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2º SIMULADO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SOLDADO 2ª CLASSE

G)
(PM va
/M
Língua Portuguesa; Literatura; Noções de Língua Inglesa; Noções de Direito;
Direitos Humanos; Raciocínio Lógico-Matemático;

RS pro
NOME:
CPF: IDENTIDADE:
LOCAL DE PROVA:
CIDADE:
a C o de SALA:
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INSTRUÇÕES AOS CANDIDATOS:


1. Prova sem consulta.
ela o for

2. Abra este caderno de prova somente quando autorizado.


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3. Esta prova contém 50 (cinquenta) questões, valendo 2,5 (dois e meio) pontos cada e valor total de
100 (cem) pontos.
4. Para cada questão existe somente uma resposta correta.
ad do n

5. Responda as questões e marque a opção desejada na folha de respostas, usando caneta esferográ-
fica (tinta azul ou preta), de corpo transparente. Proibido o uso de lápis ou similares.
6. Não será admitido qualquer tipo de rasura na folha de respostas. As questões rasuradas, em branco
op
a

ou com dupla marcação serão consideradas nulas para o candidato.


ap Base

7. O tempo máximo permitido para a realização das provas de conhecimentos (objetiva e dissertativa)
será de 4 (quatro) horas, assim distribuídas: a) das 08h30min às 11h30min: resolução da prova objetiva
e o preenchimento da folha de respostas; b) das 11h31min às 12h30min: confecção da redação e trans-
crição na respectiva folha de resposta.
lic

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celulares, computadores, relógios de qualquer tipo, alarmes de veículo e similares.
9. Iniciadas as provas, os candidatos somente poderão deixar a sala, e a esta retornar, exclusivamente
para uso de sanitários ou bebedouros, depois de transcorrido o tempo mínimo de 1h, e devidamente
acompanhados por fiscal do concurso.
10. Ao final da prova, entregue ao aplicador a folha de redação e o caderno de provas, devidamente
preenchidos, conferidos e assinados.

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FICHA TÉCNICA DO MATERIAL


grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
2422023635

TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório

NUMERAÇÃO:
2º Simulado

NOME DO ÓRGÃO:
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais
PM/MG

CARGO:
Soldado 2ª Classe

MODELO/BANCA:
CRS (PM/MG)

EDITAL:
Pós-Edital

DATA DE APLICAÇÃO:
3/2023

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
5/2023
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

LÍNGUA PORTUGUESA
FIDELIS ALMEIDA

Texto para responder às questões de 1 a 19.

Não traiam o Machado


Otto Lara Resende

1  Mais uma vez Machado de Assis no vestibular. Dois capítulos de Dom Casmurro,
na prova de Português aí em São Paulo. Ao menos assim Machado vai sendo conhe-
cido, ou imposto, entre a meninada. Se entendi bem as questões propostas e as re-
soluções que saíram no “Fovest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme,
5 como nela insiste de maneira tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.
 A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de Capitu. Apa-
receu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em 1967.
Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levantada
10 como simples quebra-cabeça, um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa
hora de folga e tédio.
 Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan, machadiano de mão
cheia e olho agudíssimo. Pois nessa prova do vestibular, o drama do Bentinho se
15 apresenta como “centrado no ciúme doentio e na suposta traição de sua esposa”. Su-
posta? De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos? Dom Casmurro saiu em 1900. Machado morreu
em 1908. Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.
 Leiam a carta do Graça Aranha, amigo pessoal do Machado: “Casada, teve por
20 amante o maior amigo do marido”. Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque. Dar
o Bentinho como “o nosso Otelo” é pura fantasia. Bestialógico mesmo. Um disparate
indigno de pisar no vestíbulo da universidade. Refinadíssimo escritor, mestre do su-
bentendido, virtuose da meia palavra, do understatement, Machado jamais desabaria
numa grosseira cena de alcova, como num flagrante policial de adultério.
25  Mas, se querem, o flagrante está no capítulo 113, Embargos de terceiros. No an-
terior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escondidos encontros com
Escobar. Bentinho era estéril – precisa prova maior? De onde então essa ideia pateta
de um Bentinho ingênuo e ciumento? Não é uma simples suspeita que está no capítu-
lo 99, O filho é a cara do pai. D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo. Está
30 na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo avesso. Ensi-
nar errado é pecado capital. Ouçam o Dalton. Quem insistir na tese do “enigma” não
lhe dirija a palavra. E de lambugem não me cumprimente. Machado merece respeito!

Fonte: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/9502/nao-traiam-o-machado. Texto adaptado. Acesso


em 17 de fevereiro de 2023.

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PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

1ª QUESTÃO – Considerando-se as ideias apresentadas, é correto entender:


A. ( ) Os romances de Machado de Assis são populares entres os jovens que irão
prestar vestibular.
B. ( ) Dalton Trevisan é adepto da ideia de que Bentinho era demasiado ciumento,
embora admita que Capitu possa, de fato, ter cometido a traição.
C. ( ) A ideia de que o ciúme de Bentinho era injustificado, pois Capitu não o traía, é
rechaçada pelo texto.
D. ( ) O romance Dom Casmurro apresenta indícios para entender que Capitu não
traiu Bentinho, tomado de doentio ciúme.

2ª QUESTÃO – Ao longo do texto, o autor apresenta alguns argumentos em favor da


ideia de que Capitu realmente traiu Bentinho. Não constitui um desses indícios:
A. ( ) “Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.” (l.18)
B. ( ) “Bentinho era estéril – precisa prova maior?” (l.27)
C. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)
D. ( ) “Quem insistir na tese do ‘enigma’ não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

3ª QUESTÃO – “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a
meninada. Se entendi bem as questões propostas e as resoluções que saíram no “Fo-
vest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme, como nela insiste de maneira
tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.” (l.2-5)
Respectivamente os vocábulos destacados no período acima são morfologicamente
classificados como
A. ( ) pronome, pronome, conjunção integrante.
B. ( ) advérbio, conjunção, pronome.
C. ( ) conjunção, pronome, conjunção.
D. ( ) preposição, pronome, advérbio.

4ª QUESTÃO – “No anterior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escon-
didos encontros com Escobar.” (l.25-27)
A função sintática do termo destacado em negrito é a de
A. ( ) adjunto adnominal.
B. ( ) objeto indireto.
C. ( ) adjunto adverbial
D. ( ) complemento nominal.

5ª QUESTÃO – Entre as orações destacadas, exerce função sintática de sujeito


A. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levan-
tada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
B. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan...” (l.12-13)
C. ( ) “De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos?” (l.16-17)
D. ( ) “Quem insistir na tese do ‘enigma’ não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

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6ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado no período é mor-


fologicamente conjunção integrante.
A. ( ) “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções que saíram no ‘Fovest
92’, a prova não apenas opta pela versão do ciúme, como nela insiste de manei-
ra tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.” (l.3-5)
B. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho
paranoicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de
Capitu.” (l.6-7)
C. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levan-
tada como simples quebra-cabeça, um joguinho enigmático pra descansar o es-
pírito numa hora de folga e tédio.” (l.9-11)
D. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan, machadiano de
mão cheia e olho agudíssimo.” (l.12-14)

7ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a primeira vírgula não isola aposto.


A. ( ) “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a menina-
da.” (l.2-3)
B. ( ) “...de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho paranoicamente ciumento qual
Otelo, está fundamentada em O enigma de Capitu.” (l.6-7)
C. ( ) “... é o Dalton Trevisan, machadiano de mão cheia e olho agudíssimo.” (l.13-14)
D. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)

8ª QUESTÃO – São graficamente acentuados segundo a mesma regra:


A. ( ) “capítulos” (l.1), “Português” (I.2), “saíram” (l.4)
B. ( ) “está” (l.7), “terá” (l.9), “próprio” (l.13)
C. ( ) “história” (l.12), “adultério” (l.18), “ingênuo” (l.28)
D. ( ) “despropósito” (l.16), “estéril” (l.27), “avó” (l.29)

9ª QUESTÃO – Não constitui uma oração a expressão destacada em:


A. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho
paranoicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de Capi-
tu.” (l.6-7)
B. ( ) “De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos?” (l.16-17)
C. ( ) “Não é uma simples suspeita que está no capítulo 99, O filho é a cara do
pai.” (l.28-29)
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo
avesso.” (l.29-30)

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10ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a oração destacada no trecho não exem-
plifica oração reduzida.
A. ( ) “Apareceu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em
1967.” (l.7-8)
B. ( ) “...um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa hora de folga e
tédio.” (l.10-11)
C. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan...” (l.12-13)
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo
avesso.” (l.29-30)

11ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o autor empregou linguagem figurada


no trecho.
A. ( ) “Dois capítulos de Dom Casmurro, na prova de Português aí em São Paulo.” (l.1-2)
B. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda...” (l.9)
C. ( ) “Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.” (l.18)
D. ( ) “Quem insistir na tese do ‘enigma’ não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

12ª QUESTÃO – O vocábulo destacado em negrito desempenha função sintática em:


A. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levan-
tada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
B. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado...” (l.12-13)
C. ( ) “Leiam a carta do Graça Aranha, amigo pessoal do Machado: ‘Casada, teve por
amante o maior amigo do marido’.” (l.19-20)
D. ( ) “Mas, se querem, o flagrante está no capítulo 113, Embargos de terceiros.” (l.25)

13ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a expressão destacada não exemplifica


advérbio ou locução adverbial.
A. ( ) “...a prova não apenas opta pela versão do ciúme...” (l.4)
B. ( ) “Apareceu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes...” (l.7-8)
C. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada...” (l.12)
D. ( ) “De onde os senhores professores tiraram este despropósito...” (l.16)

14ª QUESTÃO – O texto Não traiam o Machado pertence ao gênero crônica em razão de
A. ( ) apresentar a defesa de um ponto de vista, com base em argumentos.
B. ( ) narrar eventos, ordenando-os de forma que sejam compreendidos pelo leitor.
C. ( ) analisar criticamente um fato comum, construindo concepções baseadas em ar-
gumentos, de forma humorada e descontraída.
D. ( ) descrever situações que envolvem um ou mais personagens.

