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A pérola

JOHN STEINBECK

PRÉ-LEITURA

1. Observa os vários paratextos que compõem o livro.


1.1. Descreve os elementos da capa, da lombada e da contracapa.
1.2. Refere os elementos incluídos na folha de rosto.
1.3. Consulta a ficha técnica e indica o título original da obra e o nome do tradutor.

2. Lê a sinopse e o texto introdutório e indica:


a) o texto que serviu de inspiração à obra;
b) o nome de algumas personagens;
c) o elemento central da narrativa.

3. Tanto a sinopse como o texto introdutório desvendam alguns aspetos da ação. Tendo
em conta esses aspetos, quais são as tuas expectativas em relação à ação de A pérola?

Capítulo 1

LEITURA

1. A obra inicia-se com a descrição dos hábitos matinais de Kino e da sua família. A partir
das informações dadas nas páginas iniciais de A pérola, faz a apresentação dos
membros dessa família, do seu modo de vida e dos seus parentes mais próximos.

2. Que acontecimento veio perturbar a paz da família nessa manhã?


2.1. «[…] por debaixo dela, a Canção da Família gemia dolorosamente». Que outra
canção a ameaçava?

3. «Ela ergueu para ele uns olhos gelados como os de uma leoa.» Que relação existe
entre a comparação usada nesta passagem e a «música da família» que soou «com
tons de aço» na mente de Kino?

4. «O caso dizia agora respeito a todos.» Poderá a família de Kino integrar-se numa
outra família, mais alargada? Justifica a tua resposta.

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5. Faz o retrato do médico da cidade, segundo o ponto de vista dos mendigos.
5.1. Que facto relacionado com o médico fez com que Kino se sentisse «fraco»,
«intimidado» e «raivoso», logo à partida?
5.2. Que música soou então na mente de Kino?

6. Atenta nas passagens seguintes: «O Sol amarelo projetava as sombras à sua frente, de
modo que eles caminhavam dentro das próprias sombras»; «O Sol ardente projetava
as sombras negras das pessoas no muro branco». O que poderá representar a
sombra daquela gente, tendo em conta o modo como era geralmente tratada?

7. Que tipo de relação é possível estabelecer entre as «oito pequenas pérolas


defeituosas, feias e cinzentas» trazidas por Kino e os objetos mencionados a
propósito da caracterização do médico da cidade? Justifica a tua resposta.

8. Qual das canções te parece ter vencido no fim do Capítulo 1?

Capítulo 2

LEITURA

1. Os parágrafos iniciais do capítulo 2 são essencialmente descritivos.


Concentra-te nos três primeiros parágrafos e identifica:
a) o plano geral com que se inicia a descrição;
b) o plano médio que se lhe segue;
c) os dois planos aproximados;
d) o plano retomado a seguir;
e) as expressões que localizam os elementos descritos nesses dois últimos planos;
f) o tempo verbal utilizado (apresenta alguns exemplos retirados dos vários planos da
descrição);
g) a subclasse dos adjetivos usados (apresenta alguns exemplos retirados dos vários
planos da descrição).
1.1. Com base no segundo parágrafo, constrói um campo lexical a partir da palavra
«praia».
1.2. Que plano é novamente apresentado no início no quarto parágrafo?
1.3. Que relação existe entre a «miragem nublada» que caracteriza o espaço aí
descrito e a crença da gente do golfo referida a esse propósito?

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ESCRITA
2. A partir do modelo descritivo apresentado no início do texto, elabora a descrição com
vários planos de um espaço exterior que tenhas conhecido ou que conheças bem
(uma praia, um parque, a tua escola, a tua rua…).

Etapa 1 Planifica
Regista num esquema:
► os vários planos da tua descrição (geral, médio e aproximado);

► os elementos que pretendes referir e descrever em cada um desses planos.

Etapa 2 Escreve
Redige o texto de acordo com a tua planificação. Usa diferentes adjetivos
qualificativos, expressões que te permitam localizar os vários elementos descritos e
formas verbais no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo.

Etapa 3 Revê e reescreve


Faz uma revisão atenta do teu texto, tendo em conta a correção linguística e a
organização dos vários planos e elementos da descrição, efetuando as alterações
necessárias.

