadamente o endereço eletrónico, o número de telecópia e o
endereço postal (cf. n.º 2 do artigo 29.º).

As notificações e as comunicações consideram-se realizadas nas situações abaixo descritas, sem


prejuízo das regras resultantes do novo Código do Procedimento Administrativo, aprovado em
anexo ao Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro:

a) Na data da respetiva expedição, quando efetuadas através de correio eletrónico ou de outro


meio de transmissão escrita e eletrónica de dados;
b) Na data constante do relatório de transmissão bem-sucedido, quando efetuado através de
telecópia;
c) No 3.º dia útil a contar da data indicada pelos serviços postais, quando efetuadas por carta
registada;
d) Na data da assinatura do aviso, quando efetuadas por carta registada com aviso de receção.

36
Anexo I – Minuta do Protocolo de Parceria

Protocolo de Parceria

Considerando:
 xxx
 xxx
 xxx

Entre

O Primeiro Outorgante: A (nome completo), portador do BI/Cartão de Cidadão n.º xxx,


emitido em .../.../..., na qualidade de (…) da entidade de direito privado sem fins lucrativos
(denominação da entidade), pessoa coletiva n.º 500 000 000, com sede social na (morada
completa), adiante designada de Entidade Coordenadora Local da Parceria;

E,

O Segundo Outorgante: B (nome completo), portador do BI/Cartão de Cidadão n.º xxx,


emitido em .../.../..., na qualidade de (…) da entidade de direito privado sem fins lucrativos
(denominação da entidade), pessoa coletiva n.º 500 000 000, com sede social na (morada
completa), adiante designada de Entidade Local Executora das Ações;

É celebrado para a execução do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento


Social de 3.ª Geração, a realizar no âmbito da Tipologia de Operação 3.10 – Contratos
Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), integrada no Eixo Prioritário 3 – Promover
a Inclusão Social e Combater a Pobreza e a Discriminação do Programa Operacional
Inclusão Social e Emprego (POISE), o presente Protocolo de Parceria que se rege pelos
artigos seguintes:

Artigo 1.º
Objeto
O presente protocolo define os objetivos da parceria, as obrigações e responsabilidades
de cada uma das entidades com as especificações das atividades de cada um dos
intervenientes.

Artigo 2.º
Objetivos
São objetivos da presente parceria o envolvimento concertado dos outorgantes na
concretização do Plano de Ação do CLDS-3G, os quais se assumem como parceiros na
Anexo I – Minuta do Protocolo de Parceria

prossecução desse objetivo comum, tendo em vista a consolidação de sinergias no


desenvolvimento das respetivas ações que integram a operação cofinanciada.

Artigo 3.º
Âmbito Territorial de Aplicação
O presente protocolo aplica-se no concelho de (…), à área territorial de (…).

Artigo 4.º
Competências da Entidade Coordenadora Local da Parceria
À Entidade Coordenadora Local da Parceria compete, designadamente, nos termos do n.º
2, do artigo 9.º da Portaria n.º 179-B/2015, de 17 de junho:
a) Assegurar a coordenação administrativa e financeira do CLDS-3G;
b) Assegurar a função de interlocutora junto da Autoridade de Gestão do Programa
Operacional que financia o CLDS-3G;
c) Dinamizar e coordenar a execução do plano de ação previsto no artigo 13.º, e o
correspondente orçamento;
d) Identificar as entidades locais executoras das ações;
e) Efetuar uma estreita parceria com o IEFP, I. P., no que concerne às dimensões das
ações obrigatórias a implementar no eixo 1;
f) Desenvolver a totalidade ou parte das ações previstas no artigo 5.º;
g) Gerir o financiamento e transferi-lo para as restantes entidades da parceria,
quando existam;
h) Enquadrar e proceder à contratação do coordenador técnico do CLDS-3G e outros
recursos humanos de apoio ao coordenador;
i) Organizar e manter atualizados os processos contabilísticos e o processo técnico
do CLDS-3G;
j) Garantir a organização e a produção documental necessária à elaboração de
relatórios de execução e final do CLDS-3G.

Artigo 5.º
Competências da Entidade Local Executora das Ações
À Entidade Local Executora das Ações compete, designadamente, nos termos do n.º 2,
do artigo 10.º da Portaria n.º 179-B/2015, de 17 de junho:
a) Executar diretamente a ação ou as ações constantes do plano de ação previsto no
artigo 13.º;
b) Reportar à ECLP o desenvolvimento das ações;
c) Organizar e manter atualizados os processos contabilísticos e o processo técnico
das ações que desenvolvem;
d) Garantir a organização e a produção documental necessárias à articulação com a
ECLP.
Anexo I – Minuta do Protocolo de Parceria

Artigo 6.º
Obrigações da Entidade Coordenadora Local da Parceria
A Entidade Coordenadora Local da Parceria assume o papel de entidade coordenadora da
parceria, cabendo-lhe nos termos previstos no n.º 5 do artigo 7.º da Portaria n.º 60-A/2015,
de 3 de março, na sua atual redação:
a) a articulação com a Autoridade de Gestão e com as várias entidades parceiras;
b) a transferência dos montantes atribuídos pela Autoridade de Gestão, no âmbito da
parceria;
c) às reposições por inteiro a que haja lugar, sem prejuízo da responsabilidade
solidária a que todas as entidades parceiras estão obrigadas;
d) Responsável por garantir a organização e recolha dos Formulários do Participante
FSE.

Artigo 7.º
Obrigações da Entidade Local Executora das Ações
A Entidade Local Executora das Ações assume a obrigação de executar as ações que lhe
foram atribuídas no âmbito do Plano de Ação do CLDS-3G.

Artigo 8.º
Modo de Funcionamento da Parceria
(A definir de acordo com o modelo de funcionamento acordado entre as partes, nomeadamente prazos e montantes
relativos às transferências das verbas (primeiro adiantamento, reembolso e saldo) entre as partes)

Artigo 9.º
Mecanismos de articulação
A Entidade Coordenadora Local da Parceria compromete-se a:
a) Comunicar à Autoridade de Gestão do PO ISE o progresso físico da operação
financiada;
b) Apresentar as listagens das despesas efetivamente incorridas e pagas por si e pela
Entidade Local Executora das Ações, associadas aos pedidos de reembolso e de saldo;
c) Pagar à Entidade Local Executora das Ações as despesas efetivamente incorridas e
pagas por esta, depois de aprovadas e reembolsadas pela Autoridade de Gestão do PO
ISE.

Artigo 10.º
Alterações Supervenientes
1. O presente protocolo pode ser alterado com o consentimento expresso das partes
que nele outorgam, devendo, nesse caso, as alterações ou quaisquer aditamentos
ser reduzidas a escrito em documento elaborado para o efeito e assinado por todos
os outorgantes;
2. Qualquer alteração acordada entre os parceiros durante a execução deste protocolo
só pode ser formalizada depois de comunicada por escrito à Autoridade de Gestão
do POISE.
Anexo I – Minuta do Protocolo de Parceria

Artigo 11.º
Dever de Colaboração
Os outorgantes comprometem-se a prestar reciprocamente toda a colaboração que se
revele necessária à boa e regular execução do presente protocolo.

Artigo 12.º
Vigência do Protocolo
O presente protocolo entra em vigor na data da sua assinatura (até à data da submissão da
candidatura) e vigora até ao encerramento da operação.

Celebrado em __________ , no dia ____ de _____ de 20__ .

O Primeiro Outorgante:

O Segundo Outorgante:
Formulário de Participante
Este formulário destina-se ao registo e acompanhamento da situação de cada participante em cada operação financiada pelo Fundo Social Europeu (FSE), devendo o seu preenchimento ser
efetuado pela entidade beneficiaria, existindo a obrigatoriedade de associar a cada elemento a fonte do dado evidenciado.

O formulário de Participante e as fontes dos dados deverão ser arquivados no dossier técnico da Operação.

"Participantes são as pessoas que beneficiam diretamente de uma intervenção FSE e que podem ser identificadas pelas suas caracterísitcas e inquiridas sobre as mesmas, e a quem as despesas
específicas são destinadas." - (in Regulamento (UE) n.º1304/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro)

No caso em que o/a Participante integra várias atividades/ações da Operação, o preenchimento desta secção poderá ser repetido tantas vezes quantas as entradas na Operação.

