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Nós, vocês, eles: todos produzimos

lixo. E produzimos cada vez mais.

Você sabia?
O Brasil gera mais de 1,5 milhão de toneladas
de resíduos sólidos por semana.

Fonte: Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública)

Isso equivale ao peso de aproximadamente


7 navios de cruzeiro. Pois é! É como se
enchêssemos um navio de lixo por dia.

E toda essa produção de resíduos tende a aumentar


com o passar dos anos: de 2010 a 2019, por exemplo,
houve aumento de 18,6% na geração de lixo.

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Produzimos muito lixo,
mas reciclamos pouco.

30% 3%

Por ano, o Brasil 30% desse lixo poderia Apenas 3% do


produz 79 milhões ser reciclado, reduzindo lixo reciclável no
de toneladas assim a quantidade de Brasil acaba sendo
de lixo sólido. resíduos em mais de 23 efetivamente
milhões de toneladas. reciclado.

Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública).

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Uma das razões para números tão baixos é a falta de infraestrutura
que facilite a adesão da população ao sistema de reciclagem:

Apenas 17% da população do país é


17% atendida por alguma ação de coleta seletiva.

ONG Compromisso Empresarial de Reciclagem (Cempre), Relatório de 2018.

Outro motivo é a falta de informação: um levantamento realizado


em 2019 pelo Instituto Ipsos relata que 54% dos brasileiros
não entendem como funciona a reciclagem em sua região. Já o
Ibope aponta que 66% da população sabe pouco ou nada sobre
coleta seletiva, e que 39% não separa o lixo.E é justamente
para ajudar a esclarecer esse processo que criamos este guia.

Guia B.O.B da Reciclagem


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Os 5 Rs da sustentabilidade:

Criamos o Guia B.O.B da Reciclagem para que, juntos, possamos


fazer nossa parte, aumentando aos poucos o alcance da reciclagem
em nosso país. Assim, podemos dar mais um passo em direção
a uma vida em mais equilíbrio com o nosso planeta.

Pront@ para fazer da reciclagem


uma prática diária?
Vamos lá? >

Guia B.O.B da Reciclagem


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1

O que é
reciclagem?
Afinal, o que é reciclagem?

De forma resumida, a reciclagem transforma algo que não é mais


utilizado em matéria-prima para a produção de um novo bem
– que, aliás, pode ser totalmente diferente do objeto original.

É a partir da reciclagem, por exemplo,


que uma embalagem de isopor, pode
virar uma moldura de quadro ou que um
pneu é transformado em vaso de planta!

Legal, não?

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Além de diminuir a quantidade de resíduos
por aí, a reciclagem também reduz a extração
de novas matérias-primas — normalmente,
não renováveis — da natureza.

“Na natureza nada se perde,


tudo se transforma”

Sozinha, a reciclagem não é capaz de aliviar o peso


da ação humana no planeta: recusar produtos que
geram impactos negativos quando descartados
e consumir com mais consciência também são
atitudes fundamentais. Aliada a elas, a reciclagem
consegue fazer a sua parte na redução efetiva do
lixo e na conservação dos recursos naturais.

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E, claro, muita coisa é reciclável.
Muita mesmo. Mas, infelizmente,
quase nada do que é reciclável, na
verdade, chega a ser reciclado...

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2

Reciclagem no Brasil
Você
O caminho para Comece fazendo o descarte
a Reciclagem correto, separando o lixo
reciclável do não-reciclável

Coleta Cooperativa Logística Coleta


Seletiva de Catadores Reversa Especial

Veja se já é atendido Você também pode Marcas com este Alguns itens que
pela coleta seletiva fazer entrega de serviço recebem de não são aceitos pela
doméstica. Se não recicláveis para volta as embalagens coleta convencional
for, procure o ponto uma cooperativa vazias de seus podem ser levados a
de coleta mais de preferência. produtos. Que tal pontos específicos.
próximo. Procure uma perto checar?
de você!

Usinas de
Triagem
Reciclagem

Após ser recolhido, o lixo É aqui que os resíduos viram


reciclável é separado em grupos uma matéria-prima, que será
com características semelhantes utilizada para produção de
para que os materiais sejam novos bens.
melhor aproveitados.