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15ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada não pertence
ao modo indicativo.
A. ( ) “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções...” (l.3-4)
B. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda...” (l.9)
C. ( ) “Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque.” (l.20)
D. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)

16ª QUESTÃO – Entre as palavras destacadas, foi formada por um processo distinto
das demais:
A. ( ) “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a menina-
da.” (l.2-3)
B. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo...” (l.6-7)
C. ( ) “...que terá sido levantada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
D. ( ) “...é o Dalton Trevisan, machadiano de mão cheia e olho agudíssimo.” (l.13-14)

17ª QUESTÃO – Considerando-se o contexto em que foi empregado, o vocábulo “imber-


bes” (l.17) significa
A. ( ) sem experiência.
B. ( ) iniciantes.
C. ( ) sem barba.
D. ( ) ingênuos.

18ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o autor emprega figura de linguagem na


estruturação da frase.
A. ( ) “Mais uma vez Machado de Assis no vestibular.” (l.1)
B. ( ) “Machado morreu em 1908.” (l.17-18)
C. ( ) “Bentinho era estéril – precisa prova maior?” (l.27)
D. ( ) “Quem insistir na tese do 'enigma' não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

19ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a expressão destacada é corretamente


substituída por um pronome, conforme a norma-padrão.
A. ( ) “...e tão mal contada que desmente o próprio Machado...” (l.12-13) ➝ ...e tão mal
contada que desmente-o...
B. ( ) “Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.”
(l.18) ➝ Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negá-lho.
C. ( ) “...Capitu revela os escondidos encontros com Escobar.” (l.26-27) ➝ ...Capitu
revela-os.
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo aves-
so.” (l.29-30) ➝ Está na cara que nenhuma razão justifica virar-lhes pelo avesso.

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20ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a frase não apresenta vício de linguagem.
A. ( ) O governador foi convidado para a inauguração da nova sede do governo.
B. ( ) Pela manhã os turistas viram o incêndio do prédio.
C. ( ) A boca dela proferiu duras palavras contra seus amigos.
D. ( ) O mais belo livro da biblioteca era guardado em um esconderijo.

LITERATURA
ANDRÉA CERQUEIRA

21ª QUESTÃO – Triste Fim de Policarpo Quaresma é o romance mais famoso escrito por
Lima Barreto. Leia o fragmento abaixo, pertencente ao romance em questão, e marque
alternativa correta.

1  De acordo com sua paixão dominante, Quaresma estivera muito tempo a meditar
qual seria a expressão poético-musical característica da alma nacional. Consultou
historiadores, cronistas e filósofos e adquiriu a certeza que era a modinha acompa-
nhada pelo violão. [...] Ricardo vinha justamente dar-lhe lição mas, antes disso, por
5 convite especial do discípulo, ia compartilhar o seu jantar; e fora por isso que o famo-
so trovador chegou mais cedo à casa do subsecretário.
 [...]
 E o jantar correu assim, nesse tom. Quaresma exaltando os produtos nacionais:
a banha, o toucinho e o arroz; a irmã fazia pequenas objeções e Ricardo dizia: “é, é,
10 não há dúvida” – rolando nas órbitas os olhos pequenos, franzindo a testa diminuta
que se sumia no cabelo áspero, forçando muito a sua fisionomia miúda e dura a ad-
quirir uma expressão sincera de delicadeza e satisfação.
 Acabado o jantar foram ver o jardim. Era uma maravilha; não tinha nem uma flor.
Certamente não se podia tomar por tal míseros beijos-de-frade, palmas-de-santa-rita,
15 quaresmas lutulentas, manacás melancólicos e outros belos exemplares dos nossos
campos e prados. Como em tudo o mais, o major era em jardinagem essencialmente
nacional. Nada de rosas, de crisântemos, de magnólias – flores exóticas; as nossas
terras tinham outras mais belas, mais expressivas, mais olentes, como aquelas que
ele tinha ali.

BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.

A. ( ) A paixão e a valorização de tudo que é nacional levaram Quaresma a se indispor


com Ricardo Coração dos Outros, trovador de modinhas.
B. ( ) O narrador manifesta ironicamente sua opinião a respeito do jardim do Major.
C. ( ) Ainda sobre o jardim, o Major não se preocupava muito com a origem brasileira
de suas rosas.
D. ( ) Conforme o primeiro parágrafo, o que havia de mais importante no mundo para
o Major era a música.

GRAN 9
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22ª QUESTÃO – Leia o requerimento que a personagem Policarpo Quaresma enviou à


Câmara do Deputados e que lhe causou muitas contrariedades e problemas:
Era assim concebida a petição:

1  “P­­­­olicarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a lín-
gua portuguesa é emprestada ao Brasil, certo também de que, por esse fato, o fa-
lar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante
contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua,
5 sabendo além, que, dentro do nosso país, os autores e os escritores, com especia-
lidade os gramáticos, não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo-se,
diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estudiosos de nosso
idioma – usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congres-
so Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro.
10  O suplicante, deixando de parte os argumentos históricos que militam em favor
de sua ideia, pede vênia para lembrar que a língua é a mais alta manifestação da
inteligência de um povo, é a sua cria o mais viva e original; e, portanto, a emancipa-
ção política do país requer como complemento e consequência a sua emancipação
idiomática.
15  Demais, Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua originalíssima, aglutinan-
te, é verdade, mas a que o polissintetismo dá múltiplas feições de riqueza, é a única
capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza
e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais, por ser criação de
povos que aqui viveram e ainda vivem, portanto possuidores da organização fisio-
20 lógica para que tendemos, evitando-se dessa forma as estéreis controvérsias gra-
maticais, oriundas de uma difícil adaptação de uma língua de outra região à nossa
organização cerebral e ao nosso aparelho vocal – controvérsias que tanto empecem
o progresso da nossa cultura literária, científica e filosófica.
 Seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar
25 semelhante medida e cônscio de que a Câmara e o Senado pesarão o seu alcance
e utilidade.
 P.e E. deferimento”

BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.

Qual a única característica que não pode ser inferida a partir da leitura do requerimento?
A. ( ) Ingenuidade.
B. ( ) Idealismo.
C. ( ) Nacionalismo e ufanismo exacerbado.
D. ( ) Pragmatismo.

GRAN 10
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

23ª QUESTÃO – Ainda em relação ao requerimento escrito por Quaresma, leia as alter-
nativas abaixo. Os argumentos descriminados impedem a adoção do tupi-guarani como
língua oficial, exceto um deles. Que argumento é esse?
A. ( ) A língua de um povo está ligada a aspectos fisiológicos das pessoas.
B. ( ) As línguas são aprendidas e construídas culturalmente.
C. ( ) O pedido de Policarpo é um desejo pessoal.
D. ( ) A língua é expressão e patrimônio de um povo.

Leia o Capítulo 68 de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

1  Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo de-
pois de ver e ajustar a casa. Interrompeu, mas um ajuntamento, era um preto que
vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas
palavras:” – Não, perdão, meu senhor, meu senhor, perdão!" Mas o primeiro não fazia
5 caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
 – Toma, diabo! diria ele; toma mais perdão, bêbado!
 – Meu senhor! gemia o outro.
 – Cala a boca, besta! replicava o vergalho.
 Parei, olhei.... justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o
10 meu moleque Prudêncio – o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele
deteve-se logo e pediu-me a bênção: perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
 – É, sim, nhonhô.
 – Fez-te alguma coisa?
 – É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, en-
15 quanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
 – Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
 – Pois não, nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
 Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui
caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente
20 perdido, aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos ca-
pítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo: mas
só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo
gaiato, fino e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das
pancadas recebidas, – transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe
25 um freio na boca, e desancava-o sem compaixão, ele gemia e sofria. Agora, porém,
que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar,
dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava comprou
um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam
as sutilezas do maroto!

MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 78.

GRAN 11
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

24ª QUESTÃO – Com base no texto acima, marque a alternativa correta.


A. ( ) O narrador não vê nenhuma graça no comportamento violento de Prudêncio.
B. ( ) O narrador não encontra justificativa para o comportamento de Prudêncio.
C. ( ) O narrador conclui que o oprimido se torna opressor.
D. ( ) O narrador percebe que não há por ele nenhum respeito e submissão por parte
do ex-cativo.

25ª QUESTÃO – Ainda com base no fragmento de Memórias Póstumas, marque a alter-
nativa que não contenha uma ironia ou metáfora.
A. ( ) “Segui meu caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões [...]”
B. ( ) “[...] ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera.”
C. ( ) “Logo que mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino e até
profundo.”
D. ( ) “O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas palavras [...]”

NOÇÕES DE LÍNGUA INGLESA


ALEXANDRE HARTMANN

WHAT IS TASER?

 A Taser is a bright yellow, hand-held, electronic device. It is only used by officers


who have received specialised training and in situations where they need to deal with
violent or dangerous individuals at a distance.
 Tasers use an electrical current to temporarily incapacitate a person. Extensive
medical and scientific tests were carried out before Taser was approved for use.
 A Taser is usually held in a holster on an officer's body armour, and is one of
several measures available to keep officers and the public safe. Its design ensures the
device stands out so is easy to spot and identify.
 Officers equipped with a Taser don't use it lightly. They are trained to assess and
continually re-assess a situation and must decide on the most reasonable and necessary
use of force in the circumstances. The level of force used must be proportionate, and
officers are individually accountable in law for the amount of force they use.
 It is important to note that there are a range of other measures which officers
can use as alternatives to Taser, such as physical restraint, batons, and PAVA spray.
The decision on which measure to use often depends upon the situation, but Taser
will often be the safest way to reach a safe resolution. In most cases involving Taser,
the mere threat of its use has been enough to de-escalate a situation and reach a
peaceful resolution.

Source: <https://www.northants.police.uk/police-forces/northamptonshire-police/areas/
northamptonshire-force-content/sd/stats-and-data/taser/>.

GRAN 12
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

26ª QUESTÃO – In the author´s opinion, Taser:


A. ( ) will frequently be the most secure way to come to a safe resolution.
B. ( ) should rarely be used to reach a safe resolution.
C. ( ) is completely safe against violent or dangerous individuals.
D. ( ) is the only way to reach a safe resolution.

27ª QUESTÃO – Taser-equipped police officers must choose when to use force:
A. ( ) exceeding the bounds of reason or moderation.
B. ( ) in a way that is not fair or acceptable.
C. ( ) in a way that shows good judgement.
D. ( ) beyond a normal or acceptable limit.

28ª QUESTÃO – The word “accountable” in “officers are individually accountable in law
for the amount of force they use” can be replaced, with no change in meaning, by:
A. ( ) irresponsible.
B. ( ) responsible.
C. ( ) immune.
D. ( ) guilty.

