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Língua Portuguesa; Literatura; Noções de Língua Inglesa; Noções de Direito;
Direito Humanos; Raciocínio Lógico-Matemático.
RS pro
NOME:
CPF: IDENTIDADE:
LOCAL DE PROVA:
CIDADE:
a C o de SALA:
ba mat
3. Esta prova contém 50 (cinquenta) questões, valendo 2 (dois) pontos cada e valor total de 100
(cem) pontos.
4. Para cada questão existe somente uma resposta correta.
ad do n
5. Responda as questões e marque a opção desejada na folha de respostas, usando caneta esferográ-
fica (tinta azul ou preta), de corpo transparente. Proibido o uso de lápis ou similares.
6. Não será admitido qualquer tipo de rasura na folha de respostas. As questões rasuradas, em branco
op
a
7. O tempo máximo permitido para a realização das provas de conhecimentos (objetiva e dissertativa)
será de 4 (quatro) horas, assim distribuídas: a) das 08h30min às 11h30min: resolução da prova objetiva
e o preenchimento da folha de respostas; b) das 11h31min às 12h30min: confecção da redação e trans-
crição na respectiva folha de resposta.
lic
ASSINATURA DO CANDIDATO
FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
CÓDIGO:
1912023428
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
1º Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais
PM/MG
CARGO:
Soldado 2ª Classe
MODELO/BANCA:
CRS (PM/MG)
EDITAL:
Pós-Edital
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
1/2023
PM MG – 1º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
LÍNGUA PORTUGUESA
FIDELIS ALMEIDA
A instrução pública
Lima Barreto
Como este caso, tenho em meu poder informações de mais outros relatórios. Não
me move nenhum ódio às mulheres, mesmo porque não tenho fome de carne branca;
mas o que quero é que essa coisa de emancipação da mulher se faça claramente,
40 após um debate livre, e não clandestinamente, por meio de pareceres de consulto-
res e auditores, acompanhados com os berreiros de Dona Berta e os escândalos de
Dona Daltro. É preciso que isso se faça claramente, às escâncaras. Cada um, então,
que dê sua opinião.
Um outro tópico, dos dois a que me referi mais acima, é aquele em que o doutor
45 Otávio cita um alvará do regente Dom João, “fazendo mercê” de uma escrivania a
uma senhora. É engraçado que o doutor Rodrigo não veja a diferença do regímen que
existia naquele tempo e do que nos oprime hoje.
Um cargo público era propriedade do rei. Ele os podia dar e vender.
Hoje, porém, não é assim. Está na Constituição que eles são acessíveis a todos
50 os brasileiros, mediante as condições que a lei estatuir.
Dom João VI podia dar um lugar de juiz a um macaco; mas o doutor Epitácio Pes-
soa, não. Podia ser feminista, sem congresso. Aí é que está o “busílis”.
9ª QUESTÃO – Acerca das classes morfológicas das palavras do texto, é correto afirmar:
A. ( ) O vocábulo “como” (l.1), sendo conjunção comparativa, introduz oração adver-
bial de valor comparativo.
B. ( ) O pronome oblíquo “o” (l.4) retoma “é guiada” (l.4).
C. ( ) O advérbio “Quando” (l.29) denota circunstância de tempo.
D. ( ) O pronome “se” (l.39) é partícula apassivadora.
11ª QUESTÃO – Entre os termos destacados, possui função sintática distinta dos demais:
A. ( ) “...as nossas leis permitiram o exercício de certos empregos públicos...” (l.22-23)
B. ( ) “Tenho documentos de que sempre assim pensou o governo da Repúbli-
ca...” (l.32)
C. ( ) “...e não clandestinamente, por meio de pareceres de consultores...” (l.40-41)
D. ( ) “Um cargo público era propriedade do rei.” (l.48)
12ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o autor não emprega linguagem figurada
no trecho.
A. ( ) “...são resolvidas escuramente nos gabinetes de obsoletos ‘consultores’...” (l.3-4)
B. ( ) “Não quero esconder todo o meu leite.” (l.34)
C. ( ) “...mesmo porque não tenho fome de carne branca...” (l.38)
D. ( ) “Está na Constituição que eles são acessíveis a todos os brasileiros...” (l.49-50)
14ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada indica uma
ação verbal sob o aspecto da certeza de sua ocorrência.
A. ( ) “...cuja notoriedade vem de ter sido amigo de Raul Pompéia e contar, com deta-
lhes escatológicos, como Pedro I proclamou a Independência...” (l.10-11)
B. ( ) “Deixemos, porém, isto e continuemos a analisar o seu parecer.” (l.18)
C. ( ) “...ainda não houve uma lei que tal autorizasse.” (l.26)
D. ( ) “É engraçado que o doutor Rodrigo não veja a diferença do regímen que existia
naquele tempo...” (l.46-47)
15ª QUESTÃO – Dentre os pronomes relativos destacados, exerce função sintática dis-
tinta dos demais:
A. ( ) “Questões que interessam os altos destinos...” (l.2)
B. ( ) “Ainda agora o Senhor Rodrigo Otávio, que ocupa o lugar rendoso de consultor
geral da república...” (l.9-10)
C. ( ) “...esse senhor Rodrigo Otávio dá um parecer muito curioso sobre o direito que
têm as mulheres...” (l.12-13)
D. ( ) “...é alguma coisa como um servente de secretaria que sabe escrever.” (l.16-17)
LITERATURA
ANDRÉA CERQUEIRA
1 Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que
está decerto um tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela sorte
de Eugênia, e talvez ... sim, talvez lá no fundo de si mesma, me chame cínico. Eu
cínico, alma sensível? Pela coxa de Diana! esta injúria devia ser lavada com sangue,
5 se o sangue lavasse alguma cousa nesse mundo. Não, alma sensível, eu não sou
cínico, eu fui homem; meu cérebro foi um tablado em que se deram peças de todo o
gênero, o drama sacro, o austero, o piegas, a comédia louçã, a desgrenhada farsa,
os autos, as bufonerias, um pandemonium, alma sensível, uma barafunda de cousas
e pessoas, em que podias ver tudo, desde a rosa da Esmirna até a arruda do teu
10 quintal, desde o magnífico leito de Cleópatra até o recanto da praia em que o mendigo
tirita o seu sono. Cruzavam-se nele pensamentos de vária casta e feição. Não havia
ali a atmosfera somente da águia e do beija-flor; havia também a da lesma e do sapo.
Retira, pois, a expressão, alma sensível, castiga os nervos, limpa os óculos, – que
isso às vezes é dos óculos,– e acabemos de uma vez com esta flor da moita.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguim Classics
Companhia das Letras, 2014, p.128.
21ª QUESTÃO – Com base no fragmento acima, em sua compreensão e nas caracterís-
ticas de estilo de Machado de Assis, marque a alternativa correta.
A. ( ) Há muito mais ação do que reflexão no fragmento acima.
B. ( ) Não é característica do texto nem de seu autor a conversa com o leitor.
C. ( ) O autoritarismo do narrador sobre o leitor está evidenciado no uso do imperativo
e na visão unilateral da crítica.
D. ( ) A repetição de “alma sensível” ironiza quem lê romances com a expectativa de
destino positivo para as personagens.
22ª QUESTÃO – Leia o fragmento abaixo da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas,
de Machado de Assis, e marque, em seguida, a alternativa incorreta.
AO LEITOR
1
Que Sthendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores,
cousa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará
é se este livro não tiver os cem leitores de Sthendhal, nem cinquenta, nem vinte e,
quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na
5 qual eu (...) se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei
se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a
com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá
sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro uma aparência de puro
romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí:
10 fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas
máximas da opinião.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguim Classics
Companhia das Letras, 2014, p.31.
1
Ocorre-me, que é ao mesmo tempo uma correção de estilo. Cuido haver dito, no
capítulo XIV, que Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia. Viver não
é a mesma cousa de morrer; assim afirmam todos os joalheiros desse mundo, gente
muito vista na gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se não fossem os vos-
5 sos dixes e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos corações. Esta
é a reflexão imoral que eu pretendia fazer, a qual é ainda mais obscura do que imoral,
porque não se entende bem o que eu quero dizer. O que eu quero dizer é que a mais
bela testa do mundo não fica menos bela, se a cingir um diadema de pedras finas;
nem menos bela, nem menos amada. Marcela, por exemplo, que era bonita. Marcela
10 amou-me... (...)
... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. (...)
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguim Classics
Companhia das Letras, 2014, p.83.
23ª QUESTÃO – Com base no fragmento acima e nos aspectos estilísticos da ficção
machadiana, marque a alternativa correta.
A. ( ) Não há passagem metalinguística no excerto.
B. ( ) A explicação dada pelo narrador não justifica a imoralidade de sua reflexão, tal
qual o título do capítulo.
C. ( ) A ideia contida em “Não morria, vivia” é irônica e consiste em explorar com hu-
mor a expressão “morrer de amores”.
D. ( ) Apesar de Machado de Assis ser considerado um autor realista, o fragmento
pode ser caracterizado como romântico.
1 Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito na vida?
Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la
muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua
mocidade nisso, a virilidade também, e, agora, que estava na velhice como ela o re-
5 compensava, como o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. [...]
Desde dezoito anos que o tal patriotismo o absorvia e por ele fizera a tolice de
estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem...
Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em
nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas
10 coisas de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio, e levou-o à
loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não
era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera
15 combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois
ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Ou-
tra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento
de decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio
20 do seu gabinete. [...]
Contudo quem sabe se outros lhe seguissem as pegadas não seriam mais feli-
zes? E logo respondeu a si mesmo: mas como? Se não se fizera comunicar, se nada
dissera e não prendera seu sonho, dando-lhe corpo e substância?
E esse seguimento adiantaria alguma coisa? E essa continuidade traria enfim
25 para a terra alguma felicidade? Há quantos anos vidas mais valiosas que a dele se
vinham oferecendo, sacrificando e as coisas ficaram na mesma, a terra na mesma
miséria, na mesma opressão, na mesma tristeza.
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: L&PM, 1998,
p. 286-289 (fragmento).
24ª QUESTÃO – Com base na leitura e interpretação do fragmento acima e da obra como
um todo, marque a alternativa correta.
A. ( ) O trecho apresenta dois retratos de Policarpo: o que caracterizou a sua vida e
aquele que surge diante da morte.
B. ( ) Ao refletir sobre sua trajetória, o protagonista se dá conta de que podia ter feito
muito mais em nome de seu patriotismo.
C. ( ) Policarpo Quaresma lamenta sua trajetória e seu ideal, mas tem esperança de
que suas ações serão perpetuadas em futuras gerações.
D. ( ) A esperança de dias melhores dá o tom do fragmento.
25ª QUESTÃO – Ainda sobre o fragmento de Triste Fim de Policarpo Quaresma, marque
a alternativa correta.
A. ( ) Apesar de idealizar a pátria, Policarpo não tinha uma imagem idealizada do
povo brasileiro.
B. ( ) A transformação de Policarpo Quaresma destoa da intenção dos pré-modernis-
tas de criar uma consciência crítica para o país.
C. ( ) A amargura do personagem é mais forte no trecho inicial, quando a desesperan-
ça é apresentada.
D. ( ) Acusado de traição, Policarpo espera pela morte.
Text
Police stop cars on a busy road in Moscow, Russia. The police want to help ducks.
The ducks try to cross the road. There are two ducks and twelve ducklings.
Other people help the police. They guide the ducks across the road. Drivers must
wait. The ducks get to the other side of the road. They walk to a park.
Ducks and swans live in ponds and lakes. People like to feed the ducks with
bread. However, bread is not good for ducks.
Ducks and swans want food from people. Due to this, ducks and swans cannot
find food themselves. It is a problem. Many people must stay at home because of the
coronavirus. Ducks and swans are very hungry.
Source: <https://www.newsinlevels.com/products/police-help-ducks-level-1/>.
26ª QUESTÃO – How many ducks try to cross the busy road in Moscow?
A. ( ) 22
B. ( ) 24
C. ( ) 14
D. ( ) 2
28ª QUESTÃO – It can be deduced from the sentence “Ducks and swans are very hungry”
that these birds are starving because
A. ( ) they are sick.
B. ( ) most people cannot feed them.
C. ( ) bread is not good for them.
D. ( ) they walk a long distance.
29ª QUESTÃO – The word “this” in “Due to this” refers to the fact that ducks and swans
A. ( ) depend on people to eat.
B. ( ) should not trust people.
C. ( ) are people’s best companions.
D. ( ) think people find food by themselves.
Source: <https://comicskingdom.com//beetle-bailey-1/2023-01-10>.
DIREITOS HUMANOS
DANIEL BARBOSA
Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item III.
C. ( ) apenas os itens I e II.
D. ( ) todos os itens.
I – Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
II – Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, exceto
por delitos comuns conexos com delitos políticos.
III – Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração
do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá‐la a mulher
em estado de gravidez.
Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item III.