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Os agentes de reciclagem no Brasil
A dinâmica da reciclagem no Brasil funciona
apoiada em 4 atores do processo:

1 Iniciativa Pública 2 Iniciativa Privada

São as ações governamentais Trata-se das empresas que


que funcionam em nível federal, atuam no ramo da reciclagem
estadual e municipal. Além e exploram seu potencial
disso, algumas cidades também econômico, bem como as
possuem sistemas-modelo de iniciativas de reciclagem
coleta seletiva e reciclagem: implantadas por muitas indústrias
esse número cresceu 29% de e os programas de logística
2010 a 2019, chegando a 73% reversa de alguns fabricantes,
das cidades brasileiras, mas se que recolhem as embalagens e
baseia em ações experimentais, outros descartes gerados pelo
de ainda pouco alcance prático. consumo de seus produtos.

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3 Iniciativa Social

As iniciativas sociais talvez sejam as mais conhecidas entre os brasileiros,


e se desenvolveram como uma oportunidade de renda e sustento para um
grande número de pessoas. Estamos falando das ONGs e Cooperativas
de Catadores que realizam a coleta e triagem de materiais para depois
encaminhá-los às usinas de reciclagem, dando início ao ciclo.

Catadores, seus lindos! O que é Economia Circular?

Os catadores são um elo crucial da É um conceito que busca zerar a


frágil economia circular que envolve a criação de resíduos, rompendo
reciclagem no Brasil. com o conceito linear de “fim
Eles respondem por 90% do lixo de vida”. Para isso, utiliza-se um
reciclado no país. conjunto de estratégias que
não apenas prolongam a vida
Apoiar as cooperativas de coleta útil de um determinado objeto
seletiva em sua comunidade é e/ou matéria-prima, como a
fortalecer os elos dessa cadeia tão reciclagem, mas que também
importante para todos nós e para o combatem o esgotamento de
planeta! Sites e apps, como o Cataki recursos naturais, descartando
e o Pimp My Carroça, ajudam você a o uso de fontes não-renováveis,
encontrar uma cooperativa próxima de por exemplo.
você e a concretizar seu incentivo!

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4 Iniciativa Pessoal

Não dá para imaginar a reciclagem acontecendo sem assumirmos


nossa parcela de responsabilidade. Nós, consumidores,
geramos boa parte de todo esse lixo, e precisamos colaborar
para reduzir esse impacto criando uma dinâmica de
reciclagem em nossos lares. Separando nosso lixo e fazendo
o descarte correto, fazemos nossa parte e colaboramos
para que ele chegue a essas iniciativas de reciclagem.

Reciclagem Colorida
Será que você sabe Papel Resíduos orgânicos
identificar as cores
de cada lixeira de Plástico Resíduos perigosos
reciclagem? Elas vão
muito além das famosas Vidro Resíduos ambulatoriais
lixeiras azuis, verdes, Metal Resíduos radioativos
amarelas e vermelhas. No
Brasil, elas costumam ser: Madeira Resíduos não recicláveis

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3

O que impede um
item reciclável de ser
reciclado?
Para fazer sentido, a reciclagem deve ser um
processo que leva em consideração 3 aspectos:

1 Técnico
Certos materiais são muito difíceis de serem preparados para
a reciclagem, sendo necessário limpar e separar diferentes
componentes, como acontece com o lixo eletrônico, por exemplo.
E, dependendo de como os materiais originais foram desenvolvidos,
essa tarefa exige muito tempo e esforço, atrapalhando o processo de
reciclagem de outros materiais mais fáceis de serem reciclados.

2 Ambiental
Se a reciclagem visa uma maior sustentabilidade do planeta, o
processo em si não deveria causar impactos negativos, concorda? No
entanto, a reciclagem de certos materiais acaba consumindo muitos
recursos enquanto é realizada — água, energia, entre outros. Assim,
se um item causa grande impacto para ser reciclado, a atividade
toda deixa de fazer sentido, e ele precisa ser deixado de lado.

