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LÍNGUA PORTUGUESA
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus
tripulantes diriam que neste planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o
grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista
americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores
fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais
é do que uma agressão às coisas naturais. Grosso modo, a tal civilização significa a
devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a
deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma
degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo,
uma autêntica guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).
3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto III, é correto afirmar que o meio
ambiente está degradado porque:
A) a destruição é inevitável.
B) a civilização o está destruindo.
C) a humanidade preserva sua existência.
D) as guerras são o principal agente da destruição.
E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.
I- Nesta charge, foram empregadas tanto a linguagem verbal quanto a não verbal.
II- Ela faz alusão a uma discussão social que há tempos causa polêmica no país.
III- A expressão “esses aqui estão limpos” pode ser entendida em sentido denotativo ou
conotativo.
A) I apenas.
B) I e II.
C) II e III.
D) I e III.
E) I, II e III.
II. A novela na Rádio Nacional provocou uma tempestade emocional entre os ouvintes.
III. O papel utilizado nesses 23.513 capítulos daria para erguer uma torre de quatro quilômetros
de altura.
(B) II, sendo que tempestade é uma forma de mostrar a transformação vivida pelas pessoas.
(C) III, sendo que torre é uma forma de exagerar a expansão das radionovelas.
(D) I e II, sendo que vento é uma forma de indicar a abrangência das transformações vividas e
tempestade, a sua intensidade.
(E) II e III, sendo que tempestade é uma forma de indicar a abrangência das transformações
vividas e torre, o local dessas transformações.
16) Assinale a alternativa em que a expressão grifada está empregada em sentido figurado.
Os pequenos príncipes
Nos EUA, viajo de trem todas as semanas. Pode ser a melhor viagem do mundo. Ou a
pior. Depende das crianças. Da existência delas.
Quando não há crianças a bordo, são três horas de puro hedonismo pessoal. Entro na
carruagem, desligo o celular, sento-me.
Descalço os sapatos. Leio um pouco, escrevo um pouco, escuto música e durmo, são 30 minutos
de meditação profunda, só para restaurar a minha beleza natural.
Quando chego ao destino, sinto-me tão relaxado que a minha vontade é comprar uma
passagem de volta e repetir o SPA ferroviário.
São as crianças que estragam tudo. Minto. São os pais das crianças. Existem dois grupos
nas minhas experiências ambulantes.
O primeiro é composto por múmias deslumbradas com os filhos. Não se mexem.
Contemplam. E contemplam com orgulho
a forma como a descendência berra, suja e destrói a carruagem. O amor dos pais-múmia não se
manifesta por ação, mas por omissão.
O segundo grupo é tão pernicioso quanto o primeiro. Mas onde antes havia déficit de disciplina,
agora há excesso. Um gesto brusco dos filhos é mimetizado por um gesto brusco dos pais. Os
filhos levantam-se subitamente, os pais levantam-se logo a seguir. Os filhos destroem a
carruagem, os pais destroem os filhos.
Seja como for, o resultado é sempre o mesmo: uma viagem arruinada para terceiros.
Deus meu, serei um monstro por pensar assim?
Pamela Druckerman diz que não. A sra. Druckerman é uma escritora americana a viver
em França, mãe de três crianças e admiradora confessa das crianças dos outros. Crianças
francesas, entenda-se.
Como explicar a educação esmerada dos pequenos gauleses [franceses] por oposição à
rebeldia incontrolável dos pequenos americanos?
O segredo, conta a autora, não está no excesso de disciplina; muito menos na escassez
dela. Está na forma adulta como os adultos normalmente lidam com as crianças. Ou descem ao
nível mental delas; ou, pior, procuram elevá-las violentamente ao nível mental deles.
Que cada um tenha um papel específico na relação (a saber: educar e ser educado), eis
um pensamento simplório que não passa pela cabeça dos pais modernos.
E, no entanto, é precisamente esse papel que os pais franceses tentam imprimir nos
filhos. Como? Mostrando-lhes, de referência sem berrar ou bater, que “não” é simplesmente
“não”; que a frustração e o tédio fazem parte da existência humana; e que, às vezes, é preciso
adiar uma gratificação.
Tudo isso é comunicado sem violência ou sentimentalismo; apenas com respeito e
firmeza.
O resultado, escreve Druckerman, é visível: paz na hora das refeições; paz nas compras
cotidianas; paz na aprendizagem escolar; e paz, também, para amigos ou convidados da família.
Moral da história? Da próxima vez que tomar meu trem, prometo levar na mala alguns
exemplares do livro da sra.Druckerman. Para oferecer em caso de emergência.
A) o autor opta pelas viagens de trem, pois pode descansar e, sendo vaidoso, também aproveita
para cuidar de sua aparência da qual depende na vida profissional.
B) os pais-múmia prejudicam as crianças, pois agem por omissão; porém são preferíveis aos
pais do segundo grupo que somente berram com os filhos.
C) a escritora americana é admirada pelo autor, pois ela propõe um método de educação que
condiz com o praticado por ele em relação aos próprios filhos.
D) Pamela Druckerman entende que pais que têm clareza e segurança para impor limites
preparam seus filhos para as situações adversas que a vida impõe.
E) o jornalista não gosta de crianças, mesmo que sejam bem-educadas, daí preferir viajar em
vagões onde existam somente adultos.
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
19) Expor uma ideia de forma exagerada é um recurso para enfatizar um ponto de vista.
Assinale o trecho em que o autor serviu-se desse recurso.
20) Assinale a alternativa que substitui, correta, respectivamente e sem alteração do sentido do
texto, os trechos em destaque nas frases a seguir.
