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PRODUÇÃO, CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E VALOR

NUTRITIVO DE CULTIVARES DE Brachiaria brizantha SUBMETIDAS


A DUAS ALTURAS DE RESÍDUO.
O presente artigo realizado pela UNESP - Campus de Botucatu, Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia retrata um estudo cujo objetivo era analisar a
influência da altura de corte, de 15 e 25 cm, na produção de forragem, nas
características morfológicas e no valor nutritivo da forragem de três cultivares de
Brachiaria brizantha, cultivares Marandu, Xaraés e BRS Piatã. O autor cita a
importância de se realizar estudos sobre as novas cultivares de Brachiaria brizantha,
uma vez que é necessário obter informações sobre a adaptação destas nos mais
variados locais, desta forma a recomendação das cultivares serão embasadas em
resultados experimentais, trazendo mais confiabilidade ao produtor. O autor também
ressalta os malefícios que o monocultivo de uma cultivar de forrageira pode trazer
aos sistemas de produção, ele cita a extensa área utilizada para o cultivo da
Brachiaria brizantha cv. Marandu, e o problema enfrentado pelos pecuaristas do
Norte do Brasil com a morte de pastos cultivados com esta forrageira que é mais
suscetível a doenças nesta região. Uma vez implantando cultivares mais adaptadas
a um determinado meio e ao sistema de produção adotado, estas vão ter maiores
chances de sobressaírem a pragas e doenças, além de trazerem melhores
resultados que culminam em uma maior produtividade.
O experimento realizado contia seis tratamentos, três parcelas com as
cultivares Marandu, Xaraés e Piatã à uma altura de 15 cm de resíduo, e três
parcelas à uma altura de 25 cm com as respectivas cultivares, foram aplicadas
quatro repetições, os blocos foram constituídos pelos tratamentos ao acaso, o
manejo aplicado ao experimento foi homogêneo, adubação, irrigação e sob as
mesmas condições climáticas, referentes ao local do campo experimental da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu/SP. Os fatores
analisados foram a produção de matéria verde e matéria seca por ha, a produção
matéria orgânica digestível e a taxa de acúmulo de forragem (TAC). Foram
realizadas duas amostras por parcela de 0,5 m quadrado, a forragem cortada foi
pesada, homogeneizada e em seguida retiradas duas amostras, uma para
determinação da matéria seca e outra para determinação da composição
morfológica. A altura média das plantas nas parcelas cortadas à 15 cm do solo foi de
30 cm, já as plantas nas parcelas cortadas à uma altura de 25 cm apresentava uma
altura média de 40 cm.
O autor a partir do estudo dos resultados dos parâmetros analisados pode
observar que a cultivar Xaraés apresentou maior produção de matéria verde e seca
em relação as cultivares Marandu e Piatã nos cortes realizados no decorrer do ano
de estudo, no entanto apresentou maior estacionalidade de produção. Já as
cultivares Marandu e Piatã obtiveram resultados semelhantes na produção de
matéria seca e verde, apresentando melhor distribuição da produção durantes as
estações do ano. Em relação as alturas de resíduo, as cultivares manejadas a 15 cm
de altura obtiveram maior produção, isto pode ser explicado pela maior renovação
de tecidos foliares e perfilhamento proporcionados por esta altura de resíduo, o que
não ocorre no manejo à 25 cm de altura, muito devido a maior concentração de
colmos e perfilhos mais velhos. A produção de forragem na altura de 15 cm de
manejo teve maiores alcances nas estações verão e inverno, não demonstrando
diferenças significativas entre as alturas nas estações outono e primavera. Já a
produção de matéria orgânica digestível (PMOD), que é calculada multiplicando o
teor de matéria orgânica da matéria seca pela digestibilidade in vitro da matéria
orgânica (DIVMO), foi maior na cultivar Xaraés, no entanto a proporção em relação a
produção de matéria seca foi maior nas cultivares Marandu e Piatã, este fato é
devido a maior DIVMO destas cultivares, o que evidencia a menor digestibilidade da
cultivar Xaraés quando comparada a estas cultivares. Em relação a taxa de acúmulo
de forragem (TAC), foi possível observar o efeito da estacionalidade, alcançando
maiores valores no verão, valores intermediários na primavera e outono e menores
valores durante o inverno. A cultivar Xaraés apresentou maior TAC durante as
estações primavera e verão e produções aproximadas das três cultivares nas
estações outono e inverno, as cultivares Marandu e Piatã apresentaram produções
aproximadas nas quatro estações. No experimento foi possível observar maiores
taxas de acúmulo de forragem no manejo da altura de corte à 15 cm no verão e
outono para as cultivares analisadas.
Portanto com este estudo fica claro as influências genéticas das cultivares
nos valores encontrados para a produção de matéria seca (MS) e matéria verde
(MV), taxa de acúmulo de forragem e produção de matéria orgânica digestível.
Assim como a influência da altura de corte nos valores obtidos.
REFERÊNCIAS
LUPATINI, Gelci. PRODUÇÃO, CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E VALOR
NUTRITIVO DE CULTIVARES DE Brachiaria brizantha SUBMETIDAS A DUAS
ALTURAS DE RESÍDUO. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE
MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CAMPUS DE BOTUCATU,
BOTUCATU/SP, p. 64, março. 2010.

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