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CÓDIGO DE

É T I C A DA
PSICOLOGIA

Profº Juan Medeiros


PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O Psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da
igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração
Universal dos Direitos Humanos.

Exemplo Prático: Um psicólogo que trabalha em uma clínica de saúde mental respeita a
liberdade de escolha do paciente em relação ao seu tratamento, fornecendo informações claras
e permitindo que o paciente tome decisões informadas sobre sua terapia.
PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O Psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e
das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Exemplo Prático: Um psicólogo que trabalha em uma organização sem fins lucrativos
dedica parte de seu tempo para oferecer aconselhamento gratuito a vítimas de abuso
doméstico, ajudando a eliminar formas de violência e crueldade.
PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O Psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a
realidade política, econômica, social e cultural.

Exemplo Prático: Um psicólogo que trabalha em uma escola realiza grupos de discussão
com alunos sobre questões sociais relevantes, como discriminação racial ou preconceito
de gênero, promovendo a conscientização e o entendimento crítico da realidade social.
PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico
de conhecimento e de prática.

Exemplo Prático: Um psicólogo que trabalha em consultório particular participa


regularmente de cursos de atualização e supervisão clínica para aprimorar suas
habilidades e conhecimentos, garantindo a qualidade de seu trabalho e contribuindo para
o desenvolvimento da psicologia como ciência e prática profissional.
PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O Psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos
da profissão.

Exemplo Prático: Um psicólogo que trabalha em uma clínica comunitária oferece


palestras gratuitas para a comunidade sobre saúde mental e estratégias de
enfrentamento do estresse, promovendo o acesso à informação e ao conhecimento
psicológico.
PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O Psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade,
rejeitando situações em que a psicologia esteja sendo aviltada.

Exemplo Prático: Um psicólogo que trabalha em uma empresa se recusa a participar de


práticas de seleção de pessoal que violem os direitos humanos ou que se baseiem em
critérios discriminatórios, preservando a dignidade da profissão.
PRINCÍPIOS
F U N DA M E N TA I S
O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos
dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica
e em consonância com os demais princípios deste Código.
DAS RESPONSABILIDADES
DO PSICÓLOGO: SÃO
DEVERES FUNDAMENTAIS
DO PSICÓLOGO

• a. Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;


• b. Assumir responsabilidades profissionais somente por
atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e
tecnicamente;
• c. Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições
de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços,
utilizando princípios, conhecimentos e técnicas
reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na
ética e na legislação profissional;
DAS RESPONSABILIDADES
DO PSICÓLOGO: SÃO
DEVERES FUNDAMENTAIS
DO PSICÓLOGO

• d. Prestar serviços profissionais em situações de calamidade


pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal;
• e. Estabelecer acordos de prestação de serviços que
respeitem os direitos do usuário ou beneficiário de serviços de
Psicologia;
• f. Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços
psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser
realizado e ao seu objetivo profissional;
DAS RESPONSABILIDADES
DO PSICÓLOGO: SÃO
DEVERES FUNDAMENTAIS
DO PSICÓLOGO

• g. Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da


prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o
que for necessário para a tomada de decisões que afetem o
usuário ou o beneficiário;
• h. Orientar, a quem de direito, sobre os encaminhamentos
apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e
fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes
ao bom termo do trabalho;
• i. Zelar para que a comercialização, a aquisição, a doação, o
empréstimo, a guarda e a forma de divulgação do material
privativo do psicólogo sejam feitos conforme os princípios
deste Código;
DAS RESPONSABILIDADES
DO PSICÓLOGO: SÃO
DEVERES FUNDAMENTAIS
DO PSICÓLOGO