Quando não há crianças a bordo, são três horas de puro hedonismo pessoal.
Um gesto brusco dos filhos é mimetizado por um gesto brusco dos pais.
Violência nas Escolas, publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 20.11.2008. Para cada uma,
indique a alternativa em que os termos preenchem, correta e respectivamente, as lacunas.
23) Agora, voltamos a ver um novo caso de violência nas escolas que ganhou amplo espaço na
mídia. __________________cotidianamente outros exemplos, não tão dramáticos, que não são
veiculados ou permanecem restritos a jornais locais e rádios comunitárias.
As violências físicas e simbólicas estão instaladas, em maior e menor _______________ , nas
nossas escolas.
O dia 22 de setembro é uma data que começa, pouco a pouco, a ganhar importância no
calendário. Nela, milhões de pessoas em várias cidades do planeta comemoram o Dia Mundial
Sem Carro.
Essa comemoração é, na verdade, uma grande mobilização, cujo objetivo é criar um processo de
reflexão sobre o uso, muitas vezes irracional e desnecessário, dos automóveis.
(Mãe Terra, Ano I, N.º 4)
25) Na oração Nela, milhões de pessoas em várias cidades do planeta comemoram..., a palavra
Nela está empregada referindo- se ao termo
(A) data.
(B) importância.
(C) cidade.
(D) reflexão.
(E) comemoração.
26) Abrir novos horizontes e formar ________________cada vez mais preparados. Esse é o
principal objetivo dos profissionais que______________ a educação pública estadual no
Tocantins. Superando ano ______ ano as metas previstas pelo MEC em avaliações como a
Prova Brasil e o IDEB, o Estado do Tocantins investe no planejamento estratégico...
(Nova Escola, dezembro de 2008)
Brasileiro bonzinho?
Tempos atrás, num programa cômico de televisão, uma jovem americana radicada no
Brasil, a cada comentário sobre violência ou malandragem neste país, pronunciava com muita
graça: “Brasileiro bonzinho!”. E a gente se divertia. Hoje nos sentiríamos insultados, pois não
somos bonzinhos nem sequer civilizados. O crime se tornou banal, a vida vale quase nada. Ser
assaltado é quase natural – não só em bairros ditos perigosos ou nas grandes cidades, mas
também no interior se perdeu a velha noção de bucolismo e segurança.
Em São Paulo, só para dar um exemplo, os arrastões são tão comuns que em alguns
restaurantes o cliente é recebido por dois ou quatro seguranças fortemente armados, com colete
à prova de bala, que o acompanham olhando para os lados – atentos como em séries criminais
americanas. Quem, nessas condições, ainda se arrisca a esta coisa tão normal e divertida, comer
fora?
Pessoas inocentes são chacinadas: vemos protestos, manifestações e choro, mas nada
compensará o desespero das famílias ou pessoas destroçadas, cujo número não para de crescer.
Morar em casa é considerado loucura, a não ser em alguns condomínios, e mesmo nesses o
crime controla o porteiro, entra, rouba, maltrata, mata. Recomenda-se que moremos em
edifícios: “mais seguros”, seria a ideia. Mas mesmo nos edifícios, nem pensar, a não ser com
boa portaria, com porteiros preparados e instruídos para proteger dentro do possível nossos lares
agora precários.
Somos uma geração assustada, confinada, gradeada – parece sonho que há não tanto
tempo fosse natural morar em casa, a casa não ter cerca, a meninada brincar na calçada; e não
morávamos em ilhas longínquas de continentes remotos, mas aqui mesmo, em bairros de
cidades normais. Éramos gente “normal”.
Continua valendo a inacreditável lei de responsabilidade criminal só depois dos 18 anos. Jovens
monstros, assassinos frios, sem remorso, drogados ou simplesmente psicopatas saem para matar
e depois vão beber no bar, jogar na lan house, curtir o Facebook, com cara de bons meninos.
Estamos em incrível atraso em relação a países civilizados. No Canadá, Holanda e outros, a
idade limite é de 12 anos. No Brasil, assassinos de 17 anos, 11 meses e 29 dias são considerados
incapazes... Estamos indefesos e apavorados.
(Lya Luft. Revista Veja, 24 de abril de 2013. Adaptado
27) No contexto em que se insere a frase – ... para proteger dentro do possível nossos lares
agora precários. – a palavra em destaque pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
(A) resistentes.
(B) inabaláveis.
(C) autênticos.
(D) frágeis.
(E) robustos.
28) A autora afirma que o comentário feito – “Brasileiro bonzinho!” – tempos atrás, por uma
jovem americana que residia no Brasil, seria, hoje, considerado um insulto porque
(A) uma americana não tem condições de julgar o comportamento de outro povo.
(B) existem, atualmente, na sociedade, muitas pessoas violentas e de má índole.
(C) há malandragem no nosso país, mas é restrita a algumas cidades.
(D) o Brasil já pode ser comparado a países civilizados, como o Canadá.
(E) o brasileiro entende que a violência está sendo dominada pouco a pouco.
29) Levando-se em consideração as informações contidas no 4.º parágrafo, é correto afirmar que
a expressão gente “normal” em – Éramos gente “normal.” – refere-se a pessoas
GABARITO
1- A
2- C
3- B
4- D
5- C
6- C
7- D
8- B
9- B
10- D
11- D
12- E
13- C
14- C
15- D
16- E
17- D
18- B
19- C
20- E
21- D
22- E
23- E
24- A
25- A
26- E
27- D
28- B
29- C
30- A