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MATERIAL DE APOIO - LIÇÃO 03 - ESCRITURA SAGRADA

PROF. PB. FABIO MIRANDA


@fabiomiranda.dr - fabioNmiranda@gmail.com

1. INSPIRAÇÃO, ILUMINAÇÃO, INFALIBILIDADE, INERRÂNCIA, CANONIZAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS

Vamos explorar brevemente as principais diferenças entre inspiração, iluminação, infalibilidade, inerrância e
canonização nas Escrituras, com referências e fontes na teologia reformada. Vale notar que a teologia reformada é
diversa, e diferentes teólogos podem ter ênfases distintas. Aqui estão algumas distinções com referências associadas:

​ Inspiração:
● Definição na Teologia Reformada: A inspiração é a ação direta do Espírito Santo sobre os autores
bíblicos, capacitando-os a escrever as Escrituras divinamente autoritativas.
● Referências e Fontes:
● Referência: 2 Timóteo 3:16 - "Toda a Escritura é inspirada por Deus..."
● Fonte Reformada: "Institutas da Religião Cristã" de João Calvino, Livro I, Capítulo VII.
​ Iluminação:
● Definição na Teologia Reformada: A iluminação é a obra contínua do Espírito Santo capacitando os
crentes a compreenderem e aplicarem as verdades das Escrituras em suas vidas.
● Referências e Fontes:
● Referência: 1 Coríntios 2:14 - "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus..."
● Fonte Reformada: "A Instituição da Religião Cristã" de João Calvino, Livro I, Capítulo IX.
​ Infalibilidade:
● Definição na Teologia Reformada: As Escrituras são incapazes de falhar ou enganar em sua proposição
de verdades divinas.
● Referências e Fontes:
● Referência: Números 23:19 - "Deus não é homem para que minta..."
● Fonte Reformada: "A Fé de Nossos Pais" de B. B. Warfield.
​ Inerrância:
● Definição na Teologia Reformada: As Escrituras não contêm erros em nenhuma de suas partes, incluindo
aspectos históricos, científicos e teológicos.
● Referências e Fontes:
● Referência: Salmo 19:7 - "A lei do Senhor é perfeita..."
● Fonte Reformada: "A Inerrância das Escrituras" de René Pache.
​ Canonização:
● Definição na Teologia Reformada: O reconhecimento da autoridade divina dos livros das Escrituras.
● Referências e Fontes:
● Referência: 2 Pedro 1:20-21 - "...nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de
Deus falaram movidos pelo Espírito Santo."
● Fonte Reformada: "Confissão de Fé de Westminster", Capítulo 1, Seção 3.

Essas referências e fontes oferecem uma base para compreender as posições na teologia reformada em relação à
inspiração, iluminação, infalibilidade, inerrância e canonização das Escrituras. Aprofundar-se nessas obras fornecerá uma
visão mais completa e detalhada desses temas na tradição reformada.
2. REVELAÇÃO ESPECIAL X GERAL

A teologia reformada distingue entre a revelação especial e a revelação geral como duas formas pelas quais Deus se
comunica com a humanidade. Vamos explorar algumas diferenças fundamentais, citando textos bíblicos e alguns
autores na tradição reformada.

Revelação Especial:
​ Definição na Teologia Reformada:
● A revelação especial refere-se à comunicação direta e específica de Deus aos seres humanos,
geralmente através de eventos sobrenaturais, profetas, e, principalmente, nas Escrituras Sagradas.
​ Textos Bíblicos Relevantes:
● Hebreus 1:1-2: "Havendo Deus, antigamente, falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho."
● 2 Timóteo 3:16: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..."
​ Autores Reformados:
● João Calvino:
● Calvino destaca a centralidade da Palavra de Deus nas Escrituras como a principal forma de
revelação especial em suas "Institutas da Religião Cristã".
● B. B. Warfield:
● Warfield, um teólogo reformado do Princeton Theological Seminary, defendeu a autoridade e a
inerrância das Escrituras como uma forma central de revelação especial.

