Você está na página 1de 9

ATIVIDADE AVALIATIVA

Aluna: Caroline de Souza Bonfim Período: 8º


Curso: Psicologia
Matéria: Estágio Supervisionado Professora: Diane Dantas

RESUMO – CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICÓLOGO

O Código de Ética Profissional do Psicólogo determina normas que são


esperadas dentro da prática que é ofertada por este indivíduo à sociedade,
buscando trazer a autorreflexão requerida do sujeito acerca da sua atuação e
responsabilizando-o pelas suas atitudes e também por e suas consequências
em sua atividade profissional. Pretende garantir, através de valores que são
considerados extremamente importantes para a sociedade em geral e também
e para a práxis desenvolvida, um padrão de conduta que consolide o
reconhecimento social deste ramo profissional.

Este Código foi o terceiro formulado referente à profissão de psicólogo


no Brasil, e corresponde ao âmbito organizador destes profissionais, sempre
exaltando o desenvolvimento da Psicologia enquanto nível profissional e
científico.

É através deste Código que é exposto uma coordenação das relações


entre as pessoas, as quais são determinadas através da concepção de homem
e de sociedade neste documento. O mesmo possui princípios e normas que
devem ser cumpridos através do respeito ao ser humano e seus direitos já que
foi desenvolvido através da expressão de valores universais, socioculturais e
de valores que servem como base para um psicólogo, evidenciando-se que um
código de ética não pode ser visto com um grupo fixo de regras e permanente
no tempo, já que as sociedades se modificam a todo tempo, assim como as
profissões e suas práticas.

Para atender a esfera de instituição legal, houve a necessidade da


criação deste Código, devido a promulgação da Constituição Cidadã, em 1988,
além das legislações decorrentes da mesma, causando, consequentemente, a
evolução desta categoria e suas representatividades. É importante salientar
que a construção deste documento foi realizada ao longo de um período de
três anos, contando com a participação de psicólogos e também da sociedade.
A reflexão causada aos profissionais a partir deste Código sempre foi levado
como prioridade, e não as regras, de fato.

Princípios Fundamentais

I. Práxis baseada no respeito, promoção da liberdade, dignidade,


igualdade e integridade humana.

II. Visar à promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e


coletividades e contribuir para a eliminação de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

III. Atuar com responsabilidade social, analisando crítica e histórica a


realidade política, econômica, social e cultural.

IV. Realizar contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o


desenvolvimento do campo científico de conhecimento e prática.

V. Promover a universalização do acesso à população às informações,


ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da
profissão.

VI. Zelar para que a profissão seja efetuada com dignidade, rejeitando
situações de aviltamento a Psicologia.

VII. Considerar relações de poder nos contextos de atuação e o


impacto destas sobre as suas atividades, posicionando-se de forma crítica.
Das responsabilidades do psicólogo

· Art. 1º - Deveres fundamentais do psicólogo:

a. Conhecer, divulgar e cumprir o código;

b. Assumir atividades para as quais esteja capacitado;

c. Prestar serviços de qualidade, utilizando conhecimento e técnicas


fundamentadas;

d. Prestar serviços em situações de calamidades públicas, sem visar


benefício;

e. Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os


direitos do usuário;

f. Fornecer informações concernentes ao trabalho a ser realizado e o


seu objetivo;

g. Transmitir resultados decorrentes da prestação de serviços somente


o que for necessário ao usuário;

h. Orientar sobre os encaminhamentos apropriados e fornecer os


documentos pertinentes;

i. Zelar pelo material privativo do psicólogo, quanto a sua aquisição,


doação, guarda e divulgação;

j. Ter respeito e solidariedade com o trabalho de outros profissionais;

k. Sugerir serviços de outros psicólogos sempre que não puder dar


continuidade, fornecendo informações necessárias;

l. Levar ao conhecimento o exercício ilegal da profissão;

· Art. 2 – Ao psicólogo é vedado:

a. Práticas coniventes com negligência, discriminação, exploração,


violência, crueldade ou opressão;
b. Induzir convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas,
religiosas, de orientação sexual ou qualquer preconceito;

c. Utilizar o uso do conhecimento como instrumento de castigo, tortura


ou qualquer violência;

d. Acumpliciar-se com organizações que favoreçam o exercício ilegal


da profissão;

e. Ser conivente com faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


contravenções penais;

f. Vincular serviços ou título de psicólogo com procedimento e


técnicas não regulamentados;

g. Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-


científica;

h. Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas;

i. Induzir pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;

j. Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro uma


relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado;

k. Ser perito, avaliador ou parecerista em situações em que seu


vínculo pessoal ou profissional possa afetar a qualidade da avaliação;

l. Desviar serviços de uma instituição da qual tenha vínculo para


serviço particular ou outra instituição;

m. Prestar serviços a organizações concorrentes que possam resultar


em prejuízo nas partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas;

n. Prolongar de forma desnecessária a prestação de serviços;

o. Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens


além dos honorários contratados;

p. Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento


de serviços;
q. Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar
resultados em meios de comunicação, de forma a expor o usuário.

