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Carlos E.

Morimoto
http://www.guiadohardware.net.n
morimoto@guiadohardware.net
Hardware, novas tecnologias – © 2000 Carlos E. Morimoto (http://www.guiadohardware.net)

Prefácio
O Mundo da Informática está em constante evolução. Neste mundo mutável, não é fácil
manter-se atualizado. Praticamente a cada dia surgem novos processadores, novas placas
de vídeo, novos chipsets, novos padrões e novos periféricos, muitas vezes incompatíveis
com os padrões anteriores.

Este livro traz informações sobre a maioria dos novos componentes, incluindo
processadores, placas mãe, memórias, discos rígidos, placas de vídeo e monitores. Você
encontrará informações sobre todos os processadores usados em micros PC, do 8088 ao
Pentium III, incluindo os novos processadores, como o Athlon Thunderbird e futuros
lançamentos, incluindo o AMD Duron, AMD Mustang, AMD Sledgehammer, Intel
Tinma, Willamette e Itanium; informações sobre novas tecnologias, como os Slots AGP
Pro, AMR e Fireware, memórias Rambus, DDR-SDRAM, novos chipsets, monitores
LCD, etc.

Seja você um técnico, ou apenas um usuário querendo manter-se por dentro das novas
tecnologias, este livro lhe será muito útil.

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CAPÍTULO 2
PROCESSADORES: NOVAS TECNOLOGIAS

Athlon Thunderbird

O Athlon deixou de ser o processador mais rápido do mercado depois que a Intel lançou
as novas versões do Pentium III, baseadas no core Coopermine, devido ao seu (do Athlon)
cache L2 mais lento. Enquanto num Pentium III de 900 MHz o cache L2 opera à mesma
frequência do processador, num Athlon também de 900 MHz, o cache L2 operava à
apenas 300 MHz, 1/3 da frequência. Disse "operava" pois isto mudou com o lançamento
do Thunderbird.

O novo Athlon traz 256 KB de cache L2 integrados ao núcleo do processador, operando


à mesma frequência deste, contra os 512 KB operando à 1/2, 2/5 ou 1/3 da frequência
encontrados nos modelos antigos. Apesar de vir em menor quantidade, o cache do Athlon
Thunderbird oferece um grande ganho de performance, pois opera à mesma frequência do
processador. Num Athlon Thunderbird de 900 MHz, o cache L2 também opera a 900
MHz.

Mas existe um pequeno problema, o novo Athlon utiliza um novo encaixe, chamado de
"Soquete A", um formato parecido com o Celeron PPGA. Apesar de ser compatível com
as placas Slot A em termos de pinagem, o novo formato exigiria o uso de um adaptador,
como os que usamos para encaixar um Celeron PPGA numa placa mãe Slot 1. Ainda não
existe nenhum adaptador para o Athlon Thunderbird no mercado.

Outro porém, é que as placas mãe Slot A não são compatíveis com o novo processador,
mesmo com o uso de um eventual adaptador, devido à diferença nos tempos de latência.
Possivelmente os principais fabricantes de placas mãe lancem upgrade de BIOS para
tornar suas placas compatíveis, por isso, não deixe de fazer uma visita ao site do fabricante
da sua placa antes de pensar em um upgrade.

Para diferenciar o Athlon Thunderbird dos modelos antigos, basta checar seu formato.
O novo Athlon usa o formato soquete A, enquanto os modelos antigos utilizam o formato
Slot A. A AMD chegou a produzir algumas séries do Thunderbird no formato Slot A, mas
serão poucos, destinados principalmente à micros de grife, por isso, não espere encontrá-
los à venda facilmente.

Na imagem abaixo, você pode ver um Thunderbird soquete A ao lado de um Athlon


slot A antigo.

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O Athlon Thunderbird está sendo produzido em versões de 700 MHz a 1.2 GHz, e está
sendo vendido pelo mesmo preço dos modelos antigos. A intenção da AMD parece ser
fazer a substituição o mais rápido possível. Em termos de performance, o Thunderbird
supera um Pentium III Coopermine do mesmo clock na maioria das aplicações. Em
algumas com 7 ou 8% de vantagem sobre um Pentium III do mesmo clock. Em alguns
testes o Pentium III se sai mais rápido, mas no geral o Thunderbird é superior, e como os
demais processadores AMD, continua trazendo a vantagem de custar menos que um
Pentium III do mesmo clock.

AMD Duron

O Duron é o novo processador da AMD, que vem como substituto dos cansados K6-2,
para ser o concorrente direto do Celeron no mercado de baixo custo. O novo processador
está disponível em versões apartir de 600 MHz.

Apesar do lançamento do Duron, a AMD ainda continua produzindo os processadores


K6-2, pois estes são muito baratos. Entretanto, o K6-2 já está com sua morte decretada,
pois não devem ser lançadas novas versões deste processador, e a séria deve ser
descontinuada em breve.

O Duron utiliza a mesma arquitetura do Athlon Thunderbird, a nova versão do Athlon,


que comentei anteriormente. Porém, vem com muito menos cache. Enquanto o Athlon
Thunderbird vem com 256 KB de cache L2 full speed, o Duron vem com apenas 64 KB de
cache L2, também full speed.

AMD Duron

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Entretanto, apesar da pouca quantidade de cache L2, o Duron traz um enorme cache L1
de 128 KB, totalizando 192 KB de cache, mais cache que o Celeron, que tem 32 KB de
cache L1 e 128 KB de cache L2, totalizando 160 KB de cache.

Em se tratando de cache, o Duron traz mais uma vantagem em relação ao Celeron. No


Duron, o cache L2 é exclusivo, isto significa que os dados depositados no cache L1 e no
cache L2 serão diferentes. Temos então realmente 192 KB de dados depositados em
ambos os caches. No Celeron, o cache é inclusivo, isto significa que os 32 KB do cache
L1 serão sempre cópias de dados armazenados no cache L2. Isto significa que na prática,
temos apenas 128 KB de dados armazenados em ambos os caches.

O Duron utiliza o novo encaixe soquete A, o mesmo utilizado pelo Athlon Thunderbird.
Apesar dos encaixes serem parecidos, o Duron NÃO é compatível com placas FC-PGA
para processadores Intel, nem existe nenhum tipo de adaptador.

O Duron vem surpreendendo em termos de desempenho, ganhando por uma grande


margem de um Celeron da mesma frequência, apresentando um desempenho muito
semelhando ao de um Athlon de arquitetura antiga (com cache L2 à metade ou 2/5 da
frequência do processador). O melhor de tudo é que apesar do desempenho mais do que
convincente, o Duron custa menos do que o Celeron da mesma frequência, e naturalmente,
muito menos do que Pentium III ou Athlon. Para quem está procurando um micro de alto
desempenho, mas quer gastar pouco está próximo do ideal.

O Duron de 750 Mhz supera em desempenho um Athlon de 700 MHz, ficando muito
próximo de um Pentium III também de 700 MHz, ambos processadores bem mais caros.
Numa comparação direta com o Celeron que seria seu concorrente direto, novamente o
Duron leva vantagem, superando facilmente o Celeron de 700 MHz, a versão mais rápida
atualmente. Mesmo um Celeron de 566 MHz overclocado para 850 MHz, usando bus de
100 MHz tem dificuldade em acompanhá-lo, ficando atrás na maioria das aplicações.

O grande problema do Duron, principalmente aqui no Brasil continua sendo o preço das
placas mãe para ele, consideravelmente mais caras que placas equivalentes para
processadores Intel. Entretanto já estão começando a aparecer placas mais baratas, como a
Gigabyte GA-7ZM e a FIC AZ, ambas já vem com som onboard (que pode ser
desabilitado), e custam, aqui no Brasil, entre 160 e 190, dependendo do vendedor. A
tendência é que comecem a aparecer placas cada vez mais baratas.

Lembre-se que para usar o Duron, assim como os Athlons mais novos, você precisará
de uma placa Soquete A, as placas Slot A usadas pelos Athlons antigos não servem.

Athlon de 1.2 GHz e Duron de 800 Mhz, o pesadelo da Intel

No final de Outubro, a AMD anunciou o lançamento de dois novos processadores, o


Athlon Thunderbird de 1.2 GHz e o Duron de 800 MHz, anunciando também uma redução
no preço de venda dos processadores mais lentos.

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Na data de lançamento, um Athlon de 1.2 GHz estava custando noas EUA, preços para
o consumidor final, por volta de 500 dólares. Um Pentium III de 1 GHz por sua vez não
saia por menos de 650 dólares. Um Duron de 800 MHz custava nos EUA por volta de 110
dólares, enquanto um Celeron 700 não saia por menos de 130.

Aqui no Brasil, apenas dos preços serem bem mais altos, a escala se mantêm. O Duron
de 600 MHz custa em média 80 dólares, contra 130 dólares em média por um Celeron
566. Um Athlon Thunderbird de 750 MHz pode ser encontrado por menos de 200 dólares,
enquanto um Pentium III de 700 MHz dificilmente sai por menos de 250 dólares.