29ª QUESTÃO – “A small case usually made of leather and fixed on a belt or a strap, used
for carrying a weapon” is a possible definition of:
A. ( ) Taser.
B. ( ) physical restraint.
C. ( ) batons.
D. ( ) holster.

30ª QUESTÃO – The sentence “Extensive medical and scientific tests were carried out”
in the Active Voice is:
A. ( ) Someone will carry out extensive medical and scientific tests.
B. ( ) No one carried out extensive medical and scientific tests.
C. ( ) At least someone is carrying out extensive medical and scientific tests.
D. ( ) Someone carried out extensive medical and scientific tests.

NOÇÕES DE DIREITO – CONSTITUIÇÃO DA


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
WESLEI MACHADO

31ª QUESTÃO – A constituição elaborada por uma pessoa ou pela classe dominante e
submetida a referendo popular, em relação à qual se exija, para alteração de suas normas
definidoras de direitos e garantidores, um processo legislativo mais dificultoso e, para o
restante, a observância do processo legislativo ordinário, pode ser classificada como:
A. ( ) constituição outorgada e constituição semirrígida.
B. ( ) constituição bonapartista e constituição semirrígida.
C. ( ) constituição outorgada e constituição formal.
D. ( ) constituição cesarista e constituição formal.

GRAN 13
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

32ª QUESTÃO – No processo de reforma da Constituição Federal, situação em que há a


manifestação do poder constituinte derivado, não figura no rol de cláusulas pétreas:
A. ( ) a forma federativa de Estado.
B. ( ) a forma republicana de governo.
C. ( ) o voto direto, secreto, universal e periódico.
D. ( ) a separação dos Poderes.

33ª QUESTÃO – Sobre os direitos e garantias fundamentais, assinale a alternativa correta.


A. ( ) Os brasileiros não podem ser extraditados, salvo em caso de crime comum pra-
ticados antes da naturalização ou de comprovado envolvimento com o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins.
B. ( ) A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado democrático constitui crime insuscetível de graça ou anistia e inafiançável.
C. ( ) Constitui crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia o racismo.
D. ( ) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, quando trabalhada pela fa-
mília, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva.

34ª QUESTÃO – Em razão da prática de crime comum pelo Presidente da República,


durante a vigência de seu mandato, quando não tenha relação com o seu cargo, nem
decorra de suas atribuições, assinale a alternativa correta.
A. ( ) O presidente da República não poderá ser responsabilizado durante a vigência
do seu mandato.
B. ( ) Para a admissão da acusação, exige-se a manifestação favorável de, pelo me-
nos, dois terços dos deputados federais.
C. ( ) A competência para o seu processo e julgamento será do Supremo
Tribunal Federal.
D. ( ) Se preenchidos os requisitos, o Presidente da República poderá ser preso.

35ª QUESTÃO – De acordo com as disposições constitucionais aplicáveis à segurança


pública, assinale a alternativa correta.
A. ( ) Os policiais civis podem exercer o direito de greve.
B. ( ) Compete à Polícia Militar a execução das atividades de defesa civil.
C. ( ) Ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apura-
ção de infrações penais, inclusive as militares, cabem à Polícia Civil.
D. ( ) Cabe à Polícia Federal exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras.

GRAN 14
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

NOÇÕES DE DIREITO – LEI N. 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942 – LEI DE


INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
ANA CRISTINA KOCH

36ª QUESTÃO – Marque a alternativa correta, de acordo com o Decreto-Lei n. 4.657, de


04/09/1942 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
A. ( ) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifi-
que ou revogue.
B. ( ) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida,
inicia-se 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada.
C. ( ) Algumas pessoas podem se escusar de cumprir a lei, alegando que não
a conhecem.
D. ( ) Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a
lei do país do domicílio do seu proprietário.

37ª QUESTÃO – Marque a alternativa falsa, de acordo com o Decreto-Lei n. 4.657, de


04/09/1942 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
A. ( ) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a
lei anterior.
B. ( ) Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstá-
culos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a
seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
C. ( ) Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na apli-
cação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após
realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral,
celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o
qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
D. ( ) O juiz deve sempre conhecer as leis, não podendo exigir de quem as invoca
prova do texto e da vigência.

DIREITOS HUMANOS
DANIEL BARBOSA

38ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.
A. ( ) Ninguém será submetido à tortura, mas poderá ser submetido a
tratamento degradante.
B. ( ) Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
C. ( ) Todos são iguais perante a lei e têm direito, com distinções específicas, a igual
proteção da lei.
D. ( ) Apenas os mais vulneráveis devem receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais.

GRAN 15
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

39ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.

I – Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.


II – Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
III – Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de ma-
nifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou
em particular.

Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item II.
C. ( ) apenas o item III.
D. ( ) todos os itens.

40ª QUESTÃO – De acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assi-
nale a alternativa INCORRETA.
A. ( ) Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser pro-
tegido pela lei e, em geral, desde o momento do nascimento. Ninguém pode ser
privado da vida arbitrariamente.
B. ( ) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser im-
posta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada
antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a
delitos aos quais não se aplique atualmente.
C. ( ) Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
D. ( ) Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos políticos.

RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
DIEGO RIBEIRO

41ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


O dobro do quadrado de um número diminuído de 10 unidades é igual a 8 vezes o núme-
ro considerado. Qual é o número real?
A. ( ) 1 ou 3.
B. ( ) 3 ou 5.
C. ( ) 5 ou 7.
D. ( ) 5 ou -1.

GRAN 16
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

42ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Efetuando a soma 0,00059 hm³ + 850 m³, obtém-se:
A. ( ) 1,44 x 106 litros
B. ( ) 0,144 x 106 litros
C. ( ) 1.440 litros
D. ( ) 14.400 litros

43ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Quantas são as senhas de 5 dígitos formadas pelos algarismos 0, 1 e 2 que são múltiplos
de 5?
A. ( ) 27.
B. ( ) 243.
C. ( ) 81.
D. ( ) 0.

44ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Seis pessoas, entre elas Ana e João, vão formar uma fila. Sabendo-se que Ana e João
devem ficar juntos, quantas são as possibilidades de se formar essa fila?
A. ( ) 240.
B. ( ) 120.
C. ( ) 720.
D. ( ) 480.

45ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Qual a afirmação equivalente à negação da afirmação “Se compro, então eu preciso”?
A. ( ) Se não preciso, então eu não compro.
B. ( ) Não preciso e não compro
C. ( ) Compro e não preciso.
D. ( ) Compro ou não preciso

46ª QUESTÃO – Sabendo que, em um restaurante com 150 pessoas, 64% comeram o
prato principal, 54 comeram a sobremesa e 25 comeram apenas a entrada, considerando
o total presentes, qual a fração que representa as pessoas que comeram o prato principal
ou a sobremesa?
A. ( ) 1/3.
B. ( ) 1/6.
C. ( ) 1/5.
D. ( ) 5/6.

GRAN 17
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

47ª QUESTÃO – Seja a1 o primeiro termo de uma P.A. de razão 2 e, também, o primeiro
termo de uma P.G. de razão 3, para que o 161º termo da P.A. seja igual ao 5º termo da
P.G., o valor de a1 deve ser:
A. ( ) 3.
B. ( ) 4.
C. ( ) 2.
D. ( ) 1.

48ª QUESTÃO – Das proposições abaixo, qual não é uma tautologia?


A. ( ) ~(~p ^ p)
B. ( ) ~p ^ ~q
C. ( ) (p → q) v (p ^ ~q)
D. ( ) (p v q) v (~p ^ ~q)

49ª QUESTÃO – Sabendo que as proposições “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci
não é o deus do sol” e “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua” são falsas
e que a proposição “Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais” é
verdadeira, não podemos concluir que:
A. ( ) ou Jaci é irmã ou ela é esposa de Tupã.
B. ( ) Guaraci é o deus do sol e Jaci é irmã de Tupã.
C. ( ) Jaci não é esposa de Tupã ou Sumé não é o deus da lua.
D. ( ) Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais.

50ª QUESTÃO – Considerando um experimento que consiste no lançamento de um dado


honesto, se esse experimento for realizado três vezes, a probabilidade de haver três nú-
meros pares é de:
A. ( ) 12,5%.
B. ( ) 10%.
C. ( ) 15%.
D. ( ) 20%.

GRAN 18
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
2º SIMULADO

Soldado 2ª Classe

GABARITO

1ª QUESTÃO C 26ª QUESTÃO A


2ª QUESTÃO D 27ª QUESTÃO C
3ª QUESTÃO C 28ª QUESTÃO B
4ª QUESTÃO D 29ª QUESTÃO D
5ª QUESTÃO D 30ª QUESTÃO D
6ª QUESTÃO B 31ª QUESTÃO B
7ª QUESTÃO A 32ª QUESTÃO B
8ª QUESTÃO C 33ª QUESTÃO D
9ª QUESTÃO B 34ª QUESTÃO A
10ª QUESTÃO C 35ª QUESTÃO D
11ª QUESTÃO B 36ª QUESTÃO A
12ª QUESTÃO A 37ª QUESTÃO D
13ª QUESTÃO A 38ª QUESTÃO B
14ª QUESTÃO C 39ª QUESTÃO D
15ª QUESTÃO C 40ª QUESTÃO A
16ª QUESTÃO C 41ª QUESTÃO D
17ª QUESTÃO C 42ª QUESTÃO A
18ª QUESTÃO A 43ª QUESTÃO C
19ª QUESTÃO C 44ª QUESTÃO A
20ª QUESTÃO D 45ª QUESTÃO C
21ª QUESTÃO B 46ª QUESTÃO D
22ª QUESTÃO D 47ª QUESTÃO B
23ª QUESTÃO A 48ª QUESTÃO B
24ª QUESTÃO C 49ª QUESTÃO A
25ª QUESTÃO D 50ª QUESTÃO A
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PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

LÍNGUA PORTUGUESA
FIDELIS ALMEIDA

Texto para responder às questões de 1 a 19.

