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INTRODUÇÃO:
Depois de setenta anos de escravidão na Babilônia, Israel voltou à sua terra. Deus tirou o
povo do cativeiro com mão forte e poderosa. Essa libertação produziu grande exultação entre
o povo e forte impacto entre as nações.
Na segunda parte, o salmista acrescenta uma oração para que Deus aperfeiçoe a obra
que Ele mesmo havia começado.
Dessa forma o salmista nos apresenta “Preciosas respostas a uma grande libertação”.
Primeiramente...
Olhamos para o passado com sentimento de nostalgia, de um tempo que era tão bom e
que não volta mais, atitude que nos leva a apatia;
Ou ainda olhamos para o passado como um tempo para ser esquecido, atitude que nos
leva a repetição dos mesmos erros.
Nem sempre conseguimos olhar para trás com o coração cheio de gratidão ao Senhor
por tudo que Ele fez em nós.
Dessa forma não conseguimos agir corretamente no presente deixando nosso futuro na
completa incerteza.
Vs.1. Ao usar o verbo sonhar, que expressa o caráter assustador do evento, o salmista
nos ensina que não há lugar para ingratidão. Sempre que Deus opera por meios ordinários, os
homens, pela malignidade de sua natureza, exercem geralmente sua esperteza inventando
várias causas para o livramento operado, a fim de obscurecer a graça de Deus. Mas o regresso
do povo hebreu do cativeiro babilônico, tendo sido um milagre de tal magnitude, que era
suficiente para anular e confundir todos os pensamentos dos homens, nos compele a imaginar
que foi uma obra magistral de Deus. Essa é a razão por que o salmista compara este
livramento a um sonho. Em essência, ele diz: “Qualquer mente está tão distante de
compreender este incomparável benefício divino, que o mero pensar nele nos arrebata com
admiração, como se fosse um sonho e não uma realidade já ocorrida. Que impiedade seria não
reconhecer o autor desse benefício”.
Vs. 2. O desígnio do salmista não é obscuro, de modo algum. Ele deseja que o povo se
regozijando por causa de seu regresso, e não esquecesse a graça de Deus. Por isso, ele
descreve um júbilo extraordinário, de tal natureza que encha de a mente deles e os impulsione
a prorromperem em gesto e voz extravagantes.
Ao mesmo tempo, o salmista dá a entender que houve bom motivo para esse júbilo,
segundo o qual cumpria aos filhos de Deus se alegrarem em virtude de seu regresso à sua
terra. Assim como naquele período não houve nada mais infeliz do que viverem eles em
cativeiro, durante o qual foram, de certo modo, desapossados da herança que Deus lhes
prometera, assim também não havia nada que lhes teria sido mais desejável do que serem eles
restaurados. Visto que a restauração ao seu próprio país foi uma prova da renovação de sua
adoção divina, não é surpresa encontrarmos o salmista afirmando que sua boca estava cheia
de riso, e sua língua, de exultação. Com júbilo semelhante, conseguimos nos dias atuais exultar
quando Deus congrega sua Igreja. E o fato de que a infeliz dispersão da Igreja não produz em
nossa mente tristeza e lamentação é uma evidência indubitável de que somos insensíveis.
O salmista vai mais além, declarando que este milagre era visto até pelos cegos; pois,
naquela época, como bem sabemos, os pagãos vagueavam em trevas como cegos, não
reconhecendo que Deus os iluminava. No entanto, o poder e a operação de Deus foram tão
notáveis naquele evento, que eles irromperam em reconhecimento público de que Deus fizera
grandes coisas por seu povo. Quão mais vergonhosa era a indiferença dos judeus, caso não
celebrassem espontânea e abertamente a graça de Deus, pela qual haviam adquirido tanto
renome entre os incrédulos.
Vs. 3. O salmista reitera, em sua própria pessoa, bem como na pessoa da Igreja, as
palavras enunciadas pelos pagãos no último membro do versículo anterior. Pelo menos nós, é
como ele se dissesse, apresentemos uma confissão correspondente àquela que Deus extrai dos
gentios incrédulos. Ao acrescentar que estavam alegres, ele expressa uma antítese entre a
nova alegria e o sofrimento contínuo com o qual havia muito eram afligidos em seu cativeiro.
Ele declara expressamente que a alegria lhes foi restaurada, para capacitá-los a avaliar melhor
a desalentadora condição da qual tinham sido libertos.
APLICAÇÃO:
Quando olhamos, também, para o passado, notamos que Deus nos tirou da escravidão
para a liberdade, das trevas para a luz e da morte para a vida. Deus quebrou o nosso jugo e
despedaçou nossas algemas. Jesus Cristo redimiu-nos de um terrível cativeiro. Éramos
escravos do diabo, do mundo e da carne. Vivíamos debaixo de cruel opressão. Porém, Cristo
nos libertou e hoje somos livres. Pertencemos à família de Deus. Somos herdeiros de Deus e
estamos assentados com Cristo nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. Há
um cântico em nossos lábios e uma festa em nossa alma.
Em segundo lugar...
2. A DEPENDÊNCIA DO SENHOR PARA A REALIZAÇÃO DO SEU TRABALHO (4).
Vs. 4. Temos aqui uma oração para que Deus ajunte o restante dos cativos. O Espírito
Santo ditou esta forma de oração aos judeus que já estavam chegando ao lar pátrio, para que
não esquecessem seus pobres irmãos que ainda estavam no exílio. Todos os judeus, sem
dúvida, tinham uma porta aberta diante de si, e uma perfeita liberdade lhes era concedida,
para saírem da terra de seu cativeiro. Todavia, o número dos que participavam deste benefício
era bem pequeno, em comparação com a vasta multidão do povo.
Também é preciso notar o estado dos que já haviam regressado. A sua terra estava nas
mãos de estrangeiros, que eram, todos, seus inveterados e ajuramentados inimigos. Por isso,
os que haviam regressado não eram menos cativos em seu próprio país do que entre os
babilônios. Dois motivos tornavam imprescindível que a Igreja rogasse fervorosamente a Deus
que congregasse os que estavam dispersos. Primeira: que Ele injetasse ânimo nos tímidos, nos
enfraquecidos e entorpecidos, fizesse os insensatos abandonarem seus deleites e estendesse
sua mão a guiar todos. Segunda: que ele estabelecesse a corporação dos que haviam
regressado em liberdade e tranquilidade.
APLICAÇÃO:
Todo o dia é tempo de andar com Deus. Todo dia é tempo de ser cheio do Espírito. Não
podemos viver do passado nem morar na saudade. Precisamos depender de Deus a todo
tempo, o tempo todo. Mais do que isso, é preciso saber que não temos forças para restaurar
nossa própria sorte. Só Deus pode restaurar nossa vida. Só Deus pode aprumar nossos joelhos
trôpegos. Só Deus pode nos encher de entusiasmo, quando nossa alma parece um deserto
árido. Aprendemos com isso, porém, que a crise não é o fim da linha. A sequidão de nossa vida
não deve nos levar ao desespero, mas à súplica ardente. A consciência da crise espiritual pode
nos levar aos pés do Senhor para uma virada bendita em nossa história. Somente o Senhor
tem poder para nos restaurar. Só dele vem a nossa cura. Essa restauração é uma obra
milagrosa. Assim como os rios invernais rasgam as areias escaldantes do deserto do Neguebe,
o maior deserto da Judéia, Deus também, faz nossa alma florescer em tempos de sequidão. Ele
mesmo nos concede um novo vigor espiritual e transforma nossos vales em mananciais cheios
de vida!
O salmista mostra...
Em terceiro lugar...
APLICAÇÃO:
CONCLUSÃO:
Assim sendo, diante da Grande Libertação que o Senhor nos proporcionou, precisamos
trabalhar, não há espaço para o desanimo e a apatia, precisamos trabalhar, não na força do
nosso braço, mas na força do Nosso Senhor. Então daremos As Preciosas Respostas a Grande
Libertação que nos foi dada.
Concede nos Senhor, a graça de investirmos nosso tempo, bens, talentos e dons em
seu trabalho. Portanto, levantemo-nos, irmãos, e coloquemo-nos a seu dispor. O Deus da
nossa salvação e da nossa restauração, agora, nos alista em seu trabalho. Mãos à obra, sem
esmorecer. Lança a semente, com a certeza de que o crescimento, Deus mesmo nos dará.