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Desafios da liderança

1. O PROBLEMA DO DESÂNIMO Como perseverar sob pressão

2. O PROBLEMA DA AUTODISCIPLINA Como manter o frescor


espiritual

3. O PROBLEMA DOS RELACIONAMENTOS


Como tratar as pessoas com respeito

4. O PROBLEMA DA JUVENTUDE
Como ser um líder quando se é relativamente jovem

5. DOIS "TIMÓTEOS"
Mark Labberton e Corey Widmer

INTRODUÇÃO

Por alguns meses, vamos aprendera desafios da liderança cristão. Vamos


usar o livro de John Stott. E a grande pergunta é: como vencer os desafios
que uma liderança nos traz, sentimos de inferioridade, será que está certo o
que estou fazendo, como vencer tudo isso sem desanimar, como levar
jovens, juniores e adolescente, a ser praticantes da palavra a intenderem
como é importante falar de Cristo para seus amigos.
Você líder: VOCÊ CONSEGUE! Não sei se alguém já disse essas palavras
para você antes. Se não, deixe-me ser o primeiro: "Você consegue". Sim,
estou falando com você. Acredite que tão certo quanto o dia em que você
nasceu, Deus gerou um sonho dentro de você"
O PROBLEMA DO DESÂNIMO COMO PERSEVERAR SOB
PRESSÃO

AS PRESSÕES sobre os líderes cristãos são intensas e muitas


vezes implacáveis. Consideremos algumas delas. Temos nossas
ocupações e a fadiga, sem tempo suficiente para a família, nem
mesmo para férias. Depois temos as responsabilidades que líderes
reconhecidos possuem. Se o ministério deles é criticado, eles
carregam o peso da crítica e têm a responsabilidade de tomar
decisões difíceis.
Há também as frustrações do trabalho. Líderes possivelmente
promissores nem sempre vivem de acordo com o que prometem.
Alguns até se afastam. Ministérios promissores começam a declinar
em número ou em visão, e isso é uma grande frustração para o líder.
Além disso, existem as tentações pessoais que o Diabo usa para
atacar todos os líderes, e há a solidão que sentimos quando estamos
no topo. ( não devemos sentir está solidão, porque um líder nunca
está sozinho).
Todos estes problemas podem levar-nos ao desanimo. Na verdade,
o desânimo é o maior risco ocupacional de um cristão, uma vez que
pode levar à perda da visão e do entusiasmo. Portanto, a pergunta
é: Como perseverar sob essas pressões? Desanimo.

Eu gostaria de ler 2 Corintios 4 e espero que vocês não se importem


se eu der uma pequena aula de grego. O primeiro versículo diz:
"Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos
foi dada, não desanimamos". E então o versículo 16 diz: "Por isso
não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-
nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia".

Observe a expressão que se repete nestes dois versículos: ouk


enkakoumen. Esta é a expressão grega que aparece nos versiculos
1 e 16. A maioria das versões biblicas modernas diz: "Não
desfalecemos". Outra é: "Nós nos recusamos a ficar abatidos". Há
ainda: "Nada pode desanimar-nos". Existe uma expressão similar
que aparece no capítulo 5 para a qual chamo sua atenção, o
versículo 6: "Portanto, temos sempre confiança", e, mais uma vez, o
versículo 8: "Temos, pois, confiança". Isso significa que temos
coragem.
Você talvez conheça muito bem esses capítulos para saber que, no
capítulo 3, Paulo revela a glória do ministério cristão, mas, no capítulo
4, ele apresenta os problemas desse ministério. Este é o argumento
paulino: por causa da glória do ministério e a despeito de seus
problemas, ouk enkakoumen. Nós nos recusamos a ficar
desanimados.

DOIS PROBLEMAS: O VÉU E O CORPO

Estamos diante de duas questões: Que problemas tentaram Paulo


para que ele desanimasse? E, segundo, que soluções ou antidotos
ele encontrou para eles? Há dois problemas que causaram desanimo
nesse capitulo.

O primeiro é um problema externo e objetivo em nossos ouvintes e


o segundo é um problema interno e subjetivo em nós mesmos.

Ao primeiro ele chama de véu, que é kalyma. Este vétéo que cobre a
mente dos incrédulos e cega-os para a verdade do evangelho.
O segundo problema é soma, o corpo. É nosso próprio corpo, sua
fragilidade, este vaso humano frágil que guarda o tesouro do
evangelho.

Assim, o primeiro problema é espiritual: é a cegueira das


pessoas para quem pregamos. O segundo é físico, é nossa própria
fragilidade e mortalidade. Quando temos um pregador fraco e uma
congregação cega, temos um problema. Estes são os dois
problemas, e não acho que exista algo que provoque mais
desânimo do que eles.

Onde está o véu? Observe 2 Corintios 3.12-13: "Por tanto, visto que
temos tal esperança, mostramos muita confiança.
Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face". Em
outras palavras, o véu que cobre a mente das pessoas não é algo
que fizemos.
Pelo contrário, mostramos muita confiança em nossa pregação e
apresentamos a verdade com clareza. Portanto, a causa dessa
cegueira humana é diabólica; afeta tanto judeus como gentios.
Examine o versículo 14 do capítulo 3. Na metade do versiculo, temos:
"Pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga
aliança". Mais uma vez, o versículo 15: "Até o dia de hoje, quando
Moisés é lido, um véu cobre os seus corações". Assim, por duas
vezes Paulo diz isso para dar ênfase: os judeus têm um véu que
cobre a mente e o coração deles.

Então, Paulo continua a dizer que os gentios também têm esse véu.
O versículo 4 do capítulo 4 diz: "O deus desta era cegou o
entendimento dos descrentes". Agora, pensem comigo: Este não é
um de nossos maiores problemas? Expomos o evangelho com
pessoas não podem compreendê-lo. Nós o de forma tão simples que
pensamos que até mesmo uma criança poderia compreendê-lo, mas
elas não o entendem. Nós o explicamos, nós o discutimos,
argumentamos com as pessoas até pensarmos que elas vão
inevitavelmente ceder, mas um véu cobre a mente delas.
Duvido que haja algo mais desanimador do que isso para o obreiro
cristão, o que pode levar a uma grande frustração. Assim, (a) o
primeiro problema é o véu, ao qual voltaremos mais adiante quando
pensarmos nas soluções para os problemas, e (b) o segundo é o
corpo. clareza, mas as esmiuçamos, Paulo escreve sobre o corpo em
2 Coríntios 4.7-18. Diz o versículo 7: "Mas temos esse tesouro em
vasos de barro", ou seja, assim como em uma antiga lamparina, no
obreiro cristão existe um contraste entre o tesouro e seu recipiente.
Não há dúvida de que Paulo está referindo-se à fragilidade física, na
qual guardamos o evangelho. Por todo o corpo humano estão
escritas as palavras "frágil: manuseie com cuidado".

A referência imediata é à perseguição de Paulo, a qual é clara nos


versículos 8 e 9, mas ele se refere a essa fraqueza em outros
contextos. Em 1 Corintios 2.3, ele diz: "E foi com fraqueza, temor e
com muito tremor que estive entre vocês". A fraqueza parece ser
mais psicológica que fisica: era o nervosismo natural que sentia
quando estava indo a Corinto com o evangelho.
Em seguida, temos o terceiro exemplo em 2 Coríntios 12.7, no qual
ele se referiu ao seu "espinho na carne": "Para impedir que eu me
exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um
espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar...
Mas ele [Jesus] me disse: Minha graça é suficiente para você, pois o
meu poder se aperfeiçoa na fraqueza"".

Paulo continua no versículo 10 a se referir a pontos fracos, insultos,

sofrimentos, perseguições e dificuldades, por isso parece mais uma


vez que se trata de uma deficiência física. Talvez fosse uma doença
ou algum tipo de deficiência. Provavelmente possamos acrescentar
nossas próprias fragilidades a essa lista. Podemos ter a timidez de
um introvertido, tendência à depressão ou dores de cabeça. Todos
estes são exemplos da fraqueza do corpo humano. É a fraqueza do
recipiente, que guarda o tesouro do evangelho.