Não traiam o Machado


Otto Lara Resende

1  Mais uma vez Machado de Assis no vestibular. Dois capítulos de Dom Casmurro,
na prova de Português aí em São Paulo. Ao menos assim Machado vai sendo conhe-
cido, ou imposto, entre a meninada. Se entendi bem as questões propostas e as re-
soluções que saíram no “Fovest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme,
5 como nela insiste de maneira tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.
 A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de Capitu. Apa-
receu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em 1967.
Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levantada
10 como simples quebra-cabeça, um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa
hora de folga e tédio.
 Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan, machadiano de mão
cheia e olho agudíssimo. Pois nessa prova do vestibular, o drama do Bentinho se
15 apresenta como “centrado no ciúme doentio e na suposta traição de sua esposa”. Su-
posta? De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos? Dom Casmurro saiu em 1900. Machado morreu
em 1908. Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.
 Leiam a carta do Graça Aranha, amigo pessoal do Machado: “Casada, teve por
20 amante o maior amigo do marido”. Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque. Dar
o Bentinho como “o nosso Otelo” é pura fantasia. Bestialógico mesmo. Um disparate
indigno de pisar no vestíbulo da universidade. Refinadíssimo escritor, mestre do su-
bentendido, virtuose da meia palavra, do understatement, Machado jamais desabaria
numa grosseira cena de alcova, como num flagrante policial de adultério.
25  Mas, se querem, o flagrante está no capítulo 113, Embargos de terceiros. No an-
terior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escondidos encontros com
Escobar. Bentinho era estéril – precisa prova maior? De onde então essa ideia pateta
de um Bentinho ingênuo e ciumento? Não é uma simples suspeita que está no capítu-
lo 99, O filho é a cara do pai. D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo. Está
30 na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo avesso. Ensi-
nar errado é pecado capital. Ouçam o Dalton. Quem insistir na tese do “enigma” não
lhe dirija a palavra. E de lambugem não me cumprimente. Machado merece respeito!

Fonte: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/9502/nao-traiam-o-machado. Texto adaptado. Acesso


em 17 de fevereiro de 2023.

GRAN 21
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

1ª QUESTÃO – Considerando-se as ideias apresentadas, é correto entender:


A. ( ) Os romances de Machado de Assis são populares entres os jovens que irão
prestar vestibular.
B. ( ) Dalton Trevisan é adepto da ideia de que Bentinho era demasiado ciumento,
embora admita que Capitu possa, de fato, ter cometido a traição.
C. ( ) A ideia de que o ciúme de Bentinho era injustificado, pois Capitu não o traía, é
rechaçada pelo texto.
D. ( ) O romance Dom Casmurro apresenta indícios para entender que Capitu não
traiu Bentinho, tomado de doentio ciúme.

Letra c.
A. Errada. Segundo o texto, o fato de o vestibular abordar obras de Machado de Assis no
vestibular é benéfico, porque dessa forma os jovens podem tomar contato com o grande
escritor. Assim, depreende-se que os romances de Machado de Assis não são populares
entre os jovens vestibulandos.
B. Errada. Segundo o texto, Dalton Trevisan rebate a ideia de que Capitu não traiu Bentinho.
C. Certa. Trata-se da ideia central do texto: Capitu traiu Bentinho, não se trata apenas de
uma interpretação gerada pelo ciúme dele.
D. Errada. O texto não assinala que Dom Casmurro apresenta indícios de que Capitu não
traiu Bentinho.

2ª QUESTÃO – Ao longo do texto, o autor apresenta alguns argumentos em favor da


ideia de que Capitu realmente traiu Bentinho. Não constitui um desses indícios:
A. ( ) “Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.” (l.18)
B. ( ) “Bentinho era estéril – precisa prova maior?” (l.27)
C. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)
D. ( ) “Quem insistir na tese do ‘enigma’ não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

Letra d.
A. Errada. O consenso entre os críticos até 1908 fortalece a ideia de que Capitu
traiu Bentinho.
B. Errada. Se Bentinho era estéril, não podia gerar filhos. Logo, os filhos eram fruto
de traição.
C. Errada. Se D. Glória rejeita o neto putativo (atribuído a outra pessoa, no caso, a Ben-
tinho), isso sinaliza que ela sentiu que a criança não era seu neto realmente.
D. Certa. Não constitui argumento que fortaleça a ideia de que Capitu traiu Bentinho.

GRAN 22
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

3ª QUESTÃO – “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a
meninada. Se entendi bem as questões propostas e as resoluções que saíram no “Fo-
vest 92”, a prova não apenas opta pela versão do ciúme, como nela insiste de maneira
tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.” (l.2-5)
Respectivamente os vocábulos destacados no período acima são morfologicamente
classificados como
A. ( ) pronome, pronome, conjunção integrante.
B. ( ) advérbio, conjunção, pronome.
C. ( ) conjunção, pronome, conjunção.
D. ( ) preposição, pronome, advérbio.

Letra c.
O vocábulo “se” é conjunção subordinativa condicional porque introduz a oração subor-
dinada adverbial condicional “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções”.
O vocábulo “que” é pronome relativo, substitui o termo “as questões propostas e as
resoluções”. O último vocábulo destacado é uma conjunção subordinativa consecutiva,
porquanto introduz a oração subordinada adverbial consecutiva “que nem admite som-
bra de controvérsia”.

4ª QUESTÃO – “No anterior capítulo 106, Dez libras esterlinas, Capitu revela os escon-
didos encontros com Escobar.” (l.25-27)
A função sintática do termo destacado em negrito é a de
A. ( ) adjunto adnominal.
B. ( ) objeto indireto.
C. ( ) adjunto adverbial
D. ( ) complemento nominal.

Letra d.
O termo destacado é sintaticamente complemento nominal de “encontro”, porquanto
completa o sentido desse substantivo: Encontro com quem? Com Escobar. Não pode ser
adjunto adnominal porque não especifica ou restringe o sentido desse nome. Nem ainda
objeto indireto porque não completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Por não
indicar uma circunstância, não pode ser adjunto adverbial.

5ª QUESTÃO – Entre as orações destacadas, exerce função sintática de sujeito


A. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levan-
tada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
B. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan...” (l.12-13)
C. ( ) “De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos?” (l.16-17)
D. ( ) “Quem insistir na tese do ‘enigma’ não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

Letra d.

GRAN 23
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

A. Errada. A oração destacada é subordinada adjetiva explicativa, apresenta a função


sintática de adjunto adnominal.
B. Errada. A oração destacada é subordinada adverbial consecutiva, apresenta a função
sintática de adjunto adverbial.
C. Errada. A oração destacada é coordenada sindética aditiva, não apresenta
função sintática.
D. Certa. A oração destacada é subordinada substantiva subjetiva, apresenta a função
sintática de sujeito.

6ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado no período é mor-


fologicamente conjunção integrante.
A. ( ) “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções que saíram no ‘Fovest
92’, a prova não apenas opta pela versão do ciúme, como nela insiste de manei-
ra tão enfática que nem admite sombra de controvérsia.” (l.3-5)
B. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho
paranoicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de
Capitu.” (l.6-7)
C. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levan-
tada como simples quebra-cabeça, um joguinho enigmático pra descansar o es-
pírito numa hora de folga e tédio.” (l.9-11)
D. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan, machadiano de
mão cheia e olho agudíssimo.” (l.12-14)

Letra b.
A. Errada. O vocábulo “que” é pronome relativo, retoma “as questões propostas e as
resoluções”.
B. Certa. O vocábulo “que” é conjunção integrante, introduz a oração subordinada subs-
tantiva completiva nominal “de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho paranoica-
mente ciumento qual Otelo”, a qual integra o sentido de “hipótese”.
C. Errada. O vocábulo “que” é pronome relativo, retoma “hipótese”.
D. Errada. O vocábulo destacado é conjunção subordinativa consecutiva, introduz a ora-
ção subordinativa consecutiva “que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan,
machadiano de mão cheia e olho agudíssimo”.

7ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a primeira vírgula não isola aposto.


A. ( ) “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a menina-
da.” (l.2-3)
B. ( ) “...de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho paranoicamente ciumento qual
Otelo, está fundamentada em O enigma de Capitu.” (l.6-7)
C. ( ) “... é o Dalton Trevisan, machadiano de mão cheia e olho agudíssimo.” (l.13-14)
D. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)

GRAN 24
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

Letra a.
Em A, a primeira vírgula isola expressão coordenada. Em B, C e D, a primeira vírgula
isola aposto explicativo.

8ª QUESTÃO – São graficamente acentuados segundo a mesma regra:


A. ( ) “capítulos” (l.1), “Português” (I.2), “saíram” (l.4)
B. ( ) “está” (l.7), “terá” (l.9), “próprio” (l.13)
C. ( ) “história” (l.12), “adultério” (l.18), “ingênuo” (l.28)
D. ( ) “despropósito” (l.16), “estéril” (l.27), “avó” (l.29)

Letra c.
Os vocábulos “capítulos” e “despropósito” são graficamente acentuados por
serem proparoxítonas.
O vocábulo “Português” é graficamente acentuado por ser oxítona terminada em e segui-
do ou não de s.
O vocábulo “saíram” é graficamente acentuado por apresentar hiato entre a vogal i, tônica
e não seguida de nh, e a vogal da sílaba anterior.
Os vocábulos “está” e “terá” são graficamente acentuados por serem oxítonas termina-
das em a seguido ou não de s.
Os vocábulos “próprio”, “história”, “adultério” e “ingênuo” são graficamente acentuados
por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral seguido ou não de s.
O vocábulo “estéril” é graficamente acentuado por ser paroxítona terminada em l.
O vocábulo “avó” é graficamente acentuado por ser oxítona terminada em o seguido
ou não de s.

9ª QUESTÃO – Não constitui uma oração a expressão destacada em:


A. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho
paranoicamente ciumento qual Otelo, está fundamentada em O enigma de Capi-
tu.” (l.6-7)
B. ( ) “De onde os senhores professores tiraram este despropósito e o passam aos
imberbes e indefesos vestibulandos?” (l.16-17)
C. ( ) “Não é uma simples suspeita que está no capítulo 99, O filho é a cara do
pai.” (l.28-29)
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo
avesso.” (l.29-30)

Letra b.
Em A, C e D, as expressões destacadas constituem orações porque estão sintaticamen-
te organizadas em torno de um verbo (respectivamente “traiu”, “está” e “virar”). Em B, a
expressão não constitui uma oração, porquanto não se estrutura em torno de um verbo.

