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REGIMENTO INTERNO DO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CAPÍTULO I - CONCEITO E FINALIDADE

Art. 1º O Conselho de Administração é o órgão de orientação geral dos negócios


e serviços da Caixa Econômica Federal, responsável pela definição das diretrizes e dos
objetivos empresarias e pelo monitoramento e avaliação dos resultados da CAIXA.

CAPÍTULO II - DA COMPOSIÇÃO

SEÇÃO I - DOS CONSELHEIROS

Art. 2° O Conselho de Administração será composto por 7 (sete) Conselheiros, a


saber:

I - quatro Conselheiros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, dentre eles o


Presidente do Conselho e seu substituto;

II - o Presidente da CAIXA, que não poderá assumir a Presidência do Conselho de


Administração, mesmo que interinamente;

III - um Conselheiro indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e


Gestão; e

IV - um Conselheiro representante dos empregados, na forma da Lei no 12.353, de 28 de


dezembro de 2010 e sua regulamentação.

Art. 3° Os Conselheiros serão nomeados pelo Ministro de Estado da Fazenda,


dentre brasileiros residentes no País, dotados de reputação ilibada e de notórios
conhecimentos, inclusive sobre as práticas de governança corporativa, experiência e
capacidade técnica compatível com o cargo.

SEÇÃO II - DO MANDATO E DA INVESTIDURA


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CONSELHO DE ADMINSTRAÇÃO

Art. 4º Os Conselheiros serão nomeados para o prazo de gestão de 3 (três) anos, contado
a partir da data de publicação do ato de nomeação, e poderão ser reconduzidos por igual
período.

§ 1º O membro do Conselho de Administração nomeado na forma do caput deste artigo


poderá ser reconduzido uma única vez.

§ 2º Na hipótese de recondução, o prazo do novo mandato contar-se-á a partir da data do


término da gestão anterior.

§ 3º Os Conselheiros já nomeados só poderão integrar novamente o Colegiado depois de


decorrido, pelo menos, um ano do término de seu último mandato.

§ 4º O representante dos empregados no Conselho de Administração será escolhido pelo


voto direto de seus pares, dentre os empregados ativos da empresa, em eleição organizada
e regulamentada pela CAIXA, em conjunto com as entidades sindicais que os representem.

§ 5º O representante dos empregados, caso reeleito por seus pares, será reconduzido pelo
Ministro de Estado de Fazenda por mais um único período.

Art. 5º A investidura dos membros do Conselho de Administração far-se-á mediante


assinatura em um livro de termo de posse.

Parágrafo único. Caso o termo não seja assinado nos 30 (trinta) dias seguintes à
nomeação, esta tornar-se-á sem efeito, salvo mediante justificativa aceita pelo Ministro de
Estado da Fazenda.

Art. 6° Findos os mandatos, os Membros do Conselho de Administração permanecerão em


exercício até a posse dos novos Conselheiros.

SEÇÃO III - DA VACÂNCIA

Art. 7º Em caso de vacância no curso da gestão, será nomeado novo Conselheiro que
completará o prazo de gestão do substituído.

Parágrafo único. O Conselheiro que completar o prazo de gestão do substituído, nos termos
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do caput, poderá ser reconduzido mais de uma vez, observado o prazo de gestão a que se
refere o Artigo 4º.

Art. 8° A renúncia de um Conselheiro torna-se eficaz perante a CAIXA a partir do momento


de sua apresentação, formal e escrita, ao Conselho, que registrará em ata sua aceitação,
declarando a vacância do cargo.

Art. 9° Perderá o cargo o Conselheiro que deixar de comparecer, sem justificativa escrita,
a três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante o
prazo do mandato.

Parágrafo único. A perda do cargo não elide a responsabilidade civil e penal a que
estejam sujeitos os integrantes do Conselho de Administração da CAIXA, em virtude do
descumprimento de suas obrigações.

SEÇÃO IV - DA REMUNERAÇÃO

Art. 10. A remuneração dos Conselheiros será proposta pelo Conselho de Administração e
fixada anualmente pelo Ministro de Estado da Fazenda, observadas as prescrições legais.

SEÇÃO V- DOS DEVERES

Art. 11. O Conselheiro deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e a


diligência que costuma empregar na administração de seus próprios negócios.