Revelação Geral:
​ Definição na Teologia Reformada:
● A revelação geral refere-se à maneira pela qual Deus se revela através da criação, da ordem natural e da
consciência humana, proporcionando um conhecimento geral de Sua existência e atributos.
​ Textos Bíblicos Relevantes:
● Romanos 1:20: "Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua
própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos pelas
coisas que foram criadas."
​ Autores Reformados:
● Abraham Kuyper:
● Kuyper, um teólogo e político reformado, enfatizou a soberania de Deus sobre toda a criação em
sua obra "Common Grace" (Graça Comum), abordando a revelação geral.
● Charles Hodge:
● Hodge, teólogo reformado da Princeton Theological Seminary, discutiu a revelação geral em sua
"Teologia Sistemática", destacando como ela fornece um testemunho universal de Deus.

Diferenças Principais:
​ Especificidade da Comunicação:
● A revelação especial é específica e direta, enquanto a revelação geral é mais difusa e universal.
​ Meios de Comunicação:
● A revelação especial ocorre principalmente através das Escrituras, enquanto a revelação geral acontece
através da criação e da ordem natural.
​ Conhecimento Disponível:
● A revelação especial proporciona um conhecimento mais detalhado sobre a vontade de Deus, enquanto
a revelação geral oferece um conhecimento geral de Sua existência e atributos.

Essas distinções são fundamentais para a teologia reformada e refletem a ênfase na centralidade das Escrituras como a
principal forma de revelação especial, complementada pela compreensão de Deus através da criação na revelação geral.
3. PROCESSO DE CANONIZAÇÃO DAS ESCRITURAS SAGRADAS
O processo de canonização das Escrituras Sagradas na perspectiva reformada foi, em grande parte, uma continuação e
afirmação do cânon estabelecido pelas igrejas antigas, mas com algumas distinções e ênfases adicionais introduzidas
pelos reformadores do século XVI. Vamos explorar o desenvolvimento histórico desse processo:

Antecedentes Históricos:

​ Igreja Primitiva:
● Durante os primeiros séculos do cristianismo, as comunidades cristãs reconheceram e aceitaram certos
livros como inspirados e autorizados. Essa aceitação foi baseada em critérios como a apostolicidade,
ortodoxia e uso litúrgico.
​ Concílios e Listas Canônicas:
● Alguns concílios, como os de Hipona (393 d.C.) e Cartago (397 d.C.), produziram listas de livros que
eram amplamente aceitas como canônicos nas comunidades cristãs. Essas listas incluíam a maior parte
do cânon aceito hoje.

Contribuições Reformadas:

​ Princípios de Reformadores:
● Os reformadores, incluindo Martinho Lutero, João Calvino e outros, enfatizavam a "Sola Scriptura", a
autoridade única das Escrituras. Eles questionavam a inclusão de livros apócrifos na Bíblia católica e
rejeitavam sua canonicidade.
​ Confissões de Fé:
● As confissões de fé reformadas, como a Confissão de Fé de Westminster (1646-1647), tiveram um papel
significativo na formalização do cânon. O Capítulo I, Seção 3, desta confissão lista os livros do Antigo e
do Novo Testamento.
​ Sínodos e Decisões Oficiais:
● Sínodos reformados, como o Sínodo de Dort (1618-1619), reafirmaram a autoridade exclusiva das
Escrituras e promoveram a aceitação do cânon que já era largamente reconhecido.
​ Rejeição dos Livros Apócrifos:
● Os reformadores rejeitaram a canonicidade dos livros apócrifos presentes na Bíblia católica, mantendo
uma visão mais próxima da tradição judaica. Eles questionavam a evidência interna e a aceitação
contínua desses livros na tradição cristã.

Desenvolvimento Contínuo:

​ Consolidação da Visão Reformada:


● Ao longo dos séculos, as comunidades reformadas consolidaram sua visão sobre o cânon, aceitando os
39 livros do Antigo Testamento e os 27 do Novo Testamento como canônicos.
​ Afirmação nas Tradições Reformadas:
● Igrejas e denominações reformadas ao redor do mundo, ao adotar confissões de fé como a Confissão de
Fé de Westminster, oficializaram a aceitação do cânon reformado.
​ Enfrentando Desafios:
● Embora a visão reformada sobre o cânon tenha se consolidado, a discussão sobre a canonicidade de
alguns livros, especialmente dos apócrifos do Antigo Testamento, ainda ocorre em debates teológicos.

