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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA


CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL - CENTRO
CURSO TÉCNICO EM MODELAGEM DO VESTUÁRIO

BÁRBARA RODRIGUES TEODÓSIO


LETICIA KAROLINE DE SOUZA ALFLEN
LETÍCIA PIANOSKI NAZÁRIO DA SILVA
MANOELLA VITÓRIA DEMATHE

RELATÓRIO DE FÍSICA SOBRE TIPOS DE ENERGIA

Jaraguá do Sul
2023
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BÁRBARA RODRIGUES TEODÓSIO


LETICIA KAROLINE DE SOUZA ALFLEN
LETÍCIA PIANOSKI NAZÁRIO DA SILVA
MANOELLA VITÓRIA DEMATHE

RELATÓRIO DE FÍSICA SOBRE TIPOS DE ENERGIA

Trabalho acadêmico de Física do curso


técnico em modelagem 2ª fase do Instituto
Federal de Santa Catarina, câmpus Jaraguá
do Sul – Centro.
Professor: João Marcelo Machado.

Jaraguá do Sul
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 ENERGIA CINÉTICA 4
3 ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL 5
4 ENERGIA MECÂNICA 6
5 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA 7
6 QUESTIONÁRIO 8
7 CONCLUSÃO 11
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1 INTRODUÇÃO

Dá-se o nome de energia à capacidade de um corpo, uma substância ou um


sistema físico tem de realizar um trabalho, uma ação. Existem diversos tipos de
energia, podendo elas serem renováveis ou não-renováveis, os principais tipos são,
a mecânica, elétrica, térmica, química, nuclear, solar, luminosa e sonora.
Nosso estudo foi voltado à energia cinética e energia potencial, procurando
entender o que causa cada uma delas e de que forma uma se relaciona a outra,
estudamos também a energia mecânica que consiste basicamente na soma das
duas.
No decorrer do trabalho, foi utilizado o simulador “PhET” onde as energias
cinética, potencial e mecânica podem ser medidas através da simulação de uma
pista de skate, onde se pode mudar o peso, a velocidade, gravidade, atrito, entre
outros.
Dessa forma, foi possível responder algumas questões propostas pelo
professor, apresentadas ao longo do relatório.

2 ENERGIA CINÉTICA

É a energia que um corpo tem devido ao seu movimento. O que causa esse
movimento é denominado trabalho, que varia de acordo com a quantidade de
massa e a velocidade. Segundo a lei da Inércia, o corpo tende a ter resistência em
mudar seu estado de movimento ou repouso (NEWTON, s.d.). Sendo assim, caso
nenhuma outra força atue sobre o corpo modificando sua velocidade, a energia
cinética acumulada tende a ser constante.

Ec - Energia Cinética J (joule)


m - massa
v - velocidade
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Fonte: https://static.preparaenem.com/2023/10/energia-potencial-energia-cinetica.jpg

3 ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL

A energia potencial gravitacional é uma grandeza física escalar, ou seja,


necessita apenas do módulo para ser compreendida, estando relacionada a altura
de um corpo sobre um campo com atração gravitacional. (MELO, s.d.)
É possível calcular a energia potencial gravitacional através do produto entre
a massa do corpo, a aceleração da gravidade e a altura em que o corpo se
encontra, tendo o Joule (J) como unidade de medida, de acordo com o Sistema
Internacional de Unidades (SI), e sendo representado pela fórmula:

𝐸𝑝𝑔 = 𝑚 · 𝑔 · ℎ

Na física, as energias sempre são conservadas, nunca sendo geradas ou


destruídas, e com isso, a energia potencial pode ser transformada em energia
cinética. (MELO, s.d.)
Como mostra a figura 1, no ponto B o corpo com uma certa massa está a
uma certa altura do campo com atração gravitacional, tendo energia potencial
acumulada e estando a uma velocidade nula. No ponto A, o corpo desce e libera a
energia acumulada, sendo então convertida em energia cinética.
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Figura 1 - O objeto de massa m se desloca a uma altura h, indo da posição B para A.

Fonte: Asth, [s.d]

No cotidiano, a energia potencial gravitacional é percebida em situações


como: quando um avião está distante do solo, quando uma bola é jogada para o
alto, quando um carro está subindo uma colina, montanha ou serra, entre outras.
(MELO, s.d.)