• j. Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros


profissionais, respeito, consideração e solidariedade, e,
quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento
por motivo relevante;
• k. Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por
motivos justificáveis, não puderem ser continuados pelo
profissional que os assumiu inicialmente, fornecendo ao seu
substituto as informações necessárias à continuidade do
trabalho;
• l. Levar ao conhecimento das instâncias competentes o
exercício ilegal ou irregular da profissão e as transgressões a
princípios e diretrizes deste Código ou da legislação
profissional.
É V E DA D O AO
PSICÓLOGO
É V E DA D O AO P S I C Ó L O G O
• a. Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
• b. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação
sexual ou a qualquer tipo de preconceito quando do exercício de suas funções
profissionais;
• c. Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como
instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;
• d. Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício
ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional;
É V E DA D O AO P S I C Ó L O G O
• e. Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções
penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;
• f. Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico
cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou sejam
reconhecidos pela profissão;
• g. Emitir documentos sem fundamentação e qualidade tecnocientífica;
• h. Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar
seus resultados ou fazer declarações falsas;
É V E DA D O AO P S I C Ó L O G O
• i. Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
• j. Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o
atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado;
• k. Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou
profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou
a fidelidade dos resultados da avaliação;
• l. Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando ao benefício próprio,
pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de
vínculo profissional;
É V E DA D O AO P S I C Ó L O G O
• m. Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes, de modo que possam
resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas;
• n. Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
• o. Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de qualquer
espécie além dos honorários contratados, assim como intermediar transações financeiras;
• p. Receber ou pagar remuneração, ou porcentagem, por encaminhamento de serviços;
• q. Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços
psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou
organizações.
A RT. 3 º O P S I C Ó L O G O , PA R A I N G R E S S A R , A S S O C I A R - S E
OU PERMANECER EM UMA ORGANIZAÇÃO,
CONSIDERARÁ A MISSÃO, A FILOSOFIA, AS POLÍTICAS, AS
NORMAS E AS PRÁTICAS NELA VIGENTES E S UA
C O M PAT I B I L I DA D E C O M O S P R I N C Í P I O S E A S R E G R A S
DESTE CÓDIGO.

• Parágrafo único. Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar os


serviços; e, se pertinente, cabe a ele apresentar denúncia ao órgão competente.
A R T. 4 º AO F I X A R A R E M U N E R A Ç Ã O P E L O S E U
TRABALHO, O PSICÓLOGO:
• a. Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário
• ou beneficiário;
• b. Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará ao
usuário ou ao beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;
• c. Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor acordado.
A R T. 5 º O P S I C Ó L O G O , Q UA N D O PA R T I C I PA R D E
G R E V E S O U PA R A L I S A Ç Õ E S , G A R A N T I R Á Q U E :
• a. As atividades de emergência não sejam interrompidas;
• b. Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou aos beneficiários dos serviços
atingidos pela suspensão temporária dos serviços prestados.
A R T. 6 º O P S I C Ó L O G O , N O R E L AC I O N A M E N T O
C O M P RO F I S S I O N A I S N Ã O P S I C Ó L O G O S :
• a. Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que
extrapolem seu campo de atuação;
• b. Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando para quem as receber
a responsabilidade por preservar o sigilo.
A R T. 7 º O P S I C Ó L O G O P O D E R Á I N T E RV I R N A
P R E S TA Ç Ã O D E S E RV I Ç O S P S I C O L Ó G I C O S Q U E
E S T E J A M S E N D O E F E T UA D O S P O R O U T RO
P RO F I S S I O N A L N A S S E G U I N T E S S I T UA Ç Õ E S :
• a. A pedido do profissional responsável pelo serviço;
• b. Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou ao usuário do serviço, quando dará
imediata ciência ao profissional;
• c. Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, sobre a interrupção
voluntária e definitiva do serviço;
• d. Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia
adotada.
A R T. 8 º PA R A R E A L I Z A R A T E N D I M E N T O N Ã O
E V E N T UA L D E C R I A N Ç A , A D O L E S C E N T E O U
INTERDITO, O PSICÓLOGO DEVERÁ OBTER
AU TO R I Z A Ç Ã O D E AO M E N O S U M D E S E U S
R E S P O N S Á V E I S , O B S E RVA D A S A S
DE TE RM INAÇÕE S DA LE GISLAÇÃO VIGE NTE :

• § 1º No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser


efetuado e comunicado às autoridades competentes;
• § 2º O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem necessários
para garantir a proteção integral do atendido.
A R T. 9 º É D E V E R D O P S I C Ó L O G O R E S P E I TA R O
S I G I L O P RO F I S S I O N A L , A F I M D E P RO T E G E R ,
POR M E IO DA CONFIDE NCIALIDADE , A
I N T I M I DA D E D E P E S S OA S , G RU P O S O U
O RGA N I Z A Ç Õ E S A QU E TE N HA AC E S S O N O
E X E RC Í C I O P RO F I S S I O NA L . :
A R T. 10 . N A S S I T UA Ç Õ E S E M Q U E S E C O N F I G U R E
CONFLITO ENTRE AS EXIGÊNCIAS DECORRENTES
D O D I S P O S T O N O A R T. 9 º E A S A F I R M A Ç Õ E S D O S
PRINC ÍPIOS F UNDA M E NTA IS DE S TE C ÓDIG O,
E XC E T UA N D O - S E O S C A S O S P R E V I S TO S E M L E I , O
PSICÓLOGO PODERÁ DECIDIR PELA QUEBRA DE
S I G I L O , B A S E A N D O S UA D E C I S Ã O N A
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