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ÉTICA PROFISSIONAL

Curso de graduação Psicologia –UFPB/CCHLA


Prof.ª. Drª. Maria de Fatima BARACUHY

mfbaracuhy@gmail.com

Infrações Dilemas na Psicologia


Um Psicólogo? Mais não é não.......

Um psicanalista e uma bióloga quarta-feira (14) são investigados por atuarem


como psicólogos sem formação em uma clínica no centro de Cuiabá. ... A
Polícia Civil apreendeu o material informativo e outros meios de prova da
prática de atos privativos de psicólogos.

Setembro de 2022

Uma pedagoga suspeita de falsificar um diploma para atuar como psicóloga


foi presa nesta terça-feira (13), em Campina Grande. Segundo a polícia, ela
atendia crianças e adolescentes autistas se apresentando como doutora em
psicologia experimental e análise do comportamento aplicada pela
Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. Conforme o
delegado Gilson Teles.
TJ-RS condena psicóloga por produzir laudo irregular
26 de abril de 2014

O laudo psicológico tem função importantíssima no Direito de Família, pois ajuda o


Poder Judiciário a decidir melhor sobre a guarda de menores.

Assim, um documento falso ou feito de forma irregular, sem o uso de técnicas


adequadas, pode induzir o juiz a erro e prejudicar os superiores interesses da criança –
razão de existência do processo.

O posicionamento, da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,


derrubou sentença que negou dano moral a um pai prejudicado pela psicóloga quando
litigava com a ex-esposa pela guarda da filha. A psicóloga, além de não lhe entrevistar,
traçou um perfil psicológico totalmente destoante da realidade fática.

A ré não entrevistou o autor com a intenção de avaliá-lo psicologicamente, mas tão-


somente emitiu laudo com base em seu sentimento pessoal sobre o caso’’, ele foi
descrito como uma pessoa perigosa e agressiva, sem condições de ficar com a guarda.
Em síntese, segundo denunciou o autor na inicial, o laudo era irregular e foi feito para
prejudicá-lo no processo.
Em face do agir ilícito da psicóloga, que acabou sendo punida pelo seu conselho
profissional, a desembargadora arbitrou a reparação moral em R$ 8 mil. Ela
entendeu que, ao contrário do juízo de origem, os transtornos vividos pelo autor
não se constituíram em mero dissabor. O acórdão foi lavrado na sessão do dia 9 de
abril.
VIOLACAO do CEPP : Psicólogo e a atuação em recursos humanos
Psicólogo foi denunciado por ter sido conivente com ações irregulares ao trabalhar junto a uma
empresa prestadora de serviços de recolocação profissional.

O profissional aplicava variados testes psicológicos com o objetivo de selecionar candidatos a vagas
supostamente oferecidas por diversas empresas. Os candidatos eram convocados a realizar tais testes
psicológicos, aplicados mediante pagamento antecipado de quantias significativamente altas, sendo
que os resultados das avaliações só eram disponibilizados caso houvesse o pagamento. Os candidatos
se submetiam a isso mediante uma promessa de recolocação pela empresa prestadora de serviços, o
que tinha como condição a realização dos testes psicológicos.

O psicólogo fazia devolutivas aos candidatos, entretanto, não lhes explicava a conclusão a que
chegara a partir da avaliação feita, tampouco os candidatos tinham conhecimento dos motivos da não
aprovação para o cargo pretendido. O profissional apresentou também relatórios em desacordo com
o exigido pela legislação profissional.
Esses fatos levaram os pretendentes às vagas a se queixarem da superficialidade
exposta nos resultados dos relatórios psicológicos apresentados a eles nas
devolutivas. Notou-se uma despreocupação da empresa de recolocação com o
prosseguimento do processo de seleção, uma vez que a empresa não mais
contatava os candidatos após os pagamentos efetuados. Eles ficaram desassistidos,
além de terem concorrido, mediante pagamento, a vagas inexistentes. Houve
descuido por parte do profissional em não verificar a veracidade da existência dos
possíveis postos de trabalho e da real demanda das empresas solicitantes que, se
verificou, eram falsas.

