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Estudos Bíblicos

Duzentos Estudos Que Respondem a Cerca de


· Quatro Mil Perguntas Sobre Importantes
Assuntos Religiosos.

Casa Publicadora Brasileira


Tatuí - São Paulo

\ ~- -
UM GRANDE PODER PERSEGUIDOR 225

poder tirânico sobre o povo de Deus: destes, cinco eram Jª caídos,


ou sejam, as monarquias egípicia, assíria, caldaica, persa e grega;
Um Grande Poder Perseguidor um existia, isto é, o império romano; e o sétimo e maior deveria
surgir, isto é, o grande anticristo e seu império." Que a sétima pon-
ta represente o anticristo, poucos duvidarão. Ver pág. 221.
(A Besta de Dez Chifres, de Apocalipse 13)
3. Que deu o dragão a easa beata?

"E o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trot10, e grande poderio."


1. Qual é o primeiro aímbolo de Apocalipse 13? Apoc. 13 :2, última parte.
"E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta É fato histórico inconteste que com os últimos imperadores ro-
que tit1/,a sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez dia- manos, a partir de Constantino, a religião do governo romano mu-
demas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia." Apoc. 13 :1. dou de pagã para papal; que quando Constantino removeu a sede
de seu império de Roma para Constantinopla em 330 A. D., a ci-
Conforme já foi aprendido no estudo do livro de Daniel, uma dade de Roma foC cedida ao bispo de Roma, que, de Constantino
besta, em profecia, representa algum grande poder ou reino terre- e seguintes imperadores, recebeu ricos presentes e grande autori-
no; uma cabeça, um poder governante; chifres, um número de
reinos; cabeças ou chifres coroados, poder político; águas, "povos
dade; que após a queda de Roma, em 476 A. D., o bispo de Roma
se tornou o poder mais influente na Roma Ocidental, e por decreto
e multidões, e nações, e línguas." Apoc. 17: 15. ' de Justiniano, de, 15 de março de 533, foi declarado "cabeça de tôdas
"As bestas a que se referem Daniel e S. João são impérios. A as santas igrejaf!," e numa carta do mesmo ano foi chamado "cor-
besta de dez chifres é o poder romano. . . . A cabeça é o poder go- retor dos hereges." V er a nota das págs. 182 e 183. Assim Roma pagã
vernante do corpo_. As cabeças dessa besta representam governo<; tornou-se Roma papal; a sede de Roma pagã tornou-se sede de
sucessivos." - O Romanismo e a Reforma" (em inglês), por H. Roma papal; uniram-se Igreja e Estado; e o poder perseguidor do
Grattan, págs. 144 e 145. dragão foi conferido ao profes~o chefe da igreja de Cristo, ou Ro-
ma papal. Como disse o Dr. H . Grattan Guinness, no seu livro "O
2. Como é eua beata maia amplamente deacrita? Romanismo e a Reforma (em inglês), na pág. 152, "o poder dos
Césares ressurgiu do domínio universal dos papas."
"E a besta que vi era semel/,ar,te ao leopardo, e os seus pés como
os de urso, e a sua boca como a de leão." Apoc. 13:2, primeira parte. 4. Como são descritos o caráter, a obra, período de supremacia
e grande poder da beata?
Esses são os característicos dos três primeiros s1m".,.,1os de Daniel
7 - o leão, o urso e o leopardo representam aí os reinos de Babi- "E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias:
lônia, Média-Pérsia, e Grécia - e sugerem representar essa besta o deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu
reino simbolizado pelo quarto animal de Daniel, ou Roma, ou a ele sua bôca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do Seu nome,
per_tencer. Ambos _têm dez chifres. Semelhante ao dragão de Apo- ., do Seu tabernáculo, e dos que habitam no Céu. E foi-lhe permi-
cahp.se 12, tem também sete cabeças; mas como o dragão simboli- tido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre
zava Roma em sua inteireza, particularmente na sua fase pagã toda a tribo, e língua, e nação." Apoc. 13 :5-i.
est_a, como a "ponta pequena" surgindo das dez pontas do quart~
ammal de Damel 7, representa Roma em sua forma última ou pa- Todas essas especificações são satisfeitas plena e exatamente pe-
pal. Tanto ela como a ponta pequena têm "uma boca" que fala lo papado, e identificam a besta aqui descrita como encarnando o
grandes coisas; ambas fazem guerra aos santos; ambas continuam mesmo poder representado pela fase da ponta pequena do quarto
pelo mesmo espaço de tempo. animal de Daniel 7, e a ponta pequena de Daniel 8, em suas foições
principais e essenciais, e em sua obra. V er Dan. 7:25; 8 :11, 12,
Dando amplo significado ao símbolo, a Bíblia Católica de 24 e 25, e estudos às páginas 179 e 184.
Douay, numa nota sobre Apoc. 13:1, explica da seguinte maneira
as sete cabeças da besta: "As sete cabeças são sete reis, isto é,
S. Que devia aer infligido a uma daa cabeças da beata?
sete reinos ou impérios principais, que exerceram, ou exercerão,
(224) "E vi 14ma de suas cabeças como ferida de morte; e a sua chaga
0
226 ESTUDOS B!BuICOS
mortal foi curada; toda e Terra se maravilhou após e besta." Apoc.
13:3.
Essa ferida foi infligida à cabeça papal quando os franceses, Fazendo uma Imagem à Besta
em 1798, entraram em Roma e levaram prisioneiro o papa, pare-
cendo, por algum tempo, haver sido abolido o papado. De nôvo
em 1870 foi tomado ao papado o domínio temporal, e o papa pas-
sou a considerar-se prisioneiro do Vaticano. Até 1929 a situa-
1. Quando foi ferida a cabeça papal da primeira besta de
ção se havia mudado a ponto de combinarem um encontro o Car-
Apocalipae 13?
deal Gasparri e o Primeiro Ministro Mussolini, no histórico pa-
lácio de S. João Latrão, a fim de terminar uma longa pendência: Em 1793-1798. Ver notas às págs. 182 e 226.
voltou ao p_apado o poder temporal, para, na ·linguagem do The
Catholic Advocate, da Austrália (18 de abril de 1929, pág. 16), 2. Que viu o profeta surgir a eHe tempo?
"curar-se uma ferida de 59 anos."
A primeira página do San Francisco Chronicle de 12 de feve- "E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos
reiro de 1929, trouxe gravuras do Cardeal Gasparri e Mussolini, de um cordeiro; e falava como o dragão." Apoc. 13 :11.
que assinaram a concordata, e a legenda: "Curam a ferida de
muitos anos." Wesley, em .s uas notas sobre Apocalipse 13, escritas em 1754,
diz da besta de dois chifres: "Ainda não surgiu, embora não pos-
6. Que ae diz do cativeiro e queda do papado? sa estar muito longe; pois deve aparecer no fim dos quarenta e
dois meses da primeira besta."
"Se alguém levar em cativeiro, em cativeiro irá: se alguém meter O animal antecedente surgiu do "mar," que indica .s eu surgi-
à espada, necessário é que à espada seja morto." Apoc. 13 :10. Ver mento de entre os - povos e nações do mundo então em existência
Sei. 18:25 e 26; 109:17; Jer. 50:29; Apoc. 16:4-6. (Apoc. 17:15); enquanto esta outra surge "da terra." Isto deve
indicar que a última besta surgiria onde não houvesse "povos, e
7. Que pergunta• feitaa por aeua adoradorea, indicam a aupre- multidões, e nações, e línguas." Em 1798, quando o poder papal
macia que eue poder alcançaria? recebeu a ferida mortal, o Governo dos Estados Unidos, no hemis-
fério ocidental; foi a única grande nação autônoma a atingir a
"E adorarem ao dragão que deu à besta o seu poder; e adorarem preeminência em território ainda não ocupado por povos, multi-
e besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar dões e nações. Apenas nove anos antes (1789), adotavam os Esta-
contra ela?" Apoc. 13 :4. dos Unidos sua constituição nacional.
A extensão do progresso dos Estados Unidos desde o seu surgi-
8. Que extensão alcançará a adoração deue poder? mento como nação pode .ser constatada dos seguintes fatos: O Ter-
ritório concedido aos Estados Unidos, em 1776, ao ser adotada a
"E adorarem-na todos os que habitem sobre a Terra, esses cujos Declaração da Independência, foi apenas de meio milhão de mi-
nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto lhas quadradas; em 1913 sua área, incluindo todas as possessões,
desde a fundação do mundo." Apoc. 13 :8. ·era de 3.742.155, hoje se eleva a mais de cem milhões. Suas rique-
zas minerais, agrícolas, pastoris e industriais estão fora de esti-
9. Qual, disse S. João, aeria o fim deua beata? mação, fazendo-a a nação mais rica do globo; seu comércio é uni-
"E a besta foi prese, e com ele o falso profeta, que diante dele versal; quanto ao poder militar é colocada entre as "grandes po-

fizera os sinais. . . . Estes dois foram lançados vivos arde,.te lago tências" do mundo.
de fogo e de enxofre." Apoc. 19:20. Ver Isa. 47:7-15; II Tess. 2:3-8;
Apoc. 17:16 e 17; 18:4-8. 3. Qual é o caráter deaae novo poder?
"Tinha dois chifres semelha,.tes aos de um cordeiro." Apoc. 13:11.
1 O. Em que idêntica linguagem é a aorte do quarto animal dea-
crita no capítulo 7 de Daniel 7 Quão apropriadamente essas feições do cordeiro representam a
"Então estive olhando, por causa de voz das grandes palavras que jovem nação, fundada [a primeira a sê-lo] sobre os grandes prin-
provinha de ponte: estive olhando até que o animei foi morto e ,. cípios da liberdade civil e religiosa! Os dois chifres podem bem
seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo." De (227)
228 EST UDOS BfBLICOS FAZENDO UMA IMAGEM A B'ESTA 229
simbolizar esses dois princípios fundam entais do governo dos Es- Grandes e influentes organizações, tai_s como a National Reform
tados Unidos.
Association, o lnternational Reform Bureau, a Lord's Day Alliance
of Christ in Amerioa, foram fundadas por protestantes professos, e
4. Não obstante a 1emelhança de cordeiro exteriorizada por por anos têm trabalhado para conseguir a legislação dominical.
eue poder, que faria ele, por fim?

"E falava como o dragão." Apoc. 13 :11. 9. Segundo a sua constituição, qual é o objetivo declarado da
National Reform AHociation?
. A voz do dragão é a voz de intolerância e persegmçao. Isto in-
dica que esta nação, que por mais de um século tem sido um farol "Garantir uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que ...
de liberdade para todo o mundo, repudiará suas pacíficas profis- indique ser esta uma nação cristã, e ponha todas as leis cristãs, ins-
sões de liberdade civil e religiosa, e tornar-se-á um poder persegui- tituições e costumes do_ governo sobre inegável base legal na lei fun -
dor. Para honra dessa nação, diga-se que nobres estadistas têm damental do país." -Artigo 2 da Cor,stituição .
em grande parte detido a t endência para o cerceamento da liber-
dade. Mas ninguém poderá negar que, a par desses nobres esfor- O superintendente geral da National R eform Association, e re-
ços, gui!1s religiosos de muito zelo e boas intenções, mas equivo- dator do Christian Statesman propõe a seguinte emenda à Pri-
cados, tem procurado conseguir que certos usos religiosos tenham meira Emenda da Constituição dos Estados Unidos:
força de lei civil. " Como tirar das mãos dos secularistas uma arma poderosíssi-
ma: Fazer uma emenda à mais alta lei escrita do pais, nossa
5. Quanto poder exercerá esse animal? Constituição Federal, de maneira que ela proclame claramente a
vontade do Senhor das nações como reg ra de nossa vida nacio-
"E exerce todo o poder da prim eira besta na s1ta presença, e faz que nal e norma de nossa conduta nacional ao tratar de todos os nos-
a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga sos problemas - internos e externos, nacionais e internacionais.
mortal fora curada." Apoc. 13 :12. Como a Constituição se acha agora, o secularista perpetuamente
a cita em sua defesa, proclamando alto e bom som que nela nada
A "primeira besta na sua presença" ( Roma papal) exerceu o existe que sustente os usos cristãos, e forte e persistentemente
poder de perseguir e condenar à morte todos os que dela divergia m exigindo que todos estes .sejam omitidos na mesma, a fim de que
cm questões religiosas. (V er o estudo anterior.) seja posta em perfeita harmonia com
aquela. Nossa resposta deve
ser: Nunca! Mas nós, em vez disso, mudaremos o documento
6. Que meio 1erá empregado para fazer o povo volver a ena escrito, para que esteja em perfeita harmonia com o tradicional
falaa adoração? e assim forneça uma inegável base legal para tudo que de cris-
tão temos em nossa vida e caráter nacionais." - Christian Sta-
"E engana os que habitam na Terra com sinais que lh e fo i perm itido tesman, agosto de 1921, pág. 25.
que fizesse em preser,ça da besta." Apoc. 13 :14, primeira parte. À primeira vista, uma declaração como essa pode parecer digna
de endosso. Mas um exame mais detido revela um arrazoamento
7. Que proporá eue poder que o povo faça? basicamente idêntico ao empregado pelos guias religiosos de épo-
cas passadas, os quais perseguiam todos os que deles diferissem.
"Dizendo aos que habitam na Terra que fizess em uma imagem à bes- Se as leis do país regulassem as observâ ncias religiosas, um ho-
ta que recebera a ferida da espada e vivia." Apoc. 13 :14, última parte . mem poderia ser forçado a assistir aos cultos da igreja, a ser ba-
tizado, ou a pagar para manutenção dos direitos espirituais.
A besta "que recebera a f erida da espada e vivia," é o papado.
Era uma igreja vestida do poder civil. Noutras palavras era a 1 O. Como trata eaaa associação à Igreja Católica, nesse ponto?
união da Igreja e do Estado, e o reforço de seus dogmas r;ligiosos
pelo poder civil, sob pena de confiscação de bens, prisão e morte. "Cordial e alegremente, reconhecemos que nas repúblicas sul-america-
Uma imagem à besta seria outr a organização eclesiástica revesti- nas, França e outros países europeus, os católicos, romanos, são os ver-
da do poder civil - outra uni ão da Igreja e do E stado - para dadeiros advogados do cristianismo nacional, e opõem-se a toda proposta
pela lei, fazer executar os dogmas r eligiosos. ' do secularismo. . . . Onde quer que desejarem cooperar em combater o
incremento do ateísmo político, com prazer nos uniremos numa assem-
8. Exiate alguma evidência de que aerá feita uma tal imagem?
bléia mundial para a promoção do cristianismo nacional , a qual deverá
ser realizada em dia não muito distante. Muitos países só poderão ser
230 ESTUDOS BIBLICOS FAZENDO UMA IMAGEM A BESTA 231

representados por católicos, romanoe." - Christiatt Statesmar,, de 11 de ve ser e.ergicamer,te combatida pela imprensa, por alianças e associa.
dezembro de 1884, 6rgão oficial da Natior,al Reform Associatior,. ções dominicais, e estabelecida uma lei que proteja e preserve este
baluarte de •ossa crista•dade america•a." - Idem, pág. 103.
11. Que ordenou o papa a todos os católicos?
Pode-se ver assim que o estabelecimento de leis para a obriga-
A 7 de setembro de 1947, o Papa Pio XII declarou que "já toriedade da observância dominical é feição capital em todas essas
passou, nos campos religiosos e moral, o tempo para reflexão e organizações, em seus esforços por "cristianizar" a nação. Ao fazer
planejamento e chegou o 'tempo para a ação'." Disse mais que isso muitos não podem ver que estão repudiando os princípios d_o
"a batalha nos carnp_os religiosos e moral girava em torno de cin- cristianismo, do protestantismo, e da Constituição dos Estados Um-
co pontos: Cultura religiosa, a santifioação do domingo, a salva- dos e caindo diretamente nas mãos do poder que originou o repouso
ção da família cristã, justiça social e lealdade e veracidade nos do~inical - o Papado. (Ver o estudo da pág. 380.)
negócios." - E v ening Star (Washington, D. C.), 8 de setembro
de 1947. 16. Que resolução da Federação Americana das Sociedades Ca-
tólicas indica que os católicos prazenteiramente "darão as mãos"
12. Qual é o objetivo da Aaaociação Internacional de Reforma? ao protestantismo para estabelecer leia que obriguem à observân-
cia do domingo?
"O R e/orm Bureau é o primeiro 'fortim cristão' estabelecido na ca•
pital federal para defender perante o governo te1das as denominações." - "Nossas sociedades em varia, partes dos Estados Unidos se têm em-
"Hist6ria de Bureau lnter•aciottal" por seu fur,dador e superitttettdett• penhado na abolição do trabalho aos domingos, e se têm batido pelo
te, Rev. F . Crafts, pág. 2. fechamento do correio aos domingos." - Décima Cor,venção Anual da
Federação A•ericaaa das Sociedtllles Católicas, Columbus, Ohio, 20-24
Estabelecer leis dominicais compulsórias é um dos principais de agosto de 1911.
objetivos dessa e doutras organizações .s emelhantes. Ver págs. 61 e
65 da obra mencionada acima. Com a ativa cooperação da organização protestante, Aliança do
Dia do Senhor dos Estados Unidos, foi, em 1912, inclusa nos regula-
13. Quais são os objetivos da "Aliança do Dia do Senhor," mentos do cor~eio uma cláusula que solicitava que "daí em diante
no1 Estados Unidos? as agências do correio de primeira e segunda classes não se abris-
.sem aos domingos para entrega da correspondência ao público."
"Esta organização se propõe a ajudar, de todas as maneiras A seguinte resolução foi adotada pela Federação Arquidiocesana
possíveis, a resguardar o domingo como instituição civil. Nossa de Boston, das Sociedades Católicas: - . .
.segurança nacional requer o ativo apoio de todos os bons cidadãos "Opomo-nos firmemente a qualquer abrandamento d_a s leis domi-
na mantença de nosso dia americano de descanso. Devem ser de- nicais. O domingo é um dia de descanso para ser dedicado ao lou-
cretadas e postas em vigor leis dominicais." Citado, sob o título vor e serviço de Deus. Temos para nós que atualmente o princí-
de "princípios contidos na Constituição," pela organização então pio público mais seguro é apegar-nos à rígida observância das leis
denominada American Sabbath Union, no Twenty-fifth Annual que salvaguardam ago\ra a santidade do dia do Senhor." - Boston
R eport (1913) - Vigésimo Quinto Relatório Anual da Sociedade Pilot, órgão oficial do Cardeal O' Connell, 16 de março de 1912.
"The Lord's Day Alliance."
17. Que queixa é feita contra os trena e os jornais de domingo?
14. Qual é o propósito do Concílio Federal daa Igrejas de Cris•
to na América? "Transportam grande número de passageiros, e dissolvem assim mui.
tas congregações." Nos domingos de manhã os operários podem le-
"Que as grandes corporações religiosas de nossa Terra se devem unir" vantar-se tarde, ler os jornais do dia, passando despercebida a hora do
para tratar de "questões tais como casamento e divórcio, profanação culto." - El&in (Ili), Coave•ção pró-Leis Domi•icais, novembro de
do domingo, males sociais" etc. - R elat6rio do Cottcílio Federal (1908) , 1887.
págs. 5 e 6.
No quarto século lamentava-se que os jogos e teatros de domingo,
15. Como propõe o Concílio seja tratado o auunto da "pro• "estorvavam" a "devoção" dos "fiéis," porque muitos dos fiéis a
f a nação do domingo" ? eles assistiam, de preferência aos serviços religiosos.. A ~greja,
portanto, solicitou ·8 interfer_ên~!ª do Estad~, e,, a _obrigatorieda~e
"Toda profanação dos reclamos e da santidade do dia do Senhor de· do repouso dominical por lei. Desta maneira, diz Neander, a
232 ESTUDOS BIBLICOS FAZENDO UMA IMAGEM A BÊSTA 233

Igr~ja rece~eu auxílio do Estado para a promoção de seus fins." "Dêem-se-nos boas leis dominicais, e nossas igrejas estarão cheias de
A,ss1m, IgreJa e Estado se uniram, e o papado foi investido de po- fiéis, e nossos moços e moças serão atraídos ao serviço divino . Uma po-
der. O mesmo procedimento seguido atualmente produzirá os mes- derosa união das igrejas dos Estados Unidos pode obter do Congresso,
mos resultados. das autoridades estaduais e câmaras municipais, toda legislação neces•
À Igreja _as~iste _o direito d.e ensinar a observância do domingo, sária a essa magnífica finalidade." - Rev. S. V . Leech, D. D., "ª Re-
e. ce~surar a ".1olaçao do dommgo; mas não deve impor a obser- vista de Homilética de Novembro de 1892.
vanc1a _do dommgo por meio de legislação compulsória; nem deve
por meio algum obrigar o povo a observar um dia que Deus nun- 23. Quem é responsável pelas atuais leia dominicais do Go-
ca ordenou, e para ~ual, como é por todos admitido, não existe verno doa Estados Unidoi?
ordenança das Escrituras. Ver as confirmações às págs 434
384, 387, 388, e 486. · ' "Durante quase toda a nossa história as igrejas têm influenciado os
Estados para fazer leis dominicais e aumentar o seu número." - Rev.
18. Que diz o profeta que o poder repreaentado pelo animal W. F. Crafts, em Christia11 Statesma11, de 3 de julho de 1890.
de dois chifres tentaria coaair todos a fazerem?
"Essas leis dominicais são o ressurgimento da completa uni ão da
"E faz q~e a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e ser- Igreja e do Estado, que existia quando se fundou a colônia."
vos, lhes se1a posto um si•al na sua mão direita, ou nas suas testas." Boston Post, 14 de abril de 1907.
Apoc. 13 :16. "Tais leis [ como a dominical de Marylan, de 1723] são o re-
crudescimento da intolerância religiosa que prevaleceu em muitas
Esse sinal é o sinal da besta ou o falso sábado. Ver Apoc. 14 :9
e l0i e o estudo à pág. 389. '
colônias."
A primeira lei dominical na América, a de Virgínia, em 1610,
exigia freqüência à Igreja, e prescrevia a pena de morte à segunda
19. Que meios serão empregados para obrigar todos a rece- reincidência. (American State Papers, edição de 1911, pág. 33.)
berem esa~ sinal ?
24. Por que é solicitada uma lei dominical nacional?
'_'Para que ninguém possa comprar ou ve11der, se11ão aquele que tiver
o s111al, ou o nome da besta, ou o número do seu nome." Apoc. 13 :17. "A lei nacional é necessária para tornar completas e eficientes as
I sto é, ~odos os que recusam receber esse sinal serão boicotados leis do Estado." - CJ,ristia• Statesman, 11 de abril de 1889.
ou ~h~ serao neg~dos todos os direitos e privilégios de comércio ~ 25. Visto que o domingo teve sua origem com o poder roma-
negocio, ou os meios comuns de ganhar a .s ubsistência. no (a primeira beata), a quem prestarão homenagem os homens,
quando, conhecedores doa fatos e em obediência a leia dominicais
20. Por autoridade de quem foi estabelecida a observância do compulsória, escolherem observar o domingo, em vez do sábado
domingo?
bíblico?
Por autoridade da igreja católica. Ver a pág. 382. "Não sabeis vós que a quem vos aprese11tardes por servos para lhe
obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis ?" Rom. 6:16.
21. Por que foram exigidas as antigas leis dominicais?
"A observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem
. "Para que o_ dia fosse devotado com menos interrupção aos propó- que tributam, mau grado seu, à autoridade da igreja (católica)."
sitos da devoçao." "Para que a devoção dos fiéis estivesse livre de - Plain Talk About the Protestantism of Today, pág. 213.
~º1i 1
~erturbação." -História da Igreja, de Neander, Vol. 2, págs. 297 A conscienciosa observância do domingo como sábado, da parte
dos que até aqui o haviam suposto ser ele o sábado, indubitavel-
mente tem .sido aceita por Deus como observância do sábado. So-
Em suma, foi para tornar obrigatória a observância do dia, e mente quando a luz aparece é o pecado imputado. S. João 9:41;
por este meio ser garantida a freqüência à igreja e a direção do 15:22; Atos 17:30. Ver pág. 383.
povo em assuntos religiosos.
26. Que diz Cristo com referência ao noaao dever para com
22. Por que são elas agora requeridas?
o Estado?
234 ESTUDOS BIBLICOS

"Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." S.


Mat. 22:21.

O sábado pertence a Deus. Sua b As Sete Igrejas


ser em obediência a Ele. o servância, portanto, só pode

27. Que milagre será finalmente efetuado para enganar 1. Que título é dado ao último livro da Bíblia?
mens e arraigá-lo, no engano? 01 ho-
"Revelação de Jesus Cristo." Apoc. 1 :1.
"E fa7; g~andes sinais, de maneira que até fogo faz descer do
à Terra, a vista dos l,ome,,s." Apoc. 13:13. céu 2. A quem pertencem as coi1as revelada,?

"Aa coiu1 encobertas são para o Senhor nosso Deus ; porém as


essaN~ote:p~ot: ~lias, na c?ntrovérsia sobre a adoração de Baal, reveladas são para #Ós e para #Ossos fill,os para sempre." Deut. 29:29.
fogo. I Rei~ 18 ·24 o ier~ade1ro Deus - o Deus que respondeu por
fo d , · · .OJe, como prova semelhante, far-se-á descer
go O ceu para confirmar os homens num culto falso e idólatra. 3. Com qua propósito foi dada a Revelação?
"Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos
28. Até que ponto será levado eue eaforro Seus servos as coisas que breveme#te devem aco#tecer." Apoc. 1 :1.
to à imagem da beata? ., para obrigar o cul-
4. Que grande acontecimento, de acordo com este livro, está
"E foi-lhe concedido que desse espírito iminente?
que também a imagem da besta falass af_1magem da besta, para
tos tod • e, e izesse que fossem mor- "Eis que vem com as nuve,,s, e todo o olho O verá, uté 01 mes-
as os que nao adorassem a imagem da besta." Apoc. 13 :15.
mo• que O traapassaram; e todas as tribos da Terra se lamentarão
sobre Ele." Apoc. 1 :7.
cont~!~é~:: /ivramento dará Deus, por fim, ao Seu povo, neua
Este livro não somente Ee abre e encerra com o assunto da se-
gunda vinda de Cristo, mas todas as suas oito linhas proféticas
"E vi um como mar de vidro misturado com f . • para ele convergem como o grande evento culminante da igreja e
que saíram vitoriosos da besta e d . ogo , e tambem !JS do mundo.
do número do seu #Ome que 'est a s~a imagem, e do seu si,,al, e
nham as harpas de Deu;." Apoc.ªv;S:2.Junto ao mar de vidro, e ti-
5. Que animação é dada ao, que estudam eote livro?

3o. Que cântico entoarão ele,? "Bem-ave#turado aquele que le, e os que ouvem as palavras desta
profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tem-
"E cantavam o câ,,tico de Moisés, d D po está próximo." Apoc. 1 :3.
Cordeiro." Apoc. 15:3. servo e eus, e o cântico do
6. A quem foi o livro dedicado?
3 1. Qual foi o cântico de Moiaé,?
"João, às sete igrejas que estão "ª Ásia." Apoc. 1 :4.
Um cântico de livramento da opressão. Ver txo. 15. 7. Quais eram 01 nomes de1&a1 1ete igreja,?
"0 que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que es-
tão na Ásia: a Éfeso, e a Esmir,,a, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a
Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia." Apoc. 1 :11.
Estas sete igrejas, e as mensagens que lhes são dirigidas, apli-
cam-s!! a sete períodos ou estados da igreja do primeiro ao segun-
do advento de Cristo. "Sob esta representação emblemática das sete
igrejas da Ásia," diz Vitringa, no "Comentário Compreensivo," "o
(235)
236
ESTUDOS BIBLICOS
AS SETE IGREJAS 237
Espírito Sa_nto delineou sete diferentes estados
que da Igreja cristã 12. Que nome é dado ao terceiro e1tado da Igreja?
Senh~~are~1am em s1::cessão, estendendo-se até à vinda de noss~
e defeitis ~{insumaçao de todas as coisas." Suas boas qualidades "E ao anjo da igreja que está em Pérgat11,o!' Apoc. 2:12.
cias especiais P~xiaosct;~~ ci:::a admo;st~ç~es, ex~n:,tações e advertên- O significado de Pérgamo é altura, elevação , e apropriadamente
periência cristã individual. ' sen o u o aphcavel também à ex- representa o período da igreja cristã que começa com o reinado do
imperador Constantino, em . 313 A. D., quando -o poder que conde-
8. Por que título é designado o primeiro estado nara à morte os cristãos esposou a causa da Igreja, e mediante
da Igreja? recompensas, editos e promessas de cargos no Governo, procurou
"Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso." A 2 •l induzir o povo a tornar-se cristão, trazendo assim para a Igreja
O . "f· poc. . •
sigm icado de Éfeso é dese ·ável · um dilúvio de mi.:ndanismo e corrupção. Muitos dos rito.s e ceri-
o caráter e condição da igre .a J ' e . ªP:0 Priadamente descreve mônias pagãos previamente introduzidos na religião, incluindo a
membros receberam a doutrinae:f seu . pr1me1ro estado, quando seus festividade pagã, o domingo ( dia do Sol), foram então estabeleci-
taram os benefícios e bênçãos do: ~r1stod n~ su~ _pureza, e desfru- dos por lei, resultando daí o primeiro dia da semana tomar o lugar
aplica ao primeiro século, ou duranteo:s vid Jp1nto, Santo. Ist? se do sábado bíblico.
se as datas no esquema ab . a os apostolos. VeJam-
sete períodos. aixo, que mo st ra O início e o fim dos 13, Como foi louvada a fidelidade dessa Igreja?
A.O ,
1 "Eu sei as tuas obras, e onde habites, que é onde está o trono de
'798 1 33 1 • fM
Satanás; e reténs o Meu nome, e não negaste a Minha fé, ainda nos
Contriçlo O que permanece Amor Fraternal Julgamento do povo dias de Ântipes, minha fiel testemunhe, o qual foi morto entre vós,
TIA'rlRA SAROO FILADÉLFIA LAODICEIA onde Satanás habite." Apoc. 2 :13.

AS SETE IGREJAS Há boas razões para concluir que "Ãntipas" se refira a uma
classe de pessoas, e não a um indivíduo, pois não se encontra in-
9. _!)epoia de louvar esta igreja por auas boaa formação autêntica acerca de semelhante pessoa.
preen1ao lhe dirige O Senhor? obras, que re-
14. Que título foi dado ao quarto estado da Igreja?
"T nh ·
b e ~· porem, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lem-
ra-te pois donde caíste, e arrepende-te "E ao anjo da igreja de Tiatira escreve ." Apoc. 2 :18.
A poc. 2 :4 e 5. • e Pratica as primeiras obras."
Tiatira significa cântico de trabalhos, ou sacrifício de contrição,
O primeiro amor é o amor da verd d d , e expõe a condição do povo de Deus durante o longo e escuro perío-
nhecida doutros As "pr·m .
1 eiras b ª,, e, e O eseJo de torná-la co- do de 1260 anos, que começou com o estabelecimento da suprema-
. · O ras são o fruto do amor.
cia papal, em 638 A. D., e findou com a queda desse poder, em
1 O. Que nome é dado ao aegundo estado da I . ? 1798. V er as notas às págs. 182 e 183. Durante esse tempo milhões
"E ao an·o da i · , . greJa dos santos de Deus foram condenados à morte do modo mais cruel
O . "f"J greJa que esta em Esm,rna, escreve." Apoc 2·8 que homens maus e demônios possam inventar. Cristo fez alusão
sigm icado de E smirna é m iiTa h · · · · · a esse tempo, em Sua maravilhosa profecia, relatada em S. Mat.
ao período de tempo em que mu·t 1 dou c eiro suave, e aplica-se 24, nas seguintes palavras: "Porque haverá então grande aflição,
martírio sob Roma pagã. os os santos de Deus sofreram como .nunca houve desde o principio do mundo até agora, tam-
pouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados; ne-
~ 1.? Como ae faz referência ao período final da t r,.b u 1açao
1greJa .
- d
a
nhuma carne se salvaria." A tribulação dos 1260 anos foi abre-
viada pela influência da Reforma.
·:N~da temas das coisas que hás de padecer Eis que o diabo lan- 15. Que promeua fez Deu, aos perseguidos?
çara a guns de vós na prisão par . . ·
tribulação de dez dias S. é
ª. q_ue se1a 1s tentados; e tereis uma
vida." Apoc. 2 :10. . e ,e 1 ate e morte, e der-te-ei e coroa da "Mas o que tendes retende-o até que Eu venha. E ao que vencer,
e guardar até ao fim as Minhas obres, Eu lhe darei poder sobre as
nações. E com vera de ferro as regerá: e serão quebradas como
pag1, ~;:e:;:e~otª~ 9:ssim chamad:1s "d_ez perseguições" sob Roma vasos de oleiro; como também recebi de Meu Pai." Apoc. 2:25-27.
A D a 313 A D impe:z:ador D1oclec1ano, e estendeu-se de 303
· ., · ·• um penodo de dez dias proféticos.
16. Por que nome é designado o quinto estado da Igreja?
238 ESTUDOS BIBLICOS
"E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve." Apoc. 3:1.
Sardes significa cântico de alegria, ou o que permanece. Um mo-
tivo de alegria naquele tempo era que a grande tribulação do povo
Os Sete Selos
de Deus estava no fim. Foi somente como resultado da Reforma
que alguns do povo de Deus subsistiram. Ver S. Mat. 24 :21 e 22,
e a nota da pergunta 14. A igreja de Sardes representa as igrejas ' mão direita do que Se aa-
reformadas, desde o final do período de perseguição até ao des- 1. Que viu, S. João, o revelador, a
pertamento do Advento, no princípio do século dezenove. sentava no trono?
ntado sobre o trono um livro
1 7. Que nome amável é dado à sexta Igreja? "E vi na destra do que estav,9 d ess:om sete selos." Apoc. 5 :1.
escrito por dentro e por fora, se a o
"E ao anjo da igreja que será em Filadélfia escreve." Apoc. 3:7. r,vro .,.
2. Que fez o Cordeiro com esse
Filadélfia significa amor frat ernal, e se aplica à igreja durante
a mensagem da hora do juízo, em 1844. Ver a pág. 207. destra do que estava assentado no trono."
. "E veio, e tomou o livro da
18. Que palavras dirigidas a eua igreja mostram a proximi- Apoc. 5:7.
dade do segundo advento? 3. Por que foi Cristo declarado digno de abrir os selos?
"Eis que ve11ho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém • . d" ndo. Digno és de tomar o livro,
tome a tua coroa." Apoc. 3 :li. "E cantavam um novo cant1co, ize . t e com o Te11 sa,.gue
. 1 s. porque foste mor o,
e de abrir os seus se o , d t d tribo e língua e povo, e
19. Qual é a menaacem de Cristo para a última lcreja? compraste para Deus home1,s e o a a . '
nação." Apoc. 5 :9.
"E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: . .. Eu sei as 4. Que foi visto ao se abrir o primeiro selo?
tuas obras, que nem és frio nem quente. . . . Como dizes: Rico sou,
e estou enriquecido, e de nada tenho falta; . . . aconselho-te que de · · u m cavalo
berto um dos selos, . · · eis
Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e ves- "E havendo o eor d eiro ª · h m arco· e foi-lhe
' ntedo sobre e1e tm e u '
tidos brancos, para que te vistas. . . . Eu repreendo e castigo a todos bra11co · e o que esteva esse " Apoc 6 · l e 2
dada u~a coroa, e saiu vitorioso, e para vencer. . . .
quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te." Apoc. 3 :14-19.
Laodicéia significa o julgamento do povo, ou, segundo Cruden, denota cumprimento ou perfeição.
um povo justo. Esta igreja existe no tempo do juízo e da procla- 0 número sete nas Escrituras uma série de acontecimentos em
Os sete selos compreendem toda
mação das finais mensagens que precedem a segunda vinda de
Cristo. Ver Apoc. 14 :6-16, e estudos às págs. 207-216. É este um 100
:Jl3
A·O·
tempo de muita profissão de fé mas pouca religiosidade vital e
verdadeira piedade. t t
20. Que animação é dirigida aos que ouvem eua mensagem?
"Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e
abrir a porta entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo."
Apo.:. 3 :20.
As incisivas, penetrantes mensagens às sete igrejas contêm im-
portantíssimas lições de admoestação, animação e advertência para
os crentes de todos os tempos. As sete promessas ao vencedor, en-
contradas nesta cadeia profética (Apoc. 2 :7, 11, 17, 26-28; 3 :5, 12
e 21) com a oitava ou universal promessa relatada em Apoc. 21 :7,
formam uma constelação de promessas tão preciosas quanto con- (239)
fortadoras, e tão inspiradoras quanto outras quaisquer relatadas
nas Escrituras. V er págs. 492 e 659.
240 ESTUDOS BIBLICOS OS SETE SELOS 241
que é narrada a história da Igreja, desde o começo da era Cristã no quarto século, Wharey (pág. 54) diz: "O cristianismo tornara-
at~ à se11:un~a vinda de _Cristo. O cavalo branco, com o cavaleiro se popular, e uma larga proporção, talvez a grande maioria, dos
sa?n<!_o v1tonoso, apr~pnadamente representa a primeira Igreja que o aceitavam, apenas tomavam o nome, recebiam o rito do batis-
cnsta na sua pureza, mdo a todo o mundo com a mensagem evan- mo, conformavam-se com algumas cerimônias externas da igreja,
gélica de salvação.
enquanto no coração e no caráter moral eram tão pagãos quanto
5. Que aurgiu ao ser aberto o segundo selo?
antes. Como um dilúvio, o erro e a corrupção invadiram a Igreja."

"E, havendo aberto o segundo selo, . . . saiu outro cavalo, verme- 7. Qual era a cor e o caráter do quarto animal?
lho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz
da Terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma gran- "E, havendo aberto o quarto selo, . . . eis um cavalo amarelo, e o
de espada." Apoc. 6:3 e 4. que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o i1t/ertfo
[no grego, Hades - e sepultura] o seguia; e foi-lhes dado poder para
Como a brancura do primeiro cavalo revelava a pureza do evan- matar a quarta parte da Terra, com espada, e com fome, e com peste,
gelho que seu cavaleiro propagava, assim a cor do segundo animal e com as feras da terra." Apoc. 6:7 e 8.
deve most:ar que a co:rupção se deveria manifestar ao tempo a
que este s1mbolo se aphca. É verdade que tal estado de coisas su- Esta cor não é natural num cavalo. O original dá o sentido da
cede~, à_ ig_r~ja apostóli~a.,, F3;lando do segundo .século, Wharey, em cór pálida ou amarela que se vê nas flores crestadas. O símbolo
sua_ H1sto~1a da lgreJa, pag. 39, diz: "O cristianismo começou evidentemente se refere à obra de perseguição e matança efetuada
entao a vestir-se das roupagens do paganismo. As sementes de muitos pela Igreja Romana contra o povo de Deus no tempo decorrido en-
erros que posteriormente invadiram a igreja tão completamente, ma- tre o começo da supremacia papal, em 538 A. D., e o tempo em
rea~,am-lhe a bel~za, desvaneceram-lhe a glória, tomavam já raí- que os reformadores. começaram a expor o verdadeiro caráter do
zes. O mundam~~o entrava. A igreja procurava a aliança do papado, sendo detida a obra de destruição.
poder ,secular, e d1f1culdades e perturbações foram o resultado. Es-
te p~nodo se estende do fim do primeiro século ao tempo de Cons- 8. Ao abrir-se o quinto selo, que foi visto sob o altar?
tantino, quando se efetuou completa união entre a Igreja e o Estado.
"E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos
6. Qual era a cor do símbolo sob o terceiro aelo? que foram mortos por amor da Palavra de Deus e por amor do teste-
mu1tho que deram." Apoc. 6:9.
"E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal:
Vem e vê. E ?lhei, e eis um cavalo preto: e o que sobre ele es- Quando os reformadores expuseram a obra do papado, foí então
tava assentado tmha uma balança na mão." Apoc. 6:5. trazido à memória o grande número de mártires que haviam sido
mortos pela fé.
O ca':'alo "pr~to". muito bem representa a escuridão espiritual que
caracterizou a 1greJa do tempo de Constantino até ao estabeleci- 9. Que se diz estarem fazendo eaae, mártires?
mento da supremacia papal, em 638 A. D. Da condição imperante
"E clamavam com grande voz, dize1tdo: Até quando, ó verdadeiro e
313 538 1517 sento Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam
1755
sobre a Terra?" Apoc. 6:10.

O cruel tratamento que haviam recebido clamava por vingança,


as.sim como o sangue de Abel clamava a Deus desde a terra. Gên.
4 :10. Não estava.m no Céu, mas debaixo do altar sob o qual ha-
viam sido mortos. Sobre este ponto diz o Dr. Adão Clarke: "O
altar está na Terra, não no Céu." Ver a nota da pergunta seguinte. .

1 O. Que foi dado a esses mártires?

"E foram dadas a cada um compridas vestes bra1tcas e foi-lhes dito


que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se com-
j \
242 ESTUDOS BIBLICOS OS SETE SELOS 243

pletasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de "E o Sol tornou-se negro como saco de cilício, e a L11a tornou-se
ser mortos como eles foram." Apoc. 6:11. como sa11gue." Apoc. 6:12, última parte.

E.s tes haviam sido mortos durante os séculos compreendidos no Isto se refere ao dia escuro em 19 de maio de 1780, quando a
selo anterior: Seus perseguidores, a maior parte, ao menos, haviam escuridão foi tal que deu a impressão geral de que o dia de jul-
morrido. E se haviam recebido castigo ao morrer, como alguns su- gamento estava próximo. Ver os estudos às págs. 266 e 274.
põem, por que se importunariam os mártires pela sua punição? Nes-
ta, como noutras partes da Bíblia, -é usada a figura da per.s onifi-
cação, em que objetos inanimados são representados como viven- A.O.
1 11() 1!17 1755 f w
tes e falantes, e coisas que não são, como se fossem. Ver Juí.
9:8-15; Heb. 2:11; Rom. 4:17. Estes mártires haviam sucumbi- Pureza Pemguiçlo,,Apostasiarldad, Escura • l~qulslçlo Reforma ,!Mensagem do Advento Silêncio no Céu
do como hereges debaixo da escuridão e superstição do selo ante- CAVAI.O CAVALO CAVALO CAVALO AS ALIAS OE- SINAIS DO SEGUNDO
rior, cobertos de ignomínia e vergonha. Agora, à luz da Refor- [ ~ V(RM(Ut0 Pfll'l'O AMARELO BAIXO 00 ALTAR FIM ADVENTO
ma, seu verdadeiro caráter aparece, e são vistos como justos, e
daí ,hes serem dadas "vestes brancas." "O linho fino são as jus- OS SETE SELOS
tiças dos santos." Apoc. 19:8. Justiça lhes é atribuída; e após
haverem repousado por mais um pouco - debaixo do altar - até 13. Que outro evento é mencionado sob este selo?
que outros que deveriam perecer por causa da fé, os seguissem,
juntos então haverão de despertar para a vida e a imortalidade. "E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira
lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte." Apoc.
11. Que foi via to primeiro, ao aer aberto o sexto selo? 6:13.

"E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande Isto se cumpriu 'na admirável chuva de meteoros de 13 de no-
tremor de terra." Apoc. 6:12, primeira parte. vembro de 1833. Descrevendo a cena na vizinhança das quedas do
Niágara, diz um escritor: "Nenhum espetáculo tão terrível, gran-
Isto sem dúvida se refere ao grande terremoto de 1.0 de novem- de e sublime foi jamais visto pelo homem, como aquele do firma-
bro de 1755, geralmente conhecido como o terremoto de Lisboa, mento descendo em torrentes de fogo ,s obre a escura e rugidora
cujos efeitos foram sentidos numa área de 8.000.000 de quilôme- catarata." - Our First Century, pág. 330; também Enciclopédia
tros quadrados. Lisboa (Portugal), cidade que contava 150.000 Americana, edição de 1881, artigo "Meteor." V er os estudos men-
habitantes, foi quase inteiramente destruída. O abalo do terremo- cionados.
to , diz o Sr. Sears, em sua obra "Maravilhas do Mundo," pág. 200, Um colaborador, escrevendo para o Journal of Commerce de 14
"foi seguido imediatamente da queda de todas as igrejas e conven- de novembro de 1833, sobre a queda de estrelas, de 13 de novembro
tos, de quase todos os edifícios públicos, e a quarta parte das ca- de 1833, diz: "Procurasse eu na Natureza um símile, não acharia
sas. Cerca de duas horas depois o fogo irrompeu em diferentes la- um que tão precisamente ilustrasse o aspecto do céu, com o que
dos, e grassou com tal violência pelo espaço de três dias que a ci- · S. João usa na profecia. A queda das estrelas não se dava como
dade foi completamente desolada. O terremoto ocorreu num dia que vindo de árvores diferentes, mas de uma só; as que apareciam
santo, quando as igrejas e conventos estavam repletos, sendo pou- a leste, caíam para leste; as que apareciam a oeste, para esse
cas as pessoas que escaparam. . . . O terror do povo não pode ser lado caíam; e as que surgiam ao sul, para aquela direção se des-
descrito. Ninguém chorava: era além das lágrimas. Corriam to- penhavam. E não caíam como cai o fruto maduro - longe disso -
dos de cá para lá, delirando de horror e pasmo, batendo na face mas voavam, eram arrojadas como o fruto verde que com dificul-
e no peito, gritando: Misericórdia! o mundo vai-se acabar! Mães dade se desprende do galho; e então, quando violentamente sa-
esqueciam os filhc,s, e corriam à roda carregando crucifixos. De- cudido, dele se desprendem, voam com rapidez, na mesma direção,
safortunadamente, muitos corriam às igrejas em busca de prote- descendentes; e caindo em multidão, alguns cortam o trajeto de
ção; mas em vão foi ministrado o sacramento; em vão as pobres outros, sendo atirados com mais ou menos força." V er a pág. 276.
criaturas abraçavam os altares; imagens, sacerdotes e o povo fo-
ram soterrados na ruína comum.... Noventa mil pessoas se pre- 14. Qual é o evento seguinte mencionado?
sume terem sucumbido naquele dia fatal."
"E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes
12. Que deveria seguir o grande terremoto? e ilhas foram removidos dos seus lugares." Apoc. 6:14.
244 ESTUDOS BIBLICOS
Este evento ainda está no futuro, e ocorrerá juntamente com a
.segunda vinda de Cristo. Estamos agora entre os dois eventos - o
último dos sinais nos céus, e o enrolar-se do céu e a remoção de
seu lugàr de tudo que ~ terreno. Os grandes sinais aqui menciona-
As Sete Trombetas
dos, que assinalam a proximidade da ,segunda vinda de Cristo e a
subversão das coisas terrenas, estão todos no passado, e o mundo
aguarda o soar da última trombeta como a cena final do drama
1. Em aeguida aoa aete 1elo1, sob que 1ímbolo1 foi mostrada
terrestre.
ao apóatolo S. João a aérie seguinte de eventos 1ensacionai1?
15. Como comoverá o mundo eue grande acontecimento?
"E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes da-
"E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os das sete trombetas." Apoc. 8 :2.
poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas caver-
2. De que tratam euas trombetas?
nas e nas rochas das montanhas ; e diziam aos montes e aos rochedos:
Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que ·está assentado Tratam de guerras, comoções, e insurreições políticas que resulta-
sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia ram no desmembramento e queda do Império - as primeiras quatro
da Sua ira; e quem poderá subsistir?" Apoc. 6:15-17. tratam da queda de Roma Ocidental, a quinta e a sexta da queda de
Roma Oriental, e a sétima da queda final de Roma no seu sentido
16. Depois da obra do selamento, descrita em Apocalipse 7, mais amplo, ou todos os reinos do mundo. Ver Apoc. 8, 9 e 11;
que ocorre aob o aexto aelo, como é apreaentado o aétimo selo? 14·19. Trombeta é símbolo 'de guerra. Jer. 4:19 e 20; Joel 2:1-11.

"E havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no Céu quase por 3. Sob que figuras é descrita a primeira trombeta?
meia hora." Apoc. 8 :1.
. "E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva, • fogo
O sexto selo apresenta os eventos correlacionados com a segunda misturado com sangue, e foram lançados na Terra, que foi queimada
vinda de Cristo. O sétimo selo, muito naturalmente, portanto, deve na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvore9, e toda
referir-se a esse evento, ou a algum resultado conseqüente. Quan- a erva verde foi queimada." Apoc. 8:7.
do Cristo vier, todos os santos anjos O acompanharão (S. Mat.
25: 31) ; segue-se necessariamente silêncio no Céu durante a au- "O prime.iro triste e pesado flagelo que caiu sobre o império ro-
sência deles. Meia hora de tempo profético deverão ser sete dias. mano do Ocidente na sua descida para a ruína, foi a guerra com
Os sete selos, portanto, levam-nos até à segunda vinda de Cristo. os godos sob Alarico, que abriu o caminho para incursões ulterio-
res. O imperador romano Teodósio morria em janeiro de 395 e
antes do fim do inverno já os godos sob Alarico estavam em pé' de
guerra contra o império.
"A primeira invasão sob Alarico assolou o Trácia, a :Macedônia,
-a Ãtica e o Peloponeso, mas não atingiu a cidade de Roma. Na sua
segunda invasão, porém, o general godo atravessou os Alpes e os
Apeninos e apareceu diante dos muros da "cidade eterna," que em
breve caiu como presa da fúria dos bárbaros.
"'Saraiva e fogo misturado com sangue' foram lançados na Ter-
ra. Os terríveis efeitos da invasão gótica são representados como
'saraiva,' devido ao fato de os invasores serem originários do Nor-
te; 'fogo,' por terem sido destruídos pelo fogo tanto as cidades co-
mo os campos; e 'sangue,' devido à terrível mortandade dos cida-
dãos do império pelos ousados e intrépidos guerreiros." - Uriah
Smith, As Profecias do Apocalipse, pág. 126. (Ver Gibbon, Histo-
ry of the Decline and Fall "! th.e Roman Em'J)ire, Vol. 3, caps.
30-33.)
(245)
- · ~ , -:-,,.:,.·• ::.:,·: .
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...... 4· • ; ,?,~.,.. •

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246 . ·ES.TUI_JOS JUBLICOS AS SETE TliOMBtTAS 247

4. Que inciú.va f.~ ;-


<Í ~~ada ,para descrever a destruição efe-
AS SETE ~ot.$ETAS
tuada aob ª ~.$bitdi(' ttoml,ett? . :.
l,4i• c , • i.j. ,. ._. ) ) · .!:' • •• "'·º·
395 476 622 1449 1453 1840 Firr
"E o segundo._ anfó tooou .. _'a t.n,mbeta; e foi lançada no mar uma Primeira Segunda Terceira Quarto Quinto Sexto Sétima
coisa como um gralfl/Jf-:lluidie . ·•deisdo .em fogo, e tor•ou-se em sa•· Trombeta Trombeta Trombeta Trombeta . Trombeta Trombeta Trombeta
gue a terfa partti -#.O ,..,.. B morreu a terça parte das criaturas que
tinham vida no már; o. p'érdeu:~· a té1'ça parte das naus." Apoc. 8:
- - -
8 e 9. ·,' · · ; :_. ';,. _:· ·
- - - - ,Primeiro oi
,._
Segundo ai Terceiro ai
As na~s ira-

Descreve iàto..'. ;_.::~~~• • ~-\~ónq.ij.istas dos vândalos ao comando


Invasão
do
Ataque
naval à
O Império
Ocidental
O últim~
imperador
- - das. Iminente
a ira de Deu,.
Itália é destro- Conquistas
do terrível Genaerioo.-i>rimeiro .da'"' África, mais tarde da Itália -
de 428 a 476 A·. D; · ·Sua'!! cenquistas foram em grande parte no
norte
pelos
Godos
pelos
Vânda los
' invadido
pelos
Hunos
nodo pelos
Hérulos
dos
, Sarracenos
Conquistas
dos
Turcos
Encerrado o
Midério de
Deus
mar. Numa noite apenas, perto de Cartago, destruiu, pelo fogo e Maomé As noções se
pela espada, mais que ,a metade - da frota romana, que consistia Alarico Genserico Átila Odoacro • • os
Quatro preparam para
de 1.300 navios · e mais de 100.000 homens. Ver Decline and Fatl Sultanatos o Armagedom
Otomanos
of the Roman $_,npi,rà, de. ' Gibbon; cap. 36 .
.... · . ~ ~. ; Quedo de Roma Ocidental
· Q1d1 Ct lllérl1 0,111111 Queda do
ICIIISIIIIIIIIPI tro4cr Ollllanol
5. Que deveria 'ocorr..; 'q~~~ · ~·o aue a terceira trombeta?
Mundo

"E o terceiro anjo tocou .a llUl. trombeta, e caiu do céu uma gra•de maram posse da cidade e do centro de Roma; e o grande império
estrela, arde,.do como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos que até então governara o mundo foi reduzido a um pobre ducado,
rios, e sobre as fontes das ágnu. E o nome da estrela era Absi•to, tributário do exarcado de Ravena. Seus luminares, ou governado-
e a terça parte. diJs quas tornou-se em absinto, e muitos home•s res civis, foram feridos, deixando . d~ . brilhar.. "Efetivamente a
morreram das át•as, porque -,µ, -lorsaram amargas." Apoc. 8:10 e 11. Itália se torna então província do Império do Ori1lnte. Findava-se
' . ,_,,., · ···;.: ....... ' o Império Romano Ocidental, depois de existfr por 1.229 anos, des-
São aqui preditas as de'v~tadoras: invasões e conquistas de Átila, de a fundação de Roma.'' - General History, de Myers, pág. 348.
o huno. Caracterizaram0 .se suas conquistas pelo fogo, pela espada
e pela pilhagem ao longo do- Reno, na Gália e ao norte da Itália. 7. Qual deveria ser o caráter das última~ três trombetas?
Dizia-se ele descendente de Ninrode, denominando-se o "Flagelo de "E olhei, e ouvi um anjo voal' pelo meio do céu, dizendo com
Deus" e o "Terror do ,Mundo," jactando-se de que por onde passasse grande voz: Ai! ai! dos que líabitam ,obre a Terra.! por causa das
seu cavalo jamais a. grama , cresceria. Sua maior batalha foi em outras vozes das trombetas dos - três •. anjos qm,· hãe ' de ainda tocar."
Chalon, na Gália, em 45l '"'.A;.;·_ D.,' onde, de seus 700.000 homens, Apoc. 8:13. · ~ ·~
100.000 a 300.000 diz.se haverem. sido deixados mortos no campo.
Ver Roma de . Gibbon, cap. 36, e Fifteen Decisive Battles of the '
8. Depois da queda de Roma Ocidenta-1, que poder surgiu no
W orld, por Sir Edwar,cl Crea,sy; cap•..6. Oriente para devastar e invadir o ._Jtdo ..t;,;i,niano, oriental e oci-
Diz Gibbon (Cap. 34): "No reinado. de Átila, os hunos se torna- dental? , ...,
ram novamente o· terror · do .mundo;" e prossegue descrevendo "o y~ , "" · 1 1 >, 1 ,,'Ir'·..
caráter e as ações daquele .bárbaro formidável, que," diz ele, "al- omaometismo, geralmente conheet'4o tomp eoc!ér..:;tíJrco ou otomano,
ternadamente -h umilhou e ·invadiu o··Oriente e o Ocidente, e motivou que surgiu na Arábia, com Maome,::.tim 622 .'A. ~D . ...
a rápida queda. .do lmpéri,o ' Jo~ano.'' • ' ·; • • .,, . .,t ,1;,1 ,., r

9. Como é apresentada a qiiinta ·trodlheta; óll primeiro ai?


6. Que dever~ · aco~tectr_,a·õ ·áe. 1azer ouvir a quarta trombeta?
"E o quinto anjo tocou a sua trom~: · e ,,n,· u,;,a estrela que do
"E o quarto • ltllji> , toco11 a. •u• tl'Gmbe&a, e /oi ferida a ter,;a parte céu caiu "ª Terra; e foi -lhe c!a.d_a•·,-. c!ftnv~. ~~ do abismo. E
do Sol, • a .. tê.ria ~'- . dt1 · L•'!i, e 4 tlfrfa parte das estrelas; para abriu o poço do abismo, e subiú fwdto'.' li6 p~Q,~ -\;O!Íl'Q. o fumo de
que a terça pJU"q -dêles .. . . . - ~ e , e a terça parte do dia não uma grande fornalha, e com tr f11lflÔ • dfi • -,.Ofo-..,· cstâreceu-se o Sol
brilhasse, e Mmelhantemente f noite." A~c. 8:12. e o ar. E do fumo vieram _gaf~o! ·,;b_~ê. ~: ,tçr,:a; e foi-lhes dado
poder, como o poder que tem o• ;~tp1oet1 . "ilt , tetra~' Apoc. 9 :1-3.
Esta tr.omb.etii. · nos :apresentá- ·a queda de Roma Ocidental, em Átila é simbolizado pela lls.trela da terceira trombeta . (Apoc. 8:10
4 76 A. D., quando os :bãrb~ros . h~rulos, chefiados por Odoacro, to- e 11) ; Maomé, pela estrela desta. trom~. ,~ do abismo sem
i ~: . ...-l.,JI-"" q ' \ }."b-1.. ·' ~J+ ~ " " ••
.,·_::.º"":,.,·,, ,..,._ ~.
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248 ESTUDOS BIBLICOS AS SETE TROMBETAS 249
dúvida se refere aos desertos da Arábia, de onde vieram os maome- mensageiro, um ministro, bom ou mau, e nem sempre um ser es-
tanos, ou ,s arracenos da Arábia, semelhando nuvens de gafanhotos. piritual. 'Anjo do abismo,' ou principal ministro da religião que
O escurecimento ocasionado pelo fumo desse abismo muito acerta- dali saiu quando foi aberto. Essa religião é o maometismo, e o
damente representa a propagação do maometanismo e suas doutrinas sultão é seu principal ministro.
pela Ásia, África, e partes da Europa. Seu poder semelhante ao do "Seu nome em hebraico é 'Abadom,' o destruidor; em grego
escorpião é admiravelmente revelado em seus ataques rápidos e 'Apoliom,' aquele que extermina, ou destrói. Com dois diferentes
vigorosos e na destruição de seus inimigos. nomes em duas línguas é evidente que se pretende representar
"Em grande parte da Espanha, norte da África, Egito, Síria, mais o caráter do que o nome do poder. Sendo assim, ele é repre-
Babilônia, Pérsia, norte da fndia, e partes da Ásia Central se es- sentado nas duas línguas como um destruidor. Tal tem sido sem-
palharam - com maior ou menor exclusão dos c_o stumes, língua e pre o caráter do governo otomano.'' - Uriah Smith, As Profecias
culto nativos - as maneiras, a língua e a religião do.s conquistado- do Apocalipse, pág. 161.
res árabes." - General History, de Myers, pág. 401.
12. Que período definido é mencionado aob eata trombeta 7
10. Que ordem foi dada aos gafanhotos?
"E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nu suu
"E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a ver- caudas; e o seu poder era para daníficar os homens por ciru:o m.s•:s."
dura alguma, mas sómente aos homens que não têm nas suas testas Apoc. 9 :10. Ver também o v. S.
o sinal de Deus." Apoc. 9 :4.
"Foi no dia vinte e sete de julho do ano 1299,'' diz Gibbon, "que
Quando as tribos árabes se espalharam para a conquista da Sí- Otman invadiu pela primeira vez o território de Nicomédia," na
ria, em 633 A. D., o culto califa Abu-Bekr, .sucessor de Maomé, Ásia Menor, "e a singular precisão da data," acrescenta, "parece
instruiu os chefes de seu exército a não permitir que sua vitória desvendar alguma previsão da rápida e destrutiva atuação do mons-
fosse "manchada com o sangue de mulheres e crianças;" a "não tro." - Decline and Fali of the Roman Empire, cap. 64, par. 14.
destruir as palmeiras, nem queimar os campos de milho;" a "não Tomamos esta data, então, para início do período a que se refere
cortar árvores frutíferas, nem fazer dano ao ·gado;" e a poupar a passagem bíblica.
as pessoas religiosas "que vivem retiradas em mosteiros e daquele O mês bíblico consiste de trinta dias; cinco meses seriam 150 dias.
modo se propõem servir a Deus;" mas, disse ele, "encontrareis ou- Tomando um dia por um ano, 150 anos a começar em 27 de julho
tra espécie de gente, que usam a tonsura: feri-os com a espada." - de 1299, chegaram a 27 de julho de 1449. Durante esse período
Sir William Muir, The Caliphate , Its Rise, Decline, and Fall , pág. 65. os turcos se empenharam em guerra quase constante contra o Im-
"Em pouco tempo tomaram [os sarracenos maometanos] aos aria- pério Grego, sem todavia o conquistarem.
nos todas as principais velhas terras semitas - Palestina, Síria, Me- ,
sopotâmia, Assíria e Babilônia. A estas foi logo acrescentado o 13. Com que declaração se encerra a quinta trombeta?
Egito." - Enciclopédia Britânica, artigo "Maometismo."
"Passado é já um ai; eis que depois disso vem ainda dois ais." Apoc.
11. Que ae diz terem sobre ai 01 gafanhotos? ~:12.
14. Ao soar a aexta trombeta, que ordem é dada?
"E tinham sobre si um rei, o anjo do abismo; em hebreu era o
seu nome Abadom, e em grego Apoliom [um destruidor]." Apoc. "E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das
9:11. quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus, a qual dizia
ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão
"'Tinham sobre si rei.' Desde a morte de Maomé até perto do presos junto ao grande rio Eufrates." Apoc. 9:13 e 14.
fim do século treze, os maometanos estiveram divididos em várias
facções sob diversos chefes, sem um governo civil geral, que se Compreende-se que esses quatro anjos se refiram aos quatro
estendesse sobre todos eles. Pelo fim do século treze, Otman fun- principais sultanados - Alepo, Icônio, Damasco e Bagdá - de que
dou um governo desde então conhecido por governo ou império .se compunha o Império Otomano, situado na região banhada pelo
otomano, que cresceu até se estender sobre quase todas as prin- rio Eufrates. (V er Uriah Smith.)
cipais tribos maometanas, consolidando-as numa grande 'monar-
quia. 15. Que cena de guerra é apresentada aob esta trombeta?
"O carát~r do rei. 'O anjo do abismo.' Um anjo significa um "E o núi;nero dos exércitos de cavaleiros era de duzentos milhões; ...
,. "· .
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~-., ~·.r:J.,· 't ,~ ..o t,. · ; ?, -.~