Os processadores AMD estão se apresentando atualmente como uma opção


incontestável em termos de custo benefício, já que o Athlon Thunderbird apresenta um
desempenho muito parecido com um Pentium III do mesmo clock e o Duron é muito mais
rápido que um Celeron. Um Celeron 566, mesmo em overclock para 850 MHz perde para
um Duron de 700 MHz, na maioria das aplicações, sendo que o Duron 700 é de 5 a 8
dólares mais barato que um Celeron 566 (preços no Brasil). Por incrível que pareça, os
testes em que o Duron se sai melhor são justamente nos jogos e principalmente no 3D
Studio e outros aplicativos 3D, que eram justamente o ponto fraco do K6-2.

O grande problema dos processadores AMD sempre foram as placas mãe para eles, isso
desde a época do K6-2. As placas soquete 7 apresentavam vários problemas de
incompatibilidade, principalmente com placas de vídeo, enquanto as primeiras placas mãe
para Athlon eram caras e instáveis.

Felizmente, com o amadurecimento da plataforma as placas mãe soquete A para o


Athlon e o Duron vem caindo de preço e melhorando bastante em qualidade. Atualmente,
as placas soquete A tem a mesma qualidade das placas para processadores Intel e o preço
caiu a ponto das placas soquete A mais baratas, como a FIC SD-11 e a Gigabyte GA-7ZM
já serem encontradas aqui no Brasil na faixa de 150 dólares. Excluindo-se as PC-Chips, as
placas para processadores AMD e Intel já estão custando quase o mesmo.

De qualquer forma, para os fãs das placas com tudo onboard, existe a M805LR da PC-
Chips (soquete A), que custa na faixa de 100 dólares. Pode ser que estas placas, em
conjunto com o Duron venham a substituir o Celeron nos micros de 1200 a 1400 reais, já
que o Duron é mais barato.

O último problema reside nos problemas de compatibilidade dos chipsets Via. No caso
das placas mãe para Pentium III, existe a opção de comprar placas com chipset Via, ou
placas com chipset Intel. No caso do Athlon porém, só existem no mercado placas com
chipset Via, com algumas poucas opções de placas com chipset AMD 750, bem inferior.

Até hoje, os chipsets da Via tem problemas de compatibilidade com alguns modelos de
placas de vídeo 3D. Na maioria dos casos o problema pode ser resolvido instalando os
drivers AGP Gart da placa mãe, que geralmente se encontram na pasta “AGP” do CD de
drivers da placa mãe, mas que podem também ser baixados no site da Via. Neste caso, o

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melhor procedimento é instalar primeiro o driver de vídeo, reiniciar o micro e em seguida


instalar o Driver AGP.

AMD K6-2+

O último suspiro do K6-2, veio na forma de um processador voltado para o mercado de


notebooks, batizado de K6-2+.

O K6-2+ é atualmente o melhor processador da AMD no ramo de notebooks. Esta é


uma versão incrementada do antigo K6-2, que incorpora 128 KB de cache L2 trabalhando
na mesma freqüência do processador. Devido à presença do cache L2 integrado, o K6-2+
supera um Celeron do mesmo clock em aplicativos de escritório, e perde por uma margem
de 10 a 13% em aplicativos gráficos. O K6-2+ existe em versões de 475 a 550 MHz.

Apesar de ser compatível com as mesmas placas mães soquete 7 para processadores K6-
2 e K6-3, possibilitando que usuários de processadores K6-2 mais lentos pudessem
atualizar o processador, mantendo a mesma placa mãe, a AMD parece interessada apenas
em vender este processador a fabricantes de notebooks, e não diretamente no varejo. Com
isto, quem tem um K6-2 e está pensando em um upgrade, tem como opções apenas o
caríssimo K6-2 de 550 MHz (que diferentemente do K6-2+ de 550, não tem cache L2
integrado), ou então trocar também a placa mãe e migrar para um Athlon, Pentium III ou
Celeron.

Pentium 4

Depois de vários atrasos, finalmente o Pentium 4, conhecido anteriormente como


Willamette chega ao mercado. As duas versões iniciais operam a respectivamente 1.4 e 1.5
GHz, estando anunciadas versões de até 2 GHz até o final de 2001. O preço também não
fica muito atrás.

Outro ponto interessante sobre o Pentium 4 é que inicialmente, o único chipset


disponível, o i850 da própria Intel suporta apenas memórias Rambus, o que obriga
qualquer um interessado em adquirir um Pentium 4 a adquirir também módulos de
memória Rambus. A boa notícia é que finalmente as memórias Rambus estão começando
a chegar ao mercado com preços digamos aceitáveis. Nos EUA um módulo RIMM de 64
MB custa em média 99 dólares, contra 45 dólares em média por um módulo de 64 MB de
memória PC-133. Ainda custa pelo menos o dobro, mas já é bem menos do que custava a
alguns meses atrás. Lembrando que como veremos adiante, os módulos RIMM devem ser
usados em pares no Pentium 4.

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OEM x Boxed

Existem duas versões do Pentium 4, a Boxed e a OEM. Ao contrário de outros


processadores, no caso no Pentium 4 a diferença entra as duas versões não é apenas o
cooler. A versão Boxed do Pentium 4 já vem com 2 módulos de 64 MB de memória
Rambus e cooler, enquanto na versão OEM temos apenas o processador. Considerando
que a versão Boxed custa cerca de 100 dólares a mais, ela acaba sendo uma melhor opção
em termos de custo, já que adiquiridos separadamente, os módulos de memória e o cooler
custam muito mais que isto.

A Arquitetura

O primeiro alerta a se fazer sobre o Pentium 4 é que o aumento da freqüência de


operação não significa um ganho automático de potência. Um Pentium 4 de 1.5 GHz não é
50% mais rápido que um Pentium 3 de 1 GHz. Um dado é o número de ciclos por segundo
que o processador pode executar, outro é o que ele consegue processar em cada ciclo. Um
486 de 100 MHz por exemplo é muito mais lento que um Pentium de 75 MHz, apesar de
operar a uma freqüência mais alta.

Para entender os pontos fortes e fracos do Pentium 4, onde ele é mais rápido e onde ele
é mais lento, por que não começar analisando a arquitetura interna do processador?

A Intel batizou a nova arquitetura do Pentium 4 de “NetBurst”. O Nome não tem nada a
ver com o desempenho em redes ou na Internet, mas tenta ilustrar os novos recursos do
processador, assim como dar um ar de superioridade. A arquitetura NetBurst é composta
por 4 componentes: Hyper Pipelined Technology, Rapid Execution Engine, Execution
Trace Cache e Bus de 400MHz. Vamos aos detalhes de cada uma das 4 tecnologias:

Hyper Pipelined Technology

Esta é a característica mais marcante do Pentium 4. O Pipeline é um recurso que divide


o processador em vários estágios, que trabalham simultaneamente, dividido o trabalho de
processar as instruções. É como uma linha de produção com vários operários, onde cada
um monta uma peça, até termos no final o produto completo. Apartir do 486, todos os
processadores utilizam este recurso.

O Pentium III possui 10 estágios, o Athlon possui 11 estágios, enquanto o Pentium 4


possui nada menos que 20 estágios, daí o nome “Hyper Pipelined”.

O uso de Pipeline permite que o processador possa processar várias instruções ao


mesmo tempo, sendo que cada estágio cuida de uma fração do processamento. Quanto
mais estágios, menor será o processamento executado em cada um. No caso do Pentium 4
cada estágio do Pipeline processa apenas metade do processado por um estágio do

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Pentium III, fazendo com que teoricamente o resultado final seja o mesmo, já que em
compensação existem o dobro de estágios.

O uso de mais estágios permite que o processador opere a freqüências bem mais altas, já
que cada estágio executa menos processamento. O grade problema neste caso é que os
processadores atuais executam várias instruções simultaneamente, enquanto os programas
são uma seqüência de instruções. O Pentium 4 processa três instruções por ciclo, o
Pentium antigo (Pentium 1) processa duas, e assim por diante.

Caso as instruções seguintes não dependam do resultado da primeira, como uma


seqüência de somas de vários números, por exemplo, então o processador não terá nenhum
problema para resolvê-las rapidamente.

Caso porém tenhamos uma tomada de decisão, onde o processador precisa primeiro
resolver uma instrução para saber qual caminho deve tomar, como por exemplo “Se A > 3
então B = C+5 senão B = C-5”, entra em cena o recurso de execução especulativa, onde
enquanto é resolvida a primeira instrução, o processador escolhe um dos caminhos
possíveis para ir “adiantando o serviço” enquanto não sabe qual deverá seguir. Se ao saber
o resultado da primeira instrução ver que tomou o caminho certo, simplesmente continuará
apartir dali. Caso por outro lado o processador tenha adivinhado errado, então terá que
jogar fora todo o trabalho já feito e tomar o outro caminho, perdendo muito tempo.

O Pentium 4 perde gritantemente nesse quesito, pois ele demora o dobro do tempo para
processar a primeira instrução, já que ela é processada em 20 estágios, contra 10 do
Pentium III. Isto significa que a cada tomada de decisão errada, serão perdidos pelo menos
20 ciclos de processamento, um eternidade, considerando que em média, 14% das
instruções processadas são de tomada de decisão. Se por acaso o processador errasse 50%
das previsões, então os 7% de erros de previsão resultariam numa diminuição de 30% do
desempenho do processador em comparação com o antigo Pentium III.