LEITURA

3. Relê o texto compreendido entre a passagem «Kino e Juana desceram lentamente à


praia […]» e o final do capítulo.
Atribui um número a cada alínea de acordo com as opções do narrador ao longo do texto.
a) Deixa de narrar as reações individuais de Juana e Kino para narrar as reações
coletivas de outras personagens.
b) Faz um comentário pessoal acerca de determinada época histórica.
c) Apresenta em pormenor as ações da personagem Kino, fazendo aumentar o
suspense relativamente à possibilidade de o mesmo ter concretizado o seu objetivo.
d) Fornece informações sobre os antecedentes da ação.
e) Usa uma comparação e uma hipérbole para assinalar a quase impossibilidade de se
encontrar uma pérola.
f) Apresenta a motivação inicial das personagens relativamente à saída de canoa.

4. Explica a razão por que a canoa de Kino era «um baluarte contra a fome».

5. Identifica as canções que invadiam o espírito de Kino neste momento da ação.


5.1. Qual delas acabou por sobressair? Porquê?

6. Identifica as figuras usadas pelo narrador para realçar as qualidades da pérola.

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Capítulo 3

LEITURA

1. Explica, por palavras tuas, a visão da cidade apresentada pelo narrador no início do
capítulo.
1.1. Que relação se estabelece entre essa visão particular do narrador e a ação narrada?

2. Refere o efeito que a notícia da descoberta da Pérola do Mundo teve:


a) no padre;
b) nos lojistas;
c) no médico;
d) nos mendigos.
2.1. Refere a(s) personagem(ns) que, do teu ponto de vista, apresenta(m) um compor-
tamento mais criticável.

3. Caracteriza os compradores de pérolas a partir das informações dadas no texto.

4. Por que razão se transformou Kino no «inimigo de todos»?


4.1. Ouvirá Kino, nessa altura, a canção do inimigo? Justifica a tua resposta.

5. Refere as expectativas de Kino em relação ao futuro que a pérola lhe proporcionaria.


5.1. A propósito dessas expectativas, ficamos a conhecer o significado que o conheci-
mento tem para Kino. O que significa o conhecimento, na sua perspetiva?
5.2. Transcreve, desse momento do texto, uma passagem em que se evidencie a ideia
de que todos tinham a consciência de que a pérola marcaria a existência de Kino
a partir de então.

6. O povo das cabanas recebe então a visita de duas figuras conhecidas na cidade.
Explica a relação que existe entre essas figuras e:
a) a música do mal;
b) a descrição dos comportamentos dos animais (os peixes no estuário, os falcões e
os ratos).
6.1. Que argumentos usa o padre para despertar em Kino a vontade de partilhar a sua
riqueza com ele?

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ESCRITA
7. Escreve um comentário pessoal sobre o comportamento do médico ao longo deste
capítulo.
Etapa 1 Planifica
Planifica o texto, registando tópicos sobre o contexto em que se dá o encontro entre
Kino e o médico, as atitudes do médico e o seu objetivo, a tua opinião sobre essas
atitudes e a tua interpretação relativamente ao assalto à cabana de Kino na noite
após a visita do médico.
Etapa 2 Escreve
Escreve o teu texto, apresentando logicamente as tuas ideias, que deves ilustrar com
exemplos.
Etapa 3 Revê e reescreve
Revê o teu texto e efetua as alterações necessárias.
8. No final do capítulo, a discórdia instala-se dentro da própria família. Explica porquê.

Capítulo 4

LEITURA
1. No início do capítulo, o narrador refere algo que atacava o sistema nervoso de La Paz.
De que se tratava?
2. O narrador descreve os preparativos de Kino e Juana para o grande dia, aquele dia
«de que dependeriam todos os seus outros dias». Porém, de certa forma, prepara já
o leitor para a desilusão que as personagens viriam a sofrer. Explica de que modo o
discurso do narrador anunciava já essa desilusão.
3. «As casas vomitavam pessoas; as portas cuspiam crianças.» Identifica o recurso
expressivo que permite ao narrador apresentar o seu ponto de vista sobre a aldeia de
Kino, enquanto espaço social.
4. «Nada podia quebrar essa muralha e eles encerravam-se incólumes dentro dela».
Explica em que contexto surge esta metáfora e as razões que levaram à construção
de tal «muralha».
5. Que comportamentos do primeiro comprador de pérolas com quem Kino tentou
negociar servem para denunciar a falsidade do seu «sorriso triste e desdenhoso»,
com o qual pretendeu desvalorizar a pérola?
6. A Canção do Mal tornou a ouvir-se na cabana. Que acontecimento anunciava essa
canção no fim do capítulo?

