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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

ÂNIMA EDUCAÇÃO

ISAAC JULIANO ASSIS

LEONARDO APARECIDO MAZARÃO

MARIA RITA HOLANDA GONÇALVES

O CRESCIMENTO DA TECNOLOGIA FINANCEIRA NO BRASIL:


UMA ANÁLISE SOBRE A (EX) INCLUSÃO DIGITAL NO CENÁRIO ECONÔMICO
NACIONAL

São Paulo
2

ISAAC JULIANO ASSIS


LEONARDO APARECIDO MAZARÃO
MARIA RITA HOLANDA GONÇALVES

O CRESCIMENTO DA TECNOLOGIA FINANCEIRA NO BRASIL:


UMA ANÁLISE SOBRE A (EX) INCLUSÃO DIGITAL NO CENÁRIO ECONÔMICO
NACIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de graduação em
Relações Internacionais, da Universidade
São Judas Tadeu como requisito parcial
para obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Prof. Rafael Marchesan Tauil, DR.

São Paulo
2022
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ISAAC JULIANO ASSIS


LEONARDO APARECIDO MAZARÃO
MARIA RITA HOLANDA GONÇALVES

O CRESCIMENTO DA TECNOLOGIA FINANCEIRA NO BRASIL:


UMA ANÁLISE SOBRE A (EX) INCLUSÃO DIGITAL NO CENÁRIO ECONÔMICO
NACIONAL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Bacharel em Gestão & Negócios e
aprovado em sua forma final pelo Curso
de Relações Internacionais, da
Universidade São Judas Tadeu.
.

_____________, _______ de __________________ de 20____.

São Paulo, 06 de Dezembro 2022

_________________________________________________

Prof. Rafael Marchesan Tauil, DR.

Universidade São Judas Tadeu

___________________________________________

Prof. Érika Paula de Matos, DR.

Universidade São Judas Tadeu


4

RESUMO

Em meados da década de 90, a tecnologia da informação iniciou o processo de integração de


sistemas e o acesso popular à Internet revolucionou as maneiras de negociação dentro do
ecossistema financeiro e nas décadas seguintes, tendo uma enorme expansão. Os bancos
tradicionais foram obrigados a transformar seus processos e abordagens ao público, o que
proporcionou o surgimento de um modelo de negócio que compreende serviços financeiros
com tecnologia: as fintechs. Baseado nisso, as transformações no sistema financeiro
impulsionaram a modernização do Brasil no setor, promovendo a forma como os serviços
bancários são entregues ao mercado consumidor doméstico, com seus conceitos de
burocracias e processos simplificados. Assim, o objetivo do trabalho é analisar como as
mudanças no mercado financeiro impactam o crescimento econômico do Brasil e, ainda, a
partir do cenário de exclusão social e econômica, quais são os desafios do país para
impulsionar a inclusão no mercado financeiro tecnológico.

Palavras-chave: Fintechs. Bancos Digitais. Exclusão Digital.


5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………………...5

2 REVISÃO DE LITERATURA………………………………………………………...8

3 CRESCIMENTO DAS FINTECHS…………………………………………………10

3.1 IMPACTO NO MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO………………………….11

4 DESAFIOS PARA A INCLUSÃO DIGITAL ………………………………………13

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………….. 17

6 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………...19
6

1 INTRODUÇÃO
Diante da expansão da tecnologia da informação, as formas de negociação mudaram
no século XXI e o sistema bancário necessitou aperfeiçoar sua estrutura de produtos e
serviços para suprir a competitividade do setor na integração digital. A partir disso, surgem as
fintechs (financial technology) que otimizam os serviços bancários e a regulamentação
financeira. Segundo Abraham Leon Bettinger (1972 apud SCHUEFFEL, 2017, p. 36), o
termo representa a associação de tecnologia da informação com a experiência do consumidor:
“Fintech é um acrônimo que significa tecnologia financeira, combinando experiência bancária
com modernas técnicas de ciência de gestão e o computador”.
Diniz (2009 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4) denota que em 1995, data
o surgimento do primeiro banco on-line nos Estados Unidos pelas instituições Wells Fargo,
Secutity First National Bank, Liberty Financial Cos. e Charles Schwab & Co. No entanto, as
fintechs ganharam destaque a partir da crise financeira global em 2008, que abalou a
credibilidade das instituições bancárias tradicionais com perdas bilionárias que reduziram as
ofertas de crédito no mercado. Para Vianna (2019 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p.
4), o cenário se apresentou como catalisador para que empresas de tecnologia entrassem no
sistema financeiro. Figo e Lewgoy (2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4),
complementam que o Sistema Internacional estava no meio de uma revolução digital, com
crescente mão de obra qualificada que buscava oportunidades no meio e, ainda, empresas de
tecnologia como Google e Apple que apresentavam naquele momento a tecnologia móvel.
Fundamentado nessa origem, as fintechs possuem duas principais vertentes de
crescimento. Para Figo e Lewgoy (2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4),
originam tanto para concorrer com os grandes bancos tradicionais ou atuando em parceria.
Ambos reverberam mudanças positivas e a evolução natural dos serviços que por anos
mantiveram-se estagnados pela falta de competitividade. Segundo um estudo realizado pela
World Economic Forum em 2017, concluiu-se que o alicerce de serviços financeiros foi
alterado fortemente devido às fintechs. Desta forma, podemos pontuar inicialmente tanto a
importância dos novos serviços e soluções financeiras que as fintechs apresentam, como a
evolução indireta que esta provoca em seus concorrentes e semelhantes de mercado.
O destaque das fintechs atuando na inclusão educação financeira se fortalece ao
proporcionar uma nova maneira de enxergar processos e serviços que majoritariamente se
caracterizavam pela burocracia. Um grande exemplo é o Bradesco, que lançou o banco Next e
que utiliza-se de tecnologias como analytics e o big data para oferecer melhores experiências
aos seus usuários (NERY, 2016 apud DUTRA, 2021, p. 193). É importante ressaltar o
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comportamento físico e de atendimento ao cliente adotado pelos bancos tradicionais,