GRAN 25
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10ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a oração destacada no trecho não exem-
plifica oração reduzida.
A. ( ) “Apareceu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes, publicado em
1967.” (l.7-8)
B. ( ) “...um joguinho enigmático pra descansar o espírito numa hora de folga e
tédio.” (l.10-11)
C. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado, é o Dalton Trevisan...” (l.12-13)
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo
avesso.” (l.29-30)

Letra c.
Uma oração reduzida é aquela não encabeçada por elemento coesivo e com verbo numa
das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Quando a oração vem encabeça-
da por elemento coesivo e com verbo flexionado, diz-se que é desenvolvida.
A. Errada. Trata-se de oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio.
Veja-se sua correspondente forma desenvolvida:
que foi publicado em 1967
B. Errada. Trata-se de oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. Veja-se
sua correspondente forma desenvolvida:
pra que se descanse o espírito numa hora de folga e tédio
C. Certa. Trata-se de oração subordinada adverbial consecutiva desenvolvida, por-
quanto é encabeçada por conjunção subordinativa (“que”) e apresenta verbo na forma
finita (“desmente”).
D. Errada. Trata-se de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infiniti-
vo. Veja-se sua correspondente forma desenvolvida:
que se vire o romance e o Machado pelo avesso

11ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o autor empregou linguagem figurada


no trecho.
A. ( ) “Dois capítulos de Dom Casmurro, na prova de Português aí em São Paulo.” (l.1-2)
B. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda...” (l.9)
C. ( ) “Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.” (l.18)
D. ( ) “Quem insistir na tese do ‘enigma’ não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

Letra b.
Linguagem figurada é a linguagem empregada fora de seu sentido usual, próprio, dicio-
narizado, a fim de indicar uma outra ideia, ampliando-se o sentido inicial próprio.
Em A, C e D, as palavras ou expressões foram empregadas em seu sentido próprio, de-
notativo, dicionarizado. Em B, a expressão “vozes” foi empregada em sentido figurado,
significando “pessoas”.

GRAN 26
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

12ª QUESTÃO – O vocábulo destacado em negrito desempenha função sintática em:


A. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda, que terá sido levan-
tada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
B. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada, e tão mal
contada que desmente o próprio Machado...” (l.12-13)
C. ( ) “Leiam a carta do Graça Aranha, amigo pessoal do Machado: ‘Casada, teve por
amante o maior amigo do marido’.” (l.19-20)
D. ( ) “Mas, se querem, o flagrante está no capítulo 113, Embargos de terceiros.” (l.25)

Letra a.
A. Certa. O vocábulo destacado é um pronome relativo, desempenha a função sintática
de sujeito (que terá sido levantada = a hipótese gratuita e absurda terá sido levantada).
B. Errada. O vocábulo destacado é uma preposição, portanto não desempenha nenhuma
função sintática.
C. Errada. O vocábulo destacado é uma preposição, portanto não desempenha nenhuma
função sintática.
D. Errada. O vocábulo destacado é uma conjunção subordinativa condicional, portanto
não desempenha nenhuma função sintática.

13ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a expressão destacada não exemplifica


advérbio ou locução adverbial.
A. ( ) “...a prova não apenas opta pela versão do ciúme...” (l.4)
B. ( ) “Apareceu de fato no ensaio de interpretação de Eugênio Gomes...” (l.7-8)
C. ( ) “Quem fica tiririca, e com toda razão, com essa história mal contada...” (l.12)
D. ( ) “De onde os senhores professores tiraram este despropósito...” (l.16)

Letra a.
A. Certa. A expressão destacada não indica circunstância, portanto não pode exemplifi-
car uma locução adverbial.
B. Errada. A expressão destacada é locução adverbial em relação a “Apareceu”,
indica afirmação.
C. Errada. A expressão destacada é locução adverbial em relação a “fica”, indica causa.
D. Errada. A expressão destacada é locução adverbial em relação a “tiraram”, indica lugar.

14ª QUESTÃO – O texto Não traiam o Machado pertence ao gênero crônica em razão de
A. ( ) apresentar a defesa de um ponto de vista, com base em argumentos.
B. ( ) narrar eventos, ordenando-os de forma que sejam compreendidos pelo leitor.
C. ( ) analisar criticamente um fato comum, construindo concepções baseadas em ar-
gumentos, de forma humorada e descontraída.
D. ( ) descrever situações que envolvem um ou mais personagens.

Letra c.
A. Errada. O fato de um texto apresentar a defesa de um ponto de vista não o torna obri-
gatoriamente uma crônica.

GRAN 27
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

B. Errada. O fato de um texto narrar eventos não o torna obrigatoriamente uma crônica.
C. Certa. De fato, uma crônica é caracterizada por, partindo de um fato comum, do coti-
diano, construir uma argumentação de forma humorada, descontraída.
D. Errada. Uma crônica não se caracteriza pela descrição de situações que envolvam um
ou mais personagens.

15ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada não pertence
ao modo indicativo.
A. ( ) “Se entendi bem as questões propostas e as resoluções...” (l.3-4)
B. ( ) “Muitas vozes discordaram da hipótese gratuita e absurda...” (l.9)
C. ( ) “Voltem ao artigo do Medeiros e Albuquerque.” (l.20)
D. ( ) “D. Glória, avó amantíssima, rejeita o neto putativo.” (l.29)

Letra c.
O modo indicativo é o modo verbal em que a ação é apresentada segundo o aspecto de
sua efetiva ocorrência, isto é, não se supõe que ela não possa ocorrer. Em A, B e D, as for-
mas verbais destacadas pertencem ao modo indicativo, respectivamente pretérito perfeito
do indicativo, pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo. Em C, a forma verbal
pertence ao modo imperativo, o qual expressa ordem, sugestão, conselho, pedido, etc.

16ª QUESTÃO – Entre as palavras destacadas, foi formada por um processo distinto
das demais:
A. ( ) “Ao menos assim Machado vai sendo conhecido, ou imposto, entre a menina-
da.” (l.2-3)
B. ( ) “A hipótese aí encampada, de que Capitu não traiu Bentinho, um Bentinho para-
noicamente ciumento qual Otelo...” (l.6-7)
C. ( ) “...que terá sido levantada como simples quebra-cabeça...” (l.9-10)
D. ( ) “...é o Dalton Trevisan, machadiano de mão cheia e olho agudíssimo.” (l.13-14)

Letra c.
Em A, B e D, os vocábulos destacados foram formados por derivação sufixal, respecti-
vamente a partir de “menino”, “paranoico” e “Machado”. Em C, a palavra foi formada por
composição por justaposição, a partir de “quebra” e “cabeça”, sem que que haja alteração
fonética dos vocábulos originais.

17ª QUESTÃO – Considerando-se o contexto em que foi empregado, o vocábulo “imber-


bes” (l.17) significa
A. ( ) sem experiência.
B. ( ) iniciantes.
C. ( ) sem barba.
D. ( ) ingênuos.

Letra c.
O vocábulo “imberbes” significa “sem barba”.

GRAN 28
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18ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o autor emprega figura de linguagem na


estruturação da frase.
A. ( ) “Mais uma vez Machado de Assis no vestibular.” (l.1)
B. ( ) “Machado morreu em 1908.” (l.17-18)
C. ( ) “Bentinho era estéril – precisa prova maior?” (l.27)
D. ( ) “Quem insistir na tese do 'enigma' não lhe dirija a palavra.” (l.31-32)

Letra a.
Ocorre a figura de linguagem denominada metonímia em A, quando o autor emprega o
autor em lugar de sua obra (“Mais uma vez Machado de Assis no vestibular” significa que
mais uma vez a obra de Machado de Assis estava sendo abordada no vestibular).

19ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a expressão destacada é corretamente


substituída por um pronome, conforme a norma-padrão.
A. ( ) “...e tão mal contada que desmente o próprio Machado...” (l.12-13) ➝ ...e tão mal
contada que desmente-o...
B. ( ) “Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negar o adultério de Capitu.”
(l.18) ➝ Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negá-lho.
C. ( ) “...Capitu revela os escondidos encontros com Escobar.” (l.26-27) ➝ ...Capitu
revela-os.
D. ( ) “Está na cara que nenhuma razão justifica virar o romance e o Machado pelo aves-
so.” (l.29-30) ➝ Está na cara que nenhuma razão justifica virar-lhes pelo avesso.

Letra c.
O pronome oblíquo “o” (e suas variações de gênero e número) exerce sintaticamente a
função de objeto direto. Já o pronome oblíquo “lhe” (e sua variação de plural), em função
de complemento verbal, exerce a função sintática de objeto indireto.
A. Errada. O termo “o próprio Machado” é sintaticamente objeto direto de “desmente”,
portanto deve ser substituído pelo pronome “o”. Entretanto, a presença da conjunção
subordinativa consecutiva “que” provoca a próclise no trecho. Veja-se:
...e tão mal contada que o desmente...
B. Errada. O termo “o adultério de Capitu” é sintaticamente objeto direto de “negar”, por-
tanto deve ser substituído pelo pronome “o”, não “lho”, contração dos pronomes oblíquos
lhe e o. A forma pronominal “lo” é empregada somente se o pronome “o” se liga ao final
de verbo terminado em r, s ou z. Veja-se:
Nenhum crítico nesses oito anos jamais ousou negá-lo.
C. Certa. O termo “os escondidos encontros com Escobar” é sintaticamente objeto direto
de “revela”, portanto deve ser substituído pelo pronome “os”.
D. Errada. O termo “o romance e o Machado” é sintaticamente objeto direto de “virar”,
portanto deve ser substituído pelo pronome “os”, cuja variante “los” é empregada somen-
te se o pronome “os” se liga ao final de verbo terminado em r, s ou z. Veja-se:
Está na cara que nenhuma razão justifica virá-los pelo avesso.

GRAN 29
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

20ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que a frase não apresenta vício de linguagem.
A. ( ) O governador foi convidado para a inauguração da nova sede do governo.
B. ( ) Pela manhã os turistas viram o incêndio do prédio.
C. ( ) A boca dela proferiu duras palavras contra seus amigos.
D. ( ) O mais belo livro da biblioteca era guardado em um esconderijo.

Letra d.
A. Errada. Ocorre pleonasmo em “inauguração da nova”, uma vez que somente pode ser
inaugurado aquilo que é novo.
B. Errada. Ocorre ambiguidade. Pode-se entender que os turistas viram o incêndio atingir
o prédio ou que eles, do prédio, observavam o incêndio.
C. Errada. Ocorre cacofonia em “boCA DELA”.
D. Certa. Não ocorre qualquer vício de linguagem na frase.