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Capítulo 5

LEITURA
1. Seleciona a opção correta para completares cada afirmação sobre o texto.
1.1. Kino agrediu Juana, porque
a) enlouquecera.
b) esta não o deixava atacar o inimigo.
c) julgava que ela era o inimigo.
d) ela quisera desfazer-se da pérola.
1.2. Juana decidiu abandonar o passado
a) por causa do incêndio da cabana.
b) quando viu o corpo ao lado de Kino.
c) mal viu a pérola brilhar no escuro.
d) ao saber da canoa danificada.
2. Que argumento usa Kino perante o seu irmão para justificar a continuação da sua luta?

ESCRITA
3. Escreve um texto de opinião, com 80 a 120 palavras, sobre a atitude de Kino.
► Faz uma lista dos argumentos a favor ou contra essa atitude.
► Escreve o teu texto, apresentando a tua opinião, os teus argumentos e uma
sugestão sobre a decisão que Kino deveria tomar.
► Revê o texto no que respeita à ortografia, à acentuação, à construção frásica e à
organização dos parágrafos. Efetua as correções necessárias.

Capítulo 6

LEITURA
1. Que canções soam na mente de Kino no início do seu percurso com a família?
1.1. Atribui uma característica psicológica a Kino, tendo em conta o facto de lhe soarem
tais canções na mente.
2. «Olhou para a pérola, procurando a sua visão.» Terá Kino «visto» na pérola o que ia
dizendo a Juana, para reforçar as suas expectativas quanto a um futuro melhor?
Justifica a tua resposta.
2.1. Que alteração se deu então na música da pérola?
2.2. O que significará tal alteração do ponto de vista de Kino?

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3. Kino pressentiu a aproximação do inimigo. Explica a que se devia esse pressen-
timento, tendo em conta o que, desde o início da caminhada, se agitara dentro da
personagem.
3.1. Quem eram os perseguidores de Kino?
3.2. Transcreve desse momento do texto:
a) duas passagens em que a expressão corporal de Kino se assemelha à de um
animal que espreita o perigo;
b) uma comparação que permite associar a reação física de Kino a um outro
elemento da natureza.

4. Os olhos de Kino «entristeceram», mas depois «recuperaram a ferocidade». Justifica esta


alteração no olhar da personagem.
5. Seleciona a alínea que completa corretamente a afirmação sobre o texto.
Ao longo do capítulo, o leitor
a) acompanha os movimentos dos batedores através do ponto de vista de Kino.
b) acompanha os movimentos dos batedores através do ponto de vista de Juana.
c) acompanha os movimentos dos batedores através do ponto de vista do narrador.
d) nunca sabe quais são os movimentos dos batedores.

6. Por que razão tapou Juana rapidamente os seus tornozelos com a saia?
7. O narrador interrompe a narração da fuga de Kino, Juana e Coyotito para introduzir
uma sequência descritiva. O que descreve o narrador?
8. Qual foi o esconderijo encontrado pela família e qual era o plano de Kino?
9. Concentra-te no momento do ataque de Kino e refere:
a) o que perturbou o seu plano;
b) a reação do vigia;
c) a comparação usada para caracterizar Kino no momento em que ataca o terceiro
homem;
d) o sinal que alertou Kino para algo que estava errado.

10. De acordo com o narrador, o que deixou «mais funda impressão» nos que assistiram
ao regresso da família?
10.1. Identifica os recursos expressivos que contribuem para a caracterização das
personagens no momento em que entram na cidade.
11. Em que se transformara a Canção da Família?
12. Como era então o som da música da pérola? Porquê?
12.1. No final da obra, o que se sucede a essa música? Explica a razão por que tal
acontece.

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13. Identifica os recursos expressivos presentes nas passagens seguintes:
a) «Os braços oscilantes das algas chamaram-na […]»;
b) «Por cima dela, a superfície do mar era um espelho verde».

14. Apresenta o teu ponto de vista pessoal sobre a razão por que o desfecho do sonho de
Kino é o desaparecimento da sua pérola.