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3 Econômico
A reciclagem precisa ser financeiramente viável para todos os envolvidos.
Se não houver demanda pelos novos materiais resultantes do processo, o
ciclo não se fecha e a reciclagem deixa de ter propósito. Ou se o processo
custou muito caro, os novos insumos chegam ao mercado com valores
elevados, perdem competitividade, e acabam encalhados. Quando o plástico
reciclado custa mais caro que o plástico virgem, quais são suas chances de
voltar a circular no mercado? Lei da oferta e da demanda, basicamente.

Por conta desses 3 fatores, e da forma como se relacionam


um com o outro, muitos materiais que seriam recicláveis
(na teoria) acabam não sendo reciclados (na prática).

O Brasil deixa de ganhar


14 bilhões de reais por ano
com as 12 milhões de toneladas de
resíduos sólidos que não são reciclados.

Dados: Abrelpe

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Lista de materiais
recicláveis e
não-recicláveis
Sabemos que plástico, vidro, metal e
alumínio são recicláveis, certo? Mas
e o isopor, as lâmpadas e as pilhas?

O símbolo das 3 setas nem sempre está presente em


tudo que compramos, mas será que a falta dele significa
mesmo que o produto não pode ser reciclado?

Aqui, você vai compreender melhor


as reais possibilidades de reciclagem
de muita coisa que está à sua volta!
>

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Vale lembrar:
Materiais considerados não-recicláveis hoje podem se
tornar recicláveis em um futuro não muito distante.

Assim, a lista abaixo considera o padrão adotado pela maioria das


cooperativas e empresas do mercado, mas cada uma utiliza seus próprios
procedimentos para aceitar ou recusar determinados itens. Além disso
a oferta de reciclagem especial varia muito de cidade para cidade.

Comecemos, então, pelo básico: conheça os principais itens recicláveis


e não-recicláveis dos 4 principais grupos de materiais recicláveis.

Todos os itens recicláveis devem estar limpos


antes de serem destinados à coleta, ok?

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Plástico
O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, mas recicla
apenas 1,3% de todo volume produzido. A maior parte dos plásticos
tem boa condição de reciclagem, especialmente os famosos PET. Alguns
precisam passar por processos específicos, e devem ser direcionados
à reciclagem especial. Outros, por razões técnicas e econômicas,
realmente não podem ser reaproveitados e devem ir para o lixo comum.

Coleta Seletiva Coleta Especial ou Não-reciclável


Logística Reversa (lixo comum)
Garrafas, copos,
embalagens PET Isopor, chapas de raio-x, Espuma, esponja de
(refrigerantes, vinagre, plástico metalizado, cozinha, tomadas, acrílico,
óleo, etc.), sacos/sacolas, cartões de crédito, bandejas de plástico,
tampas, frascos de embalagens metalizadas cabos de panela.
produtos, canetas (sem (café e salgadinho).
tinta), canos e tubos de
PVC, embalagens de
produtos de limpeza,
embalagens tipo
Tupperware, brinquedos
de plástico, baldes.

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Papel
Quase todos os tipos de papel têm alta chance de reciclagem. Vale a pena
picar o papel para ocupar menos espaço em sua coleta seletiva caseira.
Quando sujos, engordurados ou envolvidos em processos químicos,
eles perdem sua condição de reciclagem. Alguns tipos de papéis
usados em embalagens devem ser encaminhados à coleta especial.

Coleta Seletiva Coleta Especial ou Não-reciclável


Logística Reversa (lixo comum)
Papel de fax, jornais
e revistas, livros,
Papéis plastificados, Papéis sanitários,
envelopes, papel sulfite,
papéis metalizados etiquetas adesivas,
cartazes, folhas de
e papéis laminados. papéis engordurados,
caderno, fotocópias,
papel carbono, papéis
embalagens longa vida
parafinados, fotografias
tipo Tetrapak, formulários
reveladas em processo
de computador, caixa de
químico, papel celofane,
pizza, caixas em geral
bitucas de cigarros,
(papelão/ondulado),
guardanapos, cupons
cartolinas e papel cartão.
fiscais (papéis térmicos).

