Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NA ESCOLA,
MULHERES
NA CIÊNCIA
FERRAMENTAS PARA
PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
MENINAS
NA ESCOLA,
MULHERES
NA CIÊNCIA
FERRAMENTAS PARA
PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
Patrocínio Realização
SUMÁRIO
6
42
Apresentação
8
EXPERIÊNCIAS E AÇÕES:
POR MAIS MENINAS E MULHERES NA CIÊNCIA
Programa mulheres
na ciência e inovação
O programa Mulheres na Ciência é uma iniciativa criada Ao promover oportunidades nos campos Ciência, tecnologia e inovação estão no DNA do Museu Esses são os objetivos do Museu do Amanhã
pelo British Council Brasil que tem como objetivo promover da ciência, tecnologia, engenharia e matemá- do Amanhã, um ambiente de perguntas sobre a época de | IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão
uma ciência mais diversificada e representativa de gênero. tica – na sigla em inglês STEM – para meninas grandes transformações em que vivemos e os diferentes ca- na concepção e realização do programa Mulhe-
Como parte desse programa, em parceria com o Museu do e jovens mulheres, prestamos uma significativa minhos que se abrem para as próximas décadas. Afinal, já não res na Ciência e Inovação em parceria com o
Amanhã, foi desenvolvido o treinamento Mulheres na Ciên- contribuição à sociedade e assim consegui- é possível imaginar nem criar o futuro sem esses elementos. British Council, que, na primeira edição, contou
cia e Inovação que visa fortalecer a liderança feminina na mos inspirar, no Brasil e no Reino Unido, al- E se a ciência é importante para a vida de todos, é im- com a parceria do CNPQ, CONFAP e Fábrica de
inovação de base científica e tecnológica. gumas das mentes mais brilhantes que temos portante que todos participem da vida da ciência. Um ideal Start-ups. Garantir oportunidades de treinamen-
PALAVRAS INICIAIS
Oferecer condições para que as escolas garantam que em nossas sociedades. Em nome da equidade, que passa pela equidade de gênero. As mulheres tornaram to para as pesquisadoras brasileiras que dese-
atuais e futuras gerações se conectem aos conhecimentos diversidade e igualdade de oportunidades, pre- possível a viagem da humanidade à Lua, tripulam a estação jam inovar e empreender é uma estratégia para
construídos e acumulados historicamente é um compro- cisamos corrigir essa tendência e garantir que espacial que dá voltas ao redor da Terra, participam das fortalecer a liderança das mulheres na inovação
misso com o hoje e também com o amanhã do Brasil e do incentivemos mais meninas a estudar ciências missões que nos levarão à Marte. No entanto, ao falarmos de base científica e tecnológica e para o empo-
mundo. Esta é uma missão de todos, em que cada um faça e a considerar as áreas de STEM como um ca- sobre a conquista espacial, a primeira imagem que nos vem deramento feminino. E se optamos em produzir
com que tais bens comuns, sejam eles científicos, artísticos minho profissional possível. à cabeça costuma ser de homens. Esse é só um exemplo uma publicação destinada às professoras e aos
4 ou culturais, estejam à disposição de qualquer pessoa, inde- Gostaria de agradecer ao Museu do Ama- entre muitos que atestam que por um longo tempo as áreas professores da educação básica sobre o estímu- 5
pendentemente de raça, cor, credo ou sexo. nhã, “nosso parceiro” nesta iniciativa, pela ma- de ciência, tecnologia, engenharias e matemática foram re- lo às meninas a seguirem carreiras científicas é
O sucesso de meninas em termos de trajetória escolar neira inovadora com a qual vem enfrentando presentadas como um mundo masculino. Algo que a histó- porque elas serão as protagonistas do futuro. As
no Brasil deve ser destacado. Ainda hoje meninas e me- os desafios nesse campo. Espero que esta pu- ria mostra ser um grande equívoco. cientistas do amanhã estão em sala de aula hoje.
ninos recebem estímulos diferenciados que, ao invés de blicação estimule a reflexão sobre a equidade Quando esse imaginário começou a ser construído e
promoverem maior equidade, aprofundam desigualdades. de gênero na educação brasileira e que, no como ele se perpetua até hoje vêm sendo cada vez mais Carlos Henrique Oliveira
Sobretudo quando olhamos para o campo das ciências, intervalo de uma geração, tenhamos conse- objeto de estudo. Da mesma forma em que aumenta o nú- Diretor Executivo do Museu do Amanhã | IDG -
as atitudes presentes no cotidiano escolar fazem com que guido alcançar uma representação igualitária mero de iniciativas para dar visibilidade à presença das mu- Instituto de Desenvolvimento e Gestão
meninas se engajem menos e se sintam menos motivadas entre homens e mulheres envolvidos na área lheres na ciência, é essencial buscar formas de reduzir os
a lidar com problemas matemáticos e lógica, por exemplo. de STEM nas universidades e em carreiras no obstáculos que dificultam suas carreiras e de aumentar as
Décadas de pesquisa têm mostrado que anos dessas práti- mundo todo. oportunidades para que elas ocupem postos de liderança.
cas estão relacionado ao menor engajamento de meninas
e jovens mulheres em carreiras científicas e tecnológicas. Martin Dowle
É nesse emaranhado de pequenas práticas pouco elabo- Diretor do British Council Brasil
radas e às vezes não muito conscientes que educadoras e
educadores enfrentam as raízes dessas desigualdades. Neste
contexto o British Council e o Museu do Amanhã mais uma vez
somam esforços para colaborar com esse desafio. Como parte
do programa Mulheres na Ciência e Inovação, convidamos pro-
fissionais da educação para uma jornada de autoconhecimento
e reflexão sobre como promover maior igualdade de oportuni-
dades entre meninas e meninos no ensino de ciências.