Isto significa que a princípio o Pentium 4 é mais lento que um Pentium III do mesmo
clock, podendo em compensação operar a freqüências mais altas. Todas as demais
alterações feitas pela Intel, explicadas a seguir servem como paliativos para tentar
diminuir a perda de desempenho trazida pelo maior número de estágios de Pipeline. Foi
justamente devido a isto que a Intel optou por lançar diretamente os modelos de 1.4 e 1.5
GHz, pulando as versões de 1.1 e 1.2, que seriam o caminho mais óbvio já que o Pentium
III ficou estacionado na versão de 1 GHz. Caso fosse lançado, um Pentium 4 de 1.1 GHz
perderia para um Pentium III de 1 GHz em praticamente todas as aplicações.

Além da perda de desempenho, outro efeito colateral de se usar mais estágios de


Pipeline é o fato de tornar o processador maior e mais complexo, fatalmente bem mais
caro de se produzir. O Pentium 4 mede 217 milímetros quadrados, quase o dobro do
Athlon, que mede 120 mm². Isto significa que o Pentium 4 é proporcionalmente mais caro
de se produzir.

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Execution trace Cache

O uso do cache L1 no Pentium 4 é no mínimo inovador. O Pentium 3 por exemplo tem


32 KB de cache L1, dividido em 2 blocos de 16 KB cada, para instruções e dados. O
Athlon tem 128 KB de cache L1, também dividido em dois blocos. O Pentium 4 por sua
vez tem apenas 8 KB de cache para dados e só. Só? Sim, só isso. Porém, ele traz duas
inovações que compensam esta aparente deficiência. A primeira é que graças ao tamanho
reduzido, o pequeno cache de dados tem um tempo de latência menor, ou seja é mais
rápido que o cache L1 encontrado no Pentium III e no Athlon. Do ponto de vista dos
projetistas da Intel, esta foi a melhor relação em termos de desempenho.

O cache de instruções por sua vez foi substituído pelo Execution trace Cache, que ao
invés de armazenar instruções, armazena diretamente uOPs, que são as instruções já
decodificadas, prontas para serem processadas. Isto garante que o cache tenha apenas um
ciclo de latência, ou seja o processador não perde tempo algum ao utilizar um dados
armazenado no trace cache, ao contrário do que acontecia no Pentium III, onde perdia-se
pelo menos dois ciclos em cada leitura.

Apesar da Intel não divulgar o tamanho do trace cache, sabe-se que ele armazena
12.000 uOPs, o que provavelmente equivale a 96 KB de dados. Considerando-se a
eficiência do cache este tamanho é surpreendente.

Se você está em dúvida sobre o que é um “uOP”, e como eles são produzidos e
processados, aqui vai uma explicação resumida: Apesar dos processadores para micros PC
continuarem usando o conjunto x86 de instruções, que é composto por 184 instruções,
internamente eles são capazes de processar apenas instruções simples de soma e
atribuição. Existe então um circuito decodificador, que converte as instruções complexas
usadas pelos programas nas instruções simples entendidas pelo processador. Uma
instrução complexa pode ser quebrada em várias instruções simples. No Pentium 4, cada
instrução simples é chamada de “uOP”. No Athlon cada conjunto de duas instruções ganha
o nome de “macro-ops”.

Bus de 400 MHz

Visando concorrer com o bus EV6 do Athlon, que opera de 100 a 133 MHz, com duas
transferências por ciclo, o que resulta na prática em freqüências de respectivamente 200 e
266 MHz, o Pentium 4 conta com um bus operando a 100 MHz, mas com 4 transferências
por ciclo, o que equivale a um barramento de 400 Mhz.

O barramento controla a velocidade de comunicação entre o processador e o chipset.


Um barramento mais rápido, não significa um ganho de performance, porém, um
barramento insuficiente, causará perda de desempenho, fazendo com que o processador
não consiga comunicar-se com os demais componentes à velocidade máxima.

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Como tanto no Pentium 4, quanto no Athlon, o barramento é equivalente à velocidade


do acesso à memória RAM, temos na prática um empate técnico.

Rapid Execution Engine

Todo processador atual é dividido em dois componentes básicos, as unidades de


execução de inteiros e as unidades de ponto flutuante. A parte que processa as instruções
envolvendo números inteiros é responsável pela maior parte das instruções, e pelo
desempenho do processador nos aplicativos do dia a dia enquanto as unidades de ponto
flutuante, que compõe o que chamamos de coprocessador aritmético é responsável pelo
processamento das instruções envolvendo valores complexos, usadas por jogos e
aplicativos gráficos.

A “Rapid Execution Engine” do Pentium 4 consiste num reforço nas unidades de


inteiros do processador. O Pentium 4 possui um total de 5 unidades de processamento de
inteiros, duas ALUs, que processam as instruções mais simples, duas GLUs, encarregadas
de ler e gravar dados e uma terceira ALU, encarregada de decodificar e processar as
instruções complexas, que embora em menor quantidade, sã as que tomam mais tempo do
processador.

Este conjunto de 5 unidades de execução de inteiros é semelhando ao do Pentium III,


porém, como diferencial, no Pentium 4 tanto as duas ALUs encarregadas das instruções
simples, quanto as duas GLUs encarregadas das leituras e gravações são duas vezes mais
potentes.

Segundo a Intel, as quatro unidades operam a uma freqüência duas vezes superior à do
processador, o que sugere que num Pentium 4 de 1.5 GHz elas operem a 3 GHz. Porém, na
verdade, cada unidade passa a ser composta por duas unidades trabalhando em paralelo.
Com isto passa-se a processar duas instruções por ciclo, mas a freqüência de operação
continua a mesma. Na prática, o slogan acaba sendo real, mas em termos técnicos é um
dado distorcido.

Na teoria parece maravilhoso, mas existe um pequeno detalhe que elimina boa parte do
ganho que seria de se esperar deste esquema. Apesar das duas ALUs de instruções simples
terem ficado mais rápidas, visando justamente compensar a perda de desempenho trazida
pelos 20 estágios de Pipeline do Pentium 4, a ALU de instruções complexas não teve a
mesma evolução. Isto significa que ao passar a usar 20 estágios de Pipeline, esta terceira
ALU tornou-se mais lenta que a mesma no Pentium III.

Temos então um cenário onde as instruções simples são rapidamente processadas, mas
as instruções complexas ficam entaladas na vala comum da terceira ALU, causando uma
grande perda de desempenho.

No coprocessador aritmético o cenário é ainda mais complicado, pois apesar das


unidades de execução terem perdido desempenho devido ao Pipeline de 20 estágios, não

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houve nenhum avanço para equilibrar a balança, como tivemos nas unidades de inteiros.
Pelo contrário, o coprocessador aritmético encolheu, tendo sido podadas duas das
unidades de execução, uma das que processava instruções MMX e uma das que
processava instruções SSE.

Ao invés de evoluir, como seria de se esperar, o coprocessador aritmético do Pentium 4


tornou-se ainda mais frágil do que o do Pentium 3, trazendo um cenário no mínimo
curioso. Enquanto na época do Pentium II e do K6, a AMD competia com um processador
que apesar de possuir um bom desempenho em aplicativos de escritório era literalmente
massacrado nos jogos e aplicativos gráficos, temos agora com o Pentium 4 x Athlon um
cenário semelhante, porém com os lados invertidos: A Intel ataca com um processador que
é potente em inteiros, mas fraco em ponto flutuante.

Ironicamente, a solução da Intel para tentar diminuir a deficiência do processador em


ponto flutuante é a mesma que a AMD usou na época do K6-2. Lembra-se do 3D-Now, as
instruções incorporadas ao K6-2, que melhoravam seu desempenho nos jogos otimizados,
fazendo com que em alguns títulos seu desempenho ficasse muito próximo ao de um
Pentium II? A Intel optou por segui exatamente o mesmo caminho, incorporando 144
novas instruções ao Pentium 4, chamadas de SSE2, que visam melhorar seu desempenho
os jogos e aplicativos gráficos.

SSE2

As “Double Precision Streaming SIMD Extensions” do Pentium 4 são 144 novas


instruções de ponto flutuante de dupla precisão. Elas tem basicamente a mesma função das
instruções SSE do Pentium III e do 3D-Now! Do Athlon: melhorar o desempenho do
processador em aplicativos de ponto flutuante. A diferença é que as instruções do Pentium
4 são muito mais poderosas que os conjuntos anteriores, o que pode literalmente salvar a
pátria do Pentium 4 caso realmente um grande número de aplicativos sejam bem
otimizados para as novas instruções. A grande dúvida é que assim como nos conjuntos
anteriores, é necessário que os aplicativos sejam reescritos a fim de utilizar as novas
instruções. E isso, claro, pode demorar um bom tempo, dependendo de como for a
vendagem do processador.

A AMD anunciou que sua próxima geração de processadores, o ClawHammer e


Sledgehammer também suportarão o SSE2, mas eles devem estar no mercado apenas no
final de 2001. Por enquanto o Pentium 4 ainda tem exclusividade. Vale lembrar que o
Pentium 4 mantém compatibilidade com as instruções SSE do Pentium III, aproveitando a
base de aplicativos otimizados que já existe.

