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SOLDADO 2ª CLASSE
G)
(PM va
/M
Língua Portuguesa; Literatura; Noções de Língua Inglesa; Noções de Direito;
Direitos Humanos; Raciocínio Lógico-Matemático;
RS pro
NOME:
CPF: IDENTIDADE:
LOCAL DE PROVA:
CIDADE:
a C o de SALA:
ba mat
3. Esta prova contém 50 (cinquenta) questões, valendo 2,5 (dois e meio) pontos cada e valor total de
100 (cem) pontos.
4. Para cada questão existe somente uma resposta correta.
ad do n
5. Responda as questões e marque a opção desejada na folha de respostas, usando caneta esferográ-
fica (tinta azul ou preta), de corpo transparente. Proibido o uso de lápis ou similares.
6. Não será admitido qualquer tipo de rasura na folha de respostas. As questões rasuradas, em branco
op
a
7. O tempo máximo permitido para a realização das provas de conhecimentos (objetiva e dissertativa)
será de 4 (quatro) horas, assim distribuídas: a) das 08h30min às 11h30min: resolução da prova objetiva
e o preenchimento da folha de respostas; b) das 11h31min às 12h30min: confecção da redação e trans-
crição na respectiva folha de resposta.
lic
ASSINATURA DO CANDIDATO
FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
CÓDIGO:
2422023635
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
2º Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais
PM/MG
CARGO:
Soldado 2ª Classe
MODELO/BANCA:
CRS (PM/MG)
EDITAL:
Pós-Edital
DATA DE APLICAÇÃO:
3/2023
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
5/2023
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
LÍNGUA PORTUGUESA
FIDELIS ALMEIDA
1 Mais uma vez Machado de Assis no vestibular. Dois capítulos de Dom Casmurro,
na prova de Português aí em São Paulo. Ao menos assim Machado vai sendo conhe-
cido, ou imposto, entre a meninada. Se entendi bem as questões propostas e as re-
soluções que saíram no “Fovest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme,
5 como nela insiste de maneira tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.
A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de Capitu. Apa-
receu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em 1967.
Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levantada
10 como simples quebra-cabeça, um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa
hora de folga e tédio.
Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan, machadiano de mão
cheia e olho agudíssimo. Pois nessa prova do vestibular, o drama do Bentinho se
15 apresenta como “centrado no ciúme doentio e na suposta traição de sua esposa”. Su-
posta? De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos? Dom Casmurro saiu em 1900. Machado morreu
em 1908. Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.
Leiam a carta do Graça Aranha, amigo pessoal do Machado: “Casada, teve por
20 amante o maior amigo do marido”. Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque. Dar
o Bentinho como “o nosso Otelo” é pura fantasia. Bestialógico mesmo. Um disparate
indigno de pisar no vestíbulo da universidade. Refinadíssimo escritor, mestre do su-
bentendido, virtuose da meia palavra, do understatement, Machado jamais desabaria
numa grosseira cena de alcova, como num flagrante policial de adultério.
25 Mas, se querem, o flagrante está no capítulo 113, Embargos de terceiros. No an-
terior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escondidos encontros com
Escobar. Bentinho era estéril – precisa prova maior? De onde então essa ideia pateta
de um Bentinho ingênuo e ciumento? Não é uma simples suspeita que está no capítu-
lo 99, O filho é a cara do pai. D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo. Está
30 na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo avesso. Ensi-
nar errado é pecado capital. Ouçam o Dalton. Quem insistir na tese do “enigma” não
lhe dirija a palavra. E de lambugem não me cumprimente. Machado merece respeito!
GRAN 4
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
3ª QUESTÃO – “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a
meninada. Se entendi bem as questões propostas e as resoluções que saíram no “Fo-
vest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme, como nela insiste de maneira
tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.” (l.2-5)
Respectivamente os vocábulos destacados no período acima são morfologicamente
classificados como
A. ( ) pronome, pronome, conjunção integrante.
B. ( ) advérbio, conjunção, pronome.
C. ( ) conjunção, pronome, conjunção.
D. ( ) preposição, pronome, advérbio.
4ª QUESTÃO – “No anterior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escon-
didos encontros com Escobar.” (l.25-27)
A função sintática do termo destacado em negrito é a de
A. ( ) adjunto adnominal.
B. ( ) objeto indireto.
C. ( ) adjunto adverbial
D. ( ) complemento nominal.
GRAN 5
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
GRAN 6
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
10ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a oração destacada no trecho não exem-
plifica oração reduzida.
A. ( ) “Apareceu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em
1967.” (l.7-8)
B. ( ) “...um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa hora de folga e
tédio.” (l.10-11)
C. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan...” (l.12-13)
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo
avesso.” (l.29-30)
14ª QUESTÃO – O texto Não traiam o Machado pertence ao gênero crônica em razão de
A. ( ) apresentar a defesa de um ponto de vista, com base em argumentos.
B. ( ) narrar eventos, ordenando-os de forma que sejam compreendidos pelo leitor.
C. ( ) analisar criticamente um fato comum, construindo concepções baseadas em ar-
gumentos, de forma humorada e descontraída.
D. ( ) descrever situações que envolvem um ou mais personagens.
GRAN 7
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
15ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada não pertence
ao modo indicativo.
A. ( ) “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções...” (l.3-4)
B. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda...” (l.9)
C. ( ) “Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque.” (l.20)
D. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)
16ª QUESTÃO – Entre as palavras destacadas, foi formada por um processo distinto
das demais:
A. ( ) “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a menina-
da.” (l.2-3)
B. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo...” (l.6-7)
C. ( ) “...que terá sido levantada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
D. ( ) “...é o Dalton Trevisan, machadiano de mão cheia e olho agudíssimo.” (l.13-14)
GRAN 8
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
20ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a frase não apresenta vício de linguagem.
A. ( ) O governador foi convidado para a inauguração da nova sede do governo.
B. ( ) Pela manhã os turistas viram o incêndio do prédio.
C. ( ) A boca dela proferiu duras palavras contra seus amigos.
D. ( ) O mais belo livro da biblioteca era guardado em um esconderijo.
LITERATURA
ANDRÉA CERQUEIRA
21ª QUESTÃO – Triste Fim de Policarpo Quaresma é o romance mais famoso escrito por
Lima Barreto. Leia o fragmento abaixo, pertencente ao romance em questão, e marque
alternativa correta.
1 De acordo com sua paixão dominante, Quaresma estivera muito tempo a meditar
qual seria a expressão poético-musical característica da alma nacional. Consultou
historiadores, cronistas e filósofos e adquiriu a certeza que era a modinha acompa-
nhada pelo violão. [...] Ricardo vinha justamente dar-lhe lição mas, antes disso, por
5 convite especial do discípulo, ia compartilhar o seu jantar; e fora por isso que o famo-
so trovador chegou mais cedo à casa do subsecretário.
[...]
E o jantar correu assim, nesse tom. Quaresma exaltando os produtos nacionais:
a banha, o toucinho e o arroz; a irmã fazia pequenas objeções e Ricardo dizia: “é, é,
10 não há dúvida” – rolando nas órbitas os olhos pequenos, franzindo a testa diminuta
que se sumia no cabelo áspero, forçando muito a sua fisionomia miúda e dura a ad-
quirir uma expressão sincera de delicadeza e satisfação.
Acabado o jantar foram ver o jardim. Era uma maravilha; não tinha nem uma flor.
Certamente não se podia tomar por tal míseros beijos-de-frade, palmas-de-santa-rita,
15 quaresmas lutulentas, manacás melancólicos e outros belos exemplares dos nossos
campos e prados. Como em tudo o mais, o major era em jardinagem essencialmente
nacional. Nada de rosas, de crisântemos, de magnólias – flores exóticas; as nossas
terras tinham outras mais belas, mais expressivas, mais olentes, como aquelas que
ele tinha ali.
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.
GRAN 9
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.
Qual a única característica que não pode ser inferida a partir da leitura do requerimento?
A. ( ) Ingenuidade.
B. ( ) Idealismo.
C. ( ) Nacionalismo e ufanismo exacerbado.
D. ( ) Pragmatismo.
GRAN 10
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
23ª QUESTÃO – Ainda em relação ao requerimento escrito por Quaresma, leia as alter-
nativas abaixo. Os argumentos descriminados impedem a adoção do tupi-guarani como
língua oficial, exceto um deles. Que argumento é esse?
A. ( ) A língua de um povo está ligada a aspectos fisiológicos das pessoas.
B. ( ) As línguas são aprendidas e construídas culturalmente.
C. ( ) O pedido de Policarpo é um desejo pessoal.
D. ( ) A língua é expressão e patrimônio de um povo.
1 Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo de-
pois de ver e ajustar a casa. Interrompeu, mas um ajuntamento, era um preto que
vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas
palavras:” – Não, perdão, meu senhor, meu senhor, perdão!" Mas o primeiro não fazia
5 caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
– Toma, diabo! diria ele; toma mais perdão, bêbado!
– Meu senhor! gemia o outro.
– Cala a boca, besta! replicava o vergalho.
Parei, olhei.... justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o
10 meu moleque Prudêncio – o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele
deteve-se logo e pediu-me a bênção: perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
– É, sim, nhonhô.
– Fez-te alguma coisa?
– É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, en-
15 quanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
– Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
– Pois não, nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui
caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente
20 perdido, aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos ca-
pítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo: mas
só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo
gaiato, fino e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das
pancadas recebidas, – transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe
25 um freio na boca, e desancava-o sem compaixão, ele gemia e sofria. Agora, porém,
que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar,
dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava comprou
um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam
as sutilezas do maroto!
MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 78.
GRAN 11
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
25ª QUESTÃO – Ainda com base no fragmento de Memórias Póstumas, marque a alter-
nativa que não contenha uma ironia ou metáfora.
A. ( ) “Segui meu caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões [...]”
B. ( ) “[...] ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera.”
C. ( ) “Logo que mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino e até
profundo.”
D. ( ) “O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas palavras [...]”
WHAT IS TASER?
Source: <https://www.northants.police.uk/police-forces/northamptonshire-police/areas/
northamptonshire-force-content/sd/stats-and-data/taser/>.
GRAN 12
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
27ª QUESTÃO – Taser-equipped police officers must choose when to use force:
A. ( ) exceeding the bounds of reason or moderation.
B. ( ) in a way that is not fair or acceptable.
C. ( ) in a way that shows good judgement.
D. ( ) beyond a normal or acceptable limit.
28ª QUESTÃO – The word “accountable” in “officers are individually accountable in law
for the amount of force they use” can be replaced, with no change in meaning, by:
A. ( ) irresponsible.
B. ( ) responsible.
C. ( ) immune.
D. ( ) guilty.
29ª QUESTÃO – “A small case usually made of leather and fixed on a belt or a strap, used
for carrying a weapon” is a possible definition of:
A. ( ) Taser.
B. ( ) physical restraint.
C. ( ) batons.
D. ( ) holster.
30ª QUESTÃO – The sentence “Extensive medical and scientific tests were carried out”
in the Active Voice is:
A. ( ) Someone will carry out extensive medical and scientific tests.
B. ( ) No one carried out extensive medical and scientific tests.
C. ( ) At least someone is carrying out extensive medical and scientific tests.
D. ( ) Someone carried out extensive medical and scientific tests.
31ª QUESTÃO – A constituição elaborada por uma pessoa ou pela classe dominante e
submetida a referendo popular, em relação à qual se exija, para alteração de suas normas
definidoras de direitos e garantidores, um processo legislativo mais dificultoso e, para o
restante, a observância do processo legislativo ordinário, pode ser classificada como:
A. ( ) constituição outorgada e constituição semirrígida.
B. ( ) constituição bonapartista e constituição semirrígida.
C. ( ) constituição outorgada e constituição formal.
D. ( ) constituição cesarista e constituição formal.
GRAN 13
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
GRAN 14
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
DIREITOS HUMANOS
DANIEL BARBOSA
38ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.
A. ( ) Ninguém será submetido à tortura, mas poderá ser submetido a
tratamento degradante.
B. ( ) Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
C. ( ) Todos são iguais perante a lei e têm direito, com distinções específicas, a igual
proteção da lei.
D. ( ) Apenas os mais vulneráveis devem receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais.
GRAN 15
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
39ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.
Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item II.
C. ( ) apenas o item III.
D. ( ) todos os itens.
40ª QUESTÃO – De acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assi-
nale a alternativa INCORRETA.
A. ( ) Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser pro-
tegido pela lei e, em geral, desde o momento do nascimento. Ninguém pode ser
privado da vida arbitrariamente.
B. ( ) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser im-
posta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada
antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a
delitos aos quais não se aplique atualmente.
C. ( ) Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
D. ( ) Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos políticos.
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
DIEGO RIBEIRO
GRAN 16
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
46ª QUESTÃO – Sabendo que, em um restaurante com 150 pessoas, 64% comeram o
prato principal, 54 comeram a sobremesa e 25 comeram apenas a entrada, considerando
o total presentes, qual a fração que representa as pessoas que comeram o prato principal
ou a sobremesa?
A. ( ) 1/3.
B. ( ) 1/6.
C. ( ) 1/5.
D. ( ) 5/6.
GRAN 17
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
47ª QUESTÃO – Seja a1 o primeiro termo de uma P.A. de razão 2 e, também, o primeiro
termo de uma P.G. de razão 3, para que o 161º termo da P.A. seja igual ao 5º termo da
P.G., o valor de a1 deve ser:
A. ( ) 3.
B. ( ) 4.
C. ( ) 2.
D. ( ) 1.
49ª QUESTÃO – Sabendo que as proposições “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci
não é o deus do sol” e “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua” são falsas
e que a proposição “Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais” é
verdadeira, não podemos concluir que:
A. ( ) ou Jaci é irmã ou ela é esposa de Tupã.
B. ( ) Guaraci é o deus do sol e Jaci é irmã de Tupã.
C. ( ) Jaci não é esposa de Tupã ou Sumé não é o deus da lua.
D. ( ) Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais.
GRAN 18
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
2º SIMULADO
Soldado 2ª Classe
GABARITO
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LÍNGUA PORTUGUESA
FIDELIS ALMEIDA
1 Mais uma vez Machado de Assis no vestibular. Dois capítulos de Dom Casmurro,
na prova de Português aí em São Paulo. Ao menos assim Machado vai sendo conhe-
cido, ou imposto, entre a meninada. Se entendi bem as questões propostas e as re-
soluções que saíram no “Fovest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme,
5 como nela insiste de maneira tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.
A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de Capitu. Apa-
receu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em 1967.
Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levantada
10 como simples quebra-cabeça, um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa
hora de folga e tédio.
Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan, machadiano de mão
cheia e olho agudíssimo. Pois nessa prova do vestibular, o drama do Bentinho se
15 apresenta como “centrado no ciúme doentio e na suposta traição de sua esposa”. Su-
posta? De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos? Dom Casmurro saiu em 1900. Machado morreu
em 1908. Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.
Leiam a carta do Graça Aranha, amigo pessoal do Machado: “Casada, teve por
20 amante o maior amigo do marido”. Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque. Dar
o Bentinho como “o nosso Otelo” é pura fantasia. Bestialógico mesmo. Um disparate
indigno de pisar no vestíbulo da universidade. Refinadíssimo escritor, mestre do su-
bentendido, virtuose da meia palavra, do understatement, Machado jamais desabaria
numa grosseira cena de alcova, como num flagrante policial de adultério.
25 Mas, se querem, o flagrante está no capítulo 113, Embargos de terceiros. No an-
terior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escondidos encontros com
Escobar. Bentinho era estéril – precisa prova maior? De onde então essa ideia pateta
de um Bentinho ingênuo e ciumento? Não é uma simples suspeita que está no capítu-
lo 99, O filho é a cara do pai. D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo. Está
30 na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo avesso. Ensi-
nar errado é pecado capital. Ouçam o Dalton. Quem insistir na tese do “enigma” não
lhe dirija a palavra. E de lambugem não me cumprimente. Machado merece respeito!
GRAN 21
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
Letra c.
A. Errada. Segundo o texto, o fato de o vestibular abordar obras de Machado de Assis no
vestibular é benéfico, porque dessa forma os jovens podem tomar contato com o grande
escritor. Assim, depreende-se que os romances de Machado de Assis não são populares
entre os jovens vestibulandos.
B. Errada. Segundo o texto, Dalton Trevisan rebate a ideia de que Capitu não traiu Bentinho.
C. Certa. Trata-se da ideia central do texto: Capitu traiu Bentinho, não se trata apenas de
uma interpretação gerada pelo ciúme dele.
D. Errada. O texto não assinala que Dom Casmurro apresenta indícios de que Capitu não
traiu Bentinho.
Letra d.
A. Errada. O consenso entre os críticos até 1908 fortalece a ideia de que Capitu
traiu Bentinho.
B. Errada. Se Bentinho era estéril, não podia gerar filhos. Logo, os filhos eram fruto
de traição.
C. Errada. Se D. Glória rejeita o neto putativo (atribuído a outra pessoa, no caso, a Ben-
tinho), isso sinaliza que ela sentiu que a criança não era seu neto realmente.
D. Certa. Não constitui argumento que fortaleça a ideia de que Capitu traiu Bentinho.
GRAN 22
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
3ª QUESTÃO – “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a
meninada. Se entendi bem as questões propostas e as resoluções que saíram no “Fo-
vest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme, como nela insiste de maneira
tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.” (l.2-5)
Respectivamente os vocábulos destacados no período acima são morfologicamente
classificados como
A. ( ) pronome, pronome, conjunção integrante.
B. ( ) advérbio, conjunção, pronome.
C. ( ) conjunção, pronome, conjunção.
D. ( ) preposição, pronome, advérbio.
Letra c.
O vocábulo “se” é conjunção subordinativa condicional porque introduz a oração subor-
dinada adverbial condicional “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções”.
O vocábulo “que” é pronome relativo, substitui o termo “as questões propostas e as
resoluções”. O último vocábulo destacado é uma conjunção subordinativa consecutiva,
porquanto introduz a oração subordinada adverbial consecutiva “que nem admite som-
bra de controvérsia”.
4ª QUESTÃO – “No anterior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escon-
didos encontros com Escobar.” (l.25-27)
A função sintática do termo destacado em negrito é a de
A. ( ) adjunto adnominal.
B. ( ) objeto indireto.
C. ( ) adjunto adverbial
D. ( ) complemento nominal.
Letra d.
O termo destacado é sintaticamente complemento nominal de “encontro”, porquanto
completa o sentido desse substantivo: Encontro com quem? Com Escobar. Não pode ser
adjunto adnominal porque não especifica ou restringe o sentido desse nome. Nem ainda
objeto indireto porque não completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Por não
indicar uma circunstância, não pode ser adjunto adverbial.
Letra d.
GRAN 23
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
Letra b.
A. Errada. O vocábulo “que” é pronome relativo, retoma “as questões propostas e as
resoluções”.
B. Certa. O vocábulo “que” é conjunção integrante, introduz a oração subordinada subs-
tantiva completiva nominal “de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho paranoica-
mente ciumento qual Otelo”, a qual integra o sentido de “hipótese”.
C. Errada. O vocábulo “que” é pronome relativo, retoma “hipótese”.
D. Errada. O vocábulo destacado é conjunção subordinativa consecutiva, introduz a ora-
ção subordinativa consecutiva “que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan,
machadiano de mão cheia e olho agudíssimo”.
GRAN 24
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
Letra a.
Em A, a primeira vírgula isola expressão coordenada. Em B, C e D, a primeira vírgula
isola aposto explicativo.
Letra c.
Os vocábulos “capítulos” e “despropósito” são graficamente acentuados por
serem proparoxítonas.
O vocábulo “Português” é graficamente acentuado por ser oxítona terminada em e segui-
do ou não de s.
O vocábulo “saíram” é graficamente acentuado por apresentar hiato entre a vogal i, tônica
e não seguida de nh, e a vogal da sílaba anterior.
Os vocábulos “está” e “terá” são graficamente acentuados por serem oxítonas termina-
das em a seguido ou não de s.
Os vocábulos “próprio”, “história”, “adultério” e “ingênuo” são graficamente acentuados
por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral seguido ou não de s.
O vocábulo “estéril” é graficamente acentuado por ser paroxítona terminada em l.
O vocábulo “avó” é graficamente acentuado por ser oxítona terminada em o seguido
ou não de s.
Letra b.
Em A, C e D, as expressões destacadas constituem orações porque estão sintaticamen-
te organizadas em torno de um verbo (respectivamente “traiu”, “está” e “virar”). Em B, a
expressão não constitui uma oração, porquanto não se estrutura em torno de um verbo.
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10ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a oração destacada no trecho não exem-
plifica oração reduzida.
A. ( ) “Apareceu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em
1967.” (l.7-8)
B. ( ) “...um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa hora de folga e
tédio.” (l.10-11)
C. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan...” (l.12-13)
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo
avesso.” (l.29-30)
Letra c.
Uma oração reduzida é aquela não encabeçada por elemento coesivo e com verbo numa
das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Quando a oração vem encabeça-
da por elemento coesivo e com verbo flexionado, diz-se que é desenvolvida.
A. Errada. Trata-se de oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio.
Veja-se sua correspondente forma desenvolvida:
que foi publicado em 1967
B. Errada. Trata-se de oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. Veja-se
sua correspondente forma desenvolvida:
pra que se descanse o espírito numa hora de folga e tédio
C. Certa. Trata-se de oração subordinada adverbial consecutiva desenvolvida, por-
quanto é encabeçada por conjunção subordinativa (“que”) e apresenta verbo na forma
finita (“desmente”).
D. Errada. Trata-se de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infiniti-
vo. Veja-se sua correspondente forma desenvolvida:
que se vire o romance e o Machado pelo avesso
Letra b.
Linguagem figurada é a linguagem empregada fora de seu sentido usual, próprio, dicio-
narizado, a fim de indicar uma outra ideia, ampliando-se o sentido inicial próprio.
Em A, C e D, as palavras ou expressões foram empregadas em seu sentido próprio, de-
notativo, dicionarizado. Em B, a expressão “vozes” foi empregada em sentido figurado,
significando “pessoas”.
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Letra a.
A. Certa. O vocábulo destacado é um pronome relativo, desempenha a função sintática
de sujeito (que terá sido levantada = a hipótese gratuita e absurda terá sido levantada).
B. Errada. O vocábulo destacado é uma preposição, portanto não desempenha nenhuma
função sintática.
C. Errada. O vocábulo destacado é uma preposição, portanto não desempenha nenhuma
função sintática.
D. Errada. O vocábulo destacado é uma conjunção subordinativa condicional, portanto
não desempenha nenhuma função sintática.
Letra a.
A. Certa. A expressão destacada não indica circunstância, portanto não pode exemplifi-
car uma locução adverbial.
B. Errada. A expressão destacada é locução adverbial em relação a “Apareceu”,
indica afirmação.
C. Errada. A expressão destacada é locução adverbial em relação a “fica”, indica causa.
D. Errada. A expressão destacada é locução adverbial em relação a “tiraram”, indica lugar.
14ª QUESTÃO – O texto Não traiam o Machado pertence ao gênero crônica em razão de
A. ( ) apresentar a defesa de um ponto de vista, com base em argumentos.
B. ( ) narrar eventos, ordenando-os de forma que sejam compreendidos pelo leitor.
C. ( ) analisar criticamente um fato comum, construindo concepções baseadas em ar-
gumentos, de forma humorada e descontraída.
D. ( ) descrever situações que envolvem um ou mais personagens.
Letra c.
A. Errada. O fato de um texto apresentar a defesa de um ponto de vista não o torna obri-
gatoriamente uma crônica.
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B. Errada. O fato de um texto narrar eventos não o torna obrigatoriamente uma crônica.
C. Certa. De fato, uma crônica é caracterizada por, partindo de um fato comum, do coti-
diano, construir uma argumentação de forma humorada, descontraída.
D. Errada. Uma crônica não se caracteriza pela descrição de situações que envolvam um
ou mais personagens.
15ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada não pertence
ao modo indicativo.
A. ( ) “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções...” (l.3-4)
B. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda...” (l.9)
C. ( ) “Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque.” (l.20)
D. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)
Letra c.
O modo indicativo é o modo verbal em que a ação é apresentada segundo o aspecto de
sua efetiva ocorrência, isto é, não se supõe que ela não possa ocorrer. Em A, B e D, as for-
mas verbais destacadas pertencem ao modo indicativo, respectivamente pretérito perfeito
do indicativo, pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo. Em C, a forma verbal
pertence ao modo imperativo, o qual expressa ordem, sugestão, conselho, pedido, etc.