fechando agências e concentrando seus serviços em App’s (MOREIRA 2017 apud DUTRA,
2021, p. 193). Ademais, outro efeito de reação com a chegada marcante das fintechs no
mercado financeiro, é o fortalecimento da importância do profissional em unidades físicas. Se
anteriormente a presença de serviços virtuais e soluções financeiras integradas aos
smartphones, a prestação de serviços presenciais em bancos tradicionais era classificada como
comum, agora os bancos já conhecidos no mercado a muitos anos se esforçam para tornar isso
um diferencial novamente.
Além de suprir parcela do mercado consumidor por meio de serviços diferenciados de
educação financeira, o relatório Understanding Alternative Finance da Universidade de
Cambridge (2014) pontua que os bancos digitais conquistaram seu espaço facilitando o apoio
financeiro aos projetos sociais e campanhas voluntárias.
No Brasil, as primeiras startups do sistema financeiro surgem em meados de 2010,
também demandadas pela crise de 2008 (FIGO E LEWGOY, 2018 apud ROCHA; SANTOS;
SOUSA, 2021, p. 5). Segundo o Radar FintechLab, já em 2020 o Brasil possuía 771 fintechs,
sendo o maior ecossistema de fintechs da América Latina (FINTECHLAB, 2020). A
quantidade de fintechs que o Brasil possuía em 2015 passou de 54 para 244 no primeiro
trimestre de 2017, ou seja, presenciou-se um crescimento de 36%, sendo este número elevado
para 332, no final de 2017 (FINTECHLAB, 2017 apud OLIVEIRA, 2019, p. 5). Conforme
Fábio Cossenzo (2021), o Brasil foi posicionado no 16º lugar do ranking conforme Índice
Global de Adoção de FinTechs de 2019, elaborado pela consultoria Ernst & Young (2019), o
que pode denotar importante receptividade dos consumidores aos serviços promovidos pelas
fintechs. O índice médio obtido naquele relatório foi de 64%, portanto o Brasil está situado na
média dos países observados. Entretanto, é importante observar que países como Colômbia,
Chile, Argentina, Peru e México possuem posicionamento acima no ranking.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho é o de analisar as mudanças que as fintechs
promoveram no Sistema Internacional e no mercado financeiro brasileiro. A partir disso,
identificar o impacto no crescimento econômico do Brasil, sua evolução e características,
assim como no mercado consumidor doméstico. Então, o artigo desenvolverá duas principais
vertentes de pesquisa e demonstração: as transformações no setor financeiro brasileiro
ocorreram em tempo de impactar positivamente o crescimento econômico do país? E, a partir
do cenário de exclusão social do Brasil, quais os desafios do país para a proporcionar a
inclusão digital. O trabalho apresenta uma temática recente no Sistema Internacional e
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doméstico, sendo relevante para contribuir com conhecimento e pesquisa na comunidade


acadêmica, agregando valor à ciência e à sociedade.
De acordo com o exposto, as fintechs desempenham um papel funcional para
dinamizar os serviços financeiros propiciando uma estrutura menos burocrática e mais
abrangente, em comparação às outras instituições do mesmo segmento. A principal
perspectiva a ser evidenciada na pesquisa é como o mercado financeiro nacional está aberto
para receber os bancos digitais. A primeira seção deste artigo apresenta a revisão literária que
foi empregada para compreender a análise das perguntas introdutórias. Na segunda seção,
desenvolve a análise acerca das mudanças no mercado financeiro com a evolução das fintechs
e o impacto no crescimento econômico do Brasil. Por fim, a última seção específica a
exclusão digital e os desafios do país para promover a inclusão no mercado financeiro
tecnológico.