Aqui estão dois grandes problemas com os quais não podemos lidar
sozinhos. Não podemos levantar o véu, não podemos curar a
cegueira dos descrentes e não podemos superar a fragilidade de
nossa própria mente e corpo. Contudo, é apesar destes problemas
aparentemente insuperáveis que Paulo diz oukenkakoumen. Não
desanimamos. Como então podemos superar o desanimo quando
estamos diante desses problemas?

O ANTIDOTO CONTRA O DESÂNIMO

Deixemos de lado os problemas para passarmos aos antídotos


contra o desânimo. De certa forma, acho que devemos dizer
"antidoto" no singular, pois embora existam dois problemas, há
apenas uma solução: o poder de Deus.

Observemos novamente o véu e o corpo.

Primeiro, o véu. O que fazemos quando as pessoas se recusam a


responder ao evangelho? Bem, você sabe os motivos pelos quais
somos tentados. Somos tentados a forçá-las a responder. Somos
tentados a recorrer a técnicas emocionais e psicológicas com o
intuito de manipular as pessoas para que creiam ou manipular o
evangelho para que seja mais fácil crer nele.
Mas, embora a tentação de usar algum tipo de manipulação seja
muito forte quando as pessoas não creem, Paulo repudia
expressamente essa tentação. Lemos em 2 Coríntios 4.2: "Antes,
renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não
usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário,
mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à
consciência de todos, diante de Deus". Rejeitamos a manipulação,
mas, em contrapartida, proclamamos o evangelho de forma simples.

Agora leiamos 2 Coríntios 4.4,6: "O deus desta era cegou o


entendimento dos descrentes, para

que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a


imagem de Deus". "Pois Deus, que disse: 'Das trevas resplandeça a
luz', ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus na face de Cristo." Acho que é muito
importante entendermos estes versículos. No versículo 6, Paulo está
referindo-se a Gênesis 1.2-3. Ele compara o coração não regenerado
ao caos primitivo, quando tudo era sem forma, vazio e escuro, até
que Deus disse: "Haja luz", e a luz brilhou nas trevas. Ai está o retrato
que Paulo faz da regeneração. É isso que acontece com ele na
estrada de

Damasco. O Deus que em Gênesis disse: "Haja luz", brilhou em


nosso coração. Portanto, regeneração não é nada menos que uma
nova criação de Deus, e isso só ocorre quando Deus diz: "Haja luz".

Aqui temos dois deuses em conflito. No versículo 4. Satanás é


chamado de "o deus desta era"; no versículo 6, Paulo fala do Deus
da criação. O deus desta era cega os olhos, a mente das pessoas,
enquanto o Deus da criação brilha no coração delas. Há um contraste
completo e absoluto entre eles. Um é um deus que cega e o outro é
um Deus que brilha. Como

então podemos agir neste conflito? Não seria modesto e prudente,


talvez, se saíssemos da cena de conflito? Não deveríamos deixar
que estes dois deuses se enfrentem sozinhos?

Contudo, a conclusão de Paulo é diferente. Observemos o versículo


5: "Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor,
e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus".
A batalha entre Deus e o Diabo diz respeito à luz. O Diabo tenta
impedir que a luz brilhe, mas se é Deus quem está fazendo a luz
brilhar, o que é esta luz? É importante notar que é o evangelho.

Observemos o final do versiculo 4: "A luz do evangelho da glória de


Cristo, que é a imagem de Deus", e o final do versículo 6: "[0]
conhecimento da glória de Deus". Portanto, o evangelho é a luz. É o
meio pelo qual Deus vence as trevas e brilha no coração das
pessoas.

Assim, se o evangelho é a luz, é melhor pregarmos o evangelho.


Longe de ser desnecessário, o evangelismo é absolutamente
indispensável. A pregação do evangelho é o meio designado por
Deus pelo qual o príncipe das trevas é derrotado e pelo qual Deus
brilha no coração das pessoas.

Então ouk enkakoumen. Não desfalecemos. O véu cobre a mente


das pessoas. Não podemos penetrar nas trevas.com nossas próprias
forças, mas podemos penetrá-las com o poder de Deus quando o
evangelho é pregado.

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