Fontes Relevantes:

​ Confissão de Fé de Westminster:
● A Confissão de Fé de Westminster é uma fonte crucial para entender a perspectiva reformada sobre o
cânon. O Capítulo I, Seção 3, trata especificamente da autoridade e do cânon das Escrituras.
​ Obras dos Reformadores:
● As obras de reformadores como João Calvino, Martinho Lutero e outros, onde discutem teologia e
Escrituras, oferecem insights importantes sobre como eles entenderam o processo de canonização.
4. EXEMPLOS PRÁTICOS NA ERA ATUAL

Inspiração:

Exemplo Prático: O cristão, ao compartilhar a mensagem evangélica, pode enfatizar que a Palavra de Deus é inspirada,
isto é, é divinamente guiada. Ao explicar as Escrituras, o cristão pode destacar como os ensinamentos bíblicos são
relevantes para a vida das pessoas e como Deus se revela através delas.

Iluminação:

Exemplo Prático: Ao evangelizar, o cristão pode enfatizar a necessidade da obra do Espírito Santo para compreender as
verdades espirituais. Pode encorajar as pessoas a buscar a orientação do Espírito enquanto leem a Bíblia e a orar por
iluminação divina para entenderem a mensagem de salvação.

Infalível:

Exemplo Prático: Ao compartilhar a fé, o cristão pode destacar a confiabilidade das Escrituras, enfatizando que a Palavra
de Deus é infalível. Isso pode criar confiança na mensagem evangélica, mostrando que as promessas de Deus são
seguras e dignas de confiança.

Inerrante:

Exemplo Prático: Enquanto evangeliza, o cristão pode salientar que a Bíblia é isenta de erros. Isso significa que as
verdades fundamentais da fé cristã são sólidas e confiáveis. Ao apresentar argumentos bíblicos, o cristão pode destacar
a consistência e a integridade das Escrituras.

Canonização:

Exemplo Prático: Ao compartilhar a fé, o cristão pode explicar o processo de canonização, demonstrando que os livros da
Bíblia foram reconhecidos pela comunidade cristã ao longo do tempo. Pode mencionar como líderes cristãos antigos e
concílios contribuíram para a aceitação dos livros canônicos e como esse processo assegura a confiabilidade das
Escrituras.

Em resumo, ao incorporar esses princípios teológicos na evangelização, o cristão pode oferecer uma base sólida e
confiável para a mensagem do Evangelho. Destacar a inspiração, iluminação, infalibilidade, inerrância e o processo de
canonização das Escrituras pode fortalecer a compreensão e a aceitação da Palavra de Deus na vida daqueles a quem o
cristão compartilha a mensagem.
5. QUADRO COMPARATIVO

Aspecto Inspiração Iluminação Infalível Inerrância Canonização

A ação divina de guiar A obra do Espírito Santo na O processo de


A qualidade de não
os autores bíblicos no compreensão e aplicação A qualidade de ser livre reconhecimento e
Definição conter erros em sua
processo de escrever das Escrituras por parte do de falhas ou erros. aceitação dos livros
totalidade.
as Escrituras. crente. canônicos.

1 Coríntios 2:14: "Ora, o


Não há uma única
homem natural não aceita
passagem que detalhe o
as coisas do Espírito de
2 Timóteo 3:16: "Toda a Provérbios 30:5: processo de canonização,
Deus, porque lhe são Salmo 19:7: "A lei do
Base Bíblica Escritura é inspirada "Toda palavra de mas evidências podem ser
loucura; e não pode Senhor é perfeita..."
por Deus..." Deus é purificada..." encontradas em decisões
entendê-las, porque elas se
e tradições da comunidade
discernem
cristã.
espiritualmente."

Confiança na origem Confiança na


Dependência do Espírito Busca por coerência Reconhecimento da
divina das Escrituras, autoridade e
Santo para entender e viver e integridade em autoridade divina e
Aplicação Prática guiando a confiabilidade
de acordo com as todos os aspectos aceitação comum dos
interpretação e absolutas das
Escrituras. das Escrituras. livros canônicos.
aplicação. Escrituras.

