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REPARADOR
DESENHO MECÂNICO E
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
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DESENHO MECÂNICO E TUBULAÇÕES
INDUSTRIAIS
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Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem
autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
MAEOKA, Graciele
FARIA, Rubens Alexandre de (revisão)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, 2006.
49 p.:56il.
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ÍNDICE
1 Introdução................................................................................................................................7
1.1 Projeção ortogonal .................................................................................................................. 8
2 Perspectiva ............................................................................................................................10
2.1 Construção de modelos ........................................................................................................ 10
2.2 Esboço em perspectiva ......................................................................................................... 10
2.3 Apresentação do desenho técnico ........................................................................................ 11
2.4 A Padronização dos desenhos técnicos ............................................................................... 11
3 Normas da ABNT ..................................................................................................................12
3.1 NBR 10647 – desenho técnico – norma geral ...................................................................... 12
3.2 NBR 10068 – folha de desenho layout e dimensões ............................................................ 12
3.3 NBR-10582 – apresentação da folha para desenho técnico ................................................ 13
3.4 NBR 13142 – desenho técnico – dobramento de cópias...................................................... 14
3.5 NBR 8196 – desenho técnico – emprego de escalas ........................................................... 14
3.6 NBR 8402 – execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos........................... 15
3.7 NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos, tipos de linhas e larguras das linhas......... 16
3.8 NBR 12298 – representação de área de corte por meio de hachuras ................................. 17
3.9 NBR10126 – cotagem em desenho técnico.......................................................................... 17
4 Regras para colocação de cotas...........................................................................................18
4.1 Definições básicas ................................................................................................................ 18
4.1.1 Cota ....................................................................................................................................... 18
4.1.2 Linha de cota ......................................................................................................................... 19
4.1.3 Flechas .................................................................................................................................. 20
4.1.4 Linhas de extensão ou auxiliares .......................................................................................... 20
4.2 Cotas necessárias................................................................................................................. 21
4.3 Incorporação de símbolos às cotas ...................................................................................... 21
4.4 Cotagem em série e em paralelo .......................................................................................... 22
4.5 Cotas internas e externas em vistas representadas em corte.............................................. 22
4.6 Cruzamento de linhas de cota............................................................................................... 23
4.6.1 Cruzamento com números .................................................................................................... 23
4.7 Cotagem de inclinação.......................................................................................................... 24
4.8 Cotagem de chanfros ............................................................................................................ 24
5 Sistema de projeções ortogonais ..........................................................................................25
5.1 Plano de vista superior ou horizontal de projeção ................................................................ 26
5.2 Plano de vista frontal ou vertical de projeção ....................................................................... 26
5.3 Plano de vista lateral ou de perfil .......................................................................................... 27
5.4 Plano de vista em corte de projeção..................................................................................... 27
5.5 Traçados da perspectiva isométrica do prisma..................................................................... 28
6 Desenho mecânico................................................................................................................32
6.1 Desenho em corte ................................................................................................................. 32
6.2 Conjunto mecânico................................................................................................................ 36
6.3 Tolerância dimensional ......................................................................................................... 37
6.4 Acabamento .......................................................................................................................... 37
7 Identificação de tubulações, vasos, equipamen-tos e instrumentos.....................................39
7.1 Tipos de desenhos de tubulações......................................................................................... 40
7.1.1 Fluxograma............................................................................................................................ 40
7.1.2 Plantas de tubulações ........................................................................................................... 44
7.1.3 Desenhos isométricos ........................................................................................................... 46
7.1.4 Outros desenhos de tubulação ............................................................................................. 48
3
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Imagem rupestre - Idade Antiga...........................................................................................7
Figura 1.2 – Desenho mecânico...............................................................................................................8
Figura 1.3 – Projeções Ortogonais...........................................................................................................8
