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editorial

FOTO JOMAR BRANÇA/DIVULGAÇÃO

Muito mais
que verde
Além da beleza e dos aromas, é comprovado que as plantas melhoram a
qualidade de vida, influenciam a saúde, reduzem a ansiedade e o estresse, e,
ainda, estimulam a criatividade. Então, nada melhor que estar cercado pela
natureza, seja em varandas, quintais, coberturas, casas de praia ou de campo.
Não importa a metragem disponível, é possível cultivar espécies ornamentais ou
medicinais, hortas com temperos e até um pomar com suas frutas preferidas.
Pensando nisso, as páginas a seguir apresentam um verdadeiro festival de
cores e estilos: são dezenas de folhagens, gramíneas, flores e árvores, que
permeiam espaços harmoniosos de contemplação, aliados a outros elementos
paisagísticos, como deliciosas piscinas, espelhos d’água com peixes e vegetação
aquática, pergolados com espaço para relaxar, jardineiras, decks e revestimentos,
acessórios decorativos, móveis para todos os gostos e muito mais. Inspire-se nas
propostas e escolha a mais adequada para curtir com a sua família. Boa leitura!

Os Editores
redacao@editoraonline.com.br
www.revistaonline.com.br

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POR YARA GUERCHENZON | FOTOS SIDNEY DOLL | PRODUÇÃO VISUAL HÉLIO ANSELMO

... móveis para


área externa

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1<Sofá e namoradeira Urban (180 x 73 x 82 cm e 110 x 73 x 82 cm*), de alumínio e fibra sintética, com revestimento de tecido Sunbrella. Mesa lateral
e de centro Fusion (60 x 75 cm** e 140 x 100 x 18 cm), de madeira Pinus. Pufe e garden seat Marina (54 x 40 cm e 42 x 47 cm), de alumínio e corda
náutica. Pufe Soft (50 x 40 cm), de espuma com revestimento de tecido Sunbrella. Todas as peças são da Tidelli. Almofadas estampadas (50 x 50 cm***),
com diversos tecidos. Da A Donatelli. Tapete Kilim Karabagh (3,48 x 2,47 cm), de lã e algodão. Da by Kamy. As demais peças são da Tidelli. 2<Mesa
de centro Pilar (120 x 120 x 27 cm), com base de madeira Cumaru e tampo de vidro. Na Westwing. 3<Poltrona Animation (45 x 80 cm), de bambu e
tecido reciclado. Na Ethnix. 4<Sofá Mirabella Outdoor (225 x 92 x 80 cm), com base de alumínio, estrutura tramada de fibra sintética, almofadas (63
x 63 cm) e assento revestidos com tecido Ratier Salerno. Da Artefacto. 5<Banco Rococó (35 x 39 x 45 cm), com base de ferro e assento de madeira
de demolição. Na Westwing. 6<Rede Dondo (253 x 100 x 68 cm), do designer Pepê Lima, feita de madeira Cumaru, alumínio e fibra sintética. Da Mac
Móveis. 7<Mesa auxiliar Nantes (35 x 41 x 42 cm), de alumínio e fibra sintética com pintura eletrostática. Na Clami

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8<Espreguiçadeiras Pier14 (194 x 69 x 33 cm), com estrutura de alumínio com pintura epóxi, fibra sintética X-Fiber e ripado de madeira Garapeira. Da
Saccaro. Ombrelone Ligure (300 x 260 cm), de tecido acrílico impermeável com proteção UV e tubo de aço inox e base de concreto revestido de chapa
de aço. Da Saccaro. 9<Banqueta ou mesa de apoio Curva (35 x 35 x 40 cm), de madeira Pequiá. Da Tora Brasil. 10<Espreguiçadeira Mucuri (206 x
92 x 88 cm), do designer Zanini de Zanine, feita de madeira Cumaru. Na Novo Ambiente. 11<Poltrona Modular (90 x 110 x 85 cm), estofada com tecido
Sumbrella. Da Tidelli. 12<Poltrona Marapendi (83 x 64 x 80 cm), da Lattoog Design, com fechamento de fibra sintética, assento com estofado removível
e banqueta (61 x 43,5 x 33,5 cm) que pode ficar encaixada. Da Lider Interiores.13<Chaise Serena (160 x 140 x 80 cm), de Diego Waltrick, de polietileno
com proteção UV e almofadas revestidas com tecido Aquacblock. Na Livin Out. 14<Aparador Teca (100 x 40 x 70 cm), de aço carbono pintado e tampos
de vidro transparente ou MDF. Da Jader Almeida

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*Largura x profundidade x altura, respectivamente.


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** Diâmetro x altura, respectivamente.


20 *** Largura x altura, respectivamente.

15<Carrinho (164 x 74 x 68 cm), de madeira Elmo. Na Rug Hold. 16<Poltrona Bahia (75 x 95 x 80 cm), com base de aço carbono, trama de
junco pintado e almofadas soltas revestidas com tecido O´Bravia100% poliéster com proteção UV. Na Clami. 17<Namoradeira Hera (120 x 65 x 71
cm), de madeira maciça Teca com detalhes de inox. Na Maison Sierra. 18<Mesa lateral Sunrise (46 x 54 cm), da Ethnix, com estrutura de ferro. Na
Mobly. 19<Poltrona Mentari (73 x 77 x 77 cm), com base de madeira Teca, fibra sintética e estofado revestido com tecido O’ Bravia 100% poliéster
com proteção UV. Na Clami. 20<Conjunto de mesa de jantar e banco Guanxuma (216 x 104 x 75 cm e 180 x 58 x 45 cm), de madeira Pequiá
despigmentada e bases de pedra. Da Monica Cintra

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Paisagens
arrebatadoras
Gramíneas, flores, árvores, folhagens, elementos ornamentais e
cantinhos para relaxar compõem jardins de diferentes metragens

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Modernidade assimétrica é o conceito que Fernando Thunm


pretendia imprimir ao jardim de 330 m², situado no lar de
um casal com três filhos adultos. A ideia era agregar valor
à arquitetura, sem abrir mão de um paisagismo com muita
personalidade. Assim, o ponto de partida foi o desenho da
piscina de borda infinita, que transborda, inclusive, ao longo do
convés, próximo a uma sala de estar com mobiliário de fibra
sintética e banco de madeira. Representando a vegetação
vertical, Kaizukas (Juniperus chinensis torulosa) e Choupos
(Populus alba) foram utilizados em frente à residência. Outro
destaque são as Oliveiras (Olea europaea), com 4 m de altura,
plantadas ao lado da casa, que podem ser vistas de todo
o imóvel. Para garantir privacidade, mudas de Grama-azul
Planejada em detalhes, a iluminação privilegia a área da piscina, com
(Festuca glauca) foram plantadas próximas à piscina.
sistema de LED, que promove diversas cores e demarca o convés. De
pedra natural, a fachada da casa ganhou pavimentação com lâmpadas Projeto, Fernando Thunm Paisagismo; mobiliário externo, Saccaro Porto Alegre; iluminação,
PAR 38, bem como as áreas das plantas de grande porte Vértice; revestimento da piscina, Cerâmica Atlas; plantas, Floricultura Jasmin.

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POR BRUNA NETO | FOTOS CARLOS EDLER/DIVULGAÇÃO

Um condomínio fechado em Canela, na Serra Gaúcha, é


palco de uma vegetação diversificada com porte avantajado.
O projeto surgiu quando os moradores decidiram ampliar
a casa, o que resultou na criação de um deck de madeira
Cumaru próximo à área de lazer, com dois níveis: o mais alto
com piscina térmica e o mais baixo com um fogo de chão de
alvenaria, feito de pedra Grês Rosa, perfeito para o inverno
rigoroso da região. O jardim de 1.100 m² já trazia algumas
espécies nativas, que foram complementadas com plantas
resistentes à geada e à neve. Assim, Fernando Thunm lançou
mão de Kaizukas (Juniperus chinensis torulosa), Tuias-jacaré
(Juniperus horizontalis), Camélias (Camellia japonica), Capim-
do-texas (Pennisetum setaceum) (Pennisetum setaceum),
Pitanga-anã (Eugenia mattosii), Buxos (Buxus sempervirens),
Camboim (Myrciaria cuspidata), entre outras.

Projeto, Fernando Thunm Paisagismo; vasos, L’oeil São Paulo; iluminação, Vértice; O auge do projeto luminotécnico contempla a vegetação de grande porte,
Mobiliário, Mac Móveis e Jasmin Mac Porto Alegre. iluminada com embutidos de solo CDMR de foco fechado

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Para a edição 2015 da Casa Cor RS, o arquiteto Fernando


Thunm idealizou o “Jardim Contemporâneo”, de 390 m². O
centro do projeto é uma piscina de concreto em forma de raia,
com borda transbordante, que se estende até um lounge com
lareira e um pergolado de madeira natural. Piso de cimentício
e mobiliário de linhas retas de alumínio pintado e texturizado
criam um contraste interessante em relação ao verde que
permeia a atmosfera moderna. Aqui, a vegetação foi composta
por um mix de Oliveiras (Olea europaea), Palmeiras-
washingtônias (Washingtonia robusta), Fênix (Phoenix
roebelenii), Cicas (Cycas revoluta), Camélias (Camellia
japonica) e muitas forrações.

Projeto, Fernando Thunm Paisagismo; piscina e móveis, Hydrotec; mobiliário, Green House;
vasos vietnamitas, Casiere Móveis; pisos e revestimentos, Outdoor e Ladrilhart; iluminação,
Vértice; lareira, Arcaz; metais, Deca; pergolado e deck de madeira, Plena Madeiras;
objetos, Tok&Stok; tintas, Tintas Renner; almofadas, tecidos, Manjabosco Decor; toldos,
HunterDouglas Luxaflex.

Na volta da piscina, as peças de cimentício utilizadas


são New Rock de 1 x 1 m, enquanto o pergolado
recebeu piso Classic, de 0,50 x 0,50 m

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Criado para fazer aflorar os sentidos, este jardim de 25 mil


m² surgiu da paixão dos moradores pela região da Toscana,
localizada na Itália. Coube ao paisagista Gilberto Elkis delinear
platôs e recantos com espécies coloridas a aromáticas, a fim
de definir pontos de pausa e contemplação ao redor da casa.
Mesclam-se perfumes de Madressilva (Lonicera japonica),
Jasmim (Jasminum officinale) e Lavanda (Lavandula sp).
Além disso, outros cantos chamam a atenção, como as
colunas inglesas de ferro fundido – trazidas da antiga
estação ferroviária de Piracicaba, no interior de São Paulo
– ornamentadas com Sete-léguas (Podranea ricasoliana),
Buxinhos (Buxus sempervirens) podados em formato redondo
e Ciprestes-da-Itália (Cupressus sempervirens), que reforçam
a atmosfera como pilares. Orquídeas-brancas (Phalaenopsis
x hybridus) pendem da Oliveira (Olea europaea), enquanto a
Falsa-vinha (Parthenocissus tricuspidata Planch) emoldura o
cenário com chão de pedrisco de tom palha.
Flores vermelhas de Gerânios (Pelargonium hortorum)
Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo. enfeitam os vasos e arrematam o projeto

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O paisagista Gilberto Elkis surpreendeu ao transformar este


terreno de 2.285 m², localizado em São Paulo. A propriedade
traz 1.283 m³ de vegetação, 87 m² de piscina e revela uma
mescla de estilos: a identidade neoclássica da arquitetura
aliada à simetria e imponência dos jardins franceses. A
técnica escultural de poda, a organização de cada planta, o
uso de painéis de espelhos para ampliar a visão e a moderna
fonte, que traz um filete de água que cai sobre uma base de
pedriscos, são responsáveis pela singularidade do projeto.
As espécies utilizadas vão de Capim-dos-pampas (Cortaderia
selloana) e Grama-esmeralda (Zoysia japonica) até Murta
(Myrtus communis), Kaizuka (Juniperus chinensis torulosa),
Azaleia (Rhododendron simsii), Tuia-jacaré (Juniperus
horizontalis) e Viburno (Viburnum tinus).

Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo.

Aqui, os destaques são os painéis de espelho, que revelam as linhas geométricas


do jardim, e a piscina, projetada como uma escultura, elevada a 40 cm do chão,
soberana em meio ao verde que emoldura toda a área

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Este jardim tropical abrange uma área com aproximadamente


830 m², planejada minuciosamente por Gilberto Elkis para um
casal com filhos adolescentes. O briefing, que solicitava um
espaço de contemplação e interação da família, foi atendido
em um projeto rico em folhagens e tons de verde. Entre as
diversas espécies, temperos, suculentas e cactos variados
preenchem vasos; trepadeiras garantem dinamismo, e
árvores frutíferas ganham a atenção, como Jabuticabeiras
(Myrcia cauliflora) e Pitangueiras (Eugenia uniflora). Ainda há
espaço para Samambaias (Nephrolepis exaltata), Camélias-
brancas (Camellia japonica), Murtas (Myrtus communis),
Licualas (Licuala grandis) e, nos jardins verticais, Aspargos
(Asparagus officinalis), Columeias (Columneia microphylla),
Rendas-portuguesas (Davallia fejeensis), Lambari
(Tradescantia zebrina) e muitas outras.

Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo; vasos de pedra, Jardí; pedriscos, Palimanan; madeira
Cumaru, Hydrotech.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS SALVADORE BUSACCA/DIVULGAÇÃO

Para criar a prainha, o paisagista lançou mão de mármore Travertino Turco,


madeira Cumaru e detalhes com pedra Hijau, da Palimanan

Localizado em um terreno em Porto Feliz, em São Paulo,


o casarão de estilo colonial foi a inspiração para o projeto
paisagístico neotropical, desenvolvido por Marcelo Faisal,
que contempla uma área de 5.100 m². Sua principal marca
é a alameda de acesso, permeada com Palmeiras-imperiais
(Roystonea oleracea), que enfatizam a simetria da arquitetura,
intermeadas por caixas de Buxos (Buxus sempervirens)
podados de forma quadrada e, junto à casa, um rodapé
de Viburno (Viburnum tinus). Situadas em um pergolado,
Jabuticabeiras (Myrcia cauliflora) ligam o imóvel à edícula
de lazer, enquanto Palmeiras-washingtônias (Washingtonia
robusta) demarcam o acesso à piscina com spa e prainha.
Tumbérgias (Thunbergia grandiflora) cercam a propriedade,
compondo com espécies que já pertenciam ao terreno.

Projeto, Marcelo Faisal Paisagismo; plantas, Viveiro Santo Cruz; pedra Hijau, Palimanan;
iluminação, Interlight.

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Com 205 m², este jardim situado na cobertura de um duplex,


em São Paulo, revela um toque futurista. Aqui, o grande
trunfo é a piscina, planejada para promover uma sensação
de flutuação e tranquilidade, com borda infinita, revestimento
de pedras vulcânicas Batu Hitam e peitoril de vidro super-
resistente, que emoldura uma vista belíssima da cidade. O
layout reserva uma área rasa de 20 cm de profundidade, que
o paisagista chama de “prainha”. Ao redor, os espaços foram
preenchidos com vasos artesanais e jardineiras que abrigam
plantas e flores tropicais europeias, além de aromáticos
e temperos, como uma horta. Entre as espécies, estão
Cebolinha (Allium fistulosum), Alecrim (Rosmarinus officinalis),
Orégano (Origanum vulgare), Manjericão (Ocimum basilicum),
Tomilho (Thymus vulgaris), e uma Jabuticabeira (Myrcia
cauliflora) como protagonista. As Murtas (Myrtus communis)
fazem as vezes de limite verde na paisagem, resguardando a
área gourmet.

Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo; vasos, Jardí; mobiliário, Casual Móveis.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Para valorizar o jardim, a iluminação foi projetada a fim de criar efeitos


especiais, com lâmpadas PAR 38 nas árvores e Palmeiras, PAR 20
nos arbustos e trepadeiras, luz embutida de LED no platô dos vasos e
balizadores no caminho da entrada

Um jovem casal desejava um jardim contemporâneo que


interagisse com a arquitetura de seu lar, situado em um
terreno com 1.000 m². Assim, Marcelo Bellotto desenvolveu
uma área de 500 m², caracterizada por cores e materiais
minimalistas. O paisagismo dialoga com o estilo clean da
morada e, ao mesmo tempo, cria contrastes, como é o caso
do muro rústico de pedra Moledo, situado atrás da piscina
revestida com pastilhas Jatobá. A vegetação segue a mesma
linguagem por meio da volumetria de plantas, com grandes
maciços alinhados e geométricos, contrapostos por forrações
e trepadeiras soltas e coloridas, além da Jabuticabeira (Myrcia
cauliflora) e das Palmeiras pontuais. Outro elemento de
destaque é o espelho d’água no jardim dos quartos.

Projeto, Marcelo Bellotto; vasos de tons terrosos, Vasos da Terra.

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POR BRUNA NETO | FOTOS EDISON GARCIA/DIVULGAÇÃO

Com tecnologia LED, o projeto luminotécnico arremata a


composição, promovendo sombras e efeitos por todo o jardim

Especialmente para a mostra Artefacto 2014, o paisagista


Wolfgang Schlögel projetou um jardim contemporâneo dentro
da loja localizada em Curitiba, no Paraná. O profissional
realizou algumas alterações no layout do espaço disponível:
o terreno foi nivelado e revestido de mármore, a fim de criar
uma base neutra e criar uma continuidade visual. Com 80
m², a característica mais marcante do projeto concebido
é a valorização do mobiliário da Artefacto. A vegetação
aparece de forma exuberante como plano de fundo, já que
foram utilizadas espécies que primam pela monocromia do
verde e criam uma textura única, a fim de evidenciar cada
peça. Uma parede foi revestida com jardim vertical, que
tornou o ambiente intimista, permeado por Patas-de-elefante
(Beaucarnea recurvata), Samambaias (Nephrolepis exaltata) e
Bromélias-imperiais (Alcantarea imperialis).

Projeto, Wolfgang Schlögel Paisagismo; mobiliário, Artefacto Curitiba; vasos, Wolfgang


Schlögel Paisagismo; mármore, Michelangelo Mármores; deck, Madeplast.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS MARINA DE ALMEIDA PRADO/DIVULGAÇÃO

Lâmpadas de LED conferem iluminação cenográfica ao espaço, a fim


de promover um clima acolhedor e romântico
Desfrutar de um espaço aconchegante, repleto de verde,
era o desejo dos moradores desta cobertura situada na
capital paulista. Na área com 200 m², Maurício Prada
projetou maciços de vegetação densa e espécies de grande
porte, como Jabuticabeira (Myrcia cauliflora), Ipê (Cybistax
antisyphilitica) e Limoeiro (Citrus limon). Além disso, a
ideia era preservar um jardim sensitivo com uma horta feita
sob medida, com jardineiras de madeira Cumaru, a fim de
promover cheiros, texturas e movimento. Aqui, o destaque,
segundo o profissional, são os 30 m² de jardim vertical, que
emolduram a cobertura, composto por vasos fixados em
uma estrutura metálica com sistema de irrigação automática.
Estão presentes Samambaias (Nephrolepis exaltata), Liríopes
(Liriope spicata), Véus-de-noiva (Gibasis pellucida) e Aspargos
(Asparagus officinalis). “Gosto de misturar as espécies, pois
deixa o jardim mais interessante e natural”, conta o paisagista.

