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PAULO MERINO

// TEORIA DA DECORAÇÃO
Licenciado para - Gleyce Almeida - 41518041884 - Protegido por Eduzz.com
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PAULO MERINO
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APOSTILA DE TEORIA DA DECORAÇÃO

Introdução:
Transmitir os conceitos básicos do Design e os princípios da
Decoração de Interiores, como conteúdos fundamentais para o de-
senvolvimento de projetos de interiores assim como suas respectivas
execuções.
O aluno irá explorar e investigar a vasta diversidade de estilos
em design de interiores, permitindo a elaboração de propostas ori-
ginais em seus projetos, além de adquirir conhecimentos de compo-
sições estéticas e de composições harmônicas através dos tempos,
como referências básicas para diferenciar movimentos de vanguarda e
novas propostas em design.
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ÍNDICE
Bases Tecnológicas
• O que é Design?_______________________________________8

• Breve História da Decoração.____________________________10

• A Decoração no Brasil__________________________________17

• O que é Estilo?________________________________________54

• Principais Estilos em Design de Interiores.__________________54

• O que é Tendência?____________________________________84

• Fundamentos do Projeto - Princípios Básicos do Design_______87

• A Teoria da cor._______________________________________97

• Composição_________________________________________112

• Organização_________________________________________118

• Obras de Arte________________________________________120

• Materiais___________________________________________125

• Iluminação natural ___________________________________139

• Iluminação artificial __________________________________139

• O Paisagismo e o Design de Interiores.___________________142

• Noções de Sustentabilidade.___________________________144
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Competências e Habilidades
• Conhecer o contexto histórico da decoração.

• Conhecer os principais Estilos decorativos.

• Reconhecer a importância do design nos aspectos funcionais, estéticos e


sociais.

• Manter sintonia com as principais tendências na decoração.

• Conhecer a Teoria da Cor, suas harmonias e as relações com aspectos físi-


cos, psicológicos no projeto de interiores.

• Aplicar a composição analisando os elementos do Design.

• Compor os ambientes, levando em conta a relação dos espaços, a ergono-


mia, função e a circulação. Avaliando as necessidades do usuário.

• Organizar os elementos complementares nos ambientes.

• Analisar os ambientes e suas funções especificas.

• Avaliar uso de complementos e acessórios de decoração e relacioná-los


com os confortos (térmico, acústico, tátil, visual, etc.) nos projetos de in-
teriores.

• Noções práticas de iluminação: natural e artificial.

• Conhecer os principais tipos de iluminação artificial e suas aplicações.

• Aplicar os conceitos básicos de paisagismo, como elemento importante


na complementação do ambiente.

• Compreender a importância do uso racional dos recursos naturais e apli-


car - sempre que possível - materiais desenvolvidos de acordo com as
normas ambientais.
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O QUE É DESIGN?
Design é uma palavra inglesa que vem do Latim, que se refere a “esboço,
desenho, plano, projeto”.

É praticamente impossível encontrar uma definição única para Design, pois


o termo está ligado a vários segmentos. Em linhas gerais, define um projeto - seja
ele de interiores, gráfico, industrial, arquitetônico - no qual sua concepção foi
planejada visando um conjunto de elementos cujo resultado final atenda a obje-
tivos práticos e a algumas das principais necessidades e desejos humanos, sejam
estéticos, emocionais, psicológicos, ergonômicos ou fisiológicos.

Design é também uma profissão, cujo profissional é o designer. Os desig-


ners normalmente se especializam em uma determinada área ou atividade.
Atualmente as especializações mais comuns são o design de interiores, design de
produto, design visual, design de moda, web design e design gráfico.
DECORAÇÃO

PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO DESIGNER DE INTERIORES


Design de interiores é uma técnica que visa a composição e decoração de
ambientes internos de casas, escritórios, lojas, etc..

A função do designer de interiores é planejar e organizar espaços, escolhen-


do e/ou combinando os diversos elementos de um ambiente, estabelecendo
8 relações estéticas e funcionais em relação ao que se pretende produzir. O pro-
fissional harmoniza, em um determinado espaço, móveis, objetos e acessórios,
procurando conciliar conforto, praticidade e beleza.
TEORIA DA DECORAÇÃO

Planeja cores, materiais, acabamentos, mobiliário, iluminação e objetos de-


corativos de acordo com o ambiente e adequando o projeto às necessidades, ao
gosto e à disponibilidade financeira, do cliente.

Após o projeto, pode ainda administrar a execução da obra, estabelecendo


cronogramas, fixando prazos, definindo orçamentos e coordenando o trabalho
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de pedreiros, marceneiros, pintores e eletricistas.

Pode projetar salas comerciais, residências ou espaços em locais públicos.


Esse profissional pode trabalhar como autônomo, atuar como funcionário de es-
critórios ou empresas especializadas em decoração e design de interiores, ou ain-
da como consultor em lojas de móveis.

Em resumo, o designer de interiores é o profissional que busca interpretar


em seus projetos os desejos dos clientes em sua busca por um espaço confortá-
vel, bonito, harmonioso e funcional e torna possível a sua execução.

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BREVE HISTÓRIA DO DESIGN DE INTERIORES


Imagina-se que a ideia de decorar os ambientes vem desde os primórdios
da humanidade, quando os homens das cavernas começaram a organizar os seus
objetos cotidianos no ambiente em que viviam para se sentirem mais confortá-
veis.

A palavra Decoração tem origem na antiga Roma, Decoratione - mas seu


conceito remonta aos egípcios. Sua história está atrelada à própria história do
design, da arquitetura, do mobiliário das artes decorativas, dos aspectos sociais,
econômicos, culturais e das artes em geral.

Os egípcios, cuja vida era baseada na religião e na crença da vida após a


morte, decoravam os templos e os túmulos dos faraós, considerados deuses, com
pinturas murais coloridas, esculturas e vasos decorativos. O povo morava em sua
grande maioria em casas simples, mas as decorava com móveis elaborados, como
cadeiras e mesas com pés zoomórficos, reforçadas por peles de animais ou teci-
dos.
DECORAÇÃO

Os gregos tinham como princípio básico a simetria, que norteava todas


as suas construções que apresentavam colunatas, jardins internos, esculturas e
frisos esculpidos. Não desenvolveram pinturas em paredes, mas sim sofisticadas
pinturas em cerâmica em vasos e jarras que serviam para armazenar água, vinho
ou eram usados apenas para uso decorativo.

Os romanos decoravam suas casas com elaboradas pinturas em paredes


10 e móveis sofisticados que visavam o conforto, criando cadeiras dobráveis, espre-
guiçadeiras, mesas e caixas com pinturas e imagens esculpidas com animais míti-
cos ou figuras humanas, com requintes de perspectiva e cores.
TEORIA DA DECORAÇÃO

A Idade Média foi um período de guerras e invasões, em que a decora-


ção residencial ficou em segundo plano, sendo mais elaborada e rica nas igrejas
católicas. As casas, outrora tão ricamente ornamentadas, traziam agora painéis
de madeira sombrios, mobília mínima, piso de pedras brutas e poucos detalhes
decorativos.
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A era medieval deixou poucos registros de mobiliário, em geral provenien-
tes de igrejas e mosteiros. De maneira geral, a vida era rude, até mesmo para os
nobres. Os espaços não possuíam funções definidas, como dormir, cozinhar, rece-
ber. Era comum uma família compartilhar um grande salão, onde eram colocadas 11
camas e mesas, muitas vezes movimentadas de acordo com a necessidade.

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Usavam-se poucos móveis, muitas vezes desmontáveis ou dobráveis, para


que pudessem ser transportadas em viagens ou mudanças. O mobiliário medie-
val, que possuía aspecto rude e austero, também tinha múltiplas funções, como
por exemplo a arca-banco. Móveis de assento, também serviam para guardar ou
12 armazenar utensílios ou ferramentas.
TEORIA DA DECORAÇÃO

O Renascimento trouxe de volta a estética desenvolvida pelos gregos e


romanos, tanto nas construções como na arte e na decoração. Pisos e painéis em
diferentes tipos de mármore, composições complexas de pisos, nichos de madei-
ra embutidos, pinturas com efeitos de perspectiva e móveis sofisticados confec-
cionados dos melhores materiais podiam ser encontrados nos palácios reais, vilas
e igrejas da Europa.
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Essa estética continua nos períodos posteriores, denominados Barroco e


Rococó, em que foram adicionados aos princípios clássicos detalhes decorativos
exuberantes e elaborados, com o uso de materiais nobres, muitos dourados, pin-
turas e esculturas.

O Barroco utilizou-se generosamente do mármore colorido, vitrais, tetos e


cúpulas pintados e colunas retorcidas. No século 18, o estilo Rococó demonstrou
particular apreço pelas porcelanas asiáticas, desenhos florais, móveis confeccio-
nados em materiais elegantes, como madrepérola e casca de tartaruga.

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O final do século XVIII trás de volta o estilo clássico mais puro, sem os exa-
geros decorativos dos períodos anteriores, em uma época de grandes revoluções
e mudanças políticas e culturais no mundo. O estilo Neoclássico predominava
como um desdobramento do desenho clássico da antiga Roma, fazendo uso ge-
neroso do bronze, seda, veludo e cetim.

Entre 1835 e 1903, o estilo Vitoriano marcou uma era muito importante
para a cultura europeia. A Rainha Vitória da Grã Bretanha presenciou em seu
reinado o apogeu das artes, das ciências e da tecnologia. O estilo vitoriano in-
fluenciou diretamente os objetos, móveis, roupas, tecidos, grafismo, artes, arqui-
tetura, paisagismo e design de interiores, tendo sua influência alcançado muitos
outros continentes.

Uma das grandes transformações ocorridas neste período foi a Revolução


Industrial, iniciada na Inglaterra, que possibilitou a produção em série de móveis,
objetos, acessórios, tecidos, papéis de parede e centenas de outros produtos que
antes eram feitos em processo artesanal ou nem existiam, e à partir daquele mo-
mento podiam ser adquiridos em lojas de departamentos ou pelo correio, geran-
do uma democratização no ato de decorar.
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A industrialização ocorrida na Europa, a partir do século XVIII, gerou uma


classe burguesa abastada, ansiosa por deixar transparecer sua prosperidade para
a sociedade. Surgiram novas classes urbanas, compreendidas em diferentes ní-
veis socioeconômicos, que se inspiravam nos modelos decorativos da nobreza.

Os estilos do mobiliário eram diversos, misturando-se mesas barrocas


com poltronas em estilo Luis XV e escrivaninhas neoclássicas. Em alguns casos
havia a presença dominante de um único estilo, como o Neogótico ou o Neobar-
roco. Tudo era permitido nesse ecletismo, sendo o gosto do proprietário frequen-
temente submetido às regras efêmeras da moda.

Os ventos românticos e a veloz modernização da Europa no final do século


XIX inspiraram um movimento ainda maior e mais abrangente. O estilo denomi-
nado Art Nouveau (1890 – 1918) iniciou-se na França e se expandiu por toda a
Europa, estabelecendo uma articulação estreita entre arte e indústria, resultando
em uma alta qualidade estética dos objetos. Estes eram feitos com materiais mo-
dernos como o ferro, vidro e cimento, sempre se utilizando de formas fluidas e
curvas, inspiradas na Natureza. Arquitetura, móveis, objetos, joias, roupa, máqui-
nas, tudo se vestiu de linhas onduladas. Todas essas características influenciaram

DECORAÇÃO
diretamente a maneira de se planejar os ambientes internos: estampas florais e
sinuosas poderiam ser vistas em cortinas, estofados e papéis de parede. A origi-
nalidade oriunda da sinuosidade das composições orgânicas marcou presença no
desenho dos móveis e objetos decorativos.

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O Design Moderno culminou até o início da década de 30 por meio da


Bauhaus, a escola de Design mais importante do século XX. Essa escola alemã
foi responsável por um enorme desenvolvimento do movimento moderno atra-
vés da pesquisa de melhores métodos de produção e de materiais de melhor
qualidade, como o metal tubular, o uso do aço e do vidro. A eficiência funcional
da Bauhaus tornou-se sinônimo de Modernismo, sendo muitos os móveis con-
cebidos por alunos ou professores daquela escola utilizados até hoje em nossas
decorações.
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TEORIA DA DECORAÇÃO

A partir do século XIX, a decoração tende a se tornar mais tangível para as


classes menos abastadas no Primeiro Mundo, mas é apenas a partir do século XX
que ela passa a existir em larga escala, tornando-se uma verdadeira necessidade.
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A DECORAÇÃO NO BRASIL

Muitos dizem que a história do Brasil (arte, design e arquitetura) começou


quando os portugueses chegaram, porém as primeiras manifestações estéticas co-
meçaram na pré-história com as primeiras pinturas rupestres.