PÓS-LEITURA E ESCRITA

1. Escreve um final diferente para a obra que leste.

Etapa 1 Planifica
Decide que personagens intervêm na ação, assim como o espaço e o tempo em que ela
se desenrola. Organiza os vários acontecimentos num esquema.

Etapa 2 Escreve
Redige o teu texto, situando os acontecimentos no tempo. Caracteriza as personagens e
descreve o espaço em que se desenvolve a ação.

Etapa 3 Revê e reescreve


Faz uma revisão cuidada do texto e aperfeiçoa os aspetos necessários.

2. Faz uma pesquisa biobibliográfica sobre o autor de A Pérola, utilizando um motor de


busca da internet e consultando enciclopédias em papel ou online.
► Organiza as informações recolhidas por assuntos.

► Escreve o teu texto sobre John Steinbeck, usando formas de destaque como o
negrito no título e nos subtítulos do teu trabalho, e o itálico nos títulos das obras do
autor. Usa as notas de rodapé para acrescentares informações ao texto principal.
Inclui no teu trabalho uma cronologia da vida e obra de John Steinbeck.
► Revê todos os textos que escreveste.

► Ilustra o teu trabalho com imagens sobre o autor e a sua obra.

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Cenários de resposta

Pré-leitura
1.1. Capa: título da obra; nome do autor; ilustração em que se observa uma família sentada
numas rochas junto ao mar; símbolo da editora.
Lombada: título da obra, nome do autor e símbolo da editora.
Contracapa: sinopse; título da obra; nome do autor; nome da editora; código de barras.
1.2. Nome do autor, título da obra, nome da tradutora, nome da editora.
1.3. Título original: The pearl. Nome da tradutora: Clarisse Tavares.

2. a) Um conto popular mexicano; b) Kino, Juana e Coyotito; c) A pérola.

Capítulo 1
1. Kino era «jovem e forte», tinha «cabelos negros», que lhe caíam sobre a «testa morena», e
uns olhos «quentes, ferozes e brilhantes», assim como um «bigode fino e áspero». A sua
mulher chamava-se Juana, tinha «cabelos negros», era «obediente e respeitosa, alegre e
submissa» e conseguia aguentar a dor, a fadiga e a fome. O filho de ambos, Coyotito, era
ainda um bebé. Viviam numa cabana, junto ao mar, tinham vários animais domésticos e eram
pescadores. Os seus parentes próximos eram Juan Tomás, irmão de Kino, a sua mulher
Apolónia e os seus quatro filhos.

2. Coyotito foi mordido por um escorpião.


2.1. Ameaçava-a a Canção do Mal, que era a música do inimigo da família, uma «melodia
selvagem, secreta, perigosa […]».

3. Juana reage como uma leoa para defender a vida do seu filho e, na mente de Kino, a Música
da família ganha tons de aço, ou seja, Kino prepara-se também para lutar por Coyotito.

4. Kino, Juana e Coyotito pertencem a uma família mais alargada, que é a do povo miserável que
vive nas cabanas e que se junta a eles na ida à cidade, com o objetivo de procurar o médico
que poderia curar Coyotito.

5. O médico era ignorante, cruel, avaro e hipócrita. Esse médico, «gordo e preguiçoso», era um
mau profissional e uma pessoa pouco recomendável.
5.1. O facto de o médico pertencer «a uma raça que, durante perto de quatrocentos anos, tinha
espancado, matado à fome, roubado e desprezado a raça de Kino, além de a aterrorizar
[…]», ou seja, a raça que falava à «gente da raça de Kino como se tratasse com simples
animais», fazia com que ele se sentisse desse modo.
5.2. Soou a «música violenta do inimigo».

6. A sombra poderá representar o facto de as pessoas do povo de Kino serem consideradas


inferiores, pelo que lhes eram recusados direitos básicos como os cuidados de saúde. Daí que
se possa dizer que viviam «na sombra», privados de todas as regalias.

7. É possível estabelecer uma relação de contraste entre essas pérolas e os objetos do médico,
porque enquanto as pérolas revelam a miséria de Kino, a «bandeja de prata», o «bule
também de prata cheio de chocolates», a «chávena de porcelana finíssima» e o «pequeno
gongo oriental» revelam os pequenos luxos do médico.