Projeto, Maurício Prada Paisagismo; deck e marcenaria, Tableria; mobiliário, Casual Móveis.

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POR BRUNA NETO | FOTOS LEANDRO FARCHI/DIVULGAÇÃO

A belíssima região da Toscana, localizada na Itália, foi a


inspiração para este projeto com canteiros e maciços bem-
delimitados, assinado por Marcia Joly. Para coordenar este
conceito com as prioridades da proprietária – que pediu
um jardim com muitas árvores e movimento – a paisagista
optou por mesclar espécies. Na fachada, mudas de Capim-
do-texas (Pennisetum setaceum) de tonalidades verde e
rubro garantem o efeito desejado e compõem com Jasmim-
manga (Plumeria rubra), Moreia (Dietes iridioides), Lavanda
(Lavandula sp), Abélia (Abelia x grandiflora) e, no centro
do calçamento, Flamboyant (Delonix regia) com forração
de Grama-amendoim (Arachis repens) e Quaresmeira
(Tibouchina granulosa). Nos fundos, Jacarandá-mimoso
(Jacaranda mimosaefolia), Plátanos (Platanus x hispanica) e
Manacás-de-jardim (Brunfelsia uniflora) arrematam a proposta
de 1.600 m².

Projeto, Marcia Joly

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS MARCELO STAMMER/DIVULGAÇÃO

Toda a forração foi feita com espécies de diferentes cores e texturas, como
Grama-esmeralda (Zoysia japonica) e Lambari (Tradescantia zebrina)
A deliciosa área de lazer deste terreno de 580 m², situado na
capital paranaense, é resultado de uma reforma direcionada
pela dupla de arquitetas Maria Fernanda Lorusso e Luciana
Olesko. A edícula foi demolida para construção de uma sala
protegida por um pano de vidro de nove metros, que permite
abertura total e vista para a natureza. A topografia favoreceu
a concepção do paisagismo tropical, repleta de platôs
com Buxinhos (Buxus sempervirens), floreira de Lavanda
(Lavandula sp) e Fórmios (Phormium tenax). No patamar
da piscina, a aposta foi num composé com Buganvílias
(Bougainvillea glabra), Agapantos (Agapanthus africanus)
e Patas-de-elefante (Beaucarnea recurvata), enquanto o
caminho para a edícula foi permeado por Bromélias-imperiais
(Alcantarea imperiali) e Palmeiras-leque (Licuala grandis) de
três tamanhos.

Projeto, Olesko e Lorusso Arquitetura e Interiores; mobiliário, Tidelli e Ton Sur Ton; decoração,
Bali Design; móveis de madeira, Guaraúna; iluminação, Ner Casa de Luz e Novit; toldo retrátil
Stobag, deck e pergolado Madeplast, na Natur Pisos; piso interno, Portobello Shop Batel;
ladrilho colorido, Azulejaria Brasileira, na Global Revest; louças, metais e spa, Balaroti.

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POR BRUNA NETO | FOTOS LEANDRO FARCHI/DIVULGAÇÃO

A prainha foi esculpida em rampa até a profundidade de 1,20 m e preenchida


A dupla Renato Páteo e Maria Delmanto aceitou o desafio com água tratada com filtro biológico e três mil peixes pequenos
de elaborar um jardim de 1.200 m² na sede de uma
fazenda no interior de São Paulo, que aliasse tecnologia
e sustentabilidade. Sem interferir no terreno natural, os
profissionais criaram um espaço de lazer com atmosfera de
resort, equipado com recanto para relaxamento. A vegetação
segue o estilo minimalista, com a utilização pontual de
plantas ornamentais, como Palmeira-das-canárias (Phoenix
canariensis) e Tamareiras simples e triplas (Phoenix
dactylifera), e de espécies de fácil manutenção, como
Aspargo-pluma (Asparagus densiflorus), Gardênia (Gardenia
jasminoides), Barba-de-serpente (Liriope muscari), Pleomele
(Dracaena reflexa), Buxinho (Buxus sempervirens), Alpínia
(Alpinia purpurata), Clúsia (Clusia fluminensis) e Areca-bambu
(Dypsis lutescens).

Projeto, Páteo | Delmanto Paisagismo e Arquitetura; estrutura de alumínio, Arte Tubos; praia
artificial, Ecosys Lagos Ornamentais; iluminação geral, Interluz; iluminação subaquática,
LedArt Iluminação; mobiliário, Mac Móveis; vasos, Vasos Verde Arte; deck e mesas de troncos,
Caputo Casa Idea; decoração, Sierra Isa Amaral; tecidos, Tecidos Fiama; vidros, Unividros.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS LUFE GOMES/DIVULGAÇÃO

Columeias (Columneia microphylla) e Orquídeas-


bambu (Arundina bambuseifolia) também
compõem a vegetação

Para o jardim de 200 m², situado no lar de um casal com


planos de ter filhos em breve, o paisagista Ricardo Pessuto
idealizou um espaço para contemplação e brincadeiras. O
destaque é a casa na árvore – sonho de toda criança –,
de madeira Cumaru, permeada com mobiliário colorido e
equipada com escorregador e cadeira de balanço. Outro
elemento que chama a atenção é a parede verde próxima
ao deck da piscina, com folhagens coloridas, que garantem
charme. Entre as espécies, foram escolhidas Aspargos
(Asparagus officinalis), Marantas (Ctenanthe oppenheimiana),
Ciclantus (Cyclanthus bipartitus), Íris (germanica), Asplênio
(Asplenium nidus), Samambaias-prata (Pteris cretica) e outras.

Projeto, Pessuto Paisagismo.

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POR BRUNA NETO | FOTOS ANDRÉ LUIZ SÁ GOMES/DIVULGAÇÃO

Para compor este belíssimo projeto de 3.500 m² em Trancoso,


na Bahia, Alex Sá Gomes enfrentou o desafio de idealizá-lo do
zero, já que havia apenas uma árvore no terreno. A estratégia
do paisagista consistiu em inserir espécies que coordenassem
com a vegetação nativa que cercava o imóvel, além de
harmonizar tudo com a arquitetura assinada por David Bastos.
O resultado é um jardim que valoriza o talude da fachada da
casa com ares tropicais – no melhor estilo baiano –, e traz
amplo gramado nos fundos para as crianças aproveitarem
junto à piscina e às entradas para os quartos. “Utilizamos
várias Dracenas (Dracaena fragrans), Helicônias (Heliconia
rostrata) e, principalmente, Pleomeles (Dracaena reflexa),
Palmeiras-pati (Syagrus bothryophora) e Moreias (Dietes
bicolor)”, conta o profissional.
Grandes vasos de pedra compõem harmoniosamente com o estilo da arquitetura
Projeto, Alex Sá Gomes. e a atmosfera tropical

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS LEVI MENDES JR./DIVULGAÇÃO

A área da piscina é permeada com Areca-de-locuba (Dypsis


madagascariensis), Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis), Guaimbê O terreno íngreme de 1.300 m², e as dificuldades do
(Philodendron bipinnatifidum) e Dinheiro-em-penca (Callisia repens)
processo, não impediram Roberto Riscala de concluir com
excelência este jardim, em São Paulo. Os desníveis do terreno
barraram a passagem do maquinário, de modo que toda a
vegetação teve de ser implantada manualmente. Também
foi necessário aperfeiçoar a borda infinita da piscina, que
parecia totalmente desconexa da casa. Para solucionar o
problema, o profissional projetou um deck de madeira com
placa cimentícia e acrescentou borda atérmica e pastilhas de
cerâmica Jatobá. Por sua vez, a varanda recebeu jardineiras
com Murtas (Myrtus communis), a fim de delimitar o espaço e
garantir a segurança da família. A escada ganhou vasos e um
maciço de Bela-emília (Plumbago auriculata), que substitui o
corrimão. As demais espécies foram escolhidas a dedo pela
facilidade de manutenção. Os vasos espalhados trazem Buxos
(Buxus Sempervirens), Cicas (Cycas revoluta) e, ao redor, há
Bambus-mossô (Phyllostachys pubescens), Grama-esmeralda
(Zoysia japonica) e Grama-amendoim (Arachis repens). Já a
fachada conta com Bromélias-imperiais (Alcantarea imperialis)
e Pândanos (Pandanus veitchii).

Projeto, Roberto Riscala Paisagismo; arquitetura, Lidia Yamana; revestimentos, Solarium Revestimentos.

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POR BRUNA NETO | FOTOS VALÉRIA ROM/DIVULGAÇÃO

Para a mostra Campinas Decor 2014, que aconteceu em


São Paulo, a paisagista Rafaela Novaes assinou o projeto
do jardim de 125 m², cuja proposta era promover um espaço
de contemplação, enriquecido por elementos que despertam
sensação de relaxamento, como a água caindo sobre o
seixo e a aconchegante lareira. O terreno contava com um
pequeno desnível, corrigido pela construção da escada,
que segmenta dois ambientes. Aqui, o destaque vai para o
jardim vertical de 15 m², que traz diferentes tons de verde
e formatos de folhas, composto por Asplênios (Asplenium
nidus), pequenas flores brancas da espécie Véu-de-noiva
(Gibasis schiedeana), e texturas únicas, conferidas por
Samambaias e Peperômias (Peperomia caperata).

Projeto, Rafaela Novaes Arquitetura Paisagística; revestimentos, Palimanan; pedras


artesanais, Bela Pedra; seixo, Ceramick; iluminação, Interluz; mobiliário, Cipoh Brasil e Tideli;
parede viva, Paredes Vivas; plantas, Viveiro Novaes.

Toda a circulação do ambiente foi feita por granitos brutos talhados


individualmente, que conferem sensação de continuidade

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS LEANDRO FARCHI/DIVULGAÇÃO

Para compor as forrações, o paisagista lançou mão de Tapete-


inglês (Polygonum capitatum), Begônias Dragon Wing (Begonia Com área total de 4 mil m², este terreno situado em Bragança
cinnabarina Hook), Liríopes (Liriope spicata), entre outras espécies
Paulista, no interior de São Paulo, recebeu um jardim de 3
mil m², projetado por Marcelo Novaes. Os proprietários, que
costumam receber filhos e netos durante os fins de semana,
desejavam um espaço aconchegante e receptivo, que
“conversasse” com a arquitetura. Como a casa se encontrava
em uma área privilegiada com uma vista panorâmica, muros
de arrimo circulares de pedra foram criados para conferir
diferentes níveis à paisagem. Para imprimir exuberância e
diversidade de cores e texturas, a vegetação foi escolhida
entre as espécies do Viveiro Novaes e implantadas em
espaços estratégicos: Tamareira-das-canárias (Phoenix
canariensis) na entrada; Palmeira-azul (Bismarckia nobilis)
para contrastar; Palmeiras-rabo-de-raposa (Wodyetia
bifurcata) e Palmeiras-de-saia (Washingtonia filifera) para
reforçar a verticalidade. “Além dessas, utilizei outras espécies
exóticas e de valor escultórico, como Dracena-arbórea
(Dracaena arborea), Jabuticabeira (Myrcia cauliflora) e Cicas
(Cyca revoluta), despertando a curiosidade das pessoas para
que elas percorressem o jardim”, conta o profissional.

Projeto, Marcelo Novaes Paisagismo; seixo, Palimanan; mudas, Viveiro Novaes.

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O desejo do proprietário deste imóvel de 2.500 m² – localizado


em um condomínio em Monte Mor, no interior de São Paulo –,
era transformar o terreno bastante amplo em um verdadeiro
refúgio no campo, com espaços para curtir a família, cultivar
plantas frutíferas e cavalgar. Assim, a estratégia da paisagista
Caterina Poli foi utilizar capins para a forração – como Capim-
do-texas (Pennisetum setaceum) verde e rubro e Capim-azul
(Lagenocarpus velutinus) – o que considera ser a principal
característica do projeto. O passo seguinte foi mesclar
texturas e cores ao coordenar espécies como Jasmim-manga
(Plumeria rubra), Jabuticabeira (Myrcia cauliflora), Pleomele
(Dracaena reflexa), Moreia-branca (Dietes iridioides), Inhame-
preto (Colocasia esculenta), Flor-leopardo (Belamcanda
chinensis), Sete-léguas (Podranea ricasoliana), entre outras.

Projeto, Catê Poli Paisagismo; arquitetura, Gilda Meirelles.

Nos fundos, um espelho d’água enriquece a composição, próximo à entrada de


Quartzito, com uma passarela de madeira Cumaru

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Destinado a atender o espaço “Casa” – assinado pelo


arquiteto Rafael Kroth para a Casa Cor 2014, do Rio Grande
do Sul –, o “Jardim da Casa”, de 500 m², projetado por
Fernando Thunm, conta com diversos recantos. O primeiro
traz um pergolado de 20 m², feito com ripas de madeira, que
faz as vezes de sala de estar e abriga uma lareira a álcool,
além de um jardim vertical. Nas proximidades, encontra-se
vegetação de grande porte, como Fênix (Phoenix roebelenii),
todas com 2,50 m de tronco ou mais, criando um composé
de texturas e alturas. No centro do projeto, há uma piscina
de fibra de vidro, revestida com pastilhas de tom azul-escuro
para contrastar com o piso branco Carrara. Mais adiante, uma
convidativa cama com dossel é cercada por Oliveiras (Olea
europaea) de troncos acinzentados e diversas ramificações. A
forração dos canteiros, por sua vez, foram feitas com Dianelas
(Dianella tasmanica), Bambus-múltiplas-folhas (Bambusa
multiplex), Fórmios (Phormium tenax) e Liríopes (Liriope
spicata).

Projeto, Fernando Thunm Paisagismo; piscina, Igui Piscinas; iluminação, Vértice Iluminação;
Próximo ao pergolado, encontra-se uma escultura de ferro vermelho, do pergolado, Plena Madeiras; lareira, Fire Design; objetos, Tok&Stok; mobiliário, Jasmim Mac;
Escritório de Arte, que reproduz a textura de papéis amassados escultura, Escritório de Arte; piso, Solarium Revestimentos.

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POR BRUNA NETO | FOTOS LEANDRO FARCHI/DIVULGAÇÃO

Os proprietários da residência de 400 m² desejavam um


espaço de contemplação, que também funcionasse como
extensão dos ambientes internos, tudo com características
europeias, ideia inspirada pelas viagens do casal. Assim,
Renato Páteo e Maria Delmanto projetaram um jardim de 650
m², repleto de espécies clássicas. Sobre a laje, a estratégia foi
utilizar plantas com raízes não agressivas, uma composição
com vasos e um espelho d’água com tratamento natural, com
plantas aquáticas e carpas. Para a fachada, um composé
definido de acordo com o gosto dos moradores traz Kaizukas
(Juniperus chinensis torulosa), Cipestres-italianos (Cupressus
sempervirens), Buxinhos (Buxus Sempervirens), Murtas
(Myrtus communis), Moreias-brancas (Dietes iridioides),
Fórmios (Phormium tenax), Camélias-brancas (Camellia
japonica), Mini-ixoras vermelhas (Ixora chinensis) e Jasmins-
dos-açores (Jasminum azoricum). O pavimento inferior,
equipado com uma academia, ganhou hortaliças, temperos
e frutíferas, como Jabuticaba (Myrcia cauliflora), Leia-verde
(Leea coccinea), Manjericão (Ocimum basilicum), Salsinha
(Petroselinum crispum), Cebolinha (Allium fistulosum), Alecrim Projeto, Páteo | Delmanto Paisagismo e Arquitetura; espelho d’água,
(Rosmarinus officinalis) e Tomilho (Thymus vulgaris). Ecosys Lagos Ornamentais; vasos, L’oeil.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS THIAGO HENRIQUE E BETO STÉDILE/DIVULGAÇÃO

Com mil m² de terreno, Jabuticabeira (Myrcia cauliflora), Cerejeira (Prunus


serrulata), Palmeira-das-canárias (Phoenix canariensis) e plantas ornamentais
permeiam a área de lazer, enquanto Palmeiras diversas e Pândanos (Pandanus
veitchii) embelezam a entrada da casa

Sob o olhar profissional de Mari Polesi, uma piscina pouco


utilizada, que ocupava um espaço significativo da área
externa, deu lugar a um projeto paisagístico completo, do qual
toda a família pode desfrutar. A composição com pergolado,
jardim vertical, pisos e revestimentos exclusivos – como piso
de Travertino Anticato French Pattern, tijolos Inglês Shiraz
e seixos soltos, da Palimanan – encantam os olhos, mas
o centro das atenções é o lago ornamental, em formato de
piscina biológica, na qual os moradores podem mergulhar
com os peixes. Já na fachada da casa, o traçado artístico foi
priorizado, de modo a evidenciar as espécies exóticas. “Para
isso, criamos um desenho totalmente exclusivo, que passeia
por toda a extensão do jardim envolvendo os revestimentos de
lindas pedras naturais e valorizando o estilo da arquitetura”,
conta a paisagista.

Projeto, Studio Mari Polesi; revestimentos, Palimanan; piscina biológica,


Ecosys Lagos Ornamentais; jardim vertical, GreenWall Ceramic; vegetação,
Tropical Plantas; deck, Portinari; vasos, Vasos da Terra.

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POR BRUNA NETO | FOTOS MARINA DE ALMEIDA PRADO/DIVULGAÇÃO

Com as diretrizes dos moradores deste lar de 1.200 m²,


localizado em São Paulo, Maurício Prada projetou um
jardim encantador de 600 m². A ideia era compor uma área
externa que se integrasse à arquitetura, com identidade
clássica e intervenções tropicais, para conferir um toque de
modernidade. Para o paisagista, a Jabuticabeira (Myrcia
cauliflora) contornada por um banco de madeira, com forração
de Lírios-da-paz (Spathiphyllum wallisi), é o destaque do
projeto. O objetivo era tirar máximo proveito da sombra da
árvore para criar uma área de estar para a família. Outros
pontos chamam a atenção, como o maciço de Costela-de-
adão (Monstera deliciosa) na borda da piscina e as Palmeiras-
carpentarias (Carpentaria Acuminata) no mesmo canteiro.
Do outro lado, maciços de Viburno (Viburnum suspensum),
Licualas (Licuala grandis) e Grama-preta (Ophiopogon
japonicus) arrematam a proposta.