Figura 1.4 – Projeções Ortogonais, horizontal e vertical..........................................................................9
Figura 2.1 – Representação de um cubo através de perspectivas ........................................................10
Figura 3.1 – Formatos padrão de papel, conforme norma ABNT. .........................................................12
Figura 3.2 – Modelo de Legenda............................................................................................................13
Figura 3.3 – Módulo A4. .........................................................................................................................13
Figura 3.4 – Prancha de Desenho..........................................................................................................14
Figura 3.5– Emprego de Escalas. ..........................................................................................................15
Figura 3.6 – Padrão de Escalas Utilizadas.............................................................................................15
Figura 3.7 – Tabela de Linhas Padrão Utilizadas no Desenho Técnico. ...............................................16
Figura 4.1 – Representação das regras de cotagem. ............................................................................18
Figura 4.2 – Exemplos de Cotas. ...........................................................................................................19
Figura 4.3 – Tipos de linhas de cota. .....................................................................................................19
Figura 4.4 – Tipos de flechas. ................................................................................................................20
Figura 4.5 – Detalhes das linhas de extensão. ......................................................................................20
Figura 4.6 – Detalhes de cotagem. ........................................................................................................21
Figura 4.7 – Símbolos na Cotagem: diâmetro e raio..............................................................................21
Figura 4.8 – Exemplo de cotas em série e paralelo. ..............................................................................22
Figura 4.9 – Exemplo de cotagem externa e interna. ............................................................................22
Figura 4.10 – Cruzamento de linhas de cota..........................................................................................23
Figura 4.11 – Cruzamento com números. ..............................................................................................23
Figura 4.12 – Exemplo de representação de telhado inclinado. ............................................................24
Figura 4.13 – Exemplo de cotagem de chanfros....................................................................................24
Figura 5.1 – Representação dos diedros. ..............................................................................................25
Figura 5.2 – Plano de Vista Superior......................................................................................................26
Figura 5.3 – Plano de Vista Frontal. .......................................................................................................26
Figura 5.4 – Plano de Vista Lateral. .......................................................................................................27
Figura 5.5 – Plano de Vista em Corte. ...................................................................................................27
Figura 5.6 – Traçado de perspectiva isométrica com detalhes paralelos. .............................................29
Figura 5.7 – Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos. ..............................................29
Figura 5.8 – Linhas não paralelas. .........................................................................................................30
Figura 5.9 – Vistas da peça. ...................................................................................................................30
Figura 5.10 – Vistas de uma peça..........................................................................................................31
Figura 5.11 – Exemplo de Desenho. ......................................................................................................31
Figura 6.1 – Desenho em corte. .............................................................................................................32
Figura 6.2 – Vista em corte – sem hachuras..........................................................................................32
Figura 6.3 – Tipos de hachuras. .............................................................................................................33
Figura 6.4 – Exemplo de Desenho Técnico com Hachuras. ..................................................................33
Figura 6.5 – Vista em Corte de Bomba Injetora. ....................................................................................34
Figura 6.6 – Representação de parafusos padrão numa válvula...........................................................34
Figura 6.7 – Representação de porcas em eixo.....................................................................................35
Figura 6.8 – Representação de arruelas. ...............................................................................................35
Figura 6.9 – Ilustração do desenho de rebites .......................................................................................36
Figura 6.10 - Indicação de afastamento em desenho. ...........................................................................37
Figura 7.1 – Exemplo de identificação de bombas em desenho de tubulação......................................39
Figura 7.2 – Tabela de convenção para identificação de válvulas e instrumentos (ISA).......................40
Figura 7.3 - Fluxograma de Processo. ...................................................................................................41
Figura 7.4 - Detalhamento do Fluxograma de Processo........................................................................41
Figura 7.5 – Fluxograma Mecânico ........................................................................................................43
Figura 7.6 - Planta de tubulação.............................................................................................................44
4
Figura 7.7 - Planta de tubulação. ...........................................................................................................45
Figura 7.8 – Tubulação em área de processo........................................................................................46
Figura 7.9– Representação de Tubulações ...........................................................................................47
Figura 7.10 – Representação Isométrica. ..............................................................................................48
5
APRESENTAÇÃO
6
I-INTRODUÇÃO
1 Introdução
Desde a Antigüidade, o desenho é uma forma importante de comunicação. Para entender
essa importância basta observar a História, que mostra a cultura e costumes de nossos ancestrais
através de desenhos em paredes e rochas.
