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ÂNIMA EDUCAÇÃO
São Paulo
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São Paulo
2022
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RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………………...5
2 REVISÃO DE LITERATURA………………………………………………………...8
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………….. 17
6 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………...19
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1 INTRODUÇÃO
Diante da expansão da tecnologia da informação, as formas de negociação mudaram
no século XXI e o sistema bancário necessitou aperfeiçoar sua estrutura de produtos e
serviços para suprir a competitividade do setor na integração digital. A partir disso, surgem as
fintechs (financial technology) que otimizam os serviços bancários e a regulamentação
financeira. Segundo Abraham Leon Bettinger (1972 apud SCHUEFFEL, 2017, p. 36), o
termo representa a associação de tecnologia da informação com a experiência do consumidor:
“Fintech é um acrônimo que significa tecnologia financeira, combinando experiência bancária
com modernas técnicas de ciência de gestão e o computador”.
Diniz (2009 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4) denota que em 1995, data
o surgimento do primeiro banco on-line nos Estados Unidos pelas instituições Wells Fargo,
Secutity First National Bank, Liberty Financial Cos. e Charles Schwab & Co. No entanto, as
fintechs ganharam destaque a partir da crise financeira global em 2008, que abalou a
credibilidade das instituições bancárias tradicionais com perdas bilionárias que reduziram as
ofertas de crédito no mercado. Para Vianna (2019 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p.
4), o cenário se apresentou como catalisador para que empresas de tecnologia entrassem no
sistema financeiro. Figo e Lewgoy (2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4),
complementam que o Sistema Internacional estava no meio de uma revolução digital, com
crescente mão de obra qualificada que buscava oportunidades no meio e, ainda, empresas de
tecnologia como Google e Apple que apresentavam naquele momento a tecnologia móvel.
Fundamentado nessa origem, as fintechs possuem duas principais vertentes de
crescimento. Para Figo e Lewgoy (2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4),
originam tanto para concorrer com os grandes bancos tradicionais ou atuando em parceria.
Ambos reverberam mudanças positivas e a evolução natural dos serviços que por anos
mantiveram-se estagnados pela falta de competitividade. Segundo um estudo realizado pela
World Economic Forum em 2017, concluiu-se que o alicerce de serviços financeiros foi
alterado fortemente devido às fintechs. Desta forma, podemos pontuar inicialmente tanto a
importância dos novos serviços e soluções financeiras que as fintechs apresentam, como a
evolução indireta que esta provoca em seus concorrentes e semelhantes de mercado.
O destaque das fintechs atuando na inclusão educação financeira se fortalece ao
proporcionar uma nova maneira de enxergar processos e serviços que majoritariamente se
caracterizavam pela burocracia. Um grande exemplo é o Bradesco, que lançou o banco Next e
que utiliza-se de tecnologias como analytics e o big data para oferecer melhores experiências
aos seus usuários (NERY, 2016 apud DUTRA, 2021, p. 193). É importante ressaltar o
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Podemos apresentar inicialmente o propósito e utilidade das fintechs no mundo, como
uma grande ferramenta e facilitadora para serviços financeiros diversos. Identificando e
atendendo necessidades que os bancos tradicionais não alcançam, seja pelo excesso de
regulamentação dos bancos ou pelo investimento em tecnologia e educação financeira
intuitiva que fintechs se aliam.
As Fintechs caracterizam-se como um mercado micro segmentado. Voltado
principalmente para a resolução de problemas com alto nível de particularidade e
especialização. Estas duas características se responsabilizam por destacar as fintechs dos
serviços tradicionais de bancos comuns, que monopolizaram o mercado por longos períodos.
O crescimento exponencial das fintechs da América Latina pode ser explicado por
diversos fatores, com destaque para o impacto causado pela pandemia, quando 10,8
milhões de latino-americanos migraram para o comércio digital (KPMG, 2022).
Nos últimos tempos a discussão sobre a exclusão vem ganhando mais força, assim a
exclusão digital ganhou também (ALMEIDA et al., 2005). Compreendendo a importância dos
veículos de comunicação e mídia juntamente com o efeito cultural que traz consigo, a
exclusão digital resulta em ausência de cidadania em muitas ocasiões. Estruturalmente, a
exclusão social e digital compartilham algumas semelhanças.
O raciocínio é simples uma vez que as variáveis desse problema por muitas vezes não
são observadas de forma correta. Se eu avaliar a exclusão social, por exemplo, analisamos de
forma profunda todas as variações que fizeram a situação ser uma realidade, na exclusão
social não é diferente.
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A exclusão digital se dá também no interior dos grupos pobres, entre gêneros, raças
e grupos etários, e entre diferentes comunidades.(SORJ; GUEDES, 2005, p. 7).