E muito antes dos portugueses chegarem às terras brasileiras, os índios que


aqui viviam já fabricavam suas ocas em estrutura de madeira e sapé, objetos em
madeira, cerâmica decorada com desenhos geométricos, cestas, esteiras e redes.

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TEORIA DA DECORAÇÃO
Cerâmica dos índios brasileiros
Entre 1500, data do descobrimento do Brasil e o início do século XIX, quan-
do a família real veio para a sua colônia de além mar, a maioria das construções
brasileiras era bastante simples, feitas em taipa de pilão - técnica de construção
utilizando barro socado - com paredes caiadas, portas, janelas e pisos de madeira
e poucos móveis e objetos rústicos, de madeira, fibra, estanho e cerâmica.
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Banco - Século XIX – Museu da Casa Brasileira - SP


DECORAÇÃO

Segundo Tilde Canti, em sua obra O Móvel no Brasil, “durante o período


colonial, os estilos de mobiliário que aqui se desenvolveram acompanharam, com
certo atraso, a evolução das artes da metrópole, por sua vez influenciadas pelas
correntes estilísticas europeias da época”.

“O móvel no Brasil foi considerado, inicialmente, quase um objeto de luxo,


18 tal o primitivismo em que viviam os primeiros povoadores. Somente em fins do
século XVI aparecem, em certas regiões mais ricas da Colônia, algumas peças
interiores dignas de nota, como as das fazendas e engenhos de açúcar da Bahia
TEORIA DA DECORAÇÃO

e do Nordeste.”
A classificação do conjunto do mobiliário no Brasil de período colonial é
ainda precária, sendo muitas vezes considerado móvel colonial brasileiro, com
difíceis diferenciações, o móvel português trazido para a colônia.

As casas coloniais, sejam as casas-grandes de fazenda, sejam as assobra-


dadas nos agrupamentos urbanos, foram predominantemente espaços vazios,
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grandes cômodos desprovidos de mobiliário. As funções dos móveis: sentar, dor-


mir, armazenar, comer, entre outras, foram solucionadas com o uso de bancos
toscos de madeira, catres, esteiras e redes, arcas, baús e mesas de cavalete. Em-
bora marcados por inteligentes soluções práticas, estas peças eram desprovidas
de maiores intenções estéticas.

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Casa bandeirista – São Paulo

TEORIA DA DECORAÇÃO
Embora ainda houvesse transposição de peças de mobiliário da metrópo-
le à colônia, o Brasil do século XVIII já contava, certamente, com uma importante
produção de mobília, não apenas de aspecto tosco, destinada ao uso cotidiano,
mas também aquela de caráter simbólico, associada ao luxo e à ostentação.
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ARMÁRIO PORTUGUÊS DE CARVALHO – SÉC. XVII – MUSEU DA


CASA BRASILEIRA - SP
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Feito de carvalho, este móvel tem elementos decorativos entalhados, próprios
do estilo Renascença. O armário herda a função de arca devido às vantagens que
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suas prateleiras apresentam para a guarda de documentos, louças, objetos e,


mais tarde, para a guarda de roupas. Usado inicialmente nas igrejas e conventos,
só no século XVIII se fez presente nas casas.
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MEIA-CÔMODA MARCHETADA – MUSEU DA CASA BRASILEIRA -
SP

Esta peça, em pau cetim, foi executada no estilo D. João V, transição para D. José
I, período em que a marchetaria se tornou mais elaborada. Contém embutidos 21
em filetes de cor escura formando desenhos geométricos de inspiração inglesa.
O corpo possui duas ordens de gavetas, duas menores superiores e um gavetão

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inferior. A base é curva com saia recortada e os pés são em garra sobre bola. Os
puxadores são de madeira.
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Entre os importantes centros de produção de móveis, a Bahia tornara-se


grande produtora de cadeiras, que reproduziam modelos ingleses do século XVIII:
introdução da influência dos modelos dos famosos ebanistas, como Thomas Chi-
ppendale, George Happlewhite e Thomas Sheraton.

A influência de Sheraton se difundiu de tal forma entre marceneiros


atuantes no Brasil, sobretudo no contexto de Minas Gerais, que passaram a ado-
tar a simplicidade, as linhas retas do estilo, onde a madeira não se apresentava
mais camuflada pelos entalhes, mas ela mesma em tons claros e escuros, toman-
do como elemento decorativo simplesmente o contraste de cores de madeira,
em forma de incrustações. Dessa adaptação convencionou-se tratar de um estilo
Sheraton Brasileiro.
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CANAPÉ SHERATON BRASILEIRO – MUSEU DA CASA BRASILEIRA - SP


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Na forma de quatro cadeiras unidas, este canapé usa


palhinha no assento e jacarandá e canela na estrutura. Com estrutura delgada e
detalhes delicados em marchetaria, segue o chamado estilo Sheraton brasileiro,
uma adaptação do estilo Neoclássico inglês conhecido como Sheraton (nome de seu
criador), que buscava simplicidade e praticidade.

Nas últimas décadas do século XVIII, o mobiliário português, e por exten-


são o móvel brasileiro, submeteu-se a variações, que sugerem a transição do Ro-
cocó ao Neoclassicismo, cujo nome adotado foi estilo D. Maria I (1777-1792). Na
mobília chamada de D. Maria I, ao lado do Rococó, formas mais sóbrias se deli-
nearam. As pernas dos móveis tornaram-se cilíndricas com estrias, como colune-
tas, desaparecendo, assim, o cabriolê. Os novos elementos decorativos adotados
foram os fios de pérola, os festões de flores, assim como vazados, flores miúdas e
laços de fita entalhados em madeira.

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De um modo geral, os móveis passaram a apresentar corpos mais retan-
gulares e no lugar da talha compunham-se incrustações de madeira clara, em file-
tes, sobre superfícies lisas. Diminuem ou desaparecem os entalhes e a decoração
com incrustações de madeira ou madrepérolas predomina.

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TEORIA DA DECORAÇÃO
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Cômoda em estilo D. Maria I


DECORAÇÃO

Apenas no início do século XIX, com a vinda da família real para o Brasil,
começou-se a importar da Europa móveis e objetos decorativos em maior quanti-
dade e, gradativamente, a fabricá-los no país, como uma necessidade da nobreza
de manter seus hábitos e padrões deixados para trás no velho continente.

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TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO
Canapé Beranger – Brasil – século XIX – Museu da Casa Brasileira - SP

Em jacarandá-da-bahia e palhinha, este canapé é um exemplar significativo


do estilo Beranger, assim chamado por ter sido desenvolvido pelo marceneiro
francês Julien Beranger, que em 1816 se radicou no Recife e teve seu trabalho
continuado pelo filho Francisco, até 1857. Apesar da forte influência européia e
de misturar elementos do Rococó e do estilo francês Império, cria uma linguagem
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própria pelo entalhe na madeira (em geral jacarandá) com motivos ornamentais
da fauna e da flora brasileiras e pelo uso da palhinha.

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Canapé Império séc. XIX – Museu da Casa Brasileira - SP


Em caviúna e palhinha, com composição bem simétrica, este canapé é ori-
ginário da fazenda que pertenceu ao presidente Campos Salles. Ele exemplifica
o estilo Império, desenvolvido na França quando Napoleão quis agregar à sua
imagem os símbolos de civilizações antigas. Os braços laterais em gôndola fazem
26 referências aos coxins romanos e aos barcos egípcios.
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MEIA-CÔMODA COM PERNAS DE VALETE –
Museu da Casa Brasileira - SP
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Esta peça apresenta execução primorosa nas técnicas de recorte e entalhe.

TEORIA DA DECORAÇÃO
Suas linhas curvas e recortes registram influência barroca. Um detalhe raro são
os pés de botas que “calçam” as pernas de “valete” de curvas salientes. Os puxa-
dores são de inspiração mourisca. Derivada da cômoda, a meia-cômoda foi criada
na França por volta de 1700, diferenciando-se por apresentar somente dois gave-
tões e pernas mais altas.
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DESIGNERS BRASILEIROS – SÉCULO XX

No Brasil, a decoração sempre teve uma estreita ligação com as artes plás-
ticas, o design de móveis e a Arquitetura.
A partir dos anos 1930, configurou-se um conjunto de fatores, com a
emergência da arquitetura moderna e das ideias modernistas, que desempenha-
ram importante papel no processo de modernização da mobília brasileira.
Os primeiros artistas e arquitetos que, de fato, lançaram as bases do es-
tilo moderno da mobília no Brasil foram John Graz, Gregori Warchavchik e Lasar
Segall.
Nesse primeiro momento, os conceitos e as posturas tiveram um caráter
predominantemente internacionalizante.
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Gregori Warchavchik ( 1896 – 1972 )
TEORIA DA DECORAÇÃO
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1º Casa Modernista Brasileira -1928 - Rua Santa Cruz – Vila Mariana - SP

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Casa Modernista 1930 - Rua Itápolis – Pacaembu- SP
Lasar Segall ( 1891 – 1957 )
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Flávio de Carvalho ( 1899 – 1973 )

Poltrona FDC1 - 1939


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John Graz ( 1891 – 1980 )


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Cadeira Três Apoios Cadeira John Graz
TEORIA DA DECORAÇÃO

Nos anos 1940, um grupo de profissionais passou a realizar de-


senhos de móveis e de outros equipamentos da habitação que, pela te-
mática proposta e pelo uso de materiais nacionais, estabeleceu um novo
estilo, mais próximo de nossa realidade cultural. Essa característica se
prolongou durante a década de 40, principalmente na obra de Joaquim
Tenreiro e Lina Bo Bardi.
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Nesses casos obteve-se uma produção que conjugou o espírito


moderno do despojamento e da simplicidade ao uso de nossos materiais,
assegurando ao móvel então produzido uma qualidade universal e artis-
ticamente elaborada, o que alterou de maneira significativa o aspecto do
mobiliário brasileiro.

Joaquim Tenreiro ( 1906 - 1992 )

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TEORIA DA DECORAÇÃO
Mesa e Cadeira Três Pés ( 1947 )
Lina Bo Bardi ( 1914 – 1992 )

MASP – Museu de Arte de São Paulo - 1968


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Poltrona de Três Pés ( 1948 ) Poltrona Bowl ( 1951 )

No Brasil, a década de 1950 foi marcada por uma crescente euforia


desenvolvimentista, cuja tônica principal foi a confiança no futuro. A rápida
industrialização vivida pelo país e a intensificação dos meios de comunica- 35
ção de massa foram fatores que, conjugados, contribuíram para difundir o
móvel moderno, o uso dos novos materiais, a aceitação de novas formas,

TEORIA DA DECORAÇÃO
padrões e tendências na decoração de interiores.
Nessa época destacam-se os trabalhos de Zanine Caldas, Geraldo de
Barros e Jorge Zalszupin.
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Zanine Caldas ( 1919 – 2001 )


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TEORIA DA DECORAÇÃO

Poltrona Cuca ( 1950 ) Poltrona Zanine N ( 1954 )


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Geraldo de Barros ( 1923 – 1998 )

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Cadeira Palha ( 1954 ) Estante Vazada MF710
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Jorge Zalszupin ( 1912 - )


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Carrinho de chá ( 1950 ) Poltrona Dinamarquesa ( 1959 )

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TEORIA DA DECORAÇÃO

Entre os arquitetos e designers dos anos 1960 e 70, destacam-se Lucio


Costa, Oscar Niemeyer e Sérgio Rodrigues. Esses profissionais sentiram a
necessidade de aliar o desenho do mobiliário aos seus projetos arquitetô-
nicos, para uma perfeita harmonia dos espaços modernos.
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Lúcio Costa ( 1902 – 1998 )

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Espreguiçadeira ( década 1960 ) Poltroninha ( 1960 ) 39

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Oscar Niemeyer ( 1907 – 2012 )


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40 Chaise Rio ( 1977 / 78 ) Poltrona Easy Chair ( 1971 )


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Sergio Rodrigues ( 1927 – 2014 )

DECORAÇÃO
Poltrona Mole ( 1961 ) Poltrona Chifruda ( 1962 )
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Na década de 1960, o arquiteto João Baptista Villanova Artigas fez parte
do grupo de professores que deu origem à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo (FAU), sendo ainda responsável, junto ao arquiteto
Carlos Cascaldi, pelo projeto da nova sede da Faculdade, um edifício localizado na
Cidade Universitária de São Paulo e que sintetiza seu pensamento arquitetônico.
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Vilanova Artigas ( 1915 – 1985 )


DECORAÇÃO

42 Prédio FAUUSP – 1968 Cadeira Preguiça – 1945


Ainda nos anos 60, surge a primeira escola a oferecer um curso de ní-
TEORIA DA DECORAÇÃO

vel superior numa área relacionada foi a Escola Superior de Desenho Industrial
(ESDI), fundada no Rio de Janeiro, em 1963.

Depois da segunda metade do século XX, vários artistas, designers de mó-


veis e arquitetos atuam na área da decoração, entre os quais podemos destacar:
Miguel Forte, Roberto Aflalo, Julio Pechman, Toninho Noronha, José Chaves, Os-
car Mikail, Janete Costa, Carlos Motta, Olga Kréll, Antonio Oliveira dos Santos,
Germano Mariutti, Carolina Szabó, Ugo di Pace, Jean-Claude Bailly, Terry Della
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Stuffa, José Duarte Aguiar, entre outros.

Até os anos de 1970, a contratação de um profissional de design de inte-


riores era restrita às classes mais abastadas. Esses profissionais, geralmente ar-
quitetos, artistas plásticos ou autodidatas, já que não existia a oferta de formação
técnica ou superior na área, cuidavam da organização dos espaços com obras de
arte, antiquários, estofados, cortinas, tapetes.

Os anos 80 foi a década dos grandes decoradores, muitos deles arquitetos


já veteranos e uma nova geração que surgia. Entre eles destacamos: Léo Sheht-
man, Oscar Mikail, Brunette Fraccaroli, Bya Barros, Francisco Cálio, Débora Aguiar,
Fernando Piva, Sérgio Athié, Roberto Negrete Joia Bergamo, Teresinha Nigri, De-
nise Barreto, Ana Maria Vieira Santos, Artur Casas, Carlos Rossi, David Bastos,
Fernanda Marques, João Armentano João Mansur, Roberto Migotto, Sig Berga-
min, Marcelos Rosembaun, entre outros.

Em 1987 é criada, inicialmente em São Paulo, a Casa Cor, exposição onde


arquitetos e designers de interiores apresentam ambientes decorados, com a rea-
lização da primeira edição em uma residência no bairro do Jardim Europa e logo

DECORAÇÃO
depois se espalhando para diversas capitais do país e vários países estrangeiros.

Ainda em 1980 é fundada a ABD, Associação Brasileira de Designers de


Interiores, ( inicialmente chamada de Associação Brasileira dos Decoradores e
Arquitetos ) com o intuito de agregar a categoria, estabelecer normas para os
exercícios da profissão e do mercado, definir o currículo básico para a formação
do decorador e defender a categoria, entre outras atribuições importantes. 43
Vários fatores contribuíram para a grande evolução ocorrida na área de

TEORIA DA DECORAÇÃO
Design de Interiores a partir dos anos 80, entre elas o desenvolvimento de novas
tecnologias e materiais, abertura das importações, conscientização dos empresá-
rios em oferecer conforto, praticidade, bem estar e segurança aos seus clientes,
certa democratização da decoração, que ficou viável a um número maior de pes-
soas, mudanças de comportamento social e aumento da expectativa de vidas.
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Em 1997, a Deca, empresa brasileira do ramo de louças e metais sanitá-


rios, lança os prêmios “Um Sonho de Banheiro”, voltado para profissionais de
Arquitetura e Design de Interiores e “Estudos de um Banheiro”, dirigido à estu-
dantes de cursos Técnicos e Superiores de Design de Interiores e Arquitetura.

A ABRA participa desde a primeira edição do concurso e, os seus alunos já


conquistaram muitos prêmios, nos últimos anos, Apenas alguns exemplos:

2012 - 1ª Lugar: Gwenaelle Massé


DECORAÇÃO

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TEORIA DA DECORAÇÃO
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2014 - 2º Lugar :Gabriella Amadei

3º Lugar: Danielle de Assis Neumann


4º Lugar: Viviana Ceron Sessa

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
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2016 - 2° lugar: Francine Jubran


DECORAÇÃO

No final da década de 1990, o Ministério da Educação e Cultura (MEC),


instituiu o curso de Nível Técnico. Para tanto, convidou a Associação Brasileira
de Designers de Interiores, que por sua vez convocou as principais escolas que
ofereciam cursos livres de Decoração de Interiores, para colaborarem na forma-
tação dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível
Técnico, do curso de Nível Médio em Design de Interiores, Área de Design, que
46 tem validade em todo o território nacional.

Vários professores e coordenadores de escolas colaboraram nesse proces-


TEORIA DA DECORAÇÃO

so, mas o fechamento do currículo nacional coube a uma equipe formada por um
representante do MEC, (Zélia Sarraf), o diretor geral da ABRA (Laerte Galesso), o
diretor da Escola Panamericana de Arte (Alexandre Lipszyc), o Coordenador desta
área no Senac/SP (Maurício Jordão) e também a coordenadora de educação da
Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), Ana Maria Piemonte.
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Hoje, o Designer de Interiores tem uma abrangência maior do que o De-


corador tinha no passado, pois desenvolve e executa projetos voltados para áreas
internas de residências, comercio, indústrias, embarcações, veículos, etc., com
elaboração de plantas, elevações e perspectivas de apresentação ao cliente e
também especificações de produtos, orçamentos, contratação de profissionais e
empresas para a execução dos trabalhos sob sua supervisão.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
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DESIGNERS BRASILEIROS – SÉCULO XXI


Atualmente são muitos os designers de mobiliário brasileiros com gran-
de repercussão, não só dentro do país, como em todo o mundo. Apenas alguns
exemplos:

ARISTEU PIRES
DECORAÇÃO

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Cadeira Duda Chaise Pitu
TEORIA DA DECORAÇÃO
DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Cadeira Favela
IRMÃOS CAMPANA ( HUMBERTO E FERNANDO )

Cadeira Vermelha
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Musée d’Orsay - Paris
Café Campana
DECORAÇÃO

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TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Cadeira Mia
JADER ALMEIDA

Luminária Penn
Cadeira Funni
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Buffet Cercadinho

Banco Charlotte
PAULO ALVES
DECORAÇÃO

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TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Poltrona Moeda
ZANINI DE ZANINE

Mesa Alvorada
Banco Ce-senta
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O QUE É ESTILO?
Em Design de Interiores, estilo é a tradução de um jeito de morar, ou ar-
ranjar a casa, direcionando para um conjunto, que envolve o mobiliário, acessó-
rios, cores, etc., que caracteriza uma época. É o reflexo de como se vive e de como
se imprimem os conceitos e os valores estéticos de um povo, família ou indivíduo.

Existem muitos estilos, no entanto é possível selecionar os mais marcan-


tes ao longo da história. São estes que você acompanha a seguir, não necessaria-
mente em ordem cronológica. Vale lembrar, porém, que todos eles também se
dividem em várias vertentes, gerando uma infinidade de novas leituras.

Os estilos podem ser mesclados, com resultados bastante agradáveis e


interessantes; um elemento Vintage ou Retrô, por exemplo, pode ser inserido
numa decoração Contemporânea, assim como uma poltrona Luis XV, ou seja Clás-
sica, pode perfeitamente ser incluída em um ambiente Moderno. O importante é
usar o bom senso e o bom gosto, aliados aos conhecimentos históricos.

Independentemente do design adotado, o importante é adaptar o projeto


DECORAÇÃO

ao cliente, analisando sua maneira de viver, seus hábitos, primando pelo confor-
to, praticidade e bem estar.

ESTILOS DE DECORAÇÃO
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No módulo de História da Arte, serão abordados os conceitos históricos que
marcaram os principais estilos na arte, arquitetura e mobiliário. Neste conteúdo,
TEORIA DA DECORAÇÃO

vamos focar mais nas principais características ligadas à decoração, que definem
esses movimentos.
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ESTILO CLÁSSICO
Baseado nos estilos franceses, ingleses ou italianos que se inspiravam nos
princípios da decoração de Roma e Grécia antigos, caracteriza-se por decorações
refinadas, com muito trabalho nos tetos e nas paredes - as famosas “boiseries”,
molduras nas paredes feitas originalmente em madeira e que hoje podem ser
feitas em gesso ou poliestireno – pisos de mármore, tapeçarias, lustres de cristal,
espelhos, mobiliário entalhado, cores fortes, como dourado, vinho e vermelho e
tecidos sofisticados, como seda e veludo.

A decoração clássica requer espaços amplos e altos para receber mobiliá-


rio e peças decorativas igualmente vistosas, sendo essa uma de suas principais
características. Toda a mobília é antiga ou então se assemelha a exemplares clás-
sicos, dominada por cadeiras, poltronas, mesas de apoio, sofás e mesas com pés
esculpidos, todas trabalhadas ostensivamente.

Na paleta de cores, encontramos um equilíbrio entre tons mais claros –


creme, verde, cinza, bege – e tonalidades mais escuras, como o vinho, azul mari-
nho ou verde esmeralda, que trazem um clima mais dramático ao ambiente.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
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O estilo clássico pode se subdividir em vários outros estilos, que seguiram


o mesmo princípio básico em diferentes épocas históricas com algumas caracte-
rísticas próprias, tais como:

ESTILO BARROCO – LUIS XIV


O início do Barroco deu-se na Itália no início do século XVI, e atingiu de-
senvolvimento no século XVII, quando dominou toda a produção artística. O seu
principal traço é a utilização de linhas curvas e muitos ornamentos, com contor-
nos vigorosos e robustos, além de curvas exageradamente tortuosas.

O Barroco mostrou bastante seu esplendor nos desenhos de interiores,


usando ornamentos com incrustações de madrepérola e prata.

Os pisos eram feitos geralmente de tijolo, mármore ou cerâmica, ou ain-


da em parquet, que apresentavam desenhos elaborados em madeiras de várias
tonalidades.
DECORAÇÃO

Assim como o interior dos ambientes Barrocos, os móveis deste período


tinham exagero nas proporções, nas curvas e nos ornamentos.

O mobiliário Luís XIV, nesta época, caracterizou-se por apresentar compo-


sições simétricas, com grande efeito decorativo, enriquecidas por molduras, es-
culturas e aplicações de cobre e metal dourado, onde eram incorporados elemen-
56 tos tais como divindades de inspiração clássica e figuras de animais fantásticos.
TEORIA DA DECORAÇÃO
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Estilo Barroco

DECORAÇÃO
As mesas tinham formatos variados com suas decorações luxuosas, algu-
mas em mármores preciosos outras em madeira dourada, sendo ornamentadas
com inscrições de tartaruga, bronze, marchetadas ou pintadas.

As camas eram monumentais e sem madeira aparente e as chamadas ca- 57


mas “à la duchesse” tinham dossel suspenso enfeitado por plumas. Os tecidos

TEORIA DA DECORAÇÃO
que recobriam as peças eram belos e luxuosos como tapeçarias, rendas, ada-
mascados, veludos, cetim, bordados com ouro e prata, com cortinados junto à
parede.

As cômodas eram ricas e trabalhadas “à maneira Boulle” (nome do marce-


neiro do rei) com duas ou três grandes gavetas, e tampo em mármore.
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DECORAÇÃO

Releitura contemporânea do Estilo Barroco

ESTILO ROCOCÓ - LUÍS XV


O estilo Luís XV está inserido no período Rococó das artes e sofreu na
58 França, por causa da Companhia Marítima para as Índias, as influências orientais
da Turquia e da China.
TEORIA DA DECORAÇÃO

O reinado de Luís XV foi um momento onde o convívio social ganhou uma


grande importância, trazendo alegria e  fantasia para as pessoas, principalmente
para os nobres. Neste período, ao contrário do que foi o reinado anterior, as mu-
lheres ganharam uma grande importância social.

Essa época de prazeres e alegrias estava intimamente ligada à figura femi-


nina, tendo sido as mulheres motivos das maiores inspirações para a decoração
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na corte, que começou a apresentar maior leveza quanto aos materiais, cores e
formas utilizados.