O desenho técnico, tal como o entendemos hoje, foi desenvolvido graças ao matemático
francês Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de representação gráfica que existiam até aquela
época não possibilitavam transmitir a idéia dos objetos de forma completa, correta e precisa. O
método permite representar com precisão os objetos que têm três dimensões (comprimento, largura e
altura) em superfícies planas, sendo a base do desenho técnico.
De uma maneira geral o desenho técnico é uma forma de representação gráfica, usada, entre
outras finalidades, para ilustrar instrumentos de trabalho como máquinas, peças e ferramentas,
demonstrando a forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades
requeridas pelas diversas modalidades de projeto.
Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas
normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da
engenharia e da arquitetura, e deve transmitir com exatidão todas as características do objeto que
representa. No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas.
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Figura 1.2 – Desenho mecânico.
Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto ou figura será feita por sua
projeção sobre um plano, ou seja, os raios projetantes tangenciam a imagem e atingem o plano de
projeção formando a projeção resultante.
Como os raios projetantes são paralelos e perpendiculares em relação ao plano de projeção,
a representação resultante representa a forma e a verdadeira grandeza do objeto projetado. Este tipo
de projeção é denominado Projeção Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo).
8
Figura 1.4 – Projeções Ortogonais, horizontal e vertical.
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II-PERSPECTIVA
2 Perspectiva
A visualização de um objeto traz a sensação profundidade e relevo. As partes mais próximas
parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores. Por exemplo, a fotografia mostra
um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois transmite a idéia de três
dimensões: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo especial de
representação gráfica: a perspectiva. Existem diferentes tipos de perspectiva:
O esboço em perspectiva são desenhos feitos rapidamente à mão livre e é outro método
utilizado para facilitar a visualização da forma espacial do objeto.
Um dos procedimentos para leitura do desenho através do esboço em perspectiva é
semelhante à modelagem a partir de um bloco com cortes sucessivos. Desenha-se inicialmente a
perspectiva de um paralelepípedo que contenha as dimensões de comprimento, largura e
10
profundidade da peça, fazendo a localização nas faces do paralelepípedo dos sentidos de observação
que foram utilizados na obtenção das projeções ortogonais.
Comparando os sentidos de observação marcadas nas faces do paralelepípedo com as
respectivas projeções ortogonais, é esboçado em perspectiva os detalhes definidos em cada vista do
desenho.
Na elaboração de desenhos à mão livre, ainda que a perfeição dos traços seja importante, é
muito mais importante o rigor das proporções e a correta aplicação das normas e convenções de
representação.
O domínio dos músculos do pulso e dos dedos, e a prática com persistência e coerência
desenvolvem a habilidade para esboçar. Existem algumas recomendações que devem ser seguidas
para facilitar a elaboração de desenhos à mão livre:
• Antebraço totalmente apoiado sobre a prancheta;
• Segurar o lápis naturalmente, sem forçar e sem apoiar na prancheta;
• Evitar desenhar próximo às beiradas da prancheta, sem o apoio do antebraço;
• Traços verticais, inclinados ou não, são geralmente desenhados de cima para baixo;
• Traços horizontais são feitos da esquerda para a direita.
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III-NORMAS DA ABNT
3 Normas da ABNT
A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT. Os procedimentos
para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a
denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, como é o caso da
NBR 5984 – Norma Geral de Desenho Técnico (Antiga NB 8) e da NBR 6402 – Execução de
Desenhos Técnicos de Máquinas e Estruturas Metálicas (Antiga NB 13).
O objetivo desta norma é definir os termos empregados em desenho técnico. A norma define
os tipos de desenho quanto aos seus aspectos geométricos (desenho projetivo e não-projetivo),
quanto ao grau de elaboração (esboço, desenho preliminar e definitivo), quanto ao grau de
pormenorização (desenho de detalhes e conjuntos) e quanto à técnica de execução (à mão livre ou
utilizando computador).