Projeto e plantas, Maurício Prada Paisagismo.

Idealizada para favorecer cada espécie implantada e criar um ambiente


aconchegante, a iluminação de LED conta com lâmpadas PAR 20 próximas às
espécies de pequeno porte e PAR 38 para destacar as Palmeiras

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS TUCA REINÉS/DIVULGAÇÃO

Caminhos
de rachão
de Quartzo
permeiam todo
o terreno

Quando um casal com três filhos decidiu demolir a antiga casa e construir
outra morada, idealizada pela arquiteta Zize Zink, a paisagista Catê Poli
foi chamada para compor o jardim dos sonhos da família: uma mescla de
espécies verticais, com identidade tropical, espaço plano para brincadeiras e
caminhadas, além de uma área com piscina. A vegetação nativa, composta
por plantas como Jasmim-manga (Plumeria rubra), foi mantida e enriquecida
com plantas de fácil manutenção escolhidas a dedo: Jabuticabeira (Myrcia
cauliflora), Palmeiras Fênix (Phoenix roebelenii), Imperial (Roystonea
oleracea), Washingtônia (Washingtonia robusta) e Trachycarpus
(Trachycarpus fortunei), Pândano (Pandanus veitchii), e as flores Bela-
emília (Plumbago auriculata), Íris-da-praia (Neomarica candida), Falso-íris
(Neomarica caerulea).

Projeto, Catê Poli Paisagismo; arquitetura, Zize Zink.

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Além das espécies citadas,


Capim-do-texas (Pennisetum
setaceum) – originário
da África, com folhas
recurvadas e pigmentadas de
cor roxa –, Bambu-mossô
(Phyllostachys pubescens),
Curculigo (Curculigo
capitulata), totens de madeira
e pedras estabelecem uma
paisagem farta e exuberante

Na hora de planejar o jardim desta morada localizada em São Paulo, o


objetivo principal de João Jadão era repaginar os espaços existentes
com uma estética contemporânea, integrando as áreas interna e
externa. O ponto de partida foi a conservação de uma grande pedra,
que foi cercada parcialmente por um deck de madeira, a fim de corrigir
alguns desníveis do terreno, bem como instalação da escada de
pedras Goiás, intercaladas com pedriscos e Grama-preta (Ophiopogon
japonicus). Também nesta área, um espelho d’água foi projetado para
as tartarugas. “Na vegetação, privilegiamos o uso de Palmeiras raras
e exóticas, como Palmeira-de-pescoço-marrom (Dypsis leptocheilos)
e Palmeira-fuso (Hyophorbe Verschaffeltii), aliadas a Pinhão-de-
madagascar (Pandanus utilis), Pleomele variegata (Dracaena reflexa
‘Variegata’), Pata-de-elefante (Beaucarnea recurvata), e Bromélia-
imperial (Vriesea imperialis)”, conta o paisagista.

Projeto, João Jadão Paisagismo.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Tranquilidade e aconchego são os pilares deste jardim de


30.000 m ², projetado por Marcelo Novaes, no interior de São
Paulo, para uma família que adora receber muitos convidados.
Além da sede, a construção conta com seis chalés para
hóspedes, interligados por uma agradável praça, cujo
destaque é uma fonte de pedra Gnaisse, com espelho d’água
de alvenaria revestida com pastilhas de vidro azul e azulejos
portugueses. O mesmo ambiente garante acesso à área da
piscina – com outros cantinhos para lazer e relaxamento,
como spa, adega, salão de jogos e academia –, permeada por
maciços de Viburno (Viburnum suspensum), Mini-ixoras (Ixora
chinensis), Arundinas (Arundina bambusifolia), Miniazaleias
(Rhododendron catawbiense) e Agapantos (Agapanthus
africanus). A vegetação vertical ficou por conta de amostras
de Palmeira-rabo-de-raposa (Wodyetia Bifurcata), Nolina
(Beaucarnea recurvata), Choupo (Populus nigra) e Jerivá
(Syagrus romanzoffiana), entre outras plantas espalhadas
pelas diversas regiões do terreno.

Projeto, Marcelo Novaes Paisagismo; arquitetura, Paulo Marcelo e Eurico Guedes; plantas,
Viveiro Novaes; acabamentos, Ceramick; iluminação, Interluz.

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Na fachada da casa, o estilo do paisagismo é o mesmo, com uma mescla de


folhagens, Veitchias (Veitchia arecina) e Alpínias (Alpinia nutans)

As rochas do terreno foram o ponto de partida do paisagismo


idealizado por Catê Poli para esta morada, localizada em São
Paulo. Com o intuito de coordenar com o muro escalonado,
a profissional elegeu um mix de plantas que garantissem
suavidade e movimento, com muitas folhagens, Palmeiras
e frutíferas, a exemplo de Bananeira (Musa sp), Areca-de-
Locuba (Dypsis Madagascariensis), Moreia-branca (Dietes
iridioides), Flor-leopardo (Belamcanda chinensis), Musa-
sumatra (Musa sumatrana), Jasmim-manga (Plumeria rubra),
Filodendro-ondulado (Philodendron undulatum), Fórmios
(Phormium tenax) verde e rubro, Pândano (Pandanus veitchii)
e até um pergolado repleto de mudas de Sapatinho-de-judia
(Thunbergia mysorensis).

Projeto, Catê Poli Paisagismo; arquitetura, Sintagma; vasos, L’oeil.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

A vegetação de grande porte foi


escolhida a dedo para promover a
privacidade dos moradores

A tarefa de encontrar uma solução para o desnível deste


terreno ficou por conta do paisagista João Jadão. Assim,
o profissional criou uma ampla área verde com identidade
tropical, já que a morada se localiza na região litorânea de
São Paulo. A verticalização proporcionada pelas Palmeiras
Elegans (Pthycosperma elegans) foi o ponto de partida da
elaboração, seguido pela implantação de Russélias (Russelia
equisetiformis), Bromélias-imperiais (Alcantarea imperialis),
Curculigos (Curculigo capitulata), Agapantos (Agapanthus
africanus) e Singoniuns (Syngonium angustatum), tudo para
garantir diversidade, explorar folhagens e conferir toques
discretos de cor.
Projeto, João Jadão Paisagismo.

38 |
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Plantas ornamentais, como Paineira-vermelha-da-índia


(Bombax malabaricum), Falso-íris (Neomarica caerulea) e
Íris-da-praia (Neomarica candida) embelezam o jardim

Neste lar situado no interior de São Paulo, o jardim de 4 mil


m² tem a assinatura da paisagista Catê Poli. Projetado para
um casal que desejava receber os filhos jovens aos finais de
semana, o terreno precisou de barreiras de vegetação para
garantir a segurança e, além disso, plantas que coordenassem
com a arquitetura. Assim, a profissional apostou em
características campestres, com Palmeiras e folhagens:
“Gosto de fazer um estilo solto. Os capins fazem um volume
muito bonito e balançam com o vento”, explica Catê, que
também lançou mão de Capim-do-texas (Pennisetum
setaceum) verde e rubro (Pennisetum setaceum bicolor), belos
Agapantos (Agapanthus africanus), Jabuticabeira (Myrcia
cauliflora), Moreia-branca (Dietes iridioides) e Capim-azul
(Lagenocarpus velutinus).

Projeto, Catê Poli Paisagismo; arquitetura, Gilda Meirelles.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS GUSTAVO OLMOS/DIVULGAÇÃO

O pergolado que abriga as Orquídeas


(Orchidaceae) é feito de madeira certificada, O título acima é perfeito para definir a identidade deste projeto
enquanto os caminhos que formam desenhos
geométricos são compostos por pedras Folheta de 400 m ², localizado no interior de São Paulo, assinado
com acabamento apicoado
por Marcelo Novaes, a pedido de um jovem empresário. A
proposta consiste em um espaço de lazer para receber os
amigos, que também abriga um local para guardar a coleção
de carros antigos do morador. Para coordenar com o objetivo
da casa, o paisagista lançou mão de canteiros de linhas
irregulares e revestimentos finos que se integram à vegetação.
Foi projetado um grande espelho d’água para valorizar
a entrada e abrigar a escultura da artista plástica Eliana
Kertész, estrategicamente instalada. As plantas escolhidas
são esculturais, com formas, texturas e cores exóticas, a fim
de garantir imponência e contrastar com o entorno do terreno.
Entre as espécies, estão Pândanos (Pandanus veitchii),
Nolinas (Beaucarnea recurvata), Zamias (Zamia furfuracea) e
outras.

Projeto, Marcelo Novaes Paisagismo; plantas, Viveiro Novaes; escultura, Eliana Kertész.

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Para segmentar os ambientes, o profissional lançou


mão de porcelanato rústico e mosaico português
com pedras de cor branca

A grande ideia de João Jadão para esta morada, localizada


em São Paulo, foi o pergolado de metal, que promove um
ambiente de estar para café da manhã, aperitivos e bate-
papos entre a família e seus convidados. Ao redor, espécies
diversas de Palmeiras e frutíferas colaboram para uma
atmosfera aconchegante, além do espelho d'água, com peixes
ornamentais. Havia também a necessidade de reforçar a
privacidade do terreno, solucionada pelo paisagista com um
painel de Bambu (Bambusa vulgaris), que reveste todo o muro
e se projeta, aproximadamente, 1 m acima de seu limite. O
mesmo estilo de painel foi utilizado mais próximo ao chão, a
fim de criar um composé com vasos.

Projeto, João Jadão Paisagismo.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

A residência localizada no alto de um vale permitiu que a


paisagista Rafaela Novaes ousasse na realização deste
projeto, no qual o jardim pode ser observado de diferentes
ângulos. “Criei patamares para possibilitar o melhor
aproveitamento do terreno e, ainda, tornar a proposta mais
interessante”, explica a profissional. Com linhas retas e
muitos volumes, a casa foi emoldurada por uma vegetação
tropical, com diversas flores e texturas, a fim de tirar partido
dos taludes e coordenar com a arquitetura. Na entrada social,
Veitchias (Veitchia montgomeryana), Nolinas (Beaucarnea
recurvata), Fórmios (Phormium tenax ‘Variegatum’),
Echeverias (Echeveria elegans) e mudas de Pennisetum
(Pennisetum setaceum) encantam os olhos de quem transita
pela região. Nos fundos, há um pomar com Jabuticabeira
(Myrciaria cauliflora), Pintagueira (Eugenia uniflora), Limoeiro
(Citrus limon), além de Miniagapantos (Tulbaghia violacea) e
Jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides).
Escadas de laje de pedra e plantas volumosas foram as soluções encontradas
para equilibrar a aparência do terreno íngreme Projeto, Rafaela Novaes Arquitetura Paisagística; plantas, Viveiro Novaes.

42 |
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O projeto também contempla a


fachada, que foi modernizada

O projeto criado por Wolfgang Schlögel para a mostra


Artefacto 2015 busca desmistificar a área externa e
transformá-la em um espaço sofisticado para encontros. Para
torná-la mais aconchegante, o paisagista apostou na lareira
de gás natural, como proposta para os dias de temperaturas
mais baixas. “O fogo é um elemento ancestral que promove
a reunião”, explica o profissional. Por sua vez, o mobiliário
escolhido é apropriado para as intempéries de ambientes
ao ar livre, enquanto as belas obras do fotógrafo Orlando
Azevedo compõem harmoniosamente com o estilo elegante
do décor. Na vegetação, plantas exóticas ganham os olhares
e arrematam com exuberância, a exemplo de Dasilírios
(Dasylirion acrotrichum) e Bromélias-imperiais (Alcantarea
imperialis).

Projeto, Wolfgang Schlögel.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Designado para o desafio de projetar o jardim desta


morada, em São Paulo, o paisagista João Jadão definiu
as prioridades da obra: integrar as áreas interna e externa
por meio de uma estética contemporânea, solucionar os
desníveis existentes e coordenar a vegetação nativa com
as novas intervenções. Assim, foram implantadas Palmeiras
exóticas, como Palmeira-azul (Bismarckia nobilis), Tamareira
(Phoenix dactylifera), Palmeira-seafórtia (Archontophoenix
cunninghamiana) e Areca-bambu (Dypsis lutescens),
aliadas a Pândanos (Pandanus utilis), arbustos de Pleomele
(Dracaena reflexa), Pata-de-elefante (Beaucarnea recurvata)
e Bromélia-imperial (Alcantarea imperialis). Para arrematar
com personalidade, Gardênias (Gardenia jasminoides) e
Viburnos (Viburnum suspensum).
Pedras Goiás irregulares são a base
para as belas espreguiçadeiras Projeto, João Jadão Paisagismo.

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POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Mudas de Guaimbê (Philodendron


bipinnatifidum) também enriquecem o jardim

Era um desejo antigo dos moradores aperfeiçoar a área de


lazer desta morada, missão designada à paisagista Rafaela
Novaes. Na hora do briefing, os proprietários pediram um
jardim que apresentasse apenas tons de verde, sem outros
toques de cor. Para seguir as diretrizes e, ao mesmo tempo,
garantir que a composição não se tornasse monótona, a
profissional mesclou espécies esculturais, com portes e
texturas diferentes. No entorno da piscina, encontram-se
Palmeira Rabo-de-raposa (Wodyetia bifurcata), Pleomele
(Dracaena reflexa), Dracena-arbórea (Dracaena arborea) e
uma jardineira com Aspargos (Asparagus officinalis).

Projeto, Rafaela Novaes Arquitetura Paisagística; plantas, Viveiro Novaes.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O fogo, inspiração constante em seus projetos, aparece como atração principal


na moderna lareira a gás natural, conferindo aconchego

Idealizado para a mostra Casa Cor Paraná 2014, este projeto


de praça e restaurante, assinado pelo paisagista Wolfgang
Schlögel, tem como base a paixão pela vivência ao ar livre
e busca proporcionar a experiência multissensorial que é
interagir com a natureza. A proposta dribla as condições
do clima instável da região com um vidro que segmenta as
áreas interna e externa, sem deixar de lado a integração dos
ambientes e a entrada de iluminação natural. A composição
permite que as refeições sejam realizadas no jardim interno,
com mobiliário da coleção Maui, da Saccaro, com cadeiras
Ponti e mesas Pala. Para arrematar, o profissional utilizou
grandes vasos de aço corten, que simulam árvores, além
de espelhos que conferem amplitude e jardins verticais
espalhados por diversos pontos.

Projeto, Wolfgang Schlögel; mobiliário, Saccaro.

46 |
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Para trazer o verde à morada sem ocupar o espaço


da área de lazer, o jardim vertical foi a ideia perfeita

As paredes vivas são as protagonistas do projeto assinado


por Rafaela Novaes, em parceria com Marcelo Novaes, para
este lar. A paisagista transformou contrafortes do muro que
incomodavam os clientes em espaços para posicionar os
módulos do jardim vertical, que abrigam plantas próprias para
locais a pleno sol, distribuídas com o intuito de compor um
desenho com nuanças e texturas diversas. No nível mais alto,
há a folhagem densa e clara, conferida pelo Aspargo-alfinete
(Asparagus densiflorus Sprengeri), que se contrapõe à cor da
Trapoeraba-roxa (Tradescantia pallida purpurea). Seguindo a
composição, Heras (Hedera helix) se mesclam com Liríopes
(Liriope spicata) e com as delicadas flores brancas do Véu-de-
noiva (Gibasis pellucida).

Projeto, Marcelo Novaes Paisagismo; paredes vivas, Rafaela Novaes Arquitetura


Paisagística; arquitetura, Dreison Santini; módulos do jardim vertical, GreenWall Ceramic.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

A ornamentação fica por conta de espécies como Capim-do-texas (Pennisetum


setaceum), com folhas recurvadas e pigmentadas de cor roxa, Bromélia-imperial
(Alcantarea imperialis) e Bela-emília (Plumbago auriculata)

Nesta morada localizada no interior de São Paulo, a missão


de João Jadão era repaginar os espaços existentes, tornando-
os práticos e aconchegantes para o convívio familiar. Assim,
o paisagista imprimiu uma estética contemporânea à área
externa, que ganhou espaço para relaxamento, leitura e
contemplação, permeado por um deck e um pergolado de
madeira com espreguiçadeiras. Além disso, era necessário
aprimorar a privacidade, prejudicada pelo desnível do terreno,
questão solucionada pela vegetação de grande porte:
Palmeira-imperial (Roystonea oleracea), Areca-de-locuba
(Dypsis madagascariensis), Jerivá (Syagrus romanzoffiana),
Palmeira-triângulo (Dypsis decaryi) e Palmeira-garrafa
(Hyophorbe lagenicaulis).

Projeto, João Jadão Paisagismo.

48 |
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O projeto estratégico permitiu que o jardim


garantisse privacidade e ainda fosse observado
de outros pontos do terreno

Os moradores deste lar situado no interior de São Paulo se


queixavam de um corredor que prejudicava a privacidade
da área de lazer. Para solucionar o problema, Rafaela
Novaes projetou dois módulos de jardins verticais, de
aproximadamente 25 m², que embelezam uma parede dupla,
além de um pergolado e um espelho d’água ornamentais. A
vegetação foi escolhida a dedo: Grama-amendoim (Arachis
repens) – que traz flores amarelas na ramagem –, Véu-de-
noiva (Gibasis pellucida) – com delicadas flores brancas
–, Samambaias (Nephrolepis pectinata) e Peperômias
(Peperomia caperata) com tonalidades claras. O destaque fica
por conta da Setcreasea (Setcreasea purpurea), caracterizada
pela folhagem com marcante tom de roxo, que contrapõe-
se à Begônia Dragon Wing (Begônia cinnabarina Hook),
responsável pelas flores vermelhas.

Projeto, Rafaela Novaes Arquitetura Paisagística; plantas, Viveiro Novaes; módulos


do jardim vertical, GreenWall Ceramic.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS PAULA FRATIN/DIVULGAÇÃO

Spots embutidos,
lâmpadas de LED
e pendentes de
cores vibrantes são
responsáveis pela
iluminação A paisagista Mônica Rio Verde aproveitou um pergolado
existente neste espaço para iniciar o projeto de paredes
verdes para a Casa Cor São Paulo, durante a edição 2011.
Os 350 m² foram minuciosamente ornamentados com
amostras de Bela-emília (Plumbago auriculata) e Samambaias
(Nephrolepis pectinata). Deck de madeira de Eucalipto e
piso ecológico foram utilizados para criar alguns pontos
da proposta, além de canteiros espalhados por outros
locais do evento, que seguiam a mesma linha. A ideia era
promover uma proximidade entre os visitantes e a natureza,
principalmente com a criação de lounges externos.

Projeto, Mônica Rio Verde Interiores e Paisagismo; vasos, L’oeil; mobiliário, Amazonia
Móveis; revestimentos, Concresteel; marcenaria, UPM Capital.

50 |
POR BRUNA NETO | FOTOS FRAN PARENTE/DIVULGAÇÃO

Grandes maciços de forração garantem movimento ao jardim, como Capim-


do-texas (Pennisetum setaceum) e Capim-dos-pampas (Cortaderia selloana).
As cercas vivas são de Bambus (Bambusa vulgaris), Espirradeiras (Nerium Este projeto de 2.800 m², localizado em Itu, contou com o
oleander) e Tumbérgias (Thunbergia grandiflora)
olhar preciso do paisagista Alex Hanazaki para conceber a
morada dos sonhos de um jovem casal. A área externa da
casa de campo deveria ser criativa, prática e garantir maior
privacidade aos moradores. Assim, o profissional corrigiu
o desnível do terreno com enchimento de terra, a fim de
elevar o jardim a dois metros acima da rua, além de criar um
bosque no entorno para criar uma atmosfera toda especial.
Na frente da casa, Paineiras (Ceiba speciosa) recebem
os convidados, enquanto o talude traz Congeia (Congea
tomentosa), Grama-amendoim (Arachis repens) e Gardênia
(Gardenia jasminoides). Ao redor do gramado, há amostras
de Pau-formiga (Triplaris americana), Resedás (Lagerstroemia
indica), Sibipirunas (Caesalpinia peltophoroides), um grande
Flamboyant (Delonix regia), uma Jabuticabeira (Myrcia
cauliflora) no centro do deck e um Ipê-branco (Tabebuia
roseo-alba) encantador. Para arrematar, pé de Lichia (Litchi
chinensis) e Jasmim-manga (Plumeria rubra).

Projeto, de paisagismo, Alex Hanazaki

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Extensos degraus de grama, que também podem ser


utilizados como bancos, promovem acesso ao espaço

Com o intuito de sensibilizar os visitantes da Casa Cor


São Paulo 2015 em relação ao uso consciente de água, o
espaço “H2O”, com 821 m², ganhou um jardim moderno,
elaborado pelos paisagistas João Jadão e Juliana Freitas. A
proposta tem dois pontos de destaque: de um lado, o pórtico
que emoldura o símbolo da molécula de água; de outro,
um pergolado com uma área de estar e contemplação. A
vegetação coordena com o traçado linear da praça, de modo
que as espécies foram estrategicamente posicionadas para
proporcionar perspectivas interessantes. Entre elas, estão
plantas de grande porte e baixa necessidade hídrica, como
Palmeira-de-pescoço-marrom (Dypsis leptocheilos),
Palmeira-washingtônia (Washingtonia robusta), Dragoeiro
(Dracaena draco), Dracena-de-madagascar (Dracaena
marginata), Cica (Cycas revoluta) e Guaimbê (Philodendron
bipinnatifidum).

Projeto, João Jadão e Juliana Freitas; mobiliário, MAC SP; pisos, Braston; iluminação de
LED, Paulo Spina e Brilia.

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POR BRUNA NETO | FOTOS CAIO AMARAL/DIVULGAÇÃO

Para a Casa Decor Indaiatuba 2015, a paisagista Mônica Rio


Verde projetou um jardim contemporâneo, repleto de móveis
sofisticados e aconchegantes, apropriados para as mudanças
climáticas constantes da região. Os 250 m² foram permeados
por um grande deck de madeira Ipê, dois lounges com pisos
drenantes de cor branca, lanternas e vasos espalhados
por diversos pontos. O paisagismo ficou por conta de
Moreias-brancas (Dietes iridioides), Fórmios rubros
(Phormium tenax) e Dracenas (Dracaena fragrans), tudo
iluminado por lâmpadas de LED.

Projeto, Mônica Rio Verde Interiores e Paisagismo; plantas, Oficina das Palmeiras; vasos,
L’oeil e Steel Garden; piso drenante, Revesto; iluminação, Armazém da Luz; mobiliário, Fibra
Alpha Decor; marcenaria, Raimundo Decks; lareira, Construflama.

Para desfrutar do clima frio, a profissional lançou mão da


exuberante lareira a álcool, da Construflama

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DEMIAN GOLOVATY/DIVULGAÇÃO

Aqui, o grande destaque é a piscina que se integra à sala, segmentada com


portas de vidro, a fim de transformar o jardim em um quadro natural

Com 1.800 m², esta morada localizada no interior de São


Paulo ganhou um jardim projetado por Alex Hanazaki.
Como o terreno é localizado em frente ao campo de golfe
do condomínio, era primordial garantir maior privacidade à
área social dos clientes. Para tanto, o profissional implantou
árvores de grande porte ao redor do terreno para criar uma
atmosfera mais aconchegante. Depois, apostou na diversidade
de espécies para permear outros pontos. A frente e a lateral
contam com Jabuticabeiras (Myrcia cauliflora), Oliveiras (Olea
europaea) e Cerejeiras (Prunus serrulata), mescladas com
Palmeiras-washingtônias (Washingtonia filifera) e Araçás
(Psidium cattleyanum). Próxima à piscina, um volume de
Jasmins-manga (Plumeria rubra) e Palmeiras-das-Canárias
(Phoenix canariensis) conferem imponência ao projeto. No
chão, grandes maciços de Agapanto (Agapanthus africanus),
Guaimbê-de-folha-ondulada (Philodendron undulatum) e
Capim-do-texas (Pennisetum setaceum).

Projeto, de paisagismo, Alex Hanazaki.

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POR BRUNA NETO | FOTOS YURI SERÓDIO E BETO RIGINIK/DIVULGAÇÃO

Amplos espaços verdes, ponte de grama e mirante


conferem singularidade ao projeto

Os proprietários deste lar de 6.400 m², situado em Bragança


Paulista, no interior de São Paulo, confiaram na proposta
visionária do paisagista Alex Hanazaki. “O declive do terreno
me inspirou a criar platôs, que se transformaram em grandes
esculturas de grama. O último platô concentra um campo
de futebol, que era uma das solicitações da família”, conta
o profissional. A área de 5.500 m² é forrada com Grama-
esmeralda (Zoysia japonica) e permeada com Jabuticabeiras
(Myrcia cauliflora), Plátanos (Platanus x hispanica) e arbustos
podados em forma de topiária para garantir um jardim lúdico.
Na entrada, Ipê-rosa (Tabebuia pentaphylla) e Capim-do-
Texas (Pennisetum setaceum) chamam a atenção.

Projeto, de paisagismo, Alex Hanazaki.

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projetos
POR BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O projeto assinado por Wolfgang Schlögel para a Casa Cor


Paraná 2015 traz um estilo todo especial, que mescla cores
e uma atmosfera com influências urbanas e rústicas. Em um
espaço de 150 m², o profissional aliou arte e paisagismo, a
fim de criar uma verdadeira galeria ao ar livre, com obras
expostas em painéis de vidro assinadas por Marcelo Le,
Sandra Hiromoto, Giórgia Manfredini da Gama, Celestino
Dimas, Luiz de Souza, Soraia Savaris e Eleutério Netto. Para
compor com a identidade da proposta, Schlögel tirou partido
da vegetação existente na praça e incorporou Dasirílios
(Dasylirion acrotrichum).

Projeto, Wolfgang Schlögel.

Iluminação de LED, mobiliário de aço de


carbono e lareira a gás natural arrematam
com um charme urbano

56 |
POR BRUNA NETO | FOTOS THAIS ANTUNES/DIVULGAÇÃO

Pisadas de concreto redondas acompanham o


desenho da casa e das curvas da piscina

A paisagista Clariça Lima é a responsável pela revitalização


deste jardim contemporâneo, situado em uma casa no interior
de São Paulo. Para o casal apaixonado pela natureza e por
artes plásticas, a profissional elegeu espécies ornamentais
e tropicais, a fim de conferir um toque artístico, além de
priorizar plantas resistentes e poucas forrações, por conta dos
cachorros que também desfrutam do espaço. Em 2 mil m²,
encontram-se amostras de Bela-emília (Plumbago auriculata)
e Lantana (Lantana camara) para atrair os pássaros,
Grama-preta (Ophiopogon japonicus), Íris-azul (Neomarica
caerulea), Dianela (Dianella tasmanica) e árvores existentes
com Bromélias Fireball (Bromelia neoregelia) no tronco. Na
área da piscina, a volumosa Costela-de-adão (Monstera
deliciosa) garante maior privacidade, Pândanos (Pandanus
veitchii) conferem um charme escultural e Palmeiras diversas
promovem uma volumetria diferenciada.

Projeto, Studio Clariça Lima

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projetos
POR DOUGLAS GALAN | FOTOS SIDNEY DOLL

A cerca viva que protege as ervas do vento forte


é de Murta-de-cheiro (Murraya paniculata) e a
discreta forração da área é de Pingo-de-ouro
(Duranta erecta aurea). As bolachas de madeira
angico criam um caminho

Nada melhor do que contar com temperos fresquinhos,


bem ao lado da área de preparo dos alimentos. Perto da
churrasqueira, uma ideia criativa trouxe para perto ervas
como Manjericão (Ocimum basilicum), Cebolinha (Allium
fistulosum), Hortelã (Mentha sp), Alecrim (Rosmarinus
officinalis) e Orégano (Origanum vulgare): um cocho de
madeira foi a solução para o plantio de todas elas. Outro
objeto típico de fazendas que ganhou aqui nova função foi o
pilão, repleto de Beijinhos (Impatiens walleriana), que enfeitam
o espaço bem ao lado dos temperos. Na parede, placas com
Peixinhos (Nematanthus wettsteinii), Videira-de-canguru
(Cissus antarctica), Petúnia-perene (Petunia integrifolia) e
Samambaia-americana (Nephrolepis exaltata).

Projeto de arquitetura, Renata Cáfaro; paisagismo, Kika Samara.

58 |
POR BRUNA NETO | FOTOS GABRIEL ROSA/DIVULGAÇÃO

Já que o lar de um jovem casal dispunha de pouco espaço


para a implantação de grandes árvores, criar uma parede viva
na área de lazer foi a solução perfeita para manter a natureza
por perto e, de quebra, disfarçar o paredão que delimita o
terreno vizinho. A paisagista Juliana Freitas assumiu o projeto,
que totaliza 12 m², e mesclou folhagens de tons diferentes,
que compõem com as cores do espaço gourmet. O sistema de
módulos cerâmicos, da GreenWall Ceramic, é o responsável
pela estrutura do jardim vertical, e prevê fácil manutenção
e melhor desenvolvimento das espécies. Entre elas, estão
Renda-francesa (Rumohra adiantiformis), Lambari-roxo
(Tradescantia zebrina), Peperômia-rubi (Peperomia clusiifolia)
e Dólar-verde (Plectranthus coleoides).

Projeto, Juliana Freitas Paisagismo; execução, Wall Plant; pedra Hijau, Palimanan
Revestimentos Especiais; deck e biombo, Madezonia; módulos cerâmicos, GreenWall
Ceramic; arquitetura, Estúdio Cidade.

Deck com ripas de madeira Cumaru, spa revestido com


pedra vulcânica Hijau lisa, da Palimanan, cascata de
aço corten e caminho com pisadas de piso cimentício
arrematam a obra

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projetos
POR YARA GUERCHENZON | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

No terreno de 6 mil² de área total, o paisagista Roberto


Riscala se diverte em meio aos jardins que criou e viu
florescer desde que construiu sua casa, em um condomínio
em Itu, no interior de São Paulo, há quinze anos. “Vejo as
plantas crescerem semanalmente. Esse jardim é como uma
enciclopédia viva para mim, onde posso conhecer como se
comporta cada espécie durante o ano todo”, explica Riscala.
O projeto, que integra harmoniosamente a parte interna e as
áreas externas, foi criado em parceria com o arquiteto Nelson
Braga em um terreno dividido em três patamares: a parte
superior, onde está cravada a casa; a área de lazer, com
piscina, área gourmet, sauna e orquidário; e, mais abaixo,
o extenso jardim clássico. “Levei dois anos para definir seu
estilo, até chegar a um formato que tem meu jeito e combina
com a minha identidade. Trata-se de um paisagismo vigoroso
e estabilizado, que não exige muita manutenção e está
sempre verde e lindo, em todas as estações. E é isso o que eu
mais gosto nele”, define.
Projeto, Roberto Riscala Paisagismo.

No terreno distribuído em três níveis, a piscina ocupa o patamar


intermediário, protagonizando a cena na área de lazer. A Grama-batatais
(Paspalum notatum) confere o contraste verde e é de fácil manutenção

60 |
POR YARA GUERCHENZON | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

O paisagista Roberto Riscala é o responsável há muitos anos


pelas áreas verdes desta casa, localizada em um condomínio
em Indaiatuba, no interior de São Paulo. Esse foi o terceiro
projeto que fez para a mesma propriedade. “Muito ligada à
natureza e amante de cavalos, a família foi crescendo e, com
os novos integrantes, surgiu a necessidade de aumentar os
jardins e criar novas áreas de convivência”, conta Riscala, que,
desta última vez, propôs modificações nos pisos dos pátios e a
ampliação dos cantinhos para relaxar, preservando a integração
com a casa e a vista para o campo anexo. O paisagismo está
no entorno da construção e assume um perfil de forte influência
europeia, em sintonia com o estilo da morada, que tem
fachadas de cor terracota, como são tradicionalmente as casas
da Toscana. Entre os charmosos detalhes estão as luminárias
de ferro e as fontes de pedra esculpidas à mão, compondo
cenários românticos, sofisticados e atemporais.

Projeto, Roberto Riscala Paisagismo, Jardinatto Planejamento e Execução de Exteriores.

O átrio, interligado ao corredor de entrada, pode ser visto a partir de diversos


ângulos. Fechado por uma cobertura de vidro, o espaço fica protegido da chuva
e do frio, ao mesmo tempo em que recebe a luz natural. No centro, a fonte com
escultura de concreto funciona como ponto central, enquanto os canteiros de
Lavandas (Lavandula sp) remetem aos campos coloridos e perfumados da Toscana

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projetos
POR CLEIDE OLIVEIRA | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS RENATO ELKIS/DIVULGAÇÃO

Em estilo colonial, a casa ganhou uma fonte lateral, que aproveita a aura romântica
já existente e imprime um estilo marcante inspirado na francesa Provence O paisagista Gilberto Elkis criou uma atmosfera heterogênea
e perfeita para mesclar árvores e flores e compor o imenso
jardim que abriga uma casa de campo na Fazenda Boa
Vista, a 100 quilômetros da capital paulistana . “Foi uma
opção da proprietária fugir dos moldes ‘certinhos’, por isso,
misturamos cores e padrões”, explica Gilberto. Uma das
vantagens, segundo ele, foi explorar todas as possibilidades
de um terreno vazio. Tudo foi elaborado em torno da casa
e, assim, foi possível aproveitando o perfil do local, que é
frequentado pela família e pelos amigos nos finais de semana.
A arquitetura influenciou bastante o projeto, que segue os
traços italianos e franceses da obra. “Buscamos compor com
elementos inspirados na italiana Toscana e nas cidadezinhas
do sul da França”. Lavandas (Lavandula sp), Oliveiras (Olea
europaea), Buxinhos (Buxus sempervirens), Murtas (Myrtus
communis), Rosas (Rosa x grandiflora), Jasmins-manga
(Plumeria rubra), Jacarandá (Jacaranda mimosaefolia),
Ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), Espirradeiras (Nerium
oleander) e capins diversos fazem parte do harmonioso elenco
de espécies.

Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo; piscina, Palimanan; pergolado, UPM Capital.

62 |
POR CLEIDE OLIVEIRA | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS ALEXANDRE POTTES MACEDO/DIVULGAÇÃO

Arbustos de Gardênia (Gardenia jasminoides) foram selecionados


especialmente para emoldurar a maravilhosa visão que mescla a área da
piscina com os limites para o mar

Alexandre Furcolin executou um projeto purista na praia


de Guaecá, em um condomínio com área de 40 mil m2, em
São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Desafiado por
limitações em torno da preexistente Mata Atlântica da região,
ele realizou um levantamento das espécies nativas focando
na particularidade do solo, “por ser excessivamente arenoso
e dominado por ventos originários da brisa continental do
mar, que assolam constantemente o paisagismo em frente à
praia”, de acordo com o profissional. Considerando o impacto
do clima predominante à vegetação escolhida para montar o
cenário, Furcolin certificou-se de que sua escolha garantisse o
melhor resultado em termos de composição estética.
“Assim, trouxe exemplares que mais se adaptam a
bothriophora), Licuris (Syagrus squizophilla) e Cambucás
(Plinia edulis). Na parte frontal da praia, optei por Palmitos-
jussara (Euterpe edulis), Grumixama (Eugenia brasiensis)
e Manacás-da-serra (Tibouchina mutabilis); nos fundos do
terreno, plantamos espécies de Lindeira”, resume. A paisagem trabalhada sob o conceito purista teve o objetivo de
complementar a mata nativa da região, respeitando a legislação ambiental
Projeto, Alexandre Furcolin Paisagismo. rigorosa que preserva o local

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projetos
POR JENNY GONZALES | FOTOS EBER MOSCHETO/DIVULGAÇÃO

O lar de uma família que ama a natureza e os esportes


dispunha, na área total de 1,8 mil m² do terreno, de um
espaço livre para a criação de um jardim ao lado da piscina,
assinado pelo paisagista Ricardo Pessuto. O lago ornamental
foi cercado de pedras e plantas tropicais, adequadas ao
clima árido local, como Espadas-de-são-jorge (Sansevieria
trifasciata) e Dracenas (Dracaena fragrans). Por estar
próximo ao gazebo, onde são realizados os almoços com os
amigos e familiares, o espelho d’água reflete os espaços em
volta e cria uma atmosfera serena e bela. Palmeiras-rabo-
de-raposa (Wodyetia bifurcata) e Palmeiras-washingtônias
(Washingtonia robusta) emolduram o ambiente e preenchem
o espaço entre o lago e a piscina. Esses imponentes
exemplares formam uma barreira natural no terreno e ficam
iluminadas à noite, graças aos pontos de luz inseridos na
vegetação. “Ao entardecer, o jardim e o lago começam a se
transformar e, com o acender das luzes, as plantas ganham
destaque em suas formas, texturas e volumes”, diz Pessuto.
O lago artificial ganhou pedras e vegetação tropical
nas bordas, como as Bromélias-imperiais (Alcantarea Projeto, Ricardo Pessuto Paisagismo; lago artificial, Ecosys Lagos Ornamentais;
imperialis) e os Fórmios (Phormium tenax) plantas, Ceasa e fornecedores particulares.

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POR JENNY GONZALES | FOTOS SALVADORE BUSACCA/DIVULGAÇÃO

Palafitas erguidas sobre a área do manguezal são rodeadas por


vegetação tropical, com inúmeras Palmeiras. As espécies proporcionam
sombra ininterrupta ao longo do caminho
A morada de verão em um terreno de 4 mil m², na praia
de Trancoso, no sul da Bahia, foi construída com grandes
aberturas para que os donos e seus hóspedes pudessem
apreciar a beleza natural da região e se conectassem com a
natureza. Assim, o projeto paisagístico precisava completar o
arquitetônico. Marcelo Faisal projetou um jardim belo, simples
e com a vantagem de necessitar de pouca manutenção.
O ponto de partida foi criar um entorno agradável com a
passarela de madeira Cumaru, que integra área social, suítes,
cozinha e banheiros. Logo no início, a delicada ponte – que
se transforma em palafitas nos manguezais – recepciona os
pedestres com Pândano (Pandanus veitchii) e Orelhas-de-
elefante (Kalanchoe thyrsiflora). Exuberantes Alpínias (Alpinia
purpurata) de flores vermelhas percorrem a cobertura verde e,
por serem de corte, são usadas para decorar vários cantinhos
da casa. Eucaliptos (Eucalyptus globulus) colaboram para
aumentar a privacidade, Primaveras (Bougainvillea glabra)
conferem uma mescla de cores e Coqueiros (Cocos nucifera)
proporcionam pontos de sombra e conforto térmico.

Projeto, Marcelo Faisal Paisagismo; arquitetura, Toninho Noronha.

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projetos
POR JENNY GONZALES | FOTOS ALEXANDRE POTTES MACEDO/DIVULGAÇÃO

Na cidade paulista de Amparo, a fazenda São Pedro de


Brumado integra o novo e o antigo, resgatando a história
deste patrimônio. A sede de arquitetura colonial foi preservada
e convive com a morada da família, erguida há alguns anos.
Na parte de trás do terreno, foi criada uma área aberta que
lembra uma pequena praça, cuja distribuição é organizada por
canteiros feitos de caixas e bancos de madeira, com nichos
estratégicos, que rodeiam as jovens árvores. Esse espaço
foi coberto de pedregulhos e, em volta, estende-se um vasto
tapete de gramíneas com Palmeiras de diferentes espécies. O
antigo terreiro de café foi aproveitado para fazer a ligação com
a área onde fica a sede preservada. A bica de água também
foi mantida e, agora, forma um espelho d’água. No entorno,
pés de café foram plantados. A antiga sede também recebeu
um novo jardim, de influência francesa, simétrica, com fonte e
bancos de mármore antigo, que coordenam com a arquitetura
de época. “Agora, os proprietários têm um lar que une
quase duzentos anos de história, com características atuais
e passadas, uma ajudando a preservar a beleza da outra”,
A área onde fica a antiga sede com casa de estilo colonial e ladeada por explica Alexandre Furcolin, que assina a proposta.
Palmeiras-imperiais (Roystonea oleracea), ganhou novos acessos, como o
caminho escalonado e pontuado por delicados arbustos Projeto, Alexandre Furcolin Paisagismo.

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POR GABRIELA MESCHINI | FOTOS RAFAELA NOVAES E ACERVO DA FAZENDA DA GRAMA/DIVULGAÇÃO

Em diversos pontos do terreno, exuberantes Palmeiras-azuis


O condomínio residencial Fazenda da Grama, em (Bismarckia nobilis) constrastam com o tom roxo das Setcreaseas
(Setcreasea purpurea)
Campinas, no interior de São Paulo, é uma imensa
propriedade rural de 2.234.792 m². Com a intenção
de transformar o terreno em um recanto voltado
especialmente para o lazer, o proprietário convocou
o paisagista Marcelo Novaes. Segundo o profissional,
a solicitação mais importante foi a de um jardim voltado à
sustentabilidade, que respeitasse a flora nativa e retomasse
o ecossistema original. Estimulado por esse pensamento,
Novaes cultivou um viveiro e produziu mais de 20 mil espécies
de plantas a serem utilizadas no projeto. As principais vias
receberam espécies de Quaresmeiras (Tibouchina granulosa),
Eritrinas (Erythrina falcata) e Cássia-javanesca (Cassia
javanica), além de outras plantas com cores exuberantes.
A entrada do empreendimento é marcada pela beleza das
Palmeiras-imperiais (Roystonea oleracea), enquanto, por todo
o clube, há o amarelo intenso dos Hemerocalis (Hemerocallis
x hybrida).

Projeto, Marcelo Novaes Paisagismo; arquitetura e décor, Sig Bergamin; conceito


urbanístico, Pratec Projetos e Urbanismo; plantas, Viveiro Novaes; pedras decorativas,
Cesar Pedras Decorativas; peças e revestimentos de cerâmica, Cerâmica Atlas;
investimento, Jaguary Construção e Incorporação.

| 67
projetos
POR ÉRIKA PELLINI VARGAS | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS ACERVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO

No patamar intermediário da casa, as áreas de estar e de repouso estão


localizadas junto ao deck ligado à sala de ginástica. Aqui, a Agave-azul (Agave
tequilana) proporciona aconchego e bem-estar
“Uma obra bem complexa devido a uma topografia
extremamente acidentada”. Assim Marcelo Faisal começa a
descrição do projeto desta casa de quatro andares no bairro
Morumbi, na capital paulista. O grande desafio no terreno de
4 mil m² foi criar áreas de jardim e de convivência, além de
projetar circulações que permitissem explorar o espaço para
que a família pudesse desfrutar ao máximo toda a morada.
“Foram criados contenções e muros de arrimos revestidos
com pedra e escadarias, com o melhor uso da topografia para
se aproveitar o passeio pelo jardim”, comenta. A proposta
permitiu o acesso e o uso de áreas ou platôs criados para
contemplação e entretenimento, como deck, playground,
pomar, spa e solário, além do espaço gourmet na área da
piscina. A vegetação do terreno foi totalmente recuperada
e ganhou uma linguagem mais naturalista e tropical, com
o uso de Palmeiras diversas, Palmiteiros (Euterpe edulis),
Bananeiras (Musa sp), Bambus (Bambusa vulgaris) e
bambuzais, Fórmios (Phormium tenax), Jabuticabeiras (Myrcia
cauliflora) e Bromélias.
A escada principal de acesso a casa, feita de alvenaria revestida com madeira, ganhou
um túnel de Bambus-mossô (Phyllostachys pubescens) e Moreias (Dietes iridioides) Projeto, Marcelo Faisal Paisagismo.

68 |
POR GABRIELA MESCHINI | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

Uma das intervenções feitas pela paisagista foi a construção do deck, de madeira
A bela morada que o célebre Oscar Niemeyer esculpiu, em Cumaru, que salienta a vista para a Lagoa da Pampulha. Bromélias-imperiais
1954, serviu como cenário para a Mostra de Arquitetura de (Alcantarea imperialis), vasos ornamentais com Mandacarus (Cereus jamacaru),
Agaves diversas e Cacto-bola (Echinocactus Grusonii) completam o espaço
Minas Gerais. Coube à paisagista Anaíne Pitchon reestruturar
o jardim de entrada e da piscina, e a varanda com um projeto
que resgatasse os conceitos arquitetônicos da época de sua
construção. Para revestir a área de mil m², sob um clima
bucólico, a profissional utilizou elementos como madeira, vidro
e pedras que remetessem ao estilo. Na varanda, Anaíne lançou
mão de ladrilhos hidráulicos com tom púrpura. Na região de
baixa inclinação, a profissional decidiu preservar todas as
árvores e os Coqueiros (Cocos nucifera), além de Azaleias
(Rhododendron simsii), que emolduravam o caminho lateral.
Para complementar a flora, Anaíne implantou quatro mil mudas
de Trapoeraba (Commelina erecta), Grama-esmeralda (Zoysia
japonica) e, em alguns pontos, manteve a Grama-são-carlos
(Axonopus compressus), muito usada na década de 1950.

Projeto, Anaíne Pitchon; obras de arte, Galeria Dotart; obras e esculturas, AM Galeria; projeto
de iluminação, Iluminar; irrigação; Irrigação & Cia; grama, Grama Crescente; pufes, sofás e
poltronas, Quality Móveis e Adornos; banquetas de madeira, mesa e poltrona, São Romão
Móveis; ladrilho hidráulico e ecodreno, Terratile Revestimentos; base da escultura, Directa
Piedras Mármores e Granitos; deck de madeira, Top Móveis Marcenaria; cortina do deck, Visando à integração e à harmonia entre todos os ambientes, Anaíne optou por enfatizar
Giselle Decorações; mesa lateral e chaises, Tetum Móveis; iluminação da piscina e robô, a cor púrpura com Bromélias (Alcantarea imperialis) e Trapoerabas (Commelina erecta). A
Ambiente Piscinas. obra de arte “Alfabeto”, em cima da mesa, tem a assinatura de José Bento

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projetos
POR GABRIELA MESCHINI E BRUNA NETO | FOTOS ] POTTES MACEDO/DIVULGAÇÃO

A arquitetura contemporânea foi sabiamente


emoldurada com a vegetação escolhida . A Mais do que um jardim, a área externa desta bela morada em
predominância da cor verde é quebrada pelos tons
neutros da madeira, das pedras e das flores
um condomínio de luxo, no interior de São Paulo, foi o ponto de
partida para criação de seu conceito arquitetônico. Assim que
o terreno foi adquirido pelos moradores, eles pediram a ajuda
de Alexandre Furcolin para transformar a área total de 2.300
m² em um cenário encantador. O principal foco do paisagista
foi tornar o terreno extremamente funcional. Para isso, a
distribuição dos espaços foi pensada de forma estratégica. “Na
primeira parte, está a casa e a piscina. Na segunda, optamos
por incluir sauna, academia, espelho d’água e fogo de chão”,
explica. Essas intervenções foram realizadas sob a direção do
escritório Jannini e Sagarra Arquitetura.
Segundo Alexandre, a vegetação também foi escolhida para
harmonizar com o clima e com as características do espaço.
Por se tratar de uma arquitetura contemporânea, por exemplo,
ele optou por utilizar Palmeiras (Livistona benthamii) na
fachada, já que essa espécie não sofre tanto com o impacto
dos dias tropicais brasileiros.

Os espaços com parede de vidro geram amplitude à morada e garantem seu Projeto, Alexandre Furcolin Paisagismo; pastilha verde bermuda, Cerâmica Atlas;
estilo contemporâneo. Seguindo a mesma linha, Alexandre optou por detalhes deck de madeira Pinus, Preservam; árvores e plantas, viveiro de Alexandre Furcolin;
inusitados: alguns furos no deck e nos bancos dão espaço para o crescimento iluminação, Bonaluce; espelho d’água, lago e pedras, Ecosys Lagos Ornamentais;
das Pitangueiras (Eugenia uniflora) Vasos, Figueiredo no Meu-Guaçu; arquitetura, Jannini e Sagarra Arquitetura.

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POR ÉRIKA PELLINI VARGAS | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS ERNANI OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO

Segundo a paisagista, a instalação de jardins em paredes transformam locais


sem vida em magníficos ambientes. O propósito do projeto foi criar esse
O bem-sucedido projeto de Gica Mesiara transformou um imóvel
desejo de cultivar um futuro melhor, em que plantas e pessoas convivam de
simples em um pequeno paraíso. O espaço é o showroom da forma harmoniosa

empresa Quadro Vivo, especializada em jardins verticais e telhados


verdes, localizada em São Paulo. Para provocar o mínimo impacto
ambiental possível na área de 700 m², a paisagista reutilizou
alguns materiais, como o piso antigo da entrada da casa,
feito de tijolos que pertenciam a uma antiga fazenda de café.
Gica também lançou mão de técnicas de irrigação automática
com sistema de captação de água, que são ecologicamente
corretas e facilitam os cuidados com as plantas. Entre as
espécies utilizadas, estão Rendas-francesas (Rumohra
adiantiformis), Russélias (Russelia equisetiformis), Begônias
(Begonia elatior), Begônias Dragon Wing (Begônia cinnabarina
Hook), Peperômias-melancia (Peperomia sandersii), Heras
(Hedera helix), Gerânios (Pelargonium hortorum), Guaimbês
(Philodendron bipinnatifidum), Antúrios (Anthurium andraeanum),
Aspargos (Asparagus officinalis), Suculentas e Samambaias,
Ripsális (Rhipsalis baccifera) e Xanadus (Philodendron xanadu).

Projeto, Gica Mesiara; deck de madeira, Lyptus; iluminação, Lab Luz; ladrilhos hidráulicos,
Dalle Piagge; brises de alma de bambu, Bambu Carbono Zero; deck de madeira, Telhados, lajes, pisos e paredes transformam-se em jardins e ganham vida
Lyptus;escultura de metal Mapa-Múndi, Ana Paula Castro; iluminação, Lab Luz; lustre, com a técnica da Quadro Vivo, que aumenta a área verde do ambiente e eleva a
Lustregan; ladrilhos hidráulicos, Dalle Piagge. qualidade de vida de quem frequenta o espaço

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projetos
POR LAURA DE BIAGIO | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS MARCO TIÊ/DIVULGAÇÃO

Canteiros elevados São aproximadamente 480 m² de jardim, que teve a preservação das espécies arbóreas nativas e a
em patamares
unem a escada e
integração com o entorno como ponto de partida. O paisagista Luiz Felipe Rudge Leite, que assina
a rampa que ligam o projeto, precisou driblar os desníveis acentuados do terreno. Cada patamar do jardim tem uma
a entrada social
ao paisagismo. função associada ao lazer. Na parte mais alta da casa, fica o solário. Há também um pavimento para
O Bambu-mossô
a piscina com deck curvo, que aparece sobre o pergolado, no patamar inferior. No último degrau,
(Phyllostachys
pubescens), as o pátio com jardim conta com o estúdio de trabalhos manuais da proprietária. As espécies foram
Aves-do-paraíso
(Strelitzia reginae) cuidadosamente escolhidas e contam com enorme variedade. “No jardim de entrada, por exemplo,
e as Clúsias (Clusia temos arbustos de Mil-cores (Breynia disticha), Falso-íris (Neomarica caerulea), Clúsia (Clusia
fluminensis)
formam conjuntos fluminensis), Liríopes (Liriope spicata), Agapantos (Agapanthus africanus), Orquídea-bambu (Arundina
que elevam o visual
do jardim
bambuseifolia) e Dracena-tricolor (Dracaena marginata ‘Tricolor’). Já no jardim lateral, a Jabuticabeira
(Myrcia cauliflora) existente ganhou a companhia de Asplênios (Asplenium nidus), Alpínias (Alpinia
purpurata), Bromélia-imperial (Alcantarea imperialis), Cica (Cyca revoluta) e Agave-dragão (Agave
attenuata)”, descreve o profissional. Além da madeira – que foi amplamente utilizada no deck da
piscina, nas escadas e na rampa da entrada social – e dos grandes blocos de pedra para a formação
dos arrimos de contenção dos patamares, o petit-pavé foi aplicado no piso da pérgola, do pátio do
estúdio e na entrada.

Projeto, Luiz Felipe Rudge Leite - BioDomus Arquitetura Paisagística; colaboração, Aline Restivo; plantas, BioDomus.

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POR LAURA DE BIAGIO | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS DANIELA BUZZI/DIVULGAÇÃO

O lago artificial conta com uma cascata de pedras e, ao fundo, o paredão em madeira
angelim-pedra abriga um belo jardim vertical repleto de Begônias (Begonia elatior)
Diante da Lagoa da Conceição, um dos grandes cartões
postais de Florianópolis, em Santa Catarina, a paisagista
Rosângela Buitoni criou, em 360 m², uma área de convivência
ampla, convidativa e agradável, com spa, espaço gourmet,
lago com cascata, espaço pet e orquidário, tudo com a ajuda
do engenheiro Adriano Hillesheim. O solo fértil não recebeu
apenas o superequipado pergolado, feito de madeira Pino
autoclavado de reflorestamento, mas também foi repaginado
com Grama-esmeralda (Zoysia japonica) e variedade de
espécies, como Palmeiras diversas, Fórmios (Phormium
tenax), Liríopes (Liriope spicata), Bananeiras (Musa sp),
Dracenas (Dracaena fragrans), Antúrios (Anthurium
andraeanum) e Mini-ixoras (Ixora chinensis), escolhidas por
conviverem com o sol e por serem resistentes às intempéries.
“Para as áreas sombreadas, optamos pelo Lírio-da-paz
(Spathiphyllum wallisi). Já o paredão de madeira conta com
várias Begônias (Begonia elatior) pendentes”, completa.

Projeto, Rosângela Buitoni; engenharia, Adriano Hillesheim; móveis, MAC Via Artística; madeiras,
Madeireira Madefuturo; louças e metais, Deca; materiais de construção, Balaroti; tijolos Ecobrick,
Santa Luzia; lareiras, SC Lareiras; spa, Pretty Jet; lago com cascata, Sibrape; toldo, Rex Decor;
adornos, Núcleo Catarinense de Decoração; plantas e peças em ferro, Giardino D’Arte.

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS RICARDO NOVELLI

As prateleiras são uma alternativa


despretensiosa e atemporal às
populares paredes verdes

A área do jardim, antes aberta e com a presença de uma


trepadeira Sete-léguas (Podranea ricasoliana), passou por
reformulação, recebendo um teto pergolado de caibros,
revestido com sombrite, para proporcionar um clima mais
ameno. Com isso, a entrada de luz natural tornou-se
moderada. A Sete-léguas (Podranea ricasoliana) foi retirada,
pois assoreava o piso, que precisou ser reconstituído.
Com essas alterações, pilares com revestimento de pedra
amarela preservaram a luminosidade. Na parede lateral,
duas prateleiras de madeira de demolição abrigam vasos
de barro com espécies como Chuva-de-ouro (Cassia
fistula), Ripsális (Rhipsalis sp), Orquídeas diversas, Cróton
(Codiaeum variegato), Lírio-da-paz (Spathiphylum ,isii),
Violeta (Saintpaulia ionantha), Flor-de-maio (Schlumbergera
truncata), Flor-de-outubro (Rhipsalidopsis rosea), Cactos
diversos, Miniantúrio (Anthurium andraeanum), Confete
(Hypoestes phyllostachya), Columeia (Nematanthus
wettsteinii), Peperômia (Peperomia sp), Zâmia (Zamia
pumila), Maranta (Calathea sp), Tilândsia (Tillandsia sp) e
Bromélias diversas.
Projeto, Nô Figueiredo.

