4º Trimestre de 2014

INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL – Os Impérios mundiais e o

Reino do Messias

Introdução:

Essa lição de numero oito que faz menção ao capitulo sete do livro do profeta Daniel.

- Podemos dividir o livro de Daniel em duas partes, do capítulo1 ao capítulo 6, e do capítulo

7 até o capitulo12.

- Para aqueles que acompanharam as outras lições, irão agora perceber uma diferença
na narrativa do livro. No primeiro bloco tratava-se de questões que se passaram no dia-dia
do império; Deus agindo e mostrando o seu poder e glória sobre o reino, guardando os seus,
e usando muito a vida de Daniel que interpretava sonhos e aconselhava o reino tudo isso
com foco no povo gentio. Já nesse bloco que se prossegue Daniel continua sendo usado, só
quem tem as visões agora é o próprio Daniel com foco no povo judeu.

Obs.: PARTE ESCATOLÓGICA - Essa segunda parte é conhecida como parte

ESCATOLÓGICA do livro de Daniel, o que vem ser escatologia? A escatologia é o
estudo concernente às ultimas coisas, o livro de Daniel e Apocalipse são as duas referencias
bíblicas que nós temos a respeito desse assunto, eles são carregados de alegorias, e figuras
representativas, que são de suma importância entender para conhecer o real teor desses
livros. [Do gr. escathos, últimas coisas + logia, discurso racional]

I-Israel Continua cativeiro

-Nessa ocasião Daniel já estava com a idade bem avançada, Israel continuava cativo, e pelo
que conhecemos do povo de Israel, certamente ali eles já deveriam estar perdendo a
esperança, do retorno para sua terra, e a situação só piorava naquele lugar.

Segundo a história o império vinha passando por sucessivas mudanças na qual fez com
que o povo de Israel fosse marginalizado, perdendo os seus cargos e posições nas
províncias do reinado, e já não teriam mais a mesma influencia que tiveram no reinado de
Nabucodonosor.

Nota: Tudo indica que, após a morte de Nabucodonosor e a deposição de Evil-Merodaque, o filho de Nabucodonosor
que o sucedeu, Daniel foi “esquecido” na corte de Babilônia, que passou momentos de instabilidade política, pois,
segundo a história, Evil-Merodaque foi morto pelo seu cunhado Nerglissar, que reinou por cerca de quatro
anos, tendo sido sucedido por seu filho Labashi-Marduk, que, após reinar apenas nove meses, foi, também,
deposto, sendo sucedido por Nabonido, outro genro de Nabucodonosor que, após três anos de governo, passou
a dividir o governo do reino com seu filho Belsazar.

- Naturalmente, os judeus, que haviam sido prestigiados por Nabucodonosor e por Evil-Merodaque, foram afastados
das principais funções do reino por Nerglissar, o que envolveu o próprio Daniel, já, então, seguindo-se a cronologia
de Edward Reese e Frank Klassen, já com 74 anos de idade.(Ev. Caramuru Afonso. portal ebd.)

- Deus não desamparou o povo de Israel, eles já sabiam que voltariam para sua terra depois
de um período, Deus da um parecer histórico a respeito do que se sucederia no trajeto o
povo judeu nesse processo de cativeiro, e na promessa messiânica que tinha sido dada em
gêneses. Á principio a visão se daria para o povo judeu, posteriormente englobara toda a
igreja como veremos nas próximas lições e um pouco nessa.

Paulo Costa esboço 4°trimestre 2014 Liçã o 8. Pá gina 1

Obs.: Certo é que Deus não desampara o seus, e sempre nos orienta em nossa
trajetória. Vemos a importância dessas visões e as do apocalipse para nós hoje, dessa
forma podemos ver o cumprimento dessas promessas, e nos aumenta a esperança da
volta de Jesus.

II- É dado ás visões para Daniel

-E capitulo 7, é um paralelo ao capitulo 2, onde o rei teve um sonho com uma estátua
com a CABEÇA DE OURO (babilônia), BARAÇOS E PEITO DE PRATA (medo-persa),
VENTRE E COXAS DE BRONZE (grego), PERNAS E PÉS DE BARRO (romano), e
vinha uma pedra e destruía a estatua, na qual Daniel interpreta. Esses mesmos reinos são
apresentados aqui, só que na figura de animais, e esse foram o impérios subsequentes.

A diferença é que no capítulo 2 esses impérios são representados por uma estátua, já
no presente capítulo, esses mesmos impérios são representados por quatro animais. No
capítulo 2, por meio de Nabucodonosor, Deus revelou o lado político desses últimos
impérios mundiais. A Daniel, nesse capítulo, Deus revelou o lado moral e espiritual”
(GILBERTO, 2010, p. 33) Mostraria então como eles seriam com mais detalhes.

a) Os quatros animais
Estava então Daniel em sua cama quando Deus começa a dar as visões, ele corre e começa
registrar essas visões. (Dn. 7.1). Eram quatro animais que representavam quatro reinos. (Dn.
7.17

• Os quatro ventos
2 Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do
céu combatiam no mar grande. 3 E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do
mar.