250 . :· . .• ESTUIJ.OS BfBLICOS AS SETE,;:.Y'i.0'6B~'x,...A3;:]_·-.'. ·:': .. 251


.~-- ... ..... . .•• ~ .: . lf,,, .. . . .~.... ~ ·-~ '- .

e as cabeça·s··. 4os · ciivalo~ etam, . como cabeças de leões; e de suas bocas 18. Com que anúncio term.i~·.,;:·.:_' •ex_ta,.)tÓmbetá' ·
saía fogo e fumt1 ti e.sofre." Apoc. 9:16 e 17.
"É passado o segundo ai; eia qu; Ô lerceir; di:;edo ·virá'." Àpoc. 11:14.
"Em 1453,- Mãomé ü ,:,!> 'G r~de, sultão dos otomanos, sitiou a O período definido na sexta trom~t~ leva-uos a 184.0, quando a
capital [Const~tinopla], com : 11m -exército que contava mais de Turquia perdeu sua independência. - Stt,a quechl'din~l, : compreende-
200.000 h o ~; · ~pg.s rãt>t<!Q..a\aque; a cidade foi tomada abrupta- mos, ocorrerá ao soar a sétímá t'ro~bt!ta . . ·, · : ;. ·.. :· ._ • · ,
mente. A cruz. ~ o ·tei!lpo."de, Constantino encimava a ba- • 4 '. ••
sílica de Sta. Sofia;" foi stibstituída pelo crescente, que permanece 19. _Que ae cumprirá quand~ ':~th•.e r )tór soar !l sétima trom- -
até hoje." - Gff.eral Hiàtory, de Myer.s, edição de 1902, pág.s. 462 beta?
e 463. • .
Assim Con;ta~tinopÍa,: ~Je. ~~jental do Império Romano desde os "Mas nos dias da voz do sétimo anjO', quando tocar 11:·sua trombeta,
dias de Conit~iw, foi'.'captinatlJ · pelos turcos. se cumprirá o segredo de Deus, '~õino , aniinciou ~ · profetas,· Seus ser-
Parece ser . t~~ feita . ref~~ência ao uso de armas de fogo, vos." Apoc. 10:7. '"
que começaram a ,sQ2" .Wja;'1M,i. pelos turcos no fim do século décimo
terceiro, e que, del!ICarretadas · de cima dos cavalos, daria a apa- O segredo de Deus é o evangelho. Efés: 3: 3-6; Gál. 1: 11 e 12.
rência de .fogo ~ fuwo . s».indo , da !;)oca dos cavalos. Portanto, quando esta trombeta começar a soa·r ; o· evangelho es-
... tará cumprido, e virá o fim .
16. Qual · Eoi -• 'r ~ o õe•. peleja por meio de "fogo e 20. Que evento aaainala o ,oar · d~· ·aétima trombeta?
fumo e e a s ~ ?:. ,:. . ...;-, ,.·
:_,,,,. "E tocou o 1étimo anjo a sua trombeta, e· houve no Céu ~randes vo.
"Por estas trê1 pfa(as' foj !IÍti,ta ·a terça parte dos homens." Apoc. 9:18. zes, que diziam: Os rei•os do mundo vieram a ser do nosso Senhor
e do Seu Cristo, e Ele reinará · para 111dÕ o sempre, .E os vinte e qua-
Isso mostra ·o efeito· mort~· d,esse novo meio de guerrear. "Cons- tro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, pros-
tantinopla foi suhjug~)," -~'r1 ·império .subvertido, e sua religião traram.se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças Te
damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de
conculcada ao PQ ,peloa, cGnquis~doi:es muçulmanos." - Horae Apo-
calypticae, ãe Elli(!t, : Vo~: l,) >_jg.· 4~•- vir, que tomaste o Teu grande poder, e reinaste." Apoc. 11 :15.17.

17. Que período dé'finldo -, ·mencionado nesta trombeta? A sétima trombeta nos leva, portanto, ao estabelecimento do eter-
no reino de Deus.
"E foram soJtos oti quatro njos que estavam preparados para a /ao. 21. Qual é a condição daa , naçõee, ' e que outro, eventoe devem
ra, e dia, e mês, i, a•o, a üm de 111atarem a terça parte dos homens."
Apoc. 9:15. · ocorrer durante eue tempo !m!l;'ie•te?

"E iraram-se as •ações, e veio a Tua ira, e o tempo dos mortos, para
Uma hora eni ' tempo · piofétiéo ~quivale a quinze dias; um dia que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, Teus
quer dizer um ano, um mês trinta· anos, um ano 360 anos. Soman- servos, e aos sa•tos, e aos que temem o Teu nome, a pequenos e a gran-
do-se tudo, ter-se-á um total de ,391 anos e quinze dias, tempo con- des, e o tempo de destruíres os que dtstroem a Terra ." Apoc. 11 :18.
cedido à supremacia otomana / Começando em 27 de junho de 1449,
data em que termina a quinta trombeta, esse período deveria ter- As cenas finais da história deste mutuÍo e do juízo são claramen-
minar em 11 de ago.s.to de 1840.- Em exato cumprimento da Pa- te aqui apresentadas. Desde a perda da independência pelo Império
lavra inspirada,· 'ess~ data ass.i nala a queda do Império Otomano Otomano em 1840, as nações se estão ~ntinu11-men1!e preparando pa-
como po<;ler independente. -An:uinaiio ao pont9 de não haver mais ra a guerra como jamais no paesado.
esperança de reabilitação, nqma ·guerra com Mehemet Ali, paxá A menção, neste capítulo sob a . sétima trombeta, das nações
do Egito, o sultão da Tur9uia .submeteu-se à orientação das qua- iradas e do julgamento dos mortos, torna claro que o sétimo anjo
tro então maiores potências da Europa e, por intermédio de seu começou a fazer soar a trombe~. "O tempo dos mortos, para que
ministro Rifat· Bey, naquele inesmo dia, 11 de agosto de 1840, pôs
nas mãos de ~hemet Ali o ultimato ditado por essas potências.
sejam julgados," começou em 18~4: . ·ao
final , período profético
de 2300 dias. (Ver os estudoi!'~·das págw... 1!10.U'.i, ) .-Demais, o v.
ao
Nesse dia, també,~, as frotas aliadas apareceram ante Beirute, 7 do cap. 10 diz que "nos dias da vóz do sét'trrltl ·a~: quando tocar
preparadas par.a impor o ultiniato. · (Ver Uriah Smith). a sua trombeta," será concluída a 0bra, do .' eva'ngelho no mundo.
252 ESTUDOS BIBLICOS
A "voz" da trombeta do sétimo anjo estará soando quando termi-
nar o tempo da graça.
O "tempo de angústia," de Dan. 12 :1, e as sete últimas pragas A Questão Oriental
e a batalha do Armagedom, de que fala Apoc. 16, terão lugar
durante o .soar da sétima trombeta.

22. Que cena no Céu foi apresentada ao profeta ao soar a 1. Resumidamente definida, que é a questão oriental?
sétima trombeta?
A eliminação da Turquia da Europa, e a final extinção do Império
"E abriu-se •o Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi Turco, com os conseqüentes eventos mundiais. É também descrita como
vista no Seu templo: e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terre- "a ação de impelir os turcos para Ásia, e a anexação de seu terri-
motos e grande saraiva." Apoc. 11 :19. tório."

Visto como o período concedido ao soar da sexta trombeta ter- 2. Que passagens das Escrituras se aplicam ao poder turco?
minou em 1840, e o juízo no Céu começou quatro anos mais tarde,
é claro que o sétimo anjo começou a fazer soar sua trombeta em Daniel 11 :40-45; Apoc. 9; e 16:12.
1844. Neste ano Cristo finalizou Sua obra sacerdotal no lugar
santo do santuário celestial, e iniciou Sua obra no lugar santís- No capítulo 11 de Daniel, a Turquia é mencionada sob título
simo. E "abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu de "rei do norte;" e em Apocalipse 9, no soar da quinta e sexta
concerto foi vista no Seu templo." No fim de 1844, e nos anos "trombetas;" e em Apocalipse 16, sob o símbolo do secamento das
que se seguiram, deu-se estudo especial à questão do santuário. águas dó principal rio da Turquia asiática, "o grande rio Eufra-
Viu-se que as Escrituras falam de um santuário e um ritual do tes." Em profecia simbólica águas representam multidões de po-
santuário no Céu, do qual Cristo é o Ministro e Sumo Sacerdote, vo. (Ver Isa. 8:7; Apoc. 17:15.)
e do qual o santuário terrestre do antigo Israel era tipo. Assim
foi apresentado à vista o templo celestial de Deus. 3. Quando tomaram os turcos Constantinopla, e assim a divi-
·A "arca" de ouro, contendo a lei de Deus escrita em tábuas são setentrional da antiga Grécia e Roma?
de pedra, achava-se no lugar santíssimo. A menção da arca em
relação com o juízo vem lembrar-nos que a lei de Deus, os Dez Em 1453 A. C. sob o comando de Maomé II. Ver páginas 247-249.
Mandamentos que se acham dentro da arca é a norma no juízo.
(Ver Ecl. 12:13 e 14; Rom. 2:12; S. Tia. 2 :8-12.) Após a morte de Alexandre o Grande, o Império Grego foi divi-
Enquanto soa a sétima trombeta, terminará o tempo da graça dido entre seus quatro maiores generais, Cassandro, Lisímaco, Se-
para o mundo, cairão as sete últimas pragas (note-se a "grande leuco e Ptolomeu, em quatro partes - Este, Oeste, Norte e Sul.
saraiva" e compare-se Apoc. 16:17 e 18), e Cristo, o Senhor da Com o passar do tempo, o território mudou de mãos, mas perdu-
glória, virá nas nuvens do céu para 1evar consigo o Seu povo. rou a relativa posição dessas partes. Depois do esfacelamento do
E Ele reinará para sempre. 'Império Romano e da di.sseminação do maometismo no Oriente,
rnb os árabes, penetraram os turcos. Tomaram posse da Terra
Santa em 1058, depois da Asia Menor, e afinal de Constantino-
pla, em 1453, juntamente com boa porção do sudeste da Europa,
ocupando assim o território do velho "rei do norte." Deste modo
a Turquia tornou-se a potênci~. que mantinha nas mão.s o territó-
rio de ambos os lados do Bósforo; e malgrado as oscilações da
fortuna e o estreitamento dos limites geográficos, desde esse tem-
po tem mantido essa posição estratégica.
O Boletim do Departamento de E stado dos Estados Unidos, Vol.
19, n. 0 472, de 18 de julho de 1948, diz: "Durante a Guerra Mun-
dial II, a República da Turquia, como era natural, em vista de
sua posição estratégica na encruzilhada de três continentes, era
(253)
254 ESTUDOS BIBLICOS A QUESTÃO ORIENTAL 255
de grande interesse tanto às potências do Eixo como às nações uni- ramente o caso, e estas condições sazonaram na guerra da Cri-
d~~ durante aquela luta.... Essa região era de considerável sig- méia de 1853-56, entre a Rússia e a Turquia. Nessa guerra a In-
mf1cado econômico, político e estratégico." - Pág. 63. glaterra e a França acorreram em auxílio da Turquia, evitando
que a Rússia se apoderasse de Constantinopla, a presa cobiçada,
4, Como tem sido conaiderada a Turquia, pelas nações euro- ganhando assim acesso aos Dardanelo.s e ao Mar Mediterrâneo, fi-
péiaa? cando na posse da chave do comércio entre a Europa e a Ásia.
Sem uma saída para o mar, a Rússia não poderá ser forte po-
A Turquia moderna, hoje restrita à Ásia Menor e à pequenina tência naval. Em seu célebre desejo, Pedro o Grande da Rússia
parte da Europa_ que contém Constantinopla, ou Istambul, e pri- ( 1672-1725 , assim advertiu seus súditos: "Procurai por todos os
vada de seu antigo conglomerado d~ povos estrangeiros sujeitos, meios possíveis conquistar Constantinopla e as índias, pois," dizia
tem-se_ to~nado notavelmente modermzada e ocidentalizada depois ele, "quem lá entrar será o verdadeiro soberano do mundo; fomen-
da Primeira Guerra Mundial, mas isto se deu em anos relativa- tai a guerra continuamente na Turquia e na Pérsia; . . . garanti
IT.1ente recentes. Através dos séculos os turcos tinham permane- aos poucos o controle do mar; ... avançai para as índias que são
c~do fora da órbita da ciyilizaçã o oriental. "Eram sempre con- o grande celeiro do mundo. Uma vez lá estabelecidos, não neces-
s~derados na Europa como mtrusos, e sua presença ali levou a vá- sitaremos do ouro da Inglaterra." A autenticidade destas palavras
nas guerras sanguinárias." - Myers Gen eral History 1927 pa'gs tem sido posta em dúvida; no entanto, revelam um princípio que a
149 e 150. ' ' ' ·· Rússia tem .seguido de perto.

5. Quando foi o destino da Turquia posto nas mãos daa po- 7. Que, desde 1840, tem salvo a Turquia da completa ruína?
tências ocidentais?
O auxílio e a interferência de várias potências européias.
Em 1840, no fim da ~uerr~ de dois anos entre a Turquia e O Egito,
quan_do a sorte da Turqma fo, posta nas mãos das quatro potências eu- "Não é demais afirmar-se que a Inglaterra por duas vezes sal-
ropéias - Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia. Ver pig. 250, sob a vou a -Turquia da completa sujeição desde 1853. A nossa ação
perg. 17. em grande parte - na maior parte - é devida a sua existência e
integridade como Estado independente. Em ambas as ocasiões ar-
Em 1840, durante uma discussão com o paxá do Egito "exata- rastamos conosco as potências da Europa para manter o governo
mente quando el 7 [o sultã~ da _Turquia] teve de capitula~, 0 con- otomano." - Duque de Argyle (1895), em The Turkish-Armenian
t.ro_le dos acont_ec1~entos foi retirado de suas mãos pelos embaixa- Question, pág. 17.
do_i e~ das potencias em Constantinopla. . . . A Grã-Bretanha, a A aliança da Turquia com a Alemanha na Primeira Guerra
Rus~1a e a Áustria concordaram em apresentar um ultimato ao Mundi~l demonstrou-se desastrosa a seu velho império. Na Segun-
paxa e f~rçar pelas armas_su~ aceitação." Foi negociada a paz, e no da Guerra Mundial a Turquia tratou de ficar afastada de hosti-
ano segumte todas as potencias concordaram "que o Estreito fósse lidades ativas, mas conservou amizade com a Inglaterra e a Rús-
fecha~o aos vasos de guerr~ d~ todas as nações, e que a Turquia sia. Ambos os lado.s julgaram conveniente haver um Estado -
P}lss_a,s~ da tut_elagem da R1;1ss1a para a tutelagem coletiva das po- tampão neutro, como proteção para a campanha alemã na Rússia
tencias. - . W1lbur_ W. White, Th e Process of Chang e in the Ot- e a britânica no Egito e no Irã. Depois da Segunda Guerra Mundial
toman Em pire (Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago a situação política exigia ainda que a Turquia se apoiasse a po-
1937), págs. 242 e 243. ' tências mais fortes para manter sua integridade territorial.

6. Qual é uma das últimas predições da profecia de Daniel, 8. Por que euas potências auxiliaram a Turquia?
concernente ao rei do Norte?
Não por amor à Turquia, mas pelo temor das complicações interna-
cionais, que a sua queda poderá acarretar.
"Mas os rumores do Oriente e do Norte os espantarão· e sairá com
:44.
grande furor, para destruir e extirpar a muitos." Dan. 11 Em seu discurso em Mansion House, em 9 de novembro de 1895,
Lord Salisbury, respondendo ao geral clamor pelo aniquilamento
Sobre i~so, o Dr. Adão Clarke, escrevendo em 1825, diz: "Se fór do poder turco, disse: "A Turquia detém a notável posição que vem
compreendido o governo turco, como nos versos precedentes, pode- ocupando por meio século, principalmente porque as grandes po-
se ent1:_nder que os persas a Leste e os russos ao Norte algum dia tências do mundo resolveram que para a paz da cristandade é ne-
causarao grande embaraço a,o governo otomano." Tal foi verdadei- cessário que o Império Otomano subsista. Chegaram a essa con-
256 ESTUDOS B/BLICOS
A QUESTAO ORIENTAL 257
cl~s~'? há cerc~ de meio século. Penso não haverem mudado de
oprmao. O perig~, se o Imp~r~o Otomano cair, não seria meramen- (4) No mesmo ano a Turquia perdeu a posse da Sérvia e da
te o q~e ameaçaria os terntonos de que é formado o império· seria Bósnia.
o_ perigo de que o fogo lá acendido se espalhasse pelas outr:is na- (5) Em 1878 o Tratado de Berlim concedeu governo autônomo
çoes, en11ol11e71;d? _numa luta perigosa e calamitosa tudo o que é mais
à Bulgária, e independência à Romélia, Romênia e Montenegro.
po~eroso e civ.,lizado na Europa. Foi isso que preocupou nossos
pars, quando resolveram fazer da integridade e independência do (6) Em 1912 Trípoli foi tomada pela Itália.
IJ?peno _Otomano ,,um as~unto de tratado europeu, e · esse perigo (7) Em 1912 e 1913 os Estados balcânicos e a Grécia tiraram
ainda"A nao passou.
- - Times, de Londres , 11-11-1895, pág. 6. à Turquia qua.se todo o seu território restante da Europa.
. ques~ao balcânica, ou, do Próximo Oriente, tem sido um dos (8) Em 1918, ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Turquia
mais comph_cad<!s problemas políticos da história do mundo por 1 ficou reduzida a uma nação com uma população de apenas nove
cerca de .mero seculo. . . . Por quatro e meio séculos, ou desde que a treze milhões de pesiwas.
os c~mqurstador~s turcos atravessaram o Bósforo e tomaram Cons-
tantmopla, contmu_~ em pé_ a,,terrível ?isputa para desalojá-los pe- 11. Sob esta praaa, que incita as nações à suerra 7
la guerra, e pela diplomacia. - Revista Americana das Revistas
novembro, 1912. '
"E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso pro-
Há ma_is de um século, Napoleão, quando prisioneiro em Sta. He- feta vi sair tri1 espíritos imu•dos, semelhantes a rãs. Porque são espi-
l~n_a, exphcou que se fosse ainda imperador da França, não permi- ritos de demô•ios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro doa
tiria que Alexandre, Czar da Rússia, se apossasse de Constantino- reis de todo o mundo, para os co•gregar para a batall,a, .aq.el• ,lia
pla, "prevendo a quebra do equilíbrio europeu." do Deus todo-pod•roso." Apoo. 16:13 e 14.
Depois da Segunda Guerra Mundial permanecia ainda o velho
problema - o do controle da internacionalização do Bósforo. 12. Por eaae tempo, que evento estará próximo?