16ª QUESTÃO – Entre as palavras destacadas, foi formada por um processo distinto
das demais:
A. ( ) “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a menina-
da.” (l.2-3)
B. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo...” (l.6-7)
C. ( ) “...que terá sido levantada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
D. ( ) “...é o Dalton Trevisan, machadiano de mão cheia e olho agudíssimo.” (l.13-14)
Letra c.
Em A, B e D, os vocábulos destacados foram formados por derivação sufixal, respecti-
vamente a partir de “menino”, “paranoico” e “Machado”. Em C, a palavra foi formada por
composição por justaposição, a partir de “quebra” e “cabeça”, sem que que haja alteração
fonética dos vocábulos originais.
Letra c.
O vocábulo “imberbes” significa “sem barba”.
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Letra a.
Ocorre a figura de linguagem denominada metonímia em A, quando o autor emprega o
autor em lugar de sua obra (“Mais uma vez Machado de Assis no vestibular” significa que
mais uma vez a obra de Machado de Assis estava sendo abordada no vestibular).
Letra c.
O pronome oblíquo “o” (e suas variações de gênero e número) exerce sintaticamente a
função de objeto direto. Já o pronome oblíquo “lhe” (e sua variação de plural), em função
de complemento verbal, exerce a função sintática de objeto indireto.
A. Errada. O termo “o próprio Machado” é sintaticamente objeto direto de “desmente”,
portanto deve ser substituído pelo pronome “o”. Entretanto, a presença da conjunção
subordinativa consecutiva “que” provoca a próclise no trecho. Veja-se:
...e tão mal contada que o desmente...
B. Errada. O termo “o adultério de Capitu” é sintaticamente objeto direto de “negar”, por-
tanto deve ser substituído pelo pronome “o”, não “lho”, contração dos pronomes oblíquos
lhe e o. A forma pronominal “lo” é empregada somente se o pronome “o” se liga ao final
de verbo terminado em r, s ou z. Veja-se:
Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negá-lo.
C. Certa. O termo “os escondidos encontros com Escobar” é sintaticamente objeto direto
de “revela”, portanto deve ser substituído pelo pronome “os”.
D. Errada. O termo “o romance e o Machado” é sintaticamente objeto direto de “virar”,
portanto deve ser substituído pelo pronome “os”, cuja variante “los” é empregada somen-
te se o pronome “os” se liga ao final de verbo terminado em r, s ou z. Veja-se:
Está na cara que nenhuma razão justifica virá-los pelo avesso.
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20ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a frase não apresenta vício de linguagem.
A. ( ) O governador foi convidado para a inauguração da nova sede do governo.
B. ( ) Pela manhã os turistas viram o incêndio do prédio.
C. ( ) A boca dela proferiu duras palavras contra seus amigos.
D. ( ) O mais belo livro da biblioteca era guardado em um esconderijo.
Letra d.
A. Errada. Ocorre pleonasmo em “inauguração da nova”, uma vez que somente pode ser
inaugurado aquilo que é novo.
B. Errada. Ocorre ambiguidade. Pode-se entender que os turistas viram o incêndio atingir
o prédio ou que eles, do prédio, observavam o incêndio.
C. Errada. Ocorre cacofonia em “boCA DELA”.
D. Certa. Não ocorre qualquer vício de linguagem na frase.
LITERATURA
ANDRÉA CERQUEIRA
21ª QUESTÃO – Triste Fim de Policarpo Quaresma é o romance mais famoso escrito por
Lima Barreto. Leia o fragmento abaixo, pertencente ao romance em questão, e marque
alternativa correta.
1 De acordo com sua paixão dominante, Quaresma estivera muito tempo a meditar
qual seria a expressão poético-musical característica da alma nacional. Consultou
historiadores, cronistas e filósofos e adquiriu a certeza que era a modinha acompa-
nhada pelo violão. [...] Ricardo vinha justamente dar-lhe lição mas, antes disso, por
5 convite especial do discípulo, ia compartilhar o seu jantar; e fora por isso que o famo-
so trovador chegou mais cedo à casa do subsecretário.
[...]
E o jantar correu assim, nesse tom. Quaresma exaltando os produtos nacionais:
a banha, o toucinho e o arroz; a irmã fazia pequenas objeções e Ricardo dizia: “é, é,
10 não há dúvida” – rolando nas órbitas os olhos pequenos, franzindo a testa diminuta
que se sumia no cabelo áspero, forçando muito a sua fisionomia miúda e dura a ad-
quirir uma expressão sincera de delicadeza e satisfação.
Acabado o jantar foram ver o jardim. Era uma maravilha; não tinha nem uma flor.
Certamente não se podia tomar por tal míseros beijos-de-frade, palmas-de-santa-rita,
15 quaresmas lutulentas, manacás melancólicos e outros belos exemplares dos nossos
campos e prados. Como em tudo o mais, o major era em jardinagem essencialmente
nacional. Nada de rosas, de crisântemos, de magnólias – flores exóticas; as nossas
terras tinham outras mais belas, mais expressivas, mais olentes, como aquelas que
ele tinha ali.
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.
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Letra b.
A. O item está errado, pois foi o nacionalismo de Quaresma que o aproximou de Ricardo
Coração dos Outros, que ensinava o Major a tocar modinhas, uma vez que descobrira a
brasilidade dessas de modinhas tocadas no violão.
B. O item está correto. O narrador, de fato, jocosamente emite seu juízo de valor sobre o
jardim: Era uma maravilha. Não tinha nem uma flor.
C. O item está errado, pois o primeiro parágrafo relata a busca do Major pela expressão
poético-musical característica da alma nacional, ou seja, a busca por uma composição
genuinamente brasileira.
D. O item está errado, pois o Major “Como em tudo o mais, o major era em jardinagem
essencialmente nacional.” Beijos-de-frade, palmas-de-santa-rita, quaresmas lutulentas,
manacás melancólicos, segundo o Major, eram as mais belas, expressivas e olentes de
nossa terra.
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povos que aqui viveram e ainda vivem, portanto possuidores da organização fisio-
20 lógica para que tendemos, evitando-se dessa forma as estéreis controvérsias gra-
maticais, oriundas de uma difícil adaptação de uma língua de outra região à nossa
organização cerebral e ao nosso aparelho vocal – controvérsias que tanto empecem
o progresso da nossa cultura literária, científica e filosófica.
Seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar
25 semelhante medida e cônscio de que a Câmara e o Senado pesarão o seu alcance
e utilidade.
P.e E. deferimento”
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.
Qual a única característica que não pode ser inferida a partir da leitura do requerimento?
A. ( ) Ingenuidade.
B. ( ) Idealismo.
C. ( ) Nacionalismo e ufanismo exacerbado.
D. ( ) Pragmatismo.
Letra d.
A. A característica da ingenuidade se aplica não somente ao requerimento, como tam-
bém ao caráter do Quaresma.
B. O idealismo se faz presente em praticamente todo o romance, já que Major Quaresma
enxerga a pátria como algo ideal e perfeito.
C. O nacionalismo exagerado e a exaltação da terra se fazem muito marcantes na primei-
ra parte da obra, da qual o requerimento faz parte.
D. O pragmatismo não se aplica, uma vez que decretar o tupi-guarani como língua oficial
não é viável. A língua portuguesa já estava consolidada.
23ª QUESTÃO – Ainda em relação ao requerimento escrito por Quaresma, leia as alter-
nativas abaixo. Os argumentos descriminados impedem a adoção do tupi-guarani como
língua oficial, exceto um deles. Que argumento é esse?
A. ( ) A língua de um povo está ligada a aspectos fisiológicos das pessoas.
B. ( ) As línguas são aprendidas e construídas culturalmente.
C. ( ) O pedido de Policarpo é um desejo pessoal.
D. ( ) A língua é expressão e patrimônio de um povo.
Letra a.
A. O argumento não impede a adoção do tupi, pois o aparelho fonador e o sistema cog-
nitivo permitem que o usuário esteja apto a aprender qualquer língua e não apenas uma
determinada língua.
B. O argumento impede a adoção do tupi, pois, para que uma língua seja apreendida, é
preciso que os falantes interajam socialmente.
C. O argumento impede a adoção do tupi como língua oficial, já que não expressa o pen-
samento coletivo, mas sim apenas um desejo de Quaresma.
D. O argumento impede a adoção do tupi, pois a língua reflete a cultura de um povo e o
tupi-guarani não era a única língua indígena falada no Brasil.
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1 Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo de-
pois de ver e ajustar a casa. Interrompeu, mas um ajuntamento, era um preto que
vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas
palavras:” – Não, perdão, meu senhor, meu senhor, perdão!" Mas o primeiro não fazia
5 caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
– Toma, diabo! diria ele; toma mais perdão, bêbado!
– Meu senhor! gemia o outro.
– Cala a boca, besta! replicava o vergalho.
Parei, olhei.... justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o
10 meu moleque Prudêncio – o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele
deteve-se logo e pediu-me a bênção: perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
– É, sim, nhonhô.
– Fez-te alguma coisa?
– É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, en-
15 quanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
– Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
– Pois não, nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui
caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente
20 perdido, aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos ca-
pítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo: mas
só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo
gaiato, fino e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das
pancadas recebidas, – transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe
25 um freio na boca, e desancava-o sem compaixão, ele gemia e sofria. Agora, porém,
que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar,
dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava comprou
um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam
as sutilezas do maroto!
MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 78.
Letra c.
A. O item está errado porque Brás Cubas acha graça no episódio e compreende a causa
da atitude de Prudêncio.
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B. O item está errado porque o narrador atribui as atitudes de Prudêncio (bater em seu
escravo) a uma forma de descontar as pancadas que recebera do narrador.
C. O item está correto, pois Prudêncio, depois de livre, escravizou outra pessoa como
uma forma de vingança, desfazendo-se das pancadas recebidas, transmitindo-as a
outro. Era uma forma de vingar-se de sua antiga condição de cativo, maltratado pelo
próprio narrador.
D. O item está errado, pois, mesmo livre, Prudêncio matinha respeito e submissão ao
narrador: “– Pois não, nhonhô manda, não pede.”
25ª QUESTÃO – Ainda com base no fragmento de Memórias Póstumas, marque a alter-
nativa que não contenha uma ironia ou metáfora.
A. ( ) “Segui meu caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões [...]”
B. ( ) “[...] ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera.”
C. ( ) “Logo que mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino e até
profundo.”
D. ( ) “O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas palavras [...]”
Letra d.
A. O item apresenta uma metáfora:” a cavar cá dentro:”: refletir profundamente, rememorando.
B. O item apresenta a ironia/metáfora: ia vingando-se do escravo por ter sido maltratado.
C. O item apresenta a metáfora: “meti mais dentro a faca do raciocínio”: o processo de
raciocinar é comparado à dissecação.
D. O item não apresenta nem metáfora nem ironia. A linguagem nele é predominante-
mente denotativa (sentido real).
WHAT IS TASER?
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The decision on which measure to use often depends upon the situation, but Taser
will often be the safest way to reach a safe resolution. In most cases involving Taser,
the mere threat of its use has been enough to de-escalate a situation and reach a
peaceful resolution.
Source: <https://www.northants.police.uk/police-forces/northamptonshire-police/areas/
northamptonshire-force-content/sd/stats-and-data/taser/>.
Letra a.
Na opinião do autor, Taser: (A ) frequentemente será a maneira mais segura de chegar
a uma resolução segura. Frase localizada no 5º parágrafo: Taser will often be the safest
way to reach a safe resolution [O Taser geralmente é a maneira mais segura de chegar a
uma resolução segura]. As demais alternativas erram: (B) raramente deve ser usado para
alcançar uma resolução segura; (C) é totalmente seguro contra indivíduos violentos ou
perigosos; (D) é a única maneira de chegar a uma resolução segura.
27ª QUESTÃO – Taser-equipped police officers must choose when to use force:
A. ( ) exceeding the bounds of reason or moderation.
B. ( ) in a way that is not fair or acceptable.
C. ( ) in a way that shows good judgement.
D. ( ) beyond a normal or acceptable limit.
Letra c.