Frente a essas denúncias, o psicólogo argumentou que não era funcionário da


empresa de recolocação, alegando que apenas fora contratado como prestador de
serviços, para realizar as avaliações psicológicas na seleção e não poderia se
responsabilizar pela veracidade da existência ou não das supostas vagas. Alegou,
também, desconhecimento da Resolução CFP 07/2003 que trata dos documentos
escritos; argumentou que era a empresa de recolocação que mantinha contato com
as empresas ofertantes, na intenção de cadastrar vagas de emprego, efetuar
entrevistas e triar candidatos. No entanto, as vagas eram inexistentes e os
candidatos foram ludibriados. Como resultado dessa má atuação do psicólogo,
houve prejuízos aos usuários, em especial, danos materiais, posto que os
candidatos desconheciam a inexistência das vagas e acabaram vítimas da má fé
empresarial e por parte do profissional de Psicologia.
Por ter o psicólogo:

colocado seus serviços a favor de práticas enganosas sobre vagas de trabalho, não pensando
criticamente ante decisões que desconsideravam as condições dos usuários de seus
serviços,

elaborado e apresentado documento escrito decorrente de avaliação psicológica, sem a


devida estrutura exigida a um Relatório Psicológico, descumprindo a Resolução CFP nº
07/2003, desempenhado um trabalho que não atendeu aos parâmetros profissionais e
científicos da Psicologia.

O psicólogo não pode se furtar, no exercício de sua profissão, de constantemente identificar


quais fundamentos teóricos e técnicos sustentam sua prática, em que condições seu
trabalho é demandado, a quem se destina e quais implicações éticas resultarão dele.

O psicólogo necessita avaliar a missão de cada empresa à qual se vincule para prestar seu
trabalho, com ou sem vínculo empregatício formalizado, visando tomar atitudes
profissionais que sempre respeitem, preservem e promovam a dignidade humana. Logo,
não cabe ao profissional de Psicologia acumpliciar-se com práticas e políticas de pessoal que
propiciem ou o levem à extorsão, ou à indução ao erro, dentre outras faltas éticas. Essas
práticas não traduzem o que é próprio da ciência psicológica, tampouco a conduta
profissional do psicólogo.
A Psicologia nas comunidades terapêuticas
• A psicóloga atuava em instituição de internação para tratamento de usuários de álcool
e/ou outras drogas e constatou-se que exerceu a profissão em local que desrespeita os
princípios básicos de direitos humanos, compactuando e exercendo violações.

• A profissional monitorava o contato telefônico entre os internos e seus familiares e


defendia a presença de seguranças durante o atendimento, justificando serem práticas
comuns na instituição e parte do tratamento psicológico oferecido. Deste modo,
infringiu o Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Entre os direitos violados:
• estão a garantia de sigilo nas informações,
• o livre acesso aos meios de comunicação,
• convivência sócio familiar
• e tratamento preferencialmente em serviços comunitários, que
visem a reinserção social do usuário, conforme previsto pela Lei
Federal 10.216/01, que dispõe sobre a proteção e os direitos das
pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental.
O teste da noite bem dormida... serve para dizer às pessoas se elas
tomaram ou não uma decisão moralmente adequada. Em sua versão
literal, uma pessoa que fez a escolha certa consegue deitar a cabeça
no travesseiro e dormir em paz; alguém que fez a escolha errada não
consegue...

De maneira menos literal e mais ampla, a ética do teste da noite bem


dormida repousa sobre uma única crença fundamental: a de que
devemos confiar em nossas convicções, sentimentos e instintos
pessoais ao enfrentarmos um problema difícil.

Dessa forma, a ética da noite bem dormida é a ética da intuição: ela


nos aconselha a seguir nosso coração, especialmente quando nossas
mentes estão confusas, dizendo que, se continuamos a remoer algo, é
porque algo está errado.
Considere este exemplo: Ambiguidade de papeis: social ou profissional?