9. Qual é a predição divina quanto ao futuro e queda final "Eis que pe•l,o como lodríio. Bem-aventurado aquele que vigia, e
do reino do Norte? guarda os seu, vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as 1ua1
vergonhas." Apoc. 16:15.
"E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o mont•
santo e glorioso; mas virá o seu fim, e não haverá quem o socorra." 13. Em que luaar serão aa naçõea conaregadas para a batalha?
Dan. 11:45.
"E os congregaram no lugar que em hebreu ae chama Armagedom."
Muitos_ estudantes d_a Bíblia crêem que o lugar indicado está Apoc. 16 :16.
na_ Palestma, , e qu_e ah a Turquia tomará sua última posição e
afinal chegara o frm, em cumprimento dessa passagem não mui- Na Palestina, no "vale de J osafá" (Joel 3 :12) , no "vale de J ez-
to tempo antes da vinda de Cristo. ' reel" (Osé. 1:6), no "Armagedom" (Apoc. 16:16). Esses lugares,
considerados em conjunto, parecem indicar que toda a Palestina
1 O. Sob qual das sete últimas pragas secar-se-ão as águas do será envolvida. No secular lugar de encontro · da História, os "reis
Eufrates (Turquia), e para que propósito? de todo o mundo" se reunirão para "a batalha, naquele grande dia
do Deus todo-poderoso." Apoc. 16: 14.
"E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e
a sua água secou-se, para que se preparasse O caminho dos reis do 14. Quando o rei do Norte cheaar ao aeu fim, aepndo a pro-
Oriente." Apoc. 16 :12.
fecia, que ocorrerá 7
Há anos o processo ~o secamento do Império Turco está-se efe- "E naquele tempo Se leva•tará Miguel, o grat1de Príncipe, que se
tuando, como pode ser vr.sto pelo seguinte: _
levanta pelos filhos do teu povo, e /,aperá um tempo de a•gústia, qual
. , (~) Em ~ 78~. a '.furq~ia foi obrigada a entregar à Rússia o ter- r1ur1ca /,ouve, desde que l,ouJ/e •afÕO até àquele tempo; mas •aquele
ntono da Cnmera, mclumdo todas as terras a leste do Mar Cáspio. tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no li-
i
(2) 1829 a Grécia se tornou independente. vro." Dan. 12:1.
(3) Em 1830 a Argélia foi ocupada pela França. A expressão "se levantará" ocorre oito vezes nesta serre de pro-
l
1
fecias (Daniel 11 e 12), e sempre no sentido de reinar. Ver Dan.
9
258 ESTUDOS BJBLICOS

11 :2, 3, 4, 7, 14, 20 e 21; 12 :1. Miguel é Cristo, como se poderá


ver comparando Judas 9, I Tess. 4:16, e S. João 5 :25. Quando o
império turco se extinguir, terá chegado o tempo de Cristo receber
o Seu reino (S. Luc. 19:11-15), e começar a reinar. Essa grande mu- As Sete últimas Pragas
dança será anunciada pela queda, não somente da Turquia, mas
de todas as nações (Apoc. 11 :15); pelo tempo de tribulação aqui
mencionado; pelas ,sete últimas pragas descritas em Apocalipse 16,
e pelo livramento de todo o povo de Deus - aqueles cujo nome está 1. Qual é a final advertência divina contra o falso culto?
escrito no livro da vida (Apoc. 3:5; 20 :12) - o que mostra es-
tarem no passado a tribulação e o juízo investigativo. (Ver pág. "Se alguém adorar a besta, e sua imagem, e receber o sinal na sua
205. ) testa , ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus
qtte se deitou, não mistllrado, no cálice da Sua ira: e será atormenta-
15. Que ocorrerá nessa ocasião? do com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro."
Apoc. 14:9 e 10.
"E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a
vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno." Dan. 12 :2. Du rante o tempo de provação a ira de Deus é sempre temperada
ou mistu rada, com misericórdia. Assim o profeta Habacuque ora;
Quando Cristo r essuscitou houve uma ressurreição especial, res- "Na ira lembra-Te d a misericórdia." Hab. 3 :2. A ira de Deus sem
suscitando dos mor tos muitos dos santos, sendo vistos de muitos, .s er acompanhada de misericórdia só é derram ada quando a mise-
e foram levados ao Céu com Cristo à Sua ascensão. S. Mat. 27:52 ricórdi a houver cumprido sua obra, e o mal atin gido o limite não
e 53 ; Efés. 4: 8. Assim também, antecedendo a ,s egunda vinda de h avendo mais r emédio. V er Gên. 6 :3; 15 :16; 19:12 e 13; II Crôn.
Cristo e à ressurreição geral dos justos, muitos dos santos que dor- 36: 16 ; S. Mat . 23: 37 e 38; S. Luc. 19 :42-44; II S. Ped. 2:6; S.
mem, e alguns do s maiores pecadores ( os que O " traspassaram," Jud. 7.·
Apoc. 1 :7), ao que parece, ressurgirão para testemunhar a Sua
vinda, e ouvir o concerto de paz de Deus com Seu povo. 2. Em que é consumada a ira de Deus?
Esta série de profecias, portanto, nos leva à ressurreição dos
justos, que ocor r erá por ocasião do segundo advento. "E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos , que tinham
as set e últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus." Apoc.
16. Que falsa mensagem será proclamada antes de sobrevir a IS :1.
destruição aos que não estão preparados para a vinda e o reino
de Cristo? 3. Como descreve Joel o dia do Senhor?

"Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá "Ah I aquele dia! porque o dia do Senhor está perto, e virá como
como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e seguran• uma assolação do Todo-poderoso." "Porque o dia do Senhor é gran-
ça; então /1,es sobrevirá repentina destruição, . . . e de modo nenhum de e mui terrível , e quem o poderá sofrer?" Joel 1:15; 2:11.
escaparão," I Tess. S :2 e 3.
4. Que disse Daniel, desse tempo?

"E ~aver~ ?m tempo de angústia, qual nunca houve, desde que hou-
ve naçao ate aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu po-
vo , t odo aquele que se achar escrito no livro." Dan, 12:1. Ver Ezeq
7 :15-19. . .

. , As se~e últ imas pr agas ser ão as mais t erríveis cal amidades que
Ja sobrevieram aos homens. Como Acabe acusou Elias de ser o cau-
sante das calamidades de I srael (I Reis 18 :17 e 18 ) assim no
t empo de tribulação, os ímpios e os que se separaram ' do Se~hor
enfurecer-se-ão contra os justos, acusá-los-ão de serem os ca usantes
(259)
260 ESTUDOS BIBLICOS AS SETE úLTIMAS PRAGAS 261

das pragas, e procurarão destruí-los como f ez Hamã com os ju- "E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram
deus. Ver Ester 3:8-14. Mas Deus maravilhosamente livrará o o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arref>e•-
Seu povo nesse tempo, como o fez então. deram para Lhe darem glória." Apoc. 16 :9.

5. Qual será a primeira praga, e sobre quem cairá? 11. Que será a quinta pra~a?

"E fo.i o primeiro, e derramou a sua salva sobre a terra, e fez-se uma "E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o
chaga má e maligna nos homll#s que tinham o sinal da besta e que seu rei•o se fe:1 tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor."
adoravam a sua imagem." Apoc. 16:2. Apoc. 16 :10.
Esta praga fere a própria sede da grande apostasia dos últimos
6. Que constituirá a segunda praga? dias, o papado. Assemelhar-se-á sem dúvida à praga idêntica no
Egito, que era uma escuridão que podia "~er sentida." :txo. 10 :21
"E o segundo anjo derramou a sua salva •o mar, que se ton,ou em a 23. Por essa praga o despotismo iníquo, arrogante e apóstata
sangue como de um morto, e morreu •o mar toda a alma vivente." que se diz possuir toda a verdade, e a luz do mundo, é amortalha-
Apoc. 16:3. do nas trevas da meia-noite.
7. Que será a terceira praga? 12. Que ocorre sob a sexta praga?
"B o terceiro anjo derramou a sua taça •os rios e •as fo•tes das "E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates;
águas, e se tor•aram em sa•gue." Apoc. 16:4. e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do
Oriente." Apoc. 16:12.
A segunda praga atinge o mar. A t erceira praga se aproxima
das habitações humanas, e atinge a terra. As fontes das águas Isto, ·compreendemos, se refere à extinção do Império Turco pe-
são contaminadas. las grandes potências do mundo, como passo preparatório para a
batalha do Armagedom.
8. Por que, neaaas pragas, o Senhor dá ai,a homens sangue a
beber? 13. Que congreira as nações para a batalha do Armagedom?

"Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, tam- "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta
bém Tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores." vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíri-
Apoc. 16:6. tos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos
reis de todo o mundo, para os conJ!regar para a batalha, naquele gran-
Nisto é revelada a aversão de Deus à opressão e perseguição. As de dia do Deus todo-poderoso. . . . E os conJ!regaram no lugar que em
pragas constituem a reprovação de Deus contra tremendas for- he,breu se chama Armagedom." Apoc. 16 :13-16.
mas de pecado. Esta passagem revela ser o espírito de Satanás que incita os ho-
mens para a guerra, e explica porque as grandes nações do mun-
9. Que constituirá a quarta praga? do fazem tais preparativoe para a luta. O dragão representa o
"E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e foi-lhe permi- paganismo; a besta, o papado; e o falso profeta, o protestantismo
tido que abrasasse os homens com fogo ." Apoc. 16 :8. Ver Joel 1 :16-20. apostatado - as três grandes apostasias religiosas desde os tem-
pos do dilúvio. Ver a nota à pág. 255.
O culto ao Sol é a mais antiga e mais generalizada de todas as
formas de idolatria. Nessa praga Deus manifesta Sua desaprova- 14. Neste tempo, que evento estará iminente?
ção por essa forma de idolatria. Aquilo que fora adorado como
deus se torna em praga e tormento. Assim foi nas pragas do E gi- ''Eis qlle venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e
to. O que os egípcios haviam adorado se tornou então em fla gelo guarda os seus vestidos , para que não ande nu , e não se vejam as suas
em vez de proveito e bênçãos. vergonhas." Apoc. 16 :15.

1 O. Arrepender-se-ão os homens à vista de tão terrível juízo? 15. Que ocorrerá ao ser derramada a sétima praga?
262 ESTUDOS BIBLICOS AS SETE úLTIMAS PRAGAS 263
"E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, . . . E houve vozes e 20. Que fome virá a esse tempo aos que rejeitarem as mensa-
trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha ha- gens divinas de misericórdia?
vido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande ter-
remoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das "Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome so-
nações caíram." Apoc. 16 :17-19. bre a Terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ottvir as pa-
lavras do Senhor. E irão vagabundos de um mar até outro mar, e do
16. Que acompanha o terremoto? Norte até ao Oriente : correrão por toda a parte, buscando a Palavra
do Senhor, e não a acharão." Amós 8:11 e 12. Ver S. Luc. 13 :25; Prov.
"E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras de peso 1 :24-26; Heb. 12 :15-7.
de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da pra-
ga da saraiva: porque a sua praga era mui grande." Apoc. 16 :21. Ver 21. Que anúncio é feito por ocasião do derramamento da sé-
Jó 38:22 e 23; Sal. 7:11-13. tima praga?

17. Que será o Senhor para o Seu povo a esse tempo? "E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do
templo do Céu, do trono, dizendo: Está feito." Apoc. 16 :17.
"E o Senhor bramará de Sião, e dará a Sua voz de Jerusalém, e os
céus e a Terra tremerão; mas o Senhor será o refúl!io do Sett povo, Deus criou o homem para abençoá-lo. Gên. 1 :28. Quando Suas
e a fortaleza dos filhos de Israel." Joel 3:16. Ver Jer. 25:30 e 31; bênçãos são vilipendiadas, E le as retira, para ensinar aos homens
Ageu 2 :21; Heb. 12 :26; Sal. 91 :5-10. sua fonte e seu uso conveniente. Ageu 1 :7-11. Juízos são enviados
para que os homens aprendam a justiça. Isa. 25 :9; I Reis 17 :1. O
"Para preparar Seu povo e o mundo para esses tremendos juízos, fato de os homens não se arrependerem quando castigados, não é
o Senhor, como nos dias de Noé, envia uma mensagem de adver- evidência de que Deus tenha deixado de ser misericordioso e per-
tência, a toda naçãd, tribo, língua, e povo." Ver Apoc. 14:6-10. doador. Demonstram eles simplesmente haver determinado o pró-
prio destino, e que mesmo os mais severos juízos de Deus não leva-
18. Justamente antes de serem derramadas as pragas, que rão os ímpios e impenitentes ao arrependimento.
convite dirige Deus a Seu povo que ainda está em Babilônia·?
22. Justamente antes da segunda vinda de Cristo, que solene
"E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo M e11, para qtte decreto aerá expedido, o qual indicará que os caaoa de todos já
não sejas participante dos seus pecados, e para q11e não incorras nas foram decididos?
suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e
Deus Se lembrou das iniqüidades dela." Apoc. 18:4 e 5. Ver Gên. "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ain-
19:12-17; Jer. 51:6; e pág. 211. da; e quem é j~to, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santifi-
cado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, pa-
A infinita misericórdia de Deus é revelada nas mensagens de ra dar a cada um segundo a sua obra." Apoc. 22 :11 e 12.
advertência e admoestação que lhes manda. Embora Seu povo pro-
fesso se tenha dEle apartado e a geral apostasia tenha arruinado Apoc. 15 :8 mostra que homem algum pode entrar no templo, no
grandemente a Igreja Cristã, Ele reconhece que em todas as orga- Céu, enquanto estão sendo derramadas as pragas. Cessa toda a me-
nizações ainda há homens e mulheres sinceros que deploram a apos- diação em favor dos pecadores. Apoc. 16:11 mostra que não há
tasia prevalecente. A esses que amam a verdade Deus chama Seu mais arrependimento depois de terminar o tempo da graça. O der-
povo, e os convida para se separarem do pecado e das associações ramamento das pragas é o princípio do juízo de Deus contra os
pecaminosas, para que não sejam participantes do juízo que cairá ímpios. (Ver Apoc. 18:7 e 8; 16:5 e 6.) As pragas são derra-
sobre os ímpios. madas sem mistura de misericórdia. (Ver Apoc. 14:10.) São a
expressão da justiça de Deus. (Apoc. 16 :5-7.)
19. De que maneira inesperada cairão as pragas sobre a mo-
derna Babilônia? 23. Que salmos parecem haver sido escritos especialmente para
conforto e animação do povo de Deus durante o tempo das sete
"Portanto, n111n dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a últimas pragas?
fome ; e será queimada no fogo ; porque é forte o Senhor Deus que a
julga, .. . pois numa hora veio o seu juízo." Apoc. 18:8-10. Salmo 91 e 46. Ver também Isa. 33:13-17.
A CONSUMAÇAO DO MISTtRIO DE DEUS 265

"E ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como
o mel." Apoc. 10:9, últ. parte.
A Consumação do Mistério de Deus
7. Que diz o apóatolo de aua experiência neate a11unto?

"E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era


1. Em seguida à deacrição da 1exta trombeta, que viu S. João 7 doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo."
Apoc. 10 :10.
"E vi outro a.jo forte, que descia do céu, veatido de uma nuvem; De modo frisante ~ aqui predita a exper1encia dos que procla-
e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era co-
mo o Sol." Apoc. 10:1. ram a mensagem do advento e da hora do juízo de 1843-44. Jubilo-
sos na esperança de que Cristo viesse então, como os primeiros dis-
cípulos em relação ao Seu primeiro advento ( S. Luc. 24 :21; Atos
2. Que tinha ele na mão? 1:6 e 7), foram amargamente desapontados, e acharam que havia
ainda uma obra a ser por eles feita, como aconteceu com os primi-
"E tinha na sua mão um livrinho aberto ." Apoc. 10:2. tivos discípulos depois da crucifixão, ressurreição e ascensão de
Cristo.
O livro de Daniel, que devia ser "selado," ou fechado, até ao tem-
po do fim, é sem dúvida aqui mencionado. Ver Dan. 12:4 e 9.
8. Que palavra, do anjo a S. J~o mostram que tanto o tempo
literal com o de prova deveria · continuar por algum tempo ainda,
3. Que 1olene anúncio fez e11e anjo 7 e que Deu, tinha ainda outra mensagem para o mundo 7
"E o anjo que vi ..• levantou a sua mão ao céu, e jurou por Aquele "E ele disse-me: Importa que jrofetises outra ves a muitos povos,
que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, ... Apoc. 10:11.
e · nações, e línguas e reia."
que •Õo haveria mais demora." Apoc. 10 :S e 6.
A mensagem de ApocP.lipse 10:11 é a mesma de Apoc. 14:6 e 7; e
Não tempo literal nem tempo de prova, mas tempo profético. O a mensagem posterfa;1r de Apoc. 14 :8-12 vem em resposta à ordem:
periodo dos 2.300 dias, que termina em 1844, deve ser o aqui referido. "Importa que profetizes outra vez," de Apoc. 10 :11. Todas elas,
Ver pág. 190. Nenhum período profético da Bíblia vai além de'3se. porém, são mensagens dos últimos dias, -e indicam que o fim de
todas as coisas está próximo.
4. Nos diaa da voz do ,~timo anjo, que di11e o anjo deveria
aer cumprido 7

"Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta,
se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, Seus ser-
vos." Apoc. 10:7.

O segredo ou mistério de Deus é o evangelho. Efés. 3 :1-6; Gál.


1:11 e 12. O evangelho, então, deverá ser consumado quando soar
a sétima trombeta.

5. Que foi dito a S. João que fize11e com o livrinho 7

"Vai, e toma o livrinho aberto na mão do anjo . . . Toma-o e co-


me-o." Apoc. 10:8 e 9.

6. Qual deveria aer o resultado de comer o livrinho?


(264)
A GRANDE PROFECIA DE NOSSO SENHOR 267

certo ponto, portanto, as descrições dos dois grandes eventos pare-


cem entremeadas. Quando Cristo Se referiu à destruição de Jeru-
A Grande Profecia de Nosso Senhor salém, Suas palavras proféticas foram além daquele evento até à
final conflagração, quando o Senhor sairá do Seu lugar "para cas-
tigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade," e
quando a Terra "descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais
•• 1. Como ~e. senti';' _Cri!to _para com Jerusalém, quando Se di- aqueles que foram mortos." Isa. 26 :21. Assim todo o discurso não
r1g1a para a ultima visita a cidade, antes de Sua crucifixão? foi dirigido aos primeiros discípulos somente, mas àqueles que
viveriam durante as cenas finais da história do mundo. No dis-
;·E, quando ia chegando, v,endo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: curso, Cristo deu, contudo, sinais definidos, tanto da destruição
Ah· se tu conhecesses tambem, ao menos neste teu dia O que à tua de Jerusalém como de Sua segunda vinda.
paz pertence I mas agora isto está encoberto aos teus oÍhos " S Luc
19 :41 e 42. · · · 6. Em Sua reaposta, como indicou Criato que nem o fim do
mundo nem o da nação judaica se deveria seguir imediatamente?
2. Em que palavras prediue Ele a sua destruição?
"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-Pos, que nir,guém vos
· "Porque
h · dias virão
. . sobre
• ti, em que os teus ·,n·,m,·dos
,. te cercarao
• d~ engane; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Eu sou o Cris-
trm~ e,r_as, e !e s1ttarao, e te estreitarão de todas as bandas: e te to; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guer-
de~r,b~rao, a . ~· e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não ras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça,
de,xarao .e.m !' pedra sobre pedra, pois que não conheceste O tempo mas ainda não é o fim." S. Mat. 24 :4-6.
da tua v1s1taçao." S. Luc. 19 :43 e 44.