- Segundo outras referencias bíblicas os ventos são a representação do poder de Deus, no

novo testamento é o Espírito Santo, ou também significa guerras, e alguns acreditam que
esses ventos podem ser os anjos combatendo na terra. O mar é a representação da terra
vv17. Concluímos então que essa primeira parte é o poder de Deus que estava agitando os
povos e tudo debaixo do seu controle, e do meio deles se levantaram esse quatros reinos
segundo a permissão de Deus.

- Quatros animais grandes é uma boa discrição desses impérios, obsevemos a ferocidade
desses animais comparada a forma de agir desses impérios, e também o seus tamanhos na
qual todos eles conquistaram todo o mundo.

Representação:

4 O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram
arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe
dado um coração de homem.

Paulo Costa esboço 4°trimestre 2014 Liçã o 8. Pá gina 2

5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se
levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito
assim: Levanta-te, devora muita carne.

6 Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e

tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e
foi-lhe dado domínio.

7 Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal,
terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e
fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais
que apareceram antes dele e tinha dez pontas.

8 Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena,
diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta
havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.

• Leão com asas de águia

4 O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e
foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.

O leão foi o primeiro a ser relatado, e o primeiro que subir do mar.

Interpretação: Conforme os achados arqueológicos da cidade babilônica, e sua

reconstrução parcial, é dada como um dos principais símbolos desse império exatamente um
leão com asas de águia, e na linha de grandes impérios o babilônico foi historicamente o
primeiro. Sabemos que o leão é soberano na selva, e esta no topo da cadeia alimentar, a
águia reina nos ares, combinação perfeita para um império tão dominador como o
babilônico. No capítulo dois a babilônia era representada pela cabeça de ouro, reforçando ai
mais essa sua soberania.

Paulo Costa esboço 4°trimestre 2014 Liçã o 8. Pá gina 3

Daniel vê as suas azas sendo arrancadas, que traz alusão também ao momento que Deus
trata com a soberba do rei Nabucodonosor um leão dominador para um coração de homem,
e seu poder é grandemente reduzido.

• Urso
5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um
lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita
carne.

Interpretação: O urso é um animal monumental, podendo medir até 3m de altura, tem

dentes enormes, e se aproveita disso ligado a sua despreza para a sua caça, inteligente e com
muitas estratégias, é semelhante aos medos e persas, uma grande junção que dominou tudo
por onde passava por mais de 200 anos.

O urso é um símbolo adequado para o reino medo-persa. Força e ferocidade fazem parte de
quase todas as vezes em que a Bíblia usa a figura de um urso. A magnitude poderosa se
ajusta bem aos grandes exércitos persas. Diz-se que Xerxes comandou dois milhões e meio
de homens quando atacou a Grécia. A dualidade pode estar sugerida pela referência aos
lados do animal.(Comentário Biblico Moody).

As três costelas que estavam entre seus dentes é entendido como as suas conquista,
Babilônia, Lídia e Egito.

Os exércitos medos-persas passaram à História como profundamente sanguinários,

devoradores de muita carne, conforme anunciava a profecia. Afirma-se que Tomires,
rainha dos citas, mandou' cortar a cabeça de Ciro e mergulhou-a num odre cheio de sangue
humano, dizendo: "Farta-te de sangue, de que sempre viveste sequioso".…” (Visões
Proféticas de Daniel, pp.16-7).

• Leopardo
6 Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro
asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.

Interpretação: O leopardo não pode ser considerado tão forte quanto o urso, muito menos
quanto ao leão. Certo é que a principal característica do império grego-macedônio foi as
suas ágeis conquistas com Alexandre, seu exercito era muito mais preparado com
equipamentos que permitiam com que as suas campanhas fossem mais rápidas,
surpreedendo os seus inimigos.

As quatros cabeças e as quatro asas do leopardo, significam os quatro reinos que surgiriam
depois da morte de Alexandre, como legítimos sucessores do Império Greco-Macedônio.
Com efeito, após a morte de Alexandre, seu império foi dividido por seus quatro
generais Ptolomeu, que reinou no Egito; Seleuco, que reinou na Síria; Lisímaco, que
reinou sobre a Trácia (região que corresponde hoje a partes da Grécia, Turquia e
Bulgária) e a Chersonésia (atual Crimeia, que recentemente foi anexada pela Rússia,
fazendo parte anteriormente da Ucrânia) e Cassandro, que governou parte da Grécia.
(portal ebd)

• O Quarto Animal
Paulo Costa esboço 4°trimestre 2014 Liçã o 8. Pá gina 4
7 Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e
espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e
pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha
dez pontas. 8 Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena,
diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como
olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.