As cadeiras, na época de Luis XV, por exemplo, passaram a ser mais baixas
e mais largas para abrigar o volume das saias das mulheres da corte, que agora
tinham permissão de sentar-se na presença do rei, o que não acontecia no perío-
do anterior.

Os móveis, com linhas sinuosas e pés em garra ou dedal, eram feitos em


mogno ou nogueira geralmente folheados a ouro e cobertos com tecidos nobres
como sedas, brocados ou tafetá.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO

Estilo Rococó - Luis XV


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Hoje, a cadeira Luis XV é uma verdadeira “curinga”, podendo ser usada


tanto em decorações clássicas, tradicionais, em madeira e tecidos nobres, como
nas modernas ou contemporâneas, repaginadas com pinturas em cores fortes,
laqueadas e revestidas em couro ou vinil.
DECORAÇÃO

Releituras contemporâneas do Estilo Luis XV


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TEORIA DA DECORAÇÃO
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ESTILO NEOCLÁSSICO – LUIS XVI


A partir de 1760, uma moderação progressiva invadiu tanto o estilo de
mobiliário como a decoração de interiores e ocorreu uma retificação das linhas.

Em 1770 surgiu o triunfo do Neoclassicismo, com o estilo denominado


Luís XVI. A antiguidade clássica passou a ser vista sob um novo prisma, o da classe
intelectual. A imitação da antiguidade apareceu através do “gosto pompeano”,
apresentando um estilo leve e elegante baseado diretamente na estética grega e
romana.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Estilo Neoclássico – Luis XVI
A cadeira Luis XVI, por exemplo, passa a apresentar linhas leves e esbeltas,
com pés retos que se assemelham a colunas gregas caneladas.
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DECORAÇÃO

Releitura contemporânea do Estilo Luis XVI - Cadeira Louis Ghost,


de Philippe Starck

Em sua última fase o estilo Neoclássico foi influenciado pelo início da in-
62 dustrialização, mas manteve a sua inspiração clássica originando o estilo Restau-
ração; nesta época inicia-se a preocupação de fazer do móvel um objeto de con-
forto e bem-estar, de acordo com as alterações sociais do século XIX.
TEORIA DA DECORAÇÃO
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IMPÉRIO
O estilo Império nasceu na França, onde Napoleão, seu pai espiritual, fez
com que sua corte tentasse reviver os atributos de gosto do Império. E para que
isso se tornasse uma realidade, contratou os serviços de dois grandes arquitetos,
Carlos Percier e Pedro Fontaine, que, além de serem os decoradores de seus pa-
lácios, criaram parte dos móveis e atributos decorativos que vão marcar o estilo
de que serão os mestres, sendo este imediatamente aceito pelas casas reinantes
de toda a Europa, de Viena a São Petersburgo.

As características do mobiliário Império baseiam-se nas linhas primitivas


do mobiliário greco-romano, e os móveis se apresentam guarnecidos de bronze
cinzelados, que lhe dão uma riqueza palaciana. Suas madeiras, tratadas com ver-
nizes finos e brilhantes, servem quase como um estojo para os brocados e sedas
preciosas que vão acolchoar seus assentos e encostos.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Projeto: Jorge Elias Foto: Romulo Fialdini

Estilo Império
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COLONIAL BRASILEIRO
Na época da expansão marítima, os países europeus possuíam colônias
nas Américas, na África e na Ásia. O encontro da estética dos estrangeiros com
a dos nativos resultou no estilo colonial nas construções e interiores, onde as
tradições se mesclaram e onde foram utilizados materiais vindos da Europa jun-
tamente com os locais.

Faz parte desse estilo o uso de móveis pesados em madeira escura - ori-
ginalmente o Jacarandá, principalmente no Rio de Janeiro e Bahia - além de azu-
lejos azuis e brancos de inspiração portuguesa, piso de tábuas corridas e tetos
trabalhados em madeira pintada ou gesso.
DECORAÇÃO

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TEORIA DA DECORAÇÃO

Estilo Colonial Brasileiro


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No Brasil esse período colonial se manteve por três séculos, desde 1500
até 1822, sendo influenciado por vários estilos que foram usados durante esses
anos na Europa, como o Barroco, Rococó, Neoclássico ou Império, entre outros. O
Estilo Barroco no Brasil foi bastante rico e original, tanto nas artes como na Arqui-
tetura, justamente por interpretar de maneira regional as influências europeias.

BIEDERMEIER
O período Biedermeier estende-se de 1815 a 1848. Em política, é asso-
ciado à restauração alemã e ao desenvolvimento dos estados alemães após a era
napoleônica.

Na arte, é considerado como um período de transição entre o Neoclassi-


cismo e o Romantismo, tal como interpretado pela burguesia, particularmente na
Alemanha, na Áustria, no norte da Itália e nos países escandinavos. O nome foi
aplicado, tanto a um estilo sóbrio de mobiliário e de decoração típico da Alema-
nha, caracterizado pela adaptação simplificada do estilo Império Francês
que o precedeu, como à pintura e à literatura do mesmo período.

DECORAÇÃO
. O termo Biedermeier provém do pseudônimo Gottlieb Biedermeier ado-
tado pelo escritor Ludwig Eichrodt e pelo médico Adolf Kußmaul ao publicarem,
em uma revista satírica e humorística de Munique, uma série de poemas em que
parodiavam os poemas de um professor de aldeia despolitizado e pequeno-bur-
guês.
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No mobiliário, o estilo Biedermeier usou decoração estilizada, contida e
simples, como estrelas, círculos, conchas, flores geométricas e formas retas, que

TEORIA DA DECORAÇÃO
não exigiam um artesanato apurado.

Em meados do século 19, com a chegada de uma sociedade mais afluente,


este estilo sofisticou-se, criando linhas curvas e décor mais variado. A maioria
dos móveis era produzida em rádica, com poucos detalhes em madeira escura ou
metal.
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DECORAÇÃO

Estilo Biedermeier

ART NOUVEAU
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O Art Nouveau é o estilo que surge na virada do século XIX para o século
XX, quando se aceleram a industrialização e as transformações na sociedade e
TEORIA DA DECORAÇÃO

nos costumes.

A fonte de inspiração primeira dos artistas neste período é a Natureza, as


linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume
o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da
construção.
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Os arabescos e as curvas, complementados pelos tons frios, invadem as


ilustrações, o mundo da moda, as fachadas e os interiores das construções, o mo-
biliário e as peças decorativas, conforme se pode verificar pelos detalhes da Casa
Solvay, em Bruxelas, do arquiteto e projetista belga Victor Horta, pelas cerâmicas
e objetos de vidro do artesão e designer francês Emile Gallé, pelos interiores do
norte-americano Louis Comfort Tiffany, as estações de Metrô de Hector Guimard
em Paris, ou ainda a Casa Milá, ou o Parque Güell, de Antoni Gaudí em Barcelona.

Essa estética baseada no trabalho artesanal vinha de encontro a um dese-


jo de volta no tempo, em contraposição à crescente industrialização do período.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO

Estilo Art Nouveau


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ART DÉCO
O termo Art Déco, de origem francesa (abreviação de Arts Décoratifs),
refere-se a um estilo decorativo que se afirma nas artes plásticas, artes aplicadas
- design, mobiliário, decoração etc - e arquitetura no período entre guerras euro-
peu, ou seja, nos anos 1920 e 1930.
DECORAÇÃO

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Estilo Art Déco
TEORIA DA DECORAÇÃO

Enquanto o Art Nouveau explora no padrão decorativo as linhas sinuosas


e assimétricas, tendo como motivos fundamentais as formas vegetais e os or-
namentos florais, o Art Déco, seguindo em outra direção, adota predominante-
mente as linhas retas ou circulares estilizadas, as formas geométricas e o design
abstrato.

Apresenta-se de início como um estilo luxuoso, destinado à burguesia en-


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riquecida do pós-guerra, empregando materiais caros como jade, laca e marfim.

À partir de 1934, ano de realização da exposição Art Déco no Metropo-


litan Museum de Nova Iorque, o estilo passa a dialogar mais diretamente com a
produção industrial e com os materiais e formas passíveis de serem reproduzidos
em massa. O barateamento da produção leva à popularização do estilo, que inva-
de a vida cotidiana: os cartazes e a publicidade, objetos de uso doméstico, joias,
bijuterias, moda e mobiliário.

Atualmente esse estilo tem sido bastante utilizado como inspiração nas
decorações, tanto no uso de painéis de madeira nas paredes, como do veludo em
sofás e poltronas com desenho arredondado, ou ainda na presença de móveis em
radica ou revestidos de espelhos, além de tecidos e tapetes com padrões gráficos.

DECORAÇÃO
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TEORIA DA DECORAÇÃO
Projeto Patrizia Genoveze e Guilherme Longo Casa Cor SP 2017

Releitura contemporânea do Estilo Art Déco


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ESTILO MODERNO
O termo Moderno, seja ele aplicado para definir a Arquitetura ou a De-
coração de Interiores, está diretamente relacionado ao Movimento Modernista
que ocorreu na primeira metade do séc. XX nas áreas da literatura, arquitetura,
design e artes plásticas. Esse movimento tinha como ideologia a abandono do
que era tido como tradicional, para se alcançar uma forma de expressão nova e
libertadora.

Na Arquitetura e no Design de Interiores isso significou o abandono das


formas elaboradas e adornos meramente estéticos, substituídos por um mini-
malismo nas formas, onde imperam as linhas simples, geralmente retilíneas e
a utilização de materiais como metal, concreto, vidro, acrílico ou plástico. Tudo
deve seguir seu propósito, de acordo com conceitos tais como “a forma segue a
função” e “menos é mais”.

Um ambiente em estilo moderno prioriza a função, sem deixar de lado o


design e a beleza. O uso de poucos móveis é uma das características mais mar-
cantes desse estilo, onde o excesso de informação é algo descartado. Com linhas
DECORAÇÃO

retas, esse estilo deixa o ambiente com a sensação de organização e harmonia e


o uso de poucos objetos decorativos é perfeito para deixar o ambiente com uma
atmosfera clean e bonita.

A paleta de cores no estilo moderno é bastante simples e composta pre-


dominantemente de tons neutros e claros como o branco, o bege e o cinza. Os
70 detalhes ficam por conta de tons fortes e sóbrios como o preto e o marrom, ou
ainda, em pequenas doses, das cores primárias.
TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO
Estilo Moderno

ESTILO ESCANDINAVO
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Composta por Suécia, Noruega, Islândia, Dinamarca e Finlândia, a região
da Escandinávia desenvolveu no século XX um design que trazia luminosidade

TEORIA DA DECORAÇÃO
e claridade para dentro do ambiente, em resposta aos grandes períodos de frio
rigoroso e escuridão que esses países enfrentam no inverno europeu.

O estilo escandinavo se fez presente no design de móveis, no início do sé-


culo XX, com a atuação marcante de importantes designers daquela região como
Arne Jacobsen, Eero Saarinen ou Verner Panton. Esses móveis continuam sendo
considerados ícones do design e utilizados constantemente nas decorações mo-
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dernas e contemporâneas.

Os escandinavos acreditam que tudo que faz parte do cotidiano deve ser
ao mesmo tempo, bonito e funcional. Assim, prezando pela praticidade, o design
nórdico vale-se do conceito de que “menos é mais”: linhas retas e formas simples
compõe ambientes clean, funcionais e agradáveis.

Dentre suas características, destacam-se o uso do branco e das cores neu-


tras, usadas pelos escandinavos para manter a ideia de um ambiente clean. Para
quebrar um pouco a frieza dos tons pastéis, utilizam-se elementos de madeira
clara ou levemente envelhecidos, que proporcionam uma combinação entre o
tradicional e o moderno.
DECORAÇÃO

72
Estilo Escandinavo
TEORIA DA DECORAÇÃO

ESTILO INDUSTRIAL
Foi entre os anos 1950 e 1980 que o estilo industrial chegou à decoração
graças à transformação de galpões e estúdios, inicialmente em Londres e Nova
Iorque, em lares. Esses espaços amplos, repletos de tijolos e tubulações aparen-
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tes, madeira, metal e muito concreto, servem de referência para a criação da casa
contemporânea, que dispensa paredes em prol de ambientes integrados.

