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INTRODUÇÃO
Continuamos com a série CRISTÃO CONTAGIANTE...
Até aqui vimos vários aspectos da vida do cristão que acabam contagiando a todos os
que estão ao seu redor: DILIGENTE, ESTÁVEL, AMOROSO, BOM OUVINTE, MODERADO NO
FALAR, OBJETIVO, DISCIPLINADO e DISPOSTO A SOFRER. Hoje, vamos estudar mais uma
grande virtude que ele possui: sua AUTO-AVALIAÇÃO. Isso porque o cristão contagiante é alguém
capaz de fazer uma análise honesta não só das coisas que estão ao seu redor, mas também de si
mesmo e da sua caminhada com Deus. Paulo, quando escreve em 1Coríntios 11. 28, ele vai dizer:
“Examine-se cada um a si mesmo...” E o que é esse examinar a si mesmo? É justamente fazer o
que o salmista fez no Salmo 126 que acabamos de ler – ou seja, ele faz uma verdadeira diagnose
da vida, um check-up da alma, uma avaliação profunda da sua caminhada. E assim deve ser a vida
do cristão contagiante! Ele não pode correr de um lado para o outro, deixando de avaliar alguns
aspectos da sua vida que vão apontar se ele tem crescido ou não de fato em sua maturidade
espiritual.
No Salmo 126, o salmista vai descrever o passado, o presente e o futuro. Por exemplo:
Ele olha para o passado com gratidão pelo livramento recebido (v. 1-3);
Ele olha para o presente com um profundo senso de carência da intervenção divina
(v. 4) e;
Ele olha para o futuro com ardente expectativa de abundantes colheitas (v. 5,6).
Enfim, ele faz um auto-exame completo! E no estudo de hoje vamos observar essa
auto-avaliação apontada pelo salmista, fazendo também uma conexão com a avaliação que o
cristão contagiante deve fazer...
O contexto histórico diz que Jerusalém havia sido cercada, invadida, saqueada e ferida
pelos caldeus. Nabucodonosor, impiedosamente, feriu à espada homens, mulheres e crianças.
Muitos do povo, entrincheirados, morreram de fome e sede antes de serem esmagados pela tirania
babilônica. Os hebreus foram arrastados como um bando de animais para a Babilônia dos ídolos e
da feitiçaria. Contudo, setenta anos se passaram, conforme havia sido profetizado por Jeremias, e
Deus novamente abriu-lhes as portas da prisão, quebrou-lhes os grilhões, e eles voltaram para a
sua terra, reconstruíram o templo, resgataram seus sonhos e continuaram servindo ao Deus vivo.
Enfim, a libertação milagrosa do povo hebreu do cativeiro babilônico foi uma intervenção
poderosa de Deus e que foi além das expectativas do povo (v.1), sendo um testemunho entre as
nações (v.2) e um motivo de grandiosa e exultante alegria (v.3).
Portanto, essa foi a avaliação que o salmista fez do passado!
Será que nós de igual modo, quando olhamos para o nosso passado, contemplamos
também a obra libertadora de Deus em nossa vida? Será que podemos dizer que foi o Senhor que
nos libertou do império das trevas, que quebrou os grilhões do pecado que nos mantinha cativos e
decretou a nossa vitória e a nossa libertação? Será que hoje, quando você olha para que o Deus
fez no passado naquela cruz, você pode dizer que é livre para servir e adorar ao Senhor?
Se você fizer um exame honesto de sua vida, você se certificará das maravilhas que o
Senhor já lhe fez, e por isso, terá uma só coisa a dizer: “SENHOR, MUITO OBRIGADO!”
Obrigado, porque se não fosse a Sua morte e ressurreição, eu não estaria aqui
neste pequeno gupo;
Obrigado, porque eu não poderia ter essa paz que excede todo entendimento
humano;
Obrigado, porque eu não poderia ter recebido o perdão que me propiciou a
reconciliação contigo;
Obrigado, porque eu não poderia receber de Ti o Espírito Santo que me ajuda a
viver em santidade e obediência à Sua palavra;
Obrigado, porque eu não poderia estar aqui vivendo em comunhão com os meus
irmãos;
Obrigado, porque eu não poderia ter essa expectativa em meu coração de que há
um lugar preparado para mim no céu, no qual eu desfrutarei da Tua presença para
todo o sempre.
Isso é olhar para o passado com gratidão a Deus! E você, como um cristão contagiante,
consegue olhar para o passado e ter uma palavra de gratidão a Deus?
3
O salmista não pensa numa vida abundante apenas para si mesmo, ele quer também
para os outros. Por isso, ele quer ser um semeador. Ele está disposto a sair, ainda que com
lágrimas, para semear a boa semente... Mas, não se esqueça, semeadura exige esforço e
determinação! O semeador precisa sair e caminhar pelos campos, muitas vezes regando o solo
com suas próprias lágrimas... Por outro lado, esse trabalho tem a sua recompensa, pois nessa
empreitada não há semeadura sem colheita, nem lágrimas sem júbilo. É disso que o salmista fala:
além de olhar para o passado com gratidão, olhar para o presente com clamor, ele também olha
para o futuro com grande expectativa de colheita para a glória de Deus!
CONCLUSÃO
E você, nesse seu auto-exame, você tem criado expectativa quanto ao futuro? O seu
futuro ministerial? O futuro da sua família, do seu pequeno grupo, da sua igreja, da sua cidade? O
futuro daqueles que estão vazios de Deus e sem esperança nesse mundo?
Creia que Deus o ajudará a dar muitos frutos para a Sua glória. Creia que Deus o
ajudará a alçar vôos ainda mais altos na sua vida espiritual. Ainda que você seja grato pelas
maravilhas que o Senhor já fez por você no passado, ainda que você passe a clamar para que
todas essas maravilhas sejam mantidas no presente que está vivendo, não deixe de sonhar para
que o seu futuro na presença do Senhor seja ainda melhor. Porque semear é isso: é trabalhar no
presente esperando que no futuro muitos frutos se multipliquem.
Você quer ver isso acontecer na sua vida? Você quer ser um cristão contagiante?