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Metal
Em tese, metais são 100% recicláveis, mas alguns deles (recipientes de
produtos químicos e/ou nocivos) precisam passar por sistemas especiais e
outros são considerados, na prática, como não-recicláveis, já que o custo de
sua viabilidade técnica ultrapassa seu potencial econômico. Saiba quais são:

Coleta Seletiva Coleta Especial ou Não-reciclável


Logística Reversa (lixo comum)
Latas de bebidas, enlatados,
tampinhas de garrafas, Latas de solventes Clipes, tachinhas,
ferragens, arames, talheres químicos, de tinta, de grampos, esponja de
de metal, panelas sem cabo, verniz e de inseticidas. aço (ela se decompõe
papel alumínio limpo, canos, facilmente na natureza).
pregos, aerossóis, cobre,
embalagem de marmitex.

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Vidro
A maioria dos vidros presentes em nosso dia a dia possui alto potencial
de reciclagem, mas nem todo tipo de vidro é considerado reciclável
na prática, em especial aqueles cuja produção envolve outros metais
e substâncias que dificultam seu manejo e transformação.

Coleta Seletiva Coleta Especial ou Não-reciclável


Logística Reversa (lixo comum)
Garrafas, embalagens,
copos, vidros especiais Monitores, lâmpadas, Lentes de óculos, box
(como tampa de forno ampolas de remédios (com temperado, para-brisa
microondas), potes líquido dentro), cerâmicas, de carros.
de conserva, cacos, porcelanas, espelhos.
frascos de remédios
(vazios e lavados).

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Lixões x Aterros Sanitários

Tudo o que não é reciclado acaba, basicamente, em


lixões ou aterros sanitários. Os primeiros são proibidos
por lei no Brasil, e têm data para deixarem de existir,
pois são extremamente prejudiciais ao ambiente.

Já os aterros são preparados para receber os


resíduos e reduzir o impacto ambiental, mas
possuem vida útil curta (cerca de 10 anos) e precisam
sempre de novos locais para sua instalação.

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5

Casos especiais
Ficou em dúvida? A gente responde.

Óleo de Cozinha

Você sabia que 1 litro de óleo pode poluir até 25 mil


litros de água? Por isso, não jogue-o na pia. Guarde
os resíduos do óleo usado no preparo dos alimentos
até juntar uma quantidade razoável, e em seguida
procure PEVs em mercados ou ONGs especializadas.
Ele pode virar biodiesel — em um processo de nome
complicado, a transesterificação — ou até sabão, sabia?

O que são PEVs?

Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) ou Pontos Públicos de Coleta (PPCs) são locais
que aceitam materiais com potencial reciclável, mas que não são recolhidos pela coleta
seletiva tradicional. Podem ser especializados em um resíduo específico ou podem ser
mais abrangentes, aceitando diferentes tipos de resíduos. Geralmente estão instalados em
pontos de venda de grande circulação, como mercados, shoppings ou nas próprias lojas onde
os produtos foram adquiridos.

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Isopor? Recicle, por favor!

Sim, o isopor é reciclável – mas apenas 7% dos


brasileiros sabem disso, já que nem todas as
empresas fazem esse serviço (existe pouco interesse
econômico). Você pode consultar a lista no site
da Comissão Setorial do EPS para saber onde
reciclar o material. Reciclado, o isopor pode virar
brinquedos, molduras de quadros e muito mais!

Plástico Filme

O ideal é usar o pano de cera, uma alternativa


sustentável e biodegradável para embalar alimentos
e cobrir potes — alguns podem até ser veganos. Mas
se precisar reciclar plástico filme, não o descarte
para a coleta seletiva, junto aos demais plásticos,
pois é feito de PVC. Em vez disso, limpe-o e pesquise
por locais de coleta especializada: o Instituto
Brasileiro do PVC tem uma lista em seu site!

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Lixo eletrônico pode ser reciclado?