A Palavra de Deus é O Espírito Santo capacita Confiança absoluta na


Crença na total Aceitação comum e
Perspectiva infalivelmente os crentes a discernir e perfeição e
ausência de erros consensual dos livros que
Reformada transmitida através aplicar as verdades confiabilidade das
nas Escrituras. compõem a Bíblia.
dos autores humanos. divinas. Escrituras.
6. QUADRO COMPARATIVO - REVELAÇÕES

Aspecto Revelação Geral Revelação Especial

Conhecimento de Deus revelado de


Conhecimento de Deus disponível por meio
Definição maneira específica e sobrenatural,
da natureza, razão e consciência humana.
especialmente nas Escrituras.

Principalmente através das

Através da criação, eventos naturais, razão Escrituras, mas também por meio
Meios de Comunicação
e consciência. de eventos sobrenaturais, profetas,

e, supremamente, em Jesus Cristo.

Específica, dirigida à comunidade


Alvo da Revelação Universal, dirigida a toda a humanidade.
de crentes e a indivíduos.

Abrange verdades específicas e


Abrangência do Limitado, oferecendo um conhecimento
detalhadas sobre Deus, a salvação
Conhecimento geral de Deus acessível a todos.
e Sua vontade para a humanidade.

Necessária para a compreensão


Fornece conhecimento suficiente para
completa da vontade divina,
Necessidade Humana reconhecer a existência de Deus e ser
especialmente em relação à
responsável diante d'Ele.
salvação.

Forma a base da teologia


Oferece uma base geral para a teologia
sistemática, especialmente em
Influência na Teologia natural, que busca entender Deus com base
relação à doutrina de Deus,
na criação e na razão.
Cristologia e soteriologia.

Romanos 1:20: "Porque os atributos


2 Timóteo 3:16: "Toda a Escritura é
invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder
inspirada por Deus e útil para o
como também a sua própria divindade,
Exemplos Bíblicos ensino, para a repreensão, para a
claramente se reconhecem desde o
correção e para a instrução na
princípio do mundo, sendo percebidos por
justiça."
meio das coisas que foram criadas."
Fundamental para a revelação
Não é o meio principal para a salvação, mas
específica da salvação em Cristo,
Relação com a Salvação é suficiente para tornar as pessoas
sendo a principal fonte de
responsáveis diante de Deus.
conhecimento sobre a redenção.

Complementada pela revelação


Complementa a revelação especial,
geral, mas vai além, oferecendo
Complementaridade fornecendo uma compreensão geral de
detalhes específicos sobre a
Deus.
vontade divina e a salvação.

Este quadro destaca as principais diferenças entre a revelação geral e especial na visão teológica
reformada. Ambas são consideradas meios pelos quais Deus se revela, mas com objetivos, meios e
alcances distintos.
Sob a perspectiva teológica reformada, as negações ou linhas contrárias às ideias de revelação

especial e geral podem surgir de diversas fontes. Abaixo, apresento algumas abordagens que, do

ponto de vista reformado, podem ser consideradas opostas a essas doutrinas:

Linhas Contrárias Teológicas:


​ Deísmo:
● Negativa: Algumas formas de deísmo minimizam ou negam a intervenção divina direta
na história e na vida humana.
● Impacto Teológico: Reduz a necessidade de uma revelação especial ou de uma relação
pessoal entre Deus e os seres humanos.
​ Teologias Liberalistas:
● Negativa: Certas abordagens teológicas liberalistas podem questionar a autoridade e a
historicidade das Escrituras, enfraquecendo a ideia de revelação especial.
● Impacto Teológico: Isso pode levar a uma visão menos centrada nas Escrituras como a
única fonte autoritativa e clara da vontade divina.

Linhas Contrárias Científicas:


​ Naturalismo Estrito:
● Negativa: O naturalismo estrito nega a existência de qualquer realidade além do natural
e do observável.
● Impacto Científico: Isso pode levar a uma rejeição de qualquer forma de revelação
sobrenatural, incluindo a revelação especial.
​ Materialismo Reducionista:
● Negativa: Abordagens que reduzem toda a realidade a processos materiais podem
negar a existência de uma realidade espiritual ou divina.
● Impacto Científico: Isso pode levar à rejeição da ideia de revelação especial como uma
categoria válida.