Policiais equipados com Taser devem escolher quando usar a força (C) de uma forma que
mostra bom senso. O 4º parágrafo afirma, “Oficiais equipados com um Taser não o usam
levianamente. Eles são treinados para avaliar e reavaliar continuamente uma situação e
devem decidir sobre o uso da força mais razoável e necessário nas circunstâncias”. As
demais alternativas erram: (A) excedendo os limites da razão ou moderação; (B) de uma
forma que não seja justa ou aceitável; (D) além de um limite normal ou aceitável.
28ª QUESTÃO – The word “accountable” in “officers are individually accountable in law
for the amount of force they use” can be replaced, with no change in meaning, by:
A. ( ) irresponsible.
B. ( ) responsible.
C. ( ) immune.
D. ( ) guilty.
Letra b.
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A palavra “responsável” em “os oficiais são individualmente responsáveis por lei pela
quantidade de força que usam” pode ser substituída, sem alteração de significado, por
(B) responsável. As demais erram: (A) irresponsável; (C) imune; (D) culpado.
29ª QUESTÃO – “A small case usually made of leather and fixed on a belt or a strap, used
for carrying a weapon” is a possible definition of:
A. ( ) Taser.
B. ( ) physical restraint.
C. ( ) batons.
D. ( ) holster.
Letra d.
“Um pequeno estojo geralmente feito de couro e preso a um cinto ou correia, usado para
carregar uma arma” é uma possível definição de (D) coldre. As demais alternativas erram:
(A) Taser; (B ) contenção física; (C) bastões.
30ª QUESTÃO – The sentence “Extensive medical and scientific tests were carried out”
in the Active Voice is:
A. ( ) Someone will carry out extensive medical and scientific tests.
B. ( ) No one carried out extensive medical and scientific tests.
C. ( ) At least someone is carrying out extensive medical and scientific tests.
D. ( ) Someone carried out extensive medical and scientific tests.
Letra d.
A frase na voz ativa é (D) Alguém realizou amplos testes médicos e científicos. As demais
alternativas erram: (A) Alguém realizará amplos testes médicos e científicos; (B) Ninguém
realizou amplos testes médicos e científicos; (C) Pelo menos alguém está realizando
amplos testes médicos e científicos; Lembrete: para transpor uma frase da voz ativa para
a voz passiva, e vice-versa, pense em português. A ideia é a mesma. Se digo, “Amplos
testes médicos e científicos foram realizados”, na voz ativa, “Alguém realizou amplos
testes médicos e científicos”.
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31ª QUESTÃO – A constituição elaborada por uma pessoa ou pela classe dominante e
submetida a referendo popular, em relação à qual se exija, para alteração de suas normas
definidoras de direitos e garantidores, um processo legislativo mais dificultoso e, para o
restante, a observância do processo legislativo ordinário, pode ser classificada como:
A. ( ) constituição outorgada e constituição semirrígida.
B. ( ) constituição bonapartista e constituição semirrígida.
C. ( ) constituição outorgada e constituição formal.
D. ( ) constituição cesarista e constituição formal.
Letra b.
As constituições elaboradas por uma pessoa ou por um grupo dominante e submetida a
referendo popular denominam-se constituição cesarista ou bonapartista. Por sua vez, a
constituição em que parte de suas normas são alteradas por meio de um processo legis-
lativo mais dificultoso e o restante, a partir do processo legislativo ordinário, é chamada
de semirrígida.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra B.
Letra b.
De acordo com o art. 60, parágrafo quarto da Constituição Federal, não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Atente-se para o fato de que a forma republicana de governo não figura no rol de cláusu-
las pétreas, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra B.
GRAN 37
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Letra d.
De acordo com o art. 5º, XXVI, da Constituição Federal, a pequena propriedade rural, as-
sim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
A. Segundo o art. 5º, LI, da Constituição Federal, nenhum brasileiro será extraditado, sal-
vo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de com-
provado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
B. A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
democrático constitui crime inafiançável e imprescritível.
C. A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de re-
clusão, nos termos da lei.
Letra a.
Nos termos do art. 86, parágrafo quarto da Constituição Federal, o Presidente da Repú-
blica, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra A.
Em relação à alternativa D, destaque-se que o presidente da República somente pode
ser preso em caso de sentença condenatória.
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Letra d.
De acordo com o art. 144, parágrafo primeiro, III, da Constituição Federal, compete à Po-
lícia Federal exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
A. Os servidores públicos com atuação nos órgãos de segurança pública não podem
exercer o direito de greve.
B. Compete ao Corpo de Bombeiros Militar a execução das atividades de defesa civil.
C. Ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares, cabem à Polícia Civil.
Letra a.
A. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 2º, não
se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revo-
gue. Ou seja, as leis brasileiras têm caráter permanente, como regra geral. Seguem em
vigor até que se publique uma outra lei que a modifique ou revogue. As leis temporárias
já trazem expresso seu tempo de validade.
B. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 1o, §
1o, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-
GRAN 39
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-se três meses depois de oficialmente publicada, sendo que a lei começa a vigorar em
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, se for no país e salvo
disposição em contrário.
C. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 3o, nin-
guém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. A lei, depois de tornada
pública, através de publicação oficial, passa a vigorar para todos, não podendo ninguém
alegar ignorância para justificar seu descumprimento.
D. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 8o,
para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do
país em que estiverem situados. A qualificação dos bens e os atos referentes a eles obe-
decem à lei do país onde se encontram, e não a do domicílio dos proprietários.
Letra d.
A. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 2º,
parágrafo 1º, a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quan-
do seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a
lei anterior.
B. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 22, na
interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem pre-
juízo dos direitos dos administrados.
C. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 26,
para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa
poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta
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DIREITOS HUMANOS
DANIEL BARBOSA
38ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.
A. ( ) Ninguém será submetido à tortura, mas poderá ser submetido a
tratamento degradante.
B. ( ) Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
C. ( ) Todos são iguais perante a lei e têm direito, com distinções específicas, a igual
proteção da lei.
D. ( ) Apenas os mais vulneráveis devem receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais.
Letra b.
A. Errada.
DUDH. Art. 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel
desumano ou degradante.
B. Certa.
DUDH. Art. 6º Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhe-
cido como pessoa perante a lei.
C. Errada.
DUDH. Art. 7º Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a
igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação
que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
D. Errada.
DUDH. Art. 8º Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais com-
petentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
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39ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.
Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item II.
C. ( ) apenas o item III.
D. ( ) todos os itens.
Letra d.