Apresentação elas desde a escola até a universidade. Além Além disso, alguns dos temas abordados no
As cientistas do amanhã
de dados sobre a produção científica, você po- texto ganham vida em depoimentos de pesqui-
derá conhecer estudos que demonstram que sadoras participantes do programa Mulheres
exemplos, modelos e estímulos recebidos ao na Ciência e Inovação e de professoras e pro-
APRESENTAÇÃO
escolhas importantes para suas vidas. sibilidade e atenção às questões sobre igual- Ao longo desta publicação são
dade entre homens e mulheres em diferentes apresentadas referências e materiais
dimensões, assim como ajudar a avançar sobre extras que podem ser acessados pelo seu
esse tema, em especial incentivando sua inser- smartphone a partir da leitura dos códigos,
ção na sala de aula para estimular a relação das como o ilustrado na figura abaixo. Além de
6 Ao lado delas, você, professora ou professor, partici- der. Também explica porque esse programa meninas com a ciência. fonte de informação e pesquisa para você, 7
pa desses momentos, o que torna a sua atuação decisiva desenvolveu esta publicação: para que profes- Entendendo que a equidade entre mulhe- professora e professor, a ideia é que essas
para o desenvolvimento de cada uma delas e do país soras e professores tenham mais ferramentas res e homens é um desafio global do qual a ferramentas possam servir para incrementar
como um todo. Afinal, a educação ajuda a construir o para abordar em sala de aula a presença das ciência, as escolas e você fazem parte, fica a suas práticas, podendo ser utilizadas em
futuro delas e elas ajudarão a construir o futuro do país. mulheres na ciência e estimular as meninas a pergunta: como levar o tema para a sala de atividades com os estudantes em sala de
Por isso, você é indispensável no que pode ser uma das seguirem carreiras científicas. Assim, essa ini- aula? Assim, a terceira seção desta publicação, aula. Basta baixar um aplicativo de leitura
maiores conquistas do nosso tempo: a equidade de gênero, ciativa abrange desde a educação básica até o “Experiências e ações: por mais meninas e mu- de QR code e navegar nas informações.
um esforço histórico e global para que mulheres e homens ensino superior e a pós-graduação. Em outras lheres na ciência”, traz exemplos de referência
tenham direitos, responsabilidades e oportunidades iguais palavras, abrange desde as meninas na escola para o planejamento de aulas e a oferta de ex-
ao longo da vida. Algo que só poderá ser alcançado com a até as mulheres na ciência. periências que já dão certo.
consolidação de oportunidades educacionais para as mu- Há, ao longo de toda a publicação, ques-
lheres desde meninas, de forma que em qualquer idade elas >> FERRAMENTAS PARA A CONSTRUÇÃO tões e atividades para que você possa refletir
possam participar – e protagonizar – as grandes transforma- DE UMA CIÊNCIA COM EQUIDADE e realizar suas pesquisas, como também suges-
ções do século 21. A publicação que você tem em mãos traz re- tões de investigações e práticas que podem
Isso explica porque o Museu do Amanhã, o British Coun- ferências para você abordar na escola o tema ser adaptadas ou trabalhadas na íntegra com
cil e o IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão realizam das mulheres na ciência com o objetivo de es- os estudantes. Nem sempre o assunto central
o programa Mulheres na Ciência e Inovação. Esta é uma timular novas abordagens que coloquem meni- será a questão do gênero – um tema qualquer
iniciativa com o objetivo de ampliar a presença, o protago- nas e meninos em pé de igualdade como pro- poderá ser trabalhado de forma que todos e
nismo e a liderança das mulheres nas áreas de ciência, tec- tagonistas de suas histórias. A primeira seção todas as estudantes conheçam exemplos de
nologia, engenharias e matemática por meio de um treina- “Sobre meninas, mulheres, educação e ciên- mulheres notáveis naquele contexto, algo es-
mento composto por palestras e workshops oferecido para cia”, revela a presença feminina na ciência, in- sencial para a construção de modelos, tanto
pesquisadoras brasileiras que desejam inovar e empreen- cluindo os principais desafios enfrentados por para meninas quanto para meninos.
