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BELA MANHÃ
“Desde então junto com meu esposo temos trabalhado muito, porque no
começo é muito difícil, é muito trabalhoso, é muita coisa para se fazer numa
propriedade, no qual, está iniciando né os trabalhos[...]. Se a gente ganha
muito dinheiro!? Não né, Ainda não, mas dá para pagar as contas e ainda
sobra para fazer um lazer de vez em quando. Aí vem uma pergunta né, se a
gente gosta disso que faz, não dá muito dinheiro, mas eu me orgulho muito,
pois sei que eu faço parte da Agricultura Familiar. Agricultura Familiar é tudo,
ela é fundamental para a sobrevivência da sociedade, pois é dela que sai boa
parte dos alimentos que se consome né, que se põe na mesa brasileira”
(Entrevista realizada em 20/02/2021).
Com relação à feira livre, a entrevistada conta que foi muito difícil no começo,
mas que nunca pensou em desistir mesmo com toda dificuldade enfrentada,
pois era uma coisa que amava fazer todas às sextas feiras:
Sobre o projeto do ATeG Hortifruti, a mesma relatou uma satisfação quanto sua
participação neste projeto colaborando muito para sua renda, feliz por estar
colaborando também para a saúde dos alunos que estão nas escolas, com
produtos naturais e saudáveis:
“[...] nós estamos nessa luta, hoje nós estamos já em fevereiro né, estamos na
nossa colheita de maracujá o trabalho é muito, porém é satisfatório. O trabalho
é satisfatório sim, as minhas vendas estão indo de vento em polpa. Por falar
em polpa, eu me lembrei agora, Deus me abençoou mais uma vez, eu vou
vender a minha polpa para o PINAR, onde irá para a escola e creche e fará
parte do cardápio das Crianças lá em Taquarussu” (Entrevista realizada em
20/02/2021).
“Quando eu mudei para cá e até hoje eu não sou muito entendida da roça,
sabe assim não sou boa produtora, agora que eu estou ficando uma
produtorazinha boa. Menina quando nós fizemos um mês de curso na sede
antes de começar a plantar na terra, eu falei meu pai do céu eu não vou
conseguir, eu falava direto para as meninas que não vou conseguir! Agora que
eu estou ficando uma produtora boa que o negócio está ficando melhor, mas
eu era assim, não entendi nada de terra sabe, nem de plantação fui aprender
muito com a R., a R. também me ensinou muito sobre essas coisas” (Entrevista
realizada em 20/02/2021).
Em seu dia a dia, com toda aprendizagem e por ter participado desses
projetos, a mesma expõe amar sua roça, suas plantações e quer muito uma
plantação de tomate, demostrando o quanto é apaixonada pelo que faz:
“Mas só que eu sou apaixonada por uma rocinha, acho a coisa mais linda sabe,
acho que tem que ter, acho que não tem como morar no sítio e não plantar as
coisas né, sou apaixonada pela Terra, nossa mexer com a terra, por a mão na
natureza, você vê aquela sementinha, coloca na terra depois aquilo ali nasce
um pé de planta e aquilo dá fruto, dá fruto não né, dá um monte de fruta e você
fala nossa como é apaixonante. Eu sou louca para fazer o plantio de tomate,
apaixonada por tomate e agora eu até encomendei umas mudas tenho um
pedaço de terra ali com abobreira plantada, mas aí já deu o tempo dele, vou
arrancar e preparar aquela terra e fazer um plantio de tomate lá dentro, a
minha ideia é de melhorar, de fazer irrigação, cobrir porque o sol é muito
quente né, então muita coisa não dá para plantar [...]” (Entrevista realizada em
20/02/2021).
A mesma relata sobre a venda da terra não sendo permitida, mas que
infelizmente esse fato tem ocorrido bastante no município, enquanto muitos
lutam para ter seu pedacinho de chão, os que têm, não valorizam:
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS