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3 anos atrás
em
18 de junho de 2020
Por
Cris Beloni
Contexto histórico
Daniel escreveu o livro durante todo o período do exílio babilônico, por volta de
600 a.C., sob o reinado de Nabucodonosor. Passou pelo período em que os
impérios da Média e da Pérsia derrubaram a Babilônia, ocupando então o lugar
de potência mundial, com uma cultura totalmente diferente.
P UB LI CI DA DE
Sonho de Daniel
No capítulo 7, onde está o nosso texto de referência, conta sobre as visões e
sonhos que Daniel teve naquela ocasião. Só é possível desvendar a questão
dos chifres, compreendendo todo o contexto da revelação. Ele viu “os quatro
ventos do céu agitando o grande mar e quatro grandes animais subindo desse
mar” (Dn 7.2-3).
Sobre a simbologia do vento
Toda vez que aparece a palavra “vento” numa profecia, quer dizer que haverá
movimentos políticos e diplomáticos que vão afetar a humanidade. Veja isso
através de uma das profecias de Jeremias:
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Vejam, quebrarei o arco de Elão, a base de
seu poder. Farei com que os quatro ventos, que vêm dos quatro cantos do céu,
soprem contra Elão.” (Jeremias 49.35-36)
Ou seja, Elão que era um distrito babilônico naquela época, se dispersou, seus
líderes foram destruídos e os exilados foram espalhados pelo mundo.
Quer dizer que o “vento” é uma sentença de Deus contra algum reino ou
liderança política. E o que o vento faz? Ele desorganiza tudo, ele espalha todas
as coisas, nesse caso, pessoas. Essa é a simbologia do vento dentro de uma
profecia.
E quando Deus sopra uma sentença contra uma nação, o povo sente essa
ventania em forma de tempos difíceis – que pode envolver tempos de guerra,
crise de refugiados, problemas econômicos e insegurança alimentar.
“Ah! O bramido das numerosas nações; bramam como o mar! Ah, o rugido dos
povos; rugem como águas impetuosas!” (Isaías 17.12)
Então, quando o agir de Deus (representado pelos quatro ventos do céu), agita
as nações (que são representadas pelo mar), quatro grandes reinos se
levantam (que são representados pelos animais). Veja que isso não acontece
de uma só vez. Cada reino permanece durante um tempo.
Segundo o teólogo Luiz Sayão, em seu programa Rota 66, os quatros reinos
são Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
Segundo animal – Parecia um urso e tinha entre os dentes três costelas (Dn
7.5) é a *Medo-Pérsia e estas três costelas são três conquistas: Babilônia, Lídia
e Egito.
*A união do Reino da Média com a Pérsia (atual Irã) originou o Reino Medo-
Pérsia.
P UB LI CI DA DE
Esses elementos são equivalentes aos animais. A cabeça de ouro
representava a Babilônia, o leão, e é por isso que o rei ficou envaidecido e
passou a exigir a adoração do povo.
“…quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que
surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que era maior
do que os demais e que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância.”
(Daniel 7.20)
O outro chifre pequeno que surgiu entre os dez que já existiam, ocasionou a
retirada de três chifres (Daniel 7.8).
Chifre na Bíblia representa poder, liderança e governo. As cabeças simbolizam
nações ou reinos. Então, tudo indica que estamos falando de governantes que,
naquela época, eram chamados de reis e, hoje em dia, são mais conhecidos
como presidentes.
O cumprimento da profecia sobre o pequeno chifre, para aquela época, pode
ter sido cumprida na figura de Antíoco Epifânio, que chegou a sacrificar porcos
no Templo em Jerusalém.
Mas, sabemos que o capítulo 7 do livro de Daniel está falando também sobre o
fim dos tempos. E, como sempre devemos relembrar, as profecias podem ser
cumpridas na época em que foram anunciadas e também num futuro distante.