8
etty fidele / unsplash
SOBRE
MENINAS,
E CIÊNCIA
EDUCAÇÃO
MULHERES,
9
/
bret kavanaugh
ro algoritmo processado por uma máquina e, ção, segundo o Ministério da Educação (MEC),
mais recentemente, o registro inédito da ima- dados semelhantes aos da média mundial, que
gem de um buraco negro e o sequenciamento é de 53%, de acordo com a Unesco. As chances
QUANTAS SÃO
muitos outros lugares do mundo, meninas têm No Brasil, entre os adultos com
trajetórias escolares mais longevas, e proporcio- mais de 25 anos, concluíram
nalmente mais meninas conseguem concluir o o ensino médio:
ensino médio. De acordo com a Pesquisa Anual
por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Con- 49,5%
E ONDE ESTÃO
tínua) de 2018, realizada pelo Instituto Brasileiro das mulheres
de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção
de pessoas de 25 anos ou mais de idade que
finalizaram, no mínimo, o ensino médio, era de
45%
dos homens
49,5% entre mulheres e 45% para os homens. Fonte: IBGE/PNAD-C, 2018
“O maior desafio que encontrei o impacto de ter filhos na carreira científica No entanto, o mesmo não acontece com os “A engenharia ainda é um
ao longo da minha carreira das brasileiras. A principal forma de avaliar a homens. Ao se tornarem pais, a taxa de pro- meio bastante masculino. Foi,
foi conciliar trabalho e produtividade de pesquisadores é quantificar dutividade entre cientistas homens pode até e tem sido, um longo processo
maternidade. Tenho 3 filhas e as suas publicações científicas. Um estudo de aumentar. De acordo com estudo publicado de autoafirmação como uma
durante os primeiros anos (até 2017 desse grupo realizado com mais de mil em 2016 por pesquisadores da Califórnia, nos mulher que produz ciência e
34%
Juliana Teixeira de Magalhães,
por semana para dar conta de tudo. microbiologista, professora da quanto a Coordenação de Aperfeiçoamento de
A maternidade é outro fator que influencia Universidade Federal de São João Pessoal de Nível Superior (Capes) adotaram re-
a trajetória das cientistas, de acordo com da- del Rei (UFSJ) e cofundadora de duas gimes de prorrogação de bolsas para pesquisa- mais chances de se formar no
dos do Parent in Science, grupo formado por startups que surgiram a partir de doras em virtude de parto ou adoção a partir de ensino superior do que os homens
pesquisadores gaúchos que tem analisado resultados de pesquisas acadêmicas 2015 e 2011, respectivamente. Fonte: OCDE, 2019
Elas são maioria em todos de bolsas. De acordo com os dados gundo o IBGE). Os dados são da repertórios empregados na reso- Mulheres trabalham
os níveis da educação superior mais recentes da PNAD Contínua do pesquisa #QuemCodaBr, feita pela lução de problemas, aumentam as 8 horas a mais por semana
no país (graduação, mestrado IBGE, as mulheres brancas corres- PretaLab, iniciativa de inclusão de chances de se chegar a resoluções que homens para dar conta
e doutorado) pondem a 23% da população brasi- mulheres negras na inovação e na e inovações que possam beneficiar dos afazeres domésticos
Fonte: INEP/MEC leira; as pretas, 5% e as pardas, 24%. tecnologia, e pelo ThoughtWorks, um maior número de pessoas. E es- Fonte: IPEA
75%
das bolsas de pesquisa com
ram portanto, quase um terço da
população do país.
A baixa representação de mu-
importantes por permitir que os
diversos grupos sejam represen-
tados na vida em sociedade. E
de nosso tempo, da saúde à se-
gurança alimentar, das mudanças
climáticas às comunidades susten-
mães apresentam queda na
produção até o quarto ano
do nascimento do/a filho/a
valores mais altos do CNPq (de lheres negras vem desde o início também porque, quanto maior a táveis, que afetam a todos – sejam Fonte: Parents in Science
nível 1A) vão para homens da carreira acadêmica. De acordo variedade de pontos de vista e de mulheres ou homens, brancos ou
Fonte: CNPq / Gênero e Número com a pesquisa “Estatísticas de negros, jovens ou idosos.
gênero – indicadores sociais das
mulheres no Brasil”, realizada pelo
Esse pretenso equilíbrio de- IBGE em 2018, o percentual de mu-
saparece quando se analisa a lheres brancas com ensino supe-
proporção de pesquisadores nas rior completo (23,5%) é 2,3 vezes
diferentes áreas do conhecimen- maior do que o de mulheres pretas
to. Carreiras com vocação para o ou pardas (10,4%).
cuidado, como enfermagem, por Para além do mundo acadê- PARA SABER MAIS
exemplo, têm três vezes mais pes- mico, a sub-representação de
14 quisadoras autoras de trabalhos mulheres e pessoas negras está “Ainda causa surpresa ver mulheres na ciência?” O 15
científicos no Brasil do que ho- presente também em outras ativi- podcast Café da Manhã, da Folha de S.Paulo, dedicou um
mens. Na exatas, por sua vez, a si- dades profissionais. Em tecnolo- programa inteiro ao tema das mulheres na ciência. O assunto em
tuação é oposta: para cada cinco gia, por exemplo, elas são apenas destaque foram as cientistas brasileiras que sequenciaram em
autores brasileiros, somente uma um terço dos que atuam na área, tempo recorde o genoma do novo coronavírus encontrado no
é mulher – cenário que se repete apesar de ambos os grupos serem país nos dias anteriores.
em vários outros países. maioria na população brasileira
(52% mulheres e 56% negros, se- Infográfico da Gênero e Número traz um panorama sobre
>> A IMPORTÂNCIA DA a participação feminina na ciência nacional a partir de
REPRESENTATIVIDADE dados do CNPq.