Identificação da Operação

1 Código universal da Operação

2 Tipologia de Operações

Secção I - Caracterização do/a Participante à entrada na Operação

Identificação do/a Participante

Os dados reportados relatam a situação do/a Participante à data da entrada na Operação.

3 Nome completo

4 Data de nascimento

5 Género

6 Nacionalidade

7 Tipo 8 Número
Documento de Identificação

9 Número de identificação fiscal

Número de identificação da Segurança


10
Social

11 Morada

12 Código Postal

13 Telefone

14 Endereço de correio eletrónico (e-mail)

Em que dia se verificou a entrada do/a Participante na Operação? (Deverá ser considerada a data de entrada na
15
primeira atividade/ação da Operação em que participa)

Situação do/a Participante à entrada na Operação

16 Está empregado/a, trabalha por conta própria ou encontra-se a frequentar um estágio?

Respostas possíveis: 1 - Empregado/a por conta de outrem; 2 - Empregado/a por conta própria; 3 - Não estou
Resposta: empregado/a.

Respostas possíveis: 1 - Declaração da Entidade Empregadora; 2 - Declaração da Segurança Social; 3 - Declaração do


Fonte: Serviço Público de Emprego; 4 - Declaração do Próprio

Se respondeu "1 - Empregado/a por conta de outrem" ou "2 - Empregado/a por conta própria", avance para questão 20.
Pessoa empregada é aquela que, tendo 16 ou mais anos de idade, trabalha para uma remuneração, lucro ou ganho familiar; inclui também os estágios remunerados, os profisisonais dos setores das
pescas e aquicultura sem vínculo contratual, agricultores não-empresários, mão-de-obra agrícola familiar e os eventuais do setor agrícola.

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Formulário de Participante

Se, não está empregado/a:


17 Está desempregado/a?

Resposta: Respostas possíveis: 1- Sim; 2 – Não.

Se respondeu 2, avance para questão 19.

Se, está desempregado/a:

Respostas possíveis: 1- Desempregado à procura do 1º emprego; 2 - Desempregado à procura de novo emprego - Não
Especifique: DLD; 3 - Desempregado à procura de novo emprego - DLD

Respostas possíveis: 1 - Declaração do Serviço Público de Emprego; 2 - Declaração da Segurança Social; 3 - Declaração
Fonte: do Próprio, quando não registado no Serviço Público de Emprego.

18 Em que data se verificou a situação de desemprego?

Respostas possíveis: 1 - Declaração do Serviço Público de Emprego; 2 -


Fonte: Declaração da Segurança Social; 3 - Declaração do Próprio, quando não
registado no Serviço Público de Emprego.

Pessoa desempregada é aquela, com 16 ou mais anos de idade, que não sendo estudante a tempo inteiro, está sem emprego, encontrando-se disponível para trabalhar e ativamente à procura de
emprego.

Se, não está desempregado/a:

19 Que tipo de Inativo é?

Resposta: Respostas possíveis: 1- Inativo - A frequentar acções de educação ou formação; 2 – Inativo - Outras

Pessoa inativa é aquela que não faz parte da população ativa, no sentido em que não está empregada nem em situação de desemprego.

20 Está a estudar ou a frequentar uma ação de formação? (Frequência de um nível de Educação do Sistema Educativo ou ação de formação profissional)

Resposta: Respostas possíveis: 1- Sim; 2 – Não.

Respostas possíveis: 1 - Declaração da Instituição de Ensino; 2 - Declaração da Entidade Formadora; 3 - Declaração


Fonte: do Próprio.

Nível de Escolaridade completo do/a Respostas possíveis: 1- Não sabe ler nem escrever; 2 - < 4 anos de
21 escolaridade; 3 - 1º ciclo (4º ano); 4 - 2º ciclo (6º ano); 5 - 3º ciclo (9º ano);
Participante: 6 - Ensino Secundário; 7 - Ensino Pós-Secundário; 8 - Bacharelato; 9 -
Licenciatura; 10 - Pós-Graduação; 11 - Mestrado Integrado; 12 -
Mestrado; 13 - Doutoramento; 14 - Pós-Doutoramento

Respostas possíveis: 1- Certificado de Habilitações; 2 – Declaração do


Fonte: Próprio.