Linhas Contrárias Filosóficas:


​ Relativismo Epistêmico Extremo:
● Negativa: O relativismo epistêmico extremo nega a possibilidade de conhecimento
objetivo.
● Impacto Filosófico: Isso pode levar a uma rejeição da ideia de que Deus pode revelar
verdades objetivas e universais.
​ Ateísmo Filosófico:
● Negativa: O ateísmo filosófico afirma a inexistência de Deus.
● Impacto Filosófico: Pode levar à rejeição da ideia de revelação especial como uma
resposta válida para questões fundamentais sobre a existência e a natureza de Deus.
É importante observar que essas linhas contrárias não representam um consenso unificado, e há

diversas variações dentro de cada categoria. Além disso, essas perspectivas contrárias podem

coexistir com diversas visões e interpretações dentro da teologia reformada.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Os críticos da inerrância argumentam que

essa doutrina é uma invenção do

escolasticismo protestante do século 17, em

que a razão superou a revelação – o que

significa que essa não era a doutrina dos

reformadores. Por exemplo, eles chamam

atenção para o fato de Martinho Lutero

nunca ter usado a palavra inerrância. Isso é

verdade. O que ele disse é que as

Escrituras jamais erram. Nem João Calvino

usou essa palavra. Ele disse que a Bíblia

deve ser recebida como se estivéssemos

ouvindo suas palavras da boca de Deus. Os

reformadores, apesar de não usarem a

palavra inerrância, enunciaram de forma

clara esse conceito (...). A defesa a respeito

da inerrância fundamenta-se na confiança

que a igreja tem na maneira como o próprio

Jesus considerava e ensinava a Escritura. A

plena probidade da Escritura Sagrada

precisa ser defendida em cada geração

contra toda e qualquer crítica. Esse é o

caráter deste livro. Nós precisamos ouvir com atenção esta moderna defesa.” - RC Sproul, do Prefácio “Foi A. W.

Tozer que disse a famosa frase: “Aquilo que nos vem à mente quando pensamos a respeito de Deus é a coisa

mais importante a nosso respeito”. Tozer seguiu explicando que a razão disso é que concepções distorcidas de

Deus são idólatras e, no final das contas, blasfemas: “Concepções deficientes de Deus destroem o evangelho para

todos os que as mantêm”. E, além disso: “Noções pervertidas a respeito de Deus logo deterioram a religião em que

se apresentam. (...) O primeiro passo que faz uma igreja desandar é dado quando ela abandona o alto conceito

que tem a respeito de Deus”. Como Tozer observou de modo muito perspicaz, o abandono de uma correta visão de

Deus resulta inevitavelmente em colapso teológico e em ruína moral.” - Da Introdução “Numa época em que a

Palavra de Deus está sendo atacada, não apenas pelos que estão fora da igreja, mas também por aqueles que se

professam cristãos, todos os que amam ao Senhor têm o sagrado dever de combater seriamente por sua verdade

revelada. (...)

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Embora tratado com frequência, a inspiração é um
tema de importância perene. Ao autor parece
bastante estranho vê-la ser considerada, muitas
vezes, separada da questão da canonicidade.
Saber o que é inspirado é tão vital quanto
conhecer a natureza da inspiração.

Neste livro, portanto, a canonicidade das Escrituras


é tratada junto com a doutrina da inspiração, e
alguma atenção é dada também à transmissão do
texto bíblico ao longo dos séculos.

A visão da inspiração aqui sustentada concorda


plenamente com a posição histórica cristã. Do
mesmo modo, os pareceres com respeito à
transmissão do texto sagrado e do cãnon não são
novos, embora várias visões diferentes a respeito
do princípio que determinou o cânon - não
necessariamente excludentes entre si - tenham
sido mantidas ao longo dos séculos, e haja espaço
para algumas diferenças de opinião a respeito
desse ponto.

Várias informações novas sobre a questão da


transmissão do texto, bem como o cânon do Antigo
Testamento, podem ser obtidas dos Rolos do Mar
Morto. O que se espera é que estas páginas
ajudem os cristãos a avaliar esse ângulo do estudo
dos rolos, cuja descoberta foi tão inesperada e
lança luz sobre a história da aceitação e das cópias do texto do Antigo Testamento.

R. Laird Harris (Ph.D.) é Professor Emérito de Antigo Testamento do Covenant Theological Seminary.

Cultura Cristã: https://www.editoraculturacrista.com.br/inspirac-o-e-canonicidade-da-biblia.html

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