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8. Venceu a Canção do Mal, porque Coyotito permanecia em risco de vida por causa da recusa
do médico em tratá-lo.

Capítulo 2
1. a) Plano da cidade, situada num amplo estuário, com os edifícios «a abraçarem» a praia;
b) plano da praia; c) plano à beira da água e plano do fundo do mar; d) plano da praia;
e) «à beira da água» e «No fundo do mar»; f) pretérito imperfeito do indicativo: «estava»,
«Eram», «tinha», «cobriam-na», «projetavam», «abundavam», «cresciam», «jazia», «passavam»;
g) adjetivos qualificativos: «amplo», «antigos», «altas e graciosas», «curvas», «amarela»,
«leves», «pequenos», «venenoso», «coloridos», «esfaimados».
1.1. Areia, água, algas, conchas, caranguejos-violinistas, poças, lagostins, restolho, mar, algas,
correntes, limos, cavalos-marinhos, peixe-globo, caranguejos.
1.2. É apresentado o plano geral do golfo, sobre o qual pairava o ar nublado.
1.3. Essa «miragem nublada» tornava a paisagem irreal, o que se relaciona com a crença das
pessoas do golfo, para quem não havia provas da existência real daquilo que os olhos viam.

3. a) 6, b) 3, c) 5, d) 1, e) 4, f) 2.

4. A canoa era essencial ao trabalho de Kino, permitindo-lhe obter algum rendimento, com o
qual alimentava a família.

5. Invadem-no a Canção do Mar e, dentro dela, a Canção da Pérola Ambicionada.


5.1. Sobressaiu a Canção da Ppérola Ambicionada, porque Kino viu uma ostra muito grande e
encheu-se de esperanças.

6. O narrador usa a comparação e a hipérbole: «[…] a grande pérola, perfeita como a Lua»,
«Era a maior pérola do mundo».

Capítulo 3
1. Para o narrador, cada cidade tem uma vida própria, como se fosse um ser vivo distinto dos
outros.
1.1. A visão particular que o narrador tem de uma cidade relaciona-se com a ação narrada,
através da ideia de que o sistema nervoso da cidade reage a notícias como da descoberta
da pérola.

2. a) Pensa nas reparações que gostaria de fazer na igreja; b) olham para as roupas que não
venderam; c) afirma que está a tratar o filho de Kino e imagina-se num restaurante em Paris;
d) riram de prazer ao imaginarem que Kino lhes daria boas esmolas.

3. Os compradores de pérolas eram gananciosos, interesseiros e calculistas.

4. Kino transformou-se no inimigo de todos, porque era ele quem detinha a pérola desejada por
toda a gente.
4.1. Kino não ouve a canção do inimigo, porque não se apercebe da «peçonha» produzida pelas
«bolsas de veneno» da cidade e apenas ouve a música da pérola fundida com a música da
família.

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5. Kino imaginava que se casaria com Juana, sendo que ambos estariam bem vestidos para a
ocasião, assim como Coyotito; compraria um arpão novo e uma carabina; o seu filho iria à
escola.
5.1. Para Kino, o conhecimento significa a liberdade.
5.2. «Sabiam que agora o tempo contaria a partir da pérola de Kino e que haviam de falar
daquele momento por muitos anos.»

6. a) A música do mal soava no espírito de Kino, porque a vinda do padre e do médico às cabanas
representava o interesse que todos, sem exceção, tinham na pérola e o risco que isso implicava
para Kino e a sua família, sendo que Coyotito acaba por adoecer na sequência da visita do
médico; b) a descrição dos comportamentos dos animais predadores que perseguem os mais
fracos relaciona-se com a visita do padre e do médico, pois ambos usam os seus conhecimentos
para persuadirem Kino, cuja ignorância e medo o deixam indefeso.
6.1. O padre usa argumentos religiosos, dizendo a Kino que ele tinha recebido o nome de um
«grande pai da Igreja» e lembrando-lhe que devia agradecer a Deus a sua descoberta.

8. No final do capítulo, Kino e Juana discutem por causa da pérola, instalando-se a discórdia.

Capítulo 4
1. Tratava-se da notícia de que Kino ia vender a sua pérola, o que era uma situação particular
que saía dos padrões normais da cidade e que, portanto, a faziam vibrar de nervosismo.