Um psicoterapeuta recém-licenciado, o Dr. Parker estava participando de um jantar


oferecido por um velho amigo da faculdade. O anfitrião o apresentou a outro
convidado, que disse: “Eu te conheço! Você é a terapeuta da minha vizinha Renée! Ela
fala de você o tempo todo. Você é ótimo! Ela acabou de te ver ontem, certo?

Embora estivesse em uma reunião social e o comentário tivesse a intenção de ser


amigável, o Dr. Parker não pôde responder como amigo ou convidado. As normas
para uma festa seriam conversar e compartilhar livremente o conhecimento de
conhecidos mútuos. No entanto, o Dr. Parker precisava considerar que o papel de um
profissional implica obrigações únicas, de modo que ações que podem ser virtuosas
em um relacionamento social não seriam virtuosas para alguém que tem um
relacionamento profissional com um paciente. Embora manter as confidências de um
paciente em uma festa seja fácil para psicólogos experientes, outros conflitos de
papéis mais sutis podem surgir nos quais pode ser fácil cair nas normas e valores de
amizade ou moralidade social, mesmo que um relacionamento profissional possa ser
prejudicado.
Os psicólogos e as novas tecnologias: informática e internet

O uso de tecnologias alternativas para as práticas psicológicas


está gradativamente implantado e é motivo de grandes polêmicas
dentro e fora da categoria. A psicoterapia on-line tem se revelado
como uma forma incomum, pouco usual e inusitada de tratamento
de problemas psicológicos.
NÃo se pode negar Os serviços psicológicos online se apresentam como uma
expansão das atividades tradicionais oferecidas pela Psicologia. Seu
desenvolvimento acontece paralelo ao crescimento do meio virtual, como lugar de
interação humana, no qual o homem encontra espaço para se expressar (FORTIM;
CONSETINO, 2007). Debater sobre esses serviços deve contribuir para sua
expansão e discussão, aumentando o acesso a um número cada vez maior de
pessoas que podem se beneficiar desses serviços.
Tratamento de fobias

constantes nos consultórios psicológicos. Cada vez mais pessoas procuram um


atendimento qualificado para aprender a lidar com suas ansiedades extremas. Com
a tecnologia, você pode lançar mão de aplicativos, óculos de realidade virtual e
outros simuladores, como o EMDR (Dessensibilização e Reprocessamento por Meio
dos Movimentos Oculares) que aproximam o paciente do seu medo.

Nesse sentido, ele consegue visualizar o seu problema e enfrentá-lo dentro de um


ambiente seguro e controlado, no qual pode sair da simulação a qualquer momento
e conversar com você sobre o que sentiu e como reagiu — física e psicologicamente
— aos estímulos apresentados.

Isso permite uma interação maior entre você e ele, além de otimizar o seu avanço
na psicoterapia. É comum que, em menos tempo, o cliente já se sinta mais
confortável em enfrentar seus medos e desenvolva a coragem para lidar com ele
fora das simulações.
Estimulação cognitiva

Indo mais além, também é possível estimular pacientes que apresentam alguma
dificuldade cognitiva. Antes da tecnologia, esse processo poderia ser feito por meio de
jogos físicos e testes psicológicos, além das intervenções verbais e medicamentosas —
nos casos mais graves, desde que com acompanhamento médico.

Hoje, é possível utilizar diversos equipamentos de monitoramento cognitivo alinhado às


técnicas psicológicas para auxiliar no controle e estímulo cognitivo. Assim, você
consegue identificar as melhores formas de dar continuidade ao tratamento, bem como
percebe as possíveis interações multiprofissionais que podem ser feitas.
Atendimento a distância
é possível utilizar a tecnologia no atendimento a distância. Hoje, o Conselho Federal de
Psicologia aprova essa estratégia de acolhimento, favorecendo o acesso de pessoas em
ambientes remotos ao autodesenvolvimento e bem-estar emocional.

importante ter em mente, que a maioria desses atendimentos é realizada com base nas
estratégias de terapias breves, que consistem em intervenções mais diretivas e práticas
para que os pacientes possam resolver seus problemas sem a necessidade de grandes
reflexões.
Histórico das normatizações de serviços psicológicos mediados por
Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs

• Resolução CFP 03/2000 – Somente para fins de pesquisa em psicoterapia e


precisava de autorização do CRP e CFP para validação das atividades via
site;
• Resolução CFP 12/2005 – Somente para fins de pesquisa, mas abrangendo
outras áreas de atuação da psicologia e precisava de autorização do CRP e
CFP para validação das atividades via site;
• Resolução CFP 11/2012 – Regulamenta os serviços em caráter
experimental, com algumas limitações de serviços e precisava de
autorização do CRP e CFP para validação das atividades via site;
• Resolução CFP 11/2018 – Norma em vigor – Regulamenta e autoriza
serviços psicológicos mediados por TICs e exige o cadastro individual no
portal do e-Psi.
Como preencher o cadastro no e-Psi?

1- Informar como irá garantir o sigilo das informações (ex: antivírus(qual),


antispyware(qual), criptografia de dados?).

2- Como terá o consentimento e autorização prévia de ao menos um responsável para


menores de 18 anos?

3- Informar se o serviço será síncrono ou assíncrono e como serão adaptados os métodos e


técnicas da psicologia para as TICs.

4- Como será a guarda e arquivamento do material psicológico produzido (impresso em


arquivo físico ou através de arquivamento eletrônico?).

5- E os materiais que não são adaptados para TICs, exemplo: testes psicológicos? Incluir a
informação textual de que respeitará as especificidades e adequações dos métodos e
instrumentos utilizados.
FIQUEM ATENTAS (os):
- Psicólogas (os) fora do território brasileiro NÃO poderão
realizar atendimento online, mesmo com o cadastro – Marco
Civil Brasileiro da Internet - Lei nº 12.965/14;

- Todo cadastro aprovado tem validade de 1 ano, devendo o


profissional solicitar renovação do cadastro quando estiver
próximo ao vencimento.

Dúvidas, sugestões:
ZaPsi: (84) 99471-4455
E-mails: orientacao@crprn.org.br
orientacao2@crprn.org.br
O que o psicólogo precisa para atender online?

Para atender online como Psicólogo no Brasil precisa criar um contrato


terapêutico escrito e um termo de autorização de atendimento para menores
de 18 anos. Essa exigência está prevista na Resolução 11/2018, que
regulamenta o atendimento online no Brasil.

Caso tenha dificuldade para a realização do cadastro, entre em contato com o CRP SP
por e-mail. É FUNDAMENTAL efetuar o cadastro e-Psi antes do início dos
atendimentos à distância.

O sigilo no atendimento online


-utilizar um ambiente virtual criptografado, ou seja, que possua certificado digital
de acordo com normas técnicas estabelecidas. Assim, apenas as duas pontas de
comunicação (psicólogo e paciente) possuem acesso à conversa; -evitar a utilização
de computadores públicos ou compartilhados para fazer o atendimento online.

online gratuito | Psitto Terapia online


https://www.psitto.com.br › blog › psicologo-online-gratu.
Art. 20. O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços,
por quaisquer meios, individual ou coletivamente:
a. Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de
registro;
b. Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais
que possua;
c. Divulgará somente qualificações, atividades e recursos
relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou
regulamentadas pela profissão;
d. Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e. Não fará previsão taxativa de resultados;
f. Não fará autopromoção em detrimento de outros
profissionais;
g. Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de
outras categorias profissionais;
h. Não fará divulgação sensacionalista das atividades
profissionais.
Psicólogo, Online, Curitiba
Luísa Negrão de Moura Psicóloga Experiência em:
Depressão
Transtornos de Ansiedade
Terapia Cognitivo-Comportamental
Problemas de Relacionamentos
Terapia Focada na Solução
Atendimento Online em Psicoterapia • R$ 270
Consulta Psicologia • R$ 270
Primeira consulta psicologia • R$ 270 +24
Atende: adultos
Método de pagamento: Transferência
Bancária, Boleto
- O pagamento deve ser realizado em até
As sessões são feitas via 24h antes do horário de sua sessão, solicite
Skype, meu perfil: os dados da conta para pagamento Pix ou
luisa.nm (link de acesso: transferência bancária. Residentes de outros
https://join.skype.com/invite/ países podem realizar o pagamento via
vslRy6jL0NQD). Escolha um PicPay ou PayPal também, solicite link de
local silencioso, com pagamento.
privacidade e segurança, sem - A sessão é realizada mediante envio de
ruídos e boa conexão de comprovante de pagamento, que pode ser
internet. via WhatsApp.
Alguns dos melhores sites de terapia online do Brasil

1.Psitto. ...
2.Zenklub. ...
3.Psicólogos Berrini. ...
4.Psicologia Viva. ...
5.PSI Psicólogo e Terapia. ...
6.Vittude. ...
7.Telavita. ...
8.Doctoralia.
Para facilitar ainda mais a vida de pacientes que estão em Psicoterapia, seguem alguns
apps que poderão auxiliar no Tratamento Psicológico na abordagem da Terapia Cognitivo
Comportamental. GRATUITOS

1 – COGNI: APP PARA PACIENTES REGISTRAREM SEUS PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS –


(TCC)

O app auxilia pacientes que realizam a psicoterapia na abordagem da Terapia Cognitivo


Comportamental (TCC): os pacientes criam um Diário de Pensamentos Automáticos
Disfuncionais (registrando seus pensamentos, emoções e comportamentos).

2. DIÁRIO RPD: APP PARA PACIENTES REGISTRAREM SEUS PENSAMENTOS


DISFUNCIONAIS – (TCC)
Foi desenvolvido para auxiliar tanto o trabalho do Terapeuta Cognitivo-Comportamental
quanto ao próprio cliente que encontrará uma maneira fácil, prática e eficiente para fazer
seus registros de pensamentos disfuncionais.

3 – PACIFICA: APP PARA PACIENTES QUE SOFREM DE ANSIEDADE


Pacifica é considerado o app mais completo do tipo no mercado para ajudar pessoas que
sofrem de ansiedade.
4 – MINDSHIFT: APP PARA PACIENTES JOVENS E ADOLESCENTES QUE SOFREM DE
ANSIEDADE
app tem como objetivo ensinar o paciente a relaxar, desenvolver formas de pensar
mais funcionais e estratégias específicas para enfrentar crises de ansiedade como o
pânico e problemas para dormir.

5– VOE LIVRE DO MEDO: APP PARA PESSOAS QUE TEM MEDO DE VOAR
O Programa de Voe Livre do Medo visa atender à grande demanda de pessoas que, por
motivos pessoais ou de trabalho, precisam voar e o medo se apresenta como forte
barreira a esse comportamento.
Psicóloga Luciana Rizo (CRP 05/29122) – Mestre em Psicologia Cognitiva/UFRJ –
organizou esse tratamento com duração de 14 encontros.
Às vésperas de completar 30 anos, Yonathan Yuri Faber tinha acabado de se mudar da
Califórnia para Nova York e enfrentava problemas no casamento. Como a psicóloga que
o atendia morava no Brasil, ele decidiu fazer as sessões por WhatsApp. A experiência
deu tão certo que foi transformada em empreendimento.

Criador do app FALA FREUD, que tem sede nos Estados Unidos e existe desde 2015,
explica que, na maioria, os usuários não têm necessidade de terapia presencial, mas sim
de alguém para conversar, com quem possam falar sobre os problemas e de quem ouvir
uma opinião neutra. E o online supriria a demanda com muito mais praticidade. “Hoje
está todo mundo ocupado, com milhões de coisas para fazer. É difícil dedicar uma ou
duas horas para sua saúde mental”, diz.
Um psicólogo não pode atender amigos e parentes pois o princípio da
psicoterapia é a imparcialidade.

O profissional deve manter seu olhar estrangeiro ,além disso, o fato de ser
conhecido certamente interferirá no processo terapêutico, e é uma infração
ética..
Como faço para realizar atendimentos psicológicos por meio de planos de saúde?

Procurar diretamente a operadora de planos de saúde, para informações sobre a forma


de contratação. É importante verificar se a operadora possui registro na Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) consultando o site www.ans.gov.br ou
utilizando o telefone 0800-7019656, pois esta é uma exigência para todas as
operadoras e planos de saúde que atuem no setor de saúde suplementar no Brasil.