DUDH. Art. 17.1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade
com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
DUDH. Art. 18. Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou
em particular.
40ª QUESTÃO – De acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assi-
nale a alternativa INCORRETA.
A. ( ) Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser pro-
tegido pela lei e, em geral, desde o momento do nascimento. Ninguém pode ser
privado da vida arbitrariamente.
B. ( ) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser im-
posta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada
antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a
delitos aos quais não se aplique atualmente.
C. ( ) Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
D. ( ) Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos políticos.
Letra a.
A CADH adota a teoria concepcionista no que tange à proteção à vida. Em geral, a vida
é protegida desde o momento da concepção.
CADH. Art. 4.1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito
deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém
pode ser privado da vida arbitrariamente.
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4.2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser
imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes
de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos
quais não se aplique atualmente.
4.3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
4.4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos políticos.
4.5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração
do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em
estado de gravidez.
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
DIEGO RIBEIRO
Letra d.
2x2– 10 = 8x
Dividindo por 2 ambos os lados da equação, temos:
x2– 5 = 4x
x2 – 4x - 5 = 4x
a=1
b=-4
c=-5
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Letra a.
Vamos trabalhar conversão.
Da esquerda para direita, cada “casa” multiplica-se por 103 = 1000 e, da direita para es-
querda, divide-se por 1000.
hm³ para m³: andamos duas casas para a direita. Logo, devemos multiplicar por 103 . 103
= 106 = 1.000.000
0,00059 hm³ x 1000000 = 590m³ (conversão de hectômetro cúbico para metro cúbico)
Assim, 850 m³ + 590 m³ = 1.440 m³
As alternativas estão em litros (lembrando que 1M³ equivale a mil litros), portanto basta
multiplicar por 1000 novamente para obter a quantidade em litros.
1.440 x 1000 = 1.440.000 litros = 1,44 x 106
Letra c.
Para ser múltiplo de 5, precisa terminar em 0 ou 5. Como não temos o 5 como opção de
número na questão, deverá terminar em 0.
Possibilidades:
0, 1 e 2/ 0, 1 e 2/ 0, 1 e 2/ 0, 1 e 2/ apenas 0
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Letra a.
Como Ana e João devem ficar juntos, eu preciso agrupá-los e formar “uma pessoa” só.
Agora observe que tenho 5 pessoas que permutarão de posição. Logo, P5 = 5! = 120.
Acontece que Ana e João também permutam entre si, logo P2 = 2! = 2
Letra c.
Para a negação da condicional, aplica-se a regra do MANE (mantém a primeira e nega
a segunda).
Se compro, então eu pago = c → p
~(c → p) = c ^ ~p = Compro e não preciso
46ª QUESTÃO – Sabendo que, em um restaurante com 150 pessoas, 64% comeram o
prato principal, 54 comeram a sobremesa e 25 comeram apenas a entrada, considerando
o total presentes, qual a fração que representa as pessoas que comeram o prato principal
ou a sobremesa?
A. ( ) 1/3.
B. ( ) 1/6.
C. ( ) 1/5.
D. ( ) 5/6.
Letra d.
Total = 150
Entrada = 25 (Não comeram o prato principal nem sobremesa.)
150 (Total) – 25 (entrada) = 125 (principal ou sobremesa.)
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Regra de 3
150 – 1
125 – x
150x = 125
X = 125/150 = 5/6
“Ou” significa união de conjuntos.
47ª QUESTÃO – Seja a1 o primeiro termo de uma P.A. de razão 2 e, também, o primeiro
termo de uma P.G. de razão 3, para que o 161º termo da P.A. seja igual ao 5º termo da
P.G., o valor de a1 deve ser:
A. ( ) 3.
B. ( ) 4.
C. ( ) 2.
D. ( ) 1.
Letra b.
A questão solicita que o termo a161 de uma P.A. seja igual ao a5 de uma P.G.
PA
an = a1 + (n - 1) . r
a161 = a1 + (160) . 2
a161 = a1 + 320
PG
an = a1 . q n-1
a5 = a1. 34 = 81a1
Basta igualar:
a161 = a5
a1 + 320 = 81a1
80a1 = 320
a1 = 4
Letra b.
A conjunção, como conectivo lógico principal, nunca será uma tautologia.
Temos a tautologia básica, que é a disjunção entre uma proposição e a sua nega-
ção. Ou seja,
p v ~p.
As alternativas A, C e D trazem essa tautologia básica.
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A ~(~p ^ p) = p v ~p
C (p → q) v (p ^ ~q) = (p → q) v ~( p → q)
D (p v q) v (~p ^ ~q) = (p v q) v ~(p v q)
49ª QUESTÃO – Sabendo que as proposições “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci
não é o deus do sol” e “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua” são falsas
e que a proposição “Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais” é
verdadeira, não podemos concluir que:
A. ( ) ou Jaci é irmã ou ela é esposa de Tupã.
B. ( ) Guaraci é o deus do sol e Jaci é irmã de Tupã.
C. ( ) Jaci não é esposa de Tupã ou Sumé não é o deus da lua.
D. ( ) Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais.
Letra a.
A questão afirma serem falsas as proposições:
I) “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci não é o deus do sol.”
II) “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua.”
A condicional só é falsa quando temos Vera Fischer (V → F).
Logo, podemos concluir que:
I) “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci não é o deus do sol”
Jaci é irmã de Tupã = V
Guaraci não é o deus do sol = F
II) “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua”
Jaci é esposa de Tupã = V
Sumé é o deus da lua = F
III) “Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais”
Ceuci é a deusa da lavoura = V
Anhanguá é o protetor dos animais = V
Analisando as alternativas:
A. V v V = F
B. V ^V = V
C. F v V = V
D. V ^ V = V
Na alternativa A, “Ou jaci é irmã ou ela é esposa de Tupã”, temos uma disjunção exclusiva
cujas proposições são todas verdadeiras. Pela tabela-verdade da disjunção exclusiva,
quando temos valores iguais, a disjunção exclusiva é FALSA.
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PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)
Letra a.
Um dado possui 6 faces (3 pares e 3 ímpares).
Logo, a probabilidade de sair par em um lançamento é 3/6 = 1/2.
Como são 3 lançamentos, temos:
1/2*1/2*1/2 = 1/8 = 12,5%
GRAN 48