A captação deste problema social torna-se ineficaz pela forma primitiva de análise. O
número de computadores e telefones que uma família possui não é preciso o suficiente para
desenvolver estratégias que resolvam o problema. Um detalhe simples e sutil que podemos
pontuar é o investimento regular nas novas tecnologias. Uma vez que o mercado de softwares
e eletrônicos é tão competitivo e acirrado, a atualização constante de componentes e recursos
de software mantém a empresa sempre à frente do mercado. Entretanto, isso força o mercado
consumidor a se adaptar aos novos itens e seus valores de mercado. O fato é que o
investimento regular em tecnologias sempre atualizadas é inviável para boa parte da
população.
Assim como pontuado anteriormente, a falta de infraestrutura e condições básicas
compromete a realidade de milhares de famílias, bem como seu modo e qualidade de vida
resultante do baixo acesso à informação. Segundo Aras (2004) a falta de acesso à Internet
impossibilita a troca de informações e enriquecimento cultural, pessoal e até mesmo
financeiro. A exclusão digital não se limita apenas à falta de aparelhos de acesso aos itens de
mídia. É a incapacidade de pensarmos e criarmos em coletivo, nos adequarmos e
organizarmos formas mais rentáveis e sustentáveis de produção e distribuição de riquezas.
Assim como a exclusão social, a falta de acesso ao meio digital limita o indivíduo não só aos
serviços e soluções financeiras, como é abordado neste trabalho, como também de recursos
básicos. Atravessando a realidade de 2020, onde o celular e outros eletrônicos definiam quem
iria permanecer em distanciamento social seguro mantendo contato com seus parentes e
amigos ou sem acesso às informações básicas de cuidados com a saúde.
mais agilidade nas negociações, custos menores e redução de erros operacionais. A partir
disso, surgem as fintechs (financial technology), empresas de base tecnológica que otimizam
os serviços bancários e a regulamentação financeira. Compreendem tecnologia com alto
potencial de escalabilidade que desenvolvem produtos e serviços financeiros (FIGO E
LEWGOY, 2019 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 5). Ainda, diferentemente dos
bancos tradicionais, as fintechs entregam ao mercado consumidor experiências humanizadas,
aproximando e personalizando as relações empresa-cliente.
Exemplificando o movimento causado pelas fintechs:
Ademais, Diniz (2020) também manifesta que as mudanças no setor bancário estão
acontecendo de maneira intensa e acelerada, não sendo possível medir o impacto a médio e
longo prazo, sem os precedentes em um mercado historicamente tradicional e conservador.
Em 1995, surge o primeiro banco on-line nos Estados Unidos através da rede mundial,
denominada atualmente de Internet Banking, pelas instituições Wells Fargo, Secutity First
National Bank, Liberty Financial Cos. e Charles Schwab & Co (SEYBOLD e MARSHAK,
2000; CHOU e CHOU, 2000 apud DINIZ, 2009, p. 5). Contudo, de acordo com estudiosos do
tema, apenas em 1999 é criada a primeira fintech do mundo, a PayPal. O site surge nos
Estados Unidos, possibilitando transferências em dinheiro sem intermediação de bancos e
compras em lojas de comércio eletrônico (FIGO E LEWGOY, 2019 apud ROCHA; SANTOS;
SOUSA, 2021, p. 4).
O principal fator para o surgimento das fintechs está associado ao avanço tecnológico,
que atraiu grande número de consumidores a partir do acesso facilitado de serviços
financeiros integrados e digitais (VIANNA 2019 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p.
4). Assim sendo, ganham destaque a partir da crise financeira global de 2008, que abalou a
credibilidade das instituições bancárias tradicionais com o aumento da inadimplência
referente às hipotecas imobiliárias, impactando diretamente bancos internacionais que
reduziram a oferta de crédito no mercado. Diante disso, empresas de tecnologia encontraram
uma oportunidade de ingressar no mercado bancário.
Nesse contexto, o sentimento de insegurança financeira no Sistema Internacional
proporcionou mudanças na demanda do mercado bancário, nivelando ao crescimento e a
popularização de novas tecnologias. Assim, fortaleceu a concepção para que as instituições
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Estar excluído ou ter acesso e uso limitado às TICs significa não ter os requisitos
necessários no kit para melhorar de condição de vida. Isso é parte de um quadro
maior que inclui os efeitos das desigualdades digitais produzidas pela digitalização –
ou a reprodução digital das desigualdades (HARGITTAI, 2004; WESSELS, 2013
apud RAGNEDDA; RUIU, 2017, p. 95).