O atendimento poderá ser realizado em local específico ou em seu próprio consultório,


clínicas psicológicas ou multiprofissionais podem se credenciar nas operadoras e
contratar psicólogos(as) que realizem os atendimentos pela clínica.

- Que procedimentos são cobertos pelos planos de saúde?


Para informações sobre cobertura dos planos de saúde deve ser consultada a Resolução
Normativa da ANS, que dispõe sobre o rol de procedimentos e eventos em saúde,
no site da ANS www.ans.gov.br. Esta normatização está constantemente em
atualização, portanto, o(a) psicólogo(a) deve ficar atento(a) e verificar a resolução
vigente. É importante conhecer as restrições de cobertura em função de tipos de planos
e carências, assim como os procedimentos para aprovação da cobertura, esclarecendo
os(as) usuários(as) sempre que necessário.
- Quando sou contratado(a) por uma organização, que cuidados devo ter?

Uma questão fundamental é quanto à submissão do(a) psicólogo(a) a aspectos


profissionais e condições impróprias e antiéticas impostas pela organização. São
consideradas faltas éticas cometidas pelo(a) psicólogo(a) quando este tem o
conhecimento ou está envolvido(a) em fatos de natureza grave e prejudicial aos(às)
usuários(as) dos serviços prestados pela organização e se mantém omisso(a).

- E se precisar realizar uma representação (denúncia) contra um(a) psicólogo(a), como


devo fazer?

Qualquer pessoa poderá representar aos Conselhos Regionais o(a) profissional


psicólogo(a) que possivelmente esteja infringindo as legislações do CFP e/ou o Código
de Ética Profissional. Há, inclusive, alerta quanto à obrigatoriedade da denúncia para
os(as) psicólogos(as), conforme nos esclarece o Código de Ética, artigo 1.° alínea “l”.
- Como deve ser esta Representação?
A representação deve ser formalizada de acordo com o estabelecido pelo Código de
Processamento Disciplinar, Resolução CFP n.° 006/2007, Art. 19, como segue:

Documento escrito e assinado pelo(a) representante endereçado ao(à) Presidente(a)


do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, com o título REPRESENTAÇÃO,
contendo:
a) nome e qualificação do representante;
b) nome e qualificação do representado;
c) descrição circunstanciada do fato;
d) toda prova documental que possa servir à apuração do fato e de sua autoria;
e) indicação dos meios de prova de que pretende o representante se valer para provar
o alegado; Parágrafo Único - A falta dos elementos descritos das alíneas “d” e “e”
não é impeditiva ao recebimento da representação.

- Posso enviar uma Representação por email?


-
Não. A fim de preservar o sigilo necessário, o documento só poderá ser enviado por
via postal ou entregue pessoalmente, sendo que documentos enviados por fax ou e-
mail não serão aceitos.
- Todo(a) psicólogo(a) está obrigado(a) ao sigilo profissional?

Sim. Todo(a) psicólogo(a), em seu exercício profissional, está


obrigado(a) ao sigilo, sendo este um dos pontos fundamentais sobre
os quais se assenta o trabalho profissional, cabendo, portanto, ao(à)
psicólogo(a) criar as condições adequadas para que não haja a sua
violação.

Quando, por falta dos devidos cuidados, ocorrer a quebra do sigilo,


o(a) profissional poderá incorrer em falta ética e, sendo esta quebra
de sigilo conhecida, o(a) psicólogo(a) pode ser denunciado(a) junto
ao CRP e vir a sofrer um processo ético.

Art. 21º e 24º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim


de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas,
grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
A psicóloga quebrou sigilo de paciente em rede nacional?

No fantástico, uma PSICOLOGA que trata uma vítima de nome


Joana. Disse que a paciente estava sendo influenciada pelas
denúncias a achar que os toques haviam sido assédio.

A comunicação externa sem o consentimento


da paciente configura uma quebra de sigilo profissional. ...
feriu o artigo 21 e 24º
Quando é possível quebrar o sigilo?