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POR DOUGLAS GALAN E BRUN A NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Na transição entre moradas, Palmeiras variadas, Jabuticabeiras (Myrcia


cauliflora) e maciços verdes ocupam intervalos livres de terreno

No sofisticado lar campestre, localizado em um residencial


de luxo do interior paulista, o conceito adotado por Ana
Paula Magaldi foi o de jardim tropical, levando dinâmica e
movimento à morada, sem perder o ar refinado. Em harmonia
com a arquitetura da propriedade e do próprio condomínio, a
vegetação incorpora elementos de efeito, como fonte, decks,
topiaria, caminhos e canteiros maciços e volumosos. Para
uma arquitetura imponente, em um terreno privilegiado, nada
mais oportuno que uma área verde rica e diversa em atrações.
O clima local é típico do interior paulista, com sol abundante
e temperaturas amenas ao cair da noite. As condições
favoráveis propiciaram a previsão de espaços para atividades
diversas ao ar livre. Como os moradores possuem dois filhos,
preocuparam-se em manter o espaço de lazer agradável e
equipado, com campo de futebol, quadra de tênis e piscina.
“Há também percursos, caminhos, fonte, horta e, claro, uma
área de jardim bem completa e contemplativa”, descreve Ana
Paula Magaldi.

Projeto, Ana Paula Magaldi Paisagismo; irrigação, Irrigmaster; pérgolas e estruturas de aço, Um muro de Pleomeles (Dracaena reflexa) cerca a elevação da piscina, que
TM Estruturas; móveis e acessórios, L’oeil. tem borda de fundo infinito com queda acentuada

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS BRUNA M. GOBBI/DIVULGAÇÃO

Na fachada, destacam-se Palmeiras de diversos tipos, Agaves (Agave


attenuata), Babosa (Aloe vera), Lavanda (Lavandula sp), Aspargo-pluma
(Asparagus densiflorus), Pleomele (Dracaena reflexa) e Espada-de-são-jorge
(Sansevieria trifasciata), Azulzinha (Evolvulus glomeratus), Cica (Cyca revoluta) e Os moradores deste terreno desejavam uma área livre
Clúsia (Clusia fluminensis)
e ensolarada para instalar uma piscina, um jardim bem
diferenciado e uma fachada com plantas, sem garagem. A
solução proposta foi adotar uma planta baixa em “L” para a
casa, tirando partido das linhas frontal e lateral inclinadas
do terreno. Assim, liberou-se uma área nos fundos, onde foi
implantada a área de lazer, com piscina e um conjugado com
espelho d’água para uso das tartarugas e outros pets da casa.
A garagem foi deslocada para os fundos e o terraço com spa,
no pavimento acima, foi associado a uma varanda superior
contínua, com ateliê de pintura, academia e um jardim íntimo
e charmoso, permeado por decks e caminhos com pedras
brancas e vermelhas. A grande abertura que aparece na
fachada pertence ao corpo da escada de acesso ao 2º piso,
que está integrada a um jardim interno com pedras brancas e
vasos de plantas. O deslocamento da estrutura para fora da
varanda superior permitiu a inserção de uma Palmeira, criando
um efeito diferenciado.

Para os fundos do terreno, há Fênix (Phoenix roebelenii), Bromélias diversas Projeto, Paulo Gobbi e Caroline Porto – Gobbi Arquitetos Associados; esquadrias, Veka;
com pedras embaixo e Pitangueira (Eugenia uniflora) pisos, Portobello Shop e Decori; vidros, JCV Vidros; granitos, Itaúna.

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POR ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

A padronização de vasos cerâmicos de cor natural


Esta residência, localizada em Ilhabela, no litoral norte de combina com o toque praiano do projeto
São Paulo, está situada num acidentado aclive à beira-
mar. Antes de ser um problema, essa característica do
terreno virou uma solução, permitindo a criação de uma
área de lazer panorâmica e de vários blocos e canteiros em
níveis. “As prioridades do cliente eram incorporar o terreno
vizinho ao já existente, além de suavizar a descida até as
pedras que conduzem ao mar, vencendo um desnível de
aproximadamente 20 metros”, conta o paisagista João Jadão,
que assina o projeto.
Aqui, o convívio familiar e social é garantido por piscina,
deck, spa, fireplaces, passarela de circulação para o mar,
pergolados, churrasqueira, mirante, chuveirão e futons para
relaxamento, leitura e contemplação. Além de valorizar as
espécies nativas da Mata Atlântica, o profissional apostou em
diversos tipos de Palmeiras – Cocos nucifera, Dypsis lastelliana,
Phoenix roebelenii, Caryota mitis, entre outras –, valorização dos
maciços de bananeiras (Musa sp) já existentes e incorporação
de amostras de Capim-do-texas (Pennisetum setaceum) e
Alpínias (Alpinia purpurata).
Madeira e Bambus (Bambusa vulgaris) são a base para pisos,
Projeto, João Jadão Paisagismo; plantas, vasos e execução, Planos e Plantas Paisagismo. demarcações e caminhos ao longo de toda a área

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS RICARDO NOVELLI

Nesta casa com várias referências arquitetônicas aos anos


1970, o jardim e a piscina são áreas muito utilizadas para
eventos. Por isso, a paisagista Rejane Heiden foi chamada
para sugerir soluções que ampliassem os espaços e
aumentassem as áreas livres para circulação, sem eliminar
o jardim. Para a área de 400 m2, que já contava com
churrasqueira e piscina, criar um arejado espaço para festas
foi o ponto de partida. Entre as plantas do local, apenas as
mais resistentes foram mantidas. A profissional acrescentou,
então, Yuccas (Yucca filamentosa), Dasilírios (Dasylirion
acrotrichum), Patas-de-elefante (Beaucarnea recurvata),
Aspargos (Asparagus officinalis), Zâmias (Zamia pumila),
Fórmios (Phormium tenax), Agaves (Agave sp), Clorofitos
(Chlorophytum comosum), Papiros (Cyperus sp), Dracenas
(Dracaena cordyline), Pândanos (Padanus utilis), Chifres-de-
veado (Platycerium bifurcatum), Licualas (Licuala grandis),
Jasmins-dos-açores (Jasminum azoricum), Bromélias e
Suculentas diversas. Além disso, próximo à cozinha há vasos
com frutíferas, como: Laranjinha Kinkan (Fortunella margarita),
Jabuticaba Híbrida (Myrciaria cauliflora), Romã (Punica
Entre a área de pisoteio, recoberta por grama (por ser mais indicada para esses
tipos de situação), e os canteiros, optou-se por criar uma faixa de forrageiras granatum) e Limão (Citrus limon).
como “ponto de transição” Projeto, Rejane Heiden

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POR ÂNGELA ARRAYA E EZELISE CROCCO | FOTOS RICARDO NOVELLI

Em 70 m² de quintal, a paisagista e arquiteta Daniela Sedo


conseguiu instalar churrasqueira, forno de pizza, fogão à
lenha, deck com spa e um conjunto de banco e mesa de
madeira. Todos esses elementos são pontuados por uma área
verde muito presente, que, apesar da exuberância, requer
pouca manutenção, com espécies como Pitanga (Eugenia
uniflora), Jabuticaba (Myrciaria cauliflora) e Laranjinha
Kinkan (Fortunella margarita) perto da churrasqueira; Alpínia
(Alpinia purpurata) e Dracena (Dracaena sp) em volta do
spa; e Bambu-mossô (Phyllostachys pubescens) e Agapanto
(Agapanthus africanus) na área integrada à sala de jantar.
A bancada da churrasqueira, de granito preto, confere um
toque de modernidade e compõe com as listras horizontais,
que foram pintadas na parte superior da parede para diminuir
a sensação de muro alto sobre o pergolado de madeira,
posteriormente coberto com acrílico. Toda a área gourmet
recebeu pendentes e arandelas, a fim de garantir uma
iluminação adequada para uso do espaço à noite. Este é
também o único local onde o piso cimentício, com tratamento
para impermeabilização, substituiu a grama. Foi um pedido dos moradores que houvesse o mínimo possível de pisos, de
forma que os caminhos foram demarcados com pedras bolachas de seixos,
Projeto, Daniela Sedo; piso cimentício, Solarium Revestimentos. feitos na própria obra, facilitando a circulação

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS RICARDO NOVELLI

A necessidade de unir relaxamento e lazer para um casal


com filhos levou a paisagista Cynthia Azevedo a criar esse
espaço multiúso, que traz área gourmet, integração com o
living da área interna, deck de madeira, painéis verticais e a
dobradinha de piscina e spa. O verde marca presença intensa
com grande variedade vegetal, a começar pelos dois jardins
verticais – um na parede próxima à piscina e outra na lateral
do spa –, que, inclusive, pode ser admirada de dentro de casa.
Na primeira, as principais espécies cultivadas são Aspargos
(Asparagus officinalis), Gerânios (Pelargonium hortorum),
Columeias (Nematanthus wettsteinii), Heras (Hedera helix),
Ripsális (Rhipsalis baccifera) e Suculentas diversas. Na outra,
Samambaias, Orquídeas e Chifre-de-veado (Platycerium
bifurcatum). Outras espécies que se destacam nos demais
ambientes são Jasmins, Palmeiras e Orquídeas fixas no caule,
Cacto-macarrão (Rhipsalis baccifera) sobre o revestimento
de Bambu (Bambusa vulgaris), além de vasos grandes com
Romã (Punica granatum), Laranjinha Kinkan (Fortunella
margarita) e Orquídea-bambu (Arundina bambuseifolia), a fim
de disfarçar partes do muro.

Projeto, Cynthia Azevedo

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POR ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Uma minicachoeira tropical e quase onírica, moldada pelas Palmeiras Fênix (Phoenix
roebelinii) e Cica (Cyca revoluta), bem no meio do viçoso jardim tropical, verte água
A residência localizada num grande terreno de 1.500 sobre a piscina e cria um efeito paisagístico surpreendente

m² é integrada à área externa por diversas portas de


vidro, sendo abraçada por todos os cantos pelo jardim
de várias facetas. Porém, o grande destaque ainda é
a área da piscina. Neste espaço, as diferentes escolas
de jardinagem e a mistura de influências convivem
harmoniosamente. Pedrinhas brancas e blocos de
Viburno (Viburnum tinus) marcam o território do jardim
de inspiração italiana, que vai até o vaso de concreto
cercado por Pileias (Pilea cadierei), na passagem entre
duas áreas cobertas da casa. Esferas de Buxinhos (Buxus
sempervirens) formam um limite com outro cenário, o
tropical, onde se destacam Palmeiras Cica (Cyca revoluta)
e Fênix (Phoenix roebelenii). Já os Pândanos (Pandanus
veitchii) e as amostras de Aguapé (Eichhornia crassipes)
em vasos indicam uma nova linguagem. Há, ainda,
Orquídeas-bambu (Arundina bambuseifolia) Jabuticabeira
(Myrciaria cauliflora) e temperos espalhados. Uma fonte
marca o fim do passeio.
A entrada tem uma fonte de inspiração italiana e, entre Ficus (Ficus benjamina) e
Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo. Alamandas (Allamanda cathartica), um banco para relaxar

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

Um cantinho gostoso para ler, relaxar na rede, tomar chá e


conversar. Esta é a proposta do ambiente assinado por Carla
Pimentel, caracterizada por uma atmosfera romântica, leve e
feminina – garantida principalmente por uma paleta
de cores claras, pelo mobiliário natural e pela presença
ostensiva de flores, como Azaleias (Rhododendron simsii),
Orquídeas diversas e Crisântemos (Chrysanthemum x
morifolium). O destaque é a grande Palmeira no centro do
ambiente interno. A abertura, que permite a saída da planta,
foi feita com uma cobertura transparente, aumentando a
claridade. A cor branca aparece em abundância nas paredes
e estofados, quebrada eventualmente pelos toques das
tonalidades das fibras e da madeira dos móveis e pelo
colorido das plantas.

Projeto, Carla Pimentel Paisagismo.

Diferentemente do usual, neste cantinho de relaxamento,


a proporção de flores é muito maior do que a de folhagens
ornamentais, onde, aliás, encontramos Kaizukas (Juniperus
chinensis) e Buxinhos (Buxus sempervirens)

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POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS CHICO LIMA/DIVULGAÇÃO

Com aproximadamente 250 m2 de área externa e 115 m2


só de varandas, esta casa ainda precisava de melhoras e
complementos em sua área externa, como, por exemplo, a
troca da piscina e a criação de novos polos de lazer, como
uma adega e um spa próximo ao núcleo da sauna.
Desta forma, a piscina antiga foi demolida, a sala de repouso
foi transformada em adega e a sauna antiga foi diminuída,
criando-se um lavabo, uma ducha e uma circulação para
a sala de ginástica. Com todas essas as modificações e
acréscimos, a área de lazer da casa passou a somar varanda,
churrasqueira, sauna, sala de ginástica, adega e piscina com
deck molhado. Cerâmicas, porcelanato madeirado e pastilhas
estabelecem o diálogo entre todos esses cantinhos. Entre
as espécies de plantas presentes, destacam-se Sete-léguas
(Podranea ricasoliana), Unha-de-gato (Uncaria tomentosa) e
Clorofitos (Chlorophytum comosum).

Paisagismo, Landscape; projeto arquitetônico, Fernanda Salles Arquitetura; cerâmicas, Brennand;


pastilha, Cerâmica Atlas; porcelanato, Portobello; revestimentos, Vidrotil e Prolight; mármores e Portas de vidro garantem que mesmo ambientes internos
granitos, Realce, Orlean e Aqualar; execução, Felix Fontenele Reformas e Manutenção. façam parte das áreas de lazer e jardins

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA E EZELISE CROCCO | FOTOS RICARDO NOVELLI

As espécies “pendentes” são verdadeiros curingas na hora de


trabalhar com jardins verticalizados
Neste projeto assinado pelas paisagistas Nô Figueiredo e
Anna Luiza Moraes, utilizou-se uma grade de ferro fixada
na parede como base para pendurar vasos, intercalando
espécies como Samambaias e Bromélias diversas e
Peperômias (Peperomia sp), numa mistura de cores e texturas
típica das florestas tropicais, que inspiraram o estilo da obra.
Ao todo, foram pendurados 28 vasos, que se beneficiam
dos mais de oito metros de comprimento do corredor lateral,
sem ocupar sequer meio metro de chão desta área, o que
é um ganho em termos de área de circulação e sensação
de amplitude. Na parede oposta, foram instalados quatro
vasos de cimento com forração de Azulzinhas (Evolvulus
glomeratus), Laranjinha Kincan (Fortunella margarita) e Lírio
(Lilium sp), constituindo a “parte baixa” do jardim. As plantas
trouxeram aconchego e alegria para o corredor lateral da
casa, que tem uma estética mais sisuda, predominante de
cores neutras, evidenciada pelo piso que mescla pastilhas
pretas com grafite e cinza, ou pelo pergolado de metal
chumbo, que serve de apoio para uma trepadeira.
A porção de chão logo abaixo da parede verde pode ser utilizada para a
instalação de um canteiro com forração, que absorve
a água que cai do painel na hora das regas Projeto, Nô Figueiredo e Anna Luiza Moraes; execução, A Menina do Dedo Verde; móveis, Tok&Stok.

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POR ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS RODOLFO BARRETO/DIVULGAÇÃO

A criação de dois ambientes distintos valorizou o traço retangular


A vegetação abundante e generosa ao longo das paredes e e ligeiramente estreito da área reservada ao jardim

canteiros é o ponto de partida deste jardim de 165 m² com


ambientes bem-definidos – no primeiro, um espaço social
para receber amigos e familiares, enquanto, num cantinho
mais reservado, um cenário para contemplar a natureza a
dois. É nesta área mais intimista que se encontra um dos
diferenciais do projeto – um gazebo de ferro fundido de estilo
francês e lustre de cristal, formando um conjunto que, mesmo
sofisticado, mantém-se fiel à proposta de integração com a
natureza. Flores com aromas doces, como Jasmins-do-cabo
(Gardenia jasminoides), Gardênias (Gardenia grandiflora),
Camélias (Camellia japonica), Ipomeias (Ipomoea cairica),
Lírios (Lilium sp) e Rosas (Rosa x grandiflora) intensificam
o efeito romântico. Já para demarcar o living ao ar livre, a
paisagista optou por um deck de madeira Cumaru. Toques
contemporâneos ficam evidentes no mobiliário, enquanto
garden seats fazem as vezes de mesinhas de centro.

Projeto, Marisa Lima; luminária subaquática, Albacete; deck, Assoalhos Monet; gazebo,
Brizzio Arte em Ferro; mobiliário de fibra, Casa Cenário; pastilhas, Colormix; iluminação
LED, ConexLED; torneira da fonte, Deca; vasos, L’oeil; cobertura de policarbonato,
Polistar Coberturas; luminárias espetos de jardins, Shopping dos Lustres; pisos, Solarium A fibra sintética foi eleita para figurar na maioria das peças de
Revestimentos; texturas e tintas, Suvinil; parede verde, ThermoGreen. mobiliário, graças a seu bom desempenho em ambientes externos

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projetos
POR ANA ALICE SANTOS | ADAPTAÇÃO ÂNGELA ARRAYA | FOTOS DIVULGAÇÃO

Uma festa para os olhos. Esse foi o resultado obtido pelo


arquiteto Gustavo Calazans ao projetar esta varanda com
vista para o mar. O espaço conta com um exuberante
painel verde, paredes cor de carmim, suportes de vasos de
parede iguais aos da casa da vovó, almofadas e futons com
várias cores e estampas, diferentes madeiras com diversos
acabamentos e, para arrematar, piso de ladrilho hidráulico
artesanal, inspirado no calçamento ao lado da praia de
Copacabana, no Rio de Janeiro. Mesmo com uma metragem
modesta, 16,7 m2, o ambiente mantém mais de 60 espécies,
graças ao bom uso das paredes. Há, ainda, diferentes tipos
de bancos e cadeiras, mesa de centro e até bancada multiúso
feita com painéis de Eucalipto sobre cavaletes metálicos, que
pode ser usada tanto para apreciar um churrasco e cuidar
das plantas, quanto para ler ou trabalhar curtindo a vista e
a presença da natureza. Além disso, um grande banco feito
com caibros e ripas de Pinus autoclavado acompanha todo o
comprimento da varanda e fica encostado ao guarda-corpo de
vidro, que pode servir como apoio para as costas.
Entre as espécies presentes há Samambaias-americanas (Nephrolepis exaltata),
Chifres-de-veado (Platycerium bifurcatum), Orquídeas (Cymbidium sp), Rosas Projeto, Gustavo Calazans; móveis e banquetas, Bankotte; churrasqueira portátil, Pátio
(Rosa galica) e Antúrios (Anthurium andraeanum) Bistrô; cadeira de alumínio, Bistrô Lyon; abajures, Sollis; almofadas, Leroy Merlin.