Nível de Qualificação do/a Participante no Respostas possíveis: 0 - Nível 0 (Sem nível de qualificação); 1 - Nível 1 ; 2 -
22 Nível 2; 3 - Nível 3; 4 - Nível 4; ; 5 - Nível 5; 6 - Nível 6; 7 - Nível 7; 8 - Nível
âmbito do Quadro Nacional de Qualificações:
8.

Respostas possíveis: 1 - Certificado de Qualificações; 2 - Certificado de


Fonte: Habilitações; 3 – Declaração do Próprio.

Quando o/a Participante não comprovar o seu nível QNQ, essa informação deve ser obtida através das correspondências constantes da Portaria n.º 782/2009 de 23 de julho.

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Formulário de Participante

23 N.º de pessoas do agregado familiar do/a Participante: (inclui o próprio)

24 N.º de pessoas desempregadas no agregado familiar do/a Participante: (inclui o próprio)

N.º de pessoas inativas no agregado familiar do/a Participante: (Domésticos/as, reformados/as, estudantes com 25 ou mais anos de idade e crianças
25
dependentes (menos do que 18 anos de idade ou inativos/as entre os 18 e os 24 anos de idade) (inclui o próprio)

N.º de descendentes dependentes existentes no agregado familiar do/a Participante: (Crianças dependentes (menos do que 18 anos de idade, desde
26
que não trabalhem, ou inativos/as entre os 18 e os 24 anos de idade, desde que vivendo com pelo menos um dos pais)) (inclui o próprio)

Agregado familiar é o conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculo de parentesco, casamento ou outras situações equiparadas, desde que vivam em economia comum. A composição do agregado
familiar do/a Participante inclui o próprio.

Validação da informação prestada


Assinatura do/a Participante
(ou do representante legal do/a Participante menor não emancipado/a)

_____/_____/_______ _______________________________________________________________

□ Aceito ser contactado/a pelo PO ISE para efeitos estatísticos.

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Formulário de Participante

Este formulário destina-se ao registo e acompanhamento da situação de cada participante em cada operação financiada pelo Fundo Social Europeu (FSE), devendo o seu preenchimento ser
efetuado pela entidade beneficiaria, existindo a obrigatoriedade de associar a cada elemento a fonte do dado evidenciado.

O formulário de Participante e as fontes dos dados deverão ser arquivados no dossier técnico da Operação.

"Participantes são as pessoas que beneficiam diretamente de uma intervenção FSE e que podem ser identificadas pelas suas caracterísitcas e inquiridas sobre as mesmas, e a quem as despesas
específicas são destinadas." - (in Regulamento (UE) n.º1304/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro)

No caso em que o/a Participante integra várias atividades/ações da Operação, o preenchimento desta secção poderá ser repetido tantas vezes quantas as saídas da Operação.

Os dados desta secção reportam a situação do/a participante após sair da operação, devendo ser recolhidos entre a data de saída da operação e até quatro semanas após. A saída da operação efetiva-se
quando o/a participante deixa de estar envolvido diretamente na operação. Corresponde à data de fim da ação - quando o/a participante conclui a operação -, ou à data de desistencia da operação.

Identificação da Operação

1 Código universal da Operação

2 Tipologia de Operações

3 Nome completo

9 Número de identificação fiscal

27 Número e Designação da Atividade/Ação (de acordo com a candidatura aprovada)

28 Em que dia se verificou a saída do/a Participante na Atividade/Ação?

Secção II - Resultados relativos ao/à Participante

Situação do/a Participante à saida da Operação

A questão 29 aplica-se exclusivamente a quem respondeu à questão 19.

29 Uma vez terminada a participação, procura emprego?

Resposta: Respostas possíveis: 1- Sim; 2 – Não.

Fonte: Respostas possíveis: 1 - Declaração da Entidade Empregadora; 2 - Declaração do Próprio.