Esta norma padroniza as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos
e define o layout com suas respectivas margens e legenda. As folhas podem ser utilizadas tanto na
posição vertical como na posição horizontal.
O formato básico de papel designado de A0 (A zero) considera um retângulo de 841 mm (x)
por 1.189 mm (y) correspondente a 1 m² de área. Deste formato derivam-se os demais formatos na
relação y = x* 2 , conforme a figura 3.1 a seguir:
12
Havendo necessidade de utilizar formatos fora dos padrões mostrados na figura 3.1, é
recomendado o uso de folhas com dimensões de comprimentos ou larguras correspondentes a
múltiplos ou a submúltiplos dos citados padrões.
A legenda é um quadro que deve ser apresentado no canto inferior à direita, com a finalidade
de fornecer todas as informações para uma consulta rápida de identificação e interpretação do
desenho (número, origem, título, executor etc.), conforme mostra a figura 3.2.
13
Figura 3.4 – Prancha de Desenho.
Esta norma fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para
facilitar o arquivamento, de tal maneira que o resultado final é a dimensão da folha do módulo “A4”. Se
a modulação empregada for de número ímpar tem-se uma dobradura perfeita, enquanto que, se for
par haverá uma medida menor que um módulo, resultando em uma dobragem denominada de “falsa”.
14
Figura 3.5 – Emprego de Escalas.
Esta norma visa estabelecer os tipos de letras e algarismos empregados para proporcionar a
uniformidade e legibilidade ao trabalho, além de serem de rápida execução e de tamanho adequado
ao desenho, evitando assim prejuízos na clareza e a possibilidade de interpretações erradas.
No desenho de pranchetas a caligrafia normografada (uso de réguas normógrafos, aranha e
canetas a nanquim) é utilizada. Emprega-se também, em certos desenhos, a caligrafia técnica vertical
ou inclinada. No desenho via computador trabalha-se com caligrafias definidas pelos softwares.
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3.7 NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos, tipos de linhas e
larguras das linhas
Esta norma visa estabelecer a espessura das linhas utilizadas nos desenhos técnicos, pois
em todo desenho deve-se empregar uma variância de tipos de linhas e espessuras, permitindo
destacar o que é mais importante na visualização.
A espessura da linha pode variar sendo:
• Grossa;
• Média;
• Fina.
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3.8 NBR 12298 – representação de área de corte por meio de
hachuras
As cotas devem ser distribuídas pelas vistas e dar as dimensões necessárias para viabilizar a
construção do objeto desenhado.
Todas as cotas de um desenho ou de um conjunto de desenhos de uma mesma máquina ou
de um mesmo equipamento devem ter os valores expressos em uma mesma unidade de medida,
sendo que a unidade mais utilizada é o milímetro.
Outras normas empregadas:
• NBR10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;
• NBR 8196 – Desenho Técnico – Emprego de Escalas;
• NBR8404 – Indicação do Estado de Superfície em Desenhos Técnicos;
• NBR 6158 – Sistema de Tolerâncias e Ajustes;
• NBR 8993 – Representação Convencional de Partes Roscadas em Desenho Técnico.
Existem normas que regulam a elaboração dos desenhos e têm a finalidade de atender a uma
determinada modalidade de engenharia. Como exemplo, pode-se citar: a NBR 6409, que normaliza a
execução dos desenhos de eletrônica; a NBR 7191, que normaliza a execução de desenhos para
obras de concreto simples ou armado e a NBR 11534, que normaliza a representação de
engrenagens em desenho técnico.
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IV-COLOCAÇÃO DE COTAS
4.1.1 Cota
É o valor numérico que representa a dimensão REAL do que é desenhado, escrito acima e no
centro da linha de cota. A unidade da medida, quando idêntica a todas as demais medidas da peça,
não deve ser escrita ao lado da cota.
18
Figura 4.2 – Exemplos de Cotas.
No Brasil, por força da ABNT, subentende-se que as cotas são expressas em milímetros.