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POR GUILHERME MOTA E NAÉLIA FORATO | ADAPTAÇÃO ÂNGELA ARRAYA | FOTOS SIDNEY DOLL

Apreciar a vista panorâmica e exclusiva do topo de um prédio Para quem mora em cobertura, as possibilidades de transformar a
área externa em um verdadeiro quintal de casa são quase infinitas
pode ficar ainda melhor com a presença de alguns elementos
que conferem uma atmosfera de “casa” ao local. A presença
de plantas certamente é uma delas – além de humanizar o
ambiente, são uma boa pedida para preservar o ambiente,
que costuma ficar totalmente aberto à visualização de quem
está em prédios mais altos.
O ofurô instalado em um dos cantos do espaço com um deck
de madeira Cumaru é seguido por um agradável elevado com
revestimento de pedra Miracema, cheio de vasos e futons,
acompanhando o comprimento e o alto guarda-corpo que
circunda o local. Decidiu-se por preservar o piso de ladrilhos
hidráulicos que já existiam e deram um toque rústico e
romântico ao projeto final.

Projeto, Beatriz Quinelato; almofadas, velas e objetos decorativos, Essencial;


ofurô, Will Arte em Madeiras; deck, Aroeira.

Um projeto luminotécnico caprichado cria cenários


diferenciados à noite e ao entardecer

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projetos
POR CÍNTIA BAZZAN | ADAPTAÇÃO ÂNGELA ARRAYA E BRUNA NETO | FOTOS ADRIANA BARBOSA

Sacadas em semi-círculo requerem uma atenção A disposição dos vasos, acompanhando a circunferência do
a mais para preservar o espaço de circulação
guarda-corpo, com a disposição dos móveis de fibra natural à
frente, ou seja, de costas para as plantas, permitiu o melhor
aproveitamento do espaço desta varanda arredondada.
Espécies como Pacová (Philodendron martianum), Murta
(Myrtus sp), Laranjinha Kinkan (Fortunella margarita), Licuala
(Licuala grandis), Quaresmeira (Tibouchina granulosa) e
Álissos (Lobularia maritima) permeiam a área e garantem mais
vida para deliciosos momentos em família.

Projeto, Topiaria; vasos, L’oeil; decoração, Liliana Pedrosa; jardineira, Fridel Madeiras;
plantas, Flora São Lucas, Flora Multi Verde e Paisagismo São Lourenço.

As estampas das almofadas e garden seats


livremente inspiradas em toile de jouy conferem
um ligeiro toque provençal, que combina com
a estética das cadeiras de fibras. Seguindo
a proposta do próprio formato da varanda,
praticamente todos os itens de mobiliários,
vasos e decoração privilegiam os cantos
arredondados e formas orgânicas

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POR ÂNGELA ARRAYA | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS RICARDO NOVELLI

Longas áreas gramadas equilibram o forte efeito


Neste projeto assinado por Rejanene Heiden, quase
causado pelos canteiros densamente vegetados
toda a extensão dos 2 mil m2 é coberta por grama, com
percursos feitos com plaquinhas cimentíceas ou ardósias. Os
proprietários, que adoram plantas, queriam beleza e fartura.
Por isso, logo na frente da casa, há uma praça com seis
pés de Jabuticaba (Myrciaria cauliflora) e Tuias diversas. A
escada de acesso principal reúne vasos com Buxinhos (Buxus
sempervirens) e uma Bela-emília (Plumbago auriculata),
que garante flores brancas o ano todo. A vegetação ainda
é composta por Heras (Hedera variegata), Caliandras
(Calliandra tweedii) e Azaleias (Rhododendron simsii). Nos
fundos, surgem Nespereira (Eriobotrya japonica), Amoreira
(Morus nigra), Pitangueira (Eugenia uniflora), e pés de Limão-
taiti (Citrus aurantifolia), Laranja (Citrus sinensis) e Café
(Coffea arabica). Plantas de menor porte, como Babosa (Aloe
vera), Miniazaleia (Rhododendron catawbiense), Salsinha
(Petroselinum crispum), Alecrim (Rosmarinus officinalis) e
Tomilho (Thymus vulgaris) também compõem a proposta,
além de flores, como Begônias (Begonia elatior). Kaizucas
(Juniperus chinensis torulosa) fecham o lote aos fundos.
O recurso de preencher com vasos uma escadaria larga
Projeto, Rejane Heiden. transforma completamente sua estrutura e a torna convidativa

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS RICARDO NOVELLI

Uma convidativa cozinha aberta ao lado da churrasqueira,


paredes de cor terracota, tijolinhos à vista, painel formado
com ladrilhos hidráulicos e um jardim delicioso. Estes e outros
detalhes remetem à sensação de total aconchego no projeto
de Cynthia Azevedo para um casal de meia idade sem filhos.
No chão, a riqueza de cores, materiais e texturas é enorme:
degraus de alvenaria se sucedem a gramados com piso
cerâmico rústico, Grama-esmeralda (Zoysia japonica) com
dormentes de madeira, cascas de árvores e, por fim, um
corredor com paginação mista de Grama-preta (Ophiopogon
japonicus), pedrisco ouro e pisada de madeira dormente.
Entre as espécies presentes, destacam-se Lágrima-de-cristo
(Clerodendron thomsonae) no contorno da churrasqueira;
Bromélias diversas, Ripsális (Rhipsalis baccifera), Chifre-
de-viado (Platycerium bifurcatum), Columeias (Columneia
microphylla) e Viburnos (Viburnum suspensum) no grande
muro; Jabuticabeira (Myrcia cauliflora), Falsa-vinha
(Parthenocissus tricuspidata), Primavera (Bougainvillea
glabra) e Roseira (Rosa x grandiflora) nos canteiros próximos
às paredes, entre outras espalhadas pelo terreno.

Projeto, Cynthia Azevedo; vasos, Oficina da Terra.

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POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

Total aconchego envolve o pátio interno desta residência,


um espaço intimista projetado para receber amigos e
proporcionar um contato especial com a natureza. O
jardim foi enriquecido com grandes Jabuticabeiras (Myrcia
cauliflora), envolvidas por um extenso banco de pedra e
por um maciço de Bromélias diversas com forração de
seixos rolados. Na lateral, Bambus-mossô (Phyllostachys
pubescens) fazem toda a diferença. O caminho foi feito com
mármore Travertino Romano Bruto Cerrado, que aparece
emoldurado por granitina e, em outros momentos, por gramas.
Ao fundo, Buxinhos (Buxus sempervirens) em topiárias foram
utilizados para determinar o acabamento das paredes. Para
complementar, Cicas (Cyca revoluta) e mais Buxinhos (Buxus
sempervirens) demarcam caminho.

Projeto, Carla Pimentel Paisagismo.

Espécies de porte pequeno e


médio intensificam a sensação
de aconchego no ambiente

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS DIVULGAÇÃO

O caminho ladeando a fonte de


água garante um trajeto agradável
à reservada área do pergolado

Placas de piso cerâmico que formam padrões geométricos


regulares conferem o tom aos caminhos deste jardim, cujo
maior destaque é justamente a reservada área do pergolado
coberto por Glicínias (Wisteria sinensis), que protegem
os usuários do contato direto com o sol. Em volta, alguns
espécimes de Murtas-de-cheiro (Murraya paniculata)
garantem mais privacidade ao espaço, enquanto os bancos
de madeira trazem mais conforto para quem quiser relaxar
ouvindo o barulhinho da fonte de biqueiras de ferro com
Cavalinhas (Equisetum giganteum) e Ninfeias (Nymphaea
caerulea). Próximos a este cantinho maravilhoso, Lavanda
(Lavandula angustifolia), Ciprestes (Cupressus sempervirens),
Laranjinhas (Citrus sinensis) e Agapantos (Agapanthus
africanus) perfumam, colorem e resultam em uma paisagem
tranquila e equilibrada.

Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo; pergolado, Hydrotec.

92 |
POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

Organização espacial é a palavra de ordem neste jardim


assinado pelo paisagista Gilberto Elkis, no qual maciços
de Murta-de-cheiro (Murraya paniculata ), podados em
diversas alturas, delimitam caminhos diferenciados . A
presença da vegetação tropical completa o contexto.
Entre as espécies, estão Jasmim-manga (Plumeria
glabra), Helicônia (Heliconia rostrata), Palmeira-princesa
(Dictyosperma sp), Cica (Cyca revoluta), Viburno
(Viburnum tinus), Murta (Murraya exotica), Espirradeira
(Nerium oleander), Palmeira-real ( Archontophoenix
cunninghamiana) e outras.
O diferenciado desenho da piscina, revestida de pedra
vulcânica Batu Hijau, remete a um oásis tropical, enquanto,
ao lado, um pergolado foi projetado com a finalidade de
proporcionar mais privacidade e amenizar a incidência direta
de luz do sol sobre a mesa de refeições instalada sob ele. O
deck de madeira e os pedriscos utilizados no local delimitam
o espaço de convivência, separando-o da área de lazer. Para
completar a ambientação, futons e chaises de madeira.
Item inusitado, a ilhota com uma árvore no meio da piscina foi
Projeto, Gilberto Elkis Paisagismo. a solução encontrada para evitar a derrubada do espécime

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS LEANDRO LIMA/DIVULGAÇÃO

Os extasiantes jardins tropicais de Burle Marx – arquiteto-


paisagista reconhecido internacionalmente – foram a
inspiração para a dupla Emmilia Dias Cardoso e Marisa Lima
desenvolverem este jardim de 600 m², que agrega a profusão da
natureza com direito a água, flor, fruto, folha e mais alguns toques
de conforto. Um dos destaques é o sinuoso lago, que serpenteia
e envolve três grandes Mangueiras (Mangifera indica), repleto
de peixes japoneses, carpas e folhagens exuberantes. Para
reunir as pessoas com total conforto, criou-se um lounge com
sofás e chaises, entre outros móveis de madeira certificada e um
caprichado projeto de luz, assinado pelo premiado iluminador
Peter Gasper, que valoriza as copas das árvores com refletores
e postes urbanos de LED. O toque final fica por conta de uma
parede espelhada e de um jardim vertical com desenho livre.
Predominam espécies como Samambaias e Bromélias diversas,
Aspargos (Asparagus officinalis) e Peperômias (Peperomia sp).
Jabuticabeira (Myrciaria cauliflora), Areca (Dypsis lutescens) e
Marantas (Calathea sp) permeiam os caminhos.

Projeto, Emmilia Dias Cardoso e Marisa Lima; torneira, Deca; deck, Ecowood; lago, fonte
e peixes, Fashion Fish; espetos de jardim, Fernanda Vasconcellos; piso de microcimento,
Entre as espécies plantadas em volta do lago, destacam-se Bromélias-imperiais
(Alcantarea imperialis), Filodendros (Philodendron sp), Espadas (Sansevieria Microciment; mobiliário, Saccaro; piso hexagonal, Solarium Revestimentos; porcelanato,
cylindrica), Moreias (Dietes iridioides) e Palmeiras diversas Vilarejo; projeto luminotécnico, Peter Gasper.

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POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

São as linhas retas das placas cimentícias usadas no


piso deste jardim que melhor dialogam com a arquitetura
modernista da casa. Para balancear esse efeito, a argila
expandida é usada em recortes e desenhos sinuosos, que
protegem o solo nos canteiros maciços de vegetação. A
associação de texturas e vegetação exótica começa pela
entrada, marcada pelo espelho d’água emoldurado por um
conglomerado de Moreias-brancas (Dietes iridioides), que
evidenciam o percurso até a porta principal. Palmeiras-
washingtônias (Washingtonia robusta), localizadas no lado
esquerdo, contrapõem-se com a imponência arquitetônica,
gerando equilíbrio entre os volumes. Como forração
das árvores, grandes áreas de Liríopes (Liriope spicata)
contrastam com enormes bolas de Azaleia (Rhododendron
simsii). Do lado oposto, há um espaço de descanso e
contemplação. O pergolado traz aconchego, além de servir
como apoio e enriquecer a vista do atelier. Espaços como
estes, chamados de “garden office”, proporcionam mais
harmonia para os que trabalham em casa, deixando o
ambiente menos árido, com mais verde, o que remete à paz e
à tranquilidade. As Palmeiras esculturais são as plantas de maior porte do jardim, que ainda
conta com Buxinhos (Buxus sempervirens), Cicas (Cyca revoluta), Bambus-
Projeto, Carla Pimentel Paisagismo. mossô (Phyllostachys pubescens) e Clorofitos (Chlorophytum comosum)

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projetos
POR ÂNGELA ARRAYA | FOTOS JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

Um belo jardim para emoldurar a piscina. Esta foi a proposta


de Carla Pimentel para o desenvolvimento deste projeto
em uma charmosa casa de campo, localizada em Itaúna,
em Minas Gerais. A residência, em estilo rústico, ficou
ainda mais fascinante após o plantio de Palmeiras-triâgulo
(Dypsis decaryi), que receberam iluminação pontual. Para
complementar, Agaves (Agave angustifolia) junto ao deck
formam uma espécie de barrado e conferem sofisticação
particular ao espaço. Um caminho feito com lajões irregulares
sobre Grama-esmeralda (Zoysia japonica) indica a entrada e
direciona os visitantes. Entre as edificações, Palmeiras-areca
(Dypsis lutescens) valorizam o jardim e evocam a sensação
de aconchego.

Projeto, Carla Pimentel Paisagismo.

O trabalho dos decks em degraus


e patamares diferenciados cria um
efeito único no jardim da piscina

96 |
POR DOUGLAS GALAN | FOTOS JOÃO RIBEIRO/DIVULGAÇÃO

Os espelhos garantem
profundidade e o
desdobramento do espaço.
Por estarem dispostos em
uma área externa, exigem
manutenção de rotina

O repolho do canteiro não é cosmetível, e sim, ornamental


(Brassica oleracea), pois, no jardim gastronômico criado pelo
arquieto Marcelo Faisal, o espírito não é o do cultivo, mas o da
sugestão associada à estética do projeto. Outra planta que agrega
beleza ao espaço é a pimenta, que faz as vezes de flores neste
jardim diferenciado. Entre os canteiros estão cerejeiras brasileiras
ou Grumixamas (Eugenia brasiliensis), que reforçam o argumento
do comestível e causam a impressão de se estar próximo a um
pomar. Para recobrir a área, Marcelo escolheu a grama São
Carlos (Axonopus commpressus), “pela beleza da cor e largura das
folhas”, justifica. E acrescenta: “Ter uma horta em casa garante, do
espírito bucólico e lúdico, o uso e consumo saudável de alimentos”.

Projeto, Marcelo Faisal Paisagismo.

| 97
projetos
POR RENATA DELLA NINA | FOTOS SIDNEY DOLL

Bambu-mossô (Phyllostachys pubescens), Sombrinha-chinesa (Cyperus alternifolius) Fogo, terra, ar, água. No jardim criado pelo olhar criativo
e Palmeira-washingtônia (Washingtonia robusta) permeiam a fachada da casa
de Alessandro Terracini, os quatro elementos da natureza
são responsáveis por conferir cara, cor e sensações ao
paisagismo. A escolha das espécies foi pautada pela ideia
de um mix que transmitisse boas energias, aconchego e
harmonia. O espelho d’água inspira calma, já os Bambus
(Bambusa vulgaris) trazem um barulho sutil que remete à
ideia de paz e constante contato com a natureza; e o fogo
é simbolizado pelas espécies de aspecto forte e imponente,
como as Palmeiras. Já as boas energias são trazidas pelo
cheiro doce, floral e herbal da Lavanda (Lavandula sp). Para
que o projeto paisagístico durasse o ano todo, o profissional
levou em conta o clima – inverno rigoroso e calor excessivo
no verão – e, também, a posição do sol. O resultado é
este: um jardim sem um estilo específico, mas com rica
interação entre espécies nativas com outras mais rústicas
e de fácil manutenção, chegando aos moradores como um
paisagismo presente no cotidiano da família e não apenas na
contemplação de uma paisagem meramente bonita.

Projeto, Alessandro Terracini; projeto arquitetônico, Giancarlo Rocco, da


Rocco Arquitetos.

98 |
POR RENATA DELLA NINA | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS RODRIGO ESTRELLA

Vegetação exuberante, lago ornamental e um extenso Coqueiro-de-vênus (Cordyline terminalis), Cróton (Codiaeum variegato),
Sombrinha-chinesa (Cyperus alternifolius), Coração-sangrento (Clerodendon
pergolado são destaques neste jardim tropical, “bonito por x speciosum), Orelha-de-elefante (Alocasia macrorrhizos), Maranta-cinza
natureza, mas que beleza...”, como diria Jorge Ben Jor. (Ctenanthe setosa) são algumas das espécies utilizadas

Projetado por Felipe Mascarenhas, o paisagismo traz a


soma de frutíferas e outras plantas existentes no terreno
com novas folhagens, forrações e elementos que conferiram
cor e vida ao terreno localizado em São José dos Campos,
no interior de São Paulo. A escolha das espécies, feita pelo
profissional junto aos moradores, levou em conta o espaço de
cerca de 90 m² disponível, o clima subtropical e a insolação.
Para completar, um pufe, mesinha com cadeiras, bancos na
varanda e um pequeno lago ornamental com peixes garantem
o tom de calmaria. Orquídeas trazem delicadeza ao projeto.
O projeto luminotécnico contempla projetores pontuais e
balizadores solares no caminho para o jardim. Dentro do lago
há luzes de destaque. Já a iluminação funcional e difusa vem
das arandelas.

Projeto, Felipe Mascarenhas, Eliana Nakauti, José L. F. Duarte e Letícia Fortuna do escritório
Felipe Mascarenhas Arquitetura e Paisagismo; jardinagem, Solo Vivo; Lago ornamental,
Kallina Cascatas e Afins.

| 99
projetos
POR DANIELA ESPINELLI E PAULINE MEIWALD | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS ADRIANA BARBOSA

Amostras de Congeias (Congea tomentosa) embelezam o orquidário feito com


troncos, telhado de Bambus (Bambusa vulgaris) e telhas transparentes. No piso,
mistura de mosaico português de cores bege e branca

Para complementar a deliciosa residência, o paisagista


Roberto Riscala apostou em um jardim clássico. Aqui, o
paisagismo harmoniza com o visual da casa e cria uma
atmosfera europeia bem no meio da Mata Atlântica do interior
paulista. “O estilo das áreas externas combina uma estética
de influências provençais com a arquitetura mediterrânea”,
completa o profissional. Entre as espécies utilizadas,
Buxinhos (Buxus sempervirens), Pitósporos (Pittosporum
undulatum) e Murtas (Myrtus Communins), podadas em
formato de topiária, foram distribuídas em vasos. A Falsa-
vinha (Parthenocissus tricuspidata) se estende pelas
paredes da fachada, compondo com Ipês-rosa (Tabebuia
pentaphylla), Kaizukas (Juniperus chinensis torulosa) e
Acácias (Acacia auriculiformis) espalhadas pelo terreno.