LITERATURA
ANDRÉA CERQUEIRA

21ª QUESTÃO – Triste Fim de Policarpo Quaresma é o romance mais famoso escrito por
Lima Barreto. Leia o fragmento abaixo, pertencente ao romance em questão, e marque
alternativa correta.

1  De acordo com sua paixão dominante, Quaresma estivera muito tempo a meditar
qual seria a expressão poético-musical característica da alma nacional. Consultou
historiadores, cronistas e filósofos e adquiriu a certeza que era a modinha acompa-
nhada pelo violão. [...] Ricardo vinha justamente dar-lhe lição mas, antes disso, por
5 convite especial do discípulo, ia compartilhar o seu jantar; e fora por isso que o famo-
so trovador chegou mais cedo à casa do subsecretário.
 [...]
 E o jantar correu assim, nesse tom. Quaresma exaltando os produtos nacionais:
a banha, o toucinho e o arroz; a irmã fazia pequenas objeções e Ricardo dizia: “é, é,
10 não há dúvida” – rolando nas órbitas os olhos pequenos, franzindo a testa diminuta
que se sumia no cabelo áspero, forçando muito a sua fisionomia miúda e dura a ad-
quirir uma expressão sincera de delicadeza e satisfação.
 Acabado o jantar foram ver o jardim. Era uma maravilha; não tinha nem uma flor.
Certamente não se podia tomar por tal míseros beijos-de-frade, palmas-de-santa-rita,
15 quaresmas lutulentas, manacás melancólicos e outros belos exemplares dos nossos
campos e prados. Como em tudo o mais, o major era em jardinagem essencialmente
nacional. Nada de rosas, de crisântemos, de magnólias – flores exóticas; as nossas
terras tinham outras mais belas, mais expressivas, mais olentes, como aquelas que
ele tinha ali.

BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.

GRAN 30
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

A. ( ) A paixão e a valorização de tudo que é nacional levaram Quaresma a se indispor


com Ricardo Coração dos Outros, trovador de modinhas.
B. ( ) O narrador manifesta ironicamente sua opinião a respeito do jardim do Major.
C. ( ) Ainda sobre o jardim, o Major não se preocupava muito com a origem brasileira
de suas rosas.
D. ( ) Conforme o primeiro parágrafo, o que havia de mais importante no mundo para
o Major era a música.

Letra b.
A. O item está errado, pois foi o nacionalismo de Quaresma que o aproximou de Ricardo
Coração dos Outros, que ensinava o Major a tocar modinhas, uma vez que descobrira a
brasilidade dessas de modinhas tocadas no violão.
B. O item está correto. O narrador, de fato, jocosamente emite seu juízo de valor sobre o
jardim: Era uma maravilha. Não tinha nem uma flor.
C. O item está errado, pois o primeiro parágrafo relata a busca do Major pela expressão
poético-musical característica da alma nacional, ou seja, a busca por uma composição
genuinamente brasileira.
D. O item está errado, pois o Major “Como em tudo o mais, o major era em jardinagem
essencialmente nacional.” Beijos-de-frade, palmas-de-santa-rita, quaresmas lutulentas,
manacás melancólicos, segundo o Major, eram as mais belas, expressivas e olentes de
nossa terra.

22ª QUESTÃO – Leia o requerimento que a personagem Policarpo Quaresma enviou à


Câmara do Deputados e que lhe causou muitas contrariedades e problemas:
Era assim concebida a petição:

1  “P­­­­olicarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a lín-
gua portuguesa é emprestada ao Brasil, certo também de que, por esse fato, o fa-
lar e o escrever em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante
contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua,
5 sabendo além, que, dentro do nosso país, os autores e os escritores, com especia-
lidade os gramáticos, não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo-se,
diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estudiosos de nosso
idioma – usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congres-
so Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro.
10  O suplicante, deixando de parte os argumentos históricos que militam em favor
de sua ideia, pede vênia para lembrar que a língua é a mais alta manifestação da
inteligência de um povo, é a sua cria o mais viva e original; e, portanto, a emancipa-
ção política do país requer como complemento e consequência a sua emancipação
idiomática.
15  Demais, Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua originalíssima, aglutinan-
te, é verdade, mas a que o polissintetismo dá múltiplas feições de riqueza, é a única
capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza
e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais, por ser criação de

GRAN 31
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

povos que aqui viveram e ainda vivem, portanto possuidores da organização fisio-
20 lógica para que tendemos, evitando-se dessa forma as estéreis controvérsias gra-
maticais, oriundas de uma difícil adaptação de uma língua de outra região à nossa
organização cerebral e ao nosso aparelho vocal – controvérsias que tanto empecem
o progresso da nossa cultura literária, científica e filosófica.
 Seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar
25 semelhante medida e cônscio de que a Câmara e o Senado pesarão o seu alcance
e utilidade.
 P.e E. deferimento”

BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 23. ed. São Paulo. Ática, 2019.

Qual a única característica que não pode ser inferida a partir da leitura do requerimento?
A. ( ) Ingenuidade.
B. ( ) Idealismo.
C. ( ) Nacionalismo e ufanismo exacerbado.
D. ( ) Pragmatismo.

Letra d.
A. A característica da ingenuidade se aplica não somente ao requerimento, como tam-
bém ao caráter do Quaresma.
B. O idealismo se faz presente em praticamente todo o romance, já que Major Quaresma
enxerga a pátria como algo ideal e perfeito.
C. O nacionalismo exagerado e a exaltação da terra se fazem muito marcantes na primei-
ra parte da obra, da qual o requerimento faz parte.
D. O pragmatismo não se aplica, uma vez que decretar o tupi-guarani como língua oficial
não é viável. A língua portuguesa já estava consolidada.

23ª QUESTÃO – Ainda em relação ao requerimento escrito por Quaresma, leia as alter-
nativas abaixo. Os argumentos descriminados impedem a adoção do tupi-guarani como
língua oficial, exceto um deles. Que argumento é esse?
A. ( ) A língua de um povo está ligada a aspectos fisiológicos das pessoas.
B. ( ) As línguas são aprendidas e construídas culturalmente.
C. ( ) O pedido de Policarpo é um desejo pessoal.
D. ( ) A língua é expressão e patrimônio de um povo.

Letra a.
A. O argumento não impede a adoção do tupi, pois o aparelho fonador e o sistema cog-
nitivo permitem que o usuário esteja apto a aprender qualquer língua e não apenas uma
determinada língua.
B. O argumento impede a adoção do tupi, pois, para que uma língua seja apreendida, é
preciso que os falantes interajam socialmente.
C. O argumento impede a adoção do tupi como língua oficial, já que não expressa o pen-
samento coletivo, mas sim apenas um desejo de Quaresma.
D. O argumento impede a adoção do tupi, pois a língua reflete a cultura de um povo e o
tupi-guarani não era a única língua indígena falada no Brasil.

GRAN 32
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

Leia o Capítulo 68 de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

1  Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo de-
pois de ver e ajustar a casa. Interrompeu, mas um ajuntamento, era um preto que
vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas
palavras:” – Não, perdão, meu senhor, meu senhor, perdão!" Mas o primeiro não fazia
5 caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
 – Toma, diabo! diria ele; toma mais perdão, bêbado!
 – Meu senhor! gemia o outro.
 – Cala a boca, besta! replicava o vergalho.
 Parei, olhei.... justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o
10 meu moleque Prudêncio – o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele
deteve-se logo e pediu-me a bênção: perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
 – É, sim, nhonhô.
 – Fez-te alguma coisa?
 – É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, en-
15 quanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
 – Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
 – Pois não, nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
 Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui
caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente
20 perdido, aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos ca-
pítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo: mas
só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo
gaiato, fino e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das
pancadas recebidas, – transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe
25 um freio na boca, e desancava-o sem compaixão, ele gemia e sofria. Agora, porém,
que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar,
dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava comprou
um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam
as sutilezas do maroto!

MACHADO DE ASSIS. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 78.

24ª QUESTÃO – Com base no texto acima, marque a alternativa correta.


A. ( ) O narrador não vê nenhuma graça no comportamento violento de Prudêncio.
B. ( ) O narrador não encontra justificativa para o comportamento de Prudêncio.
C. ( ) O narrador conclui que o oprimido se torna opressor.
D. ( ) O narrador percebe que não há por ele nenhum respeito e submissão por parte
do ex-cativo.

Letra c.
A. O item está errado porque Brás Cubas acha graça no episódio e compreende a causa
da atitude de Prudêncio.

GRAN 33
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

B. O item está errado porque o narrador atribui as atitudes de Prudêncio (bater em seu
escravo) a uma forma de descontar as pancadas que recebera do narrador.
C. O item está correto, pois Prudêncio, depois de livre, escravizou outra pessoa como
uma forma de vingança, desfazendo-se das pancadas recebidas, transmitindo-as a
outro. Era uma forma de vingar-se de sua antiga condição de cativo, maltratado pelo
próprio narrador.
D. O item está errado, pois, mesmo livre, Prudêncio matinha respeito e submissão ao
narrador: “– Pois não, nhonhô manda, não pede.”

25ª QUESTÃO – Ainda com base no fragmento de Memórias Póstumas, marque a alter-
nativa que não contenha uma ironia ou metáfora.
A. ( ) “Segui meu caminho, a cavar cá dentro uma infinidade de reflexões [...]”
B. ( ) “[...] ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera.”
C. ( ) “Logo que mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino e até
profundo.”
D. ( ) “O outro não se atrevia a fugir, gemia somente estas únicas palavras [...]”

Letra d.
A. O item apresenta uma metáfora:” a cavar cá dentro:”: refletir profundamente, rememorando.
B. O item apresenta a ironia/metáfora: ia vingando-se do escravo por ter sido maltratado.
C. O item apresenta a metáfora: “meti mais dentro a faca do raciocínio”: o processo de
raciocinar é comparado à dissecação.
D. O item não apresenta nem metáfora nem ironia. A linguagem nele é predominante-
mente denotativa (sentido real).

NOÇÕES DE LÍNGUA INGLESA


ALEXANDRE HARTMANN

WHAT IS TASER?