Interpretação: Esse animal é irreconhecível, Daniel somente o descreve como terrível e

espantoso, com seus dentes grandes de ferro e devorava tudo e com dez chifres. Esse animal
era realmente poderoso e teve desta em relação aos outros a tal ponto que Daniel pediu a
interpretação daquele.

- Na sucessão no relato do capitulo dois e na história, o próximo império foi o romano, o

império mais longo que se tem relato na história e com certeza o que teve mais domínio até
o memento.

- Este quarto animal, que Daniel não conseguira identificar, representa o Império
Romano, que sucedeu ao Império Greco-Macedônio. “…O Império Romano foi, de fato,
‘terrível’ em todos os seus aspectos: Jesus Cristo, o nosso Senhor, foi morto sob a força
brutal de este terrível poder. Os próprios judeus sofreram muito sob esse sistema de governo
desumano.(…). A própria história secular diz que este Império deixou atrás de si um rastro
de sangue. Ele era espantoso até mesmo para seus próprios governantes; ali havia muita
traição e maldade. Só em falar na palavra ‘romano’ todo o mundo tremia (ver Jo.19:12,13;
At.16:37-39)…” (SILVA, Severino Pedro da. op.cit., p.135).

Os dez chifres: Daniel repara que ele tem dez chifres, e do meio desses dez chifres se
levanta outra ponta (chifre), que derruba três outras pontas, e essa ponta tem olhos e
boca e falava grandemente, esse é um sinal que essa ponta será sobre as outras.

- O capitulo sete relata essas profecias, até o presente momento todas elas já se
cumpriram, porém a partir de agora são relatos que ainda irão acontecer após o
arrebatamento da igreja.

Essas dez pontas é a representação do império do anticristo, conhecido como o “império

romano restaurado”.

“Império Romano Restaurado” o reinado do anticristo. O anticristo será um sujeito de

uma elevada erudição conhecimento profundo em relação exterior, persuasivo, e capaz de
levar as pessoas a realmente acreditarem que ele tem a solução política econômica e social
para a humanidade, e seu discurso será tão convincente que até mesmo os Judeus, um tipo
de povo que não costuma a criar muitas alianças pelo mundo.

Nesse período será estabelecido o sinal da besta

O pastor carma sempre dizia de pastores que vinham ensinando a igreja a passar pela grande
tribulação, sugiro a leitura do livro dos mártires com certeza você não caíra nessa conversa
desses apostatas e liberalista.

O “império romano restaurado” ou essas dez pontas tipifica o modelo desse império, que
então será composto por dez potencias que servirá como suporte para a ascensão do império
do anticristo.

Após o arrebatamento da igreja esse homem com o espírito de satanás estabelecera um

novo império que conforme a bíblia serão sete anos, ou uma semana de anos (que veremos

Paulo Costa esboço 4°trimestre 2014 Liçã o 8. Pá gina 5

melhor nas próximas aulas) e na metade dessa semana ele quebrara o pacto feito com Israel,
ele tentara destruir o povo Judeu. Ap.12:14.

A ira de Deus caíra então sobre a terra, e muitas haverá muitas mortes, e aquele que quiser
ser salvo nesse período terá então que morrer, dar seu sangue para a salvação.

IV - A segunda parte da volta de Jesus

Na primeira parte da grande tribulação será bem tranquila em relação á segunda, na
qual o anticristo tentará destruir o povo judeu, mas não conseguirá, pois Deus pelejara
por eles e então todo olho vera Ele descendo das nuvens (Ap.1.7), diferente da
primeira parte da sua volta na qual será somente para a igreja.

O filho do homem recebe o reinado do Ancião de dias.

Então o anticristo será destruído na batalha do armagedom (Ap.19:11-21), e será

lançado no fogo notadamente o v.20, quando se fala explicitamente que o Anticristo e o
Falso Profeta serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre, então será estabelecido o
período de mil anos.

V- Conclusão: Esse, portanto é a primeira visão de Daniel a respeito do apocalipse.

Saber o significado de cada personagem dessas visões nos permite entender o que virá a
acontecer com a igreja e com o povo judeus, e aqueles que não alcançaram a salvação.

Precisamos cada vez mais pregar a volta de Cristo, proclamar cada vez mais, pois sabemos
que sua volta agora sim está realmente perto.

http://www.portalebd.org.br/files/4T2014_L8_recife.pdf

http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/
SetentaSemanasDaniel-IReis.htm

http://www.portalebd.org.br/files/4T2014_L8_caramuru.pdf

Paulo Costa esboço 4°trimestre 2014 Liçã o 8. Pá gina 6