Deve! Cresce a cada dia o número de PEVs desses


aparelhos. Eletrônicos possuem materiais e
substâncias danosos ao ambiente e à nossa saúde,
e não podem ser descartados em lixo comum. Além
disso, carregam metais preciosos como ouro e prata,
sabia? Há muitos pontos de coleta e várias lojas de
eletrônicos aceitam receber aparelhos de volta.

Pilhas e Baterias

Também são lixo eletrônico. Junte as pilhas com


outros resíduos eletrônicos e procure por um
ponto de coleta próximo a você – eles podem ser
encontrados em locais de grande circulação, como
bancos, supermercados e shoppings. No Brasil, só
1% das pilhas é reciclada. Dá para acreditar?

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eLixo

Segundo as Nações Unidas, são 50 milhões


de toneladas de lixo eletrônico produzidas
no mundo todo ano. Só 20% é reciclado
(com bastante dificuldade), e boa parte é
descartada incorretamente, contaminando
o ambiente. Pesquisas revelaram que
crianças expostas aos agentes químicos do
lixo eletrônico desenvolvem mais problemas
neurológicos e cognitivos.

Raio-X? Reciclável!

As “chapas” de raio-x são de plástico, mas possuem


prata, e já existem empresas que desenvolveram
sistemas para sua reciclagem. Estima-se que 50
mil lâminas de radiografias rendam uma barra de 5
quilos de prata! Procure saber se hospitais e clínicas
de radiologia estão recebendo esse material.

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E aquele papel laminado/metalizado?

Possível? Sim. Viável? Nem tanto. Muitas cooperativas


e empresas optam por não reciclar esse material,
que está presente em embalagens de salgadinhos
e pó de café, por exemplo. A reciclagem dele é
custosa e rende pouco. Empresas como a TerraCycle
são uma opção. Com ela, papéis especiais e outros
itens de difícil reciclagem ganham nova vida!

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Remédios: como descartar?

As embalagens de papelão, frascos vazios e os


tubos de alumínio podem ser devolvidos à coleta
seletiva desde que estejam limpos, sem vazamentos!
Mas remédios vencidos, em frascos de vidro, tubos
ou em pílulas, por exemplo, devem ser entregues
à reciclagem especial – muitas farmácias fazem
essa coleta. É só procurar a mais próxima!

Reciclar lâmpadas: boa ideia!

Elas podem conter mercúrio, que faz mal à saúde,


e, por isso, devem ser levadas a pontos de coleta
específicos, geralmente encontrados em lojas do
setor. Por lei, as fabricantes de lâmpadas devem
implantar sistemas de logística reversa.

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E as tais cápsulas de café?

Algumas são de plástico e outras, de alumínio. Quase


sempre, sua reciclagem depende da logística reversa,
devolvendo as cápsulas usadas para a empresa
que as produziu — então questione a sua marca de
preferência se é possível a devolução para reciclagem.
As cooperativas até se interessam pelas cápsulas de
alumínio, mas você precisa separar a borra de café e
limpar o metal. Enfim: recicláveis, mas um cafézinho
feito com filtro reutilizável ainda é melhor. :)

Entulhou?

Resíduos da construção civil podem ser transformados em


novos materiais, como areia, brita e pedrinhas! Para isso,
basta encontrar uma usina que recicle esses materiais.
Dica: elas geralmente também reciclam cerâmicas e
porcelanas. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, tem
em seu site uma lista de transportadoras certificadas
que destinam corretamente esses tipos de resíduos.

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Potes de iogurte? Também valem!

Esses recipientes costumam se dividir em 2 materiais


diferentes: a base é de plástico, então basta
limpar, secar, e direcionar para a coleta seletiva;
e as tampas podem ser de alumínio, que também
podem ir direto para a reciclagem tradicional, ou
de papel metalizado, que, como já vimos, precisam
ir para coleta especial. Não se esqueça de também
limpar as tampas antes de fazer o descarte, ok?

Compostagem: um tipo de reciclagem

A “reciclagem” de alguns resíduos orgânicos, como


podas de plantas, cascas de frutas e talos de legumes
que você não conseguiu aproveitar na cozinha, pode ser
feita através da compostagem: esse processo natural
transforma o alimento em novos nutrientes que servem
de adubo para plantas ou hortas caseiras. E você pode
fazer em sua casa! Clique aqui e saiba como!