A inspiração no design industrial tem muito a ver com as características


primarias das construções, que ficam expostas sem acabamento em paredes e
pisos de tijolo e cimento..Em contraposição à rigidez dos metais, vidro e concre-
to, os materiais escolhidos para trazer aconchego aos ambientes são geralmente
naturais como a madeira, o couro ou tecidos macios como o algodão e a lã.

O estilo industrial refere-se também ao conceito de otimização dos es-


paços. Os ambientes não apenas se fundem, mas acumulam funções. Uma sala
pode se transformar em quarto quando cai a noite, por exemplo, ou a cozinha e
sala de jantar passam a ocupar um só ambiente.

DECORAÇÃO
73

TEORIA DA DECORAÇÃO

Estilo Industrial
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RETRÔ / VINTAGE
Primeiramente deve-se deixar bem clara a diferença entre os conceitos de
Vintage e Retrô.

“Vintage” é um termo originalmente usado para vinhos - significando “o


melhor da safra” - e que passou a significar, em decoração, o móvel ou objeto
“velho com cara de novo”, usado de uma maneira contemporânea ou ainda o uso
de móveis e objetos decorativos originais dos anos 50, 60 ou 70 do séc. XX.

“Retrô”, por outro lado, é um termo usado para designar o móvel ou ob-
jeto “novo com cara de velho” - ou seja, uma cópia atual ou releitura de móveis
e objetos decorativos dos anos 50, 60 ou 70 do séc. XX - ou ainda um ambiente
em que se utiliza móveis e objetos originais e/ou cópias ou ainda detalhes como
materiais ou cores desta época.

Esse estilo tem sido bastante utilizado já há algum tempo, aparentemente


devido a uma busca pela sensação de segurança, acolhimento e uma certa inge-
nuidade fornecida pelo passado recente, se caracterizando pelo uso de móveis
DECORAÇÃO

leves em pés palitos em madeira clara, cores suaves como as chamadas Candy-
-colors ( anos 50 ) ou cores vivas e cítricas ( anos 60 ) ou ainda estampas gráficas
em papéis de parede, tecidos e tapetes.

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TEORIA DA DECORAÇÃO

Estilo Retrô / Vintage


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ESTILO MINIMALISTA / CLEAN


“Menos é mais”. Essa é a premissa da decoração minimalista ou Clean, na
qual a sofisticação dispensa textura e padrões desnecessários.

Este estilo se caracteriza pelo uso de poucos móveis e objetos, às vezes


até nenhum – apenas o essencial devendo compor o ambiente.

Puxadores, abajures, cortinas, muitas vezes são descartados para manter


o ambiente o mais despido possível na decoração minimalista. Os tapetes e teci-
dos são preferencialmente lisos e suaves. A estética deve estar alinhada à funcio-
nalidade e o resultado final deve ser um refúgio do caos, um espaço totalmente
organizado onde tudo tem seu lugar e sua função. Há quem diga que o minima-
lismo seja um estilo de vida.

Os tons neutros são as cores que predominam na decoração minimalista.


Se outros tons forem utilizados devem ser em pequenas quantidades, e quanto
mais claros melhor, para não causar “ruídos” no visual. A difusão da luz natural é
também um dos pontos chaves para compor um ambiente desse estilo.

DECORAÇÃO
75

TEORIA DA DECORAÇÃO

Estilo Minimalista / Clean


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ESTILO CONTEMPORÂNEO
O chamado Estilo Contemporâneo talvez seja o mais difícil de definir, já
que é o que está acontecendo agora. Ele é muitas vezes confundido com o Estilo
Moderno, pela proximidade das épocas e por ambos se utilizarem de alguns prin-
cípios comuns.

No entanto, existem diferenças fundamentais entre esses dois estilos. En-


quanto o Estilo Moderno baseia-se no conceito do arquiteto Mies van der Rohe
de que “Menos é Mais”, procurando o domínio da linha reta, das superfícies nuas
e a liberdade dos elementos decorativos considerados descartáveis e desneces-
sários, a Decoração Contemporânea se baseia na ausência de regras rígidas, onde
basicamente tudo é permitido, onde o que reina é apenas o bom senso.

Pode-se hoje, por exemplo, usar em um mesmo espaço em total harmo-


nia, móveis de madeira, laqueados, de vidro, metal, acrílico, espelho, revestidos
de tecido ou couro, atuais, clássicos ou vintage, em que o conjunto se harmoniza
pelas cores, texturas ou pela sua composição espacial.
DECORAÇÃO

Uma característica que tem sido muito marcante nas decorações contem-
porâneas tem sido a valorização do bom design, utilizando-se frequentemente
móveis ou objetos “assinados”, tanto contemporâneos como criados no século
XX, por designers estrangeiros ou brasileiros.

76
TEORIA DA DECORAÇÃO
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Sandra Picciotto - Casa Cor SP 2017 foto Marco Antonio

Estilo Contemporâneo

RÚSTICO

DECORAÇÃO
Os elementos naturais são muito explorados e valorizados em ambientes
de Estilo Rústico. As texturas e as imperfeições dos móveis rústicos nos reme-
tem a uma atmosfera campestre e aconchegante. Seus elementos naturais, como
mobiliários de madeira, fibras nativas e acabamentos expostos ou envelhecidos
permitem criar ambientes despojados e elegantes, tudo na medida certa. Entre 77
as opções de materiais desse estilo estão as pedras, as fibras como o vime, a ma-
deira, a cerâmica, o couro e tecidos como o linho ou o algodão.

TEORIA DA DECORAÇÃO
As cores mais comumente utilizadas para a ambientação de espaços
em Estilo Rústico são aquelas inspiradas em elementos naturais como os tons
pastéis, tons neutros, cores naturais ou terrosas. É possível explorá-las tanto atra-
vés da cor das paredes e revestimentos como através da escolha de acessórios e
móveis.
Estilo Rústico
DECORAÇÃO

78
TEORIA DA DECORAÇÃO
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ESTILOS REGIONAIS E ÉTNICOS


ÉTNICO
No Estilo Étnico de decoração, o mobiliário, os objetos, os tecidos, as co-
res, as texturas que compõe o ambiente representam uma cultura regional.

Diante de um mundo globalizado, algumas pessoas buscam seus valores


construindo ambientes com características de diversos povos e regiões como,
por exemplo, da África, da Índia, de países latino americanos ou asiáticos. Assim,
parte ou toda a composição destas decorações esta diretamente ligada a estas
regiões.

A vertente africana é a mais forte, sendo muito apreciados os seus tecidos


de estampas marcantes e de interessante contraste de cores, estátuas e másca-
ras.

DECORAÇÃO
79

TEORIA DA DECORAÇÃO
Estilo Étnico

O Oriente também exerce fascínio. China e Japão há muito fornecem ins-


piração para a decoração ocidental. Bali e Tailândia tornaram-se também popula-
res, com móveis e objetos leves e descontraídos.
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ORIENTAL

Esse estilo de decoração nos remete a China e Japão, mas há várias outros
países de referência. Um ponto marcante desse estilo é o uso apenas do necessá-
rio, do essencial no espaço, sem grandes excessos, já que a sutileza e o equilíbrio
são características marcantes do povo do Oriente, principalmente do Japão. Ele é
marcado por móveis baixos, peças de metal, ricas almofadas e cores fortes.

Esse estilo pode ser caracterizado com o uso de móveis laqueados em


preto e vermelho, bem como complementos típicos como abajures, luminárias,
biombos, mesas laterais ou de centro importadas dessas regiões, o futon - grande
representante da decoração oriental - e ainda a utilização do conceito da harmo-
nia entre o homem e a natureza através de elementos naturais como bambu e a
palha.
DECORAÇÃO

80
TEORIA DA DECORAÇÃO

Quando se refere à China, remete-se à laca, ao uso dos tons de vermelho,


às chamadas “chinoiseries” e detalhes em dourado.
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MEDITERRÂNEO

DECORAÇÃO
O Mediterrâneo foi um estilo de design eclético, inspirado em construções
da orla da Itália e, principalmente, da Grécia, introduzido pela primeira vez nos
Estados Unidos no fim do século XIX, tornando-se popular durante os anos 1920
e 1930, principalmente nos estados da Califórnia e da Flórida. No Brasil foi muito
popular nos anos 1980, em residências e edifício de apartamentos. 81

TEORIA DA DECORAÇÃO
As construções deste estilo são caracterizadas por paredes brancas de es-
tuque com textura irregular, uso de pisos e telhados de cerâmica e portas e jane-
las em madeira, geralmente em arco. A decoração mediterrânea pede cores leves
e alegres, sobretudo em tons de azul e branco, além de usar tons terrosos e ocre,
além de detalhes rústicos, feitos em materiais como pedras, mosaicos e azulejos.
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Estilo Mediterrâneo
DECORAÇÃO

PROVENÇAL

Este estilo sofisticado, datado do final do século 17, se originou na Proven-


ce, região situada no sul da França.
82
Sua base é clássica, inspirada na decoração dos palácios e castelos, po-
rém numa versão campestre, onde as pátinas, a pintura branca e os decapês,
TEORIA DA DECORAÇÃO

imprimindo ar desgastado aos móveis, aparecem substituindo os dourados e as


madeiras nobres dos móveis dos reis.

Tudo aliado aos tecidos claros, em composição com cores pastel, como
o verde, o bege, o lilás e o azul. Estampas florais, xadrezes, listrados e a Toile de
Jouy, célebre por suas cenas campestres, arrematam o contexto. Trata-se de uma
decoração leve, bucólica e romântica e é muito utilizada para quartos de bebês
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ou salas de almoço.

DECORAÇÃO
Estilo Provençal

TOSCANO
Este estilo, como o próprio nome sugere, tem origem na região central
da Itália que compreende diversas cidades importantes, como Florença, Livorno,
Siena, Arezzo, entre outras. 83
O estilo Toscano é um estilo rústico, porém, com características particu-

TEORIA DA DECORAÇÃO
lares que remetem às condições climáticas, arquitetura, materiais, artesanato,
cores e mobiliários locais daquela região da Itália.

A aparência natural e rústica de uma casa inspirada no estilo Toscano in-


clui o uso de cores quentes e materiais como pedras, madeira e tijolos. Tons de
verde-oliva, ocre, ferrugem, marrom avermelhado e tons terrosos são muito co-
muns e as paredes podem apresentar texturas.
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Estilo Toscano
DECORAÇÃO

O QUE É TENDÊNCIA?
Tendência é conceituada como uma inclinação ou preferência por deter-
84 minadas coisas ou a fazer determinadas coisas.
TEORIA DA DECORAÇÃO

O termo tendência também é usado como sinônimo de moda, no senti-


do de se tratar de uma espécie de mecanismo social que regula as escolhas das
pessoas. Neste sentido, tendência é um estilo ou um costume que marca uma
determinada época ou lugar.

Em vários segmentos, existem grupos, empresas e instituições que estudam


o comportamento das pessoas ao redor do mundo em relação aos acontecimen-
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tos sociais, econômicos e políticos, que geram determinadas reações e necessi-


dades. Essas reações são traduzidas como tendências e adotadas tanto na moda,
como na indústria ou na decoração.

Na decoração essas tendências podem se caracterizar pela predileção por


um determinado estilo, como também pelo uso de determinadas cores ou tona-
lidades, ou ainda certos materiais.

De acordo com os estudos dos especialistas, nos últimos anos as tendên-


cias mundiais tem sido baseadas em uma busca pela individualidade perdida,
nesse mundo massificado e extremamente tecnológico.

Essa necessidade se traduz, por exemplo, em um desejo de volta no tem-


po, para épocas mais alegres, ingênuas ou glamurosas, como no caso do uso dos
estilos Art Deco ( anos 1920 / 1930 ) ou Retrô / Vintage ( anos 1950 / 1970 ) ou
ainda na utilização de objetos artesanais – e consequentemente únicos – ou fei-
tos sob medida.

Outra tendência comportamental dos últimos anos se refere à necessida-

DECORAÇÃO
de de uma fuga do mundo excessivamente urbano, com um consequente retorno
à Natureza, que leva desde à escolha de cores que remetam à vegetação, à terra,
à água ou às pedras preciosas, como à procura por materiais e técnicas susten-
táveis para as decorações, mais simples e sem excessos. É o conceito conhecido
como Slow Living, que tem o objetivo de criar um estilo de viver com mais equi-
líbrio e paz.
85
Quanto às tendências de cores, a marca Pantone, empresa americana co-
nhecida mundialmente sobretudo pela Escala de cores Pantone - um sistema nu-

TEORIA DA DECORAÇÃO
mérico de tinta - vem há 30 anos ditando as tendências no mundo da moda e de
diversos outros setores, como design, arquitetura e decoração.