Acesso à Memória

Apesar de trazer como desvantagem o fato de usar as caras memórias Rambus, o


Pentium 4 está indiscutivelmente bem posicionado do ponto de vista do desempenho de

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acesso à memória. Acessando simultaneamente dois módulos RIMM temos um


barramento de dados de 3.2 GB/s usado módulos PC-800, o que corresponde a três vezes o
acesso permitido por módulos de memórias PC-133 comuns. Mesmo o Athlon usando
memórias DDR fica para trás neste quesito

Por um lado isto ajuda bastante o processador em aplicativos dependentes da velocidade


de acesso à memória, como programas de edição e compressão de vídeo e alguns jogos.
Por outro causa no mínimo um certo desconforto no bolso, já que além de usar memória
Rambus é preciso usar os módulos em pares. Se quiser 128 MB de memória, terá que usar
obrigatoriamente dois módulos de 64 MB da mesma marca e velocidade. Não existe a
possibilidade de usar módulos RIMM de velocidades diferentes ou números ímpares.

Instalação do Processador: novos coolers, fontes e gabinetes

O Pentium 4 utiliza como encaixe o soquete 423, semelhante ao soquete 370 utilizado
pelo Pentium III e Celeron, mas naturalmente com mais contatos. A novidade fica por
conta da instalação do Cooler.

No Pentium 4, além de ser preso ao soquete através de presilhas, o cooler utiliza dois
encaixes parafusados diretamente à chapa do gabinete, através de 4 orifícios na placa mãe:

Nova furação na chapa do gabinete

O problema aqui é que os gabinetes atualmente no mercado não possuem os 4 furos


necessários para instalar os suportes. A solução para usar um gabinete antigo aqui é
marcar a posição da placa mãe na chapa do gabinete e em seguida fazer você mesmo os
furos usando uma furadeira.

Estes suportes tornam-se necessários devido à monstruosidade que são os coolers para
Pentium 4, o cooler original da Intel, que acompanha os processadores Boxed por exemplo
pesa quase meio quilo!. Definitivamente vai ser o fim dos coolers de 10 reais made in
Paraguai :-)

O gigantesco cooler do Pentium 4

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Uma novidade bem vinda é que o Pentium 4 trás de volta a chapinha metálica sobre o
processador, o que acaba com os problemas de rachaduras no processador ao ser instalado
o cooler, como vem acontecendo com alguns processadores Pentium III, Celeron, Duron e
Athlon, soquetados, onde temos a parte traseira do processador (que é bem frágil)
diretamente exposta.

Pentium 4: a chapa metálica protege o chip

Duron: O chip está exposto, podendo sofrer rachaduras caso o cooler seja instalado com
muita força

Juntamente com o Pentium 4, A Intel lançou também um novo padrão de fontes de


alimentação, o ATX 2.03. O problema neste caso é que o Pentium 4 consome uma
quantidade muito grande de eletricidade. O padrão consiste em fontes que
comprovadamente podem suportar esta demanda, e como garantia futura, as novas fontes
trazem um novo conector de 12 volts. Este conector seria ligado diretamente a placa mãe
visando aumentar o fornecimento elétrico para o processador. Este conector pode vir a ser
necessário nas futuras gerações do Pentium 4.

Novo conector da fonte

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Por enquanto você pode continuar utilizando fontes ATX normais no Pentium 4, apenas
certifique-se de adquirir uma fonte de pelo menos 300 Watts e de boa qualidade, caso
contrário pode ser que o micro montado não ligue ou fique travando devido à deficiência
no fornecimento elétrico da fonte.

Placas Mãe

As primeiras placas para o Pentium 4 incluem a Intel D850GB da própria Intel, assim
como as placas P4T da Asus e a GA-8-TX da Gigabyte. Todos estes modelos são baseados
no chipset i850 da Intel, o único disponível antes do lançamento do Pentium 4.

Como já citei, o maior defeito deste chipset, e consequentemente das placas mães com
ele é o suporte exclusivo a memórias Rambus, que custam bem mais caro e, pior, precisam
ser usadas em pares no Pentium 4 devido ao acesso a 32 bits. Nos próximos meses
devemos ver chipsets tanto da Via quanto da Intel que suportem tanto memórias DDR
quanto memórias SDRAM normais, o que ajudará a baratear bastante os micros baseados
no Pentium 4.

Desempenho

Como disse no início deste artigo, a maioria das inovações trazidas pelo Pentium 4
visam diminuir a queda de performance causada pelo uso do Pipeline de 20 estágios. Este
é o grande problema do Pentium 4: apesar de estar disponível em versões de clocks
altíssimos, o processador perde tanto para o Pentium 3 quanto para o Athlon em uma base
clock por clock em praticamente todos os aplicativos. É preciso um Pentium 4 de 1.4 GHz
para conseguir superar o Pentium 3 de apenas 1 GHz por uma margem considerável, e
mesmo assim, em alguns poucos aplicativos o Pentium 4, mesmo operando a uma
freqüência 40% superior chega a ficar muito próximo do seu antecessor. Comparado com
o Athlon de 1.2 GHz, que seria seu concorrente direto, novos vexames: mesmo operando a
uma freqüência 200 Mhz superior, o Pentium 4 de 1.4 GHz, perde na maioria dos
aplicativos. Na verdade, os únicos aplicativos atuais em que o Pentium 4 mostrou um
desempenho convincente foi no Quake 3 (apenas no Quake 3, não em outros jogos) e na
compressão de vídeo.

No futuro este cenário continuará se repetindo, pois devido à sua arquitetura, o Pentium
só conseguirá superar os Athlons e Pentiums 3 numa base clock por clock em aplicativos
extremamente otimizados para o SSE2, ou em aplicativos que sejam muito dependentes da
velocidade de acesso à memória, como os aplicativos de compressão de vídeo e jogos que
manipulem uma quantidade muito grande de texturas, com o Quake 3, já que graças ao uso
de dois canais de memória Rambus, o Pentium 4 é o campeão neste quesito.

Como disse, a arquitetura do Pentium foi claramente desenvolvida para operar a altas
freqüências, e não necessariamente para competir com processadores do mesmo clock.

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Isto significa que o Pentium 4 sempre operará a freqüências superiores às dos


concorrentes, mas não necessariamente os superará em desempenho. O pior é que a
estratégia pode dar certo já que ainda hoje muita gente acredita que “quanto mais
Megahertz, mais rápido”.

O Athlon atualmente opera a 1.2 GHz e estão agendados os lançamentos do Athlons de


até 1,5 GHz e do Palomino. O Palomino é essencialmente um Athlon com modificações
que visam alcançar freqüências bem mais elevadas. As primeiras versões do Palomino
operarão a 1.2 e 1.33 GHz, e serão lançadas entre fevereiro e março de 2001. Em
maio/junho deverá ser lançada a versão de 1.5 GHz, seguida pela versão de 1.7 GHz.

Seguinte este cronograma, teremos no final de 2001 uma competição direta entre o
Pentium 4 de 2 GHz e o Athlon Palomino de 1.7 GHz, isto às vésperas do lançamento do
Intel Itanium e do AMD ClawHammer.

Intel Timna

O Timna seria mais um processador de baixo custo, que utilizaria o mesmo projeto de
chip do Celeron, mas além dos 128 KB de cache, traria integrados ao núcleo do
processador também um chipset de video e o controlador de acesso à memória. A idéia é
muito parecida com a do Media GX lançado pela Cyrix a alguns anos atrás: integrar mais
componentes ao processador, permitindo criar micros de baixo custo.

Porém, sucessivos erros de projeto e atrasos acabaram levando os fabricantes de PCs a


perderem o interesse no Timna, levando a Intel a finalmente abandonar o projeto. A
principal trapalhada, foi a idéia de embutir no Tinma o chipset i820, ao invés de usar o
antigo i440 BX, ou então o i810, ambos chipsets muito mais baratos, mais rápidos e
menos problemáticos. A tentativa de usar o i820 foi desastrosa, pois encareceu o Tinma, e
obrigou a Intel a desenvolver um novo chip MTH para possibilitar que o processador fosse
compatível com as memórias SDRAM usadas atualmente. Foram justamente os atrasos no
desenvolvimento do novo MTH que terminaram de inviabilizar o projeto.

Os próximos lançamentos

Desde que a AMD lançou o Athlon e começou a concorrer diretamente com a Intel no
ramo de processadores de alto desempenho, inclusive conseguindo lançar novas versões
antes da Intel, tivemos uma aceleração muito grande na frequência dos lançamentos,
justamente por que uma compania não quer ficar atrás da outra.

A prova é que num período de pouco mais de 5 meses, as frequências de operação tanto
do Pentium III quanto do Athlon dobraram, saltando das versões de 500 MHz que

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tínhamos no final de 99, para as versões de 1 GHz lançadas em Abril. Isto mostra que os
dois fabricantes estão colocando novos chips no mercado assim que são desenvolvidos.

Próximos processadores da AMD:

Você deve lembrar-se que a primeira versão do Athlon, vinha com cache L2 externo, e
por isso apresentava um desempenho perceptivelmente inferior ao de um Pentium III
Coopermine do mesmo clock. Depois de algum tempo, a AMD lançou o Athlon
Thunderbird, a versão atual que traz cache L2 trabalhando na mesma freqüência do
processador, rivalizando em desempenho com um Pentium III do mesmo clock.

A AMD conseguiu lançar versões do Athlon Thunderbird de até 1.2 GHz, mas parece
estar chegando ao limite desta plataforma.