Caso contrário, a unidade da cota deve ser colocada.
A linha de cota é uma linha fina, escura, traçada paralelamente a direção do comprimento a
ser cotado, limitada por flechas (no caso de desenho mecânico) ou por traços (no caso de desenho de
arquitetura) indicando os limites da cota. A linha de cota deve ser traçada a uma distância de
aproximadamente 7 mm de outras linhas de cotas ou do contorno do desenho.
19
4.1.3 Flechas
As flechas são setas colocadas nas extremidades da linha de cota indicando seus limites
20
4.2 Cotas necessárias
O desenho deve conter apenas as cotas necessárias, espalhadas nas vistas e projeções da
peça de modo a não se concentrarem em uma única vista, sem repetições e na posição que melhor
caracterize a dimensão.
21
4.4 Cotagem em série e em paralelo
As cotas que tiverem a mesma direção são dispostas em série e quando admitirem origem
comum, em paralelo.
22
4.6 Cruzamento de linhas de cota
Devem ser evitados os cruzamentos e intersecções de linhas de cota com linhas de extensão.
Como regra, as cotas maiores são colocadas por fora das menores, a fim de evitar o cruzamento.
Devem ser evitados os cruzamentos dos números das cotas com qualquer reta.
23
4.7 Cotagem de inclinação
A figura 4.12 a seguir mostra como devem ser cotados os detalhes da inclinação:
24
V-PROJEÇÕES ORTOGONAIS
25
O uso de um ou de outro sistema dependerá das normas adotadas por cada país. No Brasil é
mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos EUA, da Inglaterra e do Japão, poderão
aparecer desenhos representados no 3º diedro.
26
5.3 Plano de vista lateral ou de perfil
Nesta projeção tem-se a “vista lateral” do objeto. O observador se posiciona ao lado do objeto
(à direita ou à esquerda) e tem também a visão das alturas.
27
5.5 Traçados da perspectiva isométrica do prisma
O prisma é usado como base para o traçado da perspectiva isométrica de qualquer modelo.
Os passos básicos para esboço de um prisma encontram-se na tabela 5.1 a seguir:
28
Passo 6 - Finalizar o traçado da perspectiva
isométrica e apagar as linhas de construção e
reforçado o contorno do modelo.
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As linhas que não são paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não-
isométricas.
Dispondo as vistas alinhadas entre si, tem-se as projeções da peça formadas pela vista
frontal, vista superior e vista lateral esquerda.
Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça. As distâncias entre as vistas devem
ser iguais e proporcionais ao tamanho do desenho.
30
Exemplo de desenho:
31
VI-DESENHO MECÂNICO
6 Desenho mecânico
O desenho mecânico é a representação gráfica voltada ao projeto de máquinas, motores e
peças mecânicas.
Para que a interpretação e construção da peça sejam possíveis, são aplicadas algumas
técnicas de desenho e noções de visualização que serão comentadas a seguir.
Como o próprio nome diz, corte significa divisão, separação, ou seja, esse tipo de desenho
permite detalhar as partes internas da peça.
O local onde deverá ser passado o corte na peça, dependerá do tipo de detalhe a ser
mostrado, como exemplifica a figura 6.2 a seguir:
No desenho em corte, as superfícies são preenchidas por linhas estreitas (hachuras) que
além de designar a região de corte indicam o tipo de material da peça, conforme mostra a figura 6.3.
32
Figura 6.3 – Tipos de hachuras.
33
Parafusos
Nos desenhos em corte, os parafusos não são cortados, mesmo quando o corte passa por
eles. A figura 6.5 a seguir mostra uma bomba injetora, onde 1, 2 e 3 são indicações de parafusos em
corte.
34
Porcas
Assim como os parafusos, as porcas não são cortadas quando representadas em ilustrações
de cortes de componentes mecânicos.
Arruelas
35
Rebites
Os rebites são elementos para fixação permanentes entre duas ou mais peças. A figura 6.9
ilustra os rebites que fixam as lonas de freio à cinta.