E DA DIVERSIDADE
Quando se fala sobre representativi- Reportagem “Sem considerar maternidade, ciência
dade nas ciências, é preciso lembrar brasileira ainda penaliza mulheres”, da Gênero e Número.
que a busca pela equidade não se
restringe ao gênero e a áreas es- “A maior dificuldade é ser O relatório “Gender in the Global Research Landscape”
pecíficas. No que se refere à raça, vista como cientista, e não (Elsevier, 2017) traz um panorama da participação das
as discrepâncias são ainda maiores. como mulher ou como uma mulheres na ciência em diversos países e áreas.
Em 2017, 31% das bolsas de pes- [pessoa] negra.”
quisa do CNPq foram destinadas a Alessandra Nascimento Pontes, O estudo “The Researcher Journey Through a Gender Lens”
mulheres brancas, enquanto mu- enfermeira e doutoranda em distúrbios (Elsevier, 2020), examina a participação na pesquisa, a
lheres pretas e pardas receberam, do desenvolvimento pela Universidade progressão na carreira e as percepções de pesquisadoras mulheres
respectivamente, 3% e 12% do total Presbiteriana Mackenzie em diversos países do mundo, em 26 áreas.
6 anos
POR QUE
como pessoas “fora do comum”, especialmente
inteligentes, e o fazer ciência como algo fora
do alcance de pessoas normais. Esses exem- é a idade em que meninas
AS MENINAS
plos influenciam o modo de pensar dos jovens. passam a se achar menos
O seu papel como educadora ou educador inteligentes que meninos
INCENTIVADAS
desigualdade entre meninos e meninas, mas
também entre pessoas no geral por fatores
como, por exemplo, religião, raça e orientação
sexual. Meninas frequentemente são cobradas
unsplash
+9 pontos
+5 pontos
para os meninos
não só para essas meninas, como
para toda a comunidade da qual
elas fazem parte.
cação?”, de 2015, a OCDE aponta
que a falta de confiança das jovens
em relação à ciência e à matemá-
tica prejudica o seu desempenho.
ciências: >> DESEMPENHO As meninas, mesmo aquelas de alto PARA SABER MAIS
Brasil: desempenho igual de E CONFIANÇA desempenho escolar, tendem a ter
meninos e meninas No caso das ciências e áreas corre- baixo rendimento em comparação A publicação “Por que discutir gênero na escola?”, da
OCDE: latas, a falta de estímulo a nossos e com os meninos quando são apre- ONG Ação Educativa, traz (em uma linguagem bastante
+2 pontos
para as meninas
nossas jovens de uma forma geral e
mais especificamente das meninas
repercute no seu desempenho em
sentados exercícios que fogem do
modelo tradicional escolar a que
estão acostumadas e são convida-
simples e agradável) reflexões sobre a igualdade de gênero e
possibilidades de ação para a promoção de direitos iguais para
meninas e meninos no ambiente escolar.
avaliações internacionais, como no das a pensar como cientistas (por
leitura: Programa Internacional de Avalia- exemplo, quando são convidadas Estudo publicado na revista Science mostra que os
18 Brasil: ção de Estudantes (Pisa). O exame a formular situações matematica- estereótipos de gênero começam cedo: aos seis anos, 19
+26 pontos
para as meninas
comparativo é realizado pela OCDE
em vários países a cada três anos, e
avalia o desempenho dos estudan-
mente ou interpretar fenômenos
cientificamente). Na média dos paí-
ses da OCDE, os meninos superam
as meninas passam a se achar menos inteligentes que os seus
colegas do sexo masculino.
OCDE: tes de 15 anos em três domínios: as meninas nessa habilidade em O relatório Situação da População Mundial 2016 do Fundo
+30 pontos
para as meninas
ciências, matemática e leitura.
De uma forma geral, o Brasil
não vai bem, e as diferenças entre
cerca de 16 pontos - o equivalente
a quase cinco meses de escola, de
acordo com a publicação.
de População da ONU (UNFPA) destaca que a garantia
de direitos e oportunidades para meninas de 10 anos é essencial
para que elas se tornem adultas produtivas e para que possam ser
meninas e meninos é mais elevada O documento aponta que essa atingidos os objetivos da Agenda 2030.
Fonte: Pisa/OCDE, 2018 que na média dos outros países diferença entre meninos e meninas
avaliados. Na prova de 2015, o per- na capacidade de pensar como cien- O relatório analítico do Pisa/OCDE “O que está por trás
centual de meninos brasileiros com tista pode estar relacionada à auto- da desigualdade de gênero na educação?” mostra os
Para a OCDE, a autoconfiança rendimento mais elevado em ciên- confiança dos estudantes, fenômeno resultados de meninas e meninos nas diversas áreas avaliadas
poderia explicar a diferença cias (com pontuação no nível de que se repete em diversos países do e aponta que o desempenho mais baixo delas em ciências e
entre meninos e meninas na proficiência 5 ou mais) era o dobro mundo. “Quando os estudantes são matemática é consequência da falta de confiança.
capacidade de pensar como em relação às meninas. Na média mais autoconfiantes, eles se dão a
um cientista dos países da OCDE, o percentual liberdade de falhar, de se envolver Relatório de desempenho dos estudantes brasileiros no
de meninos nesse grupo de alto nos processos de tentativa e erro Pisa 2015
desempenho era apenas um quar- que são fundamentais para a aquisi-
to maior que o das meninas. ção de conhecimentos em matemá- Notícia do Nexo sobre os resultados dos estudantes
tica e ciências”, indica o relatório. brasileiros no Pisa em 2018
O interesse das meninas pela ciência – que, como vimos, A tendência de como as crianças enxergam cientistas tra- Cientistas pelos olhos das crianças
está relacionado ao seu desempenho nas áreas STEM e às ça um paralelo com o aumento real do número de mulheres > décadas de 1960 e 1970:
suas escolhas profissionais – passa pelos modelos que lhes que fazem pesquisa pelo mundo. Da década de 1960 até os apenas
são apresentados ao longo de suas vidas, seja em casa ou
na escola. Tais referências podem ser determinantes para
dias atuais, o percentual de mulheres que ocupavam cargos
científicos aumentou de 28% para 49% nas ciências biológi- 1%
DESCONSTRUÇÃO ampliar as possibilidades de trajetórias dessas meninas, en-
20 21
ESCOLA
Lembro que um professor propôs que
ao invés de seguirmos o método usual
de provas, fizéssemos um projeto que
INCENTIVOU
Algumas pesquisadoras nos contam como a educação
básica foi determinante na sua escolha pela carreira cientí- disciplina. O fato de ter que pesquisar,
fica e como docentes, como você, têm um papel fundamen- tirar dúvidas, ser mais ativa nos estudos
tal no incentivo do gosto das meninas pela ciência. fomentou em mim a curiosidade em estar
AS CIENTISTAS
envolvida no meio científico.”
“A minha professora de química era Iasmin Cristina Santana Santos, estudante de
espetacular. Foi ela que, com todo seu engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP)
conhecimento, empolgação e aulas bem
DE HOJE
elaboradas despertou meu interesse
pela ciência.” “Estudei boa parte da minha
Juliana Kloss, química e docente da Universidade vida em uma escola pública
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de aplicação que estimulava
o pensar e a curiosidade.
“Acredito que as aulas práticas As feiras de ciências
em laboratório de ciências eram minhas atividades
que tive na escola foram complementares preferidas!
22 fundamentais para despertar Eu caprichava muito nos 23
meu interesse pela ciência. trabalhos para apresentar.”
Além disso, não me esqueço Klena Sarges, pesquisadora em
de uma visita que fizemos à saúde pública na Fundação Oswaldo
Universidade de São Paulo Cruz (Fiocruz)
(USP), principalmente no
Museu de Anatomia.”
Renata Bannitz Fernandes, bióloga “Como a grande maioria do corpo
e fundadora de empresa inovadora na docente de escola pública, sempre
área de biofármacos tive professoras mulheres de ciências.
Mas foi no ensino médio, nas aulas de
biologia, que me encantei pela área.
Desde então, sabia que eu atuaria
em alguma área que ‘mexesse com
depositphotos
me arrependo!”
Flávia Virginio, entomologista e curadora da
Coleção Entomológica do Instituto Butantan
“Mestres, estimulem o espírito
criativo e inovador dos estudantes em
atividades práticas, ajudem-os a fazer
o melhor e inscrevam os trabalhos
dos seus alunos em mostras e
RECADOS PARA
24 VOCÊ, PROFESSORA 25
E PROFESSOR
british council
EU, A
QUESTÕES
DE GÊNERO:
SOCIEDADE
ESCOLA E A
ESTAMOS
falar sobretudo de normas e comportamentos es-
perados e, muitas vezes, exigidos com certo grau
de naturalidade e normalidade.