C. ( ) apenas os itens I e III.
D. ( ) todos os itens.
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
MARCELO LEITE
41ª QUESTÃO – Uma maquete da viatura PM/MG foi construída utilizando a escala
1:125, tendo como base uma viatura real. Nessa maquete, o comprimento da viatura
corresponde a 12 cm. Então, o comprimento da viatura real corresponde a:
A. ( ) 15 centímetros.
B. ( ) 13 metros.
C. ( ) 14 metros.
D. ( ) 15 metros.
Sabe-se que a média desses valores mencionados é igual a 12, então a quantidade de
registros ocorridos na quinta-feira é igual a:
A. ( ) 10.
B. ( ) 12.
C. ( ) 15.
D. ( ) 17.
I – (A v B) →B
II – (A v B) ^ (~A ^ ~B)
III – (A→B) v (A ^ ~B)
45ª QUESTÃO – A negativa da implicação “Se Marta é mineira, então ela gosta de quei-
jo” é equivalente a:
A. ( ) Se Marta é mineira, então ela não gosta de queijo.
B. ( ) Marta não é mineira e não gosta de queijo.
C. ( ) Marta é mineira, mas ela não gosta de queijo.
D. ( ) Marta é mineira ou ela não gosta de queijo.
46ª QUESTÃO – Considere que, no 16º RPM, localizado em Unaí-MG, existe um reser-
vatório na forma de um paralelepípedo com 3 metros de comprimento, 4 metros de largu-
ra e 6 metros de altura, que inicialmente se encontra vazio. Para enchê-lo, será utilizado
caminhão pipa cuja capacidade é igual a 7.200 litros. Com base nessas informações, é
correto que a quantidade de caminhões que serão utilizados para encher completamente
o citado reservatório será igual a:
A. ( ) 10.
B. ( ) 12.
C. ( ) 14.
D. ( ) 16.
48ª QUESTÃO – Em certo batalhão da Polícia Militar do estado de Minas Gerais, estão
lotados 13 soldados que são matemáticos. Dentre eles, 6 são mulheres e os demais são
homens. Sabe-se que um homem e uma mulher serão escolhidos aleatoriamente para
participarem de um estudo com o objetivo de determinar um modelo matemático que pro-
jeta o total de delitos ocorridos em determinado bairro. Com isso, é possível concluir que
o total de duplas que podem ser escolhidas nas condições citadas será igual a:
A. ( ) 13.
B. ( ) 18.
C. ( ) 34.
D. ( ) 42.
49ª QUESTÃO – Considere que, em certo quartel, estão trabalhando hoje cinco oficiais
da Polícia Militar do estado de Minas Gerais, sendo 3 mulheres e os demais homens.
Dois desses oficiais serão escolhidos aleatoriamente para participarem do curso de “Trei-
namento em Selva”. A chance de que sejam escolhidas duas mulheres será igual a:
A. ( ) 20%.
B. ( ) 30%.
C. ( ) 40%.
D. ( ) 42%.
GABARITO
GRAN QUESTÕES
E continuamos contando
mais questões!
ASSUNTOS FREQUENTES
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questões como for mais fácil
E, com mais de 1 milhão de questões, para você. Separe por erros,
difíceis, fáceis, com peguinhas
você vai achar que a prova é mais uma ou conforme sua imaginação
bateria delas. mandar!
LÍNGUA PORTUGUESA
FIDELIS ALMEIDA
A instrução pública
Lima Barreto
Como este caso, tenho em meu poder informações de mais outros relatórios. Não
me move nenhum ódio às mulheres, mesmo porque não tenho fome de carne branca;
mas o que quero é que essa coisa de emancipação da mulher se faça claramente,
40 após um debate livre, e não clandestinamente, por meio de pareceres de consulto-
res e auditores, acompanhados com os berreiros de Dona Berta e os escândalos de
Dona Daltro. É preciso que isso se faça claramente, às escâncaras. Cada um, então,
que dê sua opinião.
Um outro tópico, dos dois a que me referi mais acima, é aquele em que o doutor
45 Otávio cita um alvará do regente Dom João, “fazendo mercê” de uma escrivania a
uma senhora. É engraçado que o doutor Rodrigo não veja a diferença do regímen que
existia naquele tempo e do que nos oprime hoje.
Um cargo público era propriedade do rei. Ele os podia dar e vender.
Hoje, porém, não é assim. Está na Constituição que eles são acessíveis a todos
50 os brasileiros, mediante as condições que a lei estatuir.
Dom João VI podia dar um lugar de juiz a um macaco; mas o doutor Epitácio Pes-
soa, não. Podia ser feminista, sem congresso. Aí é que está o “busílis”.
Letra d.
A. Errada. O texto não apresenta que a questão da emancipação feminina deve ser tra-
tada fora dos meios políticos.
B. Errada. O texto não informa que a discussão da emancipação feminina vem desde o
período de Pedro I.
C. Errada. O texto não estabelece ofícios ideais para a mulher e os não ideais, apenas
cita os ofícios que legalmente já permitiam o ingresso de mulheres e aqueles que ainda
não o haviam feito.
D. Certa. Essa ideia é baseada em “... mas o que quero é que essa coisa de emancipação
da mulher se faça claramente, após um debate livre, e não clandestinamente, por meio
de pareceres de consultores e auditores, acompanhados com os berreiros de Dona Berta
e os escândalos de Dona Daltro. É preciso que isso se faça claramente, às escâncaras.”.
Letra d.
As afirmações em A e B não possuem qualquer embasamento no texto. Em C, sabe-se
que o autor não compara a mulher ao menor ou ao interdito, mas sim que socialmente o
modo como se tratava a mulher era similar ao daquele empregado para o menor ou inter-
dito, dada a tutela intensa. O texto somente permite entender a afirmação em D, baseada
em “É curioso observar como aqui se procede em relação aos problemas máximos das
relações sociais. Questões que interessam os altos destinos, não só da Nação, mas da
própria Humanidade, são resolvidas escuramente nos gabinetes de obsoletos ‘consulto-
res’” e “É preciso que isso se faça claramente, às escâncaras. Cada um, então, que dê
sua opinião.”.
Letra c.
Em A, B e D, os segmentos destacados são orações adjetivas, introduzidas pelo prono-
me relativo “que”, o qual retoma respectivamente “Questões”, “mulher” e “dois”. Em C,
o segmento destacado não representa oração adjetiva. O vocábulo “que” do segmento
destacado é parte da expressão de realce “foi que”, a qual não pertence a nenhuma das
dez classes morfológicas. Pode ser suprimida sem prejuízo à integridade gramatical do
trecho, o que não é possível se “que” fosse pronome relativo, caso em que o segmento
destacado seria oração adjetiva. Veja-se:
com esse espírito se disse
Letra a.
A. Certa. O vocábulo “que” é pronome relativo, retoma “aquele”.
B. Errada. O vocábulo “Que” é pronome exclamativo.
C. Errada. O vocábulo “que” é parte da expressão de realce “foi que”, a qual não pertence
a nenhuma das dez classes morfológicas.
D. Errada. O vocábulo “que” é conjunção integrante, introduz a oração subordinada subs-
tantiva “que o doutor Rodrigo não veja a diferença do regímen”.
Letra a.
No trecho “Não me move nenhum ódio às mulheres...”, ocorre sinal indicativo de crase
para marcar a fusão da preposição “a”, regida por “ódio”, ao artigo “as”, determinante
de “mulheres”.
