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Modernismo II
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MODERNISMO II
COMENTÁRIO
Vidas Secas é a obra mais cobrada em exames. Tem uma forma própria de ser construída,
pois seus capítulos não seguem uma ordem cronológica.
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O romance São Bernardo mostra a representação, a consciência de uma pessoa reificada,
que é o Paulo Honório. Reificada vem da palavra ‘res’ que significa coisa, portanto, coisificada.
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Membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Graciliano nos deixou também as memó-
rias de sua passagem pela prisão política do governo Vargas, durante o Estado Novo (1937-
1945), período de caráter fascista. Trata-se da obra Memórias do Cárcere, publicada pos-
tumamente em 1953.
Raquel de Queirós publicou três romances que traduziam bem o neorrealismo da prosa
de 30: O Quinze (1930); João Miguel (1932) e Caminho de Pedras (1937).
COMENTÁRIO
O Quinze vai narrar a seca de 1915 do Nordeste. É um livro que marca a literatura brasileira.
José Lins foi o romancista do “ciclo da cana de açúcar” da região canavieira da Paraíba
e de Pernambuco.
O ciclo inicial de sua obra é formado pelos romances Menino de Engenho (1932), Doidinho
(1933), Banguê (1934), O Moleque Ricardo (1935) e Usina (1936), misturando reflexão e memó-
ria. Outras obras importantes: Pedra Bonita (1938); Riacho Doce (1939); Fogo Morto (1943).
É o autor mais francês da Literatura Brasileira. Quer dizer, foi o autor que exportou a
Bahia e um certo gosto exótico pelo antropológico, principalmente para a França. E, por isso,
foi também dos mais queridos pelo gosto popular no Brasil.
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Esquerdista atuante, foi amigo e trouxe ao Brasil Jean Paul Sartre. Mais tarde, desco-
berto pela dramaturgia da Rede Globo e do cinema, teve várias obras transpostas para a
tela: Tieta do Agreste; Dona Flor e seus Dois Maridos; Gabriela, cravo e canela; Tenda dos
Milagres; Capitães de Areia; A morte e a morte de Quincas Berro D’Água; entre outros.
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É regionalista, mas não é nordestino. É o grande romancista do Rio Grande do Sul. Tra-
dutor de Aldous Huxley, utilizou sua técnica do contraponto para compor a grande saga do
povo gaúcho (O Tempo e o Vento), contrapondo crônica de costumes e notação intimista.
Escreveu também Clarissa (1933); Olhai os lírios do campo (1938); Incidente em Antares
(1971), Solo de clarineta (memórias, 2 vol., 1973-76 ), entre outros.
Há uma linha do romance da década de 30 que ficou esquecida por algum tempo, mas que
retorna ao quadro geral do Modernismo graças ao trabalho da crítica mais recente. É o chamado
Romance Intimista da década de 1930, cujos principais autores são Cornélio Pena, Octávio
de Faria, José Geraldo Vieira, Dyonélio Machado, Ciro dos Anjos e Lúcio Cardoso.
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6.4.5. A crônica
COMENTÁRIO
O maior cronista do século XIX, no Brasil, é Machado de Assis. Esse autor deixou uma
obra imensa, o livro Balas de Estalo e uma centena de crônicas publicadas em jornais.
A partir do modernismo, esse gênero teve uma maior explosão.
Tivemos diversos cronistas, entre os mais famosos podemos citar: Paulo Mendes Campos,
Carlos Drummond de Andrade, João do Rio (também grande contista e escritor brasileiro),
e o grande Rubem Braga (1913-1990), nosso mais notável cronista. Obras principais de
Rubem Braga: O Conde e o Passarinho (1936); O Morro do Isolamento (1944); Com a Feb
na Itália (1945); Um Pé de Milho (1948); O Homem Rouco (1949); 50 Crônicas Escolhidas
(1951); Ai de ti, Copacabana (1960); entre outras.
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6.4.6. O Teatro
Grande autor de peças teatrais no Modernismo brasileiro foi Oswald de Andrade. Mas
o nome que mais se destacou no teatro modernista foi Nelson Rodrigues (1912-1980).
Suas principais peças são O beijo no asfalto, Vestido de Noiva, A falecida, a mulher sem
pecado, entre outras.
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É a geração que quis se contrapor às conquistas formais de liberação (verso livre, verso
branco, prosaísmo, etc.) vindas da Geração de 22, retomando uma poesia mais medida for-
malmente, motivo por que muitos a chamaram de Neoparnasiana.
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II –
(Paisagem do Capibaribe)
Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casa de lama
plantadas em ilhas coaguladas na lama;
paisagem de anfíbios
de lama e lama.
Como o rio
aqueles homens
são como cães sem plumas
(um cão sem plumas
é mais
Trecho que traz a metalinguagem
que um cão saqueado;
é mais que um cão assassinado.
Um cão sem plumas
é quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
roem tão fundo
até o que não tem).
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Em um primeiro momento de sua poesia, Cabral ainda não tinha essa racionalidade con-
creta. Em seus dois primeiros livros, Pedra do sono (1940-1) e Os três mal amados (1943),
ainda é presente a força do inconsciente e da subjetividade vindos da poesia surrealista de
Murilo Mendes.
COMENTÁRIO
Cabral pega do surrealismo a imagética, mas ele não quer mais o inconsciente. É uma
prática muito comum em Cabral; ele descasca os movimentos. Quer a plasticidade do mo-
vimento surrealista, as imagens criadas pela poesia, mas ao contrário do surrealismo ele
racionaliza o processo de construção dessas imagens.
Poema
(Pedra do sono)
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“Psicologia da Composição”) e a idealidade (no poema “Antiode”). Por isso, esse livro é cha-
mado por Benedito Nunes de “o tríptico da negatividade”.
Psicologia da composição
I
Saio do meu poema
Como quem lava as mãos
Algumas conchas tornaram-se,
que o sol da atenção
cristalizou; alguma palavra
que desabrochei, como a um pássaro.
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Tecendo a Manhã
DIRETO DO CONCURSO
1. (ITA /2009) Na obra Quaderna (1960), João Cabral de Melo Neto incluiu um conjunto
de textos, intitulado “Poemas da cabra”, cujo tema é o papel desse animal no universo
social e cultural nordestino. Um desses poemas é reproduzido ao lado:
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COMENTÁRIO
A Cabra ensina ao homem nordestino a força e a resistência. Mostra a sua pedagogia de
ser forte para conviver com o meio, que é a seca.
GABARITO
1. b
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Mauricio Lemos Izolan.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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