4 ENERGIA MECÂNICA

A energia mecânica pode ser definida como a capacidade de um corpo de


realizar trabalho. Quando essa capacidade de realizar trabalho está relacionada
com o movimento, ela é chamada de energia cinética. Porém, se a capacidade de
realizar trabalho estiver relacionada com a posição de um corpo, ela é chamada de
energia potencial. (TEIXEIRA, s.d.)
Ela corresponde à soma da energia cinética (Ec), produzida pelo movimento dos
corpos, com a energia potencial elástica (Epe) ou gravitacional (Epg), produzida por
meio da interação dos corpos relacionada com a posição dos mesmos. (GOUVEIA,
s.d.)

Figura 3 - Energia cinética e potencial trocam-se reciprocamente, enquanto a energia mecânica é


constante.
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Fonte: Brasil Escola

5 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

Segundo a Lei de Lavoisier, a matéria não surge do nada e nem se perde,


apenas é transformada. Na física, essa lei também é chamada de “princípio de
conservação de energia”, portanto, se aplica à energia mecânica, que em alguns
casos é conservada, ou seja, seu coeficiente não mudará, apenas ocorrerão
alterações no tipo de energia. (HELERBROCK, s.d.)
Para que a conservação da energia mecânica seja possível, o sistema deve
se abster de qualquer força dissipativa, esse tipo de sistema é chamado de
conservativo ou isolado, esses sistemas são difíceis de alcançar na realidade.
Alguns exemplos de forças dissipativas são a de atrito ou a de arraste. No caso de
um sistema não-conservativo, a energia mecânica é convertida em energia térmica.
(GOUVEIA, s.d.)

𝐸𝑚 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
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6 QUESTIONÁRIO

01. Quais foram a altura de lançamento e a altura atingida do outro lado da


pista? (Obs.: para medir a altura você pode ativar a opção “Grade”).

R: A altura do lançamento foi de 6 metros e a altura atingida do outro lado da


pista foi 6 metros também.

02. As alturas foram iguais ou não? Por que isso ocorre?

R: Sim, pois a pista é simétrica e não possui atrito.

03. O que acontece com a velocidade do skatista ao descer e depois subir na


pista?

R: Inicialmente a sua velocidade é nula, porém ao descer a pista, sua


velocidade aumenta, gerando energia cinética. Ao subir, a velocidade diminui
novamente, transformando em energia potencial.

04. Por que ocorre essa variação na velocidade?

R: Segundo a fórmula da energia cinética, quando a sua velocidade aumenta,


consequentemente ela aumenta junto, e isso é o que notamos na simulação.

05. O que acontece com a energia potencial e a energia cinética durante todo o
movimento do skatista? E com a energia mecânica? (Dica: observe os
gráficos das energias).

R: Enquanto a energia cinética aumenta, a potencial diminui e vice-versa. Já


a energia mecânica se conserva independentemente do que aconteça.
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06. Escolha uma massa para o skatista e mantenha-a fixa. Calcule sua energia
cinética e preencha as tabelas “sem atrito” e “com atrito” abaixo para os
diferentes pontos da figura.

Sem atrito

Ponto Massa (kg) Velocidade (m/s) Ec (J)

A 50 3,7 342,25

B 50 8,3 1.722,25

C 50 10,8 2.916

D 50 6,1 930,25

* Consideramos o ponto D como o primeiro ponto.

Com atrito

Ponto Massa (kg) Velocidade (m/s) Ec (J)

A 50 3,4 289

B 50 7,5 1.406,25

C 50 10,4 2.704

D 50 6,4 1.024

* Consideramos o ponto D como o primeiro ponto.

07. O que aconteceria com a energia cinética se você dobrasse a massa? E se


dobrasse a velocidade?

R: Caso a massa seja dobrada, a energia cinética dobra também, entretanto,


dobrando a velocidade, a energia cinética quadruplica. Utilizamos contas com
valores hipotéticos para comprovar nossas hipóteses.
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Considerando uma massa fixa para o skatista (50 kg), foi calculado sua
energia potencial gravitacional em situações com atrito e sem atrito para diferentes
pontos da figura.

Sem atrito

Ponto Massa (kg) Aceleração da Altura (m) Ep (J)


gravidade (m/s²)

A 50 10 5 2.500

B 50 10 2,5 1.250

C 50 10 0 0

D 50 10 4 2.000

* Consideramos o ponto D como o primeiro ponto.