A. Certa. O sinal indicativo de crase marca a fusão da preposição “a”, regida por “Enviou”,
ao artigo “a”, determinante de “mãe”.
B. Errada. O sinal indicativo de crase marca locução adverbial cujo núcleo é palavra do
gênero feminino (“esquerda”).
C. Errada. O sinal indicativo de crase marca locução prepositiva cujo núcleo é palavra do
gênero feminino (“moda” – escrever [à moda de] Guimarães Rosa).
D. Errada. O sinal indicativo de crase marca locução prepositiva cujo núcleo é palavra do
gênero feminino (“custas”).
Letra b.
Uma oração reduzida é aquela não encabeçada por elemento coesivo e com verbo numa
das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Quando a oração vem encabeça-
da por elemento coesivo e com verbo flexionado, diz-se que é desenvolvida.
A. Errada. A oração destacada é subordinada adjetiva restritiva, é iniciada por pronome
relativo e apresenta verbo flexionado.
B. Certa. A oração destacada é subordinada substantiva completiva nominal reduzida de
infinitivo, não é iniciada por elemento coesivo e apresenta verbo no infinitivo.
C. Errada. A oração destacada é principal.
D. Errada. A oração destacada é subordinada substantiva completiva nominal, é iniciada
por conjunção integrante e apresenta verbo flexionado.
Letra b.
A. Errada. As vírgulas isolam oração subordinada adverbial condicional intercalada
no período.
B. Certa. As vírgulas isolam oração subordinada adjetiva explicativa, expressão de
natureza explicativa.
C. Errada. A primeira vírgula separa adjunto adverbial ao final da oração; a segunda, ter-
mos sintaticamente coordenados.
D. Errada. As vírgulas isolam adjunto adverbial intercalado na oração.
Letra a.
Os vocábulos “própria”, “acessíveis” e “funcionário” são graficamente acentuados por
serem paroxítonas terminadas em ditongo oral seguido ou não de s.
O vocábulo “após” é graficamente acentuado por ser oxítona terminada em o seguido
ou não de s.
Os vocábulos “escâncaras” e “público” são graficamente acentuados por
serem proparoxítonas.
Os vocábulos “alvará” e “está” são graficamente acentuados por serem oxítonas termina-
das em a seguido ou não de s.
9ª QUESTÃO – Acerca das classes morfológicas das palavras do texto, é correto afirmar:
A. ( ) O vocábulo “como” (l.1), sendo conjunção comparativa, introduz oração adver-
bial de valor comparativo.
B. ( ) O pronome oblíquo “o” (l.4) retoma “é guiada” (l.4).
C. ( ) O advérbio “Quando” (l.29) denota circunstância de tempo.
D. ( ) O pronome “se” (l.39) é partícula apassivadora.
Letra d.
A. Errada. O vocábulo “como” é advérbio de modo, liga-se à forma verbal “procede”. Não
é conjunção comparativa, pois não introduz oração adverbial comparativa.
B. Errada. O pronome “o” retoma “é guiada”, entretanto é pronome demonstrativo, equi-
vale a “isso”.
C. Errada. O vocábulo “Quando” é conjunção temporal, introduz oração adverbial temporal.
D. Certa. O pronome “se” é partícula apassivadora. Veja-se que a voz verbal “se faça”,
passiva sintética, pode ser vertida à passiva analítica: seja feita
Letra b.
Uma oração é uma expressão verbal organizada à volta de um verbo. Sendo as-
sim, a presença do verbo é condição imprescindível para que uma expressão seja
considerada oração.
A. Errada. A expressão destacada é um adjunto adnominal de “problemas”, não constitui
oração por não possuir verbo.
B. Certa. A expressão destacada é oração por ser estruturada em torno de um ver-
bo (“Está”).
C. Errada. A expressão destacada é adjunto adverbial de “pensou”, não constitui oração
por não possuir verbo.
D. Errada. A expressão destacada, não possuindo verbo, não constitui uma oração.
11ª QUESTÃO – Entre os termos destacados, possui função sintática distinta dos demais:
A. ( ) “...as nossas leis permitiram o exercício de certos empregos públicos...” (l.22-23)
B. ( ) “Tenho documentos de que sempre assim pensou o governo da Repúbli-
ca...” (l.32)
C. ( ) “...e não clandestinamente, por meio de pareceres de consultores...” (l.40-41)
D. ( ) “Um cargo público era propriedade do rei.” (l.48)
Letra a.
Os termos destacados em B, C e D são respectivamente adjuntos adnominais dos subs-
tantivos “governo”, “pareceres” e “propriedade”, os quais possuem sentido intransitivo,
isto é, não necessitam de termo que integre o seu sentido. O termo destacado em A é
complemento nominal do substantivo “exercício”, o qual possui sentido transitivo, isto
é, necessita de termo que integre o seu sentido (Exercício de quê?). Veja-se ainda que
“exercício”, quando transposto à forma verbal, conserva sua transitividade: exercer o quê?
12ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o autor não emprega linguagem figurada
no trecho.
A. ( ) “...são resolvidas escuramente nos gabinetes de obsoletos ‘consultores’...” (l.3-4)
B. ( ) “Não quero esconder todo o meu leite.” (l.34)
C. ( ) “...mesmo porque não tenho fome de carne branca...” (l.38)
D. ( ) “Está na Constituição que eles são acessíveis a todos os brasileiros...” (l.49-50)
Letra d.
Linguagem figurada é a linguagem empregada fora de seu sentido usual, próprio, dicio-
narizado, a fim de indicar uma outra ideia, ampliando-se o sentido inicial próprio.
A. Errada. A expressão “escuramente” constitui linguagem figurada, significando “sem
clareza”, “sem transparência”.
B. Errada. A expressão “o meu leite” constitui linguagem figurada, significando “os meus
argumentos”, “as minhas provas”.
C. Errada. A expressão “carne branca” constitui linguagem figurada, significando
“ser humano”.
D. Certa. Não há linguagem figurada no trecho, todas as palavras foram empregadas em
sentido próprio ou denotativo.
Letra d.
O texto de Lima Barreto é predominantemente argumentativo, porquanto sustenta uma
ideia e a defende por meio de argumentos, de modos de ver a realidade que partem da
sua visão de mundo, singular e subjetiva. Os termos “histórica” e “reflexiva” não desig-
nam tipologias textuais. Há traços de narração no texto, porém não é uma composição
predominante. Veja-se que não há o propósito de contar fatos na linha temporal-espacial,
mas sim o de defender um ponto de vista. Os vocábulos “histórica” e “reflexiva” não de-
signam tipologias textuais.
14ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada indica uma
ação verbal sob o aspecto da certeza de sua ocorrência.
A. ( ) “...cuja notoriedade vem de ter sido amigo de Raul Pompéia e contar, com deta-
lhes escatológicos, como Pedro I proclamou a Independência...” (l.10-11)
B. ( ) “Deixemos, porém, isto e continuemos a analisar o seu parecer.” (l.18)
C. ( ) “...ainda não houve uma lei que tal autorizasse.” (l.26)
D. ( ) “É engraçado que o doutor Rodrigo não veja a diferença do regímen que existia
naquele tempo...” (l.46-47)
Letra a.
A. Certa. A forma verbal destacada pertence ao modo indicativo, o qual, segundo o pró-
prio nome, indica a ação verbal segundo o aspecto da sua indubitável ocorrência.
B. Errada. A forma verbal destacada pertence ao modo imperativo, o qual marca ordem
ou conselho.
C. Errada. A forma verbal destacada pertence ao modo subjuntivo, marca a ação verbal
segundo o aspecto da possibilidade ou hipótese de sua ocorrência.
D. Errada. A forma verbal destacada pertence ao modo subjuntivo, marca a ação verbal
segundo o aspecto da possibilidade ou hipótese de sua ocorrência.
15ª QUESTÃO – Dentre os pronomes relativos destacados, exerce função sintática dis-
tinta dos demais:
A. ( ) “Questões que interessam os altos destinos...” (l.2)
B. ( ) “Ainda agora o Senhor Rodrigo Otávio, que ocupa o lugar rendoso de consultor
geral da república...” (l.9-10)
C. ( ) “...esse senhor Rodrigo Otávio dá um parecer muito curioso sobre o direito que
têm as mulheres...” (l.12-13)
D. ( ) “...é alguma coisa como um servente de secretaria que sabe escrever.” (l.16-17)
Letra c.
Em A, B e D, o pronome relativo “que” é sintaticamente sujeito. Em C, é objeto dire-
to. Veja-se:
que interessam os altos destinos = questões interessam os altos destinos
que ocupa o lugar rendoso= O Senhor Rodrigo Otávio ocupa o lugar rendoso
o direito que têm as mulheres= as mulheres têm o direito
que sabe escrever= um servente de secretaria sabe escrever
Letra c.
A. Errada. O pronome relativo “cuja” refere-se a “o Senhor Rodrigo Otávio”.
B. Errada. O pronome demonstrativo “isto” refere-se a “...sua senhoria não sabe que ‘escre-
vente de cartório’ não é cargo, não é funcionário público, é simplesmente um serventuário...”.
C. Certa. De fato, o pronome demonstrativo “isto” refere-se a “...o exercício de certos em-
pregos públicos a mulheres...”.
D. Errada. O pronome demonstrativo “isto” refere-se a “...‘brasileiros’ aí são homens...”.
Letra c.
A. Errada. Quando o sujeito é constituído de expressão numérica, o verbo é flexionado no
singular. Veja-se:
Cinco horas de sono é pouco para manter a saúde.
B. Errada. Na indicação de horas, o verbo “dar” concorda com o número que indica as
horas. Veja-se:
Deram dez horas, mas eles não chegavam.
C. Certa. O verbo haver, se não impessoal, concorda normalmente com o núcleo do
seu sujeito.
D. Errada. O verbo “fazer”, na indicação de tempo, é impessoal, sendo flexionado no sin-
gular. Veja-se:
Amanhã faz quinhentos anos que os portugueses chegaram ao Brasil.
Letra d.
A. Errada. O verbo “aspirar”, na acepção de “desejar”, é transitivo indireto. Veja-se:
O objetivo a que eles aspiram é singelo, porém especial.
B. Errada. O verbo “assistir”, na acepção de “ver”, é transitivo indireto. Veja-se:
Assistir a bons filmes é um meio de agregar cultura.
C. Errada. O verbo “implicar”, na acepção de “acarretar”, é transitivo direto. Veja-se:
Beneficiar o país com políticas de transferência de renda implica crescimento econômico.
D. Certa. O verbo “agradar”, na acepção de “satisfazer”, é transitivo indireto.
Letra d.
Os adjetivos destacados em A, B e C expressam juízos de valor do autor em relação aos
objetos ou ideias caracterizados, são subjetividade. Em D, o adjetivo público é objetivo,
não expressa subjetividade.
Letra b.
Em A, C e D, a partícula “se” é pronome (índice de indeterminação em A e partícula apas-
sivadora em C e D); em B, conjunção condicional.
LITERATURA
ANDRÉA CERQUEIRA
1 Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que
está decerto um tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela sorte
de Eugênia, e talvez ... sim, talvez lá no fundo de si mesma, me chame cínico. Eu
cínico, alma sensível? Pela coxa de Diana! esta injúria devia ser lavada com sangue,
5 se o sangue lavasse alguma cousa nesse mundo. Não, alma sensível, eu não sou
cínico, eu fui homem; meu cérebro foi um tablado em que se deram peças de todo o
gênero, o drama sacro, o austero, o piegas, a comédia louçã, a desgrenhada farsa,
os autos, as bufonerias, um pandemonium, alma sensível, uma barafunda de cousas
e pessoas, em que podias ver tudo, desde a rosa da Esmirna até a arruda do teu
10 quintal, desde o magnífico leito de Cleópatra até o recanto da praia em que o mendigo
tirita o seu sono. Cruzavam-se nele pensamentos de vária casta e feição. Não havia
ali a atmosfera somente da águia e do beija-flor; havia também a da lesma e do sapo.
Retira, pois, a expressão, alma sensível, castiga os nervos, limpa os óculos, – que
isso às vezes é dos óculos,– e acabemos de uma vez com esta flor da moita.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguim Classics
Companhia das Letras, 2014, p.128.
21ª QUESTÃO – Com base no fragmento acima, em sua compreensão e nas caracterís-
ticas de estilo de Machado de Assis, marque a alternativa correta.
A. ( ) Há muito mais ação do que reflexão no fragmento acima.
B. ( ) Não é característica do texto nem de seu autor a conversa com o leitor.
C. ( ) O autoritarismo do narrador sobre o leitor está evidenciado no uso do imperativo
e na visão unilateral da crítica.
D. ( ) A repetição de “alma sensível” ironiza quem lê romances com a expectativa de
destino positivo para as personagens.
Letra d.
A. O item está errado, pois trata-se de uma digressão, uma interrupção no fluxo da nar-
rativa para inserção de elementos que estão à margem. No caso, a metalinguagem e o
diálogo com o leitor.
B. O item está errado, uma vez que todo o fragmento é dirigido ao leitor, “alma sensível”.
O próprio título do capítulo aponta o leitor como interlocutor direto dessa reflexão.
C. O item está errado, pois o uso do imperativo aqui não representa autoritarismo, mas
sim uma tentativa de chamar a atenção do leitor e inseri-lo na reflexão.
D. O item está correto, pois sabe-se que o leitor da época se sensibilizava muito com he-
róis e heroínas burgueses que enfrentavam quaisquer obstáculos para viver a felicidade
plena, o “happy end”. Entretanto essa alma sensível, o leitor, não encontrará nada disso
nas memórias de Brás Cubas, uma vez que este protagonista é um herói problemático.
22ª QUESTÃO – Leia o fragmento abaixo da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas,
de Machado de Assis, e marque, em seguida, a alternativa incorreta.
AO LEITOR
1 Que Sthendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores,
cousa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará
é se este livro não tiver os cem leitores de Sthendhal, nem cinquenta, nem vinte e,
quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na
5 qual eu (...) se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei
se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a
com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá
sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro uma aparência de puro
romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí:
10 fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas
máximas da opinião.
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguim Classics
Companhia das Letras, 2014, p.31.
Letra b.
A. O item está correto, pois o narrador comenta a escritura da própria obra. É o romance que
se explica. O trecho também é uma digressão, pois interrompe-se a narrativa para a inserção
de elementos externos ao enredo. Nesse caso, a organização metalinguística do discurso.
B. O item está errado, pois todos os nomes citados no excerto, de certa forma, influencia-
ram a ficção machadiana. Do contrário, ele não os teria mencionado.
C. O item está correto, uma vez que Machado de Assis ultrapassa até o próprio realismo
e as correntes filosóficas da época.
D. O item está correto, pois Brás Cubas apresenta-se como um defunto autor, um morto que
escreve suas memórias sem incômodo algum de narrar seus fracassos e sua arrogância.
1
Ocorre-me, que é ao mesmo tempo uma correção de estilo. Cuido haver dito, no
capítulo XIV, que Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia. Viver não
é a mesma cousa de morrer; assim afirmam todos os joalheiros desse mundo, gente
muito vista na gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se não fossem os vos-
5 sos dixes e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos corações. Esta
é a reflexão imoral que eu pretendia fazer, a qual é ainda mais obscura do que imoral,
porque não se entende bem o que eu quero dizer. O que eu quero dizer é que a mais
bela testa do mundo não fica menos bela, se a cingir um diadema de pedras finas;
nem menos bela, nem menos amada. Marcela, por exemplo, que era bonita. Marcela
10 amou-me... (...)
... Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. (...)
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Penguim Classics
Companhia das Letras, 2014, p.83.
23ª QUESTÃO – Com base no fragmento acima e nos aspectos estilísticos da ficção
machadiana, marque a alternativa correta.
A. ( ) Não há passagem metalinguística no excerto.
B. ( ) A explicação dada pelo narrador não justifica a imoralidade de sua reflexão, tal
qual o título do capítulo.
C. ( ) A ideia contida em “Não morria, vivia” é irônica e consiste em explorar com hu-
mor a expressão “morrer de amores”.
D. ( ) Apesar de Machado de Assis ser considerado um autor realista, o fragmento
pode ser caracterizado como romântico.
Letra c.
A. O item está errado, pois ocorre metalinguagem no texto. O narrador, discutindo sua pró-
pria maneira de narrar, menciona um capítulo anterior e até se corrige (“Cuido haver dito no
capítulo XIV...”) No final, explica suas próprias expressões (“O que eu quero dizer é que...)
B. O item está errado porque há no fragmento uma reflexão imoral sobre o amor. É imoral
porque contraria a moral comum de que não se deve nem se pode conquistar amor com
dinheiro ou presentes.
C. O item está correto poque a ironia consiste em explorar com humor a expressão “morrer
de amores”, fazendo jogo com “viver de amores”, já que Marcela vivia à custa do amante.
D. O item está errado, pois há um elemento que se pode considerar antirromântico: é a
irônica negação de um dos maiores mitos românticos – o do amor puro e desinteressado.
Leia o texto abaixo para responder às questões 24 e 25.
1 Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito na vida?
Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la
muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua
mocidade nisso, a virilidade também, e, agora, que estava na velhice como ela o re-
5 compensava, como o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. [...]
Desde dezoito anos que o tal patriotismo o absorvia e por ele fizera a tolice de
estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem...
Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em
nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas
10 coisas de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio, e levou-o à
loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não
era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera
15 combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois
ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Ou-
tra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento
de decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio
20 do seu gabinete. [...]
Contudo quem sabe se outros lhe seguissem as pegadas não seriam mais feli-
zes? E logo respondeu a si mesmo: mas como? Se não se fizera comunicar, se nada
dissera e não prendera seu sonho, dando-lhe corpo e substância?
E esse seguimento adiantaria alguma coisa? E essa continuidade traria enfim
25 para a terra alguma felicidade? Há quantos anos vidas mais valiosas que a dele se
vinham oferecendo, sacrificando e as coisas ficaram na mesma, a terra na mesma
miséria, na mesma opressão, na mesma tristeza.
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: L&PM, 1998,
p. 286-289 (fragmento).
24ª QUESTÃO – Com base na leitura e interpretação do fragmento acima e da obra como
um todo, marque a alternativa correta.
A. ( ) O trecho apresenta dois retratos de Policarpo: o que caracterizou a sua vida e
aquele que surge diante da morte.
B. ( ) Ao refletir sobre sua trajetória, o protagonista se dá conta de que podia ter feito
muito mais em nome de seu patriotismo.
C. ( ) Policarpo Quaresma lamenta sua trajetória e seu ideal, mas tem esperança de
que suas ações serão perpetuadas em futuras gerações.
D. ( ) A esperança de dias melhores dá o tom do fragmento.
Letra a.
A. O item está correto e pode ser comprovado pelo texto, que traz características dos dois
retratos. Quando é preso e condenado, Quaresma percebe que se iludiu em relação ao
seu país e seu povo. Na reflexão amargurada de sua trajetória, passa a ter consciência
real do Brasil, de seus problemas e do mito a que se apegou em seu amor pela pátria.
B. O item está errado, pois, ao refletir sobre sua trajetória, o protagonista se dá conta do
que fez em nome de seu patriotismo. O seu patriotismo o levava a estudar “inutilidades”
sobre a pátria (conhecia os rios, sabia os nomes de heróis do país, aprendeu tupi-guara-
ni, valorizou o folclore nacional), a fazer incursões na agricultura e a lutar pela nação.
C. O item está errado, pois essa esperança logo se desfaz, uma vez que o conhecimento
que adquirira ao longo de sua vida não seria transmitido a ninguém, não teria seguidores
e não havia sido divulgado. Essa constatação é motivo para intensificar sua angústia.
D. O item está errado porque o fragmento é marcado pela amargura de ter falhado em
toda a sua empreitada. E pior: morrerá, vítima de um nacionalismo ingênuo.
25ª QUESTÃO – Ainda sobre o fragmento de Triste Fim de Policarpo Quaresma, marque
a alternativa correta.
A. ( ) Apesar de idealizar a pátria, Policarpo não tinha uma imagem idealizada do
povo brasileiro.
B. ( ) A transformação de Policarpo Quaresma destoa da intenção dos pré-modernis-
tas de criar uma consciência crítica para o país.
C. ( ) A amargura do personagem é mais forte no trecho inicial, quando a desesperan-
ça é apresentada.
D. ( ) Acusado de traição, Policarpo espera pela morte.
Letra d.
A. O item está errado porque Policarpo tinha sim uma imagem idealizada do povo brasi-
leiro. Idealizava a doçura do povo brasileiro. Ao participar da Revolta da Armada, perce-
beu que se tratava de uma ilusão que nutria a respeito da pátria e de seus habitantes. No
conflito, viu-os “combater como feras” e matarem “prisioneiros, inúmeros”.
B. O item está errado porque a transformação de Quaresma exemplifica a intenção dos
pré-modernistas, pois tal transformação vai do ufanismo à consciência crítica, simboli-
zando a mudança que se opera na literatura brasileira. Abandona-se a visão de pátria
idealizada, herdada do Romantismo, para a reflexão da realidade de forma crítica.
C. O item está errado porque a amargura do protagonista está mais evidente no trecho fi-
nal. Ele reflete de forma amargurada que, se seu ideal e conhecimento permanecessem,
provavelmente não serviriam para nada, já que outros tinham morrido e se sacrificado
pela pátria e, mesmo assim, a terra permanecia “na mesma miséria, na mesma opressão,
na mesma tristeza”.
D. O item está correto, pois Quaresma, de fato, foi acusado de traição. Preso, ele espera
pela morte e reflete com amargura sobre o nacionalismo ingênuo que o impediu de ver o
verdadeiro país que tanto defendeu.
Text
Police stop cars on a busy road in Moscow, Russia. The police want to help ducks.
The ducks try to cross the road. There are two ducks and twelve ducklings.
Other people help the police. They guide the ducks across the road. Drivers must
wait. The ducks get to the other side of the road. They walk to a park.
Ducks and swans live in ponds and lakes. People like to feed the ducks with
bread. However, bread is not good for ducks.
Ducks and swans want food from people. Due to this, ducks and swans cannot
find food themselves. It is a problem. Many people must stay at home because of the
coronavirus. Ducks and swans are very hungry.
Source: <https://www.newsinlevels.com/products/police-help-ducks-level-1/>.
26ª QUESTÃO – How many ducks try to cross the busy road in Moscow?
A. ( ) 22
B. ( ) 24
C. ( ) 14
D. ( ) 2
Letra c.
Quantos patos tentam atravessar a movimentada estrada em Moscou? O texto afirma, no
primeiro parágrafo: A polícia para carros em uma estrada movimentada em Moscou, na
Rússia. A polícia quer ajudar os patos. Os patos tentam atravessar a rua. São dois patos
e doze patinhos. Portanto, a letra (C) é a correta. Revise a grafia dos numerais em nosso
curso online.
Letra d.
O texto afirma: “(2º parágrafo) Outras pessoas ajudam a polícia. Eles guiam os patos pela
estrada. Os motoristas devem esperar. Os patos chegam ao outro lado da estrada. Eles
caminham até um parque. (3º parágrafo) Patos e cisnes vivem em lagoas e lagos. As pes-
soas gostam de alimentar os patos com pão. No entanto, o pão não é bom para os patos.
(4º parágrafo) Patos e cisnes querem comida das pessoas. Devido a isso, patos e cisnes
não conseguem encontrar comida sozinhos. Isso é um problema. Muitas pessoas devem
ficar em casa por causa do coronavírus. Patos e cisnes estão com muita fome”. Apenas
a letra (D) é correta: patos e cisnes não estão acostumados a procurar comida por conta
própria. As demais alternativas erram: (A) somente a polícia ajuda os patos a atravessar
a estrada; (B) motoristas e patos caminham até o parque; (C) pão é o alimento de que
os patos mais gostam.
28ª QUESTÃO – It can be deduced from the sentence “Ducks and swans are very hungry”
that these birds are starving because
A. ( ) they are sick.
B. ( ) most people cannot feed them.
C. ( ) bread is not good for them.
D. ( ) they walk a long distance.
Letra b.
Pode-se deduzir da frase “Patos e cisnes estão muito famintos” que estas aves estão fa-
mintas porque (B) a maioria das pessoas não pode alimentá-las. As demais erram: (A) elas
estão doentes; (C) pão não faz bem para elas; (D) elas caminham uma longa distância.
29ª QUESTÃO – The word “this” in “Due to this” refers to the fact that ducks and swans
A. ( ) depend on people to eat.
B. ( ) should not trust people.
C. ( ) are people’s best companions.
D. ( ) think people find food by themselves.
Letra a.
A palavra “isto” em “Devido a isto” refere-se ao fato de que patos e cisnes (A) dependem
das pessoas para comer. “Devido ao fato de que patos e cisnes querem comida das pes-
soas” (ou seja, dependem delas para se alimentar). As demais alternativas erram: (B) não
devem confiar em pessoas; (C) são as melhores companhias das pessoas; (D) pensam
que pessoas encontram comida sozinhas.
Source: <https://comicskingdom.com//beetle-bailey-1/2023-01-10>.
Letra a.
No primeiro quadro da tirinha: (soldado) O que é aquilo na sua sala? (sargento) Eu man-
dei construir. No segundo quadro, (sargento) Otto queria um closet fechado. Com base
na tirinha, pode-se dizer que (A) Otto é o cachorro de estimação do sargento. As demais
alternativas erram: (B) o sargento e Otto compartilham o mesmo closet; (C) o próprio sar-
gento construiu a casa; (D) o soldado acha o closet muito moderno.
Letra a.
De acordo com o art. 144, parágrafo quinto da Constituição Federal, às polícias militares
cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra A.
Letra d.
De acordo com o art. 3º, I, da Constituição Federal, constitui objetivo fundamental da Re-
pública Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
A. O pluralismo político é um fundamento da República Federativa do Brasil.
B. A dignidade da pessoa humana é um fundamento da República Federativa do Brasil.
C. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são um fundamento da República
Federativa do Brasil.
Letra b.
Nos termos do art. 15 da Constituição Federal, é vedada a cassação de direitos políticos,
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
Desse modo, pode-se afirmar que não constitui causa de suspensão ou de perda dos
direitos políticos a hipótese descrita na alternativa B.
Letra d.
De acordo com o art. 37, XIX, da Constituição Federal, somente por lei específica pode-
rá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
A. Segundo o art. 37, II, da Constituição Federal, o prazo de validade do concurso público
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Letra d.
De acordo com o art. 5º, LXXI, da Constituição Federal, conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de cará-
ter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judi-
cial ou administrativo;
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
Letra a.