3. Que comovedor apelo dirigiu Ele à cidade impenitente? 7. Que dine Ele das guerras, fomes, pestilências e terremotos
que deveriam preceder estes eventos?
"~erusal~m, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas 08 que
te sa? env,~dos ! quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos , como "Mas todas estas coisas são o principio de dores." S. Mat. 24:8.
ªs gMahnha ~Junta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!" Estas deveriam preceder e culminar na grande calamidade e
. at. 23.37.
derrocada, primeiro de Jerusalém, e finalmente do todo o mundo;
4. Ao deixar o templo, que disse Ele? pois, como já se observou, a profecia tem dupla aplicação, primei-
ro a Jerusalém, e à nação judaica, e segundo, a todo o mundo; a
"Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta." S. Mat. 23 :38. destruição de Jerusalém por sua rejeição de Cristo em Seu pri-
meiro advento é um tipo da destruição do mundo no final, por
O gu_e _?everia ~ncher sua taça de iniqüidade era a rejeição final ter rejeitado a Cristo, recusando ouvir a última mensagem de ad-
j cruc1f1xao dE;_ Cristo, e a condenação e perseguição de Seus apósto~ vertência enviada por Deus para preparar o mundo para o segun-
os e povo apos Sua ressurreição. Ver S Mat 23 ·29-35 · S João do' advento de Cristo.
19:15; Atos 4-8. · · · ' ·
8. Em que linguagem descreveu Cristo resumidamente as expe-
pul:.·? Ao ouvirem estas palavras, que perguntas fizeram os discí- riências de Seu povo antes desta, calamidades?

"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-


"Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da Tua ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do Meu nome. Nes-
vinda e do fim do mundo?" S. Mat. 24 :3. se tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros,
e uns aos outros se aborrecerão, e surgirão muitos falsos profetas, e
_As respostas de Cristo a estas perguntas são merecedoras do enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de mui-
mais ac~rado est~do: A destruição de Jerusalém e a conseqüente tos esfriará." S. Mat. 24 :9-12.
subversao _da naçao Judaica são um símbolo da final destruição de
todas as cidades do mundo e da derrocada de todas as nações. Até 9. Quem será ,alvo?
(266)
"Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." S. Mat. 24 :13.
268 ESTUDOS BIBLICOS A GRANDE PROFECIA DE NOSSO SENHOR 269

10. Quando, diue Cristo, viria o fim? 13. Quando o sinal apareceaae, quão presto deveriam fasir?

"E este evangelho do reir,o será pregado em todo o mur,do, em tes- "B quem eativer sobre o telhádo não desça a tirar alguma coisa
temur,l,o a todas as ger,tes, e er,tão virá o fim." S. Mat. 24:14. de sua casa; e quem estiver no campo não volte atrás a bu1car os
seus ve1tido1." S. Mat, 24:17 e 18.
No ano 60 A. D., Paulo levou o evangelho a Roma, então a ca-
pital do mundo. Em 64 A. D., escreveu ele aos santos da "casa de 14. Além de diaer aoa discípulos quando deveriam fugir, como
César" (Filip. 4:22); e no mesmo ano diz ele que o evangelho fora manifestou Cristo ainda Sua solicitude e terno cuidado por eles?
"pregado a toda criatura que há debaixo do céu." Col. 1 :23. Pouco
tempo depois (outubro de 66 A. D.,) os romanos começaram seus "E orai para que a vo11a fuga não aconteça no ir,r,en,o nem no sá-
ataques contra Jerusalém; e três e meio anos mais tarde ocorreu a bado." S. Mat. 24:20.
destruição da cidade e da nação judaica no notável cerco de cinco
meses sob a chefia de Tito, na primavera e no verão de 70 A. D. O inverno ,s eria um tempo penoso para a fuga, cheio de descon-
Assim foi quanto ao fim da nação judaica; e assim será no fim forto e durezas; e uma tentativa para fugir no sábado seria por
do mundo como um todo. Quando o evangelho, ou as boas-novas, certo bem difícil, tão errôneas e farisaicas eram as noções dos ju-
da segunda vinda de Cristo forem pregadas em todo o mundo em deus com respeito ao verdadeiro caráter e objetivo do sábado. Ver
testemunho a todas as nações, o fim do mundo - de todas as nações S. Mat. 12:1-14.; S. Luc. 13:14-17; S. Mar. 1:32; 2:23-28; S. João
- virá. Como o fim da nação judaica veio com opressiva destruição, 5:10-18.
assim será no fim do mundo. Ver os estudos às págs. 253 e 259. As orações dos seguidores de Cristo foram ouvidas. O.s aconteci-
mentos foram tão bem dirigidos que nem os judeus nem os roma-
11. Que sinal mencionou Cristo por que oa discípulos pode- nos embaraçaram a fuga dos cristãos. Ao retirar-se Cé1tio, os ju-
riam saber quando estivesse próxima a destruição de Jerusalém? deus saíram em perseguição do seu exército, e os cristãos tiveram
assim oportunidade de abandonar a cidade. O campo também es-
"Mali quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que tava livre de inimigos que os pudesse impedir. Por ocasião da-
é chegada a sua desolação." S. Luc. 21 :20. quele cerco, os judeus estavam reunidos em Jerusalém para cele-
brar a Festa dos Tabernáculos, e assim os cristãos da Judéia pu-
12. Quando viaaem eue sinal, que deveriam os discípulos fazer? deram fugir sem serem molestados, e no outono, o tempo mais
agradável para a fuga.
"Quando PC?is vir~es que a abominação da desolação, de que falou
o profeta Dame), esta no lugar santo; quem lê, atenda• então os que 15. Que p~bante experiência prediaae Cristo então?
estiverem na Judéia, fujam para os mor,tes." S. Mat. 24:15 e' 16.
"Porque harÍnó ••tão grade aflisão, como nunca houve desde o
Em outubro de 66 da era cristã, quando Céstio atacou a cidade princípio do munde até agora, nem tão pouco há de haver." S. Mat.
mas por motivo ignorado retirou rapidamente o seu exército os cris~ 24:21.
tãos viram nisso o. sinal preditd por Cristo, e fugiram. Apó~ o recuo
~e ~éstio, diz J ?sefo. em suas "Guerras Judaicas," capítulo 20, que No parágrafo 4 de seu prefácio às "Guerras Judaicas," Josefo,
~Ultos dos ·mais emu;entes dos hebreus fugiram da cidade como se referindo-se à destruição de Jerusalém, diz: "As desgraças .. de to-
sa1ssem de um navio prestes a submergir." É fato notável que no dos os homens, desde o princípio do mundo, .se comparadas às dos
terrível cerco ocorrido três e meio anos mais tarde sob o comando judeus, não são tão terríveis." Nesta tremenda calamidade, a pro-
de Tito, nem um cristão sequer, quanto se saiba perdeu a vida fecia de Moisés relatada em Deut. 28 :47-53, cumpriu-se literal-
enquanto 1.100.000 judeus se afirma terem perecido. Temos aqui mente. Disse ele: "E comerás o fruto do teu ventre, a carne de
uma lição muito incisiva do valor e importânéia de estudar as pro- teus filhos e de tuas filhas, • . . no cerco e no aperto com que os
fecias e· crer nelas, e dar ouvidos aos sinais dos tempos. Os que cre- teus inimigos te apertarão." Para se ter um relatório do éumpri-
ram no que Cristo disse, e observaram o sinal que Ele havia predito, mento destas palavras, ver "Guerras Judaicas," livro 6, cap. 3,
par. 4.
foram salvos, enquanto os incrédulos .pereceram. Assim será no fim
do mundo. Os vigilantes e crentes serão libertos, enquanto os des- À destruição de Jerusalém se seguiu a perseguição dos primei-
cuidosoà e incrédulos serão apànhados de surpre'iia. _V er S. Mat. ros cristãos sob os imperadores pagãos durante os primeiros três
24:36-44; S. Luc. 21:34-36; I Tess·. 5 :1-6. séculos da era cristã, começando com Diocleciano em 303 A. D. e
270 ESTUDOS BIBLICOS A GRANDE PROFECIA DE NOSSO SENHOR 271

continuando por dez anos (Apoc. 2:10), sendo esta a mais tenaz A perseguição papal cessou quase completamente no terceiro
e intensa perseguição do povo de Deus que o mundo até então t es- quartel do décimo oitavo século.
temunhara. Segue a esta a perseguição ainda maior e mais terrí-
vel dos santos durante os longos anos da supremacia papal, predi- 21. Quando ocorreu um fenomenal escurecimento do Sol?
ta em Dan. 7: 25 e Apoc. 12: 6. Todas estas tribulações ocorreram
sob Roma pagã ou papal. Em 19 de maio de 1780.

16. Por amor de quem, diaae Cristo, deveria o período de per- O dia 19 de maio de 1780 é conhecido na História como "o dia
seguição ser ·abreviado? escuro." Nesse dia, em larga extensão do Novo Mundo, para a
qual todos os olhos então se voltavam, ocorreu, ao meio-dia, uma
"E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se sal- fenomenal escuridão. "Acenderam-se luzes em muitas casas. Os
varia; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias." pássaros silenciaram, e desapareceram. As galinhas se retiraram
S. Mat. 24 :22. para os poleiros." Em harmonia com a impressão que Deus cla-
ramente predissera seria produzida pelo sinal, muitos pensaram
Por influência da Reforma do décimo sexto século, e os movimen- houvesse chegado o dia do juízo." Ver o estudo seguinte.
t.os que dela surgiram, o poder do papado para dar força aos seus
decretos contra os que pronunciava hereges foi gradualmente dimi- 22. Quando recusou a Lua dar a sua luz?
nuindo, até que a perseguição cessou quase completamente pela se-
gunda metade do século décimo oitavo antes de terminarem os Na noite seguinte ao escurecimento do Sol, 19 de maio de 1780.
1260 anos.
Embora a Lua fosse cheia na noite anterior, a escuridão dessa
noite foi tão intensa que por algum tempo nenhum corpo luminoso
17. Contra que enganos nos admoesta Criato? apareceu no céu, e uma folha de papel branco segurada a poucos
"Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, centímetros de distância dos olhos não poderia ser vista. Ver o
não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, estudo .seguinte.
e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam
até os escolhidos." S. Mat. 24:23 e 24. 23. Que sinal deveria seguir ao escurecimento do Sol e da Lua?

"E as estrelas cairão do céu." S. Mat. 24:29.


18. Respondendo à pergunta de qual seria o sinal de Sua vin-
da e do fim do mundo, que diaae Cristo? 24. Quando caíram as estrelas, conforme é aqui predito?
"E haverá sinais no Sol e na Lua e nas estrelas; e na Terra angústia
das nações, em perple3'idade pelo bramido do mar e das ondas; ho• Na manhã de 13 de novembro de 1833, deu-se à mais admirável
mens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão exibição de estrelas cadentes que o mundo viu. O célebre astrôno-
ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão abaladas." S. Luc. 21 : mo e meteorologista, Prof. Olmsted, da universidade de Yale. diz :
25 e 26. "Os que tiveram a sorte de presenciar a queda de estrelas ocor-
rida na manhã de 13 de novembro de 1833, viram provavelmen-
19. Quando deveriam aparecer os primeiros deaaes sinais, e te a maior manifestação de 'fogos de artificio' celeste que haja
quais seriam eles? sido presenciada desde a criação do mundo, ou pelo menos, que se
encontre nos anais da História. . . . A extensão da chuva foi tal
"E logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá; e a Lua que cobriu uma parte considerável da superfície terrestre." E,
não dará a sua luz e as estrelas cairão do céu." S. Mat. 24 :29. como o escureciment.o do Sol e da Lua, foi considerado por muitos
que o presenciaram "como prenúncio da vinda do Filho do homem."
20. Como é isto expresso por S. Marcos?
25. Quais seriam na Terra os sinais da vinda de Cristo?
"Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o Sol se escurecerá, e
a Lua não dará a sua luz. E as ·estrelas cairão do céu, e as forças "E na Terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do
que estão nos céus serão abaladas." S. Mar, 13 :24 e 25. mar e das ondas; homens desmaiando d• tnror, na expectação das
272 ESTUDOS BIBLICOS A GRANDE PROFECIA DE NOSSO SENHOR 273

coisaa que eobrevirão ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão "Porém daquele dia e hora 11i11guém sobe, nem 01 anjos do Céu,
abaladas." S. Luc. 21 :25 e 26. nem o Filho, mas ur,icome11t, Meu Pai." S. Mat. 24:36.

Este é um quadro exato do estado de coisas no mundo atual. 32. Qual diHe Cristo ser a condição moral do mundo preci-
Em face da avidez de ganho, ilegalidade, licenciosidade, violência samente antes de Seu advento?
crescente, luta entre o capital e o trabalho, complicações interna-
cionais e preparativos bélicos, as nações estão perplexas, e o cora- "E como foi nos dias de Noé, assim será também e vinda do Filho
ção dos homens treme de temor ao enfrentarem o futuro. Os ele- do h~mem. Porquanto assim como, nos dias anteriores ao dilúvio ,
mentos também estão revoltados, vendo-se isso nos grandes terre- comiam bebiam casava~ e davam-se em cosome11to, até ao dia em que
motos e tempestades em terra e mar. Noé entrou na ~rca, e não o perceberem, até que veio o dilúvio, e os le•
vou a todos - assim será também a vinda do Filho do homem." S.
26. Qual diue Cristo, seria o grande evento aeiruinte? Met.
;
24 :37-39.

"E então verão vir o Filho do homem •uma 11uvem, com poder e 33. Viato não sabermos o dia exato da vinda de Cristo, que
grande glória." S. Luc. 21 :27. Ver S. Mat. 24 :30. importante advertência nos é feita?

27. Que diue Cristo deveria Seu povo fazer quando estas coi- "Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do ho-
sas começauem a acontecer? mem há de vir à hora em que não penseis." S. Met. 24 :44.

"Ora, quando estes coisas começarem a acontecer, · olhai para cimo e 34. Qual será a experiência dos que ·d izem no coração que o
levor,toi os vossos cabeças, porque a vossa redenção está próxima." Senhor tardará?
S. Luc. 21 :28.
"Porém, se aquele servo meu disser consigo: O meu Senhor tarde
28. Quando à figueira brotam folhas, que podemos saber? virá ; e começar e espancar os seus conservos, e e beber com os te-
mulentos, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera,
"Aprendei pois este parábola de figueira: Quando já os seus re- e à hora em que ele não sebe. E separá-lo-á, e destinará a sua parte
mos 1e tomem tenros e brotam folhes, sabeis que está pró:rimo o ve- com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes ." S. Mat. 24:48-51.
rão." S. Mat. 24 :32.

29. Que pode também com igual certeza ser sabido quando
estes sinais forem vistos 7

'1guelmente, quando virdes todaa esta, coisas, sabei que Ele está
próximo às portes." S. Mat. 24:33. Assim também vós, quando vir•
des acontecer estes coisas, sabei que o rei110 de Deus e:rtá perto."
S. Luc. 21 :31.

30. Que diue Cristo da certeza desta profecia?

"Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas
estas coisa, aconteçam. O eéu e a Terra paHerão, mas as Minhas pa-
lavras não hão de passar." S. Mat. 24:34 e 35.

Todo que conhece a Hist6ria sabe que o que Cristo predisse con-
cernente à destruição de Jerusalém se cumpriu ao pé da letra. Igual-
mente podemos assegurar que as predições de Cristo referentes ao
fim do mundo se cumprirão certa e literalmente.

31. Quem somente 1abe o dia exato da vinda de Cristo?


SINAIS DOS TEMPOS 275

7. Quais, segundo o relato de S. Mate us, disse Cristo iriam ser


os sinais no Sol, na Lua e nas estrelas?
Sinais dos Tempos "E, logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá, e a Lua
não dará a sua lus, e as estrelas cairão do céu." S. Mat. 24 :29.

8. Em que linguagem alguns profetas do Velho Testamento


1. Por que reprovou Cristo os fariseus e saduceus? já haviam predito easea sinais?

"Hipócritas sabeis diferençar a face do céu, e não conheceis os sinais "E mostrarei prodígios no céu, e na Terra, sangue e fogo, e colunas
dos tempos?" S. Mat. 16:3. de fumo. O Sol se converterá em trevas e a Lua em sangue, antes que
venha o grande e terrível dia do Senhor." Joel 2:30 e 31. "0 Sol e
2. Que sinal foi predito pelo profeta Isaías pelo qual Cristo a Lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplandor." Joel
quando de Seu primeiro advento, poderia ser conhecido como ; 3 :15. Porque as estrelas dos céus e os astros, não deixarão brilhar
Messias? a sua lus; o Sol se escurecerá ao nascer, e a Lua não fará resplan-
decer a sua luz." Isa. 13:10. "Farei que o Sol se ponha ao meio-dia,
"Porquanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma vir- e a Terra se entenebreça em dia de lus." Amós 8:9.
f!e m conceberá, e dará à luz um Filho, e s erá o Se11 nome Eman,iel"
Isa. 7 :14. Para o cumprimento, ver S. Mat. 1 :22 e 23. · 9. Quando ae escureceram o Sol e a Lua?

3. Onde disse o profeta que Cristo nasceria? A 19 de maio de 1780.

"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá "O dia 19 de maio de 1780, foi um dia notavelmente escuro. Acen-
de_ ti Me sairá O que será Senhor em Israel." Miq. 5 :2. Para o cum~ deram-se luzes em muitas casas. Os pássaros deixaram de cantar e
primento, ver S. Mat. 2:1. desapareceram. As aves retiraram-se para seus poleiros. Todos
acreditavam que havia chegado o dia do juízo. A Câmara de Con-
4. Que profeta predisse a entrada triunfal de Cristo em Jeruaa- necticut teve que suspender a sessão em Hartford, impossibilitada
lém? de tratar de seus negócios." - Presidente Dwight, em Connecticut
Historical Collections.
"Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerust1lém · eis "Em alguns lugares foi impossível, durante várias hor as, lerem-
que .º teu rei virá a ti , justo e Salvador, pobre, e montado s~bre se ao ar livre simples caracteres impressos. Os pássaros entoavam
u11! Jumento, sobre ttm asninho , filho de j11111 enta." Zac. 9 :9 Para cum- as suas canções noturnas, desapareciam e ficavam silenciosos; as
primento, ver S. Mat. 21 :4 e 5. aves domésticas buscavam os seus poleiros e o gado, a estrebaria;
nas casas acendiam-se as luzes. O escurecimento começou por vol-
5. Que pergunta concernente a Sua segunda vinda fizeram a ta das dez horas da manhã e durou até à meia-noite, mas com in-
Cristo os diacípulos? tensidade e duração diversa em vários lugares . . . . A verdadeira
causa deste notável fenômeno é desconhecida." - Dicionário de
"E ~st~ndo assentado .no monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os W ebster, edição de 1869.
Se~s d1sc1pulos. em partt,cular, dizendo: Dize-nos quando serão essas Diz Her,schel, o grande astrônomo inglês: "O dia escuro da
coisas, e que sinal havera da Tua vinda e do fim do mundo?" S Mat América do Norte foi um dos mais extraordinários fenômenos da
24:3. . . .
Natureza, que será sempre lido com interesse, mas a Ciência é
incapaz de explicar."
6. Como, segundo S. Lucas, respondeu Cristo a esta pergunta? "Que o dia escuro de 19 de maio de 1780 não foi o resultado de
um eclipse, é fácil estabelecer pela posição que respectivamente
. "E haverq sinais no Sol e na Lua e nas estrelas; e na Terra angús-
ocuparam nessa ocasião o Sol, a Lua e a Terra.... O eclipse do
tia das naçoes, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas·
hom ens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevi: Sol só é possível mediante a interposição da Lua entre o Sol e a
rão ao mundo." S. Luc. 21 :25 e 26. Terra. A 19 de maio de 17.80 a posição da Lua em relação à Terra
era justamente oposta à do Sol, o que tornava absolutamente im-
(274) possível um eclipse desse astro. De resto, a escuridão motivada por

