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do Desenvolvimento
Cristiane B. B. Torres
Introdução
• O desenvolvimento humano pode ser didaticamente
dividido nos seguintes períodos:
Cristiane B. B. Torres
Período Crítico do Desenvolvimento dos Órgãos: período mais suscetível a perturbações por agentes
teratogênicos (gráfico em vermelho), que coincide com o período entre a 4ª e a 8ª semana, conhecido como
Organogênese.
Cristiane B. B. Torres
Moore, Persaud (2013)
A terceira semana
• Principais eventos desse período:
– Desenvolvimento das vilosidades coriônicas;
– Desenvolvimento inicial do sistema
cardiovascular;
– Aparecimento da linha primitiva;
– Formação da notocorda;
– Diferenciação das três camadas germinativas (que
dão origem aos órgãos) – GASTRULAÇÃO.
Cristiane B. B. Torres
Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
A partir do trofoblasto, surgem projeções ramificadas denominadas de
vilosidades coriônicas, que inicialmente são formadas por sinciciotrofoblasto e
citotrofoblasto (primárias). Em seguida, aparece um núcleo de mesoderma
extraembrionário (secundárias) e capilares sanguíneos (terciárias). Com a
externalização do citotrofoblasto, formam-se as vilosidades-tronco. A função
das vilosidades é propiciar as trocas de gases e outras substâncias entre o
sangue materno e fetal.
Cristiane B. B. Torres
Sadler, 2019
Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
3ª Semana: o mesênquima extraembrionário invade as
vilosidades (vilosidades secundárias)
Cristiane B. B. Torres
Moore, Persaud (2013)
Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
• Células mesenquimais se diferenciam em capilares e células sanguíneas dentro das
vilosidades (vilosidades terciárias);
• Os vasos coriônicos se interconectam com os vasos do corpo do embrião.
Cristiane B. B. Torres
Moore, Persaud (2013)
Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
Cristiane B. B. Torres
Alterações do Córion
Com o crescimento da
cavidade amniótica e sua
fusão com a cavidade
coriônica, formando a
cavidade amniocoriônica,
as vilosidades sofrem
atrofia para formar o
córion liso, exceto na área
da futura placenta (córion
viloso ou frondoso). A – 3 semanas
B – 4 semanas
C – 10 semanas
D – 20 semanas
Moore, Persaud (2013)
Cristiane B. B. Torres
Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular
Cristiane B. B. Torres
Ilhotas Sanguíneas no Mesoderma
Extraembrionário
• No interior das ilhotas sanguíneas, espaços se fundem para formar vasos sanguíneos;
• Células do sangue se originam das células de revestimento desses vasos;
• Novos vasos sanguíneos vão surgir de ramificações de vasos preexistentes;
• No fim da 3ª semana começam a circulação do sangue e o batimento cardíaco (detectável
no ultrassom na 5ª semana).
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Cristiane B. B. Torres
Sistema Circulatório Embrionário
Final da 3ª Semana
Sadler, 2019
Cristiane B. B. Torres
Formação da linha primitiva
• A gastrulação começa com o
aparecimento da linha primitiva na
linha média da metade caudal do
dorso do epiblasto;
Cristiane B. B. Torres
Migração das células epiblásticas a partir da linha primitiva
Fator de crescimento fibroblástico 8 (FGF-8) é responsável pela migração das
células epiblásticas e sua transformação epiteliomesenquimática (inibe a proteína
caderina-E que mantém as células epiteliais unidas). As células epiblásticas
migram para o espaço entre o epiblasto e o hipoblasto para formar, dentre outras
coisas, o mesoderma intraembrionário.
Sadler, 2019
Cristiane B. B. Torres
A formação dos folhetos germinativos
Cristiane B. B. Torres
Destino dos Folhetos Germinativos
• Ectoderma:
– Epiderme e anexos (esmalte dos dentes, pelos, unhas,
glândulas);
– Sistema nervoso central (oriundo do tubo neural) e
periférico (oriundo das células das cristas neurais).
• Endoderma:
– Epitélio dos sistemas respiratório e digestivo e das
glândulas associadas.
• Mesoderma:
– Músculos;
– Tecido conjuntivo;
– Sistemas cardiovascular e urogenital.
Cristiane B. B. Torres
Formação da Notocorda
Cristiane B. B. Torres
Formação do tubo neural e das
células das cristas neurais
Na presença de proteína
morfogênica do osso 4 (BMP4), o
ectoderma é induzido a formar a
epiderme enquanto o mesoderma
forma os mesodermas
intermediário e lateral. Se o
ectoderma for protegido da
exposição à BMP, irá diferenciar-
se em tecido neural (Sadler, 2019).
Notocorda
n: notocorda
mp: mesoderma paraxial
mi: mesoderma intermediário
mpl: mesoderma lateral
mee: mesoderma extraembrionário Cristiane B. B. Torres Sadler, 2019
No mesoderma lateral surge uma cavidade (celoma intraembrionário), que o divide em
folhetos somático e esplâncnico. O celoma intraembrionário dará origem às cavidades
pericárdica, pleurais e peritoneal. O mesoderma paraxial formará os somitos.
Cristiane B. B. Torres
Derivados do Mesoderma Intraembrionário
• Paraxial:
– Músculos da cabeça e do tronco;
– Esqueleto exceto crânio;
– Derme da pele (de tecido conjuntivo);
• Intermediário:
– Sistema urogenital e glândulas acessórias;
• Lateral:
– Coração primitivo, sangue e células linfoides;
– Baço, córtex da supra renal;
– Peritônio, pericárdio e pleura;
– Músculos e conjuntivo das vísceras.
Cristiane B. B. Torres
Vista Dorsal do Embrião Durante a Neurulação
A. Anencefalia
B,C. Espinha bífida
Sadler, 2019
Cristiane B. B. Torres
4ª SEMANA:
O embrião deixará de ser achatado para ser cilíndrico; para isso, ele sofrerá dobras nas
suas extremidades em decorrência da expansão da cavidade amniótica e da formação das
pregas laterais, cefálica e caudal.
somito
1 2 3 3
esplancno-
pleura
1. Prega cefálica
2. Prega caudal Moore, Persaud (2013)
3. Pregas laterais
Cristiane B. B. Torres
A fusão ventral da esplancnopleura forma a parede intestinal.
A fusão ventral da somatopleura forma a parede abdominal.
esplancnopleura
somatopleura
Cristiane B. B. Torres
• 4 ª Semana – início
– Extremidades do tubo
neural (neuróporos) ainda
abertas;
– 1º e 2º arcos faríngeos
visíveis (primórdios da
faringe e do pescoço);
– Embrião ligeiramente
curvado;
– Coração produz grande
proeminência. (*)
*
Moore, Persaud (2013)
Cristiane B. B. Torres
Final da 4ª Semana
(4,5 mm de comprimento)
• Embrião curvado em
“C”;
• Brotos dos membros 3
reconhecíveis;
1
• Rudimentos dos 4
olhos, ouvidos e 5
narinas visíveis.
2
1. Broto do membro superior;
2. Broto do membro inferior;
3. Ouvido;
4. Olho; www.kilgoreinternational.com
5. Narina.
Cristiane B. B. Torres
5ª Semana
(7 mm de comprimento)
• Poucas modificações em
relação à semana
anterior;
• Aumento da cabeça pelo
desenvolvimento do
encéfalo;
• Segundo arco faríngeo se
sobrepõe ao terceiro e
quarto arcos, deixando o
pescoço mais liso.
Moore, Persaud (2013)
Cristiane B. B. Torres
6 ª Semana
(42 dias de vida e 11 mm de
comprimento) 3
– Cotovelo e pulso
4
identificáveis (1);
1
– Raios digitais visíveis
(2);
2
– Desenvolvimento da
aurícula (3);
Cristiane B. B. Torres
7 ª Semana
(48 dias de vida e 16 mm de
comprimento)
– Intestinos invadem o
cordão umbilical;
Cristiane B. B. Torres
8 ª Semana
(56 dias de vida e 30 mm de
comprimento)
Cristiane B. B. Torres
8 semanas
Cristiane B. B. Torres
Medidas do Comprimento do Embrião
(para estimar a idade)
Moore, Persaud (2013)
Cristiane B. B. Torres
Medições para estimar a idade fetal
Cristiane B. B. Torres
Método para Medir Embriões
– Nº de somitos visíveis;
– Comprimento do corpo;
– Características externas do corpo.
Cristiane B. B. Torres