A procura de emprego define-se quando a pessoa , que se encontra sem trabalho, está disponível para trabalhar, procurando ativamente trabalho.

A questão 30 aplica-se exclusivamente a quem respondeu "Não" à questão 20.

30 Está a estudar ou a frequentar uma ação de formação? (Frequência de um nível de Educação do Sistema Educativo ou ação de formação profissional)

Resposta: Respostas possíveis: 1- A estudar; 2 – A frequentar uma acção de formação; 3 - A estudar e a frequentar uma acção
de formação; 4 - Não

Respostas possíveis: 1 - Declaração da Instituição de Ensino; 2 - Declaração da Entidade Formadora; 3 - Declaração


Fonte: do Próprio.

31 Obteve uma qualificação, na sequência da participação na Operação?


(Não se aplica no âmbito dos CLDS)

Resposta: Não Respostas possíveis: 1- Sim; 2 – Não.

Entende-se por Qualificação o resultado formal de um processo de avaliação e validação, obtido quando um órgão competente decide que uma pessoa alcançou resultados de
aprendizagem de acordo com determinadas exigências.

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Formulário de Participante
32 Se "Sim", especifique:

Nível de Escolaridade completo do/a Respostas possíveis: 1- Não sabe ler nem escrever; 2 - < 4 anos de
escolaridade; 3 - 1º ciclo (4º ano); 4 - 2º ciclo (6º ano); 5 - 3º ciclo (9º ano);
Participante atingido: 6 - Ensino Secundário; 7 - Ensino Pós-Secundário; 8 - Bacharelato; 9 -
Licenciatura; 10 - Pós-Graduação; 11 - Mestrado Integrado; 12 -
Mestrado; 13 - Doutoramento; 14 - Pós-Doutoramento

Fonte: Respostas possíveis: 1- Certificado de Habilitações.

Respostas possíveis: 0 - Nível 0 (Sem nível de qualificação); 1 - Nível 1 ; 2 -


Nível de Qualificação do/a Participante
Nível 2; 3 - Nível 3; 4 - Nível 4; ; 5 - Nível 5; 6 - Nível 6; 7 - Nível 7; 8 - Nível
no âmbito do QNQ atingido: 8.

Fonte: Respostas possíveis: 1 - Certificado de Qualificações.

33 Está empregada/o, incluindo uma atividade por conta própria ou a frequentar um estágio?

Resposta: Respostas possíveis: 1- Sim; 2 – Não.

Fonte: Respostas possíveis: 1 - Declaração da Entidade Empregadora; 2 - Declaração do Próprio.

34 Está abrangida/o por medidas ativas de emprego ou formação profissional?


(deve ser considerado nesta questão o indicador de resultado contratualizado no concurso da tipologia de operações)

Resposta: Respostas possíveis: 1 - Medida ativa emprego; 2 – Formação profissional; 3 - Medida ativa emrego e formação; 4 - Não.

Fonte: Respostas possíveis: 1- Declaração IEFP; 2 - Declaração da entidade formadora (IEFP ou Entidade Privada)

Validação da informação prestada


Assinatura do/a Participante
(ou do representante legal do/a participante menor não emancipado/a)

_____/_____/_______ _______________________________________________________________

□ Aceito ser contactado/a pelo PO ISE para efeitos estatísticos.

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COMPÊNDIO DE INDICADORES
FICHA DE INDICADORES
Indicadores Específicos de Concurso
Tipologia de Operações 3.10 - Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
versão 1.0

Enquadramento

1
COMPÊNDIO DE INDICADORES
FICHA DE INDICADORES
Indicadores Específicos de Concurso
Tipologia de Operações 3.10 - Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
versão 1.0

Justificação dos Indicadores

Esta tipologia tem como principal objetivo aumentar a inclusão com vista à promoção da igualdade e da
empregabilidade. Assim, a sua realização é tanto maior quanto maior for o número de pessoas que dela
beneficiem. O indicador de realização é, portanto, o número de pessoas que participa nas ações dos CLDS. Os
CLDS têm vários objetivos, entre os quais a empregabilidade, a redução da pobreza, a inclusão de pessoas com
deficiência e a eficiência na gestão dos recursos. Uma vez que apenas é possível contratualizar um indicador,
optou-se por uma destas dimensões. A Prioridade de Investimento 9.i. foca-se em particular na questão da
empregabilidade, que é, por si só, um importante veículo de inclusão social. Desta forma, o indicador de
resultado escolhido foi a “% de participantes nas ações dos CLDS que se encontram abrangidos por medidas
ativas de emprego ou formação profissional”.