FALANDO
dos de padrões de gênero. São comportamentos,
formas de agir, sentir e reagir ensinados e incorpo-
rados como se fossem regras imutáveis da natureza,
algo que estivesse escrito no DNA. No entanto, são
classificações arbitrárias que definem o que cada
O ASSUNTO
Identidade de gênero é a experiência interna e individual de gênero que pode ou não corresponder
ao sexo atribuído ao nascimento
[feminino | masculino | não binário]
28 • Cisgênero é toda pessoa em que a identidade de gênero corresponde ao sexo atribuído ao nascimento 29
• Transgênero é toda pessoa em que a identidade de gênero não corresponde ao sexo
É GÊNERO
atribuído ao nascimento
• Não binário é toda pessoa em que a identidade de gênero não está limitada às definições
de masculino ou feminino
Orientação sexual é a classificação de uma pessoa de acordo com o seu desejo sexual e/ou afetivo
[heterossexual | bissexual | homossexual ]
pessoa deveria seguir, uma forma de imposição diferenciações é que se produzem desigual-
do que é certo e do que é errado. dades. Em outras palavras, ao passo que algu-
As categorias apresentadas de forma es- mas expectativas sociais são atribuídas a de-
quemática possibilitam inúmeras combinações. terminadas características, sistemas claros de
É possível uma pessoa ter nascido com geni- hierarquia e de dominação são estabelecidos,
tália masculina, não se vestir de acordo com o culminando inclusive em crenças de superiori-
padrão de gênero estabelecido e sentir afeto dade de um sexo sobre o outro.
unsplash
e desejo por pessoas do mesmo sexo biológi- Mas, afinal, o que significam termos como igual-
/
co. De forma análoga e indo além, divisões de dade de gênero, empoderamento feminino, entre
christina wocintechchat
gênero impõem determinadas formas de olhar outras expressões usadas na televisão, jornais, re-
para certas atitudes ou formas de sentir e de- des sociais, Youtube e podcasts? A ONU tem defi-
monstrar afeto como algo mais masculino ou nições que ajudam a entender melhor o que está
mais feminino. Dessas progressivas pequenas em debate mundo afora e nesta publicação.
POSSIBILIDADES
>> GÊNERO ca que mulheres e homens são
Gênero refere-se a papéis, com- os mesmos, mas que os direitos,
portamentos, atividades e atri- responsabilidades e oportunida-
DE REFLEXÃO
butos que uma dada sociedade des dos homens e das mulheres
em um dado momento considera não devem depender do fato de
apropriado para homens e mu- nascerem do sexo masculino ou
lheres. Esses atributos, oportuni- feminino. Igualdade de gênero
PERCEBE QUANTO À
• Quais são as atitudes, ações e ideias que
contribuíram para a sua escolha?
• Os diferentes contextos em que está inserido
IGUALDADE DE GÊNERO?
comumente influenciam suas atitudes e posições
Se pararmos para refletir, é possível identificar, grosso modo, se somos mais ou menos sen-
síveis às questões acerca da igualdade de direitos, responsabilidades e oportunidades entre
homens e mulheres. Mas em que medida isso se dá na nossa vida cotidiana? Esta ferramenta
busca avaliar a sensibilidade individual para tais questões por meio de uma escala construída
com base no instrumento da OMS de avaliação de programas e políticas em saúde. Leia a
descrição de cada um dos níveis e reflita. Considerando sua experiência de vida, em qual(is)
ponto(s) da escala você se encontra quando está no seu contexto de atuação profissional? E
quando está entre amigos, família ou na comunidade em geral, ele se mantém o mesmo?
32 33
AS REGRAS SOCIAIS DE
disseram que uma determinada ação não era “para mu-
lheres”? Se sim, pense em como isso fez você se sentir.
• Você já ouviu outras mulheres ou meninas serem ins-
34 Procure completar as atividades sugeridas serem pressionadas a seguir normas e padrões REFLEXÃO 35
abaixo independentemente de como você se de comportamento compartilhados pela maio- Essas instruções geralmente são feitas
caracteriza. Isso significa que mesmo que você ria da sociedade na qual estão inseridas. Esse quando são detectados comportamentos que
unsplash
tenha mais facilidade para refletir sobre si mes- conjunto de atividades pode ser feito individual- fogem à norma, ou seja, fogem à expectativa
mo, é essencial refletir também sobre o outro e mente ou coletivamente, nesse caso é impor- em um determinado contexto social e cultu-
/
christina wocintechchat
nas diferentes formas em que se relacionam. Da tante notar e refletir sobre as diferenças e proxi- ral. O importante é pensar no que essa cons-
mesma forma, é importante que você perceba midades entre as percepções dos participantes. trução de ser homem ou mulher significa em
como as pessoas de um mesmo sexo biológico seu contexto - não apenas no que você acre-
podem intencionalmente ou não pressionar e >>AGIR COMO HOMEM, dita, mas no que entende que são as expec-
AGIR COMO MULHER tativas para homens e mulheres na sociedade
Reflita sobre as perguntas a seguir. Se possível, em que está inserido.
anote suas respostas. Vamos refletir agora sobre como a socie-
dade cria regras diferentes para os compor-
• Você já foi instruído(a) a “agir como um tamentos considerados adequados para ho-
homem” ou lhe disseram que uma deter- mens e mulheres. Essas regras são, muitas
minada ação não era “para homens”? vezes, chamadas de normas de gênero por-
• Você já ouviu homens ou meninos serem que definem o que é “normal” para homens e
instruídos a “agir como um homem”? mulheres pensarem, sentirem e agirem. Elas
• Você já disse a alguém para “agir como geralmente restringem a vida das pessoas,
um homem”? mantendo os homens em sua caixa “atue
como um homem” e as mulheres em sua cai-
xa “atue como uma mulher”.