36
6.3 Tolerância dimensional
Quando uma peça é fabricada espera-se que esta atenda as dimensões de projeto, ou seja,
as suas dimensões nominais. Porém, ao fabricar-se uma peça ocorrem variações ou desvios das
cotas devido a diversos fatores, como por exemplo, falha de operador, imperfeições de instrumentos e
máquinas, entre outros. Estes desvios devem estar dentro de um limite permitido para que não
prejudique a qualidade e a funcionalidade do conjunto mecânico. Este limite ou desvio aceitável
recebe o nome de tolerância dimensional.
Os desvios dentro dos quais as peças mantêm a sua funcionalidade são chamados de
afastamentos, e são indicados conforme a figura 6.10 abaixo.
A dimensão final da peça é denominada de dimensão efetiva ou real e deve estar dentro dos
limites de dimensão máxima e mínima do projeto. A tolerância é a variação entre a dimensão máxima
e mínima da peça. Desta forma, a tolerância da figura 6.10 será de 0,13 mm.
Quando as peças possuem eixos, ou seja, uma parte da peça será alojada dentro de outra,
exige-se um acoplamento entre as partes. Para que este acoplamento seja possível, são realizados
alguns tipos de ajustes, como por exemplo:
• Ajuste com folga: quando o eixo se encaixa no furo de modo a deslizar ou girar
livremente;
• Ajuste com interferência: o eixo se encaixa no furo com certo esforço, tornando-se
fixo;
• Ajuste incerto: neste caso, o eixo pode se encaixar no furo com folga ou com
interferência dependendo das dimensões específicas.
6.4 Acabamento
37
• Superfície desbastada: os sulcos deixados pela ferramenta são visíveis;
• Superfície alisada: os sulcos deixados pela ferramenta são pouco visíveis e a
rugosidade é pouco percebida;
• Superfície polida: os sulcos são imperceptíveis e a rugosidade é detectada somente
por meio de equipamentos específicos.
A norma NBR-8404 traz as convenções dos símbolos utilizados para determinar o
acabamento das superfícies.
38
VII-IDENTIFICAÇÃO
39
A norma ISA (Instrumentation Society of América) estabelece os critérios de identificação de
válvulas de controle e instrumentos de acordo com a tabela mostrada na figura 7.2 a seguir.
7.1.1 Fluxograma
Os fluxogramas são desenhos esquemáticos, sem escala, que tem por finalidade mostrar o
funcionamento de um sistema. Dividem-se em:
40
• Todos os equipamentos secundários que fizerem parte do projeto, tais como vasos,
torres, reatores, tanques, entre outros, com a indicação de suas características
básicas;
• Todos os equipamentos importantes tais como bombas, compressores,
permutadores, entre outros, com seus dados principais (vazão, temperatura, pressão);
• As principais tubulações com indicações de fluido conduzido e sentido de fluxo.
O fluxograma de processo é elaborado na fase inicial do projeto. As figuras 7.3 e 7.4 a seguir
mostram um exemplo:
41
7.1.1.2 Fluxograma mecânico ou de detalhamento
42
Figura 7.5 – Fluxograma Mecânico
43
7.1.2 Plantas de tubulações
44
Figura 7.7 - Planta de tubulação.
45
As tubulações fora da área de processo são normalmente longas, os desenhos são feitos em
escala reduzida. Em locais de derivação, curva de expansão ou válvulas são utilizadas escalas
maiores.
São desenhos do grupo de tubulações feito em perspectiva e sem utilizar escala. Além do
desenho padrão, os isométricos devem conter:
• Lista de todo o material necessário para construção da tubulação;
• Identificação das tubulações que estão representadas na folha;
• Temperatura e pressão de projeto;
• Pressão de teste hidrostático;
• Tipo de isolamento e de aquecimento.
46
Figura 7.9 – Representação de Tubulações
47
Figura 7.10 – Representação Isométrica.
48
BIBLIOGRAFIA
CUNHA, L. Veiga. Desenho técnico. 13. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
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