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7

Como reciclar, afinal?


Agora que você já sabe como a reciclagem
funciona no Brasil, o que pode e o que
não pode ser reciclado, chegou a hora de
entender como incorporar a reciclagem de
forma prática e consistente no cotidiano.

Conheça algumas atitudes que você


pode tomar desde já. Com informação
e ação, a mudança acontece.

>

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Assuma uma mentalidade recicladora

O primeiro compromisso é pesquisar e saber mais sobre a reciclagem.


Como vimos, muita coisa acaba no lixo comum porque pouca gente sabe
que ele é reciclável. Portanto, se estiver em dúvida sobre um determinado
item, busque mais informações sobre ele – fizemos este guia justamente
para te ajudar nisso! Consulte essas páginas sempre que precisar.

Faça a lição de casa

Crie um sistema caseiro onde seu lixo já é previamente separado


(lembre-se que tudo deve ser limpo e seco antes de ser descartado).
Segundo a iniciativa Recicla Sampa, dividir seu lixo entre comum e
reciclável já aumenta em 30% a chance dele ser, de fato, reciclado.
Você pode avançar ainda mais e separar os materiais em categorias:
plástico, papel, vidro, metal e orgânico. Isso facilita o trabalho dos
recicladores e clarifica quais são suas escolhas de consumo, ajudando
a identificar mudanças positivas que podem ser efetuadas. Você pode
notar, por exemplo, que consome mais plástico do que imaginava!

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Procure os melhores canais de coleta

Se você mora em prédios ou condomínios, provavelmente já


é atendido por algum sistema de coleta seletiva. Se isso não
acontece, proponha a ideia e envolva-se na implementação! Se
mora em uma casa, procure por Cooperativas ou ONGs que
atendam sua comunidade. Entre em contato, saiba como funciona
a coleta e deixe seu lixo separado para facilitar a reciclagem.

Vá além!

Se você descobriu que alguns itens de seu lixo não podem ser destinados
à coleta seletiva tradicional, não desista: pesquise o que fazer para dar
a eles o destino correto. Como vimos neste guia, existem empresas
especializadas na reciclagem de materiais específicos e Pontos de Entrega
Voluntária (PEVs) onde você pode deixá-los. Faça um esforço extra e vá até
onde puder para impedir que um material reciclável acabe no lixo comum!

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Apoie

Lembre-se que a esmagadora maioria do lixo reciclado no Brasil


é obra de grupos de catadores e ONGs que lutam diariamente
para realizar seu serviço. Qualquer — qualquer mesmo! —
forma de apoio a essas iniciativas fará um impacto sensível nas
rotinas dessas pessoas e, logo, no meio ambiente. Pode ser uma
contribuição financeira, a doação de algum instrumento de trabalho
ou simplesmente ajudar na divulgação desses serviços!

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Mãos à obra
Já deu para notar que a reciclagem é um tema em constante
evolução. Com o avanço da tecnologia e a implementação
de novas dinâmicas econômicas, a tendência é que
novos itens e materiais passem para a lista de recicláveis.
Então fique sempre atento às novidades: algo que não
é reciclável hoje, pode vir a ser reciclado amanhã.

Ainda assim, esperamos que este guia seja uma fonte de


referência para que você possa colocar a reciclagem em
prática, transformando-a em rotina, e ajudando assim
a aumentar os números da reciclagem no Brasil.

Vale lembrar também que é crucial aplicar outras


atitudes de consumo consciente em seu cotidiano –
a reciclagem sozinha não é capaz de fazer milagres,
né? Muitas vezes, o segredo está em suas escolhas:
recusar o consumo de itens com alto impacto
ambiental é o primeiro passo dessa jornada. E se
você quiser saber mais sobre isso, te convidamos a
conhecer o Guia B.O.B do Consumo Consciente.

Clique aqui para baixar ;)

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Reciclar nosso estilo de vida e a
forma como interagimos com o
mundo à nossa volta é o segredo
para um futuro mais sustentável
e um planeta mais limpo.

vamos juntos?

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