Todos os anos, a Pantone lança um guia de cores baseado no trabalho de


vários pesquisadores e cool hunters que, estudando o comportamento das pes-
soas pelo mundo traduzem suas conclusões no que consideram ser as tendências
de cores para o próximo ano.
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Algumas tendências são muito passageiras, não durando mais do que um


ou dois anos, enquanto outras chegam a permanecer por vários anos, até mesmo
décadas.

Para que não se tenha uma decoração “datada”, deve-se analisar muito
bem as tendências e modas do momento em que se realiza um projeto, para
perceber o que é realmente duradouro ou o que é efêmero. Deve-se ainda estar
atento para perceber se estas tendências estão adequadas às reais necessidades
dos clientes.
DECORAÇÃO

86
TEORIA DA DECORAÇÃO
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FUNDAMENTOS DE PROJETOS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DESIGN

Os principais elementos do design são:

LINHA
Fina, média, grossa;

Horizontal, vertical, diagonal;

Curva, reta, mista;

Pura, texturizada;

Clara, escura;

DECORAÇÃO
Colorida, cinza;

Efeitos psicológicos:
Horizontal – calmaria, amplitude, largura;
87
Vertical – altura, imponência, austeridade;

TEORIA DA DECORAÇÃO
Diagonal – Movimento, dinamismo, desequilíbrio;

Curva – feminilidade, delicadeza, suavidade;

Reta – masculinidade, dureza, rigidez;

Mista – Equilíbrio, harmonia;


DECORAÇÃO

88
TEORIA DA DECORAÇÃO
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FORMA
Uma figura sólida, a forma é criada quando linhas verdadeiras ou implíci-
tas se encontram ao redor de um espaço. Uma mudança na cor ou no sombreado
pode definir uma forma.

Formas podem ser divididas em:


Geométrica / orgânica ( irregular no contorno ).

Plana: quadrada, redonda, triangular, retangular...

Sólida: cilíndrica, piramidal, orgânica...

Figurativa (real), esquemática, abstrata;

Isolada, parte de um todo;

DECORAÇÃO
89

Geométrica Orgânica TEORIA DA DECORAÇÃO


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O aspecto geral do objeto e como as partes individualmente irão compor


esse objeto são as principais preocupações do designer. O grande desafio é trans-
formar algo ou criar algo novo, aliando a função e os aspectos conceituais a essa
nova realidade.

A forma foi amplamente estudada na escola Bauhaus, que deixou um


grande legado para as futuras gerações e propiciaram a grande evolução e o sta-
tus que o design desfruta nos dias de hoje. Os mestres da escola alemã prioriza-
vam as funções do objeto, estabelecendo padrões ergonômicos e estéticos, sem,
contudo deixar de lado a beleza da forma.

Estudar a forma, buscando uma leitura de suas inúmeras interpretações e


das mais variadas possibilidades de sua aplicação, de maneira isolada e em con-
junto com outras formas é fundamental para o designer de interiores, para que
possa desenvolver seus projetos de interiores.
DECORAÇÃO

90
TEORIA DA DECORAÇÃO
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Analisando a Forma

Forma real - geométrica


plana (contorno).
Remete à rigidez e Forma abstrata -
masculinidade orgânica plana (tom).
Remete à feminilidade

Forma oval

Forma real cilíndrica


geométrica sólida (tom)

Forma real Forma da


volumétrica - cúpula
Forma

DECORAÇÃO
objeto
(desenho) cilíndrica

Forma da
base

91

TEORIA DA DECORAÇÃO
Exercício Nº 8
Faça a leitura destas formas
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PLANOS
Em Geometria, um plano tem somente duas dimensões: altura e largu-
ra. No espaço, porém, o plano está relacionado à terceira dimensão (espessura,
profundidade) de um sólido (volume) e com a Perspectiva, que pode mostrar os
vários planos de um ambiente, da natureza, de um grupo de pessoas, etc. (1º
Plano, 2º plano, etc.).

A ltura

Largura

Plano - Geometria Planos de um sólido - Volume


DECORAÇÃO

Plano v ertic al

92
Plano c ontínuo
TEORIA DA DECORAÇÃO

Os vários planos de um ambiente

2º Plano 3º Plano Plano de fund

1º Plano
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VOLUME
São as “massas” que compõem os objetos, de maneira isolada ou inse-
ridos numa composição. A diferença entre Plano e Volume é que o primeiro é
está relacionado às faces (planos) dos objetos enquanto que o segundo trata do
objeto como um todo.

DECORAÇÃO
93

TEORIA DA DECORAÇÃO
Volume também é um recurso, utilizado no desenho e na pintura, para
realçar a sensação tridimensional, através dos efeitos de luz e sombra.
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TEXTURA
DECORAÇÃO

Textura é a maneira como se sente uma superfície: Textura real ou como


pode ser observada: Textura implícita.

Texturas são descritas por palavras tais como: áspera, sedosa, ou granulosa.

94
TEORIA DA DECORAÇÃO
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ESPAÇO

Espaço é a área vazia ou aberta entre, ao redor, acima, abaixo ou dentro


dos objetos. Figuras e formas são feitas pelo espaço ao redor e dentro deles. Es-
paço é geralmente chamado de: tridimensional ou bidimensional.

LUZ
A iluminação: é o efeito de iluminar o objeto e/ou o ambiente. Esta pode
ser Natural ou Artificial.

Dependendo do tipo de iluminação, pode-se provocar alterações na per-


cepção da composição ou mesmo do espaço.

DECORAÇÃO
95

TEORIA DA DECORAÇÃO
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COR
Cor é a sensação percebida de uma superfície de acordo com o compri-
mento de onda refletido a partir dela.

A cor tem três dimensões:

• Nuance (outra palavra para cor, indicada pelo nome, ex.: azul);

• Valor (sua claridade ou obscuridade - Luminosidade da cor);

• Intensidade (diz respeito a brilho da cor).

Observação:

Intensidade alta ou forte é: Vívido e Saturado

Intensidade baixa ou fraca é: Pálido ou Fraco


DECORAÇÃO

96
TEORIA DA DECORAÇÃO
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A TEORIA DA COR
É um estudo, baseado em dados científicos, que ajuda a comprender me-
lhor as cores e como podemos utilizá-las para produzir efeitos mais agradáveis.
Embora a preferência das cores varia de pessoa para pessoa, esse estudo mostra
que as cores, juntas ou separadas, transmitem sensações variadas, como acon-
chego, frescor, fome, agitação ou calma.

Os olhos interpretam a energia luminosa (a que vem do sol) como cor.


Mas cada uma das sete tonalidades do arco-íris é, na realidade, uma onda ener-
gética de tamanho diferente. A vermelha é a mais comprida; a violeta, que fica no
outro extremo da escala de cores, a mais curta. Entre elas estão laranja, amarelo,
verde, azul-claro e azul profundo.

AS CORES DOS OBJETOS

DECORAÇÃO
LUZ BRANCA

LUZ BRANCA
PRETO:
Todas as
frações
absorvidas

FRAÇÃO
AZUL
FRAÇÃO
VERMELHA BRANCO:
Todas as
frações
97
refletidas

TEORIA DA DECORAÇÃO
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17- Espectro solar lho


Verme do
ja
Alaran
lo
Luz Ama re
Verde
Azu l
Anil
Violeta
DECORAÇÃO

SÍNTESES ADITIVA E SUBTRATIVA (COR LUZ E COR PIGMENTO)

19 - Síntese Aditiva: Física = cor luz 20 - Síntese Subtrativa = cor pigmento

98 1 1 - Verde 1 1- Amarelo
2 - Vermelho 2- Vermelho
3 - Azul 3- Azul
4 6 4 5
TEORIA DA DECORAÇÃO

4 - Amarelo 4- Alaranjado
7 7
5 - Magenta 5- Verde
2 3 6 - Ciano 3 6- Violeta
5 2 6
7 - Branco 7- Preto
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CORES PRIMÁRIAS (TRADICIONAIS E MODERNAS)


21 - Cores Primárias - Tinta (Artes Gráficas)

Magenta Amarelo Ciano

22 - Cores Primárias - Tinta (Tradicionais)

DECORAÇÃO
Vermelho Amarelo Azul

99

TEORIA DA DECORAÇÃO

Cores Primárias
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CORES SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS


23 - Cores Secundárias

Alaranjado Verde Violeta

24 - Cores Terciárias

AM+AL AM+VD AZ+VD


DECORAÇÃO

VM+AL VM+VT AZ+VT

100
TEORIA DA DECORAÇÃO

Cores secundárias e terciárias


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O CÍRCULO DE CORES

1
25 - Círculo das Cores
12 2
Cores Primárias (tintas), Secundárias
e Terciárias agrupadas, de modo a
facilitar o estudo das Harmonias,
Temperaturas e Tons.
11 3
Cores Prim árias:
1. Amarelo
5. Azul
9. Vermelho

Secundárias:
3 - Verde 10 4
7 - Violeta
11 - Alaranjado

Terciárias:
2 - Amarelo/Verde
4 - Azul/Verde

DECORAÇÃO
6 - Azul/Violeta
8 - Vermelho/Violeta 9 5
10 - Vermelho/ Alaranjado
12 - Amarelo/Alaranjado

Obs: Para fazer as cores Violeta,


Vermelho / Violeta e Azul / Violeta, 8 6
deve-se usar a cor Magenta ou
Carmim no lugar do Vermelho. 7

101

TEORIA DA DECORAÇÃO
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CORES QUENTES E CORES FRIAS

2
26 - Cores Quentes e Cores Frias 1 3

Cores Primárias:
1. Amarelo
5. Azul 12 4
9. Vermelho
Secundárias:
3 - Verde
CORES QUENTES

7 - Violeta

CORES FRIAS
11 - Alaranjado
11 5
Terciárias:
2 - Amarelo/Verde
4 - Azul/Verde
6 - Azul/Violeta
8 - Vermelho/Violeta
10 - Vermelho/ Alaranjado 6
DECORAÇÃO

12 - Amarelo/Alaranjado 10

Obs: As cores Amarelo/Verde (2)


e Vermelho/Violeta (8) tanto podem 9 7
ser quentes quanto frias, dependendo
das cores dominantes. 8

102
TEORIA DA DECORAÇÃO
103

DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO


Cores quentes

Cores frias
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OS TONS DAS CORES

12 2
30 - Os Tons das Cores
Neste exemplo, temos o tom
aproximado de cada cor,
que pode variar, conforme
o processo de impressão.
11 3

Cores Prim árias:


1. Amarelo
5. Azul
9. Vermelho

Secundárias: 10 4
3 - Verde
7 - Violeta
11 - Alaranjado

Terciárias:
2 - Amarelo/Verde
9 5
DECORAÇÃO

4 - Azul/Verde
6 - Azul/Violeta
8 - Vermelho/Violeta
10 - Vermelho/ Alaranjado
12 - Amarelo/Alaranjado
8 6
7

104
TEORIA DA DECORAÇÃO
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VARIAÇÕES DE TONS DA MESMA COR

Valor 2
31 - Variações da mesma cor Valor 1

Um exemplo de como as tonalidades da mesma


cor variam conforme a luz, é a representação
desta poltrona amarela: as partes que recebem
luz mais direta são mais claras e luminosas do
que as partes que se encontram na penumbra.
Este detalhe é importante para reforçar a ideia
de volume nos objetos.
Valor 3

1 2 3 4

Valor 4

DECORAÇÃO
105

TEORIA DA DECORAÇÃO
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MATIZES

32 - Cores puras

Vermelho Violeta Verde

33 - Matizes

com Branco com Cinza com Preto


DECORAÇÃO

106
TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO
PSICOLOGIA DAS CORES
A psicologia das cores é o estudo que mostra como o nosso cérebro iden-
tifica e transforma as cores em sensações.

A escolha das cores em uma decoração é muito mais do que apenas uma 107
questão estética. Gostar ou não de determinada cor é uma questão pessoal, mas
usá-la na decoração pode trazer implicações no humor e na saúde.

