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Avaliação na contemporaneidade
Você conhece a história “A volta do velho professor”? Leia abaixo, ela é
bastante interessante para iniciarmos a discussão sobre a avaliação atual.
A VOLTA DO VELHO PROFESSOR
Em pleno século XX, um grande professor do século passado voltou a Terra
e, chegando à sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas altíssimas,
as ruas pretas, passando umas sobre as outras, com uma infinidade de
máquinas andando em alta velocidade; o povo falava muitas palavras que o
professor não conhecia (poluição, avião, rádio, metrô, televisão...); os
cabelos de umas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas... e as
roupas deixavam o professor ruborizado.
Referência
SILVA, Maria Alice Setúbal Souza (Coord.). Ensinar e aprender. São Paulo:
Centro de Pesquisas para Educação e Cultura, 1996 (Coleção Raízes e
Asas).
Essa história lhe é familiar? Você relaciona algum dos fatos relatados com sua
vida estudantil? Podemos constatar que a escola não tem acompanhado as
mudanças que ocorrem com o conhecimento, a ciência e a tecnologia.
Enquanto tudo avança a passos largos, a quem diga que a educação ainda
anda a passos de tartaruga. Você concorda com isso? Por que será que as
mudanças em educação demoram tanto para ocorrer? E com relação à
avaliação, como você percebe as mudanças?
Vamos refletir melhor sobre isso? Durante o nosso percurso, pense como você
foi avaliado e como avalia hoje os professores e a si próprio.
Avaliação como produto
Você já ouviu falar em avaliação como medida e como exame, não é
verdade? Acho até que passou por experiências dessa natureza. A nossa
educação por muito tempo ficou restrita a uma perspectiva classificatória,
onde a memorização e a reprodução das informações transmitidas pelo
professor eram os principais aspectos considerados pelo sistema avaliativo. A
nota era vista como a representação do desempenho do aluno, independente
de fatores sociais, emocionais ou cognitivos. Obtinha êxito o aluno que
conseguisse a maior nota e que transcrevesse nas provas aquilo que o mestre
professava na aula. E assim anos se seguiram... alunos classificados como
fortes e fracos, aprendizagem sem contextualização e sem sentido para a
vida.
http://falamenino.locaweb.com.br/naescola.cfm
Será que o erro só serve para isso? Será que não há possibilidades de
trabalharmos a partir dos erros dos alunos? Esses erros não poderiam servir de
parâmetro para a reflexão coletiva do grupo? Vamos fazer uma viagem no
tempo... lembre de quando estava cursando os anos iniciais do ensino
fundamental (1ª a 4ª série), como os professores lidavam com seus erros e de
seus colegas? Como você encarava seus próprios erros? Foi possível aprender
com eles?
Podemos responder a tais questionamentos a partir de duas concepções de
avaliação: a tradicional e a democrática
Mas não é tarefa fácil, exige muito empenho do professor para realizar um
trabalho de qualidade!!!
Para começo de conversa, vale ressaltar que: além das formas e instrumentos
de avaliação, é necessário especificar os critérios que serão utilizados, os
quais devem estar totalmente relacionados com a finalidade da atividade,
com os objetivos e com os critérios estabelecidos previamente sobre a
construção do conhecimento.
Segundo Moretto (2004), a avaliação da aprendizagem é um momento
privilegiado de estudo e não um acerto de contas.