Normativos

 Portaria n.º 179-B/2015, de 17 de junho;

Formas de Apoio

 Custos Reais

2
COMPÊNDIO DE INDICADORES
FICHA DE INDICADORES
Indicadores Específicos de Concurso
Tipologia de Operações 3.10 - Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
versão 1.0

Indicador de Realização
Participantes nas ações do CLDS

Níveis de Monitorização Estratégica

Indicador Comum Comunitário (ICC) 

Indicador Específico do Programa (IEP)  O.09.01.02.E Participantes nas ações dos CLDS

Indicador Específico do Concurso (IEC)  IEC=IEP



Definições e Conceitos – Chave

 Participantes: destinatários das ações dos CLDS.


 Ações dos CLDS: ações que se encontram organizadas através do plano de ação do CLDS e estruturadas nos
seguintes eixos de intervenção: Eixo 1: Emprego, formação e qualificação; Eixo 2: Intervenção familiar e
parental, preventiva da pobreza infantil; Eixo 3: Capacitação da comunidade e das instituições e Eixo 4:
Auxílio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afetados por calamidades.

Fonte de Informação e Meio de Verificação

Para a Autoridade de Gestão:

Fonte (“Quem” presta a informação): Entidade Beneficiária (Entidade Coordenadora Local da Parceria – ECLP)
Meio (Evidência fática da informação prestada): Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu 2020
(SI FSE2020)

Para a Entidade Beneficiária:

Fonte (“Quem” presta a informação): Participante.


Meio (Evidência fática da informação prestada): Formulário de Participante (ou equivalente administrativo), no
pressuposto de que a documentação necessária para comprovar as informações prestadas no formulário pode
ser disponibilizada.

3
COMPÊNDIO DE INDICADORES
FICHA DE INDICADORES
Indicadores Específicos de Concurso
Tipologia de Operações 3.10 - Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
versão 1.0

Metodologia de Apuramento

Unidade de Medida N.º

Fórmula de Cálculo ∑ Participantes nas ações do CLDS

Universo:
 Todos os participantes nas ações dos CLDS no período de vigência da operação.
Unidade de contagem: cada participante conta uma só vez na operação,
independentemente de ter sido abrangido por uma ou mais ações do plano de ação
do CLDS.
Data de início da participação na primeira ação do CLDS ≥ data de início da
operação.

Elegibilidade geográfica:
 Regiões NUTS II do continente: Norte, Centro e Alentejo.
Momento da realização:
 Data de registo do participante na primeira ação. O registo do participante é
obrigatório nas seguintes quatro ações do Eixo 1: Apoiar o enquadramento de
projetos de autoemprego e de empreendedorismo nos diferentes programas e
instrumentos de apoio, promovendo o encaminhamento dos interessados para o
Contagem apoio técnico; Capacitar e ajudar a desenvolver atitudes de procura ativa de
emprego; Contribuir para a sinalização, encaminhamento e orientação de alunos
que abandonam ou concluem o sistema educativo, no sentido de desenvolver ações
de favorecimento da integração profissional e Desenvolver ações que estimulem as
capacidades empreendedoras dos alunos do ensino secundário, numa perspetiva de
reforço da iniciativa, da inovação, da criatividade, do gosto pelo risco e que
constituam uma primeira abordagem à atividade empresarial. O registo do
participante é ainda obrigatório nas seguintes 4 ações do Eixo 2: Estratégias
direcionadas para as crianças e jovens, promovendo estilos de vida saudáveis e de
integração social, numa perspetiva holística e de envolvimento comunitário; Ações
de combate a solidão e isolamento; Estratégias direcionadas para a mediação dos
conflitos familiares, particularmente no caso de famílias com crianças e Estratégias
genericamente aplicáveis ao nível da qualificação das famílias.
Momento do reporte à autoridade de gestão:
 Ao longo da execução da operação;
 Informação da execução anual com reporte ao final de cada ano civil e
 Saldo final