1. A partir do momento em que a(o) profissional percebe a necessidade de apresentar


informações a terceiros, será necessário compreender a fundamentação de tal decisão e
o motivo da quebra do sigilo, pensando assim na busca do menor prejuízo. Ainda,
frente a tal decisão, a(o) profissional deverá compreender quais são as informações
estritamente necessárias a serem encaminhadas, a quem encaminhá-las e como
repassar a informação. É importante esclarecer que tais decisões são da autonomia e
responsabilidade da(o) Psicóloga(o).

2. Se a clínica tiver conhecimento, evidência ou preocupação razoável com relação ao


abuso ou negligência de uma criança, pessoa idosa ou pessoa com deficiência, é
necessário registrar um relatório na agência apropriada, geralmente o Departamento de
Saúde e Serviços Humanos, conselho tutelar. Assim que tal relatório for preenchido,
podemos ser solicitados a fornecer informações adicionais.

3. Se um cliente comunicar uma ameaça explícita de dano físico sério e tiver aparente
intenção e capacidade de realizar tal ameaça, a clínica pode ser solicitada a tomar
medidas de proteção. Essas ações podem incluir entrar em contato com a polícia e / ou
solicitar a hospitalização do cliente.
Se acreditarmos que existe um risco iminente ou mesmo, em nosso julgamento, alto de
que um cliente se machuque fisicamente, também tomaremos medidas de proteção
(Ver Cuidados em Situações de Crise).
Ficar Atentos

Aqui estão alguns exemplos de maneiras pelas quais você pode quebrar
inadvertidamente a confidencialidade do paciente / terapeuta:

• Compartilhar informações confidenciais sobre um cliente com um familiar


ou amigo
• Falando sobre informações confidenciais em algum lugar que você possa ser
ouvido por acaso
• Deixando seu computador contendo informações confidenciais aberto para
outras pessoas
• Continuar a trabalhar com um cliente quando houver um conflito de
interesses (por exemplo, se ele conhece algum parente ou amigo)
• Quando a permissão para compartilhar informações é dada, mas não é
específica, isso pode criar confusão e resultar em uma violação potencial
(por exemplo, um paciente pode dar permissão para que suas informações
sejam compartilhadas com um professor, mas não com seu médico de
família)
Quando o psicólogo pode compartilhar informações sem o consentimento do
paciente?

Alguns exemplos de situações deste tipo:

•Quando há suspeita de risco à vida do paciente ou de terceiros.


•Quando há violência doméstica em curso, negligência ou abuso de incapazes.
•Quando o psicólogo recebe uma ordem judicial, por exemplo, se a saúde mental do
paciente for questionada nos processos judiciais.

•Ou seja: A quebra do sigilo profissional está prevista no Código de Ética da


(o) Psicóloga (o) para casos em que a (o) paciente / usuária (o) encontra-se em
situação de risco ou oferece, no momento atual, risco a terceiros.

•Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o


psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.”
Nota técnica de orientação profissional em casos de
violência contra a mulher: casos para a quebra do sigilo
profissional (2016)

• Primeiramente, faz-se mister sublinhar que é OBRIGATÓRIA a notificação de


todos os casos de violência contra a mulher atendidos pelos profissionais de
saúde, psicólogos e outros, em território nacional, segundo a Lei Federal nº
10.778 de 24 de novembro 2003, tanto em serviços de saúde públicos quanto
privados.

• Ao não notificar, o psicólogo torna-se omisso frente a uma demanda de grande


magnitude em nosso país, qual seja a da participação na construção de uma
sociedade pautada em menor violência contra as mulheres.
A ficha de notificação está disponível em todos os serviços de saúde pública
e, no caso de atendimento particular, pode ser baixado do site do Ministério
da Saúde (http://portalsinan.saude.gov.br/) e ser entregue encaminhada para
a vigilância epidemiológica de seu município (buscar no google).

Devem ser notificadas todas as violências cometidas contras as mulheres:


• psicológica,
• física,
• sexual,
• moral
• e patrimonial
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
).

