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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

TRABALHO AV1
Código de Ética

Rio de Janeiro
Abril, 2022
Daiane Jordão
Juan
Lucas Gazineu
Mariana Costa
Sara Viviane
Yasmim Tavares

TRABALHO AV1
Código de Ética

Trabalho apresentado na disciplina


Psicologia, Ética e Direitos Humanos
em Abril de 2022, como parte da
primeira avaliação.

Rio de Janeiro
Abril , 2022
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 DESENVOLVIMENTO 5

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo pesquisar situações, dentro do contexto da


psicologia clínica, onde o Código de Ética é posto em prática. Para esse feito,
entrevistamos a Jennifer Pires, psicóloga clínica, voltada para o atendimento a
crianças e adolescentes, com 2 anos de prática. E entrevistamos também o
psicólogo Leonardo Luís Távora da Silva, também da área clínica, cuja abordagem é
a psicanálise, exercendo a profissão desde maio de 2018. As entrevistas foram
compostas por 5 perguntas para cada psicólogo, que versavam sobre a utilização do
Código de Ética durante a prática clínica.

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2 DESENVOLVIMENTO

Durante a prática clínica o psicólogo se depara com diversas situações  que


esbarram no Código de Ética e que permeiam as decisões tomadas. Quando o
atendimento envolve crianças e adolescentes o cuidado deve ser redobrado já que
existe também o envolvimento dos pais e responsáveis em todo esse processo.
Sendo assim, na entrevista com a profissional, JENNIFER PIRES focamos em
aspectos que consideramos mais cruciais, como a denúncia a transgressões, sigilo
profissional e a relação responsáveis/crianças/psicólogos. 

    O artigo 13 do Código, reforça que, em atendimentos de crianças e adolescentes,


somente o essencial deve ser compartilhado com os pais e responsáveis. Dentro
desse essencial, Jennifer cita intenções e tendências de automutilação,
comportamento e/ou ideação suicida, bem como clara comunicação de crimes e
situações que podem impactar na integridade física do paciente ou dos demais.
Entretanto, mesmo que nessas condições, tudo é comunicado e combinado com o
paciente, a fim de garantir o vínculo terapêutico. 

    Outra questão diz respeito à recusa ao atendimento por parte da criança ou
adolescente quando a iniciativa de procurar ajuda vem dos pais ou responsáveis,
nesse caso a entrevistada acredita que seja fundamental deixar claro a esses
pacientes a questão do sigilo com relação às sessões, já que muita das vezes o
receio dos menores em se engajar é por medo de confidenciar assuntos íntimos e os
mesmos serem comunicados aos pais sem necessidade. No caso da permanência
da recusa ao processo terapêutico, a psicóloga investe em uma orientação parental.

Em relação a casos complexos, Jennifer destaca que é preciso que o profissional


intensifique os estudos em livros e artigos e que também busque supervisão de
profissionais mais experientes. Entretanto, em situações que fogem do seu domínio
e capacitação como profissional a melhor opção é encaminhar o paciente a um outro
profissional mais capacitado a fim de não prejudicar o processo terapêutico daquele
indivíduo.

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    Em relação a transgressões e denúncias, a entrevistada acredita ser importante
não só a denúncia pessoal, mas também a orientação a pacientes que já
vivenciaram posturas impróprias por parte de outros profissionais, como
descriminação de orientação sexual ou desrespeito ao sigilo. E, quando questionada
sobre a denúncia de maus tratos vivenciados pelos pacientes, relatou que em seu
caso particular nunca passou por essa experiência, somente contribuiu para a
avaliação psicológica a fim de confirmar a veracidade das denúncias, com a criança
já em um ambiente seguro. 

Perguntamos também a LEONARDO LUÍS TÁVORA DA SILVA CRP: 05/55.268.


Os primeiros dois artigos do código de ética do psicólogo se referem às suas
responsabilidades e ao que lhes é vedado. Dentre elas o dever de assumir
profissionalmente somente o que lhe é competente de forma pessoal, teórica e
técnica, prestar serviços psicológicos de qualidade, sem visar o benefício próprio e a
recomendação de um colega, caso não exista possibilidade de continuar com o
paciente, fornecendo informações relevantes para que o tratamento prossiga. Já o
que lhes é desautorizado, por exemplo, é prolongar a prestação dos serviços
profissionais de maneira desnecessária.

Nestes aspectos, Leonardo informa que em alguns casos, é necessária uma


intervenção psicofarmacológica – e indicação a um psiquiatra – em casos em que a
situação do paciente fugia de suas capacidades profissionais e que já precisou
encaminhar pacientes infantis a uma colega, uma vez que ele não possui um espaço
lúdico para este tipo e atendimento. Ele aborda também que é difícil determinar um
tempo de duração do tratamento, e o que se pode precisar é que o processo é
longo, onde alguns entendem ser um tratamento vitalício, e o paciente acaba
estabelecendo sua própria alta.

Já o artigo 7º e o 10º concernem ao psicólogo intervir nos serviços de outro


colega somente em situações específicas, como em caso de emergência ou risco
para o paciente e sobre a quebra do sigilo no atendimento, onde muitas vezes é
preciso que seja expostas algumas ocorrências. O psicólogo Leonardo discorreu que
nunca precisou intervir no serviço de outro profissional, além de ter relatado que já
houve confissão de crime, mas sem a necessidade de quebra de sigilo no Tribunal.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi de fundamental importância para nosso desenvolvimento educacional termos


entrado em contato com profissionais que compartilharam suas experiências e
condutas com base no código de ética. Por isso achamos interessante entrevistar
dois psicólogos que se aprofundaram em especializações diferentes, o que serviu
como um leque de aprendizado.

O conhecimento adquirido, não só durante a entrevista, mas também ao conversar


com os profissionais sobre assuntos gerais da psicologia, será algo que levaremos
com apreço para nossa vida profissional. 

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