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O QUE SÃO DEFENSIVOS

AGRÍCOLAS E CUIDADOS
NA UTILIZAÇÃO
2021– Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar

1ª. Edição – 2021

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Gerente Administrativa Departamento de Comunicação e Marketing


Patrícia Fédor Valmir Mello
MiniCurso -Cuidados no uso de defensivos agrícolas

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
O clima tropical do Brasil permite aumentar a produtividade no campo, o que traz inú-
meros benefícios para a safra anual, produzindo mais em uma mesma área, conse-
quentemente evitando o desmatamento e garantindo aumento da oferta de alimentos.
Por outro lado, esse clima favorece a proliferação de pragas que atacam as culturas.
Isso se torna um grande desafio para os produtores rurais, que podem perder parte da
lavoura, causando impacto na produção de alimentos e na economia do país.

Os defensivos agrícolas são substâncias químicas ou biológicas que ajudam a evitar


danos causados pelas pragas nas lavouras.

CUIDADOS NO USO DE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
Os defensivos agrícolas devem ser usados com responsabilidade! O Manejo Integrado
de Pragas, ou MIP, é a integração de diferentes ferramentas de controle e práticas agrí-
colas. A utilização dessas ferramentas e métodos tem o objetivo de diminuir a popula-
ção de pragas através do uso consciente destes produtos.

Veja no infográfico os métodos que podem ser utilizados no MIP:

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MiniCurso -Cuidados no uso de defensivos agrícolas

Os defensivos devem ser usados apenas quando as pragas


estão a ponto de prejudicar a lavoura, sempre seguindo as
recomendações de um profissional legalmente habilitado. Dessa
forma, evita-se que as pragas criem resistência a esses produtos
cujo desenvolvimento demanda muito estudo e investimento.

Quando os defensivos são utilizados de forma responsável e correta, o produtor evita


a perda de alimentos nas lavouras e pode produzir mais em uma mesma área. Com
menos perdas, a produtividade aumenta e o preço para o consumidor final diminui.

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MiniCurso -Cuidados no uso de defensivos agrícolas

Os defensivos agrícolas são produtos que exigem cuidados especiais e é fundamental


que eles sejam utilizados corretamente, para que seus benefícios sejam aproveitados,
sem descuidar da saúde e do meio ambiente.

CONTROLE DE RISCOS NO USO


DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
A definição do nível de risco de um defensivo agrícola está ligada a duas características:

Quando se aplica um defensivo agrícola, não é possível controlar sua toxicidade, mas existe
a possibilidade de controlar a exposição ao produto. Esse controle de exposição pode acon-
tecer em três momentos:

Fonte Trajetória Indivíduo

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MiniCurso -Cuidados no uso de defensivos agrícolas

FONTE
É a fonte do risco: o próprio produto ou um pulverizador desregulado. O controle na
fonte é o mais eficaz. Controlar o risco na fonte significa adotar as medidas para redu-
zir o risco no processo de produção e nas fontes de risco presentes no ambiente de
trabalho, de modo a proporcionar boas condições e um ambiente de trabalho seguro e
saudável. Antes de aplicar o defensivo agrícola, deve-se considerar se essa aplicação
é mesmo necessária e pensar em outros métodos, como diversificação, consorciação,
rotação de culturas, manejo ecológico e o MIP.

Se ainda for necessário aplicar o defensivo, pode ser feito o controle na fonte das seguintes
formas:
• usando produtos de menor toxicidade e periculosidade para
o ambiente;
• utilizando equipamentos de pulverização em bom estado e com
regulagem adequada;
• seguindo as normas de segurança para máquinas e implementos;
• escolhendo soluções mais específicas, com baixa toxicidade,
com menor dose por área e com formulações de manuseio mais
seguro.

No Brasil existem normas de segurança para máquinas e implementos


produzidos e comercializados no país, como a NR 12 do Ministério
do Trabalho, alterada pela Portaria nº 197, de 17/12/2010. Por isso,
é comum encontrar pulverizadores com sistema para lavagem de
embalagens vazias, incorporação de produtos, proteção de partes
móveis e plataforma de acesso ao tanque com áreas mínimas de
segurança e piso antiderrapante, além de recipiente com água limpa
para o operador lavar as mãos.

Existem também normas sobre o papel dos produtores na segurança no uso de de-
fensivos agrícolas, como a NBR ISO 16122 e a Lei nº 7802, de 11/07/1989. Uma boa
manutenção e regulagem dos pulverizadores evita desperdícios, reduz a exposição do
operador e protege o meio ambiente.

A NR 31 do Ministério do Trabalho, publicada através da PORTARIA Nº 22.677, de 22


de outubro de 2020, determina que o operador receba um treinamento sobre con-

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MiniCurso -Cuidados no uso de defensivos agrícolas

ceitos básicos de segurança para lidar com defensivos agrícolas. Esse treinamento,
somado à orientação técnica sobre a regulagem do pulverizador, permite reduzir pro-
blemas, como escorrimento e deriva, deixando a operação mais eficaz e segura.

TRAJETÓRIA
O controle na trajetória é feito quando o produto está sendo aplicado. Utilizam-se bar-
reiras físicas para reduzir o contato entre o defensivo agrícola e o aplicador e para re-
duzir os contaminantes no ambiente de trabalho. Alguns exemplos de controle na tra-
jetória são:

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MiniCurso - Comportamento do fogo

INDIVÍDUO
Quando o controle na fonte e na trajetória não são suficientes, é preciso fazer o con-
trole no indivíduo através dos Equipamentos de Proteção Individual. Siga sempre
o recomendado em rótulo e bula.

REFERÊNCIAS
Conteúdo elaborado por: Dr Hamilton Humberto Ramos. Centro de Engenharia e Au-
tomação do Instituto Agronômico. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Es-
tado de São Paulo.

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