Você está na página 1de 4

Questão 1

Princípios Fundamentais:

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e
das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio docontínuo aprimoramento


profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico
de conhecimento e de prática.

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os


impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de
forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

Artigos:

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;

b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades

para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;

c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de

trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando

princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência


psicológica, na ética e na legislação profissional;

k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos

justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os

assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações

necessárias à continuidade do trabalho;

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnicocientífica;


h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas,
adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou
profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado
ou a fidelidade aos resultados da avaliação;

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio
da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha
acesso no exercício profissional.

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem

infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na

forma dos dispositivos legais ou regimentais:

b) Multa;

c) Censura pública;

Questão 2

A ética é uma reflexão sobre os valores humanos. Segundo Romaro, ela é baseada em
princípios como: Não maleficência; Beneficência; Autonomia e Justiça. Princípios esses
que visam um comportamento/conduta de forma que maximize os benefícios, respeite a
autonomia, a possibilidade de escolha, a individualidade e o tratamento igualitário,
garantindo condições de sigilo, privacidade e confidencialidade.

Ao nos depararmos com o caso do Psicólogo G, percebemos que ele infringiu alguns

Princípios Fundamentais e Artigos do Código de Ética Profissional do Psicólogo que

dissecaremos a seguir:

- Inicialmente, violou alguns princípios fundamentais, como o I, visto que negligenciou


a conduta ética do psicólogo, o IV, pois não atuou com responsabilidade na prática de
sua profissão, e o VII, pois não considerou os impactos das relações de poder sobre suas
atividades profissionais, uma vez que sua relação com a cliente afetou o laudo
psicológico que produziu.
- Elaborou um laudo psicológico que continha informações sigilosas sobre o

ex-marido de sua cliente: Ele infringiu o Art 1º b); Art.2º a) e o Art. 9º.

No Art. 1º b) ele assumiu uma responsabilidade pela qual ele não estava capacitado

teoricamente e tecnicamente; no Art.2º a) ele foi negligente quando aceitou fazer um

laudo sobre o ex-marido da mulher, sendo que ele não o conhecia e nem o atendia e,

no Art. 9º quando revelou informações sigilosas, expondo a intimidade de um

terceiro.

- Ao escrever o documento, usou expressões taxativas: Ele infringiu o Art. 2º h); Art.

2º k). No Art. 2º h) ele utilizou de declarações falsas visando o benefício de sua cliente,
e no Art. 2º k) o seu vínculo profissional com sua paciente afetou a qualidade e os
resultados de sua avaliação.

- No laudo não constava os objetivos do documento, a quem se destinava o

contexto litigioso. Ademais, o psicólogo não fundamentou teoricamente o

documento nem baseou suas informações em uma análise técnico-cientifica: Art. 2º

g) ele emitiu o documento sem fundamentação e qualidade técnico-cientifico.

- O Senhor W se sentiu lesado, posto que jamais fora paciente do profissional, não o

conhecia pessoalmente e não demandará quaisquer serviços desse psicólogo: Art.

1º a); Art. 1º c); Art. 1º k).

No Art. 1º a) ele não cumpriu o Código; no Art. 1º c) ele não prestou serviço

psicológico de qualidade e não utilizou princípios fundamentados na Ética; no Art. 1º

k) não sugeriu o serviço de outro psicólogo, visto que não o conhecia e era ex-marido de
sua cliente.

Questão 3

Visto que suas infrações causaram prejuízo pessoal e judicial a um terceiro e realizou
um laudo psicológico parcial, tendencioso e prejudicial, sem fundamentação técnica e
científica, a penalidade aceitável seria, segundo o Art. 21 do Código de Ética
Profissional do Psicólogo, b) Multa e c) Censura Pública.

Você também pode gostar