Com atrito

Ponto Massa (kg) Aceleração da Altura (m) Ep (J)


gravidade (m/s²)

A 50 10 5 2.500

B 50 10 2,5 1.250

C 50 10 0 0

D 50 10 4 2.000

* Consideramos o ponto D como o primeiro ponto.

08. O que aconteceria com a energia potencial se você triplicasse a massa do


skatista? E se reduzisse pela metade a altura do skatista em relação ao solo?

R: Quando a massa do skatista é triplicada, a energia potencial é triplicada


também. No caso da altura do skatista em relação ao chão, ao reduzi-la pela
metade, o mesmo acontece com a energia potencial.
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09. O que acontece com a energia potencial se variarmos a aceleração da


gravidade local? Por exemplo, se o movimento ocorresse na Lua ou em
Júpiter. (Obs.: você pode fazer esse teste na aba “Medições”).

R: Em um lugar com aceleração da gravidade menor que a da Terra, como a


Lua, a energia potencial terá um módulo menor. No caso de uma aceleração da
gravidade maior que a da Terra, como a de Júpiter, a energia potencial será maior
também.

10. Nos casos sem atrito, para cada ponto (A, B, C e D), o que aconteceu com
as energias cinética, potencial e mecânica? Justifique.

R : Nos casos sem atrito, a energia mecânica se conservará, enquanto as


energias cinética e potencial alternarão entre si.

11. E nos casos com atrito? O que ocorreu com as três energias em cada
ponto? Justifique.

R: Ao contrário dos casos sem atrito, a energia mecânica não se conserva


quando há atrito, assim, ela perde uma parte de si e essa parte é convertida em
energia térmica. A energia cinética se torna nula no decorrer do tempo, pois o skate
perde movimento até parar totalmente. Já a energia potencial, no caso da pista
utilizada (em forma de U), se tornará nula também porque o skate irá parar na altura
zero.

7 CONCLUSÃO

A partir das observações feitas durante a escrita do relatório e dos testes


realizados no simulador de energia em pista de skate, “PhET”, pudemos visualizar
de que forma as forças que atuam sobre um corpo impactam na energia resultante,
além de conseguirmos analisar como as energias cinética e potencial têm interação
entre si, gerando a energia mecânica.
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Ainda com o auxílio da pista de skate, conseguimos analisar de forma prática,


como as fórmulas funcionam e de qual maneira as relações entre os termos
interferem no resultado final, na energia gerada.
Em casos que possuem atrito (que é o que acontece na realidade, pois
nenhuma superfície tem atrito nulo) além das três forças estudadas, ocorre o
surgimento de uma quarta força térmica. E diferentemente do caso de um sistema
conservativo, não há conservação da energia mecânica e acontece a diminuição da
energia cinética. A energia potencial é relativa a altura em que o corpo para, caso
esta seja 0, a energia potencial será nula também.
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REFERÊNCIAS

ASTH, Rafael. Energia Potencial. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/energia-potencial/. Acesso em: 1 dez. 2023.

AZEVEDO, Julia. Entenda o que é energia e conheça seus tipos. ecycle, [s.d.]. Disponível
em:
https://www.ecycle.com.br/energia/#:~:text=A%20unidade%20de%20energia%20definida,%
C3%A9%20o%20joule%20(J). Acesso em: 11 dez. 2023.

DIAS, Fabiana. Energia Cinética. Educa + Brasil, 2020. Disponível em:


https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/energia-cinetica. Acesso em: 4 dez. 2023.

Energia cinética. Conceitos do mundo, [s.d.]. Disponível em:


https://conceitosdomundo.pt/energia-cinetica/. Acesso em 4 dez. 2023.

GOUVEIA, Rosimar. Energia Mecânica. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/energia-mecanica/. Acesso em: 28 nov. 2023.

HELERBROCK, Rafael. Energia mecânica. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/energia-mecanica.htm. Acesso em: 28 nov. 2023.

MELO, Pâmella Raphaella. Energia potencial gravitacional. Brasil Escola. [s.d.]. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/energia-potencial-gravitacional-elastica.htm.
Acesso em 2 de dez. de 2023.

TEIXEIRA, Mariane Mendes. O que é energia mecânica? Brasil Escola, [s.d.].


Acesso em 4 de dez.de 2023.

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