• O CFP produziu vídeos, os quais podem ser facilmente acessados


(https://www.youtube.com/watch?v=084Z58rI8rE
Código Penal - Decreto - Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.
Violação do segredo profissional
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em
razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir
dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
O dilema é descobrir o momento adequado para levar o caso para fora do espaço
do consultório?

Existem casos em que você sensibiliza o cliente, buscando que ele próprio
assuma a sua defesa.

Há outros em que a criança corre o risco e a família não a protege.

Nesses casos a postura do psicólogo deve ser mais incisiva. Se você percebe
que a criança está trazendo um testemunho de sofrimento e que está precisando
de ajuda, o psicólogo deve fazer uma parceria que possa dar continuidade ao
caso na área jurídica.

O tempo de ação do psicólogo deve ser muito rápido, pois pode estar
acontecendo uma situação de indício de abuso e na outra semana já pode ocorrer
algo pior. Existe uma somatória de sintomas para se chegar à conclusão de que
uma criança está falando a verdade nessas situações. Por exemplo, quando ela
evidencia sinais de linguagem sexualizada e um comportamento erotizado?,
relata Dalka Ferrari.
A única certeza nesses casos é que, para enfrentá-los, o
profissional deve buscar apoio.

Antes de qualquer ação, eles precisam buscar informação e apoio


de outros profissionais que já passaram por isso. Ou seja, buscar
respaldo na rede de proteção.

Quando a criança consegue verbalizar, no setting de terapia, que


ela está sendo violentada, é um grande passo que não pode
morrer ali.

Como o profissional vai resolver isso, depende de sua


competência, de sua representação e de sua formação.
Investimos muito no entendimento do psicólogo sobre noções de
cidadania e de direitos, pois é a partir disso que esse profissional
vai conseguir lidar melhor com a situação. O profissional que
passa por esse problema até pode ter uma sanção de sigilo, mas
o que garantirá a sua coerência é o tipo de ação que ele teve.
A comunicação externa se constitui como denúncia e, diferentemente da
notificação, que segue um procedimento interno, é enviada para o exterior
dos serviços de saúde e aciona a Polícia, a Justiça e o Ministério Público.

• A comunicação externa pode ocorrer com o consentimento ou sem o


consentimento da mulher vítima de violência. Com o consentimento é
quando a mulher está impossibilitada de fazer a denúncia e assina um
termo de autorização para que o psicólogo faça a comunicação.
• A comunicação externa sem o consentimento da paciente configura uma
quebra de sigilo profissional. Estes casos são os que mais preocupam os
profissionais de psicologia, todavia, eles configuram uma exceção, mas
nem por isso devem ser esquecidos como possibilidade importante no
caso de atendimento a qualquer mulher em situação de violência.
• A comunicação externa deve ser feita em situações em que a vida da
mulher corra sério risco ou ainda a de seus filhos ou de pessoas próximas.
Nos demais casos, o psicólogo deve trabalhar com a mulher, fortalecendo
o seu protagonismo e oferecendo ferramentas para que ela tome
decisões (CREPOP, 2013)
Dalka Ferrari reforça a necessidade de o profissional apoiar-se em equipe multidisciplinar?

Um psicólogo que recebe um caso dessa ordem não pode tomar a decisão de fazer a denúncia
sozinho. Ele tem primeiro que se cercar dessa equipe multidisciplinar, pois ele não está
trabalhando com uma questão puramente psicológica. Para evitar os danos de ser processado,
ele tem de estar sempre se reciclando e ancorado por parceiros.

O psicólogo que está sozinho e sem o respaldo de uma instituição fica mais vulnerável. Mesmo
nessa situação, ele deve pedir retaguarda médica, assessoria jurídica ou encaminhar o caso
para instituições? Dalka.
Se o(a) usuário(a) do serviço não estiver mais em atendimento, posso
quebrar o sigilo?

Mesmo após o término de um trabalho, ou do falecimento do(a) usuário(a) o


sigilo das informações deve ser mantido, sendo que a decisão pela quebra de
sigilo deve ser avaliada conforme mencionado anteriormente.

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