1
276 ESTUDOS BlBLICOS SINAIS DOS TEMPOS 2'l'1

mero eclipse não teria sido tão densa nem poderia ter a duração cola do Register estava fora sozinho com uma parelha de animais
que teve aquele fenômeno." - O Rei Vindouro, pág. 124. e com pesada carga durante toda a noite naquela ocasião inolvidá-
"A escuridão da noite seguinte foi provavelmente tão profunda vel. Ele não poderá admitir agora que fogos de artifício humanos
e densa como a que mais o fosse, desde que o Altíssimo criou a sejam superiores ao mais grandioso e sublime espetáculo até então
luz até então; faltava-lhe apenas ser palpável, para ser tão extra- ou desde então contemplado pelo homem. Os fogos de artifício não
ordinária como aquela que cobriu a terra do Egito nos dias de Moi- se assemelham mais a esse maravilhoso fenômeno, do que o vaga-
sés.... Se todos os corpos luminosos do Univer.so tivessem sido en- lume ao Sol.'' - Iowa State Register, 12 de julho de 1889.
volvidos em sombras impenetráveis, ou apagados da existência, dir- Frederico A. Douglas, em seu livro My Bondage and My Freedom,
se-ia que as trevas não pudessem ser mais completas. Uma folha diz: "Presenciei em pessoa essa cena deslumbrante, e fiquei pos-
de papel branco, segurada a poucos centímetros dos olhos, era tão suído de pânico. Os ares pareciam fervilhar de mensageiros divi-
invisível como o mais negro veludo." - Carta do Dr. Samuel Tenney, nos a descerem à Terra. Anunciava-se a madrugada quando ob-
datada de Exceter, N. H. Dezembro de 1786, citada em Collections servei esse espetáculo sublime. Naquele in.stante não pude resis-
o/ Mass. Historical Society, Vol. 1, 1792. tir à impressão de que fosse o prenúncio da v-inda do Filho do ho-
"A escuridão da noite foi tão sobrenatural como a do dia que mem; e em meu espírito estava preparado para saudá-Lo como
lhe antecedeu, pois, que, conforme declara o Dr. Adams, 'a lua fo- meu amigo, e libertador. Tinha lido alhures que as estrelas de-
ra cheia no dia anterior."' viam cair do céu, e elas estavam efetivamente caindo.''
Uma única estrela apareceu aos sábios e conduziu-os ao Salva-
10. Quando ocorreu a notável exibição da queda de eatrelaa? dor, , no primeiro advento. Milhares de estrelas anunciaram a pro-
ximidade de Seu segundo advento.
No dia 13 de novembro de 1833. Note-se que os sinais produziram a impressão que Deus propu-
sera exercessem - que o dia do juízo, a vinda de Cristo, e o fim
"Escrevendo sobre esse memorável acontecimento, o afamado as- do mundo estão às portas.
trônomo e metereologista, Prof. Denison Olmsted, da Universidade
de Yale, disse: 'Os que tiveram a felicidade de testemunhar a exi- 11. Chegamo• nóa ao tempo d.a "angúatia daa naçõea, em per-
bição de estrelas cadentes na madrugada de 13 de novembro de plexidade"?
1833, viram provavelmente a maior demonstração de fogos celes-
tes que já houve desde a criação do mundo, ou pelo menos nos anais Toda pe11oa inteligente sabe que o mundo vive atualmente tempos
compreendidos nas páginas da História . ... A extensão da chuva de intranqüilidade, e que os homens estão perplexos e confusos em
foi tal que cobriu parte considerável da superficie terrestre, des- face das condições imperantes em todo o mundo civilizado.
de o centro do Atlântico, a Leste, até ao Pacífico, a Oeste; e desde
a costa norte da América do Sul, até às longínquas regiões das O ex-presidente Getúlio Vargas, no discurso de encerramento da
possessões britânicas do Norte, o espetáculo foi visível, apresen- "Semana do Marinheiro" de 1938, aludindo aos conturbados tem-
tando por toda parte quase o mesmo aspecto.'" pos atuais, disse: "As graves perturbações que avassalaram o mun-
"A exibição foi especialmente brilhante no Niágara; e por certo do no segundo decênio deste século .se prolongam com o caráter de
jamais se presenciou espetáculo tão terrível, grandioso e sublime, qise crônica, aniquilando valores consagrados e criando novos, sub-
como aquele do firmamento caindo em torrentes inflamadas sobre a vertendo instituições e modificando a distribuição e aproveitamento
rugidora catarata escura." - Enciclopédia Americana, artigo "Me- das riquezas da Terra, repercutem cada vez mais forte em toda
teoros." ordem política, jurídica e social.''
Sobre uma declaração de que os modernos fogos de artüícios ,su-
peram essa grandiosa exibição de estrelas cadentes, o Sr. Clarkson, 12. Há boje "homena desmaiando de terror, na expectação daa
pai dos antigos redatores do jornal de que a seguinte citação é coiaaa que aobrevirão ao mundo"?
feita, e ele mesmo redator agricultural da referida folha, disse:
"A terrível grandeza do espetáculo na noite de 13 de novembro de "Em cada chancelaria se .sentam os governantes com rosto pá-
1833, que fez temerem o mais vigoroso coração e o mais ousado lido e mãos trêmulas, observando desesperados a calamidade que
incrédulo, jamais poderá ser comparada com os mais brilhantes fo- têm diante da vista.'' - Lloyd George.
gos de artifício. Os que presenciaram a assim chamada chuva de O ex-primeiro ministro da Itália, Benito Mussolini, em certa oca-
meteoros contemplaram a mais grandiosa cena presenciada por ho- sião, disse o seguinte : "Nunca jamais foi um período histórico ca-
mens até ao dia de que fala S. Pedro, quando os céus em fogo se racterizado por tantas vacilações, tantas quedas.
desfarão, e os elementos ardendo, se queimarão. O redator agri- "A situação política internacional modifica-se todos os dias, e
278 ESTUDOS BIBLICOS SINAIS DOS TEMPOS 279

cada dia muda de aspecto. . . . Tudo parece vago e incerto, e sem- amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia
pre ameaçador." dele." II Tim. 3:1-5.
Além dos temores acumulados resultantes da guerra, destruição,
perturbações econômicas e revoluções sociais, a humanidade acha- 16. Como, dine o apóstolo S. Pedro, aeria tratada por alguns
se hoje tomada do terror do poder atômico. Os cientistas alarmam a mensagem da vinda do Senhor 7
o mundo com os mais sombrios prognósticos. E eles mesmos .se
acham possuídos de verdadeiro pavor, ante as possibilidades dessa "Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias v1reo escarnecedores,
arma terrível. andando segundo as sues próprias concupiscências, e di:tendo: Onde
está a promessa da Sua vi11da1 porque desde que os pais dormiram
13. Que ae pode dizer do bramido do mar e daa ondaa 7 tôdas as coisas permanecem como desde o Princípio da criação." II
S. Ped. 3:3 e 4.
Grandes marés e tempestades no mar, como ciclones e furacões
em terra, para temor de todos se têm tornado freqüentes nos últi- 17. A esse tempo, que estar_ã o fazendo os fiéis servos de Deua7
mos anos, tornando os homens apreensivos de males ainda maiores
por sobrevir. " Quem é pois o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu so-
bre e Sua casa, para dar o sustnto a seu temf!o1" S. Met. 24:45.
14. Que, aegundo a profecia de Daniel, deveria caracterizar O ".sustento a seu tempo" aqui referido evidentemente se refere
o tempo do fim 7
à proclamação da mensagem baseada em sinais que indicam a bre-
ve volta do Senhor. A pregação desta mensagem é que leva os
"E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do
tempo: muitos correrão de uma parte para outra, e a cii11cia se mul-
zombadores a perguntar : "Onde está a promessa da Sua vinda?"
tiplicará." Dan. 12:4.
18. Que são todos admoestados a fazer quando eases sinais
O tempo do fim começou em 1798. Ver Dan. 7:26; 11:36; 12:4 tenham aparecido 7
e 9, e o estudo "O Reino e Obra do Anticristo," pág. 179, pergs.
6-8. Desde 1798 tem havido ·notável progresso de todos os conhe- "Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do ho-
cimentos, tanto científicos como religiosos. Os homens correm "de mem há de vir à hora em que não penseis." S. Met. 24 :44.
uma parte para outra" tanto no mundo como na Palavra de Deus.
As profecias de Daniel são agora compreendidas. Desde 1798 cin- 19. Como 1urpreenderá a vinda de Cristo aoa mau, 1ervo1 que
co grandes sociedades bíblicas foram organizadas; merecem men- di11erem no coração : "O meu Senhor tarde virá" 7
ção especial a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira e a So-
ciedade Bíblica Americana que editam a Escritur a Sagrada no "Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espere, e à
vernáculo. Além destas há outras sociedades menores. Destas ca- hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará e sue parte com
sas editóras têm saído centenas de milhões de exemplares do Livro os, hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes." S. Met. 24 :50 e 51.
dos livros, e sem-número de folhetos e tratados, disseminando o
conhecimento das verdades para a salvação. Além disso, milhões
de revistas religiosas circulam anualmente nos muitos países da
Terra. Têm-se estabelecido missões em todas as partes do mun-
do. Tudo isso foi realizado desde 1798.
No respeitante ao aumento do conhecimento no mundo material,
científico e intelectual, veja-se o estudo seguinte.

15. Que foi predito da condição moral do mundo nos últimos


dias?

"Sabe, porém, isto: que nos último, dias sobrer,irão tempos traba-
lhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, pre-
sunçosos, soberbos, blasfemos, . . . mais amigos dos deleites do que
O AUMENTO DA Cil:NCIA 281
633-638 A. D., tempo em que o imperador Justiniano reconheceu o
papa como cabeça de todas as igrejas e a bem-sucedida campanha
contra o arianismo, ao período 1793-1798, quando, como resultado
O Aumento da Ciência da Revolução Francesa, o poder papal recebeu a ferida mortal, e
o papa foi levado em cativeiro. · Isso, então, estabelece o começo
do "tempo do fim" em 1798. Até esse tempo o livro de Daniel,
como um todo, deveria estar selado; noutras palavras, não seria
compreendido pelo povo. Mas quando foi quebrado o poder que as-
1 .• De conformidade com as palavras do anjo a Daniel, quando s_im inibira a Palavra de Deus, e tentara tirá-la do povo, então a.s
poderia o mundo esperar por um aumento de ciência?
luzes de tcidas as espécies, bíblica, científica, inventiva e indus-
trial, começaram a brilhar e penetrar em todas as direções.
"!u , por~m, Danie~ encerra as palavras e sela o livro, nté O tem/)o
do f~':'; muitos correreo duma para outra parte, e 8 ciência se multipli- É fato altamente significativo que logo após a destruição do po-
der papal, em 1798, as sociedades bíblicas, sociedades disseminado-
cara. Dan. 12 :4. ( Versão Brasileira.)
ras de literatura evangélica e escolas dominicais surgiram em gran-
As profecias de Daniel não deveriam ser seladas até ao fim pois de número. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira foi organi-
neste caso não haveria tempo nem para se desenvolver a Ciência zada em 1804, a Sociedade Bíblica Americana em 1816 e outras mais
nem .Pª~ª o uso do conhecimento assim obtido, mas até "ao tempo ainda surgiram. A Bíblia está traduzida em mais de mil línguas e
d_o fim, que se refere a um ?reve período justamente antes dó dialetos, sendo enviada a todas as partes do mundo. Antes desse
f!:11· .Durante ~sse tempo deveria haver um admirável aumento da tempo o acesso à Bíblia era privilégio de comparativamente poucos.
ciencia. Especialmente as profecias do livro de Daniel deveriam Hoje a mais humilde pessoa pode possuí-la, e tem tanta liberdade de
ser desvendadas, estudadas, e compreendidas nesse tempo. lê-la como o mais elevado da Terra.

2. Até que tempo deveriam os santos ser peraeguidoa pelo po- 4. Que ae pode dizer do progreaao naa invenções científicas
der romano? desde 17987

"Alguns dos ,ue são sábios, cairão, pare os acrisolar, purificar e Este é notável, fenomenal, e sem paralelo na história do mundo.
embr_anquecer ate o tem/)o do fim; /)ois ainda será /)ara O tem/)o de- O povo de um século e meio atrás nada sabia de navios a vapor,
terminado." Dan. 11 :35. trens a vapor e elétricos, telégrafos, telefones, fotografias, fonógra-
fos, máquinas de costura, anestésicos, cabos submarinos, linotipos,
!} tempo. do fim, co_nforme é revelado por este texto, foi desde monotipos, cinema sincronizado, raios X, aeroplanos ou rádio e te-
entao, nos dias de Damel, um tempo determinado, na mente divina. levisão. Ressuscitassem hoje e, ao ver estas coisas, pasmariam co-
Isso não é estranho, se aprendemos que nas Escrituras tanto o juí- mo o fariam os que existiram há quatro milênios.
zo como o fim são designados como tempos determinados. Atos
17 :31; Dan. 8 :19. O fim do período concedido a esta perseguição Algumas das principais invenções e descobertas dos tempos mo-
dernos são as seguintes:
:::.98) deveria assinalar o começo do "tempo do fim." V er pág.
Gás de Iluminação, 1798 Luz elétrica, 1878
Prelo a vapor, 1803 Sismógrafo, 1880
·3 . De acordo com a profecia, por quanto tempo deveria per- Navio a vapor, 1807 Turbina a vapor, 1883
seguir oa santoa o poder representado pela ponta pequena? Locomotiva, 1814 Linotipo, 1886
Fósforos, 1820 Carros elétricos, 1889
"E proferirá palavras contra o Altíssimo, . . . e eles serão entre- Ceifeira, 1834 Automóvel, cerca de 1890
J!ues na sua mão /)or um tem/)o, e tem/)os, e metade dum tem/)o ." Electrotipia, 1837 Raios X, 1896
Dan. 7 :25. Transatlântico a vapor, 1838 Cinematógrafo, 1895
Fotografia, 1839 Telégrafo sem fios, 1896
Conforme se demonstrou no estudo sobre "O Reino e Obra do Máquina de costura, 1841 Radium, 1898
Anticristo," à pág. 179, a expressão "um tempo e tempos e meta- Telégrafo, (construção de li- Telefone ,sem fios, 1902
de dum t empo," representa 1260 anos, que se estendem
' do' período nha), 1844 Aeroplanos, primeiro vôo de
(280) Anestesia por óxido nitroso, Santos Dumont, 1906
282 ESTUDOS BIBLICOS

1844 Rádio, 1921


Anestesia pelo éter, 1846 Telefotografia, 1924 A Luta Entre o Capital e o Trabalho
Primeiro cabo submarino, 1858 Televisão, 1936
Máquinas de escrever, 1867 Penicilina, 1938
Freios automáticos, 1872 Radar, 1938 t. Qual é uma daa razões pelas quais oa últimoa dias serão tra-
Telefone, 1876 Bomba atômica, 1945
Fonógrafo, 1877 balhosos?
"Porque haverá homens ama•tes de si mesmos, avarentos." II Tim.
Note-se que nenhuma dessas invenções ocorreu antes de 1798. Re-
trocedamos um século e meio e encontraremos o mundo como era 3:2.
nos dias dos patriarcas. Por milhares de anos houve diminuto au- 2. Quando, de acordo com ªª profecias, os homens acumularão
mento ou avanço da ciência. Rapidamente, porém, ao alvorecer grande a fortuna•?
do século dezenove, o mundo despertou do sono secular, e nova era
raiou - o tempo do fim, em que a ciência se deveria multiplicar. "Eia pois al!ora vós , ricos, chorai e pranteai, por vossas. misérias,
que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e os
vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a vo!sa prata
5. Que diaae o Salvador deveria preceder o fim 7 se enferrujaram· e a sua ferrugem dará testemunho contra vos , e co•
merá com fogo' a vossa carne. E•tesourastes fiara os últimos dias."
"E este eva•gelho do rei•o será pregado em todo o mu•do, em tes-
lemu•ho a todas as ge•tes, e então virá o fim." S. Mat. 24 :14. S. Tia. 5:1-3.
Temos chegado à época de vasta acumulações de riquezas, quan-
Lutero, os W esleys e outros não podiam, em seus dias, procla- do parece haver uma tresloucada corrida para ganhar dinheiro be'T
mar a vinda de Cristo às portas, pois os sinais precursores desse depressa e os milionários e multimilionários estão em grande evi-
evento não haviam ocorrido. Mas agora, o Sol e a Lua escurece- dência Falando sobre este assunto, o Rev. H. W. Bowman, no livro
ram, e as estrelas caíram, como predisse o Salvador; a ciência au- de su~ autoria Guerra, Entre o Capital e o Trabalho , diz: "Essas
mentou admiravelmente, conforme declarou o anjo a Daniel; e o fortunas colos;ais essa acumulação de dinheiro, as companhias que
evangelho tem ido quase a toda nação, e tribo, e língua e povo no reúnem quantias 'a vultadas, nada disso, com o rápido aumento da
mundo. Portanto, podemos saber que o fim está às portas. pobreza, jamais foi visto no passado. Só mesmo esta época se amol-
da à profecia."
6. Ao vermoa todaa eatas coisaa, que d.e vemoa aaber7
3. Por que Cri.to, na parábola, reprovou o homem que escon-
"Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está dera o talento?
próximo às porias." S. Mat. 24:33. "Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e neglij!ente ser-
vo· sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; de-
vids então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse,
receberia o meu com os Juros ." S. Mat. 25:26 e 27.
"Servilismo para com as riquezas," diz J. S. Mill, "é uma maldi-
cão social." VespMiano disse uma verdade, ao declarar: "A riqueza
é boa coisa se bem adquirida e bem empregada." Pedro Cooper tam-
bém profe;iu uma grande verdade, semelhante à aludida: "0 ho-
mem rico é apenas um mordomo constitufdo para o bem da hu-
manidade." James A. Patten, milionário de Chicago, antigo vende-
dor de farinha de trigo afastado do comércio, ao anunciar a inten-
ção de distribuir a forhma em obras de caridade, disse : "Creio _que
0 homem deve distribuir boa parte de sua riqueza enquanto estiver
vivo. Não pode levar consigo, deste mundo, um cruzeiro sequer,
embora eu conheça alguns que parecem crer que podem fazer tal
(283)
284 ESTUDOS BIBLICOS A LUTA ENTRE O CAPITAL E O TRABALHO 285
coisa. Quero mesmo abrir m ão da maior pa rte de minha fortuna. 1 O. Pretendendo aumento de salário, que fazem muitos tra-
Espero, antes de morrer, poder ajudar muitas instituições de ca- balhadores?
ridade. Ponho em dúvida a conveniência de deixar grande herança
em dinheiro para os filhos. Muitas vidas t êm sido arruinadas por Organizam-se em classes, entram em greve etc.
causa de vultosas heranças. Os filhos de um ricaç_o lucram mais
quando têm de lutar para ganhar a vida." - Washington Times, de Embora estes meios possam conseguir bons resultados por al-
5 de novembro de 1910. gum tempo, amenizando provisoriamente a situação, contudo não
eliminam o mal, nem resolvem o caso de maneira definitiva. O
4 Que diaae Cristo que o jovem rico deveria fazer? mal tem raízes profundas ; está no coração humano, e coisa algu-
ma, a não ser a conversão - uma mudança do coração e dos sen-
"Disse-lhes Jesus : Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens timentos - pode eliminá-lo. A luta entre o capital e o trabalho é
e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e vem, e segue-Me." inevitável e irreprimível, enquanto existirem no mundo o pecado,
S. Mat. 19 :21. o egoísmo. E perto do fim esta luta se tornará mais e mais in-
tensa, porque então o pecado terá atingido o mais alto grau.
5. Na parábola, que diue Deus ao homem rico que pensava
conotruir grandes d e pósitos para armazenar o que poaauía?
11. Indicam as Escritura• que haverá violência neata luta?
"Mas Deua lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma ; e o
que tens preparado para quem será?" S. Luc. 12:20. "Ai daquele que multiplica o que não é aeul (até quando) e daque-
le que 1e carrega a si mesmo de dívidas! Não se leva,,tarão de repnte
6. Como têm vivido os ricos, no dizer de S. Tiago? os que te hão de morder? e •ão desflertarão os que te hão de abalar? e
•ão lhes servirás tu de despo;o." Hab. 2 :6 e 7.
"Deliclosame,,te vivestes sobre a Terra, e vos deleitastes: cevastes os
vossos corações, como num dia de matança." S. Tia. 5 :5. lZ. Deseja Deu• que Seus servoa façam parte destas agremia-
çõea de claaae?
Isto quer dizer que têm vivido na luxúria e nos prazeres, sem
ligar importância alguma às necessidades dos pobres e do grande "Não cl,amei:I co.Juração, a t11tlo q11nto este flovo dama co•Juração:
mundo que os rodeia. Têm vivido somente para gozar, sozinho.s, e nio temai1 o aeu temor, nem tão pouco voa as1ombreis.'' Iaa. 8:12.
sem pensar na responsabilidade para com Deus nem para com o
próximo. 13. A quem devemos temer e respeitar?