provedor
Agindo como homem Veja o exemplo:
Em muitas sociedades, espera-se que os homens
1. Características sejam fortes. Isso não se restringe à força física,
e comportamentos masculinos embora essa característica também possa ser
O que as pessoas de sua comunidade dizem ou esperada, mas o sentido de forte pode estar as-
esperam em relação ao comportamento de me- sociado a ter poder ou não demonstrar fraqueza.
ninos e homens? Veja no mapa ao lado algumas Dessa forma, “forte” se encaixaria na sua lista? forte corajoso
pares (amigos,
indivíduos das
instituições assume
colegas de trabalho religiosas
e/ou de escola)
instituições riscos não chora
(professores,
empregadores,
membros da meios de
equipe
família comunicação
médica, polícia)
autossuficiente
tem/teve várias
parceiras sexuais
minha caixa independente
tomador
reforça
de decisão
frequentemente
ser heterossexual
vestir-se de deve
forma “respeitável” gerar
Agindo como mulher filhos
Características
e comportamentos
38 Atores sociais 39
femininos
parceiros políticas e leis
ou cônjuges governamentais
instituições
responsável
pares (amigos,
colegas de trabalho
indivíduos das religiosas pelo trabalho
instituições
e/ou de escola)
(professores, doméstico atraente
empregadores,
membros da meios de
equipe
família comunicação
médica, polícia)
cuidadora
não ter vários
passiva/ parceiros sexuais
minha caixa submissa
cuidado com
não demonstrar casamento/
demasiado relacionamento
interesse sexual
>> Refletindo sobre as “caixas”
Agora é hora de examinar os cenários e ampliar a reflexão. Ob- COMO VOCÊ PERCEBE
A QUESTÃO DE GÊNERO
serve as suas caixas e reflita a partir das seguintes questões:
• Viver sobre essas expectativas limita a sua vida e as
das pessoas ao seu redor?
NA ESCOLA?
• O que acontece com mulheres e homens que tentam
fugir das regras de gênero? O que as pessoas dizem
Fonte: Adaptado de Act Like a Man, Act Like a Woman - EngenderHealth for a Qual o grau de
better life. Disponível em https://www.engenderhealth.org/pubs/gender/gen-
der-toolkit/act-like-a-man-act-like-a-woman.html) importância dada transformação comprometimento engajamento engajamento fundamentação e fundamentação
às questões das ideias sobre da direção e dos professores pessoal para informação nas e informação
de gênero na gênero em ações coordenação para inserir as abordar as discussões sobre nas discussões
comunidade pela comunidade em inserir questões de questões de gênero entre sobre gênero
unsplash
/
christina wocintechchat
médio médio médio médio médio médio médio
E AÇÕES:
POR MAIS
MULHERES
MENINAS E
NA CIÊNCIA
EXPERIÊNCIAS
um novo paradigma
dade na carreira acadêmica, sobretudo em cargos de chefia,
e de criar uma forma de divulgação e reconhecimento das
dave guttridge
cos que serão usados para trabalhar -Wood
feliz de ter conversado com a Emily Temple a Wad
e
cientista que entrevistou e que os conteúdos, como os alunos devem Jessic
tinha adorado ter aprendido estar organizados, qual o tempo de
/
keilana
com a entrevistada a perceber desenvolvimento de cada ação e qual
que luto é também um verbo”. a infraestrutura necessária.
Rodrigo Caccere
A Wikipédia possui um
programa de educação
>> MULHERES CIENTISTAS EM TODA PARTE
Com o intuito de ampliar a visão de que mulheres cientis- Meninas na ciência
e datas comemorativas
da Wikimedia Foundation para tas (e cientistas em geral) trabalham apenas nas universida-
mobilizar e capacitar novos des ou centros de pesquisa, sugerimos esta ampliação da
unsplash
atuam como tutores para auxiliar governamentais, entre outros. e, como toda eletiva, é opcional. um calendário pré-definido, todavia o processo
estudantes e professores que pode ser iniciado em diferentes momentos e
/
national-cancer-institute science in hd
estão usando a Wiki em sala “Infelizmente, a maioria das referências a apresentação dos resultados deve coincidir
de aula. Dentro do programa de cientistas que os estudantes possuem com as datas. Nessa perspectiva, outras datas
de ensino, o Brasil participa do são homens, o que, inclusive, é retratado podem ser incluídas como o Dia Internacional
projeto Wikipédia na Universidade nos cinemas. Gostamos de conversar das Mulheres e Meninas na Ciência, 11 de feve-
que tem como objetivo principal de uma forma leve sobre como o reiro. Você pode também criar um calendário
estimular estudantes, professores feminismo e todos os movimentos de mensal ou semanal para homenagear mulheres
e universidades a utilizarem a empoderamento atuam na construção na ciência. Veja o exemplo da Fiocruz que criou
Wikipédia como uma ferramenta de uma sociedade mais igualitária. Sendo um calendário de homenagem a cientistas ne-
de ensino. assim, apresentar cientistas mulheres, gras e pioneiras no Brasil.
sejam as pioneiras como Marie Curie,
que ganhou 2 prêmios Nobel, ou Rosalind
Franklin, que teve seu nome omitido da
descoberta do DNA por uma questão de
machismo do marido, é algo que deve ser
realizado com frequência.”