2. Quando relatou os procedimentos dos compradores de pérolas, o narrador deixou antever que
Kino teria de se confrontar com a oferta de um preço muito abaixo do valor da sua pérola.

3. O recurso expressivo é a personificação.

4. Esta metáfora é usada pelo narrador para transmitir ao leitor o modo como o povo de Kino se
habituara a defender-se contra o povo estrangeiro que havia quatrocentos anos chegara com
os seus discursos de autoridade, como o do padre, e com a força das suas armas, para o
subjugar.

5. O primeiro comprador de pérolas perdeu a precisão na mão com que fazia truques com uma
moeda, os seus dedos curvaram-se e o seu punho cerrou-se assim que viu o tamanho da
pérola de Kino, e esse comportamento permite entender que a atitude assumida de seguida
tinha como único objetivo convencer Kino a vendê-la por um preço muito inferior ao seu valor
real. Daí que não conseguisse afastar os olhos da pérola e acabasse por oferecer mil e
quinhentos pesos.

6. O acontecimento anunciado pela Canção do Mal era a aproximação de um dos inimigos,


contra o qual Kino teve de lutar para defender a sua família.

Capítulo 5
1.1. d).
1.2. b).

2. Kino argumenta que a pérola se tinha transformado na sua alma.

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Capítulo 6
1. Soam a Canção da Pérola e a Canção da Família.
1.1. Kino sentia-se confiante quanto à solução que encontrara para proteger a sua família.

2. Nada do que Kino «vê» na pérola confirma as suas perspetivas otimistas quanto ao futuro,
porque consegue «ver» apenas os acontecimentos negativos que tinham sucedido na sua vida
desde o momento em que a encontrara.
2.1. A música da pérola soou sinistra e misturou-se com a música do mal.
2.2. Essa alteração significa a descrença de Kino relativamente à felicidade que julgara obter
através da pérola.

3. Esse pressentimento devia-se ao despertar de um instinto ancestral dentro de Kino, que era o
instinto do seu povo, intimamente ligado à natureza.

3.1. Os seus perseguidores eram dois batedores, que caminhavam em busca de pistas da
passagem de Kino e Juana, e um homem a cavalo, com uma espingarda, que seguia atrás
deles.
3.2. a) «O seu corpo retesou-se e encolheu a cabeça, espreitando por baixo de um ramo caído»;
«Kino nem respirava. Apenas arqueou um pouco as costas. Tinha os músculos dos braços e
das pernas salientes de tensão e o lábio superior coberto de suor.»; b) «Kino ficou tão rígido
como o tronco da árvore.»

4. Os olhos de Kino «entristeceram» quando se apercebeu da sua impotência perante os


batedores, mas «recuperaram a ferocidade» quando Juana lhe lembrou que os batedores
assassinariam o filho de ambos.

5. a).

6. Juana tapou-os porque não queria que Kino ficasse impressionado com os seus ferimentos,
para que não fraquejasse.

7. O narrador descreve a fonte que a família viria a alcançar.

8. A família escondeu-se numa caverna e o plano de Kino consistia em atacar o homem que
estava de vigília antes que a Lua nascesse.

9. a) O som de um choro vindo do alto, que pôs em alerta o vigia e que acordou um dos homens
adormecidos; b) Deu um tiro na direção de onde vinha o som; c) «Mas Kino tornara-se tão frio
e tão mortal como o aço.»; d) O grito da morte.

10. O que deixou maior impressão foram as sombras longas projetadas no chão à frente de Kino
e Juana, que pareciam trazer assim duas torres de escuridão.
10.1. Os recursos expressivos são a comparação e a hipérbole, usadas na caracterização de
Juana – «Estava tão distante, tão longínqua como o céu» – e na caracterização de Kino –
«[…] parecia tão perigoso como uma tempestade iminente». A comparação é ainda usada
na passagem: «As suas pernas moviam-se automaticamente, como se fossem bonecos de
madeira […]».

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11. A Canção da Família transformara-se num grito de guerra.

12. O som da música da pérola era um som «distorcido e demente», porque Kino vê na sua
superfície a imagem do filho morto.
12.1. Kino atira a pérola e ela desaparece no fundo do mar, por isso a Música da pérola também
desaparece

16. c).

17. d).

18. b).

19. a).

20. b).

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