TEORIA DA DECORAÇÃO
É muito importante para um designer de interiores saber quais as reações
geralmente causadas pelo uso das cores nos ambientes. As cores podem criar
diferentes estados de espírito, expressar sentimentos, invocar uma reação emo-
cional ou inspirar as pessoas a agirem de determinada forma. Assim, escolher as
cores certas pode ter um poderoso efeito.
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O vermelho e o laranja, por exemplo, são cores excitantes, que estimulam


a fome e a sexualidade, não sendo seu uso adequado para cozinhas de pessoas
preocupadas em manter o peso ou em quartos de crianças.
DECORAÇÃO

108
TEORIA DA DECORAÇÃO

O azul, apesar de ser uma cor calma e relaxante, deve ser usado com cau-
tela em ambientes de pessoas com tendência à depressão.
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Cinza: elegância, humildade, Magenta: luxúria, sofisticação,


respeito, reverência, sutileza. sensualidade, feminilidade, desejo.

Vermelho: paixão, força, energia, Alaranjado: energia, criatividade,


amor, velocidade, liderança, equilíbrio, entusiasmo, ludismo.
masculinidade, alegria (China),
perigo, fogo, raiva, revolução.

35 - As cores Juntas
Azul: harmonia, confidência,
conservadorismo, austeridade, As sensações descritas anteriormente
monotonia, dependência, tecnologia; referem-se às cores isoladas. Porém, quando
juntamos duas cores, as sensações mudam
completamente, conforme os exemplos abaixo:
Branco: pureza, inocência,
reverência, paz, simplicidade,
esterilidade, rendição. Azul e Preto - transmitem antipatia e
desvalorizam o conteúdo da
Preto: poder, modernidade, mensagem, pela sensação de
sofisticação, formalidade, morte, absurdo.
medo, anonimato, raiva, mistério.
Azul e Branco - conferem harmonia
de espírito, idéia de doçura e
Castanho: sólido, seguro, calmo, generosidade.
natureza, rústico, estabilidade,
estagnação, peso, aspereza.
Vermelho e Azul - causam a sensação
de força espiritual, fineza e delicadeza,

DECORAÇÃO
Ciano: tranqüilidade, paz, sendo muito usadas em apelo de
sossego, limpeza, frescor. vendas.

Verde: natureza, primavera, Vermelho e Amarelo - criam sensações


fertilidade, juventude, de insatisfação, contraste acentuado
desenvolvimento, riqueza, e impetuosidade.
boa sorte, ciúme, ganância.
Amarelo e Verde - produzem sensação
Amarelo: concentração, otimismo, de eficácia. Visualmente, porém, não é
alegria, felicidade, idealismo, uma combinação agradável, causando
riqueza (ouro), fraqueza. a impressão de que algo está faltando.
109
. Verde e Vermelho - juntos inspiram a
Violeta: espiritualidade, criatividade,
realeza, sabedoria, natureza, o estado primitivo, equilíbrio

TEORIA DA DECORAÇÃO
resplandecência, dor. entre frio e calor.
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COMO COMBINAR AS CORES - HARMONIAS


36 - Complementares Diretas 37 - Complementares Divididas 38 - Complementares Duplas
AMARELO AMARELO AM
A A+
AL VE
A+ R
AM

VE VE
VIO R+ O
R +VI VI
U+ VI
O U+
O AZ AZ
VIOLETA

39 - Análogas Simples 40 - Análogas Compostas 41 - Análogas com uma Complementar


AM
A+ LA
VE A +A
R AM
V
ER
DE

VER M+ ALA
AZU+VER
DECORAÇÃO

VE

L
U
RM

AZ
VE
RM
+V V IO
IO U+
VIOLETA VIOLETA AZ

42 - Cores Intercaladas 43 - Trio Harmônico 44 - Quadrado Harmônico


AM AM
LA A+V AL
A
+A A+
A+
A MA VE
R
ER
AM

VE
R
110
DE
VERM+ AL A
AZU +VER
TEORIA DA DECORAÇÃO

VE
MR

O IO
+V I +V
AZU A ZU
.

Obs: As Harmonias Monocromia e Tom Sobre Tom não estão baseadas no Círculo das Cores, mas são
bastante utilizadas em trabalhos artísticos e projetos de design.
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Harmonia de cores complementares ( azul e laranja )

DECORAÇÃO
111

TEORIA DA DECORAÇÃO
Harmonia de cores análogas ( vermelho, laranja e amarelo )
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DECORAÇÃO

Harmonia de tons neutros

COMPOSIÇÃO
112 Ao se projetar em Design de Interiores deve-se levar em consideração vários ele-
mentos para que se alcance um resultado equilibrado e harmonioso.
TEORIA DA DECORAÇÃO
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ESPAÇO
É a área onde serão distribuídos os elementos que farão parte da decoração.

Normalmente, esses espaços já fornecem pistas de como será a distribuição, le-


vando em conta os detalhes arquitetônicos, elétricos, circulação de pessoas etc.
Às vezes, no entanto, é necessário alterar algum detalhe, para que a distribuição
fique mais adequada.

No estudo dos espaços, não se considera apenas o espaço horizontal (planta),


mas também os espaços verticais (elevações), envolvendo tudo o que está nesses
planos (volumes).

DECORAÇÃO
113

TEORIA DA DECORAÇÃO
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CIRCULAÇÃO
É o estudo que visa facilitar a circulação das pessoas nos ambientes e o livre
acesso dos usuários aos elementos da composição. À partir do estudo da área
necessária à circulação é que se chega ao espaço passível de ser usado para a
distribuição dos móveis e equipamentos nos ambientes
DECORAÇÃO

DISTRIBUIÇÃO
É a maneira como a composição é montada, levando em conta os planos horizon-
tais (Plantas) e os planos verticais (Elevações)..
114
TEORIA DA DECORAÇÃO
115

DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO


DISTRIBUIÇÃO
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PROPORÇÃO
É a relação dos volumes (peças de mobiliário, acessórios, etc.) entre si e os de-
mais elementos e, também, em relação aos espaços como um todo.

L e o n a rd o d a V in c i
DECORAÇÃO

EQUILÍBRIO
É a harmonia entre altura, peso visual, cor, textura e desenho de cada uma das
peças que compõe um ambiente. Podem ser:

116
EQUILÍBRIO SIMÉTRICO
TEORIA DA DECORAÇÃO

Disposição de elementos idênticos ou de igual peso visual, posicionados a partir


de um eixo no centro do ambiente.

A simetria é um princípio essencial nos ambientes de inspiração clássica.


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Equilíbrio Simétrico

EQUILÍBRIO ASSIMÉTRICO

DECORAÇÃO
É um lapso proposital na correspondência dos tamanhos, forma cor ou posição
relativa entre os elementos de uma composição.

117

TEORIA DA DECORAÇÃO

Equilíbrio Assimétrico
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EQUILÍBRIO RADIAL
Disposição de elementos em torno de um ponto central, que se deseja
enfatizar.
DECORAÇÃO

Equilíbrio Radial
118
ORGANIZAÇÃO
TEORIA DA DECORAÇÃO

Um ambiente, um armário, uma coleção, uma composição sobre um mó-


vel, uma estante, uma coleção, obras de arte, gavetas, caixa de joias, sapatos,
livros, brinquedos, acessórios de banheiros, enfeites da sala, almofadas, tudo isso
bem organizado e ao alcance das mãos, torna os ambientes mais aconchegantes,
agradáveis e práticos.
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Independentemente do arranjo ser formal ou informal, simétrico ou as-


simétrico, a funcionalidade aliada à estética são os pontos de partida. Assim, os
elementos podem ser agrupados por tamanho, cor, gênero, estilo ou material,
sempre buscando soluções simples e que atendam às necessidades e os gostos
dos usuários.

As revistas especializadas, os sites e blogs na Internet e até mesmo lojas


oferecem centenas de exemplos de arranjos para todos os ambientes da casa
ou do escritório. Existem ainda profissionais que são especialistas em organizar
ambientes e podem ser contratados por pessoas que gostam de organização, mas
não conseguem ou não tem tempo para arranjar a própria casa ou escritório.

O designer de interiores deve prever os conceitos de organização durante


o seu projeto, prevendo os armários, estantes ou espaços adequados de modo
que esse planejamento facilite e agilize o dia a dia dos clientes, sempre levando
em consideração a sua maneira de viver e de se utilizar desses espaços.

DECORAÇÃO
119

TEORIA DA DECORAÇÃO
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OBRAS DE ARTES
No que se refere à organização de quadros, assim como na decoração em
geral, as tendências e modas mudam bastante de tempos em tempos. Assim, no
final do século XIX e início do século XX os quadros eram pendurados por toda a
parede em arranjos irregulares, nos anos 1970 usavam-se quadros pendurados a
uma grande altura, enquanto que no início do século XXI os quadros começaram
a ser usados alinhados, em altura mediana e dispostos de maneira regular.

Atualmente existe a tendência em se usar os quadros em arranjos bastan-


te ecléticos, onde estes são posicionados muitas vezes apoiados no piso, em mó-
veis ou prateleiras – hábito oriundo do uso de paredes em drywall - ou, quando
pendurados nas paredes, em composições das mais variadas.

As tendências também se modificam com o tempo, no que se refere aos


tipos de quadros mais usados. Assim como na decoração contemporânea existe
uma total liberdade em termos de uso de estilos, materiais ou cores nos móveis
e objetos decorativos, também nos tipos de quadros verifica-e atualmente essa
mesma liberdade, podendo-se utilizar pinturas à óleo ou acrílica sobre telas, em
DECORAÇÃO

conjunto com gravuras, desenhos, posters ou fotografias ( estas sempre artísticas


e feitas por fotógrafos profissionais ).

120
TEORIA DA DECORAÇÃO

No que se refere à organização de quadros, existem alguns tipos arranjos


formais básicos, tais como:
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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO

Arranjo Simétrico – Alinhado por fora


ARRANJOS SIMÉTRICOS
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ARRANJOS SIMÉTRICOS – ALINHAMENTO

ARRANJOS ASSIMÉTRICOS

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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO


Arranjo assimétrico
ARRANJOS ASSIMÉTRICOS – ALINHAMENTOS
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Arranjo assimétrico – Alinhado por baixo


DECORAÇÃO

Antes de fazer a fixação das obras nas paredes, é sempre aconselhável


fazer um “ensaio” com papel kraft, como neste exemplo de Raquel Godoy:

124
TEORIA DA DECORAÇÃO
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MATERIAIS
No Módulo “Materiais e Revestimentos” você irá conhecer melhor sobre
as características, aplicabilidade e especificações de materiais.

A variedade de materiais que o mercado produtivo coloca à disposição


do Designer de Interiores, para aplicar aos seus projetos, é imensa e a cada dia
surgem novas tecnologias e novos materiais, proporcionando novas aplicações.
É natural que, com tantas opções, o estudante tenha dificuldades em escolher os
materiais adequados e, principalmente, como combinar esses materiais.

Não existem regras para isso, ou seja, basicamente tudo pode combinar
com tudo. É aí que entram o bom senso, preferências e necessidades do cliente,
conhecimento sobre as características de cada material, durabilidade do projeto,
efeito visual, cores, texturas, etc.

Listaremos a seguir alguns tipos de materiais existentes e exemplos de


aplicação:

DECORAÇÃO
1 – PEDRAS

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TEORIA DA DECORAÇÃO
Mármores Calacata e Verde Alpi
Limestone
Granito Preto Absoluto

Onix
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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO


Pedra vulcânica
Pedra Madeira
Pedra Mineira

Pedra Ferro
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Porcelanato
Cerâmica
2 – CERÂMICA / PORCELANATO

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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO
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3 – CIMENTO E CONCRETO

DECORAÇÃO
Cimento Quemado Ladrilho hidráulico

129

TEORIA DA DECORAÇÃO

Concreto aparente
Painéis de parede
Parquê

Bambu
4 – MADEIRA

Tábua corrida

Laminados
Tacos

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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO
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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO


Corian

Marmoglass
5 – SINTÉTICOS / RESINAS

Silestone

Dekton
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6 -TECIDOS
Tecidos são essenciais dentro de uma decoração, revestindo sofás, poltronas,
cadeiras, paredes ou formando cortinas Dentre as principais vantagens dos teci-
dos, podemos citar a praticidade, versatilidade, aconchego, conforto e persona-
lização.

Deve-se prestar muita atenção ao escolher tecidos quanto à sua adequação


para os fins desejados. Assim, nem todos servem para revestir estofados, por
não terem a necessária resistência, ou para fazer cortinas, por não ter um bom
caimento.