7. Quem dá força ao homem, para que possa adquirir riqueza? "Ao Setthor dos Exércitos, a Ele sa,,tificai: e seja Ele o vosso temor
e seja Ele o voiso assombro.'' Isa. 8 :13.
"Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, que Ele é o que te dá for-
ça para adquirires poder." Deut. 8:18. 14. Que deve o povo fazer neste tempo?
8. Como têm os ricos tratado os justos, conforme escreve S. "Sede flois, irmãos, 11acie11tes até à vi•da do Se,,hor. Eis que o la•
Tiago? vrador espera o precioso fruto da terra, ai(uardando-o com paciência,
"Condenastes e matastes o Justo; ele não vos resistiu." S. Tiago 5 :6. até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede v6s também flacie,,tes,
fortalecei os vossos corações; florque Já a vinda do Se,,hor rstá flr6:ri-
Não existe coisa alguma mais terrível e cruel do que a inveja ou ma." S. Tia. 5 :7 e 8.
a cobiça. Para alcançar seu objetivo, a cobiça n ão r espeita os di-
reitos, nem o conforto, nem a vida dos que forem alvo de seus 15. Que mandamento•, aendo obedecidos, resolveriam pacifica•
horríveis planos e intrigas. Os íntegr os, ou justos, no entanto, não mente esta luta crescente e quase generalizada?
se levantam contra esta maneira injusta de tratar.
"Amarás . o teu próximo como a ti mesmo.'' S. Mat. 22 :39.
9. De que maneira têm os ricos defraudado os trabalbadorei!_?
"Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada quaJ
"Eis que o ;or,,al dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e também para o que é dos outros." Filip. 2:4.
que Por vós foi dim inuído, clama; e os clamores dos que ceifaram en- "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-
traram nos ouvidos do Senhor dos E xércitos." S. Tia. 5 :4. lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.'' S. Mat. 7 :12.
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO 287
mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxo-
fre e os consumiu a todos . Assim será no dia em que o Filho do
A Segunda Vinda de Cristo homem Se manifestar." S. Luc. 17 :28-30.

6. Que faz os homens ficarem cegos ao evangelho de Cristo?

"Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incré-


1. Que promessa fez Cristo concernente à Sua vinda? du(os, para ~ue _lhes não resplandeça a luz do evangelho Ja glória de
Cristo, que e a imagem de Deus." II Cor. 4 :4.
"Não se turbe o vosso coração: credes em Deus, crede tam b~m em
Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas ; se não fos se assim , Eu O sentido aqui, não é que em si mesmos sejam coisa má o comer,
vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E se Eu for , e vos prep arar beber, casar, comprar, vender, plantar, edificar, mas que a mente
lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo , para que onde dos home~s esta_:ia . tã~ c~eia destas coisas que dariam pouca oú
Eu estiver estejais vós também ." S. João 14:1-3. nenhuma 1mportancia a vida futura, e não se preparariam para
encontrar Jesus quando viesse.
2. Em seguimento aos sinais de Sua vinda, que disse Cristo ocor- "Em minha maneira de ver, esta preciosa doutrina - pois assim
reria? devo eu chamar-lhe - da volta do Senhor à Terra, é ensinada no
Novo Te~tamento com tanta clareza como qualquer outra doutrina
"E então verão vir o Filho do H om em u11111a nu vem, com poder e que ~ontem; no entanto, eu estava na igreja havia já quinze ou de-
grande glória." S. Luc. 21 :27. zesse1s anos antes . de ouvir o primeiro sermão sobre o assunto.
Quase não existe igreja que não realize muitos batismos mas em
3. Estará o mundo preparado para encontrá-Lo? todas as epístolas de S. Paulo, creio eu, é o batismo citado apenas
treze vezes, ao passo que da volta de Cristo fala ele cinqüenta ve-
"Então aparecerá no céu o sin al do Filho .do homem; e todas as tri. zes; no entanto a igreja· muito pouco t em dito a esse respeito. Pos-
bos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem , vindo sobre as so agora ver um~ razão para isso; o diabo não quer que vejamos
nuvens do céu, com poder e grande glória." S . Mat. 24:30. "Eis que essa verdade, pois nada mais despertaria tanto a igreja. No mo-
vem com as nuvens, e todo o olh o O verá, até os. mesmos que,, O tres- mento em que o homem apreende a verdade de que Cristo voltará'
passaram; e todas as tribos da T erra se lamentamo sob .-e Ele. Apoc. para buscar Seus seguidores, este mundo perde para ele sua im-
1 :7. portância. O coração está livre, e a pessoa aguarda o bem-aven-
turado aparecimento de seu Senhor, que, por ocasião de Sua vin-
4. Por que muitos não estarão preparados para esse evento? da, o levará consigo para Seu bendito reino." - A Segunda Vinda
de Cristo, por D. L. Moody, págs. 6 e 7.
"Porém, se aquele mau servo disser cons igo : O meu S enhor tarde virá ;
. "'Es:3e Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de
e começar a espancar os seus conservos, e a come~ e a beber co:11
os temulentos virá o senhor daquele servo, num d,a em que o nao
v_ir assim como para o Céu O vistes ir,' é a promessa que ao par-
espera, e à h~ra em que ele não sabe, e separá-lo-á , e destinará a sua
tir fez Jesus aos discípulos, comunicada por intermédio de dois va-
parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ran ger de dentes." S.
rões vestidos de branco, enquanto uma nuvem O ocultava aos seus
olhos. Quando mais de cinqüenta anos · depois, na glória. Ele que-
Mat. 24 :48-51 .
bra o silêncio e fala mais uma vez da revelação que fez a Seu
servo S. João, o evangelho que enviou depois de Sua ascensão co-
5. Que estará fazendo o mundo quando Cristo vier? meça com: 'Eis que vem com as nuvens,' e termina com: 'Certa-
m ente cedo venho.' Considerando a ênfase solene e a grande pre-
"E como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho
do h~mem. Porquanto, assim como, nos dias anteri?res ª.º dilúvio ,
eminência dada a essa doutrina através de todos os ensinos de nos-
comiam bebiam casavam e davam-se em casamento, ate ao d,a em que so Senhor e de Seus apóstolos, como foi que nos primeiros cinco
Noé e;trou na 'arca , e não o perceberam , até que veio o dilúvio, e os anos de minha vida p astoral não encontrou lugar nenhum na mi-
levou a todos - assim será também a vinda do Filho do homem." S. nha pregação? Sem dúvida, a razão está na falta de instrução
Mat. 24 :37-39. "Como também da mesma maneira aconteceu nos dias anterior. De todos os sermões que ouvi desde a minha infância,
de Ló: Comiam, bebiam, compravam, v endiam, plantavam e edificavam; não me lembro de um sequer sobre esse assunto." - How Christ
(286) Game to Church, por A. J. Gordon, D. D., págs. 44 e 45.
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO 289
2 8 ESTUDOS BJBLICOS
Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas: mas nós mes-
7. Por ocaa,ao da ascensão de Cristo, que certeza foi dada ele
Sua volta? mos vimos a Sua majestade." II S. Ped. 1 :16.

"E, estando com 01 olhos fitos no céu, enquanto Ele subia, eis que 13. Quando aerão oa aantoa semelhante• a Jesus 7
junto deles se puseram dois varõea vestidos de branco, 01 quais lhes
disseram: Varões galileu,, por que estai, olhando para o céu? "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o
Esse Jesus, que de•tre oós foi recebido em cima •o Céu, há de oir que havemos de ser. Mas sabemos que, qua.do Ele Se ma•ife:sta,, :se-
assim como para o Céu O oistes ir." Atos 1 :10 e 11. remos semelha#tes a Ele; porque a88im como é O veremos." I S. Joio
3:2.
8. Desde quando é ensinada a doutrina da vinda de Criato?
14. Que paHa11:ena daa Eacritura• mostram que a vinda ele
"E, destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão di- Criato aerá uma ocaaião de recompenaa 7
zendo: Eis que é oi•do o Seahor com milhares de Seus :s09to:s · J)ara
fazer juizo co•tra todos." S. Judas 14. e 15. ' " Porque o Filho do homem virá na glória de Seu Pai, com 01 Seus
anjos; e e•tão da,á a cada um segu•do . as su?S ob~as." S. Mat. 16:21.
Tentando censurar os modernos crentes na doutrina adventista "E, eis que cedo venho, e o Meu galardoo esta comigo, para dar a cada
um senhor da Hungria não há muito tempo mencionou a um col~ um segu•do a :sua obra.'' Apoc. 22:12.
portor desta denominação que ouvira estar ainda vivo o primeiro
pregador adv~ntis~. "S~," replicou o colportor, "o primeiro pre- 15, A quem é pronietid.a a aalvação quando Cristo vier?
gador adventista amda vive, embora a fé adventista tenha milhares
de anos. A Biblia diz que Enoque também, o sétimo depois de "Assim, também Cristo, oferecendo-Se uma vez para tirai' os pecados
Adão! prego~ a vinda de Cristo em glória e poder, e Enoque ain- de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para
da vive. Foi trasladado para o Céu sem ver a morte e jamais salvação.'' Heb. 9 :28.
morrerá." '
16. Que influência eserce em noHa vida ena eaperança?
9. Qual era a confiança _de Jó quanto à aesunda vinda ele Cristo?
"Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes
"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levan- a Ele; porque assim como é O veremos. E 9ualquer, que •~le tem es!a
tará sobre a Terra•. . • Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, espera•ça purifica-se a :si mesmo, com lambem Ele e puro. I S. Joao
e não outros, O verão; e por isso os meus rins ae consomem dentro 3:2 e 3.
de mim." Jó 19:25-27.
17. A quem diz S. Paulo aer prometida uma coroa de justiça?
10. Que diz Davi da aesunda vinda ele Cristo?
"Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e ~
tempo da minha partida está próximo, Combati o _bon_:i combate, , acabei
"Virá o noHo Deus, e não Se calará; adiante dEle um fogo iri
consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dÉle." Sal. S0:3. "Por- a carreira, guardei a fé. Desde agora, a c?roa da 1us~1ça me_ esta guar-
dada a qual o Senhor justo juiz, me dara naquele dia; e nao somente
que vem, porque vem a julgar a Terra: julgará o mundo com justiça
a mi~, mas também a' todos os que amarem a Sua oilfda," II Tim. 4:6-8.
e os povos com a Sua verdade." Sal. 96 :13.

18. Quando Jeaua vier, que dirão oa que o esperam?


11. Como espreHa S. Paulo eata eaperança?
"E naquele dia se dirá: Eia que éste é o nosso Deus, a que~ aguar-
"Mas a nossa cidade está nos Céus, donde também. esperamos o Sal- dávamos, e Ele nos salvará: este é o Senhor, a quem aguardavamos :
vador, o Senhor Jesus Cristo." Filip. 3:20. Aguardando a bem-aventu-
rada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e no110 na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos." Isa. 25:9.
Senhor Jesus Cristo." Tito 2:13.
19. Foi revelado o tempo exato da vinda ele Cria to?
12. Qual é neHe sentido, o testemunho de S. Pedro?
"Porém daquele dia e hora ninguém :sabe, nem os: anjos do Céu, nem
"Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor o Filho, mas unicamente Meu Pai," S. Mat. 24 :36.
10
290 ESTUDOS BIBLICOS
20. Em vista diaao, que nos manda Cristo fazer?

"Vigiai, /lois, porque, não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor." Maneira da Segunda Vinda de Cristo
S. Mat. 24:42.
"Nas Escrituras, a nota constante, a freqüente exortação, é pa-
ra. nos prepararmos para a vinda do Senhor." - Deão Alford. "A
1. Virá Cristo outra vez?
atitude conveniente do cristão é aguardar constantemente a volta
de seu Senhor." - D. L. Moody.
"Virei outra vez." S. João 14:3.
21. Que advertência fez Criato para não aermos apanhados de 2. Como fala S. Paulo dessa vinda?
improviso por esse grande evento?
"Aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para sal-
"E olhai. por vós, nã_o aconteça que os vossos corações se carreguem vação." Heb. 9:28.
de glutonaria, de embnaguez, e dos cuidados da vida e venha sobre
vós de im~roviso aquéle dia. Porque virá como um Íaço _sôbre todos
os que habitam na face de toda a Terra. Vigiai pois em todo O tem- 3. Pensavam os primeiros discípulos ser a morte a segunda
po! orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas vinda de Cristo?
coJSa~, que hao de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do ho-
mem. S. Luc. 21 :34-36. "Vendo Pedro a este [João], disse a Jesus: Senhor, e deste que se-
rá? Disse-lhe Jesus: Se Eu quero que ele fique até que Eu venha,
que te importa a t;? Segue-Me tu. Divulgou-se pois entre os irmãos
22. Que graça cristã somos exortados a exercer em nossa ex- este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. _ Jesus, porém .
pectação déaae evento? não lhe disse que não morreria, mas: Se Eu quero que ele fique até
que Eu venha, que te importa a ti?" S. João 21 :21-23.
"Sede pois, irmãos, /lacientes até à vinda do Senhor. Eis que O la-
vr~dor espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com pac,encia Disto é evidente que os primeiros discípulos tinham a morte e a
ate que rece~a a chuva temporã e serôdia. Sede vós também /lacien~ vinda de Cristo como dois acontecimentos independentes um do ou-
tes: .fortalecei l!s vossos corações; porque já a vinda do Senhor está tro.
prouma." S. Tia. S :7 e 8. "'Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do ho-
mem há de vir à hora em que não penseis.' Afirmam muitos que
isso se refere à morte; mas a Palavra de Deus nio diz que signi-
fica a morte. A morte é nosso inimigo, mas nosso Senhor tem as
chaves da morte; Ele venceu a morte, o inferno e a sepultura . ...
Cristo é o Príncipe da Vida; onde Ele está nio existe morte; esta
foge à Sua aproximação; os corpos sem vida ressurgem quando
Ele os toca ou lhes fala. Sua vinda não é a morte. Ele é a ressur-
reição e a vida. Quando estabelecer Seu reino, nio haverá mais
morte, mas vida eterna.'' - A Segunda Vinda de Cristo, por D. L.
Moody, págs. 10 e 11.

4. Por ocasião da ascensão de Cristo, como diaaeram oa anjos


que Ele voltaria?
"E quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas, e uma
nuvem O recebeu, oculta11do-O a seus olhos. E, estando com os olhos
f'tos no céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois
varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por
(291)
292 ESTUDOS BIBLICOS
que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi rece-
bido em cima no Céu, 1,á de vfr assim como para o Céu O vistes ir."
Atos 1 :9-11.
Objetivo da Vinda de Cristo
S. Como diase Cristo mesmo que haveria de voltar?

"Porque o Filho do homem virá "ª glória de Seu Pai, com os Seus
a11jos." S. Mat. 16:27. "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do 1. Para que fim diue Cristo que viria outra vez?
homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho
do homem, vindo sobre as 11uve11s do céu, com poder e gra11de glória. "Vou preparar-vos lugar. E , se Eu for, e vos preparar lugar, virei
S. Mat. 24 :30. "Porque, qualquer que de Mim e das Minhas palavras outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver
se envergonhar, dele Se envergonhará o Filho do homem, quando vier estejais vós também." S. João 14 :2 e 3.
"ª Sua glória, e"ª do Pai e dos sa11tos a11jos." S. Luc. 9:26.
2, Que parte terão os anjos nesse evento?
6. Quantos O verão quando vier?
"E Ele enviará 01 Seus anjos com ·rijo clamor de trombeta, os quais
"Eia que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até os mesmos ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra
que O traspassaram." Apoc. 1 :7. extremidade dos céus." S. Mat. 24 :31.
_ A. segunda vinda de Cristo será tão real quanto a primeira, e
tao visível quanto o foi Sua ascensão, e muito mais gloriosa. Es- 3. Que ocorrerá ao soar a trombeta?
piritualizar a volta de nosso Senhor é perverter o claro significado
de Sua promessa: "Virei outra vez," e anular todo o plano de re- "Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz
denção; pois a recompensa dos fiéis de todas as épocas será dada de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
por ocasião deste mais glorioso de todos os eventos. ressuscitarão primeiro." 1 Tess. 4 :16.

7. Que admirável demonstração acompanhará a vinda do Senhor? 4. Que acontecerá com os justos vivos?

"Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de "Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados ju11tamen-
arca11jo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo te com eles 11as 11uve11s, a encontrar o Senhor nos ares, e assim esta-
ressuscitarão primeiro." I Tess. 4 :16. remos sempre com o Senhor." I Tess. 4:17.

8. Que advertiu Cristo quanto às falsas idéias no tocante à S. Que mudança se operará nos santos, tanto vivos como mor-
maneira de Sua vinda? tos?
"Nem todo1 dormiremos, mas todos seremos transformados, num
º"
"Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ali, não momento, num abrir e fechar de olhos, an~e a_ úl~ima troi;nb~ta; po~-
lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e que a trombeta soará e os mortos ressusc1tarao mcorrupttve,s, e nos
farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora enganariam seremos transformado~. Porque convém que isto é corruptível se
até os escolhidos. Eis que Eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos revista da i11corruptibllidade, e que isto que é mortal se revista da
disserem: Eis que está no deserto, não saiais : eis que Ele esÚi no imortalidade." I Cor. 15 :51-53.
interior da casa; não acrediteis." S. Mat. 24 :23-26.
6. Quando serão oa santos semelhantes a Jesus?
9. Quão visível será a Sua vinda?
"Mas sabemos que, qua11do Ele Se manifestar, seremos seme/l,a11tes
"Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao a Ele; porque assim como é O veremos." I S. João 3:2.
Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." S. Mat.
24:27.
7. Quantos receberão a recompensa quando Cristo vier?
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294 ESTUDOS BIBLICOS
OBJETIVO DA VINDA DE CRISTO 295
"Porque o Filho do homem virá na glória de Seu Pai, com os Seus
anjos; e então dará a catla um segur,do as sua.s obras... S. Mat. 16:27. "E quando o Filho do homem vi/r ·em . Sua glória, e todos os santos
anjos com Ele, então Se a88entará no trono da Sua glória; e todas
8. Que diz Ele trará consigo quando vier 7 as naçoes serao reunidas diante dEle, e apartará uus dos outros, como
o Pastor aparta dos bodes as ovelhas." S. Mat. 25 :31 e 32.
"E eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a
cada um segundo a sua obra." Apoc. 22 :12. 17. Que dirá Ele aoa que estiverem à Sua direita?

9. Que promeHa é feita aos que O esperam 7 "Então dirá o rei aos que estiverem à Sua direita: Vir,de, ber,ditos
de Meu Pai, possuí por hera•ça o rei•o que vos está preparado desde
"AHim também Cristo, oferecendo-Se uma vez para tirar os pecados a fur,dação do mu•do." S. Mat. 25:34.
de muitos, aparecerá segu•da ve8, sem pecado, aos que O esperam para
salvação." Heb. 9 :28. 18. Que dirá Ele aoa que ae acharem à esquerda?

10. Segundo diase Cristo, quando serão recompensados oa hona? "Então dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos
de Mim, malditos, para o fogo eterr,o, preparado para o diabo e seus
"Serás recompensado •a ressureição dos justos." S. Luc. 14:14. (Ver- ar,jos." S. Mat. 25 :41.
são Brasileira.)

11. Receberam já a recompensa oa justos do paHado 7

"E todos estes, tendo tido tes_temunho pela fé, r,ão alca•çaram a pro-
messa: Provendo Deus alguma coisa melhor a no88o respeito, para que
eles sem r,Ós •ão fossem aperfeiçoados." Heb. 11 :39 e 40.

12. Quando esperava S. Paulo receber a coroa 7

"Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor,


justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também
a todos os que amarem a Sua vinda." II Tim. 4 :8.

13. Será ena uma ocasião de juízo 7

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, di-


zendo: Eis que é vir,do o Ser,hor com milhares de Seus sa•tos; para
fa8er jufao cor,tra todos." S. Judas 14 e 15.

14. Como se ell:preua Davi sobre este ponto?

"Porque vem, porque vem a julgar a Terra: julgará o mundo com


justiça e os povos com a Sua verdade." Sal. 96:13.

15. Quando, diase S. Paulo, julgaria Cristo os vivos e os mortos 7


"Conjuro-te pois diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há
de julgar os vivos e os mortos, "ªSua vl•da e r,o Seu reir,o... II Tim.
4:1.

16. Que grande separação ocorrerá então?

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