2 REVISÃO DE LITERATURA
Podemos apresentar inicialmente o propósito e utilidade das fintechs no mundo, como
uma grande ferramenta e facilitadora para serviços financeiros diversos. Identificando e
atendendo necessidades que os bancos tradicionais não alcançam, seja pelo excesso de
regulamentação dos bancos ou pelo investimento em tecnologia e educação financeira
intuitiva que fintechs se aliam.
As Fintechs caracterizam-se como um mercado micro segmentado. Voltado
principalmente para a resolução de problemas com alto nível de particularidade e
especialização. Estas duas características se responsabilizam por destacar as fintechs dos
serviços tradicionais de bancos comuns, que monopolizaram o mercado por longos períodos.

Estes princípios ocasionam alterações na estrutura de funcionamento dos bancos,


possibilitando avanços no campo da tecnologia e celeridade no progresso, mas
também se apresentam, de certo modo, como em ameaças ao status quo,
caracterizado, em grande medida, pela concentração do capital nas instituições
bancárias que se cristalizou com a massificação do processo de internacionalização
econômico-financeira, a partir das décadas de 1980 e 1990 (ONZI et al., 2017 apud
OLIVEIRA, 2019, p. 5).

Segundo Figo e Lewgoy (2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 5) a


atuação e permanência das fintechs no mercado acontece de duas maneiras: competindo com
os bancos tradicionais ou agindo com parcerias, suprindo a lacuna deixada por eles.
Atualmente, 35% das fintechs brasileiras estão voltadas para os desbancarizados. Já Nathan
Dean, analista sênior da Bloomberg, enfatiza:
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Os bancos brasileiros e de outros países da América Latina estão acelerando a


transformação digital, mas que ainda há algumas lacunas a serem preenchidas, como
integrações de sistemas e novos serviços para antecipar as necessidades dos clientes,
que hoje querem fazer todas suas transações online (BLOOMBERG, 2022).

O cenário inicial, segundo vários especialistas do segmento, se modificou rapidamente


à medida que novas tecnologias foram criadas. Resultando em grupos sociais supridos de
serviços e soluções financeiras enquanto outras camadas potenciais necessitam de
adaptabilidade e mapeamento específico para terem suas necessidades atendidas. Segundo
Oliveira (2019, p. 5), “estão preenchendo as lacunas provenientes da má administração do
sistema bancário, haja vista que conseguem equacionar uma série de problemas e possibilitar
a inclusão financeira de uma parcela da sociedade ainda não atendida, ou mal atendida, pelas
instituições bancárias”.
Enquanto alguns países sanaram o distanciamento social para mercado de trabalho de
forma mais ágil, grande parte da América Latina e em especial o Brasil teve que adaptar-se ao
novo modelo, conforme análise do setor privado:

O crescimento exponencial das fintechs da América Latina pode ser explicado por
diversos fatores, com destaque para o impacto causado pela pandemia, quando 10,8
milhões de latino-americanos migraram para o comércio digital (KPMG, 2022).

Nos últimos tempos a discussão sobre a exclusão vem ganhando mais força, assim a
exclusão digital ganhou também (ALMEIDA et al., 2005). Compreendendo a importância dos
veículos de comunicação e mídia juntamente com o efeito cultural que traz consigo, a
exclusão digital resulta em ausência de cidadania em muitas ocasiões. Estruturalmente, a
exclusão social e digital compartilham algumas semelhanças.

A exclusão digital não se refere a um fenômeno simples, não se limita ao universo


daqueles que têm versus ao daqueles que não têm acesso a computador e Internet,
dos incluídos e dos excluídos, polaridade real mas que por vezes mascara os
múltiplos aspectos da exclusão digital (SORJ; GUEDES, 2005, p. 3).

O raciocínio é simples uma vez que as variáveis desse problema por muitas vezes não
são observadas de forma correta. Se eu avaliar a exclusão social, por exemplo, analisamos de
forma profunda todas as variações que fizeram a situação ser uma realidade, na exclusão
social não é diferente.
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A exclusão digital se dá também no interior dos grupos pobres, entre gêneros, raças
e grupos etários, e entre diferentes comunidades.(SORJ; GUEDES, 2005, p. 7).

A captação deste problema social torna-se ineficaz pela forma primitiva de análise. O
número de computadores e telefones que uma família possui não é preciso o suficiente para
desenvolver estratégias que resolvam o problema. Um detalhe simples e sutil que podemos
pontuar é o investimento regular nas novas tecnologias. Uma vez que o mercado de softwares
e eletrônicos é tão competitivo e acirrado, a atualização constante de componentes e recursos
de software mantém a empresa sempre à frente do mercado. Entretanto, isso força o mercado
consumidor a se adaptar aos novos itens e seus valores de mercado. O fato é que o
investimento regular em tecnologias sempre atualizadas é inviável para boa parte da
população.
Assim como pontuado anteriormente, a falta de infraestrutura e condições básicas
compromete a realidade de milhares de famílias, bem como seu modo e qualidade de vida
resultante do baixo acesso à informação. Segundo Aras (2004) a falta de acesso à Internet
impossibilita a troca de informações e enriquecimento cultural, pessoal e até mesmo
financeiro. A exclusão digital não se limita apenas à falta de aparelhos de acesso aos itens de
mídia. É a incapacidade de pensarmos e criarmos em coletivo, nos adequarmos e
organizarmos formas mais rentáveis e sustentáveis de produção e distribuição de riquezas.
Assim como a exclusão social, a falta de acesso ao meio digital limita o indivíduo não só aos
serviços e soluções financeiras, como é abordado neste trabalho, como também de recursos
básicos. Atravessando a realidade de 2020, onde o celular e outros eletrônicos definiam quem
iria permanecer em distanciamento social seguro mantendo contato com seus parentes e
amigos ou sem acesso às informações básicas de cuidados com a saúde.

Portanto, não somente de discutir a ampliação do acesso às tecnologias da


informação, mas também o que é muito importante de dotar todos os estratos sociais
de condições cognitivas adequadas para também poderem processar as informações,
transformando-as em conhecimento, o que amplia as possibilidades de inserção nos
mercados de trabalho e, também, permite o acesso a atributos fundamentais da
construção da cidadania nos tempos atuais. (MATTOS; CHAGAS, 2008, p. 17)

3 CRESCIMENTO DAS FINTECHS


A partir do advento da globalização, as transações comerciais sofreram mudanças no
século XXI e o sistema financeiro internacional necessitou aperfeiçoar sua estrutura de
produtos e serviços para suprir a competitividade do setor. As empresas acabaram por adotar
amplo investimento em tecnologia, principalmente em atividades bancárias, visando alcançar
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mais agilidade nas negociações, custos menores e redução de erros operacionais. A partir
disso, surgem as fintechs (financial technology), empresas de base tecnológica que otimizam
os serviços bancários e a regulamentação financeira. Compreendem tecnologia com alto
potencial de escalabilidade que desenvolvem produtos e serviços financeiros (FIGO E
LEWGOY, 2019 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 5). Ainda, diferentemente dos
bancos tradicionais, as fintechs entregam ao mercado consumidor experiências humanizadas,
aproximando e personalizando as relações empresa-cliente.
Exemplificando o movimento causado pelas fintechs:

No mundo, o movimento fintech - que abrange as novas empresas do setor


financeiro que utilizam tecnologia de forma inovadora como meio para criar e
entregar produtos e serviços - vem se consolidando há alguns anos em diferentes
lugares. (DINIZ, 2020, p. 264)

Ademais, Diniz (2020) também manifesta que as mudanças no setor bancário estão
acontecendo de maneira intensa e acelerada, não sendo possível medir o impacto a médio e
longo prazo, sem os precedentes em um mercado historicamente tradicional e conservador.
Em 1995, surge o primeiro banco on-line nos Estados Unidos através da rede mundial,
denominada atualmente de Internet Banking, pelas instituições Wells Fargo, Secutity First
National Bank, Liberty Financial Cos. e Charles Schwab & Co (SEYBOLD e MARSHAK,
2000; CHOU e CHOU, 2000 apud DINIZ, 2009, p. 5). Contudo, de acordo com estudiosos do
tema, apenas em 1999 é criada a primeira fintech do mundo, a PayPal. O site surge nos
Estados Unidos, possibilitando transferências em dinheiro sem intermediação de bancos e
compras em lojas de comércio eletrônico (FIGO E LEWGOY, 2019 apud ROCHA; SANTOS;
SOUSA, 2021, p. 4).
O principal fator para o surgimento das fintechs está associado ao avanço tecnológico,
que atraiu grande número de consumidores a partir do acesso facilitado de serviços
financeiros integrados e digitais (VIANNA 2019 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p.
4). Assim sendo, ganham destaque a partir da crise financeira global de 2008, que abalou a
credibilidade das instituições bancárias tradicionais com o aumento da inadimplência
referente às hipotecas imobiliárias, impactando diretamente bancos internacionais que
reduziram a oferta de crédito no mercado. Diante disso, empresas de tecnologia encontraram
uma oportunidade de ingressar no mercado bancário.
Nesse contexto, o sentimento de insegurança financeira no Sistema Internacional
proporcionou mudanças na demanda do mercado bancário, nivelando ao crescimento e a
popularização de novas tecnologias. Assim, fortaleceu a concepção para que as instituições
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financeiras se tornassem mais transparentes e por ofertarem produtos e serviços menos


burocráticos, alinhado ao surgimento e desenvolvimento da internet e dos aplicativos móveis
que apoiaram o comportamento de uma sociedade mais aliada da tecnologia e contrária a
concentração financeira (FIGO E LEWGOY, 2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021,
p. 4).

3.1 IMPACTO NO MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO


O avanço tecnológico no sistema bancário brasileiro surge dentro do contexto da
globalização, que propicia a revolução da tecnologia da informação, a abertura econômica do
país, o Plano Real e a adesão do Brasil ao Acordo de Basileia - que regula o funcionamento
das instituições financeiras em todo o mundo (DINIZ, 2020). Ainda de acordo com o mesmo
autor, o Plano Real implementado no Governo de Itamar Franco (1994) tem papel
fundamental nas transformações do setor, uma vez que o país alcançava uma reestruturação
bancária e, principalmente, pela entrada de bancos estrangeiros no mercado interno. Assim, os
bancos procuraram ir além da intermediação financeira, prestando serviços que impulsionam
as receitas por meio de taxas, tarifas e comissões. Diniz (2020), complementa que a
globalização dos bancos aconteceu pela automação do setor, principalmente para o corte de
custos operacionais, e a liberalização dos mercados financeiros que exigiu o desenvolvimento
de serviços facilitados.
No Brasil, a crise financeira de 2008 refletiu principalmente em uma forte queda no
índice das ações da Bovespa e no aumento no preço do dólar. No período anterior, analisando
de 2004 a 2008 o crescimento da economia brasileira tem respaldo pela expansão das
commodities e o incentivo ao crédito bancário, consequentemente aumentando o consumo das
famílias (DINIZ, 2020). A ampliação dos serviços bancários ocorre alinhado com o
desenvolvimento de novas tecnologias para o setor e a expansão do número de clientes.
Segundo o relatório da FintechLab (2019 apud JÚNIOR; AURICHIO; PRUDÊNCIO;
RAMOS, 2021, p. 8), em 2015, cerca de um terço das Fintechs que se lançavam no mercado
brasileiro conseguiam faturar mais que R$ 1 milhão.
Assim, as primeiras startups do sistema financeiro surgem em meados de 2010,
demandadas pela crise de 2008 (FIGO E LEWGOY, 2018 apud ROCHA; SANTOS; SOUSA,
2021, p. 4). O mercado financeiro até então mantinha a serviço dos bancos tradicionais, como
a Caixa Econômica Federal, Branco do Brasil e Itaú. Para Veríssimo (2019 apud, ROCHA;
SANTOS; SOUSA, 2021, p. 6), as fintechs surgiram para aperfeiçoar os serviços e produtos
oferecidos pelos bancos tradicionais, a fim de proporcionar maior acesso a partir da inovação.
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A Associação Brasileira de Fintechs (ABFINTECHS) descreve como “empresas que usam


tecnologia de forma intensiva para oferecer produtos na área de serviços financeiros de uma
forma inovadora, sempre focada na experiência e necessidade do usuário” (ABFINTECH,
2013 apud SILVA; JUNIOR; ARAÚJO, 2022, p. 5). Durante 2020 o Brasil possuía 771
fintechs, um crescimento de quase 28% em comparação ao ano de 2019 e sendo o maior
ecossistema de fintechs da América Latina (FINTECH LAB, 2019 apud JÚNIOR;
AURICHIO; PRUDÊNCIO; RAMOS, 2021, p. 8).
A tendência no aumento da competitividade entre os bancos pela chegada das fintechs
e, consequentemente, a expansão da oferta de produtos e serviços tecnológicos, possibilita que
os bancos tradicionais aprimorem seus processos, investindo em parcerias com as fintechs e se
estabelecendo em novos nichos de negócio no Brasil (SANTOS, 2022, p. 36). Segundo a
pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2022), o mercado bancário é o que
mais investe recursos privados em tecnologia no Brasil, sendo destinado cerca de R$ 8,9
bilhões. Ainda, entre as despesas da economia brasileira, o setor bancário está na segunda
posição com participação de 14%, atrás do Governo que tem 15% (REVISTA FEBRABAN,
2018 apud BERTELLI JÚNIOR et al., 2021, p. 10).
O impacto econômico do emprego da tecnologia no sistema bancário está alinhado
com o volume de investimentos no setor. Segundo o Relatório de Economia Bancária do
Banco Central do Brasil (2018), os investimentos em produtos e serviços financeiros
tecnológicos cresceram aproximadamente 206% entre 2016 a 2018 (VIANNA, 2019 apud
ROCHA; SANTOS; SOUSA, 2021, p. 4). Ainda, de acordo com a Febraban , o orçamento
dos bancos para a tecnologia cresceu 37% entre 2019 a 2020 (FEBRABAN, 2022).
Os dados do estudo BIS (Bank for International Settlements, 2022) apontam que em
relação a investimento e número de negócios, o Brasil é o maior mercado de fintechs da
América Latina. Dispôs de US$ 2,49 bilhões em investimentos direcionados a bancos digitais
e empresas de serviços de pagamentos, o que corresponde a 50,5% do total de investimento da
região. Ainda, o mercado transacional brasileiro no primeiro trimestre de 2021 apresentou um
aumento de 263% no valor por operações bancárias quando comparado ao ano anterior.
Segundo a pesquisa realizada pela ABFintechs e PwC (2018), cerca de 93% das
fintechs brasileiras estão situadas nas regiões Sul e Sudeste, sendo 58% apenas no estado de
São Paulo. Em 2020, o mobile banking e internet banking representaram 66% das transações
bancárias totais e pelo menos 90% das contratações de crédito aconteceram por canais digitais
(FEBRABAN, 2020 apud JÚNIOR; AURICHIO; PRUDÊNCIO; RAMOS, 2021, p. 10).
14

Por conseguinte, a expectativa é a de que o orçamento de investimento dos bancos


brasileiros em tecnologia chegue a R$ 35,5 bilhões em 2022, 18% a mais que em 2021. Com
ênfase no investimento em segurança cibernética, inteligência artificial, big data, cloud
pública e internet 5G. Contudo, o Brasil precisa enfrentar os desafios para ganhar mais
visibilidade sobre os investidores do mercado de tecnologia financeira, a fim de superar a
integração tardia no setor. Ainda, impactar os consumidores que não possuem acesso às
informações sobre os serviços ofertados pelas empresas.

4 DESAFIOS PARA A INCLUSÃO DIGITAL


A exclusão financeira compreende o não acesso a serviços e produtos essenciais para
integração econômica no convívio social. Para Wilson (2012 apud, CORDEIRO, 2019, p. 19),
a exclusão financeira pode ser definida como “processos que impedem pobres e alguns grupos
sociais de conseguirem acessar o sistema financeiro”. Segundo Lana (2015), o surgimento de
empresas globais de tecnologia impulsionou o aumento de usuários do sistema bancário pelo
mundo. Contudo, a complexidade nos acessos de serviços financeiros estabeleceu a exclusão
financeira, tornando inacessível para pessoas de baixa renda.

Trata-se, portanto, da ideia de que há um conjunto básico e definido de


serviços bancários estritamente necessários a todas as pessoas que almejem
inserção econômica e social adequada. Desse modo, haveria uma primeira distinção
possível na avaliação da exclusão: os indivíduos bancarizados, ou portadores
de uma conta bancária, e os não bancarizados, totalmente desprovidos de
qualquer um desses serviços. Em trabalhos aplicados dessa natureza, o “acesso” é
a ferramenta recorrentemente empregada para se definir o nível de exclusão
financeira em determinada região ou grupo de indivíduos (LANA, 2015, p. 36).

A desigualdade social e a exclusão financeira afetam principalmente os países em


desenvolvimento. Segundo a União Internacional de Telecomunicações (2022), cerca de 2,7
bilhões de pessoas não possuem acesso à rede, o que é equivalente a um terço da população
mundial. No Brasil, a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
elaborada pelo IBGE em 2021, aponta que 28,2 milhões de brasileiros maiores de 10 anos não
possuem acesso à Internet, com os excluídos digitais representando 15,3% da população do
país. Ainda, 38,5% são considerados não-bancarizados, ou seja, não são portadores de uma
conta bancária, sendo o maior índice na região Nordeste do país (47,1%) (SALUM, 2021).
Por fim, 17,7 milhões de brasileiros são considerados sub-bancarizados, ou seja, não utilizam
a conta bancária com frequência ou não lidam com os serviços e produtos tecnológicos do
mercado financeiro (INSTITUTO LOCOMOTIVA, 2021).
15

As Instituições Financeiras brasileiras relacionam as pessoas de baixa renda como


instáveis e com alto risco de inadimplência no mercado de crédito. Segundo a pesquisa
Desafios Para Bancarização do Instituto Locomotiva (2019), as mulheres compõem 59% dos
brasileiros que não possuem conta bancária, o percentual é ainda maior quando refere aos
negros (69%) e às classes C, D e E (85%). Ainda, a pesquisa aponta que o grupo de
desbancarizados movimentam por ano cerca de R$817 bilhões no mercado informal
(INSTITUTO LOCOMOTIVA, 2021).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), aponta que 28%
dos domicílios do Brasil não possuem acesso a internet banda larga ou rede móvel (IBGE
2021). Assim, cerca de 20 milhões de domicílios não dispõem de acesso equivalente aos
serviços e produtos tecnológicos, o que promove a desigualdade na disseminação das
informações (DIMAGGIO, 2001 apud LOPES, 2011, p. 1). Para Wilbon (2003 apud LOPES,
2011, p. 2), a desigualdade tecnológica gera a exclusão social, dado que as pessoas de baixa
renda não estão ligadas às instituições responsáveis pela produção do conhecimento.
Ramonet (1998 apud ALMEIDA; JORGE, 2021, p. 8), pontua que a exclusão digital
acompanha as desigualdades entre as regiões. No Brasil, regiões sem infraestrutura de
telefonia e internet, e elevados índices de alfabetização revelam o menor acesso a produtos e
serviços digitais. Então, conclui que a exclusão digital é um reflexo direto da desigualdade
social vivenciada pela realidade socioeconômicas e culturais da sociedade brasileira, sendo
um impedimento ao desenvolvimento econômico tanto do indivíduo como do seu coletivo,
como aponta artigo publicado em 2013 pela Revista Rumores:

Estar excluído ou ter acesso e uso limitado às TICs significa não ter os requisitos
necessários no kit para melhorar de condição de vida. Isso é parte de um quadro
maior que inclui os efeitos das desigualdades digitais produzidas pela digitalização –
ou a reprodução digital das desigualdades (HARGITTAI, 2004; WESSELS, 2013
apud RAGNEDDA; RUIU, 2017, p. 95).

Apesar da realidade brasileira, onde os menos favorecidos não detêm acesso e


instrução para utilização das novas tecnologias, o mundo está cada vez mais globalizado e
digital. E, o abismo que se forma entre estar excluído ou apenas parcialmente envolvido no
âmbito on-line pode influenciar o capital digital e, em decorrência, influenciar efeitos no
desenvolvimento em sociedade. Já que a internet está evoluindo e se tornando cada vez mais
vital nas atividades cotidianas, formas de exclusão – tanto social como digital – também
tendem a emergir. Ao analisar essas formas de exclusão ou desvantagem, os contextos e
históricos social, econômico e político não podem ser ignorados: eles interferem no acesso e
16

no uso da internet, e essa experiência on-line exerce influência nas oportunidades e


possibilidades de vida em sociedade.
Por conseguinte, é insustentável debater a inclusão digital e o desenvolvimento
tecnológico financeiro, dispensando a análise acerca da desigualdade social. Para Aun e
Angelo (1998 apud ALMEIDA; JORGE, 2021, p. 8), a inclusão digital é o recurso para
diminuir o isolamento informacional e a disseminação de conhecimento. A ascensão de
serviços e produtos do mercado financeiro depende do processo de democratização do acesso
a Internet e as informações.

A inclusão financeira acontece, de fato, quando as pessoas passam a usar a


instituição financeira e, consequentemente, os serviços por ela ofertados, a favor de
sua qualidade de vida (FERRARINI, 2021, p. 3).

As classes sociais menos privilegiadas não usufruem igualmente das tecnologias que
atingem a mesma realidade de um país. As fintechs se destacam por suprir em partes a lacuna
da desigualdade social. A limitação de serviços e soluções financeiras dos bancos tradicionais,
fortaleceu conceitos de burocracia e segregação entre as camadas menos favorecidas da
sociedade. A maneira que fintechs como NuBank se comportam diante deste impasse,
estimulando o uso e conhecimento dos recursos do banco através de aparelhos celulares, se
mostra muito mais efetivo. ”Ao propiciar a inclusão social e ofertar serviços financeiros
simplificados, as fintechs inserem os cidadãos como membros ativos da sociedade, com
implicação na melhoria da qualidade de vida” (FERRARINI, 2021, p. 4)
As desigualdades sociais fomentam a exclusão digital, assim como a exclusão digital
contribui para aprofundar as desigualdades sociais. Para Gialluca (2022), é necessário que a
pauta de inclusão financeira seja incorporada por políticas públicas e legislação específica:

É um conceito multidimensional que abrange o processo efetivo de maior


acesso e uso pela população de serviços financeiros melhores, mais apropriados às
suas necessidades essenciais e adequados às expectativas básicas, contribuindo para
a sua qualidade de vida, seu crescimento econômico e com o convívio social. A
inclusão financeira deve incorporar políticas públicas eficazes, legislação específica
e alinhada com o equilíbrio dos interesses das instituições financeiras e dos usuários,
levando em consideração a capacidade financeira e a vulnerabilidade (GIALLUCA,
2022, p. 68).

O Banco Central do Brasil (2018), relata que a inclusão financeira é um esforço a longo prazo
e, para além, demanda a garantia do acesso a crédito, poupança, pagamentos, seguros,
previdência e investimento à todos.
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Quanto à importância de se promover a inclusão financeira, há o entendimento geral


de que o acesso a serviços financeiros em condições adequadas oferece ao indivíduo
instrumentos para gerenciar melhor ou mais convenientemente sua vida financeira,
além de oportunidades para facilitar e incrementar o desenvolvimento pessoal
(BACEN, 2018, p. 16).

Logo, “não se pode conceber uma sociedade igualitária e justa, sem que a
questão da inclusão digital seja tratada de forma séria e com políticas públicas
efetivas” (ALMEIDA; MACHADO, 2021, p. 3). O desafio do Brasil para garantir a inclusão
digital está para além da disponibilidade de equipamentos e serviços, como a falta de
infraestrutura de internet, o custo de acesso e o processo de educação digital. Para Gomes
(2014 apud, ALMEIDA; MACHADO, 2021, p. 9), a inclusão digital “deve ser uma
prioridade nas políticas públicas, dada a sua importância para o desenvolvimento igualitário
da sociedade”. Ainda, o governo brasileiro detém o desafio de promover políticas públicas
para fortalecer a inclusão no mercado financeiro tecnológico, além de assegurar os direitos
sociais dos problemas mais antigos, como saúde, educação, segurança e saneamento básico.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O exposto no artigo evidencia o grande impacto positivo para a sociedade e para o
crescimento econômico do país. Com o avanço da tecnologia é possível trabalhar de forma
mais profunda a análise de dados, logaritmos e no momento trabalhando para maior
monetização de dados.
Para os cidadãos que possuem fácil acesso à tecnologia, tem abertura para um mundo
tecnológico muito vasto e com grandes vantagens, até mesmo nas coisas mais simples, por
exemplo, não tem necessidade de sair da cama para efetuar e/ou receber pagamentos. Além
disso consegue ter aplicativos de corretoras, investir seu dinheiro seja em renda fixa ou
variável, tanto na bolsa de valores nacional como internacional, sendo possível até usar isso
como uma forma de renda extra, algo que cerca de 15 anos atrás dificilmente aconteceria, pois
tínhamos dificuldade sobre como era feito esses investimentos e não tínhamos essa tecnologia
como agora. De acordo com o IBGE, em meados de 2013 apenas 0,3% dos brasileiros
investem na bolsa, já em 2022 houve o crescimento para 15% (MENDES, 2022). E vale
ressaltar que esses investimentos auxiliam fortemente no nosso crescimento.
O crescimento da tecnologia financeira viabilizou um novo modelo de negócio, reduz
tempo, contribui para a eletrização e modernização e ainda facilita pagamentos e
recebimentos. Haja visto que não são apenas os empresários que obtêm vantagens, mas sim
todos que consomem o produto tecnológico.
18

Todavia, também devemos ressaltar a parte negativa do crescimento da tecnologia


financeira em grandes proporções, por conta da grande assimetria social dentro do Brasil.
Uma vez que as diversas modernidades atingem a sociedade ao mesmo tempo, os abismos
sociais podem ser reforçados.
A exclusão social dentro da tecnologia bancária vai desde a parcela da terceira idade
até indivíduos de classes sociais mais baixas. Pessoas de idade mais avançada possuem
maiores dificuldades em usufruir de produtos que possuem a tecnologia avançada, assim
acabam tendo grandes dificuldades para conhecer e mexer nos aplicativos inclusive os do
setor financeiro que têm diversas informações.
Todavia, a parte da sociedade com maior impacto são os 7,3 milhões de Brasileiros
sem acesso à internet, juntamente aos 28,2 milhões que não fazem uso da internet por falta de
conhecimento ou por falta de interesse (ESTADÃO, 2022). É importante ressaltar também, as
pessoas que vivem em condições precárias na qual estão as 155,2 milhões de pessoas que não
possuem aparelhos celulares, logo, não podem ser incluídas nesse avanço da tecnologia.
De acordo com o IBGE, temos 11 milhões de analfabetos no Brasil, no qual, nossos
governantes não se propõem a ajudar, nem criar projetos e métodos de incentivo para essa
parcela da sociedade. Sendo que seria um dos pontos básicos e de grande importância para a
população, logo, as questões tecnológicas que facilitariam o acesso à informação para
sociedade, dificilmente seriam incentivadas pelos mesmos.
Assim podemos colocar este ponto como o maior desafio, para essa inclusão seria
necessário começar do ponto educacional até chegar na questão tecnológica, sem pular etapas,
assim podemos melhorar diversas vertentes e depois dessa os avanços fluirão.
19

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