A. Errada. É o art. 1º da LINDB:
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada.
Art. 1º (...)
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida,
se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a mo-
difique ou revogue.
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
Letra a.
A. Certa. É caput do art. 7º da LINDB:
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o come-
ço e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Art. 8º, § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja pos-
se se encontre a coisa apenhada.
DIREITOS HUMANOS
DANIEL BARBOSA
Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item III.
C. ( ) apenas os itens I e II.
D. ( ) todos os itens.
Letra d.
DUDH. Art. 3º Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
DUDH. Art. 4º Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico
de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
DUDH. Art. 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.
DUDH. Art. 6º Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido
como pessoa perante a lei.
Letra c.
DUDH. Art. 10. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e
deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
I – Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
II – Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, exceto
por delitos comuns conexos com delitos políticos.
III – Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração
do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá‐la a mulher
em estado de gravidez.
Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item III.
C. ( ) apenas os itens I e III.
D. ( ) todos os itens.
Letra c.
CADH. Art. 4.3 – Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam
abolido. (I – CORRETO)
CADH. Art. 4.4 – Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políti-
cos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos. (II – INCORRETO)
CADH. Art. 4.5 – Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da
perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a
mulher em estado de gravidez. (III – CORRETO)
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
MARCELO LEITE
41ª QUESTÃO – Uma maquete da viatura PM/MG foi construída utilizando a escala
1:125, tendo como base uma viatura real. Nessa maquete, o comprimento da viatura
corresponde a 12 cm. Então, o comprimento da viatura real corresponde a:
A. ( ) 15 centímetros.
B. ( ) 13 metros.
C. ( ) 14 metros.
D. ( ) 15 metros.
Letra d.
A fórmula da escala corresponde a:
Escala(E) =
Assim, teremos:
CR = 12 x 125
CR = 1.500 cm
Para transformar centímetro em metros, basta dividir por 100. Assim, teremos:
1.500 cm : 100 = 15 metros
Sabe-se que a média desses valores mencionados é igual a 12, então a quantidade de
registros ocorridos na quinta-feira é igual a:
A. ( ) 10.
B. ( ) 12.
C. ( ) 15.
D. ( ) 17.
Letra a.
A média aritmética é dada pela fórmula:
Média(ME) =
O autor cita que a média dos valores é igual a 12. Assim, teremos:
Média(ME) =
12 =
12 =
12.5 = 50 + X
60 = 50 + X
60 – 50 = X
10 = X
Letra b.
Representado as afirmações através de diagramas lógicos, teremos:
I – (A v B) →B
II – (A v B) ^ (~A ^ ~B)
III – (A→B) v (A ^ ~B)
Letra d.
I) (A v B) →B
A B AvB (A v B) → B
V V V V
V F V F
F V V V
F F F V
Perceba que a última coluna é representada por valores lógicos VERDADEIRO E FAL-
SO, logo se trata de uma contingência.
Perceba que a última coluna é representada por valores lógicos falsos, logo se trata de
uma contradição.
Perceba que a última coluna é representada por valores lógicos verdadeiros, logo se trata
de uma tautologia.
45ª QUESTÃO – A negativa da implicação “Se Marta é mineira, então ela gosta de quei-
jo” é equivalente a:
A. ( ) Se Marta é mineira, então ela não gosta de queijo.
B. ( ) Marta não é mineira e não gosta de queijo.
C. ( ) Marta é mineira, mas ela não gosta de queijo.
D. ( ) Marta é mineira ou ela não gosta de queijo.
Letra c.
A negação da condicional é dada por ~(A→B) = A ^(~B). Assim, a negativa da sentença
“Se Marta é mineira(A), então ela gosta de queijo(B)” é equivalente a “Marta é mineira(A),
mas ela não gosta de queijo(~B)”.
46ª QUESTÃO – Considere que, no 16º RPM, localizado em Unaí-MG, existe um reser-
vatório na forma de um paralelepípedo com 3 metros de comprimento, 4 metros de largu-
ra e 6 metros de altura, que inicialmente se encontra vazio. Para enchê-lo, será utilizado
caminhão pipa cuja capacidade é igual a 7.200 litros. Com base nessas informações, é
correto que a quantidade de caminhões que serão utilizados para encher completamente
o citado reservatório será igual a:
A. ( ) 10.
B. ( ) 12.
C. ( ) 14.
D. ( ) 16.
Letra a.
Inicialmente iremos calcular o volume do reservatório, e para isso, teremos que utilizar a
seguinte fórmula:
Volume = Comprimento x Largura x Altura
Volume = 3 metros x 4 metros x 6 metros = 72 m3
Como cada m3 corresponde a 1.000 litros, então 72 m3 corresponderão a 72 x 1.000 litros
= 72.000 litros.
O autor cita que serão utilizados caminhões pipas com capacidade igual a 7.200 litros.
Assim, o total de caminhões utilizados será igual a:
Letra b.
Considerando que:
L: Preço cobrado pelo kg de laranja.
B: Preço cobrado pelo kg de banana.
B=
B = R$ 3,00
48ª QUESTÃO – Em certo batalhão da Polícia Militar do estado de Minas Gerais, estão
lotados 13 soldados que são matemáticos. Dentre eles, 6 são mulheres e os demais são
homens. Sabe-se que um homem e uma mulher serão escolhidos aleatoriamente para
participarem de um estudo com o objetivo de determinar um modelo matemático que pro-
jeta o total de delitos ocorridos em determinado bairro. Com isso, é possível concluir que
o total de duplas que podem ser escolhidas nas condições citadas será igual a:
A. ( ) 13.
B. ( ) 18.
C. ( ) 34.
D. ( ) 42.
Letra d.
De acordo com o autor, as duplas serão formadas com a participação de uma mulher e
um homem. Assim, teremos:
Mulher: 6 mulheres
Homens: 7 homens
Mulher e Homem
Duplas = 6 possibilidades x 7 possibilidades = 42 possibilidades
49ª QUESTÃO – Considere que, em certo quartel, estão trabalhando hoje cinco oficiais
da Polícia Militar do estado de Minas Gerais, sendo 3 mulheres e os demais homens.
Dois desses oficiais serão escolhidos aleatoriamente para participarem do curso de “Trei-
namento em Selva”. A chance de que sejam escolhidas duas mulheres será igual a:
A. ( ) 20%.
B. ( ) 30%.
C. ( ) 40%.
D. ( ) 42%.
Letra b.
A fórmula da probabilidade é dada por:
P(Evento) =
Letra a.
O valor máximo de delitos ocorrerá quando a variável assumir o valor de X do vértice,
cuja fórmula é dada por:
Xv =
De acordo com o autor, o modelo matemático é definido por D(x) = -x2 + 30.x.
Assim, teremos:
a = 1; b = 30; c = 0.
Xv =
Xv = = 15