Nenhum outro grande império foi levantado desde então. Dizemos que o
mundo é globalizado, mas ainda existem vários poderes. A Bíblia diz que vai
chegar o tempo em que o poder estará novamente nas mãos de um único reino
e que tudo será centralizado num único líder, que as Escrituras chamam de
anticristo – o pequeno chifre que cresceu (Dn 7.8).
10 chifres nos dias de hoje
Podem estar representados na figura de 10 nações, líderes ou blocos que se
unem por um mesmo propósito. Contextualizando a profecia, o chifre pequeno
que se une a eles, faz com que três sejam derrubados.
Essa nação ou esse líder cresce ao ponto de dominar a todos, realizando então
o que diz a Palavra:
Ele vai guerrear contra os santos, ou seja, haverá uma intensa
perseguição aos cristãos, no mundo inteiro.
Falará contra o Altíssimo, tentará mudar os tempos e as leis. Imagine
um governo global anti-Deus lidando com datas cristãs como o Natal
(nascimento de Jesus) e a Páscoa (ressurreição).
Além disso, no livro de Apocalipse, existem profecias com as mesmas
informações sobre o tempo do fim.
Resumindo
O texto que acabamos de estudar é escatológico e a simbologia dos chifres
nos remete a pensar em movimentos e alianças políticas que ainda vão
acontecer. Ou, até podem já estar acontecendo em nossa geração, de alguma
forma, preparando o cenário para o tempo do fim.
O Reino de Lisímaco, também conhecido como Reino da Trácia, foi fundado por Lisímaco,
um dos diádocos de Alexandre, o Grande, após a morte deste último em 323 a.C. Lisímaco
recebeu o controle sobre a Trácia e parte da Ásia Menor como seu domínio.
No entanto, o Reino de Lisímaco não sobreviveu por muito tempo após sua fundação. Ele
entrou em conflito com outros diádocos, especialmente com Seleuco I Nicátor, que fundou
o Reino Selêucida. A batalha decisiva entre Lisímaco e Seleuco ocorreu em 281 a.C., na
Batalha de Corupédio, onde Lisímaco foi derrotado e morto.
Após a morte de Lisímaco, seu reino foi dividido entre seus inimigos. A Trácia passou a ser
governada pelos diádocos restantes, como Seleuco e Ptolomeu, mas não se tornou um
reino independente como os outros mencionados na pergunta.
Portanto, o Reino de Lisímaco não teve uma existência duradoura e não foi mencionado
nos anos específicos fornecidos na pergunta porque não resistiu até essas datas.
Após a morte de Alexandre, seu império foi dividido entre seus generais, conhecidos como
diádocos, que estabeleceram seus próprios reinos. Cassandro governou sobre a
Macedônia, Ptolomeu governou o Egito, Seleuco fundou o Império Selêucida e Lisímaco
governou a Trácia.
A minha resposta anterior estava incorreta ao mencionar que o Reino de Lisímaco não teve
uma existência duradoura. Na verdade, o Reino de Lisímaco foi conquistado por Seleuco I
Nicátor, fundador do Império Selêucida, na Batalha de Corupédio, em 281 a.C. Portanto, o
Reino de Lisímaco deixou de existir após essa batalha.
DE QUE REINO FOI ANTIOCO EPIFANIO IV E QUANDO ESSE REINO INVADIU OD JUDEUS ?
ChatGPT
Antíoco Epifânio IV foi um rei selêucida e governou o Reino Selêucida, também conhecido
como Império Selêucida. Ele reinou de 175 a.C. a 164 a.C. durante um período crucial na
história dos judeus conhecido como a Revolta dos Macabeus.
Essas ações provocaram uma revolta liderada pelos macabeus, uma família de líderes
judeus, incluindo Judas Macabeu. A Revolta dos Macabeus resultou na libertação da
Judeia do domínio selêucida e na posterior restauração do Templo, evento que é celebrado
na festa judaica do Hanukkah.