 A Taser is a bright yellow, hand-held, electronic device. It is only used by officers


who have received specialised training and in situations where they need to deal with
violent or dangerous individuals at a distance.
 Tasers use an electrical current to temporarily incapacitate a person. Extensive
medical and scientific tests were carried out before Taser was approved for use.
 A Taser is usually held in a holster on an officer's body armour, and is one of
several measures available to keep officers and the public safe. Its design ensures the
device stands out so is easy to spot and identify.
 Officers equipped with a Taser don't use it lightly. They are trained to assess and
continually re-assess a situation and must decide on the most reasonable and necessary
use of force in the circumstances. The level of force used must be proportionate, and
officers are individually accountable in law for the amount of force they use.
 It is important to note that there are a range of other measures which officers
can use as alternatives to Taser, such as physical restraint, batons, and PAVA spray.

GRAN 34
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

The decision on which measure to use often depends upon the situation, but Taser
will often be the safest way to reach a safe resolution. In most cases involving Taser,
the mere threat of its use has been enough to de-escalate a situation and reach a
peaceful resolution.

Source: <https://www.northants.police.uk/police-forces/northamptonshire-police/areas/
northamptonshire-force-content/sd/stats-and-data/taser/>.

26ª QUESTÃO – In the author´s opinion, Taser:


A. ( ) will frequently be the most secure way to come to a safe resolution.
B. ( ) should rarely be used to reach a safe resolution.
C. ( ) is completely safe against violent or dangerous individuals.
D. ( ) is the only way to reach a safe resolution.

Letra a.
Na opinião do autor, Taser: (A ) frequentemente será a maneira mais segura de chegar
a uma resolução segura. Frase localizada no 5º parágrafo: Taser will often be the safest
way to reach a safe resolution [O Taser geralmente é a maneira mais segura de chegar a
uma resolução segura]. As demais alternativas erram: (B) raramente deve ser usado para
alcançar uma resolução segura; (C) é totalmente seguro contra indivíduos violentos ou
perigosos; (D) é a única maneira de chegar a uma resolução segura.

27ª QUESTÃO – Taser-equipped police officers must choose when to use force:
A. ( ) exceeding the bounds of reason or moderation.
B. ( ) in a way that is not fair or acceptable.
C. ( ) in a way that shows good judgement.
D. ( ) beyond a normal or acceptable limit.

Letra c.
Policiais equipados com Taser devem escolher quando usar a força (C) de uma forma que
mostra bom senso. O 4º parágrafo afirma, “Oficiais equipados com um Taser não o usam
levianamente. Eles são treinados para avaliar e reavaliar continuamente uma situação e
devem decidir sobre o uso da força mais razoável e necessário nas circunstâncias”. As
demais alternativas erram: (A) excedendo os limites da razão ou moderação; (B) de uma
forma que não seja justa ou aceitável; (D) além de um limite normal ou aceitável.

28ª QUESTÃO – The word “accountable” in “officers are individually accountable in law
for the amount of force they use” can be replaced, with no change in meaning, by:
A. ( ) irresponsible.
B. ( ) responsible.
C. ( ) immune.
D. ( ) guilty.

Letra b.

GRAN 35
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

A palavra “responsável” em “os oficiais são individualmente responsáveis ​​por lei pela
quantidade de força que usam” pode ser substituída, sem alteração de significado, por
(B) responsável. As demais erram: (A) irresponsável; (C) imune; (D) culpado.

29ª QUESTÃO – “A small case usually made of leather and fixed on a belt or a strap, used
for carrying a weapon” is a possible definition of:
A. ( ) Taser.
B. ( ) physical restraint.
C. ( ) batons.
D. ( ) holster.

Letra d.
“Um pequeno estojo geralmente feito de couro e preso a um cinto ou correia, usado para
carregar uma arma” é uma possível definição de (D) coldre. As demais alternativas erram:
(A) Taser; (B ) contenção física; (C) bastões.

30ª QUESTÃO – The sentence “Extensive medical and scientific tests were carried out”
in the Active Voice is:
A. ( ) Someone will carry out extensive medical and scientific tests.
B. ( ) No one carried out extensive medical and scientific tests.
C. ( ) At least someone is carrying out extensive medical and scientific tests.
D. ( ) Someone carried out extensive medical and scientific tests.

Letra d.
A frase na voz ativa é (D) Alguém realizou amplos testes médicos e científicos. As demais
alternativas erram: (A) Alguém realizará amplos testes médicos e científicos; (B) Ninguém
realizou amplos testes médicos e científicos; (C) Pelo menos alguém está realizando
amplos testes médicos e científicos; Lembrete: para transpor uma frase da voz ativa para
a voz passiva, e vice-versa, pense em português. A ideia é a mesma. Se digo, “Amplos
testes médicos e científicos foram realizados”, na voz ativa, “Alguém realizou amplos
testes médicos e científicos”.

GRAN 36
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

NOÇÕES DE DIREITO – CONSTITUIÇÃO DA


REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
WESLEI MACHADO

31ª QUESTÃO – A constituição elaborada por uma pessoa ou pela classe dominante e
submetida a referendo popular, em relação à qual se exija, para alteração de suas normas
definidoras de direitos e garantidores, um processo legislativo mais dificultoso e, para o
restante, a observância do processo legislativo ordinário, pode ser classificada como:
A. ( ) constituição outorgada e constituição semirrígida.
B. ( ) constituição bonapartista e constituição semirrígida.
C. ( ) constituição outorgada e constituição formal.
D. ( ) constituição cesarista e constituição formal.

Letra b.
As constituições elaboradas por uma pessoa ou por um grupo dominante e submetida a
referendo popular denominam-se constituição cesarista ou bonapartista. Por sua vez, a
constituição em que parte de suas normas são alteradas por meio de um processo legis-
lativo mais dificultoso e o restante, a partir do processo legislativo ordinário, é chamada
de semirrígida.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra B.

32ª QUESTÃO – No processo de reforma da Constituição Federal, situação em que há a


manifestação do poder constituinte derivado, não figura no rol de cláusulas pétreas:
A. ( ) a forma federativa de Estado.
B. ( ) a forma republicana de governo.
C. ( ) o voto direto, secreto, universal e periódico.
D. ( ) a separação dos Poderes.

Letra b.
De acordo com o art. 60, parágrafo quarto da Constituição Federal, não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Atente-se para o fato de que a forma republicana de governo não figura no rol de cláusu-
las pétreas, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra B.

GRAN 37
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

33ª QUESTÃO – Sobre os direitos e garantias fundamentais, assinale a alternativa correta.


A. ( ) Os brasileiros não podem ser extraditados, salvo em caso de crime comum pra-
ticados antes da naturalização ou de comprovado envolvimento com o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins.
B. ( ) A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado democrático constitui crime insuscetível de graça ou anistia e inafiançável.
C. ( ) Constitui crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia o racismo.
D. ( ) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, quando trabalhada pela fa-
mília, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva.

Letra d.
De acordo com o art. 5º, XXVI, da Constituição Federal, a pequena propriedade rural, as-
sim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
A. Segundo o art. 5º, LI, da Constituição Federal, nenhum brasileiro será extraditado, sal-
vo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de com-
provado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
B. A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
democrático constitui crime inafiançável e imprescritível.
C. A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de re-
clusão, nos termos da lei.

34ª QUESTÃO – Em razão da prática de crime comum pelo Presidente da República,


durante a vigência de seu mandato, quando não tenha relação com o seu cargo, nem
decorra de suas atribuições, assinale a alternativa correta.
A. ( ) O presidente da República não poderá ser responsabilizado durante a vigência
do seu mandato.
B. ( ) Para a admissão da acusação, exige-se a manifestação favorável de, pelo me-
nos, dois terços dos deputados federais.
C. ( ) A competência para o seu processo e julgamento será do Supremo
Tribunal Federal.
D. ( ) Se preenchidos os requisitos, o Presidente da República poderá ser preso.

Letra a.
Nos termos do art. 86, parágrafo quarto da Constituição Federal, o Presidente da Repú-
blica, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra A.
Em relação à alternativa D, destaque-se que o presidente da República somente pode
ser preso em caso de sentença condenatória.

GRAN 38
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

35ª QUESTÃO – De acordo com as disposições constitucionais aplicáveis à segurança


pública, assinale a alternativa correta.
A. ( ) Os policiais civis podem exercer o direito de greve.
B. ( ) Compete à Polícia Militar a execução das atividades de defesa civil.
C. ( ) Ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apura-
ção de infrações penais, inclusive as militares, cabem à Polícia Civil.
D. ( ) Cabe à Polícia Federal exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras.

Letra d.
De acordo com o art. 144, parágrafo primeiro, III, da Constituição Federal, compete à Po-
lícia Federal exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
A. Os servidores públicos com atuação nos órgãos de segurança pública não podem
exercer o direito de greve.
B. Compete ao Corpo de Bombeiros Militar a execução das atividades de defesa civil.
C. Ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares, cabem à Polícia Civil.

NOÇÕES DE DIREITO – LEI N. 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942 – LEI DE


INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
ANA CRISTINA KOCH

36ª QUESTÃO – Marque a alternativa correta, de acordo com o Decreto-Lei n. 4.657, de


04/09/1942 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
A. ( ) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifi-
que ou revogue.
B. ( ) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida,
inicia-se 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada.
C. ( ) Algumas pessoas podem se escusar de cumprir a lei, alegando que não
a conhecem.
D. ( ) Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a
lei do país do domicílio do seu proprietário.

Letra a.
A. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 2º, não
se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revo-
gue. Ou seja, as leis brasileiras têm caráter permanente, como regra geral. Seguem em
vigor até que se publique uma outra lei que a modifique ou revogue. As leis temporárias
já trazem expresso seu tempo de validade.
B. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 1o, §
1o, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-

GRAN 39
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

-se três meses depois de oficialmente publicada, sendo que a lei começa a vigorar em
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, se for no país e salvo
disposição em contrário.
C. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 3o, nin-
guém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. A lei, depois de tornada
pública, através de publicação oficial, passa a vigorar para todos, não podendo ninguém
alegar ignorância para justificar seu descumprimento.
D. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 8o,
para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do
país em que estiverem situados. A qualificação dos bens e os atos referentes a eles obe-
decem à lei do país onde se encontram, e não a do domicílio dos proprietários.

37ª QUESTÃO – Marque a alternativa falsa, de acordo com o Decreto-Lei n. 4.657, de


04/09/1942 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
A. ( ) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a
lei anterior.
B. ( ) Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstá-
culos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a
seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
C. ( ) Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na apli-
cação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após
realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral,
celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o
qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
D. ( ) O juiz deve sempre conhecer as leis, não podendo exigir de quem as invoca
prova do texto e da vigência.