· Art. 3º – O psicólogo ao ingressar em uma organização considerará


as práticas nela vigentes;

· Paragráfo único – Existindo incompatibilidade cabe ao psicólogo


recusar-se a prestar seus serviços.

· Art. 4º – Ao fixar remuneração pelo seu trabalho o psicólogo:

a. Levará em conta as condições do usuário;

b. Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e


comunicará ao usuário antes do início do trabalho;

c. Assegurará qualidade dos serviços independentemente do valor


acordado.

· Art. 5º – O psicólogo quando participar de greves ou paralisações,


garantirá que:

a. As atividades de emergência não sejam interrompidas;

b. Haja prévia comunicação aos usuários;

· Art. 6º – O psicólogo no relacionamento com profissionais não


psicólogos:

a. Encaminhará demandas que extrapolem seu campo de atuação;

b. Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o


serviço prestado, resguardando o caráter confidencial, assinalando a
responsabilidade de quem as receber, de preservar o sigilo.
· Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços de
outro profissional quando:

a. A pedido do profissional responsável;

b. Em caso de emergência ou risco do beneficiário, dando imediata


ciência ao profissional;

c. Interrupção voluntária e definitiva de qualquer uma das partes;

d. Quando se tratar de equipe multiprofissional e fizer parte da


metodologia adotada.

· Art. 8º – Atendimento não eventual de criança, adolescente ou


interdito deverá obter uma autorização de um dos responsáveis:

§ 1º– No caso de não apresentar um responsável legal, o atendimento


deve ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;

§ 2º – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos


necessários para garantir a proteção integral do atendido.

· Art. 9º – Respeitar o sigilo profissional, por meio de


confidencialidade, a fim de proteger a intimidade do usuário.

· Art. 10º – Nas situações em que se configure conflito entre as


exigências do Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais, o psicólogo
poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando-se na busca do menor prejuízo.

· Art. 11º – Quando requisitado a depor em juízo o psicólogo poderá


prestar informações, considerando o previsto no código.
· Art. 12º – Nos documentos que embasam as atividades em equipe
multiprofissional, o psicólogo registrará apenas informações necessárias.

· Art. 13º – No atendimento à criança, adolescente ou interdito dever


ser comunicado aos responsáveis estritamente o essencial.

· Art. 14º – A utilização de quaisquer meios de registro e


observação prática deve obedecer às normas deste Código, devendo o usuário
ser informado.

· Art. 15º – Em caso de interrupção do trabalho ele deverá zelar


pelo destino de seus arquivos confidenciais.

· Art. 16º – O psicólogo na realização de estudos, pesquisas e


produção de conhecimento:

a. Avaliar os riscos envolvidos;

b. Garantir o caráter voluntário da participação dos envolvidos;

c. Garantir o anonimato dos envolvidos;

d. Garantir o acesso aos resultados da pesquisa.

· Art. 17º – Exigir dos estudantes a observância dos princípios e


normas contidas no código.

· Art. 18º – Não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá


a leigos instrumentos e técnicas psicológicas.
· Art.19º – em veículos de comunicação zelará pelo conhecimento a
respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

· Art. 20º – O psicólogo ao promover publicamente seus serviços,


por quaisquer meios:

a. Informará seu nome completo, CRP e número de registro;

b. Fará referência apenas a títulos profissionais e qualificações que


possua;

c. Divulgará somente qualificações, atividades, técnicas e práticas


regulamentadas;

d. Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

e. Não fará previsão taxativa dos resultados;

f. Não fará autopromoção em detrimento de outros profissionais;

g. Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras


categorias profissionais;

h. Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

Das disposições gerais:

· Art. 21º – As transgressões dos preceitos deste Código constituem


infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades:

a. Advertência;

b. Multa;

c. Censura pública;

d. Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad


referendum do Conselho Federal de Psicologia;

e. Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho


Federal de Psicologia.

Você também pode gostar