Aline Soares Magalhães, professora de
química e biologia no Colégio Marques
Rodrigues (Rio de Janeiro)
>> PREPARAÇÃO PESSOAL PARA TABELA TAXONÔMICA
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE Dimensão do Dimensão do processo cognitivo
conhecimento
As fontes utilizadas para a preparação pessoal visando o de-
1. Recordar 2. Compreender 3. Aplicar 4. Analisar 5. Avaliar 6. Criar
senvolvimento das atividades são: artigos, revistas e textos.
em contexto de desastres:
As mudanças climáticas são foco de habilidades e publicações sobre
presentes na BNCC e estão inseridas em temas aquecimento global que estiver
depositphotos
mudanças corporais e de sentimentos nas diversas fases
aula 3 >> É hora da discussão coletiva. As cartas dele que foram criados aplicativos como Clue, Calendário
selecionadas na aula anterior devem ficar disponí- menstrual, Flo e Womanlog. Eles funcionam como um diá-
/
puhhha
1. Individualmente, os alunos vamente. As soluções devem ser >> QUEM ESTÁ À FRENTE CARTA REVELAÇÃO #1
devem identificar problemas coti- discutidas em função da sua viabi- DESSA INVENÇÃO?
dianos enfrentados por meninas e lidade e em consenso e uma delas Muitas pesquisas empolgantes e produtos
mulheres de suas comunidades. deve ser escolhida. sensacionais estão sendo desenvolvidos nes-
CABEÇA
a sua percepção. Antes da montagem, customize o modelo
desenhando e colorindo rosto, cabelo, roupa e acessórios. .
Você pode utilizar esta atividade com seus alunos para
BRAÇO ESQUERDO
conhecer os estereótipos deles acerca da imagem de um/a
cientista. Para realizar uma pesquisa-ação sugerimos que a
atividade seja feita em duas etapas:
BRAÇO DIREITO
CORPO
PERNAS
depositphotos
PERNAS
/
dima baranow
Após esse percurso de conhecimento, re-
flexão e ação sobre a importância da diver-
sidade e das diversas representatividades
na ciência, convidamos você a escrever uma
carta convite para que mais educadoras e
educadores percorram também esta jorna-
da. Você tem um papel central na constru-
ção de uma educação inclusiva, promovendo
a igualdade de oportunidades para meninas
e meninos e os incentivando a seguirem
carreiras científicas. Agora que você possui
mais ferramentas para isso, use o seu pro-
tagonismo para engajar outras professoras
e professores e a comunidade escolar. Tudo
isso na busca pela equidade de gênero na
ciência, mas não só: por um mundo em que
o conhecimento seja produzido por todos e
para todos.
BRITISH COUNCIL MUSEU DO AMANHÃ | IDG - PROGRAMA MULHERES
Instituto de Desenvolvimento NA CIÊNCIA E INOVAÇÃO |
diretor nacional: e Gestão 2019 E 2020
Martin Dowle
diretor presidente: gerente sênior de educação superior e ciência:
diretora de educação: Ricardo Piquet Vera Oliveira
Diana Daste
diretor executivo: gerente de projetos de
gerente sênior de educação superior e ciência: Henrique Oliveira educação superior e ciência:
Vera Oliveira Raíssa Daher
diretora de operações:
gerente sênior de educação básica: Roberta Guimarães analista de projetos de educação e ciência:
Luis Felipe Serrao Heloísa Fimiani
diretora de desenvolvimento
gerente de projetos de de público e parcerias: Museu do Amanhã | IDG - Instituto
educação superior e ciência: Maria Garibaldi de Desenvolvimento e Gestão
Raíssa Daher
diretora de projetos: diretor de desenvolvimento científico:
gerente de projetos de educação básica: Julianna Guimarães Alfredo Tolmasquim
Alessandra Moura
diretora de desenvolvimento institucional: diretora de desenvolvimento
analista de projetos de educação e ciência: Renata Salles de público e parcerias:
Heloísa Fimiani Maria Garibaldi
diretor administrativo financeiro:
analista de projetos de educação: André Tapajós coordenador de pesquisa:
Isabela Milanezzi Davi Bonela
curador geral:
estagiária de educação: Luiz Alberto Oliveira gerente de comunicação:
Beatriz Santanna Joana Pires
diretor de desenvolvimento científico:
Alfredo Tolmasquim coordenadora de desenvolvimento de
parcerias e relações institucionais:
Maria Helena Gonçalves
pesquisadora:
Meghie Rodrigues
professores. I. IDG | Museu do Amanhã. II. British Council. III. IBM. Joana Pires e Luis Felipe Serrao
revisão:
Daisy Silva de Lara
Patrocínio Realização Parceiros
Patrocínio Realização