Letra d.
A. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 2º,
parágrafo 1º, a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quan-
do seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a
lei anterior.
B. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 22, na
interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem pre-
juízo dos direitos dos administrados.
C. Certa. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 26,
para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do
direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa
poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta

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PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os


interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua
publicação oficial.
D. Errada. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, art. 14,
não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e
da vigência.

DIREITOS HUMANOS
DANIEL BARBOSA

38ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.
A. ( ) Ninguém será submetido à tortura, mas poderá ser submetido a
tratamento degradante.
B. ( ) Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
C. ( ) Todos são iguais perante a lei e têm direito, com distinções específicas, a igual
proteção da lei.
D. ( ) Apenas os mais vulneráveis devem receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais.

Letra b.
A. Errada.

DUDH. Art. 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel
desumano ou degradante.

B. Certa.

DUDH. Art. 6º Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhe-
cido como pessoa perante a lei.

C. Errada.

DUDH. Art. 7º Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a
igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação
que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

D. Errada.

DUDH. Art. 8º Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais com-
petentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

GRAN 41
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

39ª QUESTÃO – De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinale
a alternativa correta.

I – Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.


II – Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
III – Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de ma-
nifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou
em particular.

Estão corretos:
A. ( ) apenas o item I.
B. ( ) apenas o item II.
C. ( ) apenas o item III.
D. ( ) todos os itens.

Letra d.
DUDH. Art. 17.1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade
com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
DUDH. Art. 18. Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou
em particular.

40ª QUESTÃO – De acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assi-
nale a alternativa INCORRETA.
A. ( ) Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser pro-
tegido pela lei e, em geral, desde o momento do nascimento. Ninguém pode ser
privado da vida arbitrariamente.
B. ( ) Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser im-
posta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada
antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a
delitos aos quais não se aplique atualmente.
C. ( ) Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
D. ( ) Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos políticos.

Letra a.
A CADH adota a teoria concepcionista no que tange à proteção à vida. Em geral, a vida
é protegida desde o momento da concepção.

CADH. Art. 4.1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito
deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém
pode ser privado da vida arbitrariamente.

GRAN 42
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

4.2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser
imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal
competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes
de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos
quais não se aplique atualmente.
4.3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
4.4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos políticos.
4.5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração
do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em
estado de gravidez.

RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
DIEGO RIBEIRO

41ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


O dobro do quadrado de um número diminuído de 10 unidades é igual a 8 vezes o núme-
ro considerado. Qual é o número real?
A. ( ) 1 ou 3.
B. ( ) 3 ou 5.
C. ( ) 5 ou 7.
D. ( ) 5 ou -1.

Letra d.
2x2– 10 = 8x
Dividindo por 2 ambos os lados da equação, temos:
x2– 5 = 4x
x2 – 4x - 5 = 4x
a=1
b=-4
c=-5

Utilizando a fórmula de Bhaskara, segue que:


∆ = b2 – 4.a.c = 16 – 4.(1).(-5) = 16 +20 = 36
X = 4 + 6/2
X1 = 5
X2 = -1

42ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Efetuando a soma 0,00059 hm³ + 850 m³, obtém-se:
A. ( ) 1,44 x 106 litros
B. ( ) 0,144 x 106 litros
C. ( ) 1.440 litros
D. ( ) 14.400 litros

GRAN 43
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

Letra a.
Vamos trabalhar conversão.

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³

Da esquerda para direita, cada “casa” multiplica-se por 103 = 1000 e, da direita para es-
querda, divide-se por 1000.
hm³ para m³: andamos duas casas para a direita. Logo, devemos multiplicar por 103 . 103
= 106 = 1.000.000
0,00059 hm³ x 1000000 = 590m³ (conversão de hectômetro cúbico para metro cúbico)
Assim, 850 m³ + 590 m³ = 1.440 m³
As alternativas estão em litros (lembrando que 1M³ equivale a mil litros), portanto basta
multiplicar por 1000 novamente para obter a quantidade em litros.
1.440 x 1000 = 1.440.000 litros = 1,44 x 106

43ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Quantas são as senhas de 5 dígitos formadas pelos algarismos 0, 1 e 2 que são múltiplos
de 5?
A. ( ) 27.
B. ( ) 243.
C. ( ) 81.
D. ( ) 0.

Letra c.
Para ser múltiplo de 5, precisa terminar em 0 ou 5. Como não temos o 5 como opção de
número na questão, deverá terminar em 0.
Possibilidades:

0, 1 e 2/ 0, 1 e 2/ 0, 1 e 2/ 0, 1 e 2/ apenas 0

Aplicou-se o Princípio Fundamental de Contagem.

GRAN 44
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

44ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Seis pessoas, entre elas Ana e João, vão formar uma fila. Sabendo-se que Ana e João
devem ficar juntos, quantas são as possibilidades de se formar essa fila?
A. ( ) 240.
B. ( ) 120.
C. ( ) 720.
D. ( ) 480.

Letra a.
Como Ana e João devem ficar juntos, eu preciso agrupá-los e formar “uma pessoa” só.
Agora observe que tenho 5 pessoas que permutarão de posição. Logo, P5 = 5! = 120.
Acontece que Ana e João também permutam entre si, logo P2 = 2! = 2

45ª QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA.


Qual a afirmação equivalente à negação da afirmação “Se compro, então eu preciso”?
A. ( ) Se não preciso, então eu não compro.
B. ( ) Não preciso e não compro
C. ( ) Compro e não preciso.
D. ( ) Compro ou não preciso

Letra c.
Para a negação da condicional, aplica-se a regra do MANE (mantém a primeira e nega
a segunda).
Se compro, então eu pago = c → p
~(c → p) = c ^ ~p = Compro e não preciso

46ª QUESTÃO – Sabendo que, em um restaurante com 150 pessoas, 64% comeram o
prato principal, 54 comeram a sobremesa e 25 comeram apenas a entrada, considerando
o total presentes, qual a fração que representa as pessoas que comeram o prato principal
ou a sobremesa?
A. ( ) 1/3.
B. ( ) 1/6.
C. ( ) 1/5.
D. ( ) 5/6.

Letra d.
Total = 150
Entrada = 25 (Não comeram o prato principal nem sobremesa.)
150 (Total) – 25 (entrada) = 125 (principal ou sobremesa.)

GRAN 45
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

Regra de 3
150 – 1
125 – x
150x = 125
X = 125/150 = 5/6
“Ou” significa união de conjuntos.

47ª QUESTÃO – Seja a1 o primeiro termo de uma P.A. de razão 2 e, também, o primeiro
termo de uma P.G. de razão 3, para que o 161º termo da P.A. seja igual ao 5º termo da
P.G., o valor de a1 deve ser:
A. ( ) 3.
B. ( ) 4.
C. ( ) 2.
D. ( ) 1.

Letra b.
A questão solicita que o termo a161 de uma P.A. seja igual ao a5 de uma P.G.

PA
an = a1 + (n - 1) . r
a161 = a1 + (160) . 2
a161 = a1 + 320

PG
an = a1 . q n-1
a5 = a1. 34 = 81a1
Basta igualar:
a161 = a5
a1 + 320 = 81a1
80a1 = 320
a1 = 4

48ª QUESTÃO – Das proposições abaixo, qual não é uma tautologia?


A. ( ) ~(~p ^ p)
B. ( ) ~p ^ ~q
C. ( ) (p → q) v (p ^ ~q)
D. ( ) (p v q) v (~p ^ ~q)

Letra b.
A conjunção, como conectivo lógico principal, nunca será uma tautologia.
Temos a tautologia básica, que é a disjunção entre uma proposição e a sua nega-
ção. Ou seja,
p v ~p.
As alternativas A, C e D trazem essa tautologia básica.

GRAN 46
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

A ~(~p ^ p) = p v ~p
C (p → q) v (p ^ ~q) = (p → q) v ~( p → q)
D (p v q) v (~p ^ ~q) = (p v q) v ~(p v q)

49ª QUESTÃO – Sabendo que as proposições “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci
não é o deus do sol” e “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua” são falsas
e que a proposição “Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais” é
verdadeira, não podemos concluir que:
A. ( ) ou Jaci é irmã ou ela é esposa de Tupã.
B. ( ) Guaraci é o deus do sol e Jaci é irmã de Tupã.
C. ( ) Jaci não é esposa de Tupã ou Sumé não é o deus da lua.
D. ( ) Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais.

Letra a.
A questão afirma serem falsas as proposições:
I) “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci não é o deus do sol.”
II) “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua.”
A condicional só é falsa quando temos Vera Fischer (V → F).
Logo, podemos concluir que:
I) “Se Jaci é irmã de Tupã, então Guaraci não é o deus do sol”
Jaci é irmã de Tupã = V
Guaraci não é o deus do sol = F
II) “Se Jaci é esposa de Tupã, então Sumé é o deus da lua”
Jaci é esposa de Tupã = V
Sumé é o deus da lua = F
III) “Ceuci é a deusa da lavoura e Anhanguá é o protetor dos animais”
Ceuci é a deusa da lavoura = V
Anhanguá é o protetor dos animais = V
Analisando as alternativas:
A. V v V = F
B. V ^V = V
C. F v V = V
D. V ^ V = V
Na alternativa A, “Ou jaci é irmã ou ela é esposa de Tupã”, temos uma disjunção exclusiva
cujas proposições são todas verdadeiras. Pela tabela-verdade da disjunção exclusiva,
quando temos valores iguais, a disjunção exclusiva é FALSA.

GRAN 47
PM/MG – 2º SIMULADO – SOLDADO 2ª CLASSE (PÓS-EDITAL)

50ª QUESTÃO – Considerando um experimento que consiste no lançamento de um dado


honesto, se esse experimento for realizado três vezes, a probabilidade de haver três nú-
meros pares é de:
A. ( ) 12,5%.
B. ( ) 10%.
C. ( ) 15%.
D. ( ) 20%.

Letra a.
Um dado possui 6 faces (3 pares e 3 ímpares).
Logo, a probabilidade de sair par em um lançamento é 3/6 = 1/2.
Como são 3 lançamentos, temos:
1/2*1/2*1/2 = 1/8 = 12,5%

GRAN 48

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