Existem muitos de tipos de tecidos, sendo que os mais usados na decoração


são:

Para estofados:
Algodão, Camurça, Camurça sintética ( ou Sued ), Chenile, Gorgurão, Lã, Linho,
Lonita, Sarja, Veludo, Seda.
DECORAÇÃO

132
TEORIA DA DECORAÇÃO
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Para cortinas:
Algodão, Voil, Linho, Seda, Palha de Seda, Veludo

Quanto às estampas, o tecido pode ser:

DECORAÇÃO
Floral, adamascado, xadrez, listrado, Paisley, Toile de Jouy, Pied de Poule, Pied
de Coq, Risca de Giz ou Vichy.

133

TEORIA DA DECORAÇÃO

Pied de Coq Adamascado


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TAPETES
Os tapetes delimitam os ambientes, organizam a decoração, proporcionam con-
forto térmico e aconchego, podendo por isso ser utilizados em todos os ambien-
tes da casa.

O tapete deve dialogar com toda a decoração - piso, paredes, cortina, móveis -
em relação a cor, textura, estampa, tamanho e material.

Existem vários tipos de tapetes, cujas características dependem de sua proce-


dência ou dos materiais de que são feitos. Listaremos a seguir alguns tipos:

TAPETE PERSA
É uma parte essencial da arte e cultura persas. A tecelagem de tapetes é indubi-
tavelmente uma das manifestações mais características da cultura e arte persas
e remonta à antiga Pérsia.
DECORAÇÃO

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TEORIA DA DECORAÇÃO

Tapete Persa
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TAPETE EGÍPCIO
O Tapete Egípcio é um dos tapetes mais antigos que se tem notícia. Os
registros históricos indicam que os primeiros desenhos retratavam o cotidiano e
a crença religiosa da população.

Tapete Egípcio

TAPETE TURCO – KILIM


Antigamente os Kilins foram usados por tribos em muitas coisas funcio-

DECORAÇÃO
nais, como: sacos de armazenamento, sacos de sal e grãos, cobertores, berços,
em suas tendas, para protegerem-se do frio e do calor. Hoje o tapete Kilim é
produzido principalmente na Turquia, Irã, Rússia, China, Paquistão, Marrocos e
Índia.

A palavra Kilim possui origem turca, cujo significado é dupla face. Expli-
cando assim a característica de usar o tapete de ambos os lados.
135

TEORIA DA DECORAÇÃO

Tapete KilimTurco
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AS REGRAS BÁSICAS DO TAPETE


Como tudo no design contemporâneo, não existem mais regras fixas quan-
to ao uso de tapetes, em relação a cores, texturas ou formatos. Tudo é permitido,
desde a mistura de estilos, até a de estampas e texturas ou mesmo a superposi-
ção de vários tapetes no mesmo ambiente.

No entanto existem algumas regras básicas quanto à colocação de tapetes


nos ambientes, para que se consiga um bom resultado quanto à sua utilização:

SALAS:
Os tapetes devem sempre ser colocados sob os sofás e poltronas ( no mí-
nimo 20 cm ) e nunca estar postados apenas sob a mesa de centro.

SIM SIM
DECORAÇÃO

136
TEORIA DA DECORAÇÃO

NÃO
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SALA DE JANTAR:
Em salas de jantar, o tapete deve ter tamanho suficiente para que as cadeiras
fiquem totalmente sobre o tapete mesmo quando afastadas da mesa, para que
estas não enrolem as extremidades do tapete quando movimentadas.

SIM SIM

DECORAÇÃO
137
NÃO

TEORIA DA DECORAÇÃO
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QUARTOS:
Em quartos pode-se usar tapetes pequenos colocados nas laterais da cama, ou
um tapete grande único, cobrindo todo o ambiente. De qualquer modo, estes
devem estar sempre localizados de tal modo em relação à cama, que a pessoa, ao
levantar, coloque automaticamente os pés sobre o ( ou os ) tapete(s).
DECORAÇÃO

138
TEORIA DA DECORAÇÃO
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7 - ILUMINAÇÃO
A iluminação assume um papel muito importante no conjunto de um projeto de
interiores, não apenas pelos aspectos técnicos - quantidade de watts, tipos de
lâmpadas, modelos de luminárias - mas pelo valor estético que pode oferecer
à composição, e especialmente, pelo conforto, eficiência, clima de aconchego e
envolvimento que a boa iluminação pode conter, seja num ambiente residencial,
comercial ou espaço público.

No segundo módulo do curso técnico de design de interiores, você vai apren-


der mais detalhes sobre os aspectos técnicos da luminotécnica. Portanto, neste
momento, vamos tratar mais da ambientação através da luz e os efeitos que se
pode obter nas decorações.

A LUZ ARTIFICIAL
A iluminação elétrica é a nossa principal fonte de luz artificial. Mas a luz artificial
pode ser qualquer fonte de luz não proveniente do sol; uma vela, uma tocha,

DECORAÇÃO
etc.

Até há alguns anos atrás, o conceito de iluminação era o de se utilizar apenas


um ponto de luz no teto com uma lâmpada comum para iluminar todo o am-
biente.

Atualmente o conceito de iluminação é bem mais sofisticado pela grande va-


riedade de fontes, suportes de iluminação e recursos, que faz com que seja 139
possível vários tipos de iluminação em um mesmo ambiente, de acordo com as
necessidade e o efeito pretendido.

TEORIA DA DECORAÇÃO
Existem profissionais (Lighting Designers) especializados em projetos de ilumi-
nação, mas o designer de interiores deve prever em seu projeto os efeitos de
iluminação desejados, direcionando assim os projetos complementares.
Trilhos
Wall Wash
EFEITOS DE ILUMINAÇÃO

Iluminação indireta
Balizadores

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DECORAÇÃO TEORIA DA DECORAÇÃO
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A iluminação com lâmpadas de LED se caracteriza como o grande avanço do sé-


culo XXI, pelo fato destas lâmpadas gastarem pouca energia ao mesmo tempo
que apresentam uma vida útil muito longa.

Iluminação com LED


Proveniente do astro-rei, a luz natural é um bem necessário ao ser humano. Por-
tanto, deve ser tratada com atenção no projeto de interiores. Ter conhecimento
sobre insolação - termo que define a posição do imóvel em relação ao sol – é
importante, na hora de buscar o melhor proveito da luz natural, assim como sa-

DECORAÇÃO
ber quais são as dimensões mínimas de janelas para cada tipo de ambiente, de
acordo com as normas técnicas.

141

Conhecer os principais tipos de cortinas e persiana e saber como tirar o melhor TEORIA DA DECORAÇÃO
proveito no controle da luz também é fundamental para atender às necessida-
des dos usuários e criar um clima de aconchego e bem estar.
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O PAISAGISMO NA DECORAÇÃO
O uso de plantas dentro de casas e apartamentos é cada vez mais apreciado,
principalmente com a tendência cada vez maior da busca pelo natural. Todos
querem ter um jardim, um terraço, uma varanda e até mesmo pequenas hortas
ou paredes verdes, mesmo em pequenos espaços,

Para um bom resultado no planejamento de jardins deve-se sempre contratar


um paisagista para a escolha das plantas adequadas ao local, já que elas devem
ser escolhidas em função de vários fatores, como a quantidade de luz existente,
espaço para o plantio, porte das plantas, quantidade de água requerida, tipo de
terra, adubos, etc..

No entanto, o designer de interiores deve prever alguns detalhes importantes


para adequar seu projeto ao daquele profissional.

Listaremos a seguir alguns desses detalhes, que não podem ser esquecidos:

• Nunca se deve prever a colocação de plantas a um distância maior do


DECORAÇÃO

que 3 metros de uma fonte de luz natural ( janela ou porta de vidro );

• Ao especificar plantas em vasos ou jardineiras, sempre pesquisar antes


qual é o porte das espécies escolhidas quando adultas, para saber se o espaço
será suficiente ( lembre-se que plantas crescem );

• Ao planejar canteiros, pesquisar antes qual a profundidade necessária


142 para acomodar as raízes das espécies pretendidas e certificar-se de que não
existam canos ou conduites neste local, que possam ser danificados pelas raízes;
TEORIA DA DECORAÇÃO

• Ao projetar canteiros, jardineiras ou paredes verdes, sempre prever sua


posterior manutenção ( irrigação – manual ou automática – acesso para even-
tual troca de mudas ou adubação );

• Em apartamentos não usar vasos ou jardineiras pesadas, como as de ci-


mento, para não interferirem na estrutura do edifício.
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• Um erro muito comum é o de se utilizar cactos e suculentas em am-


bientes internos, por se achar que pelo fato dessas plantas não necessitarem
de umidade, elas não precisem também de luz. Lembre-se que são plantas que
vivem no deserto, em ambientes de sol intenso.

• Sempre tomar cuidado com o uso de plantas tóxicas, principalmente se o


local for frequentado por crianças ou animais;

• Não se esquecer de que o estilo do jardim deve sempre harmonizar com


o estilo da construção;

DECORAÇÃO
143

TEORIA DA DECORAÇÃO
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SUSTENTABILIDADE
O conceito de sustentabilidade está relacionado com uma mentalidade, atitude
ou estratégia que seja ecologicamente correta, viável a nível econômico e social-
mente justo.

A sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do


planeta Terra, é manter a qualidade de vida, manter o meio ambiente em har-
monia com as pessoas. É cuidar para não poluir a água, separar o lixo, evitar
desastres ecológicos, como queimadas, desmatamentos. O próprio conceito de
sustentabilidade é para longo prazo, significa cuidar de todo o sistema, para que
as gerações futuras possam aproveitar.

O Designer de Interiores é um profissional que lida constantemente com as ques-


tões de sustentabilidade e meio ambiente. Participa ativamente do consumo de
bens e serviços que envolvem os recursos naturais e dialoga com seus clientes
e também fornecedores e outros profissionais. Portanto, esse profissional tem
grande responsabilidade para a preservação do meio ambiente e pelo uso cons-
ciente dos recursos naturais.
DECORAÇÃO

Existem várias ações que podem ser executadas para se planejar uma
construção mais sustentável:

ÁGUA
144 Durante a obra, deve-se prever o uso racional de água, evitando-se o desperdício.
No projeto, esse uso pode ser aplicado através de torneiras com sensores, descar-
gas de duplo comando, lavadores de alta pressão e cisternas para aproveitamen-
TEORIA DA DECORAÇÃO

to de águas pluviais para a rega dos espaços verdes e lavagem de áreas externas;

SOLO
Evitar a impermeabilização total do solo através de áreas verdes e utilização de
pisos drenantes em locais onde for possível.
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ENERGIA
Prever instalação de sistema de captação de energia solar ou eólica, indicar a
utilização de eletrodomésticos de baixo consumo energético, lâmpadas econô-
micas, sensores de movimento em zonas comuns de edifícios e prever ambientes
com bastante luz natural;

MATERIAIS
Sempre que possível, aplicar nos projetos materiais de origem local, como pedras
e outros, materiais reciclados, certificados ambientalmente ou que possam ser
renováveis e madeiras de origem certificada, com origem em florestas controla-
das;

RECICLAGEM
Conscientizar seus clientes da importância de adotar a reciclagem de materiais
e utilizar materiais reciclados na obra, tais como pisos, telhas ou revestimentos;
Quando possível, prever o aproveitamento de resíduos orgânicos para a produ-

DECORAÇÃO
ção de adubo para os espaços verdes;

CONSUMO
Muitas vezes um móvel, peça ou acessório pode ser recuperado e reaproveitado
no projeto, gerando lucro ao cliente, originalidade e contribuindo com o meio
ambiente. 145

TEORIA DA DECORAÇÃO
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// TEORIA DA
DECORAÇÃO
Editado por:
ABRA - Academia Brasileira de Arte

Elaboração :
Paulo Merino

Montagem Final:
Carlos Eduardo Mendonça

Revisão Geral:
Paulo Merino

Este caderno tem por objetivo transmitir os


conceitos básicos do Design e os princípios da
Decoração, como conteúdos fundamentais para
o desenvolvimento e execução de projetos de
interiores.

Todos os direitos reservados


É proibida a reprodução e a utilização
sem a expressa autorização da
ABRA - Academia Brasileira de Arte.

São Paulo, Setembro de 2019.

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