As classes sociais menos privilegiadas não usufruem igualmente das tecnologias que
atingem a mesma realidade de um país. As fintechs se destacam por suprir em partes a lacuna
da desigualdade social. A limitação de serviços e soluções financeiras dos bancos tradicionais,
fortaleceu conceitos de burocracia e segregação entre as camadas menos favorecidas da
sociedade. A maneira que fintechs como NuBank se comportam diante deste impasse,
estimulando o uso e conhecimento dos recursos do banco através de aparelhos celulares, se
mostra muito mais efetivo. ”Ao propiciar a inclusão social e ofertar serviços financeiros
simplificados, as fintechs inserem os cidadãos como membros ativos da sociedade, com
implicação na melhoria da qualidade de vida” (FERRARINI, 2021, p. 4)
As desigualdades sociais fomentam a exclusão digital, assim como a exclusão digital
contribui para aprofundar as desigualdades sociais. Para Gialluca (2022), é necessário que a
pauta de inclusão financeira seja incorporada por políticas públicas e legislação específica:
O Banco Central do Brasil (2018), relata que a inclusão financeira é um esforço a longo prazo
e, para além, demanda a garantia do acesso a crédito, poupança, pagamentos, seguros,
previdência e investimento à todos.
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Logo, “não se pode conceber uma sociedade igualitária e justa, sem que a
questão da inclusão digital seja tratada de forma séria e com políticas públicas
efetivas” (ALMEIDA; MACHADO, 2021, p. 3). O desafio do Brasil para garantir a inclusão
digital está para além da disponibilidade de equipamentos e serviços, como a falta de
infraestrutura de internet, o custo de acesso e o processo de educação digital. Para Gomes
(2014 apud, ALMEIDA; MACHADO, 2021, p. 9), a inclusão digital “deve ser uma
prioridade nas políticas públicas, dada a sua importância para o desenvolvimento igualitário
da sociedade”. Ainda, o governo brasileiro detém o desafio de promover políticas públicas
para fortalecer a inclusão no mercado financeiro tecnológico, além de assegurar os direitos
sociais dos problemas mais antigos, como saúde, educação, segurança e saneamento básico.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O exposto no artigo evidencia o grande impacto positivo para a sociedade e para o
crescimento econômico do país. Com o avanço da tecnologia é possível trabalhar de forma
mais profunda a análise de dados, logaritmos e no momento trabalhando para maior
monetização de dados.
Para os cidadãos que possuem fácil acesso à tecnologia, tem abertura para um mundo
tecnológico muito vasto e com grandes vantagens, até mesmo nas coisas mais simples, por
exemplo, não tem necessidade de sair da cama para efetuar e/ou receber pagamentos. Além
disso consegue ter aplicativos de corretoras, investir seu dinheiro seja em renda fixa ou
variável, tanto na bolsa de valores nacional como internacional, sendo possível até usar isso
como uma forma de renda extra, algo que cerca de 15 anos atrás dificilmente aconteceria, pois
tínhamos dificuldade sobre como era feito esses investimentos e não tínhamos essa tecnologia
como agora. De acordo com o IBGE, em meados de 2013 apenas 0,3% dos brasileiros
investem na bolsa, já em 2022 houve o crescimento para 15% (MENDES, 2022). E vale
ressaltar que esses investimentos auxiliam fortemente no nosso crescimento.
O crescimento da tecnologia financeira viabilizou um novo modelo de negócio, reduz
tempo, contribui para a eletrização e modernização e ainda facilita pagamentos e
recebimentos. Haja visto que não são apenas os empresários que obtêm vantagens, mas sim
todos que consomem o produto tecnológico.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. E. S.; JORGE, M. A. Fintech, Inclusão Digital E Bancarização No Brasil
(2014-2017). Revista De Economia Mackenzie, v. 18, n. 2, 2021. Disponível em:
<https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/14317>. Acesso em: 18 nov.
2022.
CANTÚ, C.; ULLOA, B. The Dawn of Fintech in Latin America: landscape, Prospects
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<https://www.bis.org/publ/bppdf/bispap112.htm>. Acesso em: 29 nov. 2022.
ESTADÃO. Brasil Tinha 7,3 Milhões De Lares Sem Internet E 28,2 Milhões De
Excluídos Digitais Em 2021. Disponível em:
<https://www.estadao.com.br/economia/brasil-exclusao-digital-2021/>. Acesso em: 16 out.
2022.
RAGNEDDA, M.; RUIU, M. L. Exclusão digital: Como É Estar Do Lado Errado Da Divisão
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<https://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/124298>. Acesso em: 13 set. 2022.
SORJ, B.; GUEDES, L. E. Exclusão DigitalScielo. [s.l.] Revista Novos Estudos - CEBRAP,
jul. 2005. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/nec/a/vZ6fSRKr6SDKBHP6vdxbGTP/?format=pdf&lang=pt>.
Acesso em: 2 nov. 2022.