Art. 12. Terão caráter confidencial, de conhecimento restrito aos Conselheiros e aos
participantes das reuniões, na qualidade de assessores, toda matéria oferecida à apreciação
do Colegiado em caráter reservado e as decisões pertinentes

CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

SEÇÃO I - DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 13. Ao Conselho de Administração compete:

I - atuar como organismo de interlocução entre a CAIXA e o Ministério da Fazenda e


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opinar, quando solicitado pelo Ministro de Estado da Fazenda, sobre questões relevantes
relacionadas ao desenvolvimento econômico e social do País e às atividades da CAIXA;

II - aprovar o modelo de gestão da CAIXA e suas atualizações;

III - aprovar o plano estratégico da CAIXA e monitorar sua implantação;

IV - aprovar e revisar as políticas de atuação da CAIXA, inclusive as políticas de


gerenciamento de riscos e de gerenciamento de capital da CAIXA;

V - estabelecer e aperfeiçoar o sistema de governança corporativa da CAIXA;


VI - aprovar e revisar o plano de capital da CAIXA;

VII - autorizar a contratação de auditores independentes e a rescisão desses contratos;

VIII - aconselhar o Presidente da CAIXA nas questões sobre linhas gerais orientadoras da
atuação da Empresa;

IX - fiscalizar a execução da política geral dos negócios e serviços da CAIXA, e acompanhar


e fiscalizar a gestão do Presidente, dos Vice-Presidentes, dos Diretores-Executivos e do Diretor
Jurídico;

X - deliberar sobre:

a) alterações estatutárias;

b) o seu Regimento Interno;

c) o Regimento Interno da Presidência, se necessário, do Conselho Diretor, do Conselho


de Gestão de Ativos de Terceiros, do Conselho de Fundos Governamentais e Loterias e da
Comissão e Comitês Estatutários;

d) os relatórios das auditorias interna, externa, integrada e do Comitê de Auditoria, e avaliar


o nível de atendimento às suas recomendações;

e) a proposta orçamentária da CAIXA e dos fundos e programas sociais por ela


administrados ou operados e não subordinados a gestores externos, em consonância com a
política econômico-financeira do Governo federal;
f) as demonstrações financeiras da CAIXA e dos fundos e programas por ela administrados
ou operados;

g) o regulamento de licitações;

h) o sistema de controles internos e suas revisões periódicas; e

i) propostas de implementação de medidas corretivas ou de aprimoramento de


procedimentos e rotinas, em decorrência da análise das reclamações e denúncias recebidas
pela Ouvidoria;

XI - deliberar sobre as seguintes matérias a serem submetidas à decisão do Ministro de


Estado da Fazenda, por proposta apresentada pelo Presidente da CAIXA:

a) prestação de contas anual, segregada, dos investimentos e custos das áreas de negócios
da CAIXA, destacando especialmente os custos sociais e públicos assumidos pela empresa e
relacionados a programas e serviços delegados pelo Governo Federal;

b) alienação, no todo ou em parte, de ações de propriedade da CAIXA em empresas


controladas; subscrição ou renúncia a direito de subscrição de ações ou debêntures
conversíveis em ações em empresas controladas; venda de debêntures conversíveis em ações
de titularidade e de emissão de empresas controladas, ou, ainda, emitir quaisquer outros
títulos ou valores mobiliários, no País ou no exterior;

c) cisão, fusão ou incorporação de empresas controladas pela CAIXA;

d) permuta de ações ou outros valores mobiliários representativos da participação da CAIXA


no capital de empresas controladas;

e) pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio;

f) modificação do capital da CAIXA;

g) atos da CAIXA consistentes em firmar acordos de acionistas ou renunciar a direitos neles


previstos, ou, ainda, em assumir compromissos de natureza societária, referentes ao disposto
no art. 118 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com relação às empresas em
que detém participação; e

h) as propostas apresentadas pelo Presidente sobre dispêndios globais, destinação do


resultado líquido, distribuição e aplicação dos lucros apurados, constituição de fundos de
reservas e provisões e a absorção de eventuais prejuízos com as reservas de lucros;

XII - disciplinar a concessão de férias do Presidente, dos Vice-Presidentes, dos Diretores-


Executivos e do Diretor Jurídico, inclusive quanto à conversão em espécie, vedado o
pagamento em dobro da remuneração relativa a férias não gozadas;

XIII - nomear e destituir os Diretores-Executivos e o Diretor Jurídico, por proposta do


Presidente da CAIXA;

XIV - estabelecer as áreas de atuação dos Vice-Presidentes e dos Diretores-Executivos, por


proposta do Presidente da CAIXA, observados os limites deste Estatuto;

XV - aprovar a criação, instalação e supressão de Superintendências, por intermédio do


Presidente da CAIXA;

XVI - comunicar ao Banco Central do Brasil a nomeação e exoneração do Presidente da


CAIXA;

XVII - designar o Vice-Presidente que substituirá o Presidente da CAIXA nos seus


impedimentos;

XVIII - deliberar, mediante proposta do Presidente da CAIXA, sobre a designação e


dispensa do Ouvidor e do responsável pela Auditoria Interna da CAIXA, observada a
legislação vigente;

XIX - deliberar sobre nomeação e substituição dos representantes da CAIXA nos Conselhos
Deliberativo e Fiscal da entidade de previdência privada por ela patrocinada, mediante
proposta do Presidente da CAIXA;