Projeto e paisagismo, Roberto Riscala Paisagismo; piso cimentício atérmico, Solarium


Revestimentos; azulejo da piscina, Eliane Revestimentos; churrasqueira, Viking.

100 |
POR DANIELA ESPINELLI E PAULINE MEIWALD | ADAPTAÇÃO BRUNA NETO | FOTOS DIVULGAÇÃO

Projetado para o descanso e a interação com a natureza,


esta casa de veraneio, situada no Guarujá, no litoral
paulista, associa de forma harmoniosa a vegetação nativa
às intervenções sugeridas pelo paisagista Marcelo Bellotto. A
residência de 600 m², propriedade da arquiteta e decoradora
Fernanda Jardim, oferece área externa com piscina e muitas
espécies de plantas. Os pisos de pedra Goiás branca são
entremeados com Grama-esmeralda (Zoysia japonica) para
facilitar a drenagem devido à grande quantidade de chuva
e umidade do local. Próximos à piscina, Coqueiros (Cocos
nucifera) conferem ares tropicais à proposta, entermeados
por amostras de Ixoras (Ixora coccinea), Lavandas
(Lavandula sp), Arundinas (Arundina bambusifolia) e Licualas
(Licuala grandis). Palmeiras-dos-viajantes (Ravenala
madagascariensis) permeiam o caminho para os fundos do
terreno.

Projeto, Marcelo Bellotto.

Sapatinhos-de-judia (Thunbergia mysorensis) pendem do telhado


da casa, compondo com Gardênias (Gardenia jasminoides),
Filodendros (Philodendron undulatum), Miniguaimbê
(Philodendron bipinnatifidum) e Jasmins-manga (Plumeria rubra)

| 101
projetos
POR DANIELA ESPINELLI E PAULINE MEIWALD | FOTOS ADRIANA BARBOSA

Plantas de grande porte, como Quaresmeira (Tibouchina granulosa),


Alfeneiro-do-Japão (Ligustrum japonicum) e Pinheiro (Pinus sp), estão
presentes na área próxima à piscina. Para completar o cenário, Areca-
bambu (Dypsis lutescens), Helicônia-papagaio (Heliconia psittacorum),
Limão-galego (Citrus aurantifolia), Inhame-chinês (Alocasia cucullata),
Fórmio-verde (Phormiun tenax) e Bananeira-rajada (Musa sumatrana)

Os proprietários buscavam um refúgio bem pertinho de


uma das principais avenidas da capital paulista. O verde
era fundamental para garantir essa sensação e, por isso,
a área externa recebeu um vasto jardim. “O paisagista
procurou manter o amplo gramado, rodeado por canteiros
floridos e folhagens diferentes, além das Palmeiras-imperiais
(Roystonea oleracea) e de outras árvores antigas que já
estavam no lote e resolvemos preservar”, diz a arquiteta Flávia
Wahba. “Os volumes e as texturas variados foram acoplados
em blocos alternados, resultando em uma sensação de
movimento e heterogeneidade”, acrescenta o paisagista
Ricardo Vianna.

Projeto, Flávia Wahba e Patsy Rieper (RW Arquitetura) e Lilian Melo Arquitetura; paisagismo,
Ricardo Vianna (Bonsai Paisagismo); espreguiçadeiras, Bali Express; mesa e cadeiras,
Artefacto Beach & Country, borda de piscina, Solarium Revestimentos; revestimento de
cerâmica da piscina, Jatobá.

102 |
POR PAULINE MEIWALD | FOTOS MICHEL CUTAITH/DIVULGAÇÃO

De porte menor, o projeto traz Bulbine (Bulbine frutescens), Grama-esmeralda


(Zoysia japonica), Pleomele (Pleomele reflexa), Clúsia (Clusia fluminensis),
Sansão-do-campo (Mimosa caesalpineafolia) e outras

O declive do terreno foi resolvido com um jardim composto


por quatro diferentes níveis. Próximo à rua, a vegetação
procura dar contorno à residência, sem ocultar a fachada
da casa. O patamar da construção concentra o lazer: a
paisagista Lucia Rocha envolveu a piscina, o solário e a
churrasqueira em uma vegetação exuberante, para dar mais
acolhimento em um espaço com privacidade. Para suavizar
a verticalidade da casa, foram plantados Palmitos (Euterpe
edulis). A área ainda foi complementada com Gardênias
(Gardenia jasminoides) para florir e perfumar, Cicas (Cycas
revoluta), Árvore-do-viajante (Ravenala madasgacariensis),
Jerivás (Syagrus romanzoffiana), Primaveras (Bougainvillea
glabra), Palmeiras-solitárias (Ptychosperma elegans), entre
outras espécies.

Projeto, Lucia Rocha; arquitetura e construção, EF Arquitetos;


execução do jardim, Plant’art.

| 103
projetos
POR PAULINE MEIWALD | FOTOS MICHEL CUTAITH/DIVULGAÇÃO

Na fachada, Bananeira (Musa sp), Clúsias (Clusia Responsável pelo paisagismo e projeto de arquitetura, Juliana
fluminensis), Bambus-mossô (Phyllostachys pubescens)
e Bromélias (Alcantarea imperialis) ganham os olhares Meda procurou desenvolver no espaço uma espécie de resort
particular. “Quis criar um lugar extremamente confortável,
agradável e de bom gosto para que todos os dias, ao chegar
do trabalho, os moradores pudessem desfrutar da casa para
relaxar”, explica a arquiteta. Pensando no visual paradisíaco
dos hotéis de luxo do Nordeste brasileiro, Juliana criou
paisagens tropicais com espécies como o Coqueiro-da-
bahia (Cocos nucifera) ou a Estrelítzia (Strelitzia reginae),
trazidas da fazenda do proprietário. Como complemento ao
paisagismo, o projeto da fachada dos fundos recebeu atenção
especial. “É essa a vista que os moradores têm da casa em
seus momentos de lazer”, justifica a arquiteta.

Projetos (arquitetura, paisagismo e decoração de interiores), Juliana Meda; plantas, acervo


do proprietário; móveis, iiBA Móveis Artesanais e Entreposto; toldos e coberturas, Arquitex
Proteção Solar e Toldos Stobag; iluminação, Art & Luz Iluminação.

Yuccas (Yucca filamentosa), Clúsias (Clusia fluminensis),


Coqueiro-anão (Cocos nucifera var. Nana) e Estrelítzia-branca
(Strelitzia augusta) são algumas das espécies que embelezam
a área da piscina

104 |
POR DANIELA ESPINELLI E LÉO MARQUES | FOTOS ADIBO ARES/DIVULGAÇÃO

Para a área da piscina, foram utilizadas espécies como


Primavera (Bougainvillea glabra), Murtas (Myrtus communis),
Ripsális (Rhipsalis baccifera) e Buxinhos (Buxus sempervirens)

O estilo neoclássico deste projeto lembra muito as áreas


de lazer das mansões da Europa mediterrânea. Essas
características podem ser percebidas no projeto da arquiteta
Ana Cristina Malta por meio das pedras madeira que cobrem
o muro, no formato da piscina com borda em arco e na
fonte de pastilhas cerâmicas azul-marinho. As espécies que
cercam o local reforçam essa concepção, com mistura de
plantas tropicais a espécies tipicamente temperadas, como os
pinheiros tipo Kaizuka (Juniperus chinensis torulosa), numa
paisagem rústica, que garante vida ao inanimado.

Projeto, Ana Cristina Malta; piso, Gail; Azulejos da piscina, Eliane Revestimentos; móveis e
guarda-sol, Galeria das Lonas; lampiões, Yamamura; pastilhas da fonte, Cerâmica Atlas.

Para forrações e paredes verdes, a paisagista utilizou


amostras de Grama-preta (Ophiopogon japonicus) e
Brilhantina (Pilea microphylla). Fórmios (Phormium
tenax) arrematam a composição

| 105
projetos
POR LÉO MARQUES | FOTOS DIVULGAÇÃO

Na frente da casa, ganha a cena uma composição com Grama-


Quando o paisagista Marcelo Bellotto foi chamado para
amendoim (Arachis repens), Grama-esmeralda (Zoysia japonica),
Bambu-mossô (Phyllostachys pubescens), Viburno (Viburno tinus) projetar todo o jardim desta casa, situada em Bragança
e espécies como Palmeira-de-manila (Veitchia meirrilli) e Inhame-
chinês (Alocasia cucullata) Paulista, em São Paulo, ele tinha em mãos a missão de
promover uma integração com a arquitetura sem alterar
sua identidade. A exigência ajudou a definir um projeto
limpo, que mescla espécies exóticas com tropicais,
proporcionando beleza visual e aconchego.
A circulação da entrada social foi desenvolvida
estabelecendo relação entre o passeio e o hall. Para isso,
a modulação do piso de mosaico português intercalou-se
com a de vegetação, acentuando assim o direcionamento
do percurso. Já a piscina foi projetada com borda infinita
para aproveitar a vista para as montanhas. Circundada
com deck de madeira Cumaru, foram criadas ilhas de
vegetação, conferindo a sensação de que as Palmeiras
já existiam. O proprietário desejava um jardim vistoso
durante o ano inteiro, de baixa manutenção e que mesclasse
plantas frutíferas com formas, flores, cores e perfumes. O
pedido foi atendido, resultando num paisagismo harmonioso e
tropical.
Nos fundos, ainda há espaço para Jasmins-manga (Plumeria
rubra), Murtas (Myrtus communis) e Palmeiras-washingtônia
(Washingtonia filifera) Paisagismo e execução, Marcelo Bellotto.

106 |
POR PAULINE MEIWALD | FOTOS DIVULGAÇÃO

Se a natureza já está por perto, permitir que ela interaja Falso-íris (Neomarica caerulea), Estrelítzia (Strelitzia reginae), Areca
(Dypsis lutescens) e Bromélia-imperial (Vriesia imperialis) se destacam
com o jardim pode ser uma boa ideia. “Como a casa está próximas à piscina
voltada para a mata, sugerimos a demolição do muro
existente, integrando o paisagismo”, explica Adriana Diogo,
que, com Daniela Ruiz e Maria do Rosário, optou por uma
linguagem para deixar o espaço bem tropical. A opção ainda
se adaptou bem a elementos que já existiam, como a piscina
de formato orgânico e a cascata. “Complementamos com um
espelho d’água, que cerca as salas e traz conforto térmico”,
acrescentam as paisagistas.

Projeto, Páteo | Delmanto Paisagismo e Arquitetura; projeto de arquitetura,


Jóia Bérgamo.

A Primavera (Bougainvillea glabra) existente ganhou a companhia de outras


espécies, como Fórmio roxo (Phormium tenax), Bromélias-imperiais (Alcantarea
imperialis), Lambaris (Tradescantia zebrina), Palmeiras-washingtônia
(Washingtonia filifera) e Jabuticabeira (Myrcia cauliflora)

| 107
projetos
POR DÉBORA OLIVEIRA | FOTOS DIVULGAÇÃO

Palmeiras, Orquídeas, Bromélias diversas e Pássaros-de-fogo


(Heliconia bihai) são plantas típicas de jardins tropicais. Também
podem aparecer nesse tipo de vegetação Bambus-mossô
(Phyllostachys pubescens) e Trepadeiras, como Primavera
(Bougainvillea spectabilis), Jade-vermelha (Mucuna bennettii),
Alamanda-amarela (Allamanda cathartica), Congeia (Congea
tomentosa), Tumbérgia-azul (Tumbergia grandiflora), Sapatinho-de-
judia (Thunbergia mysorensis) e Sete-léguas (Podranea ricasoliana)

Tudo no jardim da casa de veraneio convida a horas gostosas


de relaxamento. Situado na bonita Trancoso, cidade litorânea
no sul da Bahia, este verdadeiro paraíso de 2.100 m² oferece
o frescor da sombra das Palmeiras e o conforto elegante
dos pergolados. Os proprietários, que vivem em Viena, na
Áustria, passam férias no delicioso refúgio – motivo pelo qual
o projeto explora toda a tropicalidade. Idealizado pelo arquiteto
e paisagista Sidney Quintela, o jardim se mistura à mata
nativa. Para manter a identidade com o entorno, o profissional
apostou em espécies de plantas, árvores e flores totalmente
adaptadas ao contexto. A casa foi construída com o intuito de
ter o verde como parte da decoração, por isso, de qualquer
lugar, é possível apreciar o jardim entre as amplas folhas
de vidro. Outra característica original da construção é que
ela coloca em dúvida qual dos dois lados guarda a entrada
principal, devido ao elaborado paisagismo que contorna a
casa, atraindo a atenção.
Projeto, Sidney Quintela.

Todas as madeiras e telhas usadas na construção são


certificadas; a água é de poço artesiano, com estação de
tratamento; e também existe um sistema de captação de águas
pluviais para a limpeza da casa e manutenção do jardim

108 |
POR DANIELA ESPINELLI | FOTOS PAULO CAMARGO/DIVULGAÇÃO

Caminhos de placas de Quartzitos e pedriscos levam a criações


contemplativas deste jardim em Cunha, uma cidadezinha
montanhosa no interior de São Paulo. Pelo clima tropical de
altitude, o local possui duas estações bem definidas durante
o ano, com inverno frio e seco e o verão quente e chuvoso.
Acompanhando um pouco do clima da região e um tanto
do gosto dos proprietários, Roberto Riscala criou um jardim
mediterrâneo, com espécies tropicais e europeias. Como se
tivesse sido “bordado” – definição do próprio paisagista –, este
projeto foi pensado “pedaço a pedaço”. Canteiros emolduram
toda a casa, com uma variedade grande de plantas e forrações.
“Fazer jardim não é difícil, mas sim cuidar dele”, diz Roberto.
Segundo ele, os proprietários ajudaram muito na concepção,
principalmente pelo fato de serem apaixonados por plantas e
cuidarem muito bem de seu jardim. A ideia foi acompanhar o
estilo rústico da casa – com tijolinhos aparentes e madeira –,
mas dar toques sofisticados, com muitos detalhes e plantas
vigorosas e bem podadas.

Paisagismo e execução, Roberto Riscala Paisagismo.

O gazebo, com telha em barro, foi construído para ser um local de


descanso, com uma vista privilegiada para as verdes montanhas

| 109
projetos
POR DÉBORA OLIVEIRA | FOTOS ANA LUA NEGRELLI/DIVULGAÇÃO

Mesmo com o uso de espécies europeias, o jardim ganhou espaços mais


descontraídos. Centralizado, um canteiro de Agapantos (Agapanthus africanus)

O estilo clássico de paisagismo ganhou nova leitura no


projeto de Leda Jafet Assad. A composição da paisagista tem
movimento, assimetria, contraposição de texturas e inspira
sensações – deixando um pouco de lado a rigidez típica dos
formatos que caracterizam os jardins da Europa. Esse perfil
tradicional ficou mais reservado, nesta área externa, ao uso
de plantas: as espécies europeias foram aplicadas de um jeito
mais livre, sem o uso das formas típicas.
Para reinventar o padrão clássico, a paisagista Leda Jafet
contou com uma área livre de mil m². Nela, destacam-se
as duas Kaizukas (Juniperus chinensis torulosa) e algumas
Palmeiras-jerivás (Syagrus romanzoffiana). Topiarias
de Buxinhos (Buxus sempervirens), Eugênias (Eugenia
myriophylla) e Azaleias (Rhododendron simsii) – um legado
do estilo clássico – aparecem ao lado dos Agapantos

Para combinar com a arquitetura elegante da residência, a opção foi por


(Agapanthus africanus). Próximo ao muro, mais espécies
paisagismo clássico. Uma densa massa verde emoldura a área onde de tradição: as arbustivas Camélias (Camelia japonica) e
desfilam as sebes de Podocarpos (Podocarpus macrophyllus) podadas
à meia altura, topiarias de Buxinho (Buxus sempervirens) e Kaizukas Gardênias (Gardenia jasminoides) criam um belo volume.
(Juniperus chinensis torulosa) perfiladas. Móveis e revestimentos brancos
criam contraste com os degradês de verde Projeto, Leda Jafet Assad.

110 |
POR DÉBORA OLIVEIRA | FOTOS MARCUS MENDONÇA/DIVULGAÇÃO

A aposta foi criar jardins


intimistas, com visual que
O projeto paisagístico fez do simples corredor um espaço se integrasse aos ambientes
da casa. As espécies mais
elegante e criativo, agregando valor ao imóvel. Apreciado apropriadas para a sombra foram
através dos amplos panos de vidro que contornam a sala de escolhidas. Destaque para a
cascata que se forma entre as
estar, um dos jardins laterais se integra à varanda, a ponto estruturas de pedra
de o mesmo revestimento do chão, um porcelanato rústico
branco, servir de caminho para a área verde. Desse lado,
uma sebe de Bambus (Bambusa vulgaris) divide espaço
com Lírios-da-paz (Spathiphyllum wallisi) e Grama-preta
(Ophiopogon japonicus); do outro, o charme fica por conta do
caminho de deck de madeira sobre o espelho d'água que se
une ao living. Fixado a pouco mais de 1,5 m de altura, floreiras
contendo Dracenas (Dracaena fragrans) se estendem às
cascatas e paredes, todas revestidas com pedra portuguesa.
A escolha das espécies levou a paisagista Márcia Lima a
optar por plantas que resistem a pouca incidência solar,
como a Falso-íris (Neomarica caerulea), a Barba-de-serpente
(Ophiopogon jaburan) – usadas como forração –, a Hera
(Hedera helix) e o Pacová (Philodendron martianum),
plantadas próximo ao espelho d'água.

Projeto, Márcia Lima.

| 111
projetos
POR PAULINE MEIWALD | FOTOS DIVULGAÇÃO

A Grama-amendoim (Arachis repens) serviu para deixar o cenário ainda mais Mesmo sombreada durante a maior parte do dia, a área em
fresco: a forração densa intensifica o conforto térmico no jardim carioca
torno da residência ganhou paisagismo elaborado. Para driblar
o problema da falta de sol, foi criado um jardim inspirado
na deslumbrante região italiana da Toscana, repleto com
Trepadeiras diversas, espécies pendentes e forrações densas
e volumosas, como a Grama-amendoim (Arachis repens).
Os 90 m² foram, ainda, incrementados com elementos
decorativos, como a fonte de concreto e o banco de madeira e
estrutura de ferro, que ainda serve como convite para admirar
a vegetação.
Projeto arquitetônico e paisagístico, Emmilia Dias Cardoso.

A baixa incidência de luz natural foi fator


primordial para a escolha das espécies

112 |
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