Para manter-se competitiva, a AMD está trabalhando numa nova versão do Athlon, que
vem sendo chamada de Palomino. O Palomino é essencialmente um Athlon com
modificações que visam alcançar freqüências bem mais elevadas. O Palomino utilizará o
novo chipset AMD 760MP, suportando memórias DDR. As primeiras versões do
Palomino operarão a 1.2 e 1.33 GHz, e serão lançadas entre fevereiro e março de 2001.
Em maio/junho deverá ser lançada a versão de 1.5 GHz, seguida pela versão de 1.7 GHz.

O Palomino deverá ser pouca coisa mais rápido que um Athlon Thunderbird do mesmo
clock, sua grande vantagem são as versões operando a clocks mais altos. Outra evolução é
o fato do Palomino consumir muito menos eletricidade que o Athlon Thunderbird,
possibilitando o lançamento de versões destinadas a notebooks.

No ramo de processadores de baixo custo, está programada uma nova versão do Duron,
que passará a utilizar a mesma arquitetura do Palomino (com menos cache), possibilitando
também o lançamento de versões mais rápidas. Atualmente a nova versão do Duron é
chamada de “Morgan”. Que deverá ser lançado em versões de 800, 900 e 1000 MHz.

Falando em processadores de baixo custo, a AMD anunciou também que o K6-2 sairá
de linha no início de 2001, sendo mantida apenas a produção do K6-2+, que é a versão
voltada para notebooks. A descontinuidade do K6-2 não deixa de ser natural, pois além de
ultrapassado, ele é mais caro de se produzir do que um Duron. Para se ter uma idéia, nos
EUA um Duron de 600 MHz já custa mais barato que um K6-2 de 500 MHz.

No início de 2002 será lançado o ClawHammer, o primeiro processador de 64 Bits da


AMD. Havia comentado a alguns dias atrás sobre o Sledgehammer. A idéia é que o
ClawHammer seja um processador relativamente barato, voltado para o mercado
doméstico, enquanto o Sledgehammer com maus cache L2 e suporte a até 8 processadores
trabalhando em paralelo seja voltado ao mercado de alto desempenho.

Apesar de serem essencialmente processadores de 64 bits, tanto o Claw quanto o


Sledgehammer manterão compatibilidade com os programas de 32 bits atuais. A grande

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vantagem dos dois será o desempenho. As versões iniciais, agendadas para o início de
2002, operarão a 2 GHz, oferecendo um desempenho muito superior ao Palomino mesmo
dentro dos aplicativos de 32 bits.

Próximos processadores da Intel

Enquanto a AMD pretende atacar com o Palomino, uma versão turbinada do Athlon, a
Intel virá com o Tualatin (nome código), uma versão igualmente aperfeiçoada do Pentium
III. As vantagens do Tualatin sobre os Pentiums III atuais serão seus 512 KB de cache L2
full speed (o dobro do Pentium III Coopermine) e o fato de vir em versões mais rápidas. O
novo Pentium III deverá ser lançado em versões de 1.13 e 1.26 GHz no segundo semestre
de 2000.

Outra novidade é serão os novos Celerons, de 800 e 850 MHz, que ao contrário dos
antecessores utilizarão bus de 100 MHz, naturalmente possuindo um desempenho bem
superior aos antigos.

A próxima geração de chips

Os primeiros microprocessadores, lançados no início da década de 70, trabalhavam com


palavras binárias de apenas 8 bits. Devido a isto, estes chips eram extremamente limitados
em termos de capacidade de acesso à memória e em termos de poder de processamento.

No final da década de 70, começaram a surgir os primeiros processadores de 16 bits,


como o 8086. Manipulando mais bits, era possível trabalhar com uma variedade muito
maior de dados e ter uma precisão muito maior nos cálculos aritméticos, apesar de ainda
serem conservadas muitas limitações, principalmente com relação ao acesso à memória e a
dados, até que, finalmente, surgiram os processadores de 32 bits, que utilizamos até hoje.

O surgimento dos processadores de 64 bits, será mais um passo natural na evolução dos
PCs. As vantagens da nova plataforma serão muitas, principalmente nos jogos e aplicações
gráficas em geral e, claro, no ramo de servidores.

A Intel já vem trabalhando a pelo menos 3 anos no seu Merced, que atualmente vem
sendo chamado de Itanium e provavelmente será a primeira neste segmento. A AMD por
sua vez, pretende responder com seu Sledgehammer. Vamos a algumas informações que já
estão disponíveis sobre os dois:

Intel Itanium (antigo Merced)

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Durante anos, muito se ouviu dizer a respeito do Intel Merced. Já houveram até muitas
previsões de lançamento, mas sempre foram mais boatos que verdades.

Depois de mudar até o nome do projeto, finalmente parece que o Merced, ou melhor,
Itanium, vai sair. O chip já está em fase final de desenvolvimento, já estão sendo
produzidas até mesmo algumas amostras.

Pelo menos inicialmente, o Itanium não se destina ao mercado doméstico, mas sim ao
mercado de servidores, onde concorrerá principalmente com os processadores RISC
atualmente disponíveis.

Como temos uma arquitetura completamente nova, fica difícil tentar prever qual vai ser
o desempenho do novo processador, mas as principais novidades com relação à arquitetura
são as seguintes:

Arquitetura EPIC: Abreviação de “Explicitly Parallel Instruction Computing”, consiste


em uma nova arquitetura, nem RISC, nem CISC, onde o processador é capaz de processar
várias instruções simultaneamente.
Os processadores atuais, possuem várias unidades de execução, que trabalham
paralelamente. Porém, os programas não são otimizados para este recurso, pelo contrário,
enviam uma instrução de cada vez. O decodificador de instruções e a unidade de controle,
têm então a tarefa de ordenar as instruções, de modo que todas as unidades de execução
permaneçam ocupadas durante a maior parte do tempo.
Um processador EPIC já trabalha de forma diferente. Ao invés de várias unidades de
execução separadas, temos uma única unidade de execução, capaz de processar várias
instruções simultaneamente.
Neste caso, temos possibilidade de obter um desempenho bastante superior, mas ao
mesmo tempo, existe a necessidade dos softwares serem otimizados para a nova
arquitetura.

Processador de 64 bits: O fato do Itanium ser um processador de 64 bits, traz como


vantagens a possibilidade de manipular 8 bytes de dados de cada vez, o que permite a
execução de instruções mais complexas e poderosas em um único ciclo de clock e a
possibilidade de acessar muito mais memória. Os processadores de 32 bits que temos
atualmente, são capazes de acessar 2³² bits de memória, o que corresponde a 4 Gigabytes.
Muita gente já utiliza 256 ou mesmo 512 MB de memória RAM e, em servidores de rede,
esta quantidade pode saltar facilmente para 2 Gigabytes ou mais. Como vê, os 4 Gigabytes
de memória estão próximos de tornarem-se uma limitação.
Por ser um processador de 64 bits, o Itanium será capaz de acessar bits de memória, o
que corresponde a cerca de 2 milhões de Terabytes de memória RAM.

Compatibilidade com as instruções x86: O Itanium oferecerá compatibilidade retroativa


com as instruções x86 de 32 bits. Isto significa que ele rodará todos os programas que
utilizamos atualmente. Porém, executando instruções de 32 bits, o Itanium oferecerá uma
performance equivalente, ou até mesmo inferior a um Pentium III do mesmo clock. Seu

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potencial só será utilizado ao serem executados programas compilados utilizando o novo


conjunto de instruções de 64 bits utilizado por ele, o IA-64.

Registradores: Dentro do processador, temos várias pequenas área de memória ultra


rápida, que armazenam os dados e instruções que estão sendo processados. Os dados são
transferidos do cache para os registradores e em seguida processados. Quanto mais
registradores, melhor será o desempenho do processador.
O Itanium tem um total de 384 registradores, sendo 128 para uso geral, 128 para
cálculos de ponto flutuante e mais 128 para o recurso de execução especulativa.

Cache de três níveis: O Itanium utilizará 3 níveis de cache, assim como o K6-3. Tanto o
cache L1 quanto o cache L2 operarão na mesma freqüência do processador, enquanto o
cache L3 será um pouco mais lento, porém em maior quantidade. Cogita-se o uso de até 4
MB de cache L3. Tanto o cache L1 quanto o cache L2 são integrados ao núcleo do
processador, enquanto o cache L3 é externo.

Distribuição do sinal de clock: Internamente, um microprocessador é formado por vários


subcomponentes e o sinal de clock, recebido da placa mãe, é quem faz todos trabalharem
sincronizadamente. Este é um dos motivos pelo qual um microprocessador deve ser
pequeno. Como o sinal de clock é um sinal elétrico, ele demora um certo tempo para
percorrer todo o processador. A princípio, este tempo pode parecer muito pequeno, mas
quanto falamos em 1000 ou 1500 milhões de ciclos por segundo, qualquer fração de tempo
faz diferença.

O Itanium será provavelmente o maior processador (em termos de espaço físico) já


produzido pela Intel. Para minimizar o retardo causado pela distância física a ser
percorrida pelo sinal de clock, o Itanium possui vários nós de distribuição, uma espécie de
atalho, que faz o sinal atingir as áreas mais remotas do processador mais rapidamente.