Conversão
(informação apenas
 IEC = IEP
para a Autoridade de
Gestão do PO ISE)

4
COMPÊNDIO DE INDICADORES
FICHA DE INDICADORES
Indicadores Específicos de Concurso
Tipologia de Operações 3.10 - Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
versão 1.0

Indicador de Resultado
Participantes nas ações dos CLDS que se encontram abrangidos por medidas ativas de
emprego ou formação profissional

Níveis de Monitorização Estratégica

Indicador Comum Comunitário (ICC) 

Participantes nas ações dos CLDS que se


Indicador Específico do Programa (IEP)  R.09.01.02.E encontram abrangidos por medidas ativas de
emprego ou formação profissional

Indicador Específico do Concurso (IEC)  IEC = IEP

Definições e Conceitos – Chave

 “Medidas ativas de emprego”: política pública cuja execução se encontra na responsabilidade do Instituto
do Emprego e Formação Profissional, I.P. – IEFP (de acordo com a oferta disponível em www.iefp.pt).

 “Medidas de formação profissional”: medidas que visam a qualificação profissional, preconizada pelo
Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. – IEFP, ou por outras entidades públicas e privadas.

 “Participantes Abrangidos”: considera-se participantes abrangidos, aqueles que tendo sindo


encaminhados, se encontram a usufruir de uma medida ativa de emprego ou formação profissional.

Fonte de Informação e Meio de Verificação

Para a Autoridade de Gestão:

Fonte (“Quem” presta a informação): Entidade Beneficiária (Entidade Coordenadora Local da Parceria – ECLP)
Meio (Evidência fática da informação prestada): Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu 2020
(SI FSE2020)

Para a Entidade Beneficiária:

Fonte (“Quem” presta a informação): Participante.


Meio (Evidência fática da informação prestada): Formulário de Participante (ou equivalente administrativo), no
pressuposto de que a documentação necessária para comprovar as informações prestadas no formulário pode
ser disponibilizada.

5
COMPÊNDIO DE INDICADORES
FICHA DE INDICADORES
Indicadores Específicos de Concurso
Tipologia de Operações 3.10 - Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
versão 1.0

Metodologia de Apuramento

Unidade de Medida %

∑ Participantes nas ações do CLDS que se encontram abrangidos por medidas ativas de
Fórmula de Cálculo
emprego ou formação profissional (x 100) / ∑ Participantes nas ações do CLDS

Universo:

 Universo da realização.

No caso em que o/a participante integra várias ações do plano de ação do CLDS, o
preenchimento da seção II do “Formulário de Participante” poderá ser repetido
tantas vezes quantas as saídas, dada a necessidade de recolher dos respetivos
resultados.
O resultado que, prevalece é o da última saída, o que significa que, se o/a
participante abandonar a operação e regressar, a contagem de prazo para aferição
da informação a registar para os indicadores de resultado deve ser atualizada face
a esta última data.
Data de fim da participação na última ação do CLDS ≤ data de fim da operação.

Numerador na fórmula de cálculo:

 Contam todos os participantes em ações do plano de ação do CLDS abrangidos por


Contagem medidas ativas de emprego ou formação profissional.

Denominador na fórmula de cálculo:

 Contam todos os participantes nas ações do CLDS.

Elegibilidade geográfica:

 Regiões NUTS II do continente: Norte, Centro e Alentejo.

Momento do resultado:
 O resultado é apurado entre o período N e N+4 semanas, sendo “N” a data em que o
participante termina a sua participação na operação.
Momento do reporte à autoridade de gestão:

 Ao longo da execução da operação;


 Informação da execução anual com reporte no final de cada ano civil e
 Saldo final.

Conversão
(informação apenas
 IEC = IEP
para a Autoridade de
Gestão do PO ISE)

6
Programa Operacional Inclusão Social e Emprego
Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, nº 86, 5º andar
1070-065 Lisboa - Portugal
Tel. + 351 215 895 300 - email: geral@poise.portugal2020.pt

Cofinanciado por:

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Social Europeu

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