XX - decidir sobre vetos do Presidente da CAIXA às deliberações do Conselho Diretor;

XXI - avaliar os relatórios semestrais relacionados ao sistema de controles internos da


CAIXA;
XXII - nomear e destituir os membros do Comitê de Auditoria e do Comitê de Remuneração;

XXIII - aprovar o plano de trabalho anual do Comitê de Auditoria e o orçamento destinado


a cobrir as despesas necessárias a sua implementação;

XXIV - manifestar-se acerca das ações a serem implementadas para correções tempestivas
de eventuais deficiências de controle e de gerenciamento de riscos;

XXV - aprovar proposta de criação, instalação e supressão de agências, filiais,


representações e escritórios no exterior;

XXVI - avaliar formalmente, ao término de cada ano, seu próprio desempenho e o


desempenho do Presidente, dos Vice-Presidentes, do Comitê de Auditoria e do Comitê de
Remuneração; e

XXVII - exercer as demais atribuições atinentes ao seu poder de fiscalização e dirimir


dúvidas decorrentes de omissões deste Estatuto, observando, subsidiariamente, as
disposições da Lei no 6.404, de 1976.

SEÇÃO II - DO PRESIDENTE

Art. 14. Compete ao Presidente do Conselho de Administração da CAIXA:

I - Convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho;

II - decidir, ad referendum do Conselho, sobre as matérias que exijam solução urgente;

III - solicitar a designação de substituto de conselheiro, no caso de renúncia, afastamento do


titular por mais de trinta dias ou vacância;

IV - encaminhar para apreciação do Conselho de Administração os vetos do Presidente da


CAIXA às deliberações do Conselho Diretor, na forma do Art. 13º inciso XX deste Regimento;

V - propor ao Conselho de Administração o cronograma de funcionamento e o plano anual


de trabalho do Colegiado na primeira reunião ordinária do exercício.
SEÇÃO III - DO FUNCIONAMENTO

Art. 15. O Conselho de Administração reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês.

§ 1º As reuniões realizar-se-ão, preferencialmente, na sede da CAIXA.

§ 2º O Conselho somente deliberará com a presença de, no mínimo, quatro de seus


integrantes.

§ 3º As deliberações do Conselho serão tomadas por maioria de votos e registradas em ata.

§ 4º É facultado ao Conselheiro que tiver voto vencido fazer constar na respectiva ata sua
oposição fundamentada.

§ 5º Cabe ao Presidente do Conselho o voto de qualidade, além do voto ordinário.

§ 6º O Presidente do Comitê de Auditoria participará das reuniões do Conselho para prestar


assessoramento, sem direito a voto.

§ 7º Ao menos uma vez por ano será realizada sessão executiva, sem a presença do
Presidente da CAIXA, para aprovação do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna –
PAINT e do Relatório Anual das Atividades de Auditoria Interna – RAINT.

Art. 16. Quando houver necessidade, o Conselho de Administração convidará os membros


do Comitê de Auditoria e do Conselho Fiscal para discutir sobre as políticas, práticas e
procedimentos identificados no âmbito das suas respectivas competências.

Art. 17. Terão caráter confidencial, de conhecimento restrito aos Conselheiros e aos
participantes das reuniões, na qualidade de assessores, todas as matérias e decisões
decorrentes oferecidas à apreciação do Colegiado em caráter reservado.

Art. 18 Nas matérias em que fique configurado o conflito de interesses do Conselheiro de


administração, a deliberação ocorrerá em reunião especial, exclusivamente convocada para
essa finalidade, de que não participará o referido conselheiro.

§ 1º O acesso à ata de reunião e aos documentos anexos referentes às deliberações


da reunião especial de que trata o caput será assegurado a todos no Conselho de
Administração, no prazo de trinta dias.

Art. 19. Sem prejuízo dos impedimentos e vedações previstos no Art. 10 do Estatuto da
CAIXA e da vedação aos administradores de intervirem em operação social em que exista
interesse conflitante com o da CAIXA, o Conselheiro de administração representante dos
empregados não participará das discussões e deliberações que envolvam relações sindicais,
remuneração, benefícios, vantagens e matérias de previdência complementar e assistenciais,
hipóteses em que fica configurado o conflito de interesse.

CAPÍTULO IV - DAS RESPONSABILIDADES

Art. 20. Os membros do Conselho de Administração são responsáveis, na forma da lei,


pelos prejuízos ou danos causados no exercício de suas atribuições.

CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 21. Caberá ao Conselho dirimir as dúvidas e casos omissos, caso existentes neste
Regimento, e promover as modificações que julgar pertinentes e necessárias, observadas as
disposições estatutárias e, subsidiariamente, as emanadas dos órgãos reguladores e a Lei
6.404/1976.

Art. 22. O presente Regimento poderá ser alterado por proposta de qualquer um dos
membros do Conselho.

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