Instruções por clock: Devido à sua arquitetura EPIC, o Itanium é capaz de processar 6
instruções por ciclo de clock. Naturalmente, não é possível manter a unidade de execução
completamente ocupada durante todo o tempo, mas de qualquer maneira é um dado
impressionante.

Mais cedo ou mais tarde, o Itanium, junto com outros processadores de 64 bits,
chegarão ao mercado doméstico, mas provavelmente não serão opções viáveis em termos
de custo beneficio durante os próximos dois anos, até que os preços caiam e tenhamos
uma grande oferta de programas otimizados para eles. Por hora, o Itanium terá como
público alvo o ramo de servidores e Workstations.

O Itanium seria o que podemos chamar de processador de 64 bits “puro” pois possui um
conjunto de instruções completamente novo, o que permite usar todas as possibilidades
reservadas a um processador de 64 bits, mas que ao mesmo tempo o torna incompatível
com os programas atuais. Para usar um Itanium será preciso desenvolver uma nova safra
de programas.

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AMD Sledgehammer

A AMD também vem trabalhando em um processador de 64 bits, o Sledgehammer, que


deverá ser lançado alguns meses depois do Itanium, mas que se baseia num conceito bem
diferente do Itanium da Intel:

Se os processadores atuais, todos processadores de 32 bits são compatíveis com o DOS


e outros sistemas projetados para rodar em processadores de 16 bits, por que não criar um
processador de 64 bits que continue sendo compatível com os programas de 32 bits que
temos hoje?

O Sledgehammer terá dois modos de operação, no “Legacy mode” ele será compatível
com todos os programas que temos atualmente, se quiser poderá instalar o Windows 98 e
jogar Quake 3 nele.

Já no “Long Mode” o processador assume sua verdadeira identidade como um


processador de 64 bits, rodando os novos aplicativos de 64 bits que utilizarão todos os
seus recursos.

Devido a esta característica o Sledgehammer parece ser mais adequado ao mercado


doméstico, que o Itanium da Intel, que até o momento vem sendo direcionado apenas a
computadores de alto desempenho, mas é muito difícil prever o que pode acontecer no
futuro.

Ambos os chips ainda estão em desenvolvimento e devem ser lançados apenas nos
próximos anos. O Itanium está um estágio pouco mais avançado e é provável que saia até
o meio do ano que vem. Já o Sledgehammer ainda está em fase primária de
desenvolvimento, sem previsões de quando sai.

Processadores para Notebooks

O maior problema em se tratando de portáteis é justamente o consumo elétrico. Tanto


que a Transmeta, fabricante dos processadores Crusoé, chips de baixíssimo consumo,
destinado a notebooks, vem defendendo a criação de uma nova safra de benchmarks, que
mediriam a eficiência do aparelho, entre desempenho, recursos e consumo elétrico, ao
invés de apenas o desempenho. Se a idéia vai pegar ou não, ninguém sabe, mas já mostra a
disposição dos fabricantes em desenvolver versões mais econômicas de seus
processadores, destinadas especialmente ao mercado de portáteis.

Atualmente quem vem dominando este mercado é a própria Intel, que conta com
versões mobile de seu Pentium III e Celeron. Correndo por fora vem a Cyrix, que a algum
tempo atrás fez um razoável sucesso com seu Media GX e agora se prepara para lançar no
mercado seu Cyrix III, também voltado principalmente a notebooks. A AMD oferece seu

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K6-2+, uma versão adaptada do K6-2 para desktops, enquanto enfrenta problemas para
criar versões de baixo consumo dos seus Athlons e Durons, dois chips extremamente
gulosos em termos de eletricidade. Finalmente, temos a novata Transmeta, que está
lançando seus chips Crusoé no mercado.

Intel

As versões mobile do Pentium III e do Celeron, oferecem um desempenho semelhante


às versões para micros de mesa, mas trazem a vantagem de consumir um pouco menos
energia, vindo inclusive num encapsulamento bem menor. As freqüências em que estes
processadores estão disponíveis também são diferentes.

O mobile Pentium III pode ser encontrado em versões de 400 a 850 MHz, todas
utilizando o mesmo core Coopermine, usado nos Pentium III para micros desktop. Mesmo
usando o core Coopermine, o Pentium III não é exatamente um processador econômico,
um mobile Pentium III de 500 Mhz consome pelo menos 4 vezes mais energia que um
486. Para tentar diminuir a gulodice, a Intel criou o recurso de speedstep, que consistem
em simplesmente reduzir a freqüência de operação e baixar sua voltagem do processador
enquanto o notebook estiver sendo alimentado pelas baterias, voltando à operação normal
quando este estiver ligado na tomada. Operando a uma freqüência mais baixa, o chip gasta
muito menos eletricidade.

Este recurso é encontrado em todas as versões apartir de 500 MHz. Nos mobile Pentium
III de 600, 700, 800 e 850 Mhz a freqüência de operação cai para 500 MHz e a voltagem é
baixada de 1.6 para 1.35v, enquanto na versão de 500 MHz é diminuída apenas a
voltagem.

Mas espere um momento, se o usuário opta por comprar um notebook, presume-se que
na maior parte do tempo o note estará operando a baterias, se fosse para mante-lo ligado
na tomada teria comprado um desktop que é muito mais barato... Por que então pagar caro
num Pentium III de 800 MHz, se enquanto o note estiver operando a baterias ele vai
trabalhar a meros 500 MHz? Não seria melhor economizar comprando um Pentium III de
500 MHz, que sempre estará operando à freqüência pela qual se pagou?

Em quase todos os notebooks, é possível desabilitar o speedstep através do Setup ou


então através de algum utilitário fornecido pelo fabricante. O problema é que desabilitado
o recurso de economia de energia as baterias se esgotarão muito rapidamente. Com o
speedstep ativado todas as versões do mobile Pentium III consomem 12.6 Watts,
desativando o recurso o consumo sobe para 16.8 Watts na versão de 500 MHz, 20 watts na
versão de 600 Mhz, chegando a 31 Watts na versão de 850 Mhz.

Já o mobile Celeron, pode ser encontrado em versões de 266 a 650 MHz. As versões de
266, 300, 333, 366, 400, 433 e 466 utilizam o antigo core Mendocino, enquanto as versões
de 450, 500, 550, 600, 650 e versões futuras utilizam o core Coopermine. A vantagem das
versões com core Coopermine é o fato de suportarem as instruções SSE do Pentium III e

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operarem com bus de 100 MHz (diferentemente das versões para desktop). Em termos de
consumo elétrico, o mobile Celeron é tão guloso quanto o mobile Pentium III: o de 500
MHz consome 16.8 Watts, o de 550 MHz consome 18.4W, enquanto o de 650 MHz atinge
insaciáveis 21.5W. O mobile Celeron não vem com speedstep.

Em termos de custo beneficio o Celeron acaba sendo uma opção melhor do que o
mobile Pentium III, pois os aparelhos baseados nele são muito mais baratos e seu
desempenho é mais do que suficiente para um notebook. O grande problema de ambos os
processadores é o consumo elétrico, que compromete a autonomia das baterias. Os
processadores da Cyrix, AMD e da novata Transmeta ganham com folga neste quesito.

Cyrix

O Cyrix III, desenvolvido pela Cyrix e produzido pela Via, passou por uma grande
reestruturação. A primeira versão deste chip, chamada de Joshua, vinha com 256 KB de
cache L2, o que lhe dava um desempenho razoável, mas o tornava um chip relativamente
caro. O Cyrix III produzido atualmente é chamado de Samuel, vem com 128 KB de cache
L1, a mesma quantidade do Athlon, mas em compensação vem sem nenhum cache L2.
O desempenho é no mínimo ruim. Em alguns aplicativos, como o Word, Netscape e Power
Point, o Cyrix III chega a apresentar um desempenho próximo de um Celeron do mesmo
clock, mas em outros, como o Corel Draw, Photoshop, Adobe Premiere e Excel, o Cyrix
III perde de lavada. Em alguns casos, um Cyrix III de 533 MHz apresenta um desempenho
próximo do de um 233 MMX. Em jogos então, nem se fala.

Em termos de consumo elétrico, o Cyrix III até que está bem, a versão de 533 MHz
consome apenas 8 Watts, mas a sua grande vantagem é o preço. de todos os chips que cito
aqui ele é de longe o mais barato. Juntando o baixo consumo elétrico e o baixíssimo preço,
este chip se torna uma solução muito atrativa para notebooks de baixo custo. A Cyrix vem
prometendo uma nova versão de 0.15 mícron deste chip para o início de 2001. A nova
série consumirá apenas 4 Watts, e estará disponível em freqüências acima de 1 GHz.

Outra opção da Cyrix é o Media-GX . Este é um processador bastante antigo, mas que
ainda marca presença em muitos modelos de notebooks de baixo custo. Nada mais é do
que uma versão do antigo Cyrix 6x86 MII com vídeo, som e chipsets integrados ao
próprio processador. Com isto temos um conjunto bastante econômico, mas um baixo
desempenho, já que tudo é controlado pelo processador, parasitando seu desempenho. O
mais comum é encontrarmos o Media-GX de 266 MHz, este processador tem um
desempenho próximo ao de um 233 MMX em aplicativos de escritório, mas perde para um
Pentium 166 em aplicativos gráficos e jogos. Só valeria à pena comprar um destes se o
preço estivesse bem em conta e o note fosse ser utilizado apenas para aplicativos leves...
Com 64 MB de RAM o desempenho deve ficar razoável.

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AMD

O K6-2+ é atualmente o melhor processador da AMD no ramo de notebooks. Esta é


uma versão incrementada do antigo K6-2, que incorpora 128 KB de cache L2 trabalhando
na mesma freqüência do processador. devido à presença do cache L2 integrado, o K6-2+
supera um Celeron do mesmo clock em aplicativos de escritório, e perde por uma margem
de 10 a 13% em aplicativos gráficos. Não está nada mal, considerando o baixo custo deste
chip, muito mais barato que um mobile Celeron.

Em termos de consumo elétrico o K6-2+ também está bem. Devido ao uso do


PowerNow, uma tecnologia que reduz a freqüência de operação do chip enquanto estão
sendo processados apenas aplicativos leves, economizando eletricidade, mas que
automaticamente retorna à potência máxima sempre que necessário, permitindo
economizar energia, sem sacrificar o desempenho. Veja que o PowerNow é bem diferente
do speedstep da Intel, pois baixa a freqüência do processador apenas enquanto ele está
ocioso.

O K6-2+ existe em versões de 475 a 550 MHz. A versão de 550 Mhz consome 14 Watts
operando em sua capacidade máxima, mas usando o PowerNow, habilitado por defaut, o
consumo cai para pouco mais de 8 Watts enquanto estiverem sendo rodados aplicativos
leves.

Além do K6-2+, temos as versões mobile dos antigos K6-2 e K6-3, que ainda são
bastante populares nos notebooks de baixo custo. O desempenho é equivalente ao das
versões desktop destes processadores, apenas o consumo elétrico é mais baixo. O mobile
K6-2 existe em versões de 266 MHz a 475 Mhz, consumindo de 8 a 12.6 watts,
dependendo da versão (quanto mais rápido mais guloso). O mobile K6-3 por sua vez
existe em versões de 350 a 450 Mhz, consumindo 12.6 Watts em todas as versões.

Transmeta

A Transmeta, é uma compania nova no mercado, liderada por ninguém menos que
Linus Torvalds, idealizador e principal criador do Linux. atualmente ela está colocando no
mercado seu primeiro processador, o Crusoé.

A dez anos atrás tínhamos uma grande discussão entorno de quais eram os melhores
processadores, os RISC ou os CISC. Os processadores CISC eram mais versáteis e
complexos, enquanto os RISC eram mais simples e baratos. Atualmente esta discussão não
faz muito sentido, pois mesmo os processadores supostamente RISC, como o G4 utilizam
recursos tão complexos quanto os usados nos processadores CISC, um G4 não é mais
simples do que um Pentium II por exemplo.

O Crusoé, o novo chip da Transmeta aparece como uma nova alternativa de chip
simples e barato. As principais características do Crusoé são:

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- Compatível com a plataforma PC

- Híbrido de Hardware e Software

- Projeto desenvolvido com o objetivo de consumir um mínimo de eletricidade

A idéia é desenvolver um chip o mais simples possível, mas que ao mesmo tempo
mantenha uma performance comparável à dos processadores atuais.

Para conseguir isto, a Transmeta desenvolveu o "Code Morphing Software", uma


camada de software, que executa as tarefas de traduzir as instruções x86 nas instruções
utilizadas pelo processador, ordenar as instruções de forma que sejam executadas mais
rápido. etc.

Executando estas tarefas via software, foi possível criar um chip muito pequeno, que
consome um mínimo de eletricidade. Para se ter uma idéia, a versão de 700 MHz do
Crusoé consome pouco mais de 1 watt, enquanto algumas versões do Athlon chegam a
consumir 60 Watts.

O baixo consumo elétrico torna o Crusoé perfeito para a maioria dos micros portáteis,
servindo como uma opção muito mais poderosa em termos de processamento aos
processadores utilizados atualmente em Handhelds e Palmtops, podendo também se
aventurar no ramo de notebooks.

Processadores Quânticos

Até onde os processadores podem avançar? Nas três últimas décadas, desde o
aparecimento do Intel 4004, o primeiro microprocessador do mundo, tivemos um aumento
absurdo na velocidade de processamento. Para se ter uma idéia, o i8088, o processador
usado no XT, lançado em 79, tinha um poder de processamento estimado em apenas 0.25
megaflop. Um Pentium 100 já processa 200 megaflops, enquanto um Athlon de 1.1 GHz
processa quase 10 gigaflops, 40 mil vezes mais rápido que o 8088.

O problema é que todos os processadores atuais tem uma limitação em comum, são
compostos por transístores. A solução para produzir chips cada vez mais rápidos tem sido
diminuir cada vez mais o tamanho dos transístores que os compõe. Os primeiros
transístores, que surgiram na década de 60, eram mais ou menos do tamanho da cabeça de
um fósforo, enquanto os atuais medem apenas 0.18 mícron (1 mícron = 0.001 milímetro).
Porém, estamos nos aproximando dos limites físicos da matéria, existe um consenso entre
os especialistas da área que dificilmente se conseguirá superar a barreira dos 0.13 mícron,
ou seja, dentro de 4 ou 5 anos os processadores atuais terão atingido o limite de sua

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evolução. Para continuarem avançando, será preciso abandonar o uso de transístores e


partir para alguma estrutura mais eficiente.

O campo mais promissor atualmente é o dos processadores Quânticos. Ao invés de usar


transístores, estes processadores utilizam átomos para processar informações. Os elétrons
que circundam o núcleo atômico podem giram tanto no sentido horário quanto no sentido
anti-horário, senvindo muito bem como substituto de um transístor. Mais do que isso,
usando técnicas mais avançadas pode ser que um mesmo átomo possa processar vários bits
simultaneamente. Considerando o tamanho de um átomo, e as possibilidades da nova
tecnologia, temos possibilidades de evolução praticamente ilimitadas.

A IBM anunciou seu primeiro chip Quântico este ano, na 12º Conferência anual na
universidade de Palo Alto. Ainda é um projeto bastante rudimentar, possui apenas 5
qubits, trabalha a apenas 215 Hz, e necessita de um aparato gigantesco de equipamentos
para funcionar, mas já mostra que é realmente possível produzir processadores Quânticos.
Veja um diagrama do experimento:

Praticamente todos os grandes fabricantes de chips vem fazendo pesquisas nesta área,
ainda existem muitos problemas a se resolver, mas a área é bastante promissora.
Provavelmente teremos dentro de duas ou três décadas processadores bilhões de vezes
mais poderosos que os atuais, que não consumam praticamente nenhuma eletricidade e
sejam muito menores que a ponta de um alfinete.

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Resumo: A evolução dos processadores

Até o 486 tínhamos basicamente uma única linha de processadores para micros PC, o
projeto da Intel, que era licenciado para outros fabricantes, como a AMD e Cyrix, que
produziam clones pagando royalties em troca. Porém, apartir do Pentium, cada empresa
passou a desenvolver sua própria arquitetura de processadores, projetados de maneira
independente. Muitas companias tentaram entrar neste mercado, como a IDT e a Nex-Gen.
Nenhuma das duas chegou a ter muito sucesso. A IDT parece ter desistido depois de dois
projetos fracassados, enquanto a Nex-Gen acabou sendo comprada pela AMD.

Atualmente temos basicamente a Intel e a AMD competindo no mercado de


processadores para PCs. A Cyrix ainda continua no mercado, mas possui uma participação
muito menor que as duas

Intel

Depois do 486, o próximo processador Intel foi o Pentium, que foi produzido em
versões de 60 a 200 MHz. Apesar do processador ser basicamente o mesmo em todas as
versões, o processo de fabricação foi sendo melhorado, a fim de permitir processadores
mais rápidos.

O próximo lançamento foi o Pentium MMX, que existiu em versões de 166, 200 e 233
MHz. O MMX era uma espécie de Pentium turbinado, que vinha com mais cache L1 (32
KB, contra apenas 16 KB do Pentium antigo) e trazia as novas instruções MMX, que
apesar da comprovada baixa eficiência, foram muito comentadas na época. Foram feitas
algumas mudanças no circuito de Branch Prediction mas o resto do projeto continuou
inalterado.

Tanto o Pentium normal, quanto o MMX são processadores de quinta geração. O


primeiro processador de sexta geração da Intel foi o Pentium Pro, que trazia um
coprocessador aritmético muito mais poderoso e cache L2 integrado. O Pentium Pro
existiu em versões de 166 e 200 MHz.

O próximo foi o Pentium II, que era baseado no mesmo projeto do Pentium Pro, mas
trazia cache L2 (512 KB) operando à metade da freqüência do processador (no Pentium
Pro o cache L2 operava à mesma freqüência), visando torna-lo mais barato. O Pentium II
existiu em versões de 233 a 450 MHz.

O próximo lançamento foi o Celeron, uma versão de baixo custo do Pentium II, que
trazia apenas 128 KB de cache L2, mas que em compensação trabalha na mesma
freqüência do processador. Também existiram as versões de 266 e 300 MHz do Celeron,
que vinham sem nenhum cache L2, mas estas não fizeram muito sucesso devido ao baixo
desempenho.

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O Próximo foi o Pentium III, que trouxe como principal evolução o uso das novas
instruções SSE, que melhoram o desempenho do processador em jogos e vários outros
aplicativos. O Pentium III original, foi produzido em versões de 450, 500, 550 e 600 MHz.

Logo depois, a Intel lançou o Pentium III Coopermine, que é a versão usada atualmente.
O Pentium III Coopermine difere do antigo por trazer cache L2 operando na mesma
freqüência do processador, enquanto o Pentium III antigo trazia cache operando à metade
da freqüência, como no Pentium II. Naturalmente o Pentium III Coopermine é bem mais
rápido que o antigo.

Tanto o Pentium III antigo, quanto o Pentium III Coopermine são considerados
processadores de sexta geração, o Pentium 4 por sua vez é considerado o primeiro
processador de sétima geração produzido pela Intel.

AMD

A primeira tentativa da AMD em concorrer com o Pentium da Intel foi o AMD K5. Em
termos de desempenho, o K5 era um bom projeto, superando o desempenho do Pentium e
até mesmo o desempenho do K6, numa base clock por clock. Porém, o K5 tinha dois
problemas graves: por ser muito complexo o chip era muito caro de se produzir e
novamente devido à complexidade era mais difícil desenvolver versões mais rápidas. O
K5 chegou apenas a 120 MHz, depois acabou sendo descontinuado.

Na mesma época a AMD comprou a Nex-Gen e começou a projetar o K6, baseado no


6x86, que havia sido lançado (sem muito sucesso) pela mesma. Depois de quase um ano, o
K6 finalmente chegou ao mercado, trazendo um projeto bastante aperfeiçoado em relação
ao K5 e ao 686.

O K6 foi o primeiro processador da AMD a conquistar uma fatia considerável do mercado.


Cerca de um ano depois surgiu o K6-2, que era um K6 incrementado com as novas
instruções 3D-Now!, que foi o primeiro conjunto de instruções destinadas a melhorar o
desempenho do processador em gráficos 3D. As instruções 3D-Now! fizeram tanto
sucesso que a Intel resolveu incluir um conjunto semelhante no Pentium III, o SSE. O
Pentium 4 por sua vez traz o SSE 2, composto por instruções de dupla precisão.

O K6-2 era bem mais barato que um Pentium II, que era seu concorrente na época, mas
tinha o problema de apresentar um desempenho bastante fraco em cálculos aritméticos, o
que torna o processador perceptivelmente mais lento nos jogos. O K6-2 continua sendo
produzido até hoje, em versões de até 550 MHz, apesar de já estar anunciada a
descontinuidade da série apartir do início de 2001.

Pouco depois, a AMD lançou o K6-3, que nada mais era do que um K6-2 com 256 KB de
cache L2 embutidos no processador. Apesar do cache L2 extremamente rápido, o K6-3 era

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pouca coisa mais rápido que um K6-2, mas em compensação era muito mais caro. Saiu de
linha pouco depois do lançamento do Athlon.

O Athlon é o processador mais rápido da AMD atualmente. Ao contrário do K6-2, o


Athlon tem um coprocessador aritmético mais poderoso que o encontrado nos
processadores Intel (são 3 instruções por ciclo, contra apenas duas do Pentium II). Devido
às inovações feitas principalmente no coprocessador aritmético, o Athlon é considerado
um processador de sétima geração.

O último lançamento foi o Duron, que é uma versão de baixo custo do Athlon, trazendo
apenas 64 KB de cache L2. O Duron é o processador mais barato atualmente, mais barato
inclusive que o antigo K6-2.

Cyrix

A Cyrix nunca chegou a fazer tanto sucesso quanto a AMD, muito menos ainda que a
Intel, mas também desenvolveu seus projetos de processadores, ajudando a tornar o
mercado mais competitivo. A alguns meses atrás, a Cyrix foi comprada pela Via, que
demonstrou suas intenções de tentar entrar no mercado de processadores.

A primeira tentativa foi o Cyrix 5x86, que era um Processador de 5º geração, mas que
podia ser instalado em placas de 486. Na época era uma boa opção de upgrade para quem
tinha um 486 mas não queria trocar a placa mãe.

Depois de algum tempo foi lançado o 6x86, que foi seguido pelo 6x86 MX (com
instruções MMX) e pelo 6x86 MII. Apesar dos nomes, as três famílias usam o mesmo
projeto, as únicas evoluções foram as freqüências de operação mais altas e a inclusão das
instruções MMX apartir do 6x86 MX.

Na época, o 6x86 era mais barato que um K6, mas era ainda mais lento que ele em jogos e
programas gráficos. Um 6x86 MX Pr 300 (que opera a 266 MHz) é mais lento do que um
Pentium 166 no MDK por exemplo. Toda a séria 6x86 saiu de linha já a algum tempo.

O processador atual da Cyrix é o Cyrix 3, que vem com 128 KB de cache L1, mas vem
sem nenhum cache 2. O desempenho fica bem abaixo do desempenho de um Celeron, ou
até mesmo do de um K6-2, mas o preço é mais baixo e o Cyrix 3 traz a vantagem de
consumir pouca energia. Por isso, ele tem boas chances de fazer sucesso no ramo de
notebooks de baixo custo.

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Esta é apenas uma breve demonstração. Em sua versão completa, o livro possui 202
páginas.

Este livro é um e-book, por isso é extremamente barato.

Preço

A maior vantagem de um e-book é justamente o preço. O Guia de Novas


Tecnologias custa apenas R$ 5,00 (cinco reais), uma fração do que custaria numa
livraria.

O pagamento pode ser enviado via carta ou vale-postal, ser feito via depósito em
conta corrente, o qualquer outro meio que seja prático para você.

O que é um e-book?

Um e-book, ou eletronic book, é um livro como outro qualquer, a única diferença é


que ao invés de ser impresso, é vendido em formato digital; baixado, ou recebido
via e-mail

Para o leitor, a maior vantagem do e-book é o preço. Um livro tradicional custa tão
caro não por o autor ou mesmo a editora ganhem muito, mas sim, devido aos custos
de impressão, distribuição e venda, somado ao que é perdido com o encalhe. Num
livro que custa 50 reais a livraria por exemplo, entre 15 e 17 reais ficam com a
própria livraria, 3 ou 4 reais são gastos com transporte (já que em geral cada livraria
compra poucas cópias de cada livro), 5 reais são gastos com impressão, 5 reais
ficam com o autor e o restante fica com a editora, que também tem que arcar com o
prejuízo dos livros que encalham.

Como um e-book é distribuído em formato digital, não existe custo de impressão,


distribuição, nem o risco de encalhe, por isso, ele em geral custa menos de 10% que
custaria caso fosse impresso. Você não paga pelo papel, mas apenas pela
informação em sí.

O livro pode então ser lido no seu micro ou então impresso. Você escolhe o que
achar mais prático.

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Como o livro será enviado?

Após enviar os cinco reais do livro, basta enviar-me um e-mail no endereço:

morimoto@guiadohardware.net

para receber o arquivo do livro via e-mail. Me preocupei em compactar ao máximo


as ilustrações, por isso, o arquivo acabou ficando com pouco mais de 2.4 MB, por
isso não se preocupe, não vai entulhar a sua caixa postal.

Você receberá o livro via e-mail, em formato PDF, que poderá ser aberto usado o
Adobe Acrobat Reader.

Para conhecer outros trabalhos como este, visite http://www.guiadohardware.net

Como Comprar

O pagamento poderá ser feito tanto via carta, quanto via vale postal ou depósito
bancário:

Pagamento via carta

Como o valor do livro é pequeno, creio que esta seja a forma mais prática de envio,
basta enviar um cheque nominal a Carlos Eduardo Morimoto da Silva no valor de
cinco reais. Evite enviar dinheiro em espécie, pois segundo o regulamento dos
Correios e Telégrafos isto é proibido. Por mim não existe nenhum problema, mas se
optar por esta forma, não deixe de embrulhar as notas em um papel.

O endereço para envio é:

Carlos Eduardo Morimoto da Silva


Av. Madame Curie 155, bloco 03, apto 04
Vila Jussara
Guarulhos - SP
CEP: 07093-040

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Pagamento via vale-postal

Enviar um vale postal é bem simples, basta ir a qualquer agência dos correios e
dizer que quer enviar um vale postal. Você precisará apenas preencher um
formulário com o endereço de destino e o valor a ser enviado. Você pagará o valor a
ser enviado e a tarifa postal na própria agencia. Esta é a forma de envio ideal se
você não quiser enviar um cheque. O endereço é o mesmo acima.

Pagamento via depósito bancário

Se apesar da pequena quantia, você preferir fazer um depósito bancário, as contas


são as seguintes:

Conta A:
Banco Real (banco nº 275)
Agencia - 0544 - PAB UNG - Guarulhos
C. C. - 2713476-5
Carlos Eduardo Morimoto da Silva

Conta B:
Banco Itaú
Agencia - 0046
C. C. - 20010-1
Glacy Fumica Morimoto

Optando por qualquer uma das formas de envio, não se esqueça de me enviar o e-
mail no morimoto@guiadohardware.net confirmando o envio e informando o
